Reportagem: Manifestantes exigem manter a praça Tahrir aberta para o povo
A vida está a voltar ao normal no Cairo. As lojas e as ruas reabrem-se ao trânsito, mas no palco da revolução ainda há quem grite palavras de ordem. (...)

Reportagem: Manifestantes exigem manter a praça Tahrir aberta para o povo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A vida está a voltar ao normal no Cairo. As lojas e as ruas reabrem-se ao trânsito, mas no palco da revolução ainda há quem grite palavras de ordem.
TEXTO: A praça não desarma. Ontem, os militares tentaram afastar os manifestantes, levantar os seus acampamentos, convencê-los a saírem da rua. Mas uma revolução não vai assim para casa de um momento para o outro. "Eu tenho o direito de festejar", disse Asim, de 26 anos, que veio para Tahrir com as duas irmãs. "Estivemos aqui até o regime cair. Agora esta praça é do povo. "Nalgumas das tentativas de reabrir a praça ao trânsito, a polícia militar não conseguiu evitar empurrões e alguns momentos de certa agressividade para com os manifestantes. Entre estes, havia muitos que chegavam à Praça da Libertação pela primeira vez. Seguiram, solidários mas receosos, os acontecimentos pela televisão, e agora queriam viver a experiência deste lugar mítico. Mas outros dos que estão na praça pertencem ao núcleo duro da revolução, quer se trate de "jovens do Facebook", quer de irredutíveis e pertinazes adversários do regime, como Mohamed Haytham. "Eu não saio daqui enquanto não vir verdadeira mudança", disse ele. "Estou satisfeito com os acontecimentos. Estou realmente feliz, mas a revolução ainda não acabou. Aliás, ainda mal começou. O povo tem de acompanhar o que se passa. É o povo que está no poder agora, os militares têm de compreender isso. Eles apenas estão ao nosso serviço. A praça Tahrir tem de estar sempre aberta para o povo. "Mohamed diz que confia nos soldados, mas não totalmente nos líderes militares. "Estou de acordo com as medidas que eles anunciaram: suspender a Constituição e dissolver as câmaras do Parlamento. Foi precisamente isso que pedimos. Mas o Governo ainda está em funções. E não foi levantada a lei de emergência. Ou seja: por um lado, está tudo a correr bem, mas por outro nada nos garante que isto não seja um golpe de Estado militar". Por isso é importante manter uma presença na praça. "Se nos levantarmos da cadeira, alguém pode chegar e sentar-se nela. "Wael Soliman, de 25 anos, activista do Facebook e outro dos indefectíveis da praça, explica: "Eu vejo isto como uma guerra. A praça Tahir é um território conquistado. Se o abandonamos, pode ser retomado pelo inimigo, e perdemos de novo o poder. "Protestos descontraídosTahrir continuava portanto ocupada, embora a atmosfera fosse muito diferente da que se respirava nos 18 dias da luta. Os automóveis voltaram a circular, e os manifestantes pareciam-se agora mais com transeuntes de fim-de-semana. Ainda se gritavam palavras de ordem, mas de forma mais descontraída. Um grupo "armado" de vassouras marchou em frente ao Museu do Cairo gritando: "Limpámos o regime, agora vamos limpar a praça. " Outros recolhiam o lixo e outros ainda pintavam traços brancos nos passeios e faixas de rodagem. Alguns rapazes andavam com paletas de aguarelas na mão, para pintar as caras de quem quisesse com as cores da bandeira do Egipto. Num dos lados da praça, cercado por um cordão humano, erguia-se um monumento aos que pereceram, com fotografias e flores. As pessoas aproximavam-se e pagavam tributo aos mártires, tirando uma fotografia com o telemóvel. Junto aos tanques, pares de raparigas flirtavam com os soldados. Perseguida e aplaudida por uma multidão, uma noiva desfilou com um vestido branco cheio de folhos e uma longa cauda. Foi mais um casamento na praça Tahrir. No resto da cidade, a vida voltou ao normal. As lojas reabriram, o trânsito voltou ao caos do costume. Nos cafés, os homens discutem a situação política. Reúnem-se em grandes grupos à volta de uma mesa, por vezes com um ar muito sério. O caso não é para menos. "Nunca tínhamos conversado assim abertamente", disse Ahmad Jamil, um pequeno empresário. "As pessoas agora dizem o que pensam. Estamos todos muito contentes. Agora temos oportunidade de ter uma opinião, de participar na construção do nosso país. Mas a situação não é fácil. A economia está de rastos, e há gente muito descontente. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens guerra lei casamento
Mau tempo provoca estragos em várias regiões do país
O mau tempo que se fez sentir durante a madrugada, com chuva, vento forte e trovoadas, fez estragos em várias regiões do país e dois feridos ligeiros em Alcácer do Sal. (...)

