A maioria dos trabalhadores do sexo no Norte usa preservativo
Estudo da Associação para o Planeamento da Família apresentado esta quarta-feira na Universidade do Porto. (...)

A maioria dos trabalhadores do sexo no Norte usa preservativo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Homossexuais Pontuação: 6 | Sentimento 0.5
DATA: 2015-10-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estudo da Associação para o Planeamento da Família apresentado esta quarta-feira na Universidade do Porto.
TEXTO: A maioria dos homens que se prostitui na região Norte é homossexual, reside sozinha e usa preservativo nas relações profissionais, revela um estudo da Associação para o Planeamento da Família. Em entrevista à agência Lusa, Nuno Teixeira, coordenador do projecto ECOS - Educação, Conhecimento, Orientação e Saúde, revela que a maioria dos trabalhadores do sexo masculino na região Norte é de nacionalidade portuguesa e mora sozinha principalmente no Grande Porto, mas também em Braga, Vila do Conde, Felgueiras, Guimarães e Póvoa de Varzim. O estudo baseia-se numa pequena amostra. "Tratou-se de uma amostra de conveniência recolhida através do método de snowball, onde participaram 57 indivíduos, aos quais foi atribuído o sexo masculino na altura do nascimento e todos eles a exercerem trabalho sexual na zona Norte do país", descreve o coordenador. Os participantes têm idades compreendidas entre os 19 e os 54 anos, 28 nasceram em Portugal (49, 1%) e 29 possuem outra nacionalidade (50, 9%). Quase todos (98, 2%) afirmaram ter realizado o teste Vírus de Imunodeficiência Humana (VIH) e 21, 1% revelam ser portadores do VIH. No "sumário executivo" apresentado esta quarta-feira na Universidade do Porto, no seminário Corpos, Sexo e Territórios no Trabalho Sexual Masculino, pode ler-se que 30 indivíduos pensam em si próprios como homens (52, 6%), 14 como mulheres (24, 6%), 12 como transgéneros (21%), e um não sabe/não quer definir-se (1, 8%). De acordo com a mesma fonte, 26 indivíduos identificam-se como homossexuais, 13 como bissexuais, dez como heterossexuais e cinco como tendo outra orientação sexual (9, 3%). "Quase 68% dos inquiridos estão desempregados e 58, 5% reportam não ter qualquer outra fonte de rendimento para além do trabalho sexual. Nesse trabalho, valorizam a possibilidade de conhecer clientes importantes, ganhar dinheiro, aumentar a autoestima, e ir a hotéis, pensões e bares. Nos últimos seis meses, a maioria dos participantes (73, 7%) afirma ter usado preservativo em todos os actos sexuais profissionais e 21, 1% em quase todos. Sobre o uso do preservativo em contexto pessoal nos últimos seis meses, a sua prevalência desce para 47, 4%. O estudo revela que os participantes do questionário associam fortemente o uso do preservativo à prevenção da transmissão do VIH.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens educação sexo estudo sexual mulheres homossexual autoestima
As questões de género também se dançam
O festival Gender Trouble, dedicado a representações de género e sexualidade, terá lugar entre 5 de Maio e 24 de Junho. (...)

As questões de género também se dançam
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Homossexuais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O festival Gender Trouble, dedicado a representações de género e sexualidade, terá lugar entre 5 de Maio e 24 de Junho.
TEXTO: Passear pelas ruas de Lisboa, de mão dada com um desconhecido – seis desconhecidos, um de cada vez – durante meia hora, como se fossem um casal. E se esse desconhecido for uma lésbica de cabelo rapado? Um drag com collants de rede?O que é que os outros vão pensar? Desafiar os preconceitos dos espectadores e colocá-los no lugar do outro é a ideia – tão simples, tão temerária – que está na génese de Walking: Holding, performance da artista britânica Rosana Cade (é ela a lésbica de cabelo rapado) que o Teatro Maria Matos vai trazer a Lisboa, nos dias 30 e 31 de Maio. Walking: Holding é um dos oito espectáculos que integram o festival Gender Trouble, dedicado a representações de género e sexualidade, que terá lugar entre 5 de Maio e 24 de Junho. O mote – e a sustentação teórica – é o 25º aniversário de um dos livros canónicos sobre questões de identidade de género e teoria queer, Gender Trouble: Feminism And The Subversion of Identity, da americana Judith Butler, professora em Berkeley. Num ensaio que critica as teorias de Simone de Beauvoir, Foucault, Freud e Lacan, entre outros, Butler questiona a noção de género como uma categoria pré-existente, ontológica, e reposiciona-a como uma expressão identitária que se constrói, através de um conjunto de actos e gestos reiterados. Butler diz, em suma, que o género é performance. Além de workshops e conferências (uma delas com Judith Butler, a 2 de Junho), o festival irá apresentar, entre outros espectáculos, 69 Positions, da coreógrafa dinamarquesa Mette Ingvartsen (6 e 7 de Junho), altered natives say yes to another excess – TWERK, de François Chaignaud e Cecilia Bengolea, que recria o ambiente de um clube de dança (14 de Maio), ou Striptease e Bomberos Con Grandes Mangueras , do catalão Pere Fauras, que confrontam os espectadores com a nudez em palco e o imaginário pornográfico (23 de Maio). Bilhetes à venda a partir de sexta-feira, 10 de Abril.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave género sexualidade lésbica
Pub gay em Londres é classificado como património protegido
É a primeira vez que um estabelecimento gay recebe protecção patrimonial no Reino Unido. (...)

