Alegre diz que Cavaco usou pobreza para campanha eleitoral
Manuel Alegre acusou hoje Cavaco Silva de utilizar a pobreza para “fazer campanha eleitoral”, afirmando que não é um problema “para ser tratado no Casino do Estoril” mas sim “resolvendo os problemas estruturais do país”. (...)

Alegre diz que Cavaco usou pobreza para campanha eleitoral
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Manuel Alegre acusou hoje Cavaco Silva de utilizar a pobreza para “fazer campanha eleitoral”, afirmando que não é um problema “para ser tratado no Casino do Estoril” mas sim “resolvendo os problemas estruturais do país”.
TEXTO: Discursando no lançamento do “Movimento Já”, o movimento de jovens apoiantes da sua campanha, o candidato apoiado pelo PS e pelo BE centrou o seu discurso no adversário Cavaco Silva, tecendo duras críticas ao actual Presidente da República, que acusou de utilizar o cargo para fazer campanha eleitoral sem entrar nela. “[A campanha] É uma luta muito difícil, muito desigual, muito desigual, porque há quem não queira que haja campanha e há quem esteja a fazer campanha sem a fazer, aparecendo todos os dias na televisão como Presidente da República. Mas eu estou habituado a combates desiguais, eu sou um resistente e um combatente de sempre e por isso tenho confiança de que com o vosso apoio, das mulheres, dos trabalhadores, dos jovens empresários, daqueles que querem mudar o nosso país e construir o futuro e, sobretudo, com o apoio da juventude, vai ser possível”, disse. Na sua intervenção, Manuel Alegre manifestou-se “chocado” com as palavras do Presidente da República, que na sexta-feira considerou que os portugueses têm de se sentir “envergonhados” por existirem em Portugal pessoas com fome, um “flagelo” que se tem propagado pelos mais desfavorecidos de forma “envergonhada e silenciosa”. “Nós somos um país que tem um problema estrutural, que é o problema da pobreza, apesar da nova geração de políticas sociais deste Governo, a pobreza estrutural é ainda muito forte, temos 18 por cento de portugueses que vivem no limiar da pobreza, e se destruíssem as prestações sociais poderiam passar a ser 40 ou mais, esse é um problema muito grave, mas não é um problema para poder ser aproveitado para campanha eleitoral”, afirmou. O candidato presidencial acrescentou ainda que este “não é um problema para ser tratado no Casino do Estoril”, local onde Cavaco Silva esteve e fez aquela declaração. “Não é um problema que se resolva com restos de restaurantes, essas são imagens que me chocaram, o problema da pobreza resolve-se resolvendo os problemas estruturais do país e esse é um problema que não é susceptível de poder ser aproveitado por um Presidente da República para fazer a sua campanha eleitoral”, acusou. Manuel Alegre disse ainda não estar “a lutar por um segundo lugar” mas “pela segunda volta” para aí ganhar a eleição para Belém e dirigiu críticas a quem diz que não há mobilização na sua campanha. “Levem esta mensagem, eu já dei a volta a todo o país, estive em todos os distritos, nas regiões autónomas, na emigração, em Paris e em Bordéus, e em todos os lados eu estive muito bem acompanhado, em todos os lados tive centenas de pessoas, salas cheias, já falei a milhares de portugueses, por muito que isso desagrade aos fazedores de opinião, as pessoas estão mobilizadas à volta da minha candidatura, não vem nas notícias mas estão no terreno, estão aqui, em todo o país, e no dia 23 de Janeiro vão estar lá, vão estar lá!”, garantiu.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS BE
Antigo Presidente de Israel condenado por violação
O antigo Presidente israelita Moshe Katsav foi considerado culpado de violação por um tribunal de Telavive. (...)

Antigo Presidente de Israel condenado por violação
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DATA: 2010-12-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: O antigo Presidente israelita Moshe Katsav foi considerado culpado de violação por um tribunal de Telavive.
TEXTO: “Nunca antes um Presidente no mundo democrático foi considerado culpado de tais acções”, escrevia o diário israelita “Ha’aretz” na sua edição on-line, considerando que o responsável "manchou a democracia israelita com vergonha". O caso apreciado pelo tribunal diz respeito a duas queixas de uma funcionária do seu gabinete quando era ministro do Turismo, nos anos 1990. Mais tarde, surgiram outras alegações de crimes sexuais de Katsav. Os juízes consideraram credíveis as provas apresentadas pela funcionária, descrita como “mulher A. ”, que descreveu uma primeira violação no gabinete no ministério do Turismo em Abril de 1998 e uma segunda, mais tarde, num hotel em Jerusalém, segundo a emissora britânica BBC. Outras duas mulheres fizeram queixa de Katsav por assédio sexual já quando este era Presidente, em 2003 e 2005. Ainda segundo o tribunal, os factos alegados pelas vítimas foram corroborados por vários testemunhos (em relação à relação de trabalho e ao modo como Katsav começou por elogiar as mulheres e depois humilhá-las quando estas não responderam aos seus avanços) e o testemunho de Katsav "estava cheio de incoerências e mentiras". Foi aliás por causa de uma destas queixas que rebentou o escândalo que acabou por levar à demissão do Presidente, que sempre clamou inocência. Em 2007, após sete anos na Presidência, a pressão pública acabou por forçar Katsav a demitir-se. Foi formalmente acusado em 2009. Segundo o diário israelita “Ha’aretz”, o tribunal considerou o antigo Presidente culpado de violar e atacar sexualmente uma antiga funcionária do Ministério do Turismo, assediar sexualmente uma funcionária da residência presidencial, abusar sexualmente e assediar outra funcionária da residência e de obstrução à justiça. Foi declarado inocente de apenas uma das acusações, de que teria assediado uma testemunha. Katsav tinha antes rejeitado um acordo proposto pelo tribunal em que confessando uma acção inapropriada poderia evitar uma acusação de violação. O político sempre apresentou o seu caso como o de uma “caça à bruxas” com motivos étnicos. Teve uma ascensão rápida na política – foi o mais jovem presidente da câmara de Israel com 24 anos e em 2000 venceu a Presidência contra Shimon Peres, um prémio Nobel da paz que acabou por entretanto ocupar este cargo. Nascido no Irão, Katsav era um caso de sucesso entre os normalmente menos favorecidos judeus que imigraram do Médio Oriente e Norte de África. O veredicto representa uma condenação de uma gravidade sem precedentes para um chefe de Estado de Israel. Ainda não é conhecida a pena, mas é certo que Katsav, 63 anos, casado e com cinco filhos, irá passar algum tempo preso, pelo menos quatro anos. O crime de violação acarreta uma pena de até 16 anos de prisão e os castigos pelos crimes menos graves deverão ainda juntar-se a esta pena. O veredicto está a ser descrito como um dia negro para Israel já que expõe uma conduta criminosa do chefe de Estado, que supostamente é a autoridade moral da nação. Mas está também a ser saudado pelo modo como as acusações de crimes sexuais foram levadas a sério num país onde activistas se queixam que estas queixas continuam a ser tratadas com alguma leveza, e elogiado também por mostrar a igualdade da justiça perante uma figura poderosa. Notícia actualizada às 10h15
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime tribunal mulher prisão negro violação igualdade sexual mulheres vergonha assédio
As vidas invisíveis das empregadas internas
Tratam de casas que não são as suas, criam filhos que não são seus, partilham alegrias e tristezas dos patrões. E são, tantas vezes, o óleo que mantém a máquina familiar a funcionar. Durante muitos anos, as empregadas internas representaram uma espécie de prolongamento silencioso da era feudal. Mas os tempos mudaram. (...)

As vidas invisíveis das empregadas internas
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DATA: 2011-01-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Tratam de casas que não são as suas, criam filhos que não são seus, partilham alegrias e tristezas dos patrões. E são, tantas vezes, o óleo que mantém a máquina familiar a funcionar. Durante muitos anos, as empregadas internas representaram uma espécie de prolongamento silencioso da era feudal. Mas os tempos mudaram.