Mau tempo provoca estragos em várias regiões do país
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.34
DATA: 2011-02-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O mau tempo que se fez sentir durante a madrugada, com chuva, vento forte e trovoadas, fez estragos em várias regiões do país e dois feridos ligeiros em Alcácer do Sal.
TEXTO: Eram 6h30 quando um raio atingiu duas casas localizadas na Herdade de Vale Matança, em Alcácer do Sal. Disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal. O acidente fez dois feridos ligeiros e estragos nas duas habitações. Também a Sul, na localidade de Landeira e de São Nicolaus, Vendas-Novas, a tempestade arrancou árvores e fez estragos nos telhados de algumas casas, apesar de nenhuma delas ter ficado inabitável nem se terem registado feridos. Noutros pontos do distrito de Évora, os bombeiros registaram, ao início da manhã, a queda de uma dezena de árvores em diferentes concelhos, em consequência do forte vento, acompanhado por chuva e trovoada, indicou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS). Mais a sul, na zona de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, os bombeiros também foram chamados para dois casos de queda de árvores, segundo o CDOS de Beja. No Algarve, o mau tempo não só esta madrugada, mas ao longo dos últimos dias, provocou vários acidentes rodoviários. As autoridades registaram hoje de manhã a queda de uma estrutura em Olhão e a queda de uma árvore e um deslizamento de terras em Silves. Em Albufeira foi a queda de um muro e em Faro a queda de cabos eléctricos que levaram à intervenção das operações de socorro. Já na região centro, nas Caldas da Rainha, também houve registo de chuva e vento forte, com queda de árvores e postes de iluminação. Os bombeiros foram ainda chamados a retirar da via pública painéis publicitários caídos, um deles na Estrada da Foz (que liga Caldas da Rainha à Foz do Arelho). E já esta manhã retiraram outros painéis de uma das entradas da cidade. No norte do país é a neve que condicionou a vida em Bragança com os transportes a terem dificuldade de circulação de manhã. As escolas foram encerradas. Depois do alerta Amarelo, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) elevou hoje o alerta, para Laranja, para os distritos de Faro, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Leiria, Lisboa, Porto, Setúbal e Viana do Castelo, até às 15h00 horas de quinta-feira, devido à agitação marítima.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha
Jornalista do “60 Minutos” Lara Logan sexualmente agredida no Egipto
A jornalista Lara Logan, correspondente da CBS e repórter do programa "60 Minutos”, foi sexualmente agredida no Cairo, no dia em que se soube que o Presidente egípcio, Hosni Mubarak, tinha renunciado ao poder. (...)

Jornalista do “60 Minutos” Lara Logan sexualmente agredida no Egipto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2011-02-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: A jornalista Lara Logan, correspondente da CBS e repórter do programa "60 Minutos”, foi sexualmente agredida no Cairo, no dia em que se soube que o Presidente egípcio, Hosni Mubarak, tinha renunciado ao poder.
TEXTO: A jornalista estava a cobrir os festejos na Praça Tahrir, no Cairo, para o programa “60 Minutos” - que passa semanalmente na SIC Notícias -, quando ela e a sua equipa foram rodeados por cerca de 200 pessoas. No meio da confusão, Lara Logan foi separada da sua equipa e terá sido sexualmente agredida, de forma “brutal e ininterrupta”. Desconhece-se mais pormenores sobre o que se terá realmente passado durante esse tempo, até que a jornalista foi resgatada por um grupo de mulheres e membros do Exército. Num curto comunicado divulgado ontem, a CBS explica que “na sexta-feira, dia 11, o dia em que o Presidente egípcio, Hosni Mubarak, abandonou o poder, a correspondente da CBS Lara Logan estava a cobrir os festejos na Praça Tahrir para o programa ’60 Minutos’ quando ela e a sua equipa foram rodeados por elementos perigosos. Era uma multidão de mais de 200 pessoas que estavam num frenesim”. “Na confusão da multidão, ela foi separada da sua equipa. Foi depois cercada e sofreu um brutal e ininterrupto ataque sexual e foi agredida antes de ser salva por um grupo de mulheres e cerca de 20 soldados egípcios. Reencontrou-se posteriormente com a sua equipa e regressou ao hotel, tendo voltado aos EUA no primeiro voo da manhã seguinte. Encontra-se actualmente no hospital a recuperar. Não haverá mais comentários por parte da CBS acerca deste assunto e a correspondente Logan e a sua família pedem privacidade neste momento”, indica ainda a nota. Logan é uma de pelo menos 140 jornalistas que foram mortos ou feridos enquanto faziam a cobertura das manifestações pró-democracia no Egipto, segundo a AP.
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Entidades EUA
Dadores de esperma e óvulos vão ser recrutados em banco público no Porto
Se alguma vez lhe passou pela cabeça doar esperma ou óvulos a casais que estão impossibilitados de ter filhos, vai poder fazê-lo em breve. Mais de três anos depois de ter sido oficialmente anunciado, o banco público de esperma e de óvulos doados por terceiros tem finalmente luz verde da tutela para avançar. (...)

Dadores de esperma e óvulos vão ser recrutados em banco público no Porto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Se alguma vez lhe passou pela cabeça doar esperma ou óvulos a casais que estão impossibilitados de ter filhos, vai poder fazê-lo em breve. Mais de três anos depois de ter sido oficialmente anunciado, o banco público de esperma e de óvulos doados por terceiros tem finalmente luz verde da tutela para avançar.
TEXTO: A instalar no Centro Hospitalar do Porto (que integra o Hospital de Santo António e a Maternidade Júlio Dinis), o banco vai proceder ao recrutamento e selecção de dadores de esperma e de ovócitos para dar resposta a muitos casais que não dispõem de células reprodutivas próprias - estima-se que cerca de dez por cento dos casais inférteis estão nesta situação. Até agora, os centros que fazem procriação medicamente assistida (PMA) em Portugal têm sido obrigados a recorrer a gâmetas de outros países, importando sobretudo esperma. A ministra da Saúde já tinha anunciado, em 2008, que o banco ia avançar, mas os passos necessários arrastavam-se. Em Janeiro passado, o Bloco de Esquerda viu aprovado, na Assembleia da República, um projecto de resolução que recomendava ao Governo a criação urgente desta estrutura. Mas por que motivo se optou pelo Norte? "O Centro Hospitalar do Porto candidatou-se, foi aprovado pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida [CNPMA] e tem condições para arrancar desde já", justifica o secretário de Estado adjunto e da Saúde, que assina o despacho de autorização de criação do banco, hoje publicado em Diário da República. O objectivo é ambicioso: com um financiamento da ordem dos 200 mil euros no primeiro ano, proveniente do programa público da PMA, esta estrutura deverá começar por responder às necessidades do Centro de Medicina de Reprodução da Maternidade Júlio Dinis, onde está instalado, para gradualmente ir fornecendo células reprodutivas para outras unidades, públicas e privadas. A ideia é começar pela colheita e criopreservação de espermatozóides para "uso interno" e, quando se atingir um volume suficiente, poder fornecer outros centros, adianta a directora do Centro de Medicina de Reprodução, Joana Guimarães. No caso das mulheres, como os ovócitos são colhidos "a fresco", o que se pretende é ter uma pool de potenciais dadoras, explica a directora do banco público, Isabel Pereira Sousa. Mas o processo será sempre demorado. Mesmo que os dadores começassem a ser recrutados nos próximos dias, os resultados práticos só se veriam passados seis meses, pois há um período de quarentena obrigatório para confirmar se está tudo bem e despistar eventuais infecções. Elas recebem mais Os dadores vão receber uma compensação financeira pelo tempo perdido e pelo incómodo, não um pagamento, acentuam os responsáveis pelo projecto. O valor desta compensação é calculado com base ao indexante de apoios sociais, como propôs o CNPMA, e ronda os 42 euros, no caso da doação de esperma, e os 628 euros para a doação de ovócitos. A diferença justifica-se: as dadoras têm de ser sujeitas a tratamentos de estimulação ovárica com possíveis efeitos secundários e eventuais riscos para a saúde. A falta de definição de uma política concreta quanto à compensação a dar aos dadores também contribuiu para atrasar este processo, que era reclamado desde o final de 2009 pelo CNPMA, com o argumento de que era necessário "assegurar o acesso equitativo da população a uma técnica apenas realizada em regime privado". Para Alberto Barros, que criou em 1985 o primeiro "banco de esperma" do país, na Faculdade de Medicina do Porto (que foi entretanto transferido para a Unidade Médica de Reprodução do Hospital de S. João), esta nova estrutura não vem acrescentar nada ao que já existe no S. João. Mas Alberto Barros admite que o director de um centro público tem "uma capacidade de divulgação muito maior". É que, quando se tentou fazer um apelo à dádiva no S. João, não apareceram candidatos.