Pub gay em Londres é classificado como património protegido
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Homossexuais Pontuação: 21 | Sentimento 0.416
DATA: 2015-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: É a primeira vez que um estabelecimento gay recebe protecção patrimonial no Reino Unido.
TEXTO: Diz-se que a Princesa Diana terá aparecido uma noite, disfarçada de homem, no final dos anos 80, na companhia de Freddie Mercury, e que terá passado despercebida. Esse episódio não foi citado entre as razões por que o Royal Vauxhall Tavern, uma das mais antigas e emblemáticas instituições gay de Londres, acaba de integrar a lista de património classificado do Reino Unido, mas quando tanta realeza – uma princesa a sério e o líder de uma banda chamada Queen – entra num pub isso quer dizer qualquer coisa. É a primeira vez que um estabelecimento gay recebe protecção patrimonial no Reino Unido, graças a uma campanha que teve a participação de figuras conhecidas como o actor Ian McKellen e o apresentador de televisão Graham Norton. Muitos estabelecimentos gay fecharam nos últimos anos em Londres, em resultado da especulação imobiliária. O futuro do Royal Vauxhall Tavern, conhecido como RVT, passou a ser uma preocupação depois de, no ano passado, o edifício vitoriano ter sido comprado por um investidor imobiliário austríaco. A classificação protege o RVT contra eventuais alterações a nível de arquitectura ou da natureza do espaço. Situado no sul da cidade, e construído nos anos 1860-62, o RVT foi considerado um local de interesse arquitectónico e de importância histórica sendo “um dos mais conhecidos e antigos estabelecimentos LGBT [Lésbico, Gay, Bissexual e Transsexual] na capital, papel que desempenhou sobretudo na segunda metade do século XX”, segundo o parecer que justifica a classificação. O mesmo documento assinala que na década de 1960 o RVT consolidou-se como um assumido pólo de congregação e diversão da comunidade gay, e um espaço de resistência à homofobia durante a crise da epidemia de HIV/sida nos anos 80. É também um local com uma longa tradição de espectáculos de travestismo, onde muitos artistas drag conhecidos começaram as suas carreiras. O Stonewall Inn, um bar histórico em Nova Iorque que foi o berço da luta pelos direitos dos homossexuais nos Estados Unidos no final da década de 60, recebeu uma classificação patrimonial semelhante em Julho.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homem comunidade princesa gay lgbt homofobia bissexual
Homossexuais não devem trabalhar com rapazes, defende professor catedrático de Direito
O jurista António Menezes Cordeiro tem mais de 400 obras publicadas. No manual universitário Direito do Trabalho I, académico diz que as empresas não podem ser acusadas de discriminação ao não contratarem um vigilante de um internato de rapazes pelo facto de este ser homossexual. (...)

Homossexuais não devem trabalhar com rapazes, defende professor catedrático de Direito
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Homossexuais Pontuação: 16 | Sentimento 0.35
DATA: 2018-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O jurista António Menezes Cordeiro tem mais de 400 obras publicadas. No manual universitário Direito do Trabalho I, académico diz que as empresas não podem ser acusadas de discriminação ao não contratarem um vigilante de um internato de rapazes pelo facto de este ser homossexual.
