As mulheres mais poderosas da Coreia do Norte
A mulher gosta de roupas ocidentais, a irmã prefere um traje discreto. Ambas poderão vir a lutar pelo poder. (...)

As mulheres mais poderosas da Coreia do Norte
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.4
DATA: 2017-09-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: A mulher gosta de roupas ocidentais, a irmã prefere um traje discreto. Ambas poderão vir a lutar pelo poder.
TEXTO: Uma exibe a sua mala Christian Dior e gosta de roupas ocidentais. A outra anda sempre com um bloquinho de notas e veste-se com fatos escuros. Estes dois opostos da moda são as mulheres mais influentes na Coreia do Norte. A mulher de Kim Jong-un, Ri Sol-ju, e a sua irmã mais nova, Kim Yo-jong, são por enquanto aliadas no apoio a um dos líderes mais obscuros do mundo. Mas a extensa influência que exercem torna-as potenciais rivais num regime onde os laços de família não são suficientemente fortes para garantir protecção contra a tendência de Kim para as purgas. Estas mulheres de Pyongyang permitem uma espreitadela para dentro de um regime opaco que, enquanto tenta alimentar o seu povo, é capaz de manter 1, 2 milhões de homens no Exército e ameaçar os vizinhos com a destruição nuclear. Ri comanda um regimento de seguidoras entre as mulheres da elite norte-coreana, enquanto Kim Yo-jong detém agora uma alta posição dentro do Partido dos Trabalhadores e é conselheira do irmão. “É inevitável que haja desconforto numa relação deste tipo”, comenta por telefone Kang Myong-do, genro do antigo primeiro-ministro norte-coreano Kang Song-san. “A mulher não gostará que o marido se aproxime demasiado da irmã; a irmã não gostará que o irmão se aproxime demais da mulher. ”A irmã tentará afastar Ri se a primeira-dama — uma vulgar plebeia comparada com Kim Yo-jong — procurar poder político para além da tarefa de adornar a imagem pública do marido, adianta Kang, que agora ensina estudos norte-coreanos na Universidade de Kyungmin, perto de Seul. Kim Yo-jong escolheu ficar na sombra do irmão nos eventos públicos, enquanto Ri aparece de braço dado com Kim Jong-un. Numa fotografia publicada a 21 de Janeiro pelo diário estatal Rodong Sinmun, Kim Yo-jong esconde-se atrás do irmão, misturada numa comitiva, enquanto ele discursa numa fábrica de sapatos. Ainda assim, ela “tem muito controlo sobre quem acede ao irmão, o que lhe dizem, que documentos lhe entregam — resumindo, é uma combinação de porteiro e polícia de trânsito”, comenta Michael Madden, editor do blogue North Korea Leadership Watch. Juntou-se ao irmão na entrega de prémios a militares numa competição da Força Aérea em Maio, o que sugere que é ela quem comanda o Departamento de Organização e Orientação do partido, que trata de tudo, desde promoções a purgas, escreve num email Cheong Seong-chang, analista sénior o Instituto Sejong, perto de Seul. A irmã de Kim ficou ausente dos olhares públicos até ser identificada em imagens da televisão estatal no funeral do pai, em fato escuro de luto. Numas filmagens de menos de um ano depois, montava um cavalo branco ao lado da tia, Kim Kyong-hui — que não voltou a ser vista em público desde que o marido, Jang Song-thaek, que chegou a ser considerado o mentor do líder norte-coreano, foi mandado executar pelo sobrinho, em Dezembro de 2013, depois de acusações de fraude e de criar divisões internas. Kim Yo-jong começou a aparecer mais em público depois da purga. E a Korean Central News Agency, a agência estatal de notícias, referiu-se a ela em Novembro passado como vice-directora do partido — a primeira vez que foi citada com um título formal. A purga de Jang também pode ter fortalecido a influência de Ri junto da elite norte-coreana que deseja evitar um destino semelhante. No ano passado, Kim Jong-un mandou matar outros 50 responsáveis com base em acusações que iam de desvio de dinheiro ao crime de ter assistido a telenovelas sul-coreanas, afirmou o deputado da Coreia do Sul Shin Kyung-min em Outubro, depois de ter participado numa reunião dos Serviços Secretos. Há relatos de mulheres da elite norte-coreana terem usado as suas ligações com Ri para “limitar o número de responsáveis demitidos dos cargos devido à purga de Jang”, afirmou Madden. “Aquilo a que precisamos de estar atentos é se Ri Sol-ju se torna a abelha rainha entre as mulheres ou se esse papel é assumido por Yo-jong”, escreve num email. “São uma corte discreta mas influente na elite da Coreia do Norte. ”Em público, Ri garante um lado mais brando do Líder Supremo e tem sido uma presença regular na propaganda do país. Em 2005, viajou até à Coreia do Sul como membro de uma claque das equipas norte-coreanas numa competição de atletismo. Sete anos mais tarde, foi anunciada como mulher de Kim quando apareceu com ele num parque de diversões, em Julho de 2012. Ainda assim, sabe-se tão pouco da sua relação que foi preciso a estrela do basquetebol americano Dennis Rodman revelar que o casal tem uma criança, depois de ter ido jogar a Pyongyang, em 2013. Rodman afirmou ao jornal The Guardian que segurou na mão da filha de Kim, Ju-ae, e que ele é “um bom pai e tem uma família linda”. Citando conversas de pessoas que já estiveram numa sala com ambas as mulheres ao mesmo tempo, Madden adianta que elas parecem amáveis uma com a outra, mas sentam-se em lados opostos — Ri com o marido e Kim com altos quadros do partido. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Kim é filha da mesma bailarina nipo-coreana, Ko Yong-hui, que Kim Jong-un. Em Fevereiro de 2011, a emissora sul-coreana KBS mostrou imagens que identificou como sendo Kim Yo-jong e outro irmão, Kim Jong-chol, a divertirem-se num concerto de Eric Clapton em Singapura. A agência Yonhap disse a 2 de Janeiro que ela se casou com um dos filhos do secretário do partido, Choe Ryong-hae, citando duas pessoas na China que não identificou e uma foto dela com uma aliança. Dias depois, o jornal Dong-A Ilbo negava a notícia. Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post/Bloomberg
REFERÊNCIAS:
Contra o fascista Bolsonaro, elas marcharam pela democracia
No Rio de Janeiro, as mulheres juntaram-se sob o chapéu do movimento #EleNão para lutar contra o candidato da extrema-direita brasileira às presidenciais de Outubro. Foi um grito a muitas vozes. “Não, não, ele é fascista/Meu voto será feminista.” (...)