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Palavras-chave mulheres
Militares avisam que adoptarão "medidas necessárias" para garantir a ordem
As forças armadas do Bahrein vão adoptar "todas as medidas necessárias para garantir a segurança, ordem e estabilidade" do reino. A garantia foi deixada por um porta-voz do Ministério do Interior e aproxima-se da declaração do estado de emergência, numa altura em que estão confirmados quatro mortos na repressão dos protestos populares. (...)

Militares avisam que adoptarão "medidas necessárias" para garantir a ordem
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-02-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: As forças armadas do Bahrein vão adoptar "todas as medidas necessárias para garantir a segurança, ordem e estabilidade" do reino. A garantia foi deixada por um porta-voz do Ministério do Interior e aproxima-se da declaração do estado de emergência, numa altura em que estão confirmados quatro mortos na repressão dos protestos populares.
TEXTO: Durante a noite, centenas de agentes anti-motim carregaram, armados de bastões, sobre os manifestantes que estavam acampados no centro de Manamá, exigindo reformas ao regime do rei Hamad bin Issa al-Khalifa (sunita). Dois manifestantes morreram esta manhã em consequência dos ferimentos sofridos nos confrontos, juntando-se às outras duas vítimas registadas já ontem. “Hussein Zaid, ferido no peito por uma bala de fragmentação, morreu esta manhã no hospital”, declarou à AFP Ali al-Aswad, um deputado do movimento xiita al-Wefaq. E Issa Abdel Hassan, de 65 anos, morreu após ter sido baleado na cabeça. O mesmo deputado indicou à AFP que 95 pessoas ficaram feridas, “quatro ou cinco gravemente”, uma delas mesmo em estado crítico. Esta tarde, e perante a informação de que novos protestos estalaram esta tarde na capital, o Ministério do Interior avisou que "adoptará qualquer medida restritiva e a força necessária para preservar a segurança e a ordem geral". Há também informações de que a população está a ser aconselhada a permanecer em casa. Os manifestantes ocuparam a Praça Pérola na terça-feira, depois de dois jovens xiitas terem sido mortos nos dias anteriores durante a dispersão de protestos anti-governamentais naquele pequeno reino da região do Golfo Pérsico. De acordo com testemunhos de pessoas que ali estavam ontem à noite, as forças anti-motim atacaram os manifestantes com gás lacrimogéneo mas igualmente, segundo a oposição, com balas de borracha e balas de fragmentação. "Ao longo do dia circularam rumores de que tínhamos mais 24 horas [para abandonar a praça], mas o ataque surgiu sem qualquer aviso", contou Ibrahim Sharif, membro do partido secular Waad, precisando que as forças de segurança carregaram sobre os manifestantes pelas 3h00 da madrugada (hora local, menos três horas em Lisboa). "Há centenas de mulheres e criança já lá acampados, as pessoas a dormir em tendas e, com o gás lacrimogéneo, tão denso, estas pessoas podem estar ali sem conseguirem sair, a respirar aquele ar. Há crianças que se separaram dos pais [quando a polícia entrou na praça]", afirmou. "Isto é terrorismo. Quem quer que tomou a decisão de atacar o protesto queria matar", acusou por seu lado Abdul Jalil Khalil, do al-Wefaq. As autoridades do Bahrein argumentam que não tiveram outras escolha senão "evacuar a praça Pérola, depois de se terem extinguido todas as hipóteses de diálogo". "Como houve quem recusasse obedecer à lei", a polícia teve que intervir para dispersar o protesto, explicou porta-voz do Ministério do Interior, general Tarek al-Hassan. Pela manhã de hoje, as forças de segurança estavam estacionadas nas principais artérias de Manamá. As manifestações começaram através das redes sociais e exigem reformas políticas e sociais no país, após as revoltas que derrubaram os regimes no Egipto e na Tunísia. A oposição exige mais empregos e mais casas, a libertação dos prisioneiros políticos, a criação de um Parlamento mais representativo e com mais poderes, uma nova Constituição aprovada pelo povo e um novo Governo. O Bahrein tem uma maioria xiita mas o poder está nas mãos dos sunitas. Perante os últimos desenvolvimentos, vários países pediram já contenção às forças do Bahrein, incluindo os Estados Unidos, que têm estacionado nas costas do país a sua 5ª frota naval. Segundo o Departamento de Estado norte-americano, Hillary Clinton, telefonou ao chefe da diplomacia do Bahrein para manifestar a sua "profunda preocupação com os acontecimentos recentes e pedir contenção". Para discutir a revolta que alastra na região, foi convocada para hoje em Manamá uma reunião de emergência dos chefes da diplomacia dos países árabes. Notícia actualizada às 14h43
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Étnia Árabes
Cardeal-patriarca de Lisboa já escreveu ao Papa a carta de renúncia
O cardeal-patriarca de Lisboa já escreveu ao Papa Bento XVI a carta de renúncia ao cargo, um passo obrigatório segundo o direito canónico para os bispos que atinjam os 75 anos, idade que D. José Policarpo atinge no próximo dia 26. (...)