TEXTO: António Menezes Cordeiro, professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, defende num livro da sua autoria que as empresas não podem ser acusadas de discriminação por decidirem não contratar um homem para vigilante de um internato de rapazes caso este seja homossexual, ou por não contratarem uma mulher que se candidate a um trabalho de modelo apenas pelo facto de esta ser recém-casada. Ao PÚBLICO, o autor defendeu a escolha dos exemplos citados, garantindo que “a obra não tem qualquer conteúdo sexista” e que se discute apenas “a adequação do perfil à função”. O texto em causa surge na página 566 do livro Direito do Trabalho I, um manual universitário publicado este mês por Menezes Cordeiro, e foi referido pelo site Coisas do Género, que denuncia casos de discriminação. Eis o excerto completo:A vida íntima de uma pessoa pode, em qualquer momento, ser conhecida; e sendo-o, pode prejudicar a imagem de uma empresa. Assim, como exemplos: para quem pretenda lidar com valores, melhor será que não tenha cadastro e que não esteja insolvente; um homossexual não será a pessoa indicada para vigilante nocturno num internato de jovens rapazes; uma recém-casada não pode ser contratada como modelo; um alcoólico fica mal num bar, o mesmo sucedendo com um tuberculoso numa pastelaria ou com um esquizofrénico num infantário. Não vale a pena fazer apelos ao politicamente correto, nem crucificar os estudiosos que se limitem a relatar o dia-a-dia das sociedades: o Direito vive com factos e não com ideologias. No texto, o jurista e docente defende que “a vida íntima de uma pessoa pode, em qualquer momento, ser conhecida” e isso “pode prejudicar a imagem de uma empresa”. Como exemplo, Menezes Cordeiro diz que “um homossexual não será a pessoa indicada para vigilante nocturno num internato de jovens rapazes”. Questionado pelo PÚBLICO sobre a escolha do exemplo, o académico afirma que “são exemplos comuns em qualquer obra” sobre direito de trabalho “em vários países”. “Não tem qualquer conteúdo sexista”, insistiu o autor, doutorado em Ciências Jurídicas. “Por exemplo, se eu não tiver uma boa constituição física não posso ser estivador”, disse. Confrontado com a aplicação do mesmo critério para um segurança heterossexual num internato de raparigas, Menezes Cordeiro diz que “se for uma vigilância interna já pode levantar questões”. “Veja-se o exemplo dos guardas prisionais. Nas prisões femininas, são mulheres. Nos aeroportos, por exemplo, quando passa na zona se segurança, se for mulher não é apalpada por um homem, mas por uma mulher. Reflecte uma adequação da pessoa relativamente à sua função”, vincou o professor da Universidade de Lisboa. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Em relação ao exemplo da mulher recém-casada e da sua inadequação ao trabalho de modelo, Menezes Cordeiro repete o mesmo argumento, acrescentando que o matrimónio recente poderá ser sinónimo de uma gravidez num futuro próximo. “Parece que neste momento, a nossa sociedade, por causa de uma moral do politicamente correcto, se foca nestas apenas nestas questões, especialmente quando discutimos a sexualidade”, afirmou. “A orientação sexual é um direito que está previsto na Constituição”, lembra. “Não há nenhum político que corra o risco de tocar nisto, mas nas universidades somos pessoas livres”, acrescentou. “O livro trata de tantos temas mais complexos, mas são os exemplos deste género, destas situações ilustrativas, que são os mais discutidos”, concluiu, voltando a afastar a ideia de discriminação ou quaisquer interpretações sexistas que os referidos exemplos possam suscitar.
REFERÊNCIAS:
Portugal cai, mas continua no top 20 dos melhores países para se ser mãe
O país ocupa a 16.ª posição no relatório da Save the Children. Lisboa é a quinta melhor capital. (...)

Portugal cai, mas continua no top 20 dos melhores países para se ser mãe
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Africanos Pontuação: 7 Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.75
DATA: 2015-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O país ocupa a 16.ª posição no relatório da Save the Children. Lisboa é a quinta melhor capital.
TEXTO: Portugal ainda não está no top 10 dos melhores países para se ser mãe, segundo o relatório da organização não-governamental Save the Children de 2015, embora continue a ocupar uma posição entre os 20 países que melhores condições oferecem a uma mulher para ter um filho. Em 2014, o país estava no 14. º lugar, mas este ano desceu para o 16. º, numa lista de 179 países. Lisboa surge, no entanto, em quinto, quando analisada a taxa de mortalidade infantil entre 25 capitais com maior rendimento económico. O ranking da Save the Children, revelado nesta terça-feira, atribuiu o 16. º lugar a Portugal com base em cinco critérios: a saúde materna e infantil, incluindo a taxa de mortalidade abaixo dos cinco anos, o nível de educação, o bem-estar económico e a participação das mulheres na política do seu país. Segundo dados recolhidos junto de organizações a operar nos países avaliados, em alguns casos até Março deste ano, a Save the Children avança que, no caso português, uma em cada 8800 mulheres morreu durante a gravidez ou o parto e registou-se uma média de 3, 8 mortes por cada mil nascimentos. As portuguesas estudam uma média de 16 anos e recebem cerca de 18. 900 euros anuais, mais 500 euros do que os valores difundidos em 2014 pela organização. Cerca de 31% dos assentos no Parlamento português são ocupados por mulheres. No ano passado, Portugal ocupava a 14. ª posição mas este ano caiu dois lugares, depois de ter sido ultrapassado pela Eslovénia e Singapura, em 2014 na 17. ª e 15. ª posições, respectivamente. A Noruega é considerado o melhor país entre 179 para se ser mãe, seguindo-se a Finlândia e a Islândia. Espanha surge em 7. º lugar, à frente da Alemanha (8. º), Itália (12. º) e Suíça (13. º). A Austrália, em 9. º, é o único país não-europeu a entrar no top 10. Os Estados Unidos estão no 33. º lugar. As piores condições para a maternidade confirmaram-se na Somália, em último, mas também na Guiné-Bissau, Chade, Costa do Marfim, Mali ou Níger. Segundo a Save the Children, nestes países as condições para mães e crianças são “severas”. Uma em cada 30 mulheres morre devido a complicações na gravidez e uma em cada oito crianças não chega ao quinto aniversário. “Nove dos 11 países no fim da lista são afectados por conflitos ou são considerados como Estados frágeis, o que significa que estão a falhar em aspectos fundamentais para realizar funções necessárias para satisfazer as necessidades básicas dos seus cidadãos”, explica a organização. No relatório foi ainda criada uma lista com dados sobre a taxa de mortalidade em 25 capitais do mundo com os rendimentos mais elevados. Lisboa surge em quinto num índice liderado por Praga (República Checa), seguida de Estocolmo (Suécia), Oslo (Noruega) e Tóquio (Japão). A média de 3, 8 mortes por cada mil nascimentos atribuiu o quinto lugar à capital portuguesa (em Praga a média é de 3, 6). No fim da lista surge Washington, Estados Unidos, com uma média de 6, 6 mortes por mil nascimentos, cerca de três vezes mais do que as verificadas em Tóquio e em Estocolmo. No relatório deste ano, a Save the Children sublinha que, todos os dias, morrem 17 mil crianças antes de celebrarem cinco anos. “Cada vez mais, essas mortes evitáveis ocorrem em favelas das cidades, onde a sobrelotação e as más condições sanitárias existem ao lado de arranha-céus e centros comerciais”, indica o documento, sublinhando que, actualmente, metade da população mundial vive em áreas urbanas. As diferenças no acesso a cuidados de saúde e alimentação equilibrada deixaram de se estabelecer só entre as zonas rurais e as cidades para passarem a ser assinaladas também nos grandes centros urbanos. Segundo a ONG, em 60% dos países em desenvolvimento, as crianças que vivem em situação de pobreza nas cidades têm probabilidades mais baixas de sobreviver do que aquelas que vivem em áreas rurais. Em dois terços dos países analisados, as crianças pobres que vivem em zonas urbanas correm, pelo menos, duas vezes mais riscos de morrer antes dos cinco anos do que as crianças em áreas urbanizadas consideradas ricas. O ranking encontrou “enormes disparidades” no acesso aos cuidados pré-natais e de obstetrícia. As maiores diferenças no acesso à saúde pré e pós-natal foram encontradas em Nova Deli (Índia), Daca (Bangladesh), Port-au-Prince (Haiti) e em Díli (Timor-Leste). Quando se fala em nutrição infantil, as disparidades mais significativas foram registadas também em Daca, Nova Deli e ainda em Addis-Abeba (Etiópia) e Kigali (Ruanda). Notícia corrigida às 16h34: Altera valor em dólares (21. 200) para valor em euros (18. 900).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho educação mulher mulheres pobreza infantil marfim
Militares franceses suspeitos de abuso sexual de crianças na República Centro-Africana
Um responsável do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos foi suspenso por ter transmitido relatório sobre o caso às autoridades francesas. (...)

Militares franceses suspeitos de abuso sexual de crianças na República Centro-Africana
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.125
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20150501195450/http://www.publico.pt/1694079
SUMÁRIO: Um responsável do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos foi suspenso por ter transmitido relatório sobre o caso às autoridades francesas.
TEXTO: Militares franceses enviados para a República Centro-Africana estão a ser investigados por suspeita de violação de crianças. A procuradoria de Paris abriu um inquérito preliminar em Julho de 2014, depois de o ministério da Defesa lhe ter remetido um relatório das Nações Unidas sobre o caso, disse à agência AFP fonte judicial. “O inquérito está em curso, não temos comentários a fazer”, limitou-se a declarar à Reuters um porta-voz do ministério francês da Justiça. O ministério da Defesa disse, segundo o diário Le Monde, que o exército tomou as “medidas necessárias para o apuramento da verdade”. A investigação diz respeito a suspeitas de abusos que terão sido cometidos entre Dezembro de 2013 e Janeiro de 2014 num centro de deslocados, no aeroporto M’Poko, de Bangui. Segundo jornal britânico The Guardian, investigadores das Nações Unidas recolheram testemunhos de rapazes que acusaram soldados franceses de terem abusado sexualmente deles, oferecendo-lhes em troca comida e dinheiro. Um dos rapazes tinha nove anos. O caso já teve efeitos colaterais: o jornal britânico noticiou que um responsável das Nações Unidas, Anders Kompass, director de operações de campo do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, foi suspenso, por ter quebrado as regras internas e ter transmitido às autoridades francesas um relatório interno sobre os alegados abusos. Fontes conhecedoras do caso disseram que Kompass, sueco, veterano com mais de 30 anos de trabalho humanitário, terá tomado a iniciativa devido à inacção dos serviços do Alto-Comissariado. O porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, confirmou, segundo a AFP, a suspensão de um responsável, sem o identificar, e justificou a medida com o desrespeito dos procedimentos internos. Disse que do relatório transmitido oficiosamente às autoridades francesas, sem conhecimento dos superiores hierárquicos, não foram retirados os nomes das vítimas, testemunhas e investigadores, o que os poderia “colocar em perigo”Em Dezembro de 2013, com um mandato das Nações Unidas, a França deslocou um primeiro contingente de 1200 soldados para o país africano, numa acção destinada a apoiar uma força panafricana incapaz de conter a espiral de violência sectária. Depois de massacres da coligação Séléka, que aceleraram o envio da força francesa, viriam a ocorrer perseguições das milícias anti-balaka, predominantemente formadas por cristãos, movidas por sentimentos de vingança. A chamada missão Sangaris envolveu no total cerca de 2000 efectivos. Já este ano foi reduzida a 1700 soldados, passando progressivamente as suas tarefas para a Minusca, força das Nações Unidas que começou a actuar em Setembro de 2014.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Quem te ama não te agride! diz campanha contra a violência no namoro
Estudos indicam que um em quatro jovens inquiridos admitiu ter sido agressor nas suas relações amorosas. Níveis de aceitação são "preocupantes". (...)

Quem te ama não te agride! diz campanha contra a violência no namoro
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-02-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estudos indicam que um em quatro jovens inquiridos admitiu ter sido agressor nas suas relações amorosas. Níveis de aceitação são "preocupantes".
TEXTO: O futebolista William Carvalho, o surfista Vasco Ribeiro e a apresentadora Sílvia Alberto são alguns dos rostos de uma nova campanha do Governo contra a violência no namoro, que foi lançada esta quinta-feira com o tema Quem te ama, não te agride!. Esta acção tem a preocupação de apontar diversas formas de violência e “chamá-las pelos nomes”, deixando a mensagem: “Se alguém te agride, se alguém te humilha, se alguém te controla, se alguém te isola dos amigos, isso não é amor, é violência”. A campanha foi apresentada pela secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade, Teresa Morais, e pelo secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Emídio Guerreiro, na sessão de lançamento da acção de voluntariado jovem "Namorar com Fair Play", na Escola Secundária Eça de Queirós, em Lisboa. Em declarações à agência Lusa, Teresa Morais explicou que a campanha nasceu da “necessidade de passar uma mensagem forte aos rapazes e raparigas que aceitam a violência e que são agressores e agressoras no namoro no sentido de que esse não é um caminho saudável nos seus relacionamentos e que não devem aceitar como normais determinados comportamentos”. “Nós sabemos, e não é de hoje, que a violência no namoro é uma realidade preocupante pelo mundo inteiro e em Portugal também”, disse Teresa Morais, lembrando os estudos realizados na última década, que mostram que “os rapazes e as raparigas têm níveis de aceitação de comportamentos violentos que são muito preocupantes”. Os estudos apontam para uma “percentagem muito significativa” de rapazes e raparigas que admitem já ter sido vítimas (22, 5%) ou agressores (25%) nas suas relações de namoro. Muitos destes jovens não mostram ter consciência de que alguns comportamentos que praticam, como controlar as mensagens de telemóvel, impedir contactos com os amigos ou fazer cenas obsessivas de ciúmes, sejam formas de violência. Para muitos jovens, “estas formas de violência são frequentemente confundidas como manifestações de interesse e de amor”, disse Teresa Morais. Outra situação preocupante é o facto de a violência nas relações de namoro ser “um factor preditor da violência conjugal”, que tende a agravar-se com o passar do tempo. Um estudo recente “deixa claro” que muitos destes rapazes e raparigas reconheceram ter vivenciado na própria família situações de violência, disse Teresa Morais. Para a governante, este circuito tem que ser interrompido “o mais cedo possível”, através do aprofundamento da prevenção e de um maior investimento na educação, o que, na sua opinião, “sempre foi o ponto mais frágil das políticas públicas das últimas décadas”. O tenista Diogo Chen, o ciclista Ivo Oliveira, as actrizes e apresentadores Cláudia Semedo, Lucília Raimundo, Raquel Oliveira, Maria Leite, Teresa Tavares e João Paulo Sousa e a jornalista Joana Latino são os restantes protagonistas da campanha. Além do filme da campanha, decorrerá uma acção nos jogos de andebol, basquetebol, futebol, hóquei em patins e voleibol que se realizam no fim-de-semana.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola violência educação igualdade estudo
Cáritas apela a mais justiça social na "família humana"
Peditório nacional decorrerá de quinta-feira a domingo nas ruas das várias cidades do país. (...)

