SNS perdeu 200 médicos de família num ano
Primeiro foi um clínico espanhol que regressou ao país de origem. Depois, outro médico conseguiu a reforma antecipada e abalou em Novembro. De uma assentada, o Centro de Saúde de Mondim de Basto ficou com "menos um terço" do efectivo, sintetiza Henrique Botelho, director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (Aces) de Terras de Basto. Enquanto não há luz verde das Finanças para contratar tarefeiros, os quatro médicos de serviço vão dividindo o trabalho. "As pessoas não deixam de ser atendidas, mas as actividades programadas, de vigilância, estão a ser prejudicadas", lamenta. (...)

SNS perdeu 200 médicos de família num ano
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeiro foi um clínico espanhol que regressou ao país de origem. Depois, outro médico conseguiu a reforma antecipada e abalou em Novembro. De uma assentada, o Centro de Saúde de Mondim de Basto ficou com "menos um terço" do efectivo, sintetiza Henrique Botelho, director executivo do Agrupamento de Centros de Saúde (Aces) de Terras de Basto. Enquanto não há luz verde das Finanças para contratar tarefeiros, os quatro médicos de serviço vão dividindo o trabalho. "As pessoas não deixam de ser atendidas, mas as actividades programadas, de vigilância, estão a ser prejudicadas", lamenta.
TEXTO: O clínico reformado de Mondim é um dos cerca de 400 médicos de família que em 2010 decidiram abandonar o barco antes do tempo, baralhando as previsões e antecipando os problemas em alguns anos. As notícias surgem com cada vez mais frequência: há falta de médicos nos centros de saúde, sobretudo nas periferias das grandes cidades. Os sindicatos que têm estado a esmiuçar as saídas, mês a mês, pelas listas que vão sendo colocadas no site da Caixa Geral de Aposentações, contabilizam já 441 perdas, desde Dezembro de 2009 até Fevereiro deste ano. A maior parte são médicos da região sul (212). No Norte aposentaram-se 116, no Centro, 113. Fazendo as contas por alto, o vice-presidente da Associação Portuguesa dos Médicos de Família, Rui Nogueira, subtrai aos cerca de 400 que saíram no ano passado as dezenas que decidiram regressar entretanto e as entradas de cerca de 200 novos profissionais. O Ministério da Saúde só adianta que 26 por cento dos 140 médicos que aceitaram e foram autorizados a voltar são desta especialidade. O saldo entre saídas e entradas continua, pois, substancialmente negativo. "E o problema é que já andamos com défices [de médicos de família] há muitos anos", frisa Rui Nogueira. Consultas a "passo rápido"Não há dados precisos sobre o número de pessoas que perderam o médico assistente no seu centro de saúde, até porque o processo de regresso de médicos continua e o de saída ainda não parou. A situação muda todos os dias. Veja-se o caso dos Aces do Oeste Norte, onde, das 20 reformas anunciadas, só se efectivaram cinco por enquanto. "Ainda vão sair 15 médicos", diz a directora, Teresa Luciano. Ileine Lopes, directora do Aces de Loures, reconhece que desde Julho saíram cinco médicos mas a criação de Unidades de Saúde Familiar conseguiu captar clínicos do exterior e jovens profissionais e até reduziram em oito mil os sem médico atribuído - ainda assim, chegam quase aos 43 mil (num universo de 220 mil inscritos). O certo é que, se antes se falava em cerca de 400 mil portugueses sem médico de família, a ministra da Saúde admitiu há dias que agora serão 500 mil. E se chegou a anunciar que em 2013 conseguiria dar um médico de família a cada português, Ana Jorge agora já reconhece que isso só deverá ser possível em 2015. Luís Pisco, ex-presidente Unidade de Missão de Cuidados de Saúde Primários e actual médico de família na região das Caldas da Rainha, admite "que por cada um que se reforma são 1700 utentes que ficam sem médico" e esses são um contingente que fica reduzido às chamadas "consultas de recurso", que representam "uma sobrecarga para aqueles que já têm as suas listas". "Eu conheço os doentes da minha lista, nessas consultas não conheço as pessoas e a ficha clínica ainda não está no computador. "Perante este cenário, defende, ou se "limita administrativamente as pessoas que têm consulta", ou então "as consultas passam a ser cada vez mais rápidas para ver mais gente". Luís Pisco relembra um movimento recente em Espanha em que os utentes reclamavam pelo menos dez minutos de consulta, porque se constatou que estavam reduzidos a sete. Corre-se o risco de haver cada vez mais destas consultas "a passo rápido", o que impede a criação "da relação médico-doente". Entrar a perder salárioBernardo Vilas Boas, presidente da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar, também diz que os utentes acabam "por conseguir resposta a situações agudas em consultas de recurso", mas "não conseguem vigilância periódica com ênfase na prevenção da doença e promoção da saúde e essa deve ser a grande função dos médicos de família".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha doença
Príncipe William e Kate Middleton convidam 1900 pessoas para o seu casamento
A BBC noticia hoje que o Príncipe William e Kate Middleton convidaram 1900 pessoas para o seu casamento que se celebra no próximo dia 29 de Abril no Palácio de St. James. (...)

Príncipe William e Kate Middleton convidam 1900 pessoas para o seu casamento
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DATA: 2011-02-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: A BBC noticia hoje que o Príncipe William e Kate Middleton convidaram 1900 pessoas para o seu casamento que se celebra no próximo dia 29 de Abril no Palácio de St. James.
TEXTO: Ainda não foi divulgado oficialmente nenhum nome constante nessa lista, mas sabe-se que pelo menos metade destas pessoas são familiares e amigos. A BBC adianta, porém, que altos dignitários, políticos seniores, membros de associações de caridade e celebridades como os Beckham deverão estar presentes no evento. Farão igualmente parte da lista de convidados soldados feridos em combate no Afeganistão e no Iraque e alguns sem-abrigo que o Príncipe William foi conhecendo nas suas missões militares e humanitárias ao longo dos anos. Sabe-se também que nem todos os convidados irão depois estar presentes na recepção que será dada no Palácio de Buckingham. Apenas 600 familiares, amigos e dignitários serão convidados para o brinde oficial oferecido pela rainha ao casal que ficou comprometido em Outubro passado, durante umas férias no Quénia. Destes 600, apenas 300 ficarão para um jantar íntimo que se seguirá à recepção e ao baile. O casamento propriamente dito será celebrado pelo Arcebispo de Cantuária. Na fila da frente estará sentada a Rainha, o rei consorte Filipe, Duque de Edimburgo, o Príncipe de Gales (Carlos, o pai do noivo), a Duquesa de Cornualha (Camilla) e o padrinho do noivo: o irmão de William, Harry. Imediatamente ao lado estarão os pais de Kate, Michael e Carole Middleton, a irmã de Kate e sua madrinha, Pippa, e o irmão James. A BBC informa ainda que a duquesa de York, Sarah Ferguson - que no ano passado foi apanhada por um tablóide britânico a pedir dinheiro a troco de acesso facilitado ao ex-marido - não foi convidada para estar presente no evento.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha casamento
Tunísia pede extradição de Ben Ali à Arábia Saudita
A Tunísia pediu à Arábia Saudita a extradição do antigo Presidente Zine El Abidine Ben Ali, acusado de “vários crimes graves”. Enquanto isso, cerca de 40 mil pessoas manifestaram-se na capital pedindo a demissão do governo interino formado após a fuga do Presidente a 14 de Janeiro, na sequência de uma revolta popular. (...)

Tunísia pede extradição de Ben Ali à Arábia Saudita
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Tunísia pediu à Arábia Saudita a extradição do antigo Presidente Zine El Abidine Ben Ali, acusado de “vários crimes graves”. Enquanto isso, cerca de 40 mil pessoas manifestaram-se na capital pedindo a demissão do governo interino formado após a fuga do Presidente a 14 de Janeiro, na sequência de uma revolta popular.
TEXTO: O pedido de extradição de Ben Ali foi anunciado pelo Mnistério dos Negócios Estrangeiros tunisino. Já no mês passado tinha sido anunciado um mandado de captura internacional contra o antigo Presidente, que governou o país durante 23 anos. “Na sequência de uma nova série de acusações contra o Presidente deposto, acusações relativas ao seu envolvimento em vários crimes graves, consistindo no incitamento a homicídio voluntário e a semear a discórdia entre os cidadãos de um país”, a Tunísia pediu a sua extradição, diz um comunicado ministerial citado pela agência francesa AFP. Nos últimos dias surgiram vários rumores sobre o estado de saúde de Ben Ali, dando-o como gravemente doente, em coma ou mesmo morto. As autoridades de Tunes pediram ainda ontem a Riad informações sobre o estado de saúde “ou a eventual morte” do antigo líder. Com acções como este pedido de extradição, o governo interino está a tentar distanciar-se do antigo Presidente. Mas ainda assim vários milhares de manifestantes pediam ontem no centro de Tunes a demissão do executivo. A polícia disparou tiros de aviso para o ar para dispersar a enorme multidão, no segundo dia de protestos, apesar das medidas de emergências proibirem manifestações. Dois helicópteros sobrevoavam a manifestação, em frente ao gabinete do primeiro-ministro. Mas os manifestantes não arredaram pé. Muitos protestavam contra a presença do chefe do governo Mohamed Ghannouchi, aliado próximo do antigo Presidente, no executivo. “Não queremos os amigos de Ben Ali”, gritavam os manifestantes em frente ao palácio presidencial. Outros pediam simplesmente melhores condições de vida, ou acusavam o novo governo de não ser capaz de manter a ordem queixando-se de um aumento do crime. Na véspera, a manifestação terá sido menor — cerca de 15 mil pessoas, que entoaram sobretudo slogans anti-islamistas, depois de um padre ter sido assassinado e de um grupo de islamistas protestarem contra a existência de bordéis, a as casas de prostituição acabaram por receber protecção policial.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homicídio prostituição morto
Habitantes de Carvalhas fazem vigília para impedir entrega de criança ao pai
Cerca de 60 habitantes da freguesia de Carvalhas, Barcelos, organizaram este domingo uma vigília para impedir que uma criança fosse entregue ao pai por suspeitarem que “abusa sexualmente dela”, apesar de o Tribunal de Barcelos ter dado a guarda da menor ao progenitor. (...)

Habitantes de Carvalhas fazem vigília para impedir entrega de criança ao pai
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de 60 habitantes da freguesia de Carvalhas, Barcelos, organizaram este domingo uma vigília para impedir que uma criança fosse entregue ao pai por suspeitarem que “abusa sexualmente dela”, apesar de o Tribunal de Barcelos ter dado a guarda da menor ao progenitor.
TEXTO: Em declarações à agência Lusa, a mãe da criança, uma menina de sete anos, contou que esta é fruto do relacionamento “fortuito” que teve com o pai. Cerca de 60 habitantes de Carvalhas reuniram-se à porta da casa da mãe da criança para tentarem impedir que o pai levasse a menina “à força”. Segundo contaram à agência Lusa alguns dos presentes na concentração, “esta história arrasta-se desde que a menina tem três anos”. Na altura, contaram, “ a mãe da menina notou que ela quando vinha de casa do pai vinha com marcas nas perninhas. Até pensou que podiam ser do cinto da cadeira do carro e avisou o pai”. A mãe da menina confirmou esta versão à agência Lusa e adiantou que quando falou com o pai sobre o assunto “ele reagiu com violência e negou fazer mal à filha, mesmo sem ter sido acusado de nada”. Passados alguns dias, “a bebé começou a ter atitudes agressivas depois de estar com o pai e começou a contar coisas estranhas”. A menina “dizia que o pai era mau" e descrevia cenas que levaram a família e os vizinhos a suspeitarem de abuso sexual, disse à Lusa o avô da criança. A mãe diz que sempre teve a guarda da criança. "Mas depois de ter acusado o pai da minha filha de abusar dela o tribunal resolveu dar a guarda dela ao pai”, garante. A entrega da menor estava combinada entre a mãe e o pai para este domingo ao final da tarde, altura em que os habitantes da freguesia se reuniram no caminho que dá acesso à moradia onde a menina vive com a mãe e a avó. O grupo assegurou que não tinha como objectivo “impedir que se cumprisse a lei, mas que o pai levasse a menina contra a vontade dela”. “Se a menina quiser ir, ninguém diz nada”, garantiram. No entanto, depois da hora marcada, o pai mandou uma mensagem de telemóvel à mãe da criança a avisar que "não ia buscar a filha porque não estavam reunidas as condições para que isso acontecesse”, revelou a mãe à Lusa. A agência Lusa tentou hoje, sem êxito, contactar o pai da criança.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha lei violência concentração tribunal criança sexual abuso
Scissor Sisters no Sudoeste, Anna Calvi no Alive e Moby no Marés Vivas
A busca pelos melhores nomes para os cartazes dos festivais de Verão continua e quase todos os dias são anunciadas novas bandas e artistas. Desta vez, são os Scissor Sisters no Sudoeste TMN , Anna Calvi no Optimus Alive e Moby no Marés Vivas. (...)