Cardeal-patriarca de Lisboa já escreveu ao Papa a carta de renúncia
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O cardeal-patriarca de Lisboa já escreveu ao Papa Bento XVI a carta de renúncia ao cargo, um passo obrigatório segundo o direito canónico para os bispos que atinjam os 75 anos, idade que D. José Policarpo atinge no próximo dia 26.
TEXTO: A notícia foi dada esta manhã pelo próprio, num encontro com jornalistas, onde também foi apresentado o novo aspecto da página do patriarcado de Lisboa na internet. “Ontem mesmo escrevi a carta ao Papa. Está previsto no direito canónico que um bispo, quando faz 75 anos, pede ao Santo Padre a resignação do seu mandato e fica à espera da sua decisão”, afirmou o cardeal. Nascido em 1936, D. José Policarpo é patriarca de Lisboa desde 1998 e padre desde 15 de Agosto de 1961 – este ano, completa 50 anos sobre a sua ordenação e a data é pretexto para um conjunto de iniciativas que a evocam. Na mesma ocasião, o patriarca afirmou ainda que aguardará agora a resposta do Papa. Bento XVI poderá aceitar imediatamente ou prolongar por algum tempo a manutenção no cargo. Mas o destinatário ainda nem sequer recebeu o pedido formal de renúncia: a carta será entregue durante a tarde de hoje na nunciatura apostólica (embaixada) do Vaticano em Lisboa, antecipando a própria data de aniversário. “A partir de hoje, eu próprio fico à espera da resposta e da orientação do Santo Padre”, afirmou D. José, que pediu “bom senso” a respeito desta situação, mas sem especificar a que se referia. “O Santo Padre tem liberdade completa de aceitar imediatamente ou de prolongar por mais um ano, a não ser que haja motivos imediatos. Mas, quando as pessoas estão bem, que graças a Deus é o meu caso, o Santo Padre tem liberdade completa” de fazer o que entende, acrescentou o cardeal Policarpo. Desde há meses que corre, entre o clero e alguns leigos mais destacados do Patriarcado, que D. José ficará no cargo pelo menos mais um ano. Quando se trata de cardeais sem grandes problemas de saúde, o Papa Bento XVI tem-lhes pedido que fiquem no lugar cerca de dois anos depois de completar os 75. O próprio Papa teria equacionado na hipótese de prolongar a idade canónica de resignação para os 77 ou 78 anos, embora essa hipótese não tenha avançado, pelo menos por enquanto. Sobre a sua sucessão, D. José disse que o processo não é da responsabilidade de “quem sai” e que ele próprio quer ter uma “influência mínima na escolha” do sucessor. A forma como as coisas são feitas está de acordo com “um ritmo que está perfeitamente adquirido na Igreja”. A escolha é feita a partir de uma “consulta muito ampla”, liderada pela nunciatura. Seleccionados os nomes de eventuais bispos, eles são reduzidos a três nomes – a terna – que são de novo sujeitos a um processo de auscultação. Normalmente, apenas são ouvidos padres na consulta – um processo que cada vez mais católicos contestam, por não se sentirem parte de decisões que dizem respeito à vida da Igreja. Para a sucessão de D. José Policarpo, há para já um nome forte – o do actual bispo do Porto, D. Manuel Clemente. Oriundo do clero do patriarcado de Lisboa, o bispo Clemente pode voltar à sua diocese de origem, onde exerceu já cargos de responsabilidade e onde começou por ser bispo auxiliar. Mas a escolha do nome dependerá da altura exacta em que o processo for desencadeado. Para os 50 anos de sacerdócio de D. José Policarpo, nascido em Alvorninha (Caldas da Rainha), estão previstas várias conferências e encontros, a publicação de livros e a celebração de diversos actos litúrgicos. O ponto alto será uma missa na Sé de Lisboa, a 15 de Agosto, onde também participarão os jovens que, dias depois, estarão em Madrid para a Jornada Mundial da Juventude, presidida pelo Papa. Notícia substituída às 15h35
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Palavras-chave rainha
Rio de Janeiro vai ter uma mulher a chefiar a polícia civil
Pela primeira vez uma mulher irá ocupar o cargo de chefia da polícia civil do Rio de Janeiro. Martha Rocha quer investir na formação de novos agentes. (...)

Rio de Janeiro vai ter uma mulher a chefiar a polícia civil
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pela primeira vez uma mulher irá ocupar o cargo de chefia da polícia civil do Rio de Janeiro. Martha Rocha quer investir na formação de novos agentes.
TEXTO: Martha Rocha é filha de portugueses, tem 51 anos e trabalha na polícia civil do Rio de Janeiro há mais de duas décadas. Agora irá enfrentar o desafio de comandar 12 mil polícias num dos estados mais violentos do Brasil. Entre Janeiro de 2007 e Maio de 2010 foram registados no Rio de Janeiro cerca de 20 mil homicídios. A comissária tinha ocupado até agora a direcção geral da Divisão de Polícias de Atendimento à Mulher (DPAM) e vem substituir Allan Turnowski, que abandonou o cargo na passada terça-feira, após a detenção do seu antigo braço direito, o comissário Carlos Oliveira da Secretaria Especial da Ordem Pública. A detenção do delegado, referido pela imprensa como um dos principais especialistas em armas no Brasil, aconteceu no âmbito da chamada “Operação Guilhotina”, investigação levada a cabo pela polícia federal na semana passada e que já resultou na detenção de 30 polícias, civis e militares, acusados de corrupção, roubo e cumplicidade com traficantes de droga e milícias. Segundo a AFP, os polícias receberiam perto de 50 mil euros por mês para proteger traficantes e milícias a quem venderiam armas. Cláudio Ferraz, chefe da Delegacia de Repressão às Acções Criminosas Organizadas, terá ajudado nas investigações da Polícia Federal e é agora acusado de corrupção por Turnowski. Depois da “Operação Guilhotina”, o porta-voz do Ministério Público do Rio de Janeiro terá dito que “uma página está virada”, mas a nova chefe da polícia sublinhou que quando saem reportagens como a da operação Guilhotina, isso é "injusto para aqueles que estão trabalhando e vivendo dos salários". E acrescentou: "A corrupção é nefasta em qualquer profissão, não apenas na polícia. "Em entrevista ao jornal brasileiro “Folha de São Paulo”, Martha Rocha avisou que iria alterar a “cúpula da instituição” e assegurou que não trabalharão ao seu lado “personagens da Operação Guilhotina”. A nova chefe da polícia afirmou também à imprensa que iria reforçar os mecanismos de controlo da polícia e investir na formação de novos agentes policiais. Depois de confessar que não teve filhos porque estaria "casada com a polícia", Martha Rocha foi questionada sobre as diferenças que haverá numa gestão feminina da polícia e revelou que, no seu caso, essa gestão será “marcada pela tranquilidade e equilíbrio". E disse ainda que as mulheres, até por causa da maternidade, "são capazes de tomar decisões firmes nas horas certas”. Quanto ao facto de ter concorrido a deputada estadual na Assembleia Legislativa do Rio, Rocha informou que, mal soube que tinha sido escolhida para a chefia da polícia, contactou o Partido Socialista Brasileiro para comunicar o seu afastamento. A cerimónia de tomada de posse da nova chefe da polícia realizar-se-á sexta-feira na Academia de Polícia Civil Sylvio Terra.
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Palavras-chave filha mulher mulheres feminina
Televisão: crianças do ensino primário vêem programas com “bolinha vermelha”
Um estudo sobre televisão e violência em crianças que frequentam o ensino primário revelou que quase metade das inquiridas já assistiu a um programa com “bolinha vermelha” e que a esmagadora maioria viu violência no pequeno ecrã. (...)

Televisão: crianças do ensino primário vêem programas com “bolinha vermelha”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-02-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um estudo sobre televisão e violência em crianças que frequentam o ensino primário revelou que quase metade das inquiridas já assistiu a um programa com “bolinha vermelha” e que a esmagadora maioria viu violência no pequeno ecrã.
TEXTO: A investigação “Agressividade e violência em ecrãs e na vida real - atitudes e intenções em crianças do 1º ciclo” foi realizada por finalistas do Mestrado Integrado de Medicina, na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa: Hélder Nogueira, João Ferreira, João Theriága, Paulo Santos, Ricardo Leite e Sara Vidal. O estudo, coordenado pelo pediatra Mário Cordeiro, baseou-se num inquérito a que responderam 165 crianças de uma escola pública do primeiro ciclo do ensino básico de Lisboa e demonstrou “uma relação entre determinadas preferências televisivas e algumas variáveis como o sexo, ter televisão no quarto, auto-percepção de se ficar mais violento por ver TV ou padrão de intenção agressivo perante adversidade ou frustração”. O documento, a que a Lusa teve acesso, refere que quatro em cada cinco (81, 2 por cento) inquiridos já tinham visto algo violento na televisão e que praticamente metade (43, 6 por cento) assumiu ter visto um programa com “bolinha vermelha”. Este é “um dado importante e que deverá suscitar alguma preocupação”, escrevem os autores. Praticamente todas as crianças (93, 3 por cento) revelaram ter contacto frequente com a televisão e, quando questionadas sobre o aspecto que mais lhes agradava no herói de desenhos animados, mais de um terço (38, 9 por cento) elegeu a característica de “salvar os inocentes”, principalmente as raparigas. Os rapazes preferem os “super poderes tão fixes que destroem tudo com estilo” e ainda o facto de os seus heróis de desenhos animados andarem “à luta com os maus”. Os investigadores identificaram, por isso, “uma preferência do sexo masculino por comportamentos considerados violentos ou pelo menos mais agressivos”. A grande maioria das crianças (85 por cento) considerou “não ficar mais violenta por ver televisão” e, destas, 79 por cento consideraram que os amigos também não ficavam mais violentos. A maioria das crianças (cerca de 62 por cento) afirmou ter restrições estabelecidas pelos pais quanto aos conteúdos da programação televisiva. Cerca de metade (47, 3 por cento) das crianças afirmou ter televisão no quarto e são mais estas que vêem programas como “Wrestling”, “Morangos com Açúcar” ou “Casa dos Segredos”, tendo os autores assumido que estes não são programas adequados ao grupo etário em questão. “Este resultado parece sugerir que a presença de televisão no quarto poderá facilitar o visionamento de alguns programas globalmente considerados não próprios para estas idades, comparativamente às crianças que não têm televisão no quarto”, lê-se no estudo. Inquiridas sobre a sua reacção quando são contrariadas pelos pais - em termos de não poder jogar em consolas ou no computador - as crianças responderam maioritariamente que tentavam convencê-los ou, numa proporção ligeiramente inferior, que se resignavam e não agiriam em relação a isso. Ao analisar os resultados estratificados por sexo, verifica-se que na opção mais escolhida - “partes tudo lá em casa” - a quase totalidade das crianças que optaram por esta resposta são do sexo masculino.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola violência sexo estudo
Tribunal decreta prisão preventiva para os quatro detidos por contrafação de cartões de crédito
O Tribunal do Bombarral decretou hoje prisão preventiva para os quatro indivíduos detidos quinta-feira pela PJ acusados da prática de vários crimes de contrafação de cartões de crédito, informou fonte da PJ. (...)

Tribunal decreta prisão preventiva para os quatro detidos por contrafação de cartões de crédito
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Tribunal do Bombarral decretou hoje prisão preventiva para os quatro indivíduos detidos quinta-feira pela PJ acusados da prática de vários crimes de contrafação de cartões de crédito, informou fonte da PJ.
TEXTO: “Os quatro indivíduos não têm residência oficial em Portugal e o tribunal considerou especialmente o perigo de fuga e continuação da actividade criminosa” disse à Lusa Carlos do Carmo, coordenador da Policia Judiciária de Leiria. De acordo com a mesma fonte, os quatro detidos são ”suspeitos de pertencerem a uma estrutura organizada” que se dedica à clonagem de cartões de crédito na América do Norte e “posteriormente enviados para serem usados em vários países”. Os homens foram detidos ao final do dia de quinta-feira, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, e com a colaboração da PSP de Caldas da Rainha já “vinham desde Vigo (Espanha) e várias cidades do país com o mesmo tipo de actuação” afirmou Carlos do Carmo. Os arguidos foram localizados numa zona comercial “quando procediam à aquisição de mercadorias várias de valor elevado, pagando tais aquisições com recurso a cartões de crédito que continham, contudo, outros dados bancários nas respectivas bandas magnéticas, entretanto copiadas na América do Norte”, explicou em comunicado a PJ de Leiria. Os detidos, de nacionalidade estrangeira e com as idades de 20, 21, 22 e 24 anos, deveriam ter sido sexta-feira presentes às autoridades judiciárias competentes, no Tribunal Judicial das Caldas da Rainha, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação. A complexidade do processo levou ao adiamento da apresentação dos detidos para hoje, tendo sido ouvidos no Tribunal Judicial do Bombarral.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP PJ
Espanha: Mãe reencontra filha que lhe tinha sido roubada em 1970
Uma mulher reencontrou-se com a sua mãe biológica, 40 anos depois de a terem retirado à progenitora logo após o nascimento. Este foi o primeiro caso de reencontro - já confirmado por testes de ADN - saído de um passado de tráfico de bebés que está a abalar a vizinha Espanha. (...)

Espanha: Mãe reencontra filha que lhe tinha sido roubada em 1970
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma mulher reencontrou-se com a sua mãe biológica, 40 anos depois de a terem retirado à progenitora logo após o nascimento. Este foi o primeiro caso de reencontro - já confirmado por testes de ADN - saído de um passado de tráfico de bebés que está a abalar a vizinha Espanha.
TEXTO: Durante o franquismo, e até quase ao final da década de 1980, o tráfico de bebés foi um negócio em Espanha. Só recentemente é que este país começou a acordar para este capítulo aterrador da sua história, muito graças à acção da Anadir - Asociación Nacional de Afectados por Adopciones Ilegales, que recentemente se manifestaram frente à Procuradoria-Geral espanhola pedindo justiça. “Este é o primeiro caso de reencontro a que assistimos”, assegurou ao “El País” Juan Luis Moreno, fundador, a par de Antonio Barroso, da Anadir. “Aconteceu em Barcelona, mas ambas preferem ocultar a sua identidade”, acrescentou o responsável. Sabe-se que, neste caso, a mãe nunca acreditou na notícia dada pelos médicos: que a filha que acabara de dar à luz tinha morrido. Por isso, lutou durante toda a vida para saber a verdade. O seu desejo acabou por se tornar realidade, ainda que 40 anos depois. A sua filha não estava morta e foi ao seu encontro. Ambas fizeram testes de ADN que confirmaram que são mãe e filha e que a certidão de óbito que tinha sido entregue à mãe há 40 anos era falsa. Este é o primeiro reencontro provado por testes de ADN, mas é possível que se venham a suceder muitos mais casos. Centenas de mulheres em todo o país já apresentaram relatos semelhantes: depois do parto, o obstetra dizia que a criança tinha morrido e os pais nunca mais viam o bebé. Acabavam a enterrar urnas fechadas sem ninguém lá dentro. O procurador-geral, Cándido Conde-Pumpido, decidiu remeter para as procuradorias provinciais as queixas dos 261 casos de bebés alegadamente roubados que recebeu na procuradoria no final do mês passado. Paralelamente, Conde-Pumpido nomeou uma pessoa para coordenar as investigações. Por outro lado, o ministro da Justiça, Francisco Caamaño, comprometeu-se esta semana a facilitar, gratuitamente, os testes de ADN aos afectados, sempre que seja apresentada uma autorização judicial. Estima-se que estes crimes tenham começado durante o franquismo - muitas vezes eram retirados a famílias simpatizantes da esquerda republicana - e continuado até 1987, quando uma reforma legislativa obrigou os médicos a comunicarem às autoridades cada caso de adopção em que intervinham.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha criança mulheres morta