Cáritas apela a mais justiça social na "família humana"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 | Sentimento 0.177
DATA: 2015-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Peditório nacional decorrerá de quinta-feira a domingo nas ruas das várias cidades do país.
TEXTO: Arranca este domingo a semana nacional da Cáritas, desta feita dedicada ao lema “Num só coração, uma só família humana", em consonância com a campanha internacional, que tem por objectivo combater a fome e o desperdício alimentar e apelar ao respeito pelo direito à alimentação. Não é uma novidade. Ano após ano, a Cáritas Portuguesa organiza uma semana. Desta vez, como explicou ao PÚBLICO Eugénio Fonseca, presidente da rede nacional da Cáritas, a ideia é, num esforço colectivo, "congregar sinergias para que a fome seja erradicada" do território nacional. “Queremos reforçar a consciência de que cada cidadão e cidadã deve ter de que não vive sem os outros”, disse. “Todos sabemos a que é que nos tem conduzido a ideia contrária”, prosseguiu, numa alusão à crise financeira, economia e social que assola Portugal e outros países. Ao longo da semana, que se estende até 8 de Março, haverá conferências, exposições e outras iniciativas destinadas a reforçar os sentimentos de solidariedade e de justiça social. “Ter abertura ao outro não é só ser solidário, é também exigir justiça social, devolvendo ao outro membro da família humana aquilo que lhe pertence”, salientou. “Quando um tem a mais, outro tem a menos. As pessoas que nunca poderão conseguir qualquer bem-estar se à sua volta houver gente que não tem o indispensável para poder beneficiar do mínimo de bem-estar a que tem direito”. Entre a próxima quinta-feira e domingo, decorrerá o habitual peditório público nas ruas das diversas cidades do país. No dia 8, os ofertórios das missas reverterão para a rede nacional da Cáritas. É uma importante receita da organização dedicada à actividade pastoral da Igreja Católica. Segundo a organização, no ano passado, apesar das dificuldades económicas, angariou 327. 957, 65 euros. As receitas conseguidas com a consignação do IRS têm sido uma ferramenta importante para as ONG e associações de apoio humanitário. Diversas organizações começaram a fazer campanha a solicitar que, na altura de preencher o IRS, os cidadãos lhe destinem 0, 5 do imposto. O donativo não tem qualquer custo adicional para os contribuintes. Diz respeito ao IRS já liquidado, que fica em poder do Estado caso não seja canalizado para alguma organização não governamental. Basta assinalar no quadro 9 do anexo H da declaração o número de contribuinte da organização. No ano passado, por exemplo a UNICEF (500 883 823) lançou uma campanha a informar os contribuintes desta possibilidade. Este ano, como em anos anteriores, já o estão a fazer outras, como a AMI-Assistência Médica Internacional (502744910) e a União de Mulheres Alternativa e Resposta (501 056 246).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave fome social mulheres
Se uma empresa não fizer reuniões à sexta-feira, já está a ajudar as famílias
Estudo compara percepções sobre trabalho doméstico em 20 países e Portugal surge como aquele onde este é menos valorizado. Coordenadora vem esta sexta-feira a Lisboa falar sobre "a responsabilidade familiar das empresas" e formas de tornar este trabalho visível nas contas públicas. (...)

Se uma empresa não fizer reuniões à sexta-feira, já está a ajudar as famílias
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-06-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estudo compara percepções sobre trabalho doméstico em 20 países e Portugal surge como aquele onde este é menos valorizado. Coordenadora vem esta sexta-feira a Lisboa falar sobre "a responsabilidade familiar das empresas" e formas de tornar este trabalho visível nas contas públicas.
TEXTO: Portugal é, num conjunto de 20 países, aquele onde as pessoas mais se queixam que a sociedade valoriza mais o trabalho fora de portas em detrimento do doméstico. A conclusão está contida no estudo Global Home Index. A sua coordenadora, a argentina Patricia Debeljuh, passa nesta sexta-feira em Lisboa para deixar o alerta: está na hora de valorizar e tornar presentes nas contas públicas tarefas como limpar a casa, preparar as refeições para a família e cuidar dos filhos ou idosos. “Os Estados têm de se começar a preocupar em valorizar este aporte que as pessoas trazem quando cuidam das suas casas e dos seus familiares através das suas políticas fiscais”, sustentou ao PÚBLICO a directora do Centro de Conciliação Família e Empresa de Buenos Aires, uma das entidades envolvidas neste estudo, apoiado pelas Nações Unidas, e cujos inquéritos se alargaram a 100 países. Nos resultados preliminares que são hoje apresentados em Lisboa, e que coligem cinco mil inquéritos a pessoas de 20 nacionalidades, entre os 25 e os 65 anos de idade, Portugal destaca-se por ser o país, seguido da Itália, que obteve a percentagem mais alta de valorização do sucesso profissional em detrimento das tarefas domésticas. Confrontados com a frase “A sociedade valoriza mais o êxito profissional do que a dedicação às tarefas domésticas”, 79% das portuguesas inquiridas responderam “sim” bem como 67% dos portugueses. No Reino Unido, por exemplo, a concordância não foi além dos 53% e dos 52%, respectivamente, enquanto em Espanha se fixou nos 59% (mulheres) e 57% (homens). “Não sair para trabalhar fora de casa não é bem visto e recebi muitos comentários desagradáveis por esta decisão que tomei a pensar na família. A verdade é que a sociedade te pressiona e te faz sentir que se não tens uma carreira profissional ou um trabalho de sucesso não és útil à sociedade porque não geras dinheiro”, declarou uma mulher portuguesa, casada, 40 anos. “A valorização da vida profissional passa muito pela remuneração e prestígio, enquanto o trabalho doméstico se mede por uma lógica de cuidado, generosidade, carinho e entrega que não se conseguem pôr em euros”, interpreta Patrícia Debeljuh, para quem a prova de que o trabalho doméstico não é valorizado se mede pelo escasso número dos que declararam ter procurado algum tipo de formação para o executar. “Alguém que gere uma casa devia ter conhecimentos básicos de nutrição, porque alimentar um bebé é diferente de alimentar um idoso; de enfermagem, porque se há um acidente os primeiros socorros são prestados em casa; e até algumas noções de decoração. É um trabalho multidisciplinar mas o estudo mostrou que são muito poucos os que procuram essa capacitação”, observa a investigadora. Em Portugal, apenas 5% das mulheres declararam tê-lo feito contra 2% dos homens. Mais do que se limitar a enunciar princípios, a argentina defende benefícios fiscais para quem assegura os trabalhos domésticos. E aponta o exemplo do Uruguai. “Aí a mulher que trabalha fora de casa pode reformar-se um ano antes da idade mínima por cada filho que tenha, porque o Estado reconhece que, além da profissão, essa mulher esteve a criar os seus filhos. " E porque ficou provado que as tarefas domésticas – invisíveis e altamente feminizadas na generalidade dos países – contribuem para um maior bem-estar “emocional, social e psicológico” de um vasto leque de pessoas, urge chamar também as empresas a assumir essa “responsabilidade familiar”, incentivando-as a “superar a lógica de conflito entre trabalho e família”. “Na Argentina, a família surge como a primeira motivação para as pessoas trabalharem. E os empresários têm muito a ganhar em produtividade e lealdade se conseguirem que os empregados cheguem a casa sem ser cansados e preocupados”, situa, para garantir que muitas destas medidas de “responsabilidade familiar” podem ser “de zero custo e alto impacto”. Exemplos? “Não fazer reuniões de trabalho à sexta-feira porque inevitavelmente as pessoas saem das reuniões com mais trabalho e acabam por levar essas preocupações para casa, optando por fazê-las antes à segunda-feira”, aponta Patricia. Ou ainda: “Dar tempo e um espaço confortável para que uma mãe que esteja a regressar ao trabalho depois de uma licença de maternidade possa extrair o seu leite. ”Na comparação entre os 20 países, os portugueses destacam-se ainda por serem dos que mais se afligem com a percepção de que o trabalho fora de casa os leva a negligenciar a família. Confrontados com a frase “As obrigações laborais levam-me a descuidar o tempo dedicado a casa e à família”, 84% dos homens e a mesma percentagem das mulheres portuguesas responderam que sim. Em Espanha, a concordância desceu para os 53% (mulheres) e 58% (homens). E no Reino Unido desceu mais, para os 46% e 44%, respectivamente. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. À excepção da Bolívia e do Canadá, mais de 60% dos participantes dos diferentes países concordaram que as tarefas domésticas ajudam a desenvolver competências para a vida, com Portugal a assumir, mais uma vez a dianteira: 78% das mulheres e 75% dos homens concordaram com esta premissa, numa percentagem superada apenas pelos brasileiros. Esta crença no carácter pedagógico das tarefas domésticas parece, contudo, não encontrar tradução na partilha destas tarefas domésticas com os filhos: em Portugal apenas 22% declararam distribuir as tarefas pelos diferentes membros da família, contra 31% nos Estados Unidos e 30% no Canadá. “Face a estes resultados, pode inferir-se que a angústia que sentem as famílias em relação aos encargos com os afazeres domésticos poderá dever-se ao pouco envolvimento dos filhos nestas tarefas que são uma obrigação de todos os membros em função das sua idade e possibilidades”, conclui o estudo. Curiosamente, e atendendo a que o trabalho doméstico é em Portugal ainda altamente feminizado, foi alta a percentagem de portugueses que disseram concordar com a frase: “Para mim é importante ocupar-me das tarefas domésticas”: 74% dos homens portugueses subscreveram esta afirmação, contra apenas 51% das mulheres. Do outro lado da fronteira com Espanha, a declaração suscitou a concordância de apenas 38% das mulheres e 33% dos homens. Numa análise mais fina, e mais consentânea com outros estudos sobre esta matéria, porém, apenas 8% dos homens portugueses declararam ocupar-se eles próprios das tarefas de casa, contra 38% das mulheres.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens filho mulher social estudo mulheres
Rita Cabaço distinguida com o Prémio da Crítica 2016
Actriz foi distinguida pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro pelo desempenho na peça Música. (...)

Rita Cabaço distinguida com o Prémio da Crítica 2016
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 7 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-09-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Actriz foi distinguida pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro pelo desempenho na peça Música.
TEXTO: A actriz Rita Cabaço foi distinguida com o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro/2016, pelo seu desempenho em Música, de Frank Wedekind, numa encenação de Luís Miguel Cintra. O júri decidiu ainda atribuir três Menções Especiais designadamente aos espectáculos As Criadas, de Jean Genet, numa encenação de Simão do Vale, Moçambique, pela companhia teatral Mala Voadora, e Dramatículos, sobre textos de Samuel Beckett, apresentado pelo Teatro da Rainha – com tradução e dramaturgia de Isabel Lopes e encenação de Fernando Mora Ramos. Sobre Rita Cabaço, afirma a Associação Portuguesa de Críticos de Teatro (APCT) que na peça Música, de Wedekind, a actriz "representa uma personagem fundamental para a estrutura dramatúrgica, quer da peça, quer do espectáculo". "Este seu trabalho foi marcado por características excepcionais, na sua relação não apenas com o texto, mas com todos os elementos de um espectáculo cuja lógica global passava por uma organização minuciosa de elementos concorrentes e, ao mesmo tempo, minuciosamente diferenciados entre si", lê-se no comunicado enviado esta quarta-feira à agência Lusa. A peça estreou no Teatro Municipal São Luiz, e foi reposta no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa. Relativamente às Menções Especiais, sobre As Criadas, peça levada à cena nos teatros Académico Gil Vicente, em Coimbra, e Carlos Alberto, no Porto, foi "uma segunda incursão por Simão do Vale no universo feminino após o espectáculo Gertrude, em 2013". "A opção ousada de traduzir uma versão menos conhecida deste texto de Genet proporcionou uma encenação bela e crua e com uma forte aposta no simbolismo cénico", afirma a APCT, acrescentando que o "espectáculo destacou-se pela excelente direcção de actores, a coerência das opções dramatúrgicas e a forte expressividade do desenho de luz". Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Quanto a Moçambique, pela Mala Voadora, afirma a APCT: "A pretexto de um epis��dio biográfico de Jorge Andrade, a Mala Voadora tece em Moçambique uma ficção que corre em paralelo com um país a descobrir-se no pós-colonialismo". "Fazendo uso de um simples e eficaz dispositivo dramatúrgico, que convoca tanto o humor e a dança quanto imagens de arquivo dos primeiros anos de independência, questiona-se habilmente de que forma o indivíduo e a História moldam os seus destinos", lê-se no mesmo comunicado. A peça estreou-se no Teatro Municipal Rivoli, no Porto, e esteve em cena também no Maria Matos, em Lisboa, e no Viriato, em Viseu. Em relação a Dramatículos, a APCT entendeu destacar a actriz Isabel Lopes "pela sua excepcional composição de Boca (Eu não) e Mulher sentada (Cadeira de embalar) num registo criativo da personagem que conjugava, de forma subtil, vaidade e recato, quietude e sobressalto". O Prémio da APCT será entregue em data e local a anunciar.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher rainha