TEXTO: Luís Francisco foi ouvir as memórias de algumas “criadas de servir”, como as que conhecemos dos filmes, dos livros, das séries de televisão (“A Família Bellamy”, lembram-se?) e, entre elas, estão Henriqueta da Conceição, 87 anos, e Francisca Fernanda, de 86 anos, que hoje gozam a reforma num palacete que foi dos “senhores” tendo a seu lado uma pessoa dedicada que as ajuda. Nenhuma delas se casou, não tiveram filhos. Viveram a sua existência ao ritmo da vida dos patrões, numa teia de relações e cumplicidades que, vista de fora, até pode parecer sufocante. Mas que é, também, segura e tranquilizadora. É claro que nem todas as histórias tiveram o desfecho feliz e pacato que enforma os dias de Henriqueta e Francisca numa casa agora por sua conta. Abusos, injustiças, prepotência, exploração. Na versão antiga da relação patrões-empregadas internas, os primeiros faziam o papel de Deus, as segundas sujeitavam-se a tudo, muitas vezes sem terem qualquer alternativa de vida. As mudanças sociais no país alteraram claramente este cenário no último meio século. Continuam a existir famílias com empregadas internas, às vezes mais do que uma, no figurino tradicional, mas a verdade é que, com a generalização do trabalho feminino e as exigências da vida moderna, torna-se muito complicado conciliar os horários laborais com os da escola dos filhos, por um lado, e com os da empregada, por outro. A solução é ter alguém em casa que assegura as tarefas que as mães, tradicionalmente, desempenhavam. Este novo patronato é de classe média. E não foi só por aí que o cenário mudou: em vez das raparigas chegadas da província, agora são as mulheres imigrantes que formam o núcleo desta força de trabalho. Leia mais na Pública do próximo domingo, onde tem ainda: - O retrato da família Le Pen, traçado por Jorge Almeida Fernandes, para entender o congresso da Frente Nacional francesa (FN) em que, Marine, a filha de Jean-Marie, sucede ao pai, com a ambição de, nas presidenciais de 2012, retirar Nicolas Sarkozy do Palácio do Eliseu. - Entrevista de Anabela Mota Ribeiro com João Pereira Coutinho, professor universitário, colunista da “Folha de S. Paulo” e do “Correio da Manhã” - para uns, uma figura embirrenta; para outros, uma personalidade brilhante. - A história de Garda, a artista que, numa passagem relâmpago por Lisboa, em 1957, para cantar numa festa dos Espírito Santo gravou uma série de canções que se tornariam no primeiro vinil em Angola. Mais de 50 anos depois, ela voltou ao estúdio da Valentim de Carvalho para lançar um CD, e Catarina Gomes conta a sua história.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha escola ajuda mulheres
Prisão perpétua não impede transferência de Renato Seabra para Portugal
Mesmo que seja condenado a prisão perpétua pela morte do cronista Carlos Castro, o modelo Renato Seabra poderá vir a cumprir pena em Portugal. O país já recebeu portugueses a quem os Estados Unidos ditaram tal sentença, reduzindo-a para 20 e poucos anos. (...)

Prisão perpétua não impede transferência de Renato Seabra para Portugal
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DATA: 2011-01-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mesmo que seja condenado a prisão perpétua pela morte do cronista Carlos Castro, o modelo Renato Seabra poderá vir a cumprir pena em Portugal. O país já recebeu portugueses a quem os Estados Unidos ditaram tal sentença, reduzindo-a para 20 e poucos anos.
TEXTO: A Convenção sobre Transferência de Pessoas Condenadas é uma das mais bem-sucedidas do Conselho da Europa – conta com cerca de cinco dezenas de subscritores. Em Portugal, vigora desde 1993. A cada ano, o país lida com cerca de 200 processos. Uns num sentido, outros noutro. No final do terceiro trimestre de 2010, havia 2383 estrangeiros a cumprir pena em Portugal - o que equivale a 20, 6 por cento da população prisional. Oriundos de Cabo Verde (725) do Brasil (309), da Guiné-Bissau (218), de Angola (202), de Espanha (152), da Roménia (119), sobretudo. Na mesma altura, havia 2432 reclusos portugueses que tinham procurado as autoridades portuguesas no estrangeiro. Presos em França (639), no Reino Unido (372), em Espanha (291), nos EUA (251), no Luxemburgo (190), no Brasil (209), na Venezuela (41), sobretudo. Todos os processos passam pela Procuradoria-Geral da República (PGR) - que, por via da convenção, assume a qualidade de autoridade central. A procuradora que com eles lida nota que a maior parte dos pedidos para vir chega de países de emigrantes (França, Luxemburgo, Suíça, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos). E que a maior parte dos pedidos para ir chega da vizinhança (Espanha) ou de países de imigrantes (Brasil, sobretudo). Há mais estrangeiros a querer sair do que portugueses a querer voltar. O regime de cumprimento de penas pode ser mais favorável. Por exemplo, em Portugal é obrigatório cumprir metade da pena; no Brasil, ao fim de um terço, pode sair-se em liberdade condicional. A transferência, explica, assenta no princípio da reinserção social do condenado. Presume-se que a reinserção é mais efectiva onde há família ou emprego. Admite-se, por isso, transferir até não nacionais. A magistrada recorda o caso de um português residente no Canadá que cometeu um crime em Portugal e a quem o Canadá aceitou aplicar a pena. Conjugam-se vontades. O processo não anda sem o condenado manifestar, de forma explícita, tal vontade. O Estado que o condenou tem de aceitar. Tal como o Estado ao qual pede para aplicar a pena. No quadro da transferência de condenados, uma sentença estrangeira só se pode executar depois de revista e confirmada por um tribunal superior nacional. "Se a natureza ou a duração da sanção forem incompatíveis, o Estado da execução pode adaptá-la à pena ou medida previstas na sua própria lei para infracções da mesma natureza", concede a convenção. "Esta pena ou medida corresponderá, tanto quanto possível, à imposta pela condenação a executar. Ela não pode agravar, pela sua natureza ou duração, a sanção imposta no Estado da condenação, nem exceder o máximo previsto pela lei do Estado da execução. "Há muito quem afiance que uma condenação a prisão perpétua é um impeditivo para uma transferência para Portugal, com a pena máxima fixada nos 25 anos. A experiência, porém, desmente essa interpretação. Nada proíbe uma redução da pena, sublinha a procuradora. Ocorre-lhe o caso de um português condenado: o Tribunal da Relação converteu a perpétua a vinte e poucos anos e os Estados Unidos disseram que não; decorridos dois ou três anos, perante o bom comportamento do recluso, mudaram de ideias e aceitaram a transferência. O processo pode arrastar-se anos, refere o advogado Carlos do Paulo, que representa Maria Virgínia, uma das três mulheres apanhadas na Venezuela prestes a embarcar num avião com 387 quilos de cocaína. A transferência dela foi pedida em 2007 e concretizada em 2010, quando já tinha cumprido dois terços da pena. Entre signatários da convenção, os procedimentos podem ser meramente administrativos. Há, porém, países que ficam muito mais predispostos a colaborar, quando se usam canais diplomáticos, como é o caso da Venezuela. A procuradora bem vê que tudo isso "gera morosidade".