Contra o fascista Bolsonaro, elas marcharam pela democracia
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: No Rio de Janeiro, as mulheres juntaram-se sob o chapéu do movimento #EleNão para lutar contra o candidato da extrema-direita brasileira às presidenciais de Outubro. Foi um grito a muitas vozes. “Não, não, ele é fascista/Meu voto será feminista.”
TEXTO: Nem se diz o nome dele, para não dar azar. “É o Bozo, o palhaço, o coiso. Temos de tomar cuidado”, diz Cissa Cabral, junto a uma banquinha montada rés-vés à escadaria do edifício da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia, que vende t-shirts do movimento #EleNão, anti-Jair Bolsonaro – violeta, mais claro ou mais escuro, o tom escolhido para a manifestação aprazada para várias cidades brasileiras neste sábado, e também na Europa e noutros continentes. “Sou jornalista, e sou do PT [Partido dos Trabalhadores]. O meu pai também era jornalista, e foi um dos fundadores do sindicato”, explica Cissa Cabral, que hoje é aposentada, tem 62 anos. “Sou fundadora do PT. O primeiro núcleo do PT aqui no Rio nasceu lá nos fundos da minha casa, era proibido. Recolhíamos garrafas, papel, ferro-velho, para arranjar fundos. E radiografias”, explica sentada nas às escadarias do edifício da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. De t-shirt vermelha, calças de ganga, brinco na orelha com pérola e dourado, cabelo curto entre o louro e branco, encaracolado, Cissa Cabral é uma mulher determinada. Veio para a rua, para a manifestação das mulheres contra Bolsonaro, convocada através das redes sociais, horas antes da praça da Cinelândia, no Rio de Janeiro, se encher de gente – não apenas mulheres, com t-shirts roxas ou não, cabelos compridos, afro, azuis despenteados ou em trancinhas, homens – bastantes, por si sós ou atrelados aos seus amores, alguns com t-shirts feministas. O problema, diz, é que este candidato esconde um perigo ainda maior. “Ele é apenas um sujeito manipulado por uma força maior, as chefias militares. Não é à toa que tem como vice um general que está a dar entrevistas a dizer coisas absurdas. ”Cissa Cabral tem dois filhos militares, um homem e uma mulher, ambos na Marinha, que fazem campanha por Fernando Haddad. “Mas são oficiais de carreira, por isso não tem problema, e são muito inteligentes, por isso não forçam ninguém”, explica. Agora, o perigo de os militares quererem voltar ao poder, como no tempo da ditadura, não lhe parece nada remoto. “A ideia só não está a encontrar apoio no ‘baixo clero’, se é que me entende. O comando militar Leste não concorda. Mas é uma cláusula pétrea da Constituição que não pode haver Governo militar”, assegura. “Eu já vivi numa ditadura militar, perdi um irmão de 17 anos para a tortura, simplesmente porque era presidente de um grémio de estudantes”. Não quer correr riscos. Ainda da cama do hospital, o candidato Jair Bolsonaro deu uma entrevista à televisão Bandeirantes em que deixou planar a ameaça de uma regime tutelado pelos militares – além de indicar que só aceitará a vitória. “Pelo que vejo nas ruas, não aceito um resultado diferente da minha eleição”, afirmou. Não se cansa de pôr em causa a fiabilidade do voto electrónico – que no entanto é garantido pelas autoridades eleitorais e pelos especialistas – e até de “profissionais dentro do Tribunal Superior Eleitoral”. Disse não acreditar que as Forças Armadas tomassem a iniciativa de contestar os resultados das eleições, se o PT ganhar. Mas, e este mas é toda uma ameaça, “na primeira falta, com o PT errando, poderia acontecer, sim”. Embora seja político há 27 anos, o ex-capitão considera-se ainda militar. “Nós, das Forças Armadas, somos avalistas da Constituição. Não existe democracia sem Forças Armadas”, declarou Bolsonaro. “Não, não, ele é fascista/Meu voto será feminista”, ensaiam-se palavras de ordem para a manifestação, enquanto a praça se vai enchendo lentamente, até chegarem as 15h. Chegam os carrinhos com rodinhas, puxados por bicicletas, por força de braços, com tabuletas a dizer que aceitam todos os cartões, visa, mastercard… Sim, porque ninguém tem de passar fome e sede na manifestação! Começa a haver fumo de assar os espetinhos de frango, de carne de boi (aqui a carne de vaca muda de sexo), de queijo, a cervejinha, a caipirinha nas suas várias encarnações, colas, águas, docinhos… Alguns trazem os autocolantes de candidatos a deputados locais. Os autocolantes #EleNão, de vários tipos, produzidos por várias entidades, começam a circular entre a multidão. São colocados nas t-shirts, nas mochilas e malas, directamente nos braços para quem não tem grande área na roupa para os colar. “Bolsonaro passa de todos os limites, a candidatura dele devia ter sido impugnada. Um cara que defende a tortura devia estar preso”, diz Soraya Ravenle, actriz e cantora de 55 anos, que dentro em pouco tinha de ir trabalhar, mas não resistiu a ir ao início da manifestação, porque está chocada demais com o que se está a passar. “Ele é psicopata, doente, mas além de ignorante, burro, não fez nada na sua vida política. ”“Estava ouvindo ontem uma série de entrevistas de Vladimir Safatle, ele é filósofo, escreve na Folha de São Paulo, ele dizia várias coisas que me ficaram na cabeça. Uma delas é que essa direita que está a crescer tem sempre um carácter cómico. E a gente fica ‘ah não é verdade o que ele está a falar, é brincadeira’. Todos têm isso, lá em Itália, o Trump. É muito complexo”, diz, com gestos que se tornam largos, agitados. Ela não é do PT, vai votar no Ciro Gomes, que parece uma alternativa para o voto à esquerda. “Mas o antipetismo é muito violento. “Achava que o Ciro, que está na política há 300 anos, podia ter uma oportunidade de ser uma alternativa à esquerda. Mas a esquerda não se une. O meu maior medo é que na segunda volta a esquerda não se une e Fernando Haddad perca. ”A útima sondagem Datafolha, revelada sexta-feira à noite, dá 28% a Jair Bolsonaro e 22% a Fernando Haddad. Estes são também os dois candidatos com maior rejeição: 46% para Bolsonaro, e 32% para Haddad. O candidato da extrema-direita é rejeitado por 52% das mulheres – e apenas 26% rejeitam Haddad. Na segunda volta, Bolsonaro perderia com qualquer outro candidato. “Uma manhã eu acordei e ecoava ‘ele não, ele não, ele não, não, não, não/ Uma manhã eu acordei e lutei contra o opressor/ Somos mulheres, a resistência de um Brasil sem fascismo e sem horror / Vamos à luta para derrotar o ódio e pregar o amor. ” A letra é nova, mas a música é Bella Ciao, uma canção que se tornou um símbolo da resistência italiana contra o fascismo. Ecoa na Cinelândia, tendo como alvo Jair Bolsonaro. “Ele não, nem o filho dele” – Flávio Bolsonaro disputa o cargo de senador pelo Rio de Janeiro. “O principal motivo de estar aqui é a resistência contra o avanço das ideias fascistas, na figura de Bolsonaro. Protestar contra a opressão contra tudo o que é repressão”, diz Camila Putzke, de 24 anos, professora e estudante de mestrado, que vai votar em Guilherme Boulos, candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). “Ele significa perda de direitos, é uma pessoa reaccionária. Votou a favor da emenda constitucional 95 [que impõe um tecto da despesa pública durante 20 anos, que não será actualizado nem sequer para corresponder à inflação), aprovada em 2016. Há a reforma trabalhista, e há a questão dos direitos das mulheres, somos assediadas a toda a hora, nem sequer podemos pôr um shortinho”, diz. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Carmelena Nassar, de 67 anos, está sozinha, com uma bandeirola a dizer #ele não, uma t-shirt de alças violeta. Mas veio “como avó e como mãe”, frisa. “Não aceito o regresso do fascismo, da ditadura, não quero a violência que o inominável está a fazer. Passei pela ditadura, não quero isso para os meus filhos e netos”, diz, determinada. Faz parte do movimento na Internet contra Bolsonaro desde finais de Agosto, antes do site no Facebook ter sido atacado por apoiantes da candidatura do ex-capitão. “Às vezes sou atacada online, mas os argumentos deles é xingarem-me de velha filha de algo, é dizerem que nazismo é de esquerda. É para ver o nível!”. Tinha parado de fumar, mas voltou a fumar em Agosto, contou, puxando de um cigarro. “As pessoas pobres expressam o desejo de votar nesse cara. Será que não percebem ele pode vir a matá-las?”, interroga. “Agora mesmo passaram aí três guris [meninos] negros a dizerem que iam votar no coiso [Bolsonaro]. O povo acha que vai receber uma arma [defende a liberalização do porte de armas], mas vai é receber uma bala!”, afirma. “Estou aqui é para dizer ele não. ”
REFERÊNCIAS:
A rainha e o amazing deslumbrado
Isabel II deve estar muito divertida com esta visita, pelo que ela tem de caricato. (...)

A rainha e o amazing deslumbrado
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.600
DATA: 2018-07-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Isabel II deve estar muito divertida com esta visita, pelo que ela tem de caricato.
TEXTO: Trump é e será sempre uma fonte inesgotável de assunto e comentários. A propósito da sua actual visita ao Reino Unido, leio no PÚBLICO o entusiasmo com que encara o encontro com a rainha Isabel II. “Uma mulher fantástica”, como ele costuma dizer de quase tudo, dentro do seu paupérrimo léxico, em que amazing e extraordinary são verdadeiras bengalas de linguagem. Parece que a mãe era escocesa e – coitada da senhora – falava a Trump do modo como amava a monarca. Detive-me nesta notícia pela circunstância de Trump se apresentar como a encarnação do american dream, um self-made man que subiu a vida a pulso e que, entre nós, poderíamos apelidar de um “novo-rico”. Confesso desde já que seria interessante tomar chá com a cabeça da Commonwealth, não tanto por Isabel II parecer ser uma excelente conversadora, mas pelo patusco da situação, com aquelas mordomias bolorentas e aquelas baixelas a relembrar que o UK já foi great, but not any longer. Deslumbrado, portanto. Um bebé em ponto grande, sedento de atenção e que a monarca, com a sua experiência de largas décadas, vai saber captar, mantendo-o, porém, à distância de segurança de alguém que, de todo, pertence à sua casta. Mais perto estarão os amados cães. Isabel II deve estar muito divertida com esta visita, pelo que ela tem de caricato. Os antigos colonizadores são agora visitados por um Presidente maravilhado com lustres e móveis, retratos e outros cómodos, mas que, provavelmente, arrasaria Buckingham para construir um condomínio de luxo. “Business as usual”, diria ele à sua interlocutora. Não fora a solenidade do acto, Trump era bem capaz de levar um contrato-promessa, just in case. Não sei se o inefável Duque de Edimburgo estará presente, mas tenho quase a certeza que ambos podiam ser “bbf’s”. Gaffe por gaffe, seria uma competição renhida e diz-se que Filipe faz rir Isabel, como talvez Donald – que não o Pato – faça ao menos sorrir a vetusta rainha. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Seria uma medalha ao peito para Trump escrever um tweet dizendo que fez rir Isabel II. Mas esta última já enterrou muitos primeiros-ministros e muitos Presidentes, pelo que o mais certo é lançar-lhe aquele olhar esfíngico típico da alta nobreza bafejada pelo divino, em que os comuns mortais não terão a mínima ideia do que lhe passará pelo real cérebro. Adivinho que contemple a cabeleira de Trump, que mentalmente reconheça o very typical da gravata a rondar locais anatómicos menos próprios e que pense que a Melania ama mesmo o Presidente, porque o interesse deve ser pouco. May deve ter pedido ao pessoal do palácio para a rainha ser o mais agradável possível com o Presidente. Afinal, o "Brexit" está a correr mal para os seus lados e tem levado a uma sangria governamental. Se Trump mandasse, era tudo um tough "Brexit", pois nele nada é soft. Melhor: é meigo com ditaduras e claras violações de direitos humanos, se tal redundar em lucro para a confederação de interesses que o elegeu e o segura. Isabel II terá uma história para contar aos netos: a vez em que aquele senhor deslumbrado do país outrora colonizado, inicialmente, por perigosos criminosos britânicos, entornou o chá nas caríssimas carpetes, fez um comentário desagradável ou tocou na rainha. Mais giro seria se Trump convidasse a monarca para uma selfie ou levasse na mala diplomática um contrato para a rainha ser “a cara” de campanhas publicitárias dos seus negócios. Imagino o clã Windsor a rir, sempre com os simpáticos canitos por perto, quando Trump já estiver do outro lado do oceano. O problema é que, cara Isabel, o homem tem poder – e muito –, é imprevisível – e muito – e vai-nos levando a todos, passo a passo, a um ataque de nervos. O antídoto é os demais países serem hábeis na negociação, mas com a certeza de que se se baixarem em demasia, mesmo a combinação de uma carismática rainha pode ficar à mostra. . .
REFERÊNCIAS:
Há uma idade para homens e mulheres traírem? Estudo diz que sim
As vésperas dos grandes aniversários são propícias à traição no caso dos homens. Sétimo ano de casamento também é crítico. (...)

Há uma idade para homens e mulheres traírem? Estudo diz que sim
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-11-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: As vésperas dos grandes aniversários são propícias à traição no caso dos homens. Sétimo ano de casamento também é crítico.
TEXTO: Os homens traem mais nos anos acabados em nove e as mulheres têm uma aventura extraconjugal, em média, por volta dos 37 anos, dizem duas agências especializadas em encontros promovidos pela internet. A página de relações extraconjugais Ashley Madison diz que os homens procuram este tipo de relacionamentos nos anos acabados em nove, com os casos a serem maioritariamente relatados aos 39, 49 e 59 anos de idade. O facto de estarem nas vésperas de comemorar grandes aniversários leva-os a ter este tipo de comportamento da mesma forma que, segundo a rede social para atletas Athlinks, também estão mais disponíveis para correrem pela primeira vez uma maratona com essas idades. No que toca às mulheres, o estudo promovido pela Victoria Milan, uma rede social para casos secretos, revelou que a idade média, a nível mundial, para relações extraconjugais era de 36, 6 anos. O site diz que a média de idades a que estas mulheres se casaram era de 29 anos. Feitas as contas, a média entre o enlace e a primeira traição acontece entre os sete e oito anos de casamento. Em comunicado, o fundador da Victoria Milan, Sigurd Vedal, avança possíveis razões para a infelidade feminina nesta altura: “porque o seu marido não lhes está a dar a atenção e o respeito que merecem” ou porque “a chama do seu casamento se apagou”. Não há dados sobre Portugal, mas a realidade entre vários países da Europa é muito distinta: se no Reino Unido a maioria das mulheres que traíram os parceiros disseram tê-lo feito entre os 25 e os 29 anos, na Hungria isso acontece em média entre os 45 e os 49. A expressão “The seven-year itch” (a coceira do sétimo ano) ganhou fama com o filme homónimo de 1955, protagonizado por Marilyn Monroe – em Portugal, tem o nome O Pecado Mora ao Lado. O filme norte-americano retrata a história de um homem que fica sozinho em Nova Iorque, enquanto a mulher vai com o filho para a costa do Maine. No andar de cima, uma nova vizinha (a modelo interpretada por Marilyn Monroe) desperta a atenção do homem, que se tenta envolver com ela. Só que o facto de estar a ler um livro sobre “a grande probabilidade de o homem se tornar infiel após sete anos de casamento” – precisamente a duração do seu casamento – leva-o a um estado de paranóia. A propósito das crises no casamento, o professor Larry Kurdek, da Universidade Estadual Wright (no Ohio, Estados Unidos), entrevistou 522 maridos e esposas. As entrevistas aconteciam uma vez por ano, durante os primeiros dez anos de casamento. O objectivo era medir a progressão da felicidade conjugal. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. No estudo, Kurdek acabou por descobrir que há duas alturas padrão para as crises conjugais: depois dos quatro e dos sete anos de casamento. Estas crises tinham, normalmente, efeitos maiores nos casais com filhos. A causa estava no facto de se diminuir a aposta na relação para o foco estar no apoio à criança. Estudando os animais, a bióloga norte-americana Helen Fisher concluiu que “os mamíferos monogâmicos e as aves acabavam por ficar juntos apenas o tempo suficiente para se reproduzir”. Na prática, “depois de os filhos de pisco-de-peito-ruivo [uma ave conhecida por pintarroxo] deixarem o ninho” ou “as raposas jovens deixarem a toca”, os pais “também se separam”. Os seres humanos mantêm no seu comportamento “traços desse padrão reprodutivo natural”, diz Helen Fisher.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens humanos filho mulher homem social criança estudo mulheres casamento feminina aves
No pomar de romãzeiras, elas são as rainhas de copas
Celeste e Sofia Ribeiro cultivam romãs na Herdade da Pacheca, às portas de Estremoz. Mais do que uma história de família, esta é uma história de pés na terra. (...)

No pomar de romãzeiras, elas são as rainhas de copas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Celeste e Sofia Ribeiro cultivam romãs na Herdade da Pacheca, às portas de Estremoz. Mais do que uma história de família, esta é uma história de pés na terra.
TEXTO: Por estes dias, a Herdade da Pacheca deverá estar pintada de vermelho. Como se se houvera transformado no jardim da Rainha de Copas e os jardineiros tivessem conseguido terminar de pintar de vermelho as rosas brancas que equivocadamente haviam plantado. Ou como se fosse um oceano de árvores de Natal com grandes e lustrosas bolas vermelhas. Mas não há rosas ou bolas, e é Sofia Ribeiro quem imagina assim os 16 hectares de romãzeiras que cultiva, com a mãe, Celeste Ribeiro, às portas de Estremoz. Seriam elas as rainhas de copas neste cenário, mas as romãs não se “pintam” por ordem (ou medo) delas; “pintam-se” pela ordem da natureza e elas cuidam para que essa ordem não se desordene. Romã vermelha, romã a colher neste canto do Alentejo, rodeado de olivais e vinhas por todos os lados. Não foi pela romã que mãe e filha mudaram de vida, mas foi ela que lhes arrebatou o coração — e de alguma forma as devolveu à terra. Algo que, na verdade, já corria na família. Os pais de Celeste eram agricultores, em Nariz, aldeia perto de Aveiro, e ambas cresceram aí, sempre com um, ou dois, pés na terra. “O meu pai emigrou em 1951, eu fiquei com a minha mãe, que era quem tratava das vinhas, das batatas, do milho, dos animais. Eu ia e ajudava porque era obrigada”, recorda Celeste, os dois pés na terra. Da “obrigação” ficou a “ligação” e o “instinto incrível”, chama-lhe Sofia: “Podem vir técnicos, mas o que ela diz. . . Não se engana”. Sofia tem uma ligação mais emocional com a terra — tinha um pé nela, diríamos. “Passei muito tempo com os meus avós na infância e a recordação mais bonita que tenho ligada à terra, e ao amor, é de andar com o meu avô Ribeiro no laranjal, ele a colher directamente das árvores, abrir e dar-me a comer laranjas. ” Mas nem foram as laranjas a grande herança (agrícola, bem entendido) do “avô Ribeiro”. Depois de 30 anos de muito trabalho no estrangeiro, voltou “ainda com capacidade de mudar a vida dele para muito melhor”, nota a filha. Foi, nos anos de 1980, um dos pioneiros do cultivo de kiwis em Portugal. Tinha uma extensão “muito menor” do que os 16 hectares que filha e neta cultivam desde 2015 na herdade de 20 hectares. Primeiro, em 2014, chegou Celeste, professora aposentada desde 2012. Mais tarde, Sofia, actriz com carreira em modo pausa. Foi depois da reforma que Celeste se deparou com a “oportunidade de comprar a herdade”. “Sempre gostámos do Alentejo, tínhamos paixão. Achei interessante”, conta. O óbvio teria sido seguir o cultivo de vinha ou olival como os “vizinhos”, contudo a “extensão era pequena e entrar nesses mercados era mais difícil”. Começaram a analisar as possibilidades, fizeram estudos de mercado. Num dado momento, cruzam-se com a alfazema, mas novamente a questão da dimensão do terreno se revelou um obstáculo: “Era muito curta para vender, precisaríamos de muito mais espaço para ter rendimento. ” De hipótese em hipótese até à romã. “Apaixonámo-nos pela romã”, assumem. Era uma fruta completamente desconhecida para elas. “Sabíamos que estava implantada há pouco tempo em Portugal e que existiam grandes plantações no Algarve”, resumem. Aqui, o terreno e as condições climatéricas alinhavam-se para o seu cultivo — podia haver carência de água, mas não tanta como com outros frutos (“Ainda não tivemos falta de água”, contam, “já havia um furo cartesiano e fizemos um segundo”), é resistente a altas temperaturas e ao vento (não à toa: a origem da romã está no Médio Oriente). Como bónus, é uma árvore bonita e, já vimos, pinta e adorna a paisagem. A colheita de romã já começou na Herdade da Pacheca (começa na segunda metade de Setembro e segue por Outubro), mas quando falamos com Sofia e Celeste, Agosto quase a ceder passagem a Setembro, era a monda que as ocupava. Durante uma semana, entre as 7h e as 16h, seis pessoas (entre elas, os dois funcionários a tempo inteiro da herdade: Rui, “o braço direito”, e Catarina, Bia, “o coração”) passaram a pente fino 11. 700 árvores para retirar excessos. Desde as “gémeas” e “trigémeas” que nascem de uma flor apenas, aos ramos sobrecarregados, passando, por exemplo, pelos “ramos ladrões”, que nascem a partir da raiz da árvore. É necessário, explicam, encontrar um equilíbrio na distribuição de peso, nutrientes e água — uma selecção pouco natural que depende da sensibilidade de cada pessoa que monda. A minúcia, essa, é incontornável: “É moroso e é duro” — com uma vantagem: “Não precisamos de ginásio, é só agachamentos”, brincam. Mondar, podar, arrancar ervas daninhas, verificar a rega (pode haver fugas de águas), controlar parasitas, observar o fruto: trabalhos diários que terminam a colher as romãs, “com muito cuidado para não estragar a coroa” (“é muito mais bonita com a coroa”, observam) — sempre com um objecto omnipresente: “Não se vai dar uma volta ao pomar sem tesoura de podar”, nota Celeste. Um ritual que começou em 2015, quando foram plantadas as romãzeiras. Mãe e filha acompanharam todo o processo, da marcação do terreno à instalação de sistema de rega, e no ano passado fizeram a primeira campanha. Que resultou melhor do que esperavam. “As árvores produziram bastante”, reconhecem, “mais ou menos 20 toneladas”. Claro que entre estas há muita fruta que não é vendida — está rachada, fora dos parâmetros impostos pela União Europeia — mas tão-pouco é desperdiçada. “Damos, fazemos sumo. . . Livramo-nos de forma boa”, resume Sofia. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Um dia, gostariam de conseguir vender os arilos já descascados, em caixas, e a polpa ou sumo, já prontos para consumir. Enquanto esse dia não chega, Sofia guarda a emoção de ter provado o gelado artesanal que uma geladaria lisboeta fez com as romãs delas: “Tinha uma cor incrível, sabia mesmo a romã, à nossa romã. Quase chorei”, confessa. E a romã da Herdade da Pacheca é a Red Angel Smith, que pode chegar aos 600 gramas por fruto: tem um sabor agradável, “com acidez e doçura equilibradas”, semente pequenina, “que não incomoda tanto”, “boas características e é esteticamente lindíssima”. Quando estão maduras, rubi por dentro, vermelho intenso por fora. E, sempre, a coroa — esta é uma história de rainhas. A romã é um superfruto, extremamente rica e benéfica para a saúde. Tem anti-oxidantes e é rica em cálcio, potássio, fósforo e vitaminas A, B e C. Está associada à longevidade e à fecundidade, desde sempre, tem uma conotação mitológica. É referida em obras da Grécia Antiga e na própria Bíblia, por exemplo. Tem muitos significados mas nós não estamos muito ligadas a esse nível, são amigos que nos vão falando. A melhor técnica continua a ser a da colher de pau. Cortar a romã em duas metades, colocar uma taça por baixo e bater com uma colher de pau com determinação: os arilos (bagos) saltam. Como somos muito jovens no negócio, estamos apenas no segundo ano de produção, ainda não temos uma carteira de clientes. O que temos vendido é para fora, para longe, para países onde não há romãs, como os do Norte da Europa, onde se aprecia mais o pouco de acidez que a romã tem sempre. Culturalmente, os portugueses não consomem muita romã, uma fruta vinda do Médio Oriente.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha rainha medo
No Ponto: pastel Bordallo, Caldas da Rainha)
Regularmente, a Fugas divulga um vídeo novo sobre um doce diferente. (...)

No Ponto: pastel Bordallo, Caldas da Rainha)
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0
DATA: 2018-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Regularmente, a Fugas divulga um vídeo novo sobre um doce diferente.
TEXTO: Por estes dias passei nas Caldas da Rainha para conhecer e provar um novo doce que aqui surgiu em 2017. Como nasceu da ideia de se fazer um doce ligado à cidade, chamaram-lhe pastel Bordallo. Um dos sítios que faz o Bordallo é a padaria Forno do Beco, para onde me dirigi. Receberam-me muito bem. A forma do pastel é quadrada e a massa exterior apresenta-se fina. O interior cremoso é feito com grão-de-bico, queijo de mistura (leite de cabra e vaca), ovos, limão, canela e açúcar. Ficou aprovado. Entre dentadas, foram-me explicando a história do doce. Paulo Santos do Forno do Beco e Luís Tavares da pastelaria Paris juntaram-se para chegar a uma receita e assim responderam ao desafio da Associação Empresarial das Caldas da Rainha e Oeste para que aparecesse um doce da cidade. Agora, os dois estabelecimentos produzem-no sob marca registada e com uma caixinha própria. É mais uma razão para visitar as Caldas e levar consigo um docinho daqui. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Cristina Castro criou o projecto No Ponto para registar e dar a conhecer os doces do país. Tem vindo a publicar a colecção A Doçaria Portuguesa, "os mais completos livros sobre a história e actualidade dos doces de Portugal". A investigação para este trabalho levou a autora a viajar por todos os concelhos em busca de especialidades doceiras. A partir da oportunidade de ver como se faz, de falar com quem produz, de conhecer vidas, histórias e tradições associadas à doçaria, surgiram os vídeos que desvendam um pouco de cada doce. Regularmente, a Fugas revela um vídeo novo sobre um doce diferente.
REFERÊNCIAS:
Neta da rainha de Inglaterra casou com jogador de râguebi
A capital escocesa, Edimburgo, testemunhou este sábado o primeiro casamento real em 20 anos, entre Zara Phillips e o jogador inglês de râguebi Mike Tindall. (...)

Neta da rainha de Inglaterra casou com jogador de râguebi
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-07-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: A capital escocesa, Edimburgo, testemunhou este sábado o primeiro casamento real em 20 anos, entre Zara Phillips e o jogador inglês de râguebi Mike Tindall.
TEXTO: O casamento da neta da rainha Isabel II teve lugar em Canongate Kirk, na Royal Mile, nome dado à sucessão de ruas que formam a principal via do centro histórico de Edimburgo, na Escócia. Milhares de pessoas reuniram-se nas ruas para felicitar o casal. Presentes estiveram a rainha Isabell II e o marido, o duque de Edimburgo, e também os pais da noiva, a princesa Ana e Mark Phillips (divorciados). O última casamento real na Escócia foi o segundo de Ana, com Timothy Laurence, em 1992. Outras figuras que não faltaram: o príncipe Carlos e Camila, o príncipe Harry e os duques de Cambridge, Guilherme e Kate (estes protagonizaram o primeiro casamento real do ano, o de Zara foi o segundo). O noivo convidou vários jogadores ingleses de râguebi. Mas os primeiros a chegar à cerimónia foram o príncipe Eduardo e Sofia, condes de Wessex e tios da noiva, seguidos pelo príncipe André e as filhas, princesas Beatriz e Eugénia. As portas da Igreja estiveram fechadas ao público e à imprensa mas as milhares de pessoas que se juntaram para ter um pequeno vislumbre da noiva, puderam presenciar o beijo partilhado por Zara Phillips e Mike Tendall, que permaneceram nas escadas da Igreja no fim da cerimónia. O vestido da noiva, em seda marfim, foi desenhado por Stewart Parvin, um dos costureiros preferidos da rainha, e estava acompanhado por um véu com tiara. Nos pés, levava sapatos Jimmy Choo. Entre o público estava Margaret Kittle, 76 anos, que disse à BBC da Escócia ter viajado de Winona, no Canadá, só para assistir à cerimónia: “Venho a todos os casamentos reais desde que a princesa Ana e Mark Phillips deram o nó. ” E acrescentou: “Gosto de vir a todos os casamentos e a todas as cerimónias reais que possa porque a rainha é também soberana do Canadá. ”Zara Phillips, 30 anos, antes vista como a rebelde real pelos tops e saias curtas, já disse que irá manter o seu nome de solteira por causa da carreira desportiva na equitação. Mike Tindall, 33 anos, joga no Gloucester, e juntamente com o seu padrinho, Iain Balshaw, fez parte da equipa de râguebi que em 2003 ganhou a Taça do Mundo na Austrália. Foi ai que o casal se conheceu - foram apresentados pelo príncipe Harry. Depois da cerimónia de casamento privada seguia-se a recepção no Palácio Holyroodhouse, que é oficialmente a residência oficial da rainha na Escócia, embora prefira Balmoral.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave rainha princesa casamento marfim
Reportagem: As mulheres unidas de São Gonçalo
Viver na aldeia é lindo para quem pode. Cá fora, o paraíso. Dentro de casa, álcool, violência, abuso. Na Flor do Cerrado Marina Silva já ganhou. (...)

Reportagem: As mulheres unidas de São Gonçalo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Viver na aldeia é lindo para quem pode. Cá fora, o paraíso. Dentro de casa, álcool, violência, abuso. Na Flor do Cerrado Marina Silva já ganhou.
TEXTO: Se o rapaz desconhecesse o Brasil o elogio podia não querer dizer muito. Mas ele é biólogo, vem da Amazónia, conhece o nunca-visto. E quem faça a estrada de Diamantina para São Gonçalo do Rio das Pedras só pode concordar: há-de ser das mais bonitas do Brasil, apesar de difícil, ou também por isso. Trinta e dois quilómetros aos balanços num caminho de montanha, terra e pedras. Quase duas horas, se o tempo ajudar. E no fim, essa outra recompensa, São Gonçalo: cachoeira, cavalos pelas ruas, igrejas que parecem casas, pequenas pousadas rurais, uma siriema de bico vermelho a caminhar, pernalta, indiferente. É assim que a aldeia acorda, quando não é o galo é a siriema. E mesmo depois de tantos meses sem chuva, tudo parece pujante, ipês, buganvílias, orquídeas, bananeiras, ou árvores de que a Europa nunca terá ouvido falar como a mutamba, a macaúba, a pacari ou a amesca. São justamente estas árvores que dão força às mulheres unidas de São Gonçalo. Porque o lugar é remoto e lindo, mas dentro de casa muitas vezes é só escuro: álcool, violência, abuso. E sabem em quem vão votar estas mulheres? Lula não gostaria da resposta. Lá chegaremos. A união tem um nome: Flor do Cerrado. Uma casinha de portadas abertas, numa calçada de São Gonçalo. A esta hora, quatro da tarde, está quase vazia, porque as mulheres ainda andam nos seus trabalhos. A excepção é a mestiça Nelma, que já despejou champôs e amaciadores nos frascos e agora cola rótulos. Mutamba para cabelos normais, macaúba para cabelos secos, pacari para cabelos oleosos, amesca para esfoliar. As 30 mulheres da Flor do Cerrado fazem cosméticos com as plantas da região. Foi o que puderam inventar num lugar tão pequeno que nem se nasce mais aqui. Os de cabeça pequena"Os meus irmãos ainda nasceram em casa, mas eu já nasci num hospital em Diamantina", diz Nelma, de 38 anos e já avó. Quando as contracções não aguentam a viagem - para Diamantina ou para o Serro, as duas cidades históricas mais próximas -, há nascimentos na estrada. "Já teve vários. Agora vai melhorar, porque está chegando o asfalto, já começaram as marcações. " E isso vai ser bom? "Vai vir muita coisa boa, mas também muita coisa ruim. Aqui é maravilhoso. Eu já morei em São Paulo. Agora sempre que saio volto doidinha. Não quero mais morar em cidade grande. Com toda a dificuldade, prefiro aqui. Tem pequenos furtos, coisa de moleque, um celular, um dinheirinho, mas não tem aquela violência da cidade. As janelas ficam abertas o dia todo. "Que faz uma moça pobre do interior como Nelma quando chega a São Paulo? "Eu fiz de tudo, trabalhei de babá, de faxineira, de dama de companhia para idosos. " Voltou a São Gonçalo quando engravidou, aos 17 anos. "O pai não assumiu, eu vim para dar um tempo, encontrei o marido de hoje e fiquei. " Teve outro filho, entretanto, alérgico, o que em São Gonçalo é mesmo um problema. Os hospitais mais perto nem mandam ambulância. "A pessoa é que paga um carro, 100 reais [43 euros], e isso é o mais barato. Tem uma médica, uma enfermeira, um dentista, mas fora do horário do posto de saúde cobram a consulta, 180 reais [78 euros]. "Há escola até ao fim do liceu. Não há bancos. Só há recolha de lixo não-orgânico uma vez por mês. Mas sobretudo há falta de emprego e os homens ficam na pracinha a beber cachaça. Foi assim que a Flor do Cerrado começou. "Aqui tem homens que são cabeça-pequena, ignorantes, batem na mulher, nos filhos. E algumas mulheres sentiram necessidade de conversar. " Juntaram-se em volta de uma arte-terapeuta que tinha vindo de Belo Horizonte para viver em São Gonçalo. "Era uma pessoa meiga, que sabia dar conselhos. E ficámos um ano a conversar, a fazer passeios. Aí a gente percebeu que o problema era que não tínhamos dinheiro. " A dependência. "Então decidimos fazer cosméticos. O que é que levanta a auto-estima? Beleza. Cuidar do cabelo, da pele. "
REFERÊNCIAS:
Menina de 20 meses gravemente ferida em ataque de rottweiler
Uma menina de 20 meses ficou hoje em estado grave na sequência de um ataque de um cão de raça rottweiler, na sua casa, em Loulé, disse à Lusa fonte do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). De acordo com a mesma fonte, a criança estava de saída com a família de sua casa, na zona da Soalheira, em Loulé, quando foi atacada pelo animal de estimação, alegadamente "irritado" com o choro da menina. "O cão tê-la-á pegado pelo crânio e fez um escalpe bastante profundo", disse a mesma fonte, acrescentando que a menina apresenta um deslocamento do crânio e lesões numa bochecha. A criança foi transportada para o H... (etc.)

Menina de 20 meses gravemente ferida em ataque de rottweiler
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento -0.33
DATA: 2008-02-15 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20080215064733/http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1319634
TEXTO: Uma menina de 20 meses ficou hoje em estado grave na sequência de um ataque de um cão de raça rottweiler, na sua casa, em Loulé, disse à Lusa fonte do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). De acordo com a mesma fonte, a criança estava de saída com a família de sua casa, na zona da Soalheira, em Loulé, quando foi atacada pelo animal de estimação, alegadamente "irritado" com o choro da menina. "O cão tê-la-á pegado pelo crânio e fez um escalpe bastante profundo", disse a mesma fonte, acrescentando que a menina apresenta um deslocamento do crânio e lesões numa bochecha. A criança foi transportada para o Hospital de Faro e está internada nos Cuidados Intensivos daquela unidade. A agência Lusa tentou contactar o hospital, mas não foi possível apurar mais informações até ao momento.
REFERÊNCIAS:
António Ramos Rosa candidato português a Prémio de Poesia Rainha Sofia
O poeta António Ramos Rosa é o candidato português à XVII edição do Prémio de Poesia Iberoamericano Rainha Sofia, por proposta da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). O galardão, de cujo júri a SPA faz parte, tem por objectivo distinguir o conjunto da obra poética de um autor vivo que, pelo seu valor literário, constitua uma contribuição relevante para o património cultural partilhado pela comunidade iberoamericana. O vice-presidente da cooperativa, José Jorge Letria, pôs em relevo a representatividade da obra do autor de "O incêndio dos aspectos" nas Letras portuguesas dos últimos 50 anos. "Ramos Rosa - disse ... (etc.)

António Ramos Rosa candidato português a Prémio de Poesia Rainha Sofia
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2008-03-14 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20080314152319/http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1322518
TEXTO: O poeta António Ramos Rosa é o candidato português à XVII edição do Prémio de Poesia Iberoamericano Rainha Sofia, por proposta da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). O galardão, de cujo júri a SPA faz parte, tem por objectivo distinguir o conjunto da obra poética de um autor vivo que, pelo seu valor literário, constitua uma contribuição relevante para o património cultural partilhado pela comunidade iberoamericana. O vice-presidente da cooperativa, José Jorge Letria, pôs em relevo a representatividade da obra do autor de "O incêndio dos aspectos" nas Letras portuguesas dos últimos 50 anos. "Ramos Rosa - disse - é, sem dúvida, um autor com muito amplo reconhecimento em Portugal, mas não tem o reconhecimento internacional que merecia ter". Entre os autores já distinguidos com este prémio figuram João Cabral de Melo Neto, Álvaro Mutis, José Ángel Valente, Mario Benedetti, Pere Gimferrer, Nicanor Parra, Sophia de Mello Breyner, José Manuel Caballero e Antonio Gamoneda. Ramos Rosa, 84 anos, nascido em Faro, é um dos mais conceituados poetas portugueses, autor de uma vasta obra poética em que avultam títulos, muitos deles premiados, como "O Grito Claro", "Sobre o Rosto da Terra", "Estou Vivo e Escrevo Sol", "A Construção do Corpo", "A Pedra Nua", "Ciclo do Cavalo" "O Incêndio dos Aspectos", "Figuras solares", "O que não pode ser dito" e "Génese seguido de Constelações". Dos livros de ensaio que publicou destacam-se "Poesia, liberdade livre" e "Incisões oblíquas: estudos sobre poesia portuguesa contemporânea".
REFERÊNCIAS: