Reportagem: "Na cama, com a botija de água aquecemos num instante"
Radiadores a óleo ou a gás, lareiras, aquecimento central: as soluções são muitas, mas quem precisa de se aquecer queixa-se da conta. (...)

Reportagem: "Na cama, com a botija de água aquecemos num instante"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento -0.12
DATA: 2010-12-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Radiadores a óleo ou a gás, lareiras, aquecimento central: as soluções são muitas, mas quem precisa de se aquecer queixa-se da conta.
TEXTO: Sempre que o mercúrio baixa nos termómetros, os rituais repetem-se na casa de Isabel Peres. Pouco antes da hora dos telejornais, o radiador a óleo é empurrado para a casa de banho. "Fecho a porta e, quando os miúdos vão tomar banho, aquilo já está quentinho", conta esta administrativa de 38 anos. Estamos no seu apartamento, na zona oriental do Porto, em Campanhã. A temperatura lá fora está perto dos 5º C. Na sala está mais quente, mas nada que convide Isabel a despir a grossa camisola branca de lã e gola alta que enverga. "Este aqui está só de adorno, porque tenho aflição ao gás. . . ", explica, apontando o aquecedor a gás encostado a um canto. No sofá, o filho mais novo também não largou o cachecol de flanela. Por enquanto, a manta polar cor de laranja continua dobrada. Nos pés, umas pantufas felpudas que ainda hão-de ser reforçadas com umas meias de lã polar, lá mais pela hora de dormir. "Na cama, é botija de água para os três. É uma maravilha, aquecemos num instante", enumera Isabel, para explicar que, quando o frio aperta, ao ponto de justificar as costumeiras reportagens sobre a neve nos noticiários, o radiador a óleo vai rodando pelos diferentes quartos para amenizar o ambiente. No fim do mês, a factura da electricidade costuma acusar uns 20 euros a mais. Isabel não saberá, mas constitui, juntamente com os seus dois filhos, um dos agregados familiares que têm dificuldades em manter a casa adequadamente aquecida e que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), representavam, no ano passado, 28, 5 por cento da população residente em Portugal. Um quinto a tiritarRelativamente ao universo das famílias que vivem em privação material - 21, 4 por cento da população, em 2009 -, a percentagem daqueles cujas dificuldades financeiras os obrigam a tiritar de frio dentro de casa sobe para 73, 4 por cento. De resto, ao hierarquizar os nove itens que medem a privação material das famílias por ordem de importância, a incapacidade de manter a casa quente surge em segundo. Logo a seguir à incapacidade para pagar uma semana de férias por ano fora de casa, suportando a despesa de alojamento e viagem para todos os membros do agregado - 63, 3 por cento dos portugueses em geral, 99, 8 por cento dos que vivem em privação material. Apesar disso, o número de famílias sem dinheiro para manter a casa adequadamente aquecida diminuiu. Em 2004, eram 85, 9 da população residente em Portugal, contra os referidos 73, 4 por cento do ano passado. Quanto a 2010, não há indicadores fiáveis, mas os pedidos relacionados com o frio têm estado a aumentar. "Desde o início de 2010 até hoje [quinta-feira passada], distribuímos 32. 889 peças de roupa e agasalhos, desde casacos, quispos, cobertores, lençóis, colchas. . . ", contabiliza Daniela Guimarães, técnica na Cáritas Diocesana do Porto. Ao padre Lino Maia, da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, chegam notícias de mais pedidos de apoio para pagar a conta da luz por causa dos acréscimos provocados pelos aquecedores. "Com o frio, esta questão agrava-se, sobretudo entre os idosos, para os quais o aquecimento é um bem essencial. " O presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, acredita que o problema está subdimensionado. "Os números do INE são sempre calculados por defeito, porque com o frio passa-se o mesmo que na violência doméstica: os idosos têm vergonha de assumir que os filhos lhes batem, e escondem. "Deficiências de construção
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência filho doméstica vergonha
Familiares dos alunos também serão abrangidos pela criminalização do bullying
Proposta de lei do Governo prevê penas até dez anos. Professores aplaudem ideia. Partidos estão divididos. (...)

Familiares dos alunos também serão abrangidos pela criminalização do bullying
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Proposta de lei do Governo prevê penas até dez anos. Professores aplaudem ideia. Partidos estão divididos.