Scissor Sisters no Sudoeste, Anna Calvi no Alive e Moby no Marés Vivas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2011-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: A busca pelos melhores nomes para os cartazes dos festivais de Verão continua e quase todos os dias são anunciadas novas bandas e artistas. Desta vez, são os Scissor Sisters no Sudoeste TMN , Anna Calvi no Optimus Alive e Moby no Marés Vivas.
TEXTO: A banda norte-americana, que passou por Portugal no ano passado, actua no dia 6 de Agosto. Também confirmados para a Zambujeira do Mar estão os Swedish House Máfia, que irão fechar o festival, a 7 de Agosto. Estes nomes juntam-se assim a Amy Winehouse, que actua no dia 4 de Agosto. O festival Sudoeste TMN decorre entre os dias 3 e 7 de Agosto e os bilhetes têm o preço de 90 euros (80 euros se comprados até 31 de Março). Um mês antes do festival alentejano acontecer, será a vez de Anna Calvi subir ao palco Super Bock, do festival Optimus Alive. A cantora britânica actua pela primeira vez em Portugal, no dia 6 de Julho, no passeio marítimo de Algés, Oeiras. Elogiada por Brian Eno, que considera o surgimento de Anna Calvi o acontecimento musical mais importante desde Patti Smith, e Nick Cave, que a escolheu pessoalmente para a primeira parte dos concertos de Grinderman em 2010, a britânica foi incluída na lista da BBC de 15 artistas a manter debaixo de olho em 2011. Anna Calvi junta-se aos já confirmados A-Trak, Blondie, Coldplay, Crocodiles, Foals, Foo Fighters, Grinderman, Iggy and The Stooges, Kaiser Chiefs, Mona, Primal Scream Present Screamadelica Live, The Chemical Brothers, Thievery Corporation, Thirty Seconds to Mars, TV On The Radio, White Lies e Xutos e Pontapés. O festival Marés Vivas também já entrou na corrida e anunciou o primeiro nome, o norte-americano Moby, que vai actuar no dia 15 de Julho. O festival realiza-se entre os dias 14 e 16 de Julho, em Vila Nova de Gaia. Os bilhetes custarão entre 25 euros (bilhete diário) e 50 euros (passe de três dias). Até 14 de Junho, o passe custa 45 euros. Os bilhetes são postos à venda a 25 de Fevereiro.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cantora
O dia em que os activistas trocaram a internet por um encontro no mundo real
Chegam em grupos. Alguns sozinhos, com ar hesitante. Uns andam às voltas ao quarteirão, sem encontrar a morada. Não se conhecem, nunca aqui estiveram. E, no entanto, todos pertencem ao Movimento 6 de Abril, pelo menos virtualmente. Através do Facebook, todos participaram na revolução. (...)

O dia em que os activistas trocaram a internet por um encontro no mundo real
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Chegam em grupos. Alguns sozinhos, com ar hesitante. Uns andam às voltas ao quarteirão, sem encontrar a morada. Não se conhecem, nunca aqui estiveram. E, no entanto, todos pertencem ao Movimento 6 de Abril, pelo menos virtualmente. Através do Facebook, todos participaram na revolução.
TEXTO: A reunião está marcada para as cinco da tarde no quintal deste prédio em obras. É um edifício de vários andares que o núcleo duro do 6 de Abril comprou em ruínas e está agora a reconstruir com as suas próprias mãos. À entrada, alguém vai apontando os nomes, contactos e profissões dos militantes, que agora passam a ser reais. Depois, já reunidos, e após um breve discurso do líder, Ahmed Maher, os participantes são convidados a apresentar-se. São cerca de 200, mas todos têm oportunidade de dizer o nome. A seguir começa a discussão, que não estava prevista. "Devíamos contactar empresas multinacionais, pedindo-lhes que patrocinassem projectos sociais, de ajuda às pessoas", diz uma mulher na casa dos 40 anos, de véu na cabeça. Ahmed Maher responde: "Não sei como isso se pode fazer. Temos de nos informar sobre as vias legais para esse tipo de coisas. Dantes tudo precisava de licenças da polícia, agora não sei como é". Uma rapariga diz: "Acho que temos de exigir a demissão dos ministros do antigo regime. " Maher responde: "Há duas fases distintas. Uma é esta, em que temos de manter algumas estruturas do velho regime, enquanto educamos as pessoas para a democracia. . . " Um rapaz chega-se um pouco à frente no círculo para interromper, exaltado: "O regime ainda não mudou. Mudaram alguns nomes, só para fingir que as coisas estão diferentes. Mas não nos podemos deixar enganar. O velho regime está todo no poder!"Pela primeira vez, o grupo bate palmas. A discussão aquece. "Não se iludam", diz um homem já com mais de 50 anos, no que foi o início de um interminável discurso. "Este Exército não é o mesmo que fez a revolução de 1952 e as guerras contra Israel. Agora é outra gente, em quem não devemos confiar. Eles não serão capazes de organizar o pais e levá-lo até à democracia. Os militares devem ter apenas o controlo da segurança do país. Não o controlo sobre o povo. " E prossegue com ataques ao Exército, provocando a reacção de outro militante, mais jovem: "Vamos parar com isto! Não vamos começar a criticar o Exército. Até aqui, eles têm estado do nosso lado. Não atacaram as pessoas. Dizem que vão responder às nossas exigências. Por isso, até prova em contrário, temos de os apoiar. "Burburinho. Falam todos ao mesmo tempo. Uns acham que sim, outros que não. Maher põe-se em cima de um caixote para restabelecer a ordem: "Temos de ser responsáveis. Não vamos virar-nos contra os militares. Mas é preciso continuar a revolução. Ela ainda não acabou. Temos de manter a pressão sobre os militares, obrigando-os a cumprir as promessas. Já pedimos uma reunião com eles, para estabelecer uma agenda de medidas, e eles concordaram. Mas até agora ainda não marcaram uma data. "Um barbudo toma a palavra (dirá depois ao PÚBLICO que pertence à Gama"a al Islamyia, um grupo islamista radical, ilegalizado): "Penso que temos de tornar claras as nossas exigências. As mais importantes são o levantamento da Lei de Emergência e a aprovação de uma lei sobre a liberdade de criação de grupos políticos. "A discussão prossegue pela noite dentro, entre opiniões contraditórias e muita confusão. A certa altura, Ahmed Maher acha que já chega, para uma primeira reunião. "A nossa ordem de trabalhos não era isto, mas sim definir as formas de organizar o movimento a partir de agora", diz. "As pessoas devem inscrever-se nas várias secções, consoante as suas áreas de especialidade. Para já, é urgente criar uma comissão para falar com a imprensa. Depois vamos criar pequenas células, por região e por zona da cidade do Cairo, e outras por profissões. "No fim, cada um regista-se na secção em que quer trabalhar e vai para casa esperar instruções. Nasceu um novo partido.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei mulher ajuda homem rapariga
Pedro Tamen vence prémio Correntes d'Escritas
O escritor Pedro Tamen venceu o prémio Correntes d'Escritas com a obra de poesia O Livro do Sapateiro, editado pela D. Quixote. O júri do prémio literário Casino da Póvoa reuniu-se no dia 22 de Fevereiro de 2011 atribuindo por maioria o galardão. (...)

Pedro Tamen vence prémio Correntes d'Escritas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.3
DATA: 2011-02-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O escritor Pedro Tamen venceu o prémio Correntes d'Escritas com a obra de poesia O Livro do Sapateiro, editado pela D. Quixote. O júri do prémio literário Casino da Póvoa reuniu-se no dia 22 de Fevereiro de 2011 atribuindo por maioria o galardão.
TEXTO: Este prémio, que tem um valor de 20 mil euros, distingue este ano a poesia. Para além de "O livro do sapateiro", os candidatos ao prémio eram "Inexistência de Eva" (de Filipa Leal), "Deriva Anthero, Areia & Água" (Armando da Silva Carvalho), "Arado" (A. M. Pires Cabral), "Curso Intensivo de Jardinagem" (Margarida Ferra), "Guia de Conceitos Básicos" (Nuno Júdice), "Mais Espesso que a Água" (Luís Quintais), "Necrophilia" (Jaime Rocha), "O Anel do Poço" (Paulo Teixeira) e "O viajante sem sono" (José Tolentino Mendonça). O júri do prémio foi constituído por Almeida Faria, Carlos Vaz Marques, Fernando Pinto do Amaral, Patrícia Reis e valter hugo mãe. Na Sessão Oficial de Abertura foram também anunciados os vencedores do Prémio Literário Correntes d’Escritas/Papelaria Locus, do Prémio Literário Conto Infantil Ilustrado Correntes d’Escritas/Porto Editora e do Prémio Fundação Dr. Luís Rainha. Ao poema Esquecimento, de Ana Filipa Cravina dos Reis, foi atribuído o Prémio Literário Correntes d’Escritas/Papelaria Locus, entre os 82 poemas a concurso. Luís Diamantino, Vereador do Pelouro da Cultura, Francisco Guedes e Manuela Ribeiro, membros da organização do Correntes d’Escritas, constituíram o júri do Prémio que, nesta edição, distingue trabalhos em poesia elaborados por jovens dos 15 aos 18 anos. Foram atribuídas menções honrosas a Indícios para um cântico poveiro, de Pedro Manuel Martins Baptista, e a Patrão Lagoa – o sonho de ser Cabo-do-Mar, de José António Ribeiro de Azevedo. Notícia actualizada às 12h30
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura rainha infantil
Família de Khadafi pagou quase um milhão por actuação de Mariah Carey
Documentos divulgados pela Wikileaks revelam gastos luxuosos da família de Khadafi, entre eles uma actuação privada de Mariah Carey que recebeu um milhão de dólares (mais de 730 mil euros) para cantar apenas quatro músicas numa festa particular da família. (...)

Família de Khadafi pagou quase um milhão por actuação de Mariah Carey
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2011-02-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Documentos divulgados pela Wikileaks revelam gastos luxuosos da família de Khadafi, entre eles uma actuação privada de Mariah Carey que recebeu um milhão de dólares (mais de 730 mil euros) para cantar apenas quatro músicas numa festa particular da família.
TEXTO: A notícia é avançada pelo jornal New York Times que escreve que a cantora foi contratada para actuar na passagem de ano de 2009 para 2010, numa festa privada nas Caraíbas. Um ano depois, Beyonce e Usher terão sido também contratados para actuar numa outra festa da família. Os documentos revelam que as contratações milionárias de estrelas internacionais é um hábito da família de Muammar Khadafi, principalmente dos seus filhos, que costumam ter celebridades nas suas festas e banquetes. Estas revelações surgem num momento de confrontos e manifestações na Líbia contra o governo de Khadafi.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cantora
Segundo C-130 trouxe mais 64 portugueses da Líbia esta madrugada
Um segundo C-130 aterrou esta madrugada, pouco antes das 4h00, no aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa, transportando portugueses que estavam na Líbia. (...)

Segundo C-130 trouxe mais 64 portugueses da Líbia esta madrugada
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-02-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um segundo C-130 aterrou esta madrugada, pouco antes das 4h00, no aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa, transportando portugueses que estavam na Líbia.
TEXTO: O avião da Força Aérea Portuguesa chegou a Lisboa proveniente de Itália, onde tinha aterrado cerca das 20h30 de terça-feira, transportando 75 cidadãos, 64 portugueses e 11 estrangeiros que trabalham para empresas portuguesas ou de capital português na Líbia. Milhares de cidadãos estrangeiros que trabalham ou residem na Líbia continuam retidos em Bengasi à espera de serem evacuados por via marítima, já que o aeroporto naquela cidade costeira está inoperacional desde segunda-feira, e o porto parece ser já a única porta de saída. Os protestos na Líbia contra o regime do coronel Muammar Khadafi começaram no passado dia 15, tendo sido reprimidos com violência. Os incidentes mais graves foram registados sobretudo em Tripoli, a capital, e em Bengasi, a segunda maior cidade líbia. Segundo organizações internacionais, centenas de civis já perderam a vida desde o início dos tumultos. Segundo relatos dos portugueses que chegam a Portugal, a situação no aeroporto de Tripoli é “caótica” e “complicada”, nas ruas ouvem-se “tiros” e vê-se “destruição”. Jorge Maciel, preparador físico da equipa Al-Attihad, que liderava o campeonato de futebol da primeira liga líbia entretanto interrompido, contou à Lusa que “na semana passada estava tudo tranquilo” e que “de um momento para o outro” a situação começou a complicar-se “primeiro em Bengasi e depois em Tripoli”. “O primeiro sintoma de que as coisas podiam estar muito esquisitas foi quando queríamos ir à Internet e deixámos de aceder a determinadas páginas, nomeadamente o Facebook e o Hotmail”, o que começou a verificar-se “no fim da semana passada”, relatou Jorge Maciel. O português, que estava na Líbia desde Dezembro, conta que “a principal preocupação” era “tranquilizar” os familiares em Portugal até porque, em Tripoli, não tinha acesso ao que se estava a passar no país. Isto porque “havia poucas notícias em inglês, era tudo em árabe” e havia “pouca capacidade de entrar em contacto” com a família, uma vez que as comunicações falharam. Quando chegou ao campo de treinos, na segunda-feira, Jorge Maciel percebeu que “a cidade estava praticamente deserta de manhã” e viu “alguns pontos com focos de incêndio, cheirava a queimado e algumas esquadras da polícia estavam completamente destruídas”. Como apenas os jogadores estrangeiros se apresentaram ao treino, os três portugueses actualmente no clube, incluindo dois jogadores com dupla nacionalidade (portuguesa e brasileira) e Jorge Maciel, pediram os passaportes e foram para o aeroporto. “Fomos para o aeroporto ontem [segunda-feira] de manhã e a situação estava muito complicada. Se as autoridades internacionais puderem, pelo menos, orientar o controlo de entradas no aeroporto. . . O cenário ainda não é de desespero, em que as pessoas se atropelam, mas é incrível ver milhares e milhares de pessoas a chegarem de táxi com bagagens às costas e toda a gente a querer entrar”, explicou. Romana Pereira, uma das poucas mulheres que vinha no C-130, estava em Tripoli de visita ao marido, a trabalhar na capital líbia há três meses. Com uma filha bebé ao colo, conta que estava num “condomínio fechado”, onde “ninguém entrava sem identificação” e com “polícia em todo o lado”. Apesar da aparente segurança, Romana e a família ouviam “tiros durante a noite”, uma situação de insegurança que não esperava: “Quando se entra naquele país, é um sossego, melhor do que Portugal, mais calmo”, afirmou. Também o tenente coronel Paulo Peres, que pilotou o C-130 da Força Aérea Portuguesa que chegou hoje, adianta que a situação na Líbia não tem nada a ver com o Egipto, de onde também transportou portugueses. No aeroporto militar de Figo Maduro, o piloto afirmou aos jornalistas que, em Tripoli, “as pessoas estão mais assustadas” e que há “mais tensão e nervosismo no controlo aéreo”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha violência campo mulheres
Portuguesa a viver em Christchurch com quatro filhos fala de "momentos indescritíveis"
Uma portuguesa residente em Christchurch disse hoje ter vivido momentos “indescritíveis” durante e depois do sismo que atingiu aquela cidade da Nova Zelândia na terça-feira, tendo passado várias horas sem conseguir chegar à escola dos filhos. (...)

Portuguesa a viver em Christchurch com quatro filhos fala de "momentos indescritíveis"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma portuguesa residente em Christchurch disse hoje ter vivido momentos “indescritíveis” durante e depois do sismo que atingiu aquela cidade da Nova Zelândia na terça-feira, tendo passado várias horas sem conseguir chegar à escola dos filhos.
TEXTO: “Nunca tinha sentido nada assim. Ver na televisão é uma coisa, mas estar no meio é outra. É indescritível”, contou à Lusa Elia Ribeiro, contactada telefonicamente em Christchurch, onde vive com o marido, hispano-australiano, e os quatro filhos (três rapazes de 15, 11 e 8 anos e uma menina de dois anos). O marido estava na altura do sismo em viagem de trabalho na Austrália. A cidade de Christchurch, a segunda da Nova Zelândia, foi atingida na terça-feira por um sismo de magnitude 6, 3 na escala de Richter que provocou pelo menos 75 mortos e 300 desaparecidos. A portuguesa, de 36 anos, que se mudou da cidade australiana de Sydney para Christchurch apenas a 28 de Dezembro do ano passado, contou à Lusa que quando o sismo ocorreu estava com a filha mais nova num centro comercial. “Não sei como aquilo não caiu tudo em cima de nós. Caiu tudo à minha volta. Vidros partidos e outras coisas. Só não caiu em cima de nós. Tinha um anjo à minha volta”, disse. “Ficámos sem saber o que fazer. E quando aquilo parou e saímos estava tudo partido cá fora. O cimento partido. Havia água por todo o lado. Ficou tudo inundado em 10 minutos. A água chegava à porta do carro”, recordou. Com a filha, e depois de ter ficado “meia hora a tremer”, meteu-se no carro e foi recolher o filho mais velho à escola “ali a cinco minutos de distância”, onde”felizmente não havia feridos”. Chegar à escola dos dois rapazes mais novos foi bastante mais complicado, com estradas cortadas, um “caos” no centro, muita água pelas ruas e as dificuldades no acesso. Sem comunicações, só conseguiu ver os filhos “quase às 6 da tarde”, várias horas depois do sismo. “O sismo foi às 12h12 [hora local]. Estive ali meia hora a tremer e depois não parei. Fui à escola do mais velho. Mas só consegui chegar às 6 à escola dos mais pequenos. Estavam capazes de morrer”, disse. “Felizmente, aconteceu na hora de almoço. Os miúdos estavam todos cá fora a brincar. Caíram alguns vidros e há alguns edifícios danificados mas felizmente não aconteceu nada de grave a ninguém ali”, explicou. Quase 24 horas depois do sismo, e ainda sem luz, Elia Ribeiro disse que passou a noite “com muita preocupação”, na sala de casa com os filhos. “Dormimos todos juntos na sala. Foi uma noite terrível porque durante a noite sentiram-se muitos abanões”, disse, explicando que na sua zona várias casas, as mais antigas, foram parcialmente destruídas. “A cidade continua sem luz. O telefone fixo não funciona e o móvel vai funcionando, mas porque o carrego no carro. Os vizinhos já vieram saber de mim. Há muita solidariedade por aqui”, acrescentou. Pelo menos 75 pessoas morreram no sismo que ontem abalou a cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, segundo um último balanço avançado pelo presidente da autarquia local, Bob Parker. O primeiro-ministro John Key decretou, entretanto, o estado de emergência. Cerca de 300 pessoas estão dadas como desaparecidas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha escola filho