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
David Cameron denuncia fracasso do multiculturalismo
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, atacou três décadas de multiculturalismo no Reino Unido, defendendo que as políticas de integração têm alimentado o extremismo. As associações de muçulmanos já se manifestaram desiludidas com um discurso que, dizem, estigmatiza a comunidade e alimenta “a histeria e a paranóia”. (...)

David Cameron denuncia fracasso do multiculturalismo
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.31
DATA: 2011-02-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro britânico, David Cameron, atacou três décadas de multiculturalismo no Reino Unido, defendendo que as políticas de integração têm alimentado o extremismo. As associações de muçulmanos já se manifestaram desiludidas com um discurso que, dizem, estigmatiza a comunidade e alimenta “a histeria e a paranóia”.
TEXTO: Cameron defendeu que é preciso uma identidade nacional mais forte e uma política de “liberalismo musculado” para reforçar os valores da igualdade e da lei junto de todos os elementos da sociedade. O tema da integração está no centro das preocupações no Reino Unido desde o atentado que fez 56 mortos nos transportes públicos de Londres em Julho de 2005, mas o líder dos conservadores ainda não tinha feito nenhum grande discurso sobre o tema desde que chegou à chefia do Governo, em Maio do ano passado. Na Conferência de Munique sobre segurança, Cameron criticou o que chama “multiculturalismo de Estado”, sustentando que organizações que pouco fazem para combater o extremismo devem deixar de receber dinheiros públicos. “Vamos avaliar correctamente estas organizações: Acreditam nos direitos universais – incluindo para as mulheres e membros de outras crenças? Acreditam na igualdade perante a lei? Acreditam na democracia e no direito do povo a eleger o seu governo? Encorajam a integração ou o separatismo?”, questionou. Todos os imigrantes devem aprender a falar inglês e as escolas têm de ensinar “a cultura comum do país”, defendeu ainda o primeiro-ministro. “Francamente, precisamos de muito menos da tolerância passiva dos últimos anos e de um liberalismo musculado muito mais activo”, disse. Para Cameron, a doutrina dominante encorajou as diferentes culturas a viverem separadamente e isso conduziu, por isso, “ao fracasso de alguns em confrontarem os horrores do casamento forçado”. Ao tolerar que “as comunidades se comportassem de formas que contrariam os valores” do país, o Estado contribuiu para “deixar alguns jovens muçulmanos a sentirem-se sem raízes”. E muitas vezes, essa “busca por um sentimento de pertença pode conduzi-los a uma ideologia extremismo”, afirma. Segundo o chefe do Governo, os britânicos falharam ao não “dar [aos jovens muçulmanos] uma visão da sociedade de que eles queiram fazer parte”. Em Londres, a generalidade das organizações que representam os muçulmanos britânicos reagiram mal à intervenção de Cameron. “Uma vez mais parece apenas que a comunidade muçulmana é posta no centro das atenções, sendo tratada como parte do problema e não da solução”, disse à Rádio 4 o secretário-adjunto do Muslim Council of Britain, Faisal Hanjra, considerando ainda que “em termos de abordagem de combate ao terrorismo”, o discurso “não parece trazer nada de particularmente novo”. Também a associação de jovens The Ramadhan Foundation considera que ao nomear especificamente os muçulmanos, Cameron está a alimentar a “histeria e a paranóia”. “Os muçulmanos britânicos odeiam o terrorismo e o extremismo e temos trabalhado muito para erradicar este mal do nosso país. Mas sugerir que não partilhamos os valores da tolerância, do respeito e da liberdade é profundamente ofensivo e incorrecto”, disse o líder deste grupo, Mohammed Shafiq, citado pela emissora BBC. Foi o seu primeiro discurso sobre as causas do terrorismo desde que está à frente do Governo e aconteceu na Conferência de Munique. Por coincidência, Cameron estava sentado ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, que em Novembro também que a Alemanha não tem feito o suficiente para integrar os seus imigrantes. “Desde há anos, há décadas, que a abordagem tem sido que não é preciso promover a integração. Isso provou estar errado”, afirmou Merkel.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos lei cultura comunidade igualdade mulheres casamento
Um patriarca da estabilidade, intelectual reconhecido, um homem cansado do cargo
Ninguém poupa elogios. Alguns apontam críticas e dizem que deixou arrefecer o entusiasmo inicial. Todos reconhecem o perfil de intelectual que, desde a posse do cargo de patriarca de Lisboa, em 1998, o destaca como referência da Igreja Católica em Portugal - e do próprio país. Identificado com um estilo afável e apaziguador, de discurso fluente e civilizado, foi sempre chamado a resolver crises. Acabou por ser o patriarca da estabilidade, pragmático, mas também - notam alguns - não arriscou demasiado. E que por vezes aparenta cansaço do cargo, mesmo estando "bem de saúde". (...)

Um patriarca da estabilidade, intelectual reconhecido, um homem cansado do cargo
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-02-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ninguém poupa elogios. Alguns apontam críticas e dizem que deixou arrefecer o entusiasmo inicial. Todos reconhecem o perfil de intelectual que, desde a posse do cargo de patriarca de Lisboa, em 1998, o destaca como referência da Igreja Católica em Portugal - e do próprio país. Identificado com um estilo afável e apaziguador, de discurso fluente e civilizado, foi sempre chamado a resolver crises. Acabou por ser o patriarca da estabilidade, pragmático, mas também - notam alguns - não arriscou demasiado. E que por vezes aparenta cansaço do cargo, mesmo estando "bem de saúde".
TEXTO: Aos 75 anos, feitos ontem, D. José Policarpo goza, como poucos, de uma imagem positiva na sociedade. Já na Igreja, algumas das suas opções (ou a falta delas) são criticadas. Nascido em Alvorninha (Caldas da Rainha), a 26 de Fevereiro de 1936, José da Cruz Policarpo foi ordenado em Agosto de 1961 - os 50 anos são assinalados, até Outubro, com várias iniciativas. Aos 75 anos, a regra obriga a apresentar ao Papa o pedido de resignação - o que fez dia 18. O patriarca chegou e venceu: está à vontade em público, por contraste com o antecessor, o cardeal António Ribeiro; dá entrevistas a meios de comunicação - ainda no último Natal foi entrevistado por quatro meios diferentes; chama para chefe de gabinete o padre Agostinho Jardim Gonçalves, antes afastado; preside ao casamento dos padres Felicidade Alves e Abílio Cardoso, que tinham saído em litígio com o cardeal Cerejeira. Ao mesmo tempo, D. José promove uma série de encontros com políticos, economistas, ambientalistas, editores e especialistas em imigração. Troca cartas no Diário de Notícias com Eduardo Prado Coelho, editadas em Diálogos Sobre a Fé. Mantém um programa na Rádio Renascença com Jorge Sampaio e Pinto Balsemão. No seu mandato de presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) negoceia-se a nova Concordata entre Portugal e a Santa Sé. Como patriarca, é um dos líderes do ICNE, o Congresso Internacional para a Nova Evangelização (com os cardeais de Paris, Bruxelas, Budapeste e Viena). Convida a Comunidade de Santo Egídio a promover em 2000 o seu encontro anual inter-religioso em Lisboa; e, em 2004, a comunidade monástica de Taizé (França) é convidada a promover na capital o seu encontro europeu de jovens. O vulto de pensador destaca-se, mesmo entre a maior parte dos bispos: "Chega a patriarca depois de um currículo académico notável", diz o cónego Carlos Paes, de 72 anos, pároco de São João de Deus, em Lisboa, uma das duas dezenas de pessoas com quem o PÚBLICO falou para este balanço sobre a acção de D. José. Mas não só. Peter Stilwell, director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (FT/UCP) recorda as crises que Policarpo, ainda padre e, depois, já bispo auxiliar de Lisboa, foi chamado a resolver. A primeira foi em 1972, como reitor do Seminário dos Olivais, depois de vários padres da anterior direcção terem abandonado o sacerdócio - o seminário ficara reduzido a 11 alunos. Entre 1974 e 1980 e de novo entre 1985 e 1988 foi director da Faculdade de Teologia. Depois, já bispo auxiliar, foi reitor da UCP e, ainda, presidente da TVI, para o projecto da "televisão da Igreja" - mas pelo menos este último, dizem vozes mais críticas, correu mal: D. José não tinha muita disponibilidade para a gestão económica de instituições. Mesmo assim, ganhou o seu "estilo apaziguador, fluente, civilizado", como define Peter Stilwell. Falta criatividadeVem dessa falta de gosto para finanças outra observação que alguns fazem sobre o actual momento: muitas decisões são entregues ao ecónomo do patriarcado. Mas este, o padre Álvaro Bizarro, critica, por exemplo, gastos com iniciativas no campo da cultura e comunicação social, duas opções de D. José. O ecónomo também não gostou que o patriarca inaugurasse o monumento (pago pelo patriarcado), no Largo de São Domingos, evocativo do massacre dos judeus em 1506. Críticas feitas pelo menos numa reunião com muitos padres e o próprio patriarca, mas que este não contestou. O PÚBLICO procurou várias vezes falar com o cónego Bizarro, sem sucesso. Um dos padres diz, sem referir nomes concretos: "O patriarca deixou-se rodear por colaboradores mais executivos que pastorais. Na cúria, falta criatividade e há muitos traços de carreirismo. Alguns dos mais válidos não estão nos serviços centrais. "
REFERÊNCIAS:
Vítimas de acidente em França eram quase todas de Caminha
Eram quase todos do concelho de Caminha os seis portugueses e luso-descendentes que morreram esta madrugada num acidente na auto-estrada entre Paris e Bordéus, em França. As vítimas não pertenciam à mesma família, mas unia-os uma forte amizade. (...)

Vítimas de acidente em França eram quase todas de Caminha
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Eram quase todos do concelho de Caminha os seis portugueses e luso-descendentes que morreram esta madrugada num acidente na auto-estrada entre Paris e Bordéus, em França. As vítimas não pertenciam à mesma família, mas unia-os uma forte amizade.
TEXTO: No acidente, que ocorreu 15 minutos depois da meia noite, morreu, além destas seis pessoas, o motorista do pesado envolvido no sinistro, um francês com 59 anos. Os seis portugueses e luso-descendentes – três homens de 40, 58 e 69 anos, duas mulheres de 60 e 63 anos e uma criança de oito anos - seguiam rumo a Portugal. Não chegaram a sair de França, quando carrinha de sete lugares em que viajavam colidiu com um camião frigorifico, que se despistou e estava imobilizado no meio da estrada. Na carrinha seguia um casal de ex-emigrantes reformado de Lanhelas com um filho e um outro casal natural da freguesia de Seixas com o neto, um luso-descendente. Este era um casal que já estava reformado, que tinha estado emigrado em França e que regressava depois de ter ido levar a Paris duas netas, que acolheu durante as férias da Páscoa, e voltava agora depois de passar por Nancy, onde recolheu outro neto que vinha passar uma temporada com eles ao concelho de Caminha. Aurélio Pereira, presidente da Junta de Seixas, confessa que população local está em choque com este acidente que roubou a vida a dois habitantes. A acompanhar o caso está também o Governador Civil de Viana do Castelo. Pita Guerreiro, que é natural de Seixas, de onde eram originárias duas das pessoas que morreram neste acidente, garante que a representação do Governo no distrito vai prestar todo o apoio possível às famílias das vítimas. Também a Câmara de Caminha está a acompanhar estes familiares. A presidente da autarquia, Júlia Paula, diz que os serviços de acção social já estão em campo. Cinco das sete vítimas deste acidente com um mini-autocarro esta madrugada em França eram portugueses originários do concelho de Caminha. Por isso, a bandeira vai estar hoje e amanhã a meia haste no município. Nortícia actualizada às 12h29
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens campo filho social criança mulheres
Trabalhar menos horas e mais anos num país de velhos
O país vai envelhecer e perder habitantes, independentemente de todas as medidas que se possam adoptar para contrariar o fenómeno. (...)

Trabalhar menos horas e mais anos num país de velhos
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.144
DATA: 2011-05-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O país vai envelhecer e perder habitantes, independentemente de todas as medidas que se possam adoptar para contrariar o fenómeno.
TEXTO: Assim, o melhor é começar já a pensar em diferentes formas de organização social, sugerem vários demógrafos ouvidos pelo PÚBLICO a propósito das mais recentes projecções da ONU que apontam para um Portugal reduzido a 6, 7 milhões de habitantes em 2100. Menos quatro milhões do que os actuais 10, 6 milhões. Pelo menos no tocante ao envelhecimento, a fecundidade e a imigração o melhor que podem fazer é abrandar ligeiramente o ritmo de um processo "inelutável", segundo Maria João Valente Rosa. "Pensar que o envelhecimento pode ser evitado é uma ilusão", avisa a demógrafa, para quem, mais do que verificar a iminente falência de um modelo pensado para uma população com uma estrutura etária jovem, o país já devia estar a pensar em alternativas. "As barreiras que existem baseadas na idade e que levam a que a primeira fase da vida seja dedicada à formação, a segunda - a chamada idade activa - a jornadas de trabalho muito intensas e a terceira à reforma e ao lazer estão totalmente desfasadas", diz. Soluções? "Por que não dedicar mais tempo da idade activa ao lazer, à formação e à família, até porque é nessas idades que os filhos são pequenos, compensando depois com um prolongamento do período de actividade até idades mais avançadas?", pergunta. Nas projecções da ONU, o peso da população com 65 ou mais anos de idade duplica em 90 anos: dos actuais 17, 9 para 30, 6 idosos por jovem até 15 anos. Isto acreditando que, em média, cada mulher em idade fértil terá 1, 99 filhos, em vez dos actuais 1, 32. Mas o cenário pode piorar. Se a natalidade se mantiver no valor actual, o peso dos indivíduos com 65 ou mais anos sobe para 41, 2 por cento. Nestas projecções, que não contemplam o saldo migratório, a população portuguesa entra em declínio já a partir de 2015. Com um saldo natural que, em 2009, atingiu valores negativos e um saldo migratório a ameaçar entrar também no vermelho (há autores que asseguram que isso já aconteceu, apesar de essa realidade não surgir ainda espelhada nas estatísticas oficiais ), Jorge Malheiros, professor no Instituto de Geografia da Universidade de Lisboa, concorda que o país precisa de assumir que não conseguirá evitar o envelhecimento: "Vamos envelhecer inevitavelmente e é bom que metamos isso na cabeça", diz. Sem dramatismos. "É sinal que vamos viver mais tempo e o importante é que não andemos todos com Parkinson e Alzheimer mas que consigamos manter uma vida activa e produtiva". Não, não significa que as reformas devam ser adiadas até aos 75 anos, mesmo que, nas projecções, a esperança de vida ultrapasse os 87 anos em 2100 (90, 4 anos no caso das mulheres). "A transição da vida activa para a inactiva não deve ser brusca. Pode haver um período de transição, em que as pessoas começam a trabalhar progressivamente menos, o que permite diminuir a dependência, quer para as finanças públicas, quer a nossa", sugere. Valente Rosa arrisca dizer que "o mais natural será as pessoas passarem a ter várias carreiras e actividades ao longo da vida". Soberania enfraquecida
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Encontradas 28 pessoas decapitadas na Guatemala
A polícia de Guatemala descobriu ontem 28 pessoas decapitadas, e com sinais de tortura, numa propriedade privada no Norte do país, perto da fronteira com o México. (...)

Encontradas 28 pessoas decapitadas na Guatemala
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: A polícia de Guatemala descobriu ontem 28 pessoas decapitadas, e com sinais de tortura, numa propriedade privada no Norte do país, perto da fronteira com o México.
TEXTO: O massacre já foi considerado o pior dos últimos anos no país e as autoridades acreditam que cartéis mexicanos de droga estarão envolvidos no crime. “Este é o pior massacre dos tempos modernos”, disse Donald Gonzalez, porta-voz da polícia, à Reuters. Os 28 corpos – 29, segundo os media locais - foram encontrados numa propriedade na província de Peten, a 500 quilómetros da capital de Guatemala e de acordo com Gonzalez, dois deles são de mulheres. Todos seriam agricultores. Para Carlos Menocal, o ministro do Interior, o massacre foi “comandado” pelo cartel de droga Zetas – apontado como responsável por centenas de mortes nos últimos meses. Para o chefe da polícia Jaim Otzin, a responsabilidade dos Zetas é apenas uma de duas possibilidades. Há “duas hipóteses” disse Otzinb, precisando que ou o massacre estava ligado aos Zetas, ou estava relacionado com o assassinato no sábado passado de Haroldo Waldemar Leon Lara, irmão do narcotraficante Juan José Leon, morto em 2008, alegadamente pelos Zetas. Leon Lara foi assassinado quando transportava mais de 31 mil dólares em dinheiro que deveriam ser destinados ao pagamento dos salários dos empregados da sua propriedade agrícola. Em média, 18 pessoas por dia são assassinadas na Guatemala, país que bate um dos piores recordes no continente americano. As mortes são frequentemente associadas à máfia do tráfico de droga. A secretaria da ONU na Guatemala condenou “firmemente esses actos de violência brutal” e exigiu às autoridades que tudo fizessem para descobrir a verdade. “Este massacre junta-se a outros episódios recentes de violência e à situação de vulnerabilidade generalizada e de abandono sentida pelos habitantes da província de El Peten”, disse a representação da ONU sublinhando que a situação “confirma a urgência da necessidade de pôr em prática uma estratégia conjunta para a segurança das pessoas. ”Ron Urizar, porta-voz do exército, declarou à agência Efe que dezenas de soldados tinham sido enviados para a fronteira do México para evitar que os suspeitos pudessem fugir do país. Urizar adiantou que estava a ser levada a cabo vigilância aérea em cooperação com as autoridades mexicanas. O cartel Zetas foi criado nos anos 90 quando militares mexicanos das forças especiais se decidiram juntar ao narcotráfico. Começaram por trabalhar para o cartel do Golfo, mas actualmente são seus rivais. Entre as suas actividades está o rapto de emigrantes ilegais que usam como objecto de resgate ou transportadores de droga. Na Guatemala, os Zetas são activos no Norte do país, na província de El Peten e em l’Alta Verapaz. Cerca de 40 mil pessoas já morreram desde que o Presidente mexicano Felipe Calderón declarou oficialmente guerra aos cartéis da droga, em 2006.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Obama começa périplo europeu com visita à localidade de antepassado irlandês
O Presidente norte-americano começa hoje uma visita à Europa de seis dias que o levará a quatro países (e onde encaixará uma cimeira do G8) num tom mais pessoal: Barack Obama, que recentemente mostrou a certidão de nascimento para dissipar dúvidas sobre a sua nacionalidade, vai visitar uma localidade irlandesa de onde o tetravô da sua mãe partiu em 1850 para a América. (...)

Obama começa périplo europeu com visita à localidade de antepassado irlandês
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente norte-americano começa hoje uma visita à Europa de seis dias que o levará a quatro países (e onde encaixará uma cimeira do G8) num tom mais pessoal: Barack Obama, que recentemente mostrou a certidão de nascimento para dissipar dúvidas sobre a sua nacionalidade, vai visitar uma localidade irlandesa de onde o tetravô da sua mãe partiu em 1850 para a América.
TEXTO: A cidade de Moneygall pintou-se de novo e até abriu “um café Obama” em antecipação à visita presidencial, que poderá incluir uma visita a parentes remotos e ida a um pub. Depois da visita à Irlanda, um país com uma ligação forte com os EUA em especial por causa da imigração, segue-se o país da “relação especial”, o Reino Unido, onde Obama terá uma recepção mais informal do primeiro-ministro — David Cameron pensou num churrasco — e toda a pompa de uma recepção dada pela rainha, incluindo uma noite em Buckingham. Obama fará ainda um discurso sobre as relações transatlânticas em Westminster — uma estreia de um Presidente americano num palco que, nota o historiador Timothy Garton Ash, desde 1945 só recebeu três dignitários estrangeiros: Charles de Gaulle, Nelson Mandela e o Papa Bento XVI. Este discurso deverá falar sobre o estado da relação entre os EUA e não só o Reino Unido, mas também o resto da Europa. A relação transatlântica foi marcada por uma euforia inicial, reacção à eleição de Obama em 2008, a que se seguiram alguns desapontamentos mútuos, incluindo no modo contrário como os EUA e Europa reagiram à crise: os EUA com programas de investimento, a Europa com cortes. Os europeus questionam frequentemente o estado da relação transatlântica, temendo que Obama olhe mais para a Ásia do que para a Europa. Mas a importância e o bom estado das relações foi recentemente mostrado pelo caso da Líbia, defendeu François Lafond, director do German Marshall Fund para a Europa, num colóquio organizado pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) em Lisboa. “A Administração Obama está a fazer muito para que os europeus vejam que dá importância à relação transatlântica”, afi rmou. “E vimos isto no caso da Líbia — os Estados Unidos estão lá em consequência dos fortes pedidos da França e do Reino Unido. A Líbia não é assim tão estratégica para os EUA. ”O périplo europeu de Obama passa ainda por França, com a cimeira do G8 dominada pelo afastamento de Dominique-Strauss Kahn do FMI e por pedidos dos EUA de mais apoio financeiro aos países árabes que tiveram revoltas. A visita termina na Polónia, onde se mistura a experiência pós-comunista como exemplo para o caminho dos países árabes pós-revolução e alguma desconfiança do Leste a um novo entendimento entre Washington e Moscovo.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA FMI