TEXTO: Os familiares dos alunos podem vir a ser acusados da prática de bullying caso cometam actos de violência nas comunidades escolares a que estes pertençam. A proposta de lei do Governo para a criminalização da violência escolar prevê penas até dez anos aplicáveis aos estudantes com mais de 16 anos. A grande novidade do texto legislativo, a que o PÚBLICO teve acesso, é que as penas previstas são aplicáveis aos pais dos alunos e demais familiares até ao terceiro grau sempre que estes sejam responsáveis por agressões a membros da comunidade escolar a que pertença um parente seu. O articulado proposto pelo Governo determina que os autores de violência física ou psicológica a membros da sua comunidade escolar podem ser punidos com pena de prisão de um a cinco anos. A condenação pode sofrer um agravamento caso a ofensa seja considerada grave, com uma moldura penal que vai de dois a oito anos. Em caso de morte, o agressor será punido com uma pena de três a dez anos. O crime de violência escolar segue o modelo já utilizado pelo Código Penal para os crimes de violência doméstica e de maus tratos. As penas de prisão serão aplicadas aos alunos maiores de 16 anos, mas a proposta prevê ainda que, nos casos em que os agressores tenham idades entre os 12 e os 16 anos, possam ser-lhes aplicadas medidas tutelares educativas. As medidas defendidas pelo Governo foram bem recebidas pela Associação Nacional de Professores. "Vai de encontro àquilo que vimos defendendo", diz o seu director, João Grancho. "A proposta vai no sentido adequado para conter um crescendo de violência nas escolas", acrescenta. A proposta de lei tinha sido aprovada em Conselho de Ministros no final de Outubro e chegou agora à Assembleia da República, onde será discutida no início do ano, mas está já a dividir os deputados. O PS considera o diploma um "bom contributo" para combater a violência escolar. "Vem complementar a dimensão pedagógica que tinha sido reforçada com o novo Estatuto do Aluno", sustenta o deputado Bravo Nico. Já o CDS considera que o Governo "dá a mão à palmatória em toda a linha" ao apresentar esta proposta que vai de encontro à apresentada pelo partido em 2007, onde era considerado agravante o facto de um crime ser cometido em contexto escolar. "A realidade, mais uma vez, venceu o preconceito", acusa o deputado Nuno Magalhães, lembrando que o PS tinha votado contra a proposta, acusando o CDS de "securitarismo". Essa acusação é agora feita pelo PCP em relação ao Governo. "Até podem levar os miúdos todos presos. Enquanto não houver mais meios nas escolas, como um reforço do pessoal não docente, o problema de fundo não será resolvido", considera Miguel Tiago. O deputado comunista defende ainda que a criação do crime de violência escolar é redundante. "O crime de agressão não deixa de o ser pelo facto de ser cometido dentro de uma escola", exemplifica. PSD e BE reservam uma posição para os próximos dias.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP BE
Sócrates e Dilma Rousseff vão reunir-se hoje
O primeiro-ministro, José Sócrates, tem hoje uma audiência com a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para discussão de temas bilaterais, depois de ter assistido sábado à tomada de posse da sucessora de Lula da Silva. (...)

Sócrates e Dilma Rousseff vão reunir-se hoje
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro, José Sócrates, tem hoje uma audiência com a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, para discussão de temas bilaterais, depois de ter assistido sábado à tomada de posse da sucessora de Lula da Silva.
TEXTO: A reunião acontece no Palácio do Planalto e terá como tema de discussão as relações bilaterais entre os dois países, mas também toda a agenda económica que envolve Portugal e Brasil, nas áreas da energia, aeronáutica e telecomunicações, disse fonte do gabinete do primeiro-ministro. Em cima da mesa deverão estar, entre outros, os dossiers da Galp e da PT, empresas portuguesas com fortes ligações ao Brasil. O acordo parassocial que limitava as trocas de acções entre os accionistas da GALP termina e a brasileira Petrobras e a angolana Sonangol têm sido dadas como as duas interessadas em entrar no capital da empresa portuguesa que passaria, provavelmente, pela saída da italiana ENI. Outro dos temas incontornáveis é a presença e acções futuras da PT no Brasil, após a venda da Vivo e entrada na OI. Ontem, o primeiro-ministro disse que não iria discutir a compra da dívida pública com Rousseff. Outro tema que pode estar em cima da mesa é a aposta na língua portuguesa que, segundo Sócrates, é uma responsabilidade dos dois países. Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita Presidente do Brasil, tomou posse sábado numa cerimónia com presença de quase 50 líderes estrangeiros, incluindo o primeiro-ministro português, José Sócrates. O encontro com o primeiro-ministro português é um dos sete que a Presidente vai ter hoje com chefes de Estado.
REFERÊNCIAS:
Entidades OI
Mulher do ex-Presidente liderava "cleptofamília"
Centenas de manifestantes continuavam ontem a pedir nas ruas o corte com tudo o que estivesse ligado ao regime do ex-Presidente Zine al-Abidine Ben Ali, fosse membros do seu partido no Executivo, fosse a ligação da sua família aos negócios do país. Em Tunes, havia ainda romarias às casas luxuosas do clã Trabelsi, a família da mulher de Ben Ali, entretanto pilhadas. (...)

Mulher do ex-Presidente liderava "cleptofamília"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Centenas de manifestantes continuavam ontem a pedir nas ruas o corte com tudo o que estivesse ligado ao regime do ex-Presidente Zine al-Abidine Ben Ali, fosse membros do seu partido no Executivo, fosse a ligação da sua família aos negócios do país. Em Tunes, havia ainda romarias às casas luxuosas do clã Trabelsi, a família da mulher de Ben Ali, entretanto pilhadas.
TEXTO: E cada vez mais a riqueza ilegalmente acumulada por este clã de estilo mafioso - onde não faltava a mulher maquiavélica, o homem que janta com a arma em cima da mesa ou o playboy com uma queda por iates de luxo - está sob escrutínio: as autoridades tunisinas anunciaram ontem uma investigação às transacções financeiras, contas em bancos estrangeiros e às propriedades e hoje a detenção de 33 membros da família de Ben Ali. A Suíça congelou os bens do ex-Presidente e de 40 pessoas do seu círculo próximo. Falar da família Ben Ali é sobretudo falar de Leila Trabelsi, a ex-primeira dama, e dos seus dez irmãos. Os tunisinos podiam não gostar de Ben Ali, mas odiavam sobretudo Leila e o seu clã com uma ganância sem fim, garantiu Mounir Khelifa, um professor que visitava ontem uma das casas abandonadas dos Trabelsi, à norte-americana National Public Radio (NPR). Leila Trabelsi, antiga cabeleireira, filha de um vendedor de fruta e legumes, tinha crescido num dos mais pobres bairros da medina de Tunes. Casou-se com Ben Ali em 1992, cinco anos depois do golpe sem sangue que colocou o então primeiro-ministro no lugar do Presidente Habib Bourguiba, o herói da independência. Foi o segundo casamento de ambos: Leila tinha-se casado muito nova e cedo se tinha divorciado; Ben Ali era casado com a primeira mulher quando se envolveu com Leila e ainda quando nasceu a primeira filha de ambos. Depois de casada com Ben Ali, Leila foi ganhando poder, tornando-se uma figura maquiavélica descrita como a Lady MacBeth da Tunísia, a Imelda Marcos do mundo árabe, a regente de Cartago ou mesmo "a Presidente". Diz-se que Leila se estaria a preparar para suceder ao marido, entretanto doente. Se estes planos futuros não são claros, é o passado que está cheio de intrigas palacianas, golpes para afastar rivais e casamentos para cimentar alianças. Diz-se, por exemplo, que a filha de Leila se casou com um importante homem de negócios apesar de este ter uma namorada. A namorada saiu do país após ter sido contactada pela polícia, deixando o caminho livre para Nesrine. Nos últimos tempos, por causa da doença do marido, Leila tinha mesmo dito aos ministros que era melhor falarem com ela primeiro para não aborrecer Ben Ali. O ex-Presidente terá demorado a sair do país porque Leila não percebeu logo a gravidade da situação e filtrou a informação. A primeira dama cuidava de si e de assegurar que o seu clã participava nos sectores-chave da economia. Os Trabelsi tinham participações em bancos (o FMI alertou para a grande quantidade de bancos em relação à população tunisina), nas multinacionais a operar no país (um dos telegramas da WikiLeaks contava como a McDonald"s não tinha entrado na Tunísia por recusar a parceria com os Trabelsi), concessionários automóveis, companhias aéreas, operadoras de comunicação, cadeias de rádio e televisão, imobiliário, etc. O próprio Ben Ali teria avisado os genros para os perigos da ganância excessiva do clã. Em 2002, contam os autores do livro La Régente de Carthage, Ben Ali reuniu os Trabelsi para lhes dizer: "Se querem dinheiro, pelo menos sejam discretos. Encontrem testas-de-ferro e empresas de fachada. "Imed, o sobrinho preferido de Leila, foi pouco discreto. Em 2006, terá mandado roubar um iate de luxo da Córsega sem se aperceber das ligações do seu dono, o banqueiro Bruno Roger, ao Governo francês. Roger não descansou enquanto o executivo não pressionou a Tunísia por causa do roubo do iate, que tinha reaparecido no porto de Sidi Bou Said.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Itália na rua, a favor e contra Silvio Berlusconi
Os italianos saíram à rua este fim-de-semana, ora para atacar ora para defender o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, acusado pela Procuradoria-Geral de Milão dos crimes de abuso de poder e actos sexuais com uma menor de idade, em festas selvagens na sua residência privada. (...)

Itália na rua, a favor e contra Silvio Berlusconi
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os italianos saíram à rua este fim-de-semana, ora para atacar ora para defender o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, acusado pela Procuradoria-Geral de Milão dos crimes de abuso de poder e actos sexuais com uma menor de idade, em festas selvagens na sua residência privada.
TEXTO: O governante foi oficialmente indiciado há três dias e saberá antes do fim da semana se o seu caso segue para julgamento sumário ou se os tribunais exigirão uma audiência preliminar para avaliar as provas contra ele. Se for julgado e condenado, Berlusconi poderá enfrentar uma pena de prisão até 15 anos. As organizações de defesa dos direitos das mulheres convocaram marchas para mais de 200 cidades do país, num movimento de protesto destinado a restaurar “a dignidade da mulher italiana”, que na sua opinião foi posta em causa pelo comportamento do primeiro-ministro. As organizadoras insistem que o protesto não é político – mas vários membros dos partidos da oposição já confirmaram a sua presença. Num manifesto intitulado “Se não agora, quando?”, mais de 50 mil mulheres denunciam a “indecente e repetitiva representação das mulheres como um mero objecto sexual” e, numa referência ao escândalo “Rubygate” (a partir do nome da prostituta alegadamente contratada por Berlusconi) rejeitam a “a actual cultura em que uma mulher se põe bonita para ir a uma festa vender-se por uma noite”. Hoje pela manhã, os apoiantes de Berlusconi saíram à rua em Milão para atacar o “puritanismo e moralismo falacioso” dos seus adversários. À tarde, na capital, Roma, foi a vez do chamado “Povo Púrpura”, um movimento de bloggers italianos, exigir a demissão do primeiro-ministro. Batendo em tachos e caçarolas, seguindo a tradição napolitana, os manifestantes gritaram “Primeiro Mubarak, agora Berlusconi” e “Demissão, Demissão, Demissão”. Na sexta-feira, Berlusconi pediu a intervenção do Presidente de Itália, Giorgio Napolitano, para impedir o avanço do processo judicial. Os seus apelos não surtiram efeito, com Napolitano a sublinhar que a Constituição garante um “julgamento justo” a quem quer que seja acusado de crime. Mas o Presidente italiano deixou um recado à hierarquia do sistema judicial, avisando que “qualquer tentação de provocar conflitos institucionais e campanhas mediáticas não levará ninguém à verdade e à justiça”. Numa entrevista com o director do diário "Il Foglio" (que já foi o seu porta-voz), Berlusconi voltou a atirar-se aos procuradores de Milão, que acusou de estarem a encenar um “golpe de Estado suave”. “Como toda a gente, às vezes sou pecador”, confessou. “Mas aqueles que pregam uma república da virtude, usando linguagem jacobina e puritana, têm em mente uma democracia autoritária. Eles querem ver-se livres de Berlusconi, ultrapassando a vontade eleitoral dos italianos que, na opinião desta elite arrogante e anti-democrática, são todos uns idiotas”, considerou.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime direitos cultura mulher prisão sexual mulheres prostituta
E o melhor realizador é... Tom Hooper
O britânico Tom Hooper foi distinguido como o melhor realizador, pelo filme O Discurso do Rei. (...)

E o melhor realizador é... Tom Hooper
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 1.0
DATA: 2011-02-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: O britânico Tom Hooper foi distinguido como o melhor realizador, pelo filme O Discurso do Rei.
TEXTO: O prémio foi anunciado pela realizadora Katherine Bigelow, que entrou para a história dos Óscares ao ser a primeira mulher a arrebatar uma estatueta de melhor realização. Para trás ficaram: Darren Aronofsky (Cisne Negro), David O. Russell (The Fighter - Último Round), David Fincher (A Rede Social) e Joel e Ethan Coen (Indomável).
REFERÊNCIAS:
Dignidade nas prisões é “valor imprescindível”, diz ministro da Justiça
O ministro da Justiça lembrou hoje que para além de espaços de privação de liberdade, as prisões são também locais de preparação e reinserção social onde a dignidade é um “valor imprescindível”. (...)

Dignidade nas prisões é “valor imprescindível”, diz ministro da Justiça
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro da Justiça lembrou hoje que para além de espaços de privação de liberdade, as prisões são também locais de preparação e reinserção social onde a dignidade é um “valor imprescindível”.
TEXTO: “As prisões são espaços de privação de liberdade mas também de preparação e reinserção para a cidadania”, destacou hoje Alberto Martins, no final de uma visita ao estabelecimento prisional de Santa Cruz do Bispo onde presenciou a uma cerimónia evocativa do Dia da Mulher. O ministro realçou que, para além da “dimensão punitiva”, as cadeias devem cumprir com o seu papel para a reinserção social das reclusas portuguesas que representam apenas cinco por cento dos quase 12 mil presos do país. Quanto ao estabelecimento especial de Santa Cruz do Bispo, Alberto Martins destacou ser um exemplo pela gestão partilhada com a Santa Casa da Misericórdia do Porto, cujo objectivo é “fazer da prisão um espaço de transição para a liberdade” e “regresso à sociedade”. Este estabelecimento alberga 261 reclusas com as quais vivem 21 crianças até aos cinco anos, tornando Santa Cruz do Bispo num “caso singular de um estabelecimento prisional onde a preocupação com a dignidade das pessoas tem um tratamento muito forte”. “A dignidade é um valor imprescindível para quem está privado de liberdade”, sublinhou o ministro, salientando que “a igualdade é também uma componente de justiça”, sendo que “não há justiça sem igualdade”. Durante a visita, que também contou com a presença da secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, foi assinado um Protocolo de Cooperação entre a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais com o objectivo de reforçar as estratégias de combate à violência doméstica. Este é apenas um dos mais de cem projectos desenvolvidos na área do empreendedorismo, formação, planos para igualdade, apoio a ONG, que contam com uma verba de 8, 2 milhões de euros em QREN. O protocolo hoje assinado “vai assentar essencialmente na formação”, explicou Elza Pais, para quem “educar é promover uma cidadania activa e responsável”, defendendo ainda que “mulheres com mais qualificação e melhor educação são formas de combate à pobreza, ao desemprego e à violência doméstica”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência educação mulher prisão social igualdade género mulheres doméstica pobreza desemprego
O reino do petróleo quer mudar mas sem revolução
Hoje é "dia de raiva" na Arábia Saudita. Ao palácio de Abdullah chegam pedidos de uma monarquia constitucional. O povo está a perder o medo e a Casa de Saud começa a ceder. (...)

O reino do petróleo quer mudar mas sem revolução
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-03-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Hoje é "dia de raiva" na Arábia Saudita. Ao palácio de Abdullah chegam pedidos de uma monarquia constitucional. O povo está a perder o medo e a Casa de Saud começa a ceder.
TEXTO: Em 1932, quando convenceu os inquietos chefes tribais e religiosos a aceitarem a entrada do "diabo" - a rádio e o telefone -, na Arábia Saudita, o rei Abd al-Aziz não poderia imaginar que o país seria abalado por "demónios" mais subversivos: o Facebook, o Twitter, o YouTube. Através das novas redes tecnológicas, os súbditos pedem agora uma monarquia constitucional e mobilizam-se para um "dia de raiva". É hoje. As novidades têm sido recebidas com ultraje pelos ultraconservadores fiéis à rígida doutrina islâmica firmada numa aliança, em 1744, entre o fundador do reino, Muhammad al-Saud, e o teólogo Muhammad ibn Abd al-Wahhab. Já tinha sido assim, em 1924, quando os primeiros automóveis, dois Ford modelo T, arrastados por camelos ao longo do deserto até Riad, a capital, desembarcaram na costa do Golfo. A resistência só foi vencida quando Abd al-Aziz mostrou aos ulema ou jurisconsultos que o telefone facilitava o combate aos "hereges" do Iémen e que a rádio transmitia as palavras do Corão. Posteriormente, em 1963, um outro soberano, Faisal, enfrentou uma contestação mais vigorosa, quando a diva egípcia Umm Kulthoum se fez ouvir, pela primeira vez, na Rádio de Meca. Perante uma delegação que o foi censurar, o Rei justificou-se que Maomé, profeta do islão, também se encantara com a voz da poeta Al Khamsa. E deixou o aviso: em breve, iriam aparecer mulheres. . . na televisão. Em 1965, Faisal inaugurou o primeiro canal televisivo em língua inglesa (o segundo só entraria em funcionamento em 1983). Não aprovava o cinema como forma de recreação, mas achava que a TV seria facilmente controlada pelo Governo, para preservar os valores nacionais e, tal como a rádio e o telefone, serviria para manter unido um vasto país. Tomou, por isso, precauções para não ferir susceptibilidades. Qualquer cena de romance em filmes, séries e cartoons importados era cortada, incluindo os beijos inocentes do rato Mickey à sua amada. Isto não impediu que a inovação conduzisse o sucessor de Abd al-Aziz a um destino trágico. Na cerimónia de abertura da estação, um dos sobrinhos de Faisal, o fanático Khalid ibn Mussaid, tomou de assalto o edifício com um grupo de simpatizantes. Atraído até ao palácio com a promessa de uma audiência com o Rei, Khalid seria morto por um polícia demasiado nervoso. Dez anos depois, um irmão de Khalid assassinaria o soberano num acto de vingança. Faisal era considerado um reformista, tal como Abdullah, o actual Rei, que muitos vêem empenhado em abrir a sociedade e que agora enfrenta um dos períodos mais turbulentos da história do país que, graças à sua natureza dinástica, conseguiu ultrapassar, sem grandes sobressaltos, a revolução pan-árabe do egípcio Gamal Abdel Nasser e a revolução islâmica do ayatollah Khomeini, no Irão. "Não há razões para acreditar que os sauditas estejam imunes aos protestos que assolam a região", escreveu Madawi al-Rasheed, professora de Antropologia no King"s College, em Londres, num artigo publicado na revista Foreign Policy e que intitulou Why Saudi Arabia is ripe for revolution. A sua convicção assenta, em grande medida, nas várias petições que circulam pela Internet e têm sido enviadas a Abdullah - o Rei que recentemente criou uma universidade onde aboliu a segregação de sexos e que integrou no Governo a primeira mulher, como ministra adjunta da Educação. O reino continua a ser o maior produtor mundial de petróleo (que constitui 80 por cento das receitas do Orçamento do Estado, 45 por cento do produto nacional bruto e 90 por cento das exportações), mas o povo mudou muito, salientou a académica saudita. A petição de Khulood
REFERÊNCIAS:
Cunha Vaz diz ter sido pressionado para perdoar Carrilho
Seis anos depois de se ter candidatado à presidência da Câmara de Lisboa, Manuel Maria Carrilho, o ex-ministro da Cultura de António Guterres e ex-embaixador junto da UNESCO, começa hoje a responder em tribunal pelos crimes de difamação e ofensa a pessoa colectiva, na sequência de uma queixa apresentada pelo proprietário da agência de comunicação Cunha Vaz & Associados. Ao todo são nove crimes: cinco por difamação e quatro por ofensa a pessoa colectiva. (...)

Cunha Vaz diz ter sido pressionado para perdoar Carrilho
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Seis anos depois de se ter candidatado à presidência da Câmara de Lisboa, Manuel Maria Carrilho, o ex-ministro da Cultura de António Guterres e ex-embaixador junto da UNESCO, começa hoje a responder em tribunal pelos crimes de difamação e ofensa a pessoa colectiva, na sequência de uma queixa apresentada pelo proprietário da agência de comunicação Cunha Vaz & Associados. Ao todo são nove crimes: cinco por difamação e quatro por ofensa a pessoa colectiva.
TEXTO: O processo foi movido pelo proprietário da Cunha Vaz, António Cunha Vaz, devido às afirmações feitas por Manuela Maria Carrilho no livro intitulado Sob o Signo da Verdade, onde o ex-candidato à Câmara de Lisboa acusa a empresa de comprar jornalistas e opinadores, justificando assim a sua derrota nas eleições autárquicas de 2005. O julgamento chegou a estar marcado para Janeiro de 2010, mas o Tribunal Criminal de Lisboa adiou-o para hoje, por razões processuais. Cunha Vaz espera que a justiça funcione e que Carrilho "seja, de facto, condenado pelos disparates que escreveu no livro". "O dr. Manuel Maria Carrilho acusou-me no seu livro de ser corrupto e mercenário e agora vai ter de provar em tribunal que isso é verdade. Vai responder por afirmações que ele acha que não são ofensivas", disse ontem em declarações ao PÚBLICO. Afirmando que nada o fará desistir deste caso, António Cunha Vaz disse que sofreu "várias pressões", que não especificou, para desistir da queixa: "Já recebi muitos pedidos para desistir do caso, já recebi muitas pressões políticas para deixar cair o caso, mas não cedo, porque o caso é para ir até ao fim. " "Manuel Maria Carrilho tem de ser condenado pelos disparates que diz e espero que a justiça aplique a lei da forma que eu a entendo", disse, sublinhando que, no seu caso concreto, "não há dinheiro nenhum" que o faça desistir. "Não há acordo para ninguém, seja qual for o montante que me ofereçam", declarou. Deixando uma nota de confiança no funcionamento dos tribunais, Cunha Vaz espera, assim, que este caso seja exemplar e que Carrilho "aprenda a ser um homenzinho". "Na primeira sessão do julgamento estou disponível para falar na presença do dr. Manuel Maria Carrilho", declarou o queixoso, reafirmando a sua confiança na justiça. "Eu não condiciono juízes, nem digo que fui ministro, nem que sou o Jacques Lang [ex-ministro Cultura francês] português, e não digo que tudo o que não é espelho é feio, eu essas coisas não digo. Os juízes é que julgam, não faço sugestões, nem dou palpites. "A decisão de pronunciar o ex-ministro da Cultura do Governo do PS pelos crimes de difamação e ofensa a pessoa colectiva foi tomada pelo Tribunal da Relação de Lisboa, após a primeira instância ter decidido não levar Carrilho a julgamento. "Se os senhores doutores juízes me fizerem o favor de me dar os 500 mil euros que peço de indemnização, faço questão de a dar à Associação das Mulheres Vítimas de Violência Doméstica", adiantou Cunha Vaz. O PÚBLICO contactou, por diversas vezes, Manuel Maria Carrilho para se pronunciar sobre o caso, mas o ex-ministro da Cultura mostrou-se sempre indisponível.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
Dilma é quase tão popular quanto Lula era ao fim de 100 dias de mandato
A Presidente brasileira Dilma Rousseff começou o seu mandato com uma popularidade de 73 por cento, próxima da que Lula da Silva tinha na sua chegada ao poder em 2003 (75 por cento). (...)

Dilma é quase tão popular quanto Lula era ao fim de 100 dias de mandato
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.6
DATA: 2011-04-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Presidente brasileira Dilma Rousseff começou o seu mandato com uma popularidade de 73 por cento, próxima da que Lula da Silva tinha na sua chegada ao poder em 2003 (75 por cento).
TEXTO: Um inquérito Ibope publicado hoje, por ocasião dos primeiros 100 dias do mandato da primeira mulher Presidente do Brasil, faz a comparação com o caminho de Lula: começou com uma aprovação de 75 por cento e deixou o Palácio do Planalto com 87 por cento de popularidade, recorda a AFP. Dilma é considerada menos carismática, mas 39 por cento dos entrevistados dizem não ver diferenças em relação a Lula, enquanto 40 por cento dizem que há “uma pequena diferença”. Mas, por ora, a população brasileira mostra-se bastante satisfeita com a sua sucessora: 56% dos entrevistados consideram o Governo Dilma óptimo ou bom. Só cinco por cento o consideram péssimo ou mau, adianta o jornal “Estado de São Paulo”, citando os resultados da sondagem encomendada pela Confederação Nacional da Indústria, e realizada entre 20 e 23 de Março (com uma margem de erro de dois por cento).
REFERÊNCIAS: