A economia poderá falar mais alto do que o Estado-providência nas legislativas suecas
Não há forma de os resultados hoje na Suécia não serem históricos, sobretudo se o primeiro-ministro conservador for reconduzido no cargo. Mas há sinais de alerta da extrema-direita. (...)

A economia poderá falar mais alto do que o Estado-providência nas legislativas suecas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não há forma de os resultados hoje na Suécia não serem históricos, sobretudo se o primeiro-ministro conservador for reconduzido no cargo. Mas há sinais de alerta da extrema-direita.
TEXTO: A Suécia é conhecida por ser um país moderado. E quando os suecos forem hoje às urnas, é possível que o cenário político pouco se altere. Para já, a economia parece estar a falar mais alto do que o Estado-providência, dizem alguns analistas. O primeiro-ministro conservador, Fredrik Reinfeldt, tem para apresentar aos eleitores um crescimento económico de 4, 5 por cento, o menor défice da União Europeia (um por cento) e uma taxa de desemprego em queda (embora ainda ronde os oito por cento, atingindo sobretudo jovens). Não é pouco, numa altura em que os seus parceiros da UE estão ainda a tentar encontrar as saídas para a crise. Esta será a principal explicação para as previsões feitas pelos institutos de sondagens: os Moderados, do novamente candidato Reinfeldt, e os seus três parceiros de coligação, ficarão com 50 por cento dos votos, contra 40 por cento do seu principal rival, o bloco de centro-esquerda liderado pelos sociais-democratas de Mona Sahlin. Se isso acontecer, será a primeira vez que os conservadores são reeleitos depois de terem cumprido um mandato completo. Se Mona Sahlin espantar todos com uma reviravolta, a Suécia terá a sua primeira mulher na chefia do Governo. E, no caso de nenhuma das coligações ter a maioria (175 entre os 349 assentos do Parlamento), o país terá de se preparar para uma turbulência política que poderia até terminar com novas eleições - algo igualmente inédito. A acrescentar à lista está o crescimento do partido de extrema-direita Democratas da Suécia (SD), acusado de xenófobo e populista. O SD irá precisar de quatro por cento para entrar no Parlamento; algumas sondagens atribuem-lhe 7, 5. Isso é mais do que o dobro dos resultados obtidos em 2006 (2, 9 por cento). A extrema-direita não entra na assembleia desde o início da década de 1990. À volta do "modelo"Os sociais-democratas, que passaram 63 dos últimos 80 anos no poder, estão a procurar a todo o custo contrariar as expectativas e continuar a ser o "partido natural" de Governo. São considerados os criadores e guardiães do famoso "modelo sueco" - que alia uma pesada carga de impostos para financiar o Estado social a uma economia fortemente liberal. Uma derrota "obrigará a repensá-lo", salienta à AFP o politólogo Peter Santesson-Wilson, do instituto de investigação sueco Ratio. A sua campanha tem sido feita com a garantia de não cortar os impostos e até aumentar alguns no futuro, para que se possa gastar mais na segurança social. Já Reinfeldt quer ver a economia crescer mais e a dívida pública a descer para que os gastos públicos possam aumentar e os impostos sobre os rendimentos ser reduzidos. Com a vitória do centro-direita, em 2006, muitos previram o princípio do fim do "modelo sueco". Mas "não houve alterações espectaculares ou sistemáticas, nem golpes radicais no Estado-providência. Simplesmente deu-se uma reorientação marginal", realça à AFP Stefan Svallfors, professor da Universidade de Umeaa. Ainda assim, a Economist fala numa "insatisfação crescente com o "modelo sueco". Os suecos não estão prestes a tornar-se thatcheristas ou anti-impostos do Tea Party", e mesmo à direita defendem-se os serviços públicos, lê-se. "Mas o centro-direita tornou as regalias sociais menos generosas, baixou impostos para os salários mais baixos e diminuiu o número de subsídios por doença". Seja ou não por isso, o primeiro-ministro Reinfeldt deu sinais de estabilidade quando todos os países à volta estavam em queda. A que se devem os bons resultados? A Economist avança com várias explicações. O país parece ter aprendido as lições da crise da década de 1990, quando o Governo teve de sair em auxílio da maioria dos bancos. "Os suecos foram mais cautelosos a evitar uma bolha", lê-se
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Conservadores ficam sem maioria absoluta e extrema-direita entra no Parlamento sueco
A coligação de centro-direita que governa a Suécia venceu as eleições legislativas de ontem, mas sem maioria absoluta no Parlamento, onde chega pela primeira vez desde o início dos anos 90 um partido de extrema-direita — indicam os resultados quase definitivos conhecidos ontem à noite. (...)

Conservadores ficam sem maioria absoluta e extrema-direita entra no Parlamento sueco
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.2
DATA: 2010-09-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: A coligação de centro-direita que governa a Suécia venceu as eleições legislativas de ontem, mas sem maioria absoluta no Parlamento, onde chega pela primeira vez desde o início dos anos 90 um partido de extrema-direita — indicam os resultados quase definitivos conhecidos ontem à noite.
TEXTO: Os resultados disponíveis atribuíam 49, 2 por cento e 173 deputados à aliança conservadora, a dois da maioria absoluta, contra 43, 6 da coligação de social-democratas e Verdes, que elegeu 156. A maioria absoluta no Parlamento, o Riksdag, exige 175. Os Democratas da Suécia (DS), de extrema-direita, exultaram com a eleição de 20 deputados, conseguidos com 5, 8 por cento, acima da fasquia de quatro por cento que permite eleger parlamentares. Os eleitores só parcialmente deram ouvidos ao primeiro-ministro, Fredrik Reinfeldt, 45 anos. Atribuíram um segundo mandato à sua coligação de quatro partidos que lidera a Suécia desde 2006, reconduzindo pela primeira vez um Governo conservador em quase um século, mas ignoraram o apelo que repetiu até ao último dia para que não votassem nos DS, de Jimmie Aakesson. “Não façam a Suécia viver essa experiência. Façam com que eles não tenham poder”, pedira. Para os social-democratas, que dominaram a política sueca nos últimos 80 anos — liderança do Governo em 65 dos 78 anos anteriores — e são tidos como os guardiães do modelo social sueco, os resultados representam um sério revés. “Não votem pelo desaparecimento do Estado-Providência. Não voltaremos a ter o que vendermos e suprimirmos”, disse, num apelo final, ainda no sábado à noite, Mona Sahlin, a líder social-democrata, 53 anos, que aspirava a tornar-se a primeira mulher a dirigir o país. A coligação governamental liderada pelos Moderados de Fredrik Reinfeldt, e de que fazem parte liberais, centristas e democratas-cristãos, capitalizou o invejável crescimento económico de 4, 5 por cento, uma boa gestão das finanças públicas que dá ao país o menor défice da União Europeia (um por cento) e descidas de apoios e impostos apresentadas como necessárias para criar empregos que possam “garantir o financiamento do Estado-Providência”. “Os eleitores viram que tivemos um governo de direita e que a Suécia não mudou assim tanto”, disse Jenny Madestam, cientista política da Universidade de Estocolmo, ao Financial Times, nas vésperas das eleições. A hipótese VerdesA perspectiva de que a Suécia venha agora a ter um Governo minoritário é um cenário provável, uma vez que os dois blocos excluíram completamente a possibilidade de darem à extrema-direita o papel de “fazedora de reis”. “Com este resultado, vamos ter uma situação incerta”, disse um porta-voz do primeiro-ministro, citado pela BBC. Knut Hallberg, economista do Swedbank, afirmou ontem à Reuters que é cedo para conclusões e admitiu que Reinfeld possa tentar associar os Verdes à maioria. Mas isso tornaria difícil a aplicação de algumas das suas políticas mais liberais. A existência de um executivo minoritário pode desagradar aos mercados financeiros e analistas admitiram que tenha efeitos como a desvalorização da coroa sueca face ao euro. Mas nem todos pensam assim. Torbjorn Isaksson, analista chefe do Nordea, o maior banco sueco, desdramatizou essa possibilidade e disse que os mercados estão tranquilos, tanto mais que antes do governo Reinfeldt, que chegou ao poder em 2006, as maiorias absolutas eram raras no país. “O governo e a oposição vão encontrar formas de trabalharem juntos. A economia está de boa saúde, não há reformas difíceis no horizonte e as diferenças entre os [dois maiores partidos] são relativamente pequenas”. Isso torna menos crucial a existência de um Governo forte”, disse ao Financial Times, ainda antes de os eleitores se pronunciarem. Notícia actualizada às 23h23
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher social desaparecimento
Teresa Lewis não quis escolher o método da sua morte
Depois da meia-noite, a 30 de Outubro de 2002, dois homens entraram na casa móvel onde Teresa Lewis, 33 anos, vivia com o seu segundo marido, numa zona rural do estado da Virgínia. A porta da traseira estava destrancada, por isso fora fácil entrar. Um dos homens disse a Teresa para se levantar da cama e alvejou o marido dela, Julian, repetidamente. Noutro quarto, o segundo homem disparou cinco vezes sobre o enteado de Teresa, um reservista do exército americano, 25 anos de idade, que estava de visita. (...)

Teresa Lewis não quis escolher o método da sua morte
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois da meia-noite, a 30 de Outubro de 2002, dois homens entraram na casa móvel onde Teresa Lewis, 33 anos, vivia com o seu segundo marido, numa zona rural do estado da Virgínia. A porta da traseira estava destrancada, por isso fora fácil entrar. Um dos homens disse a Teresa para se levantar da cama e alvejou o marido dela, Julian, repetidamente. Noutro quarto, o segundo homem disparou cinco vezes sobre o enteado de Teresa, um reservista do exército americano, 25 anos de idade, que estava de visita.
TEXTO: Os intrusos dividiram os 300 dólares que Julian Lewis tinha na carteira e fugiram. 45 minutos depois do último tiro, Teresa ligou o número de emergência. Quando a polícia chegou ao local, Julian Lewis ainda estava vivo. Uma das últimas coisas que disse foi: "A minha mulher sabe quem me fez isto. " Teresa Lewis é a primeira mulher a enfrentar a pena de morte no estado da Virgínia em quase um século. Em 1912, Virginia Christian, uma criada negra de 17 anos, morreu na cadeira eléctrica depois de assassinar a patroa, que a acusara de roubar um fio de ouro. Ela não quis escolher entre as duas mortes possíveis - electrocussão ou injecção letal - e, nesses casos, o método aplicado é o último. Qualquer hipótese de um volte-face desvaneceu-se definitivamente terça-feira ao final da tarde, quando o Supremo Tribunal americano comunicou que não iria interferir na sentença final, depois de a defesa de Lewis ter apresentado um recurso. Os dois únicos magistrados do Supremo, num total de nove, que votaram a favor do cancelamento da pena capital e revisão do caso foram mulheres, Ruth Bader Ginsburg e Sonia Sotomayor. Na sexta-feira, o governador republicano do estado da Virgínia, Bob McDonnell, rejeitou um pedido de clemência, e anteontem o seu gabinete reafirmou a sua posição, respondendo a uma carta do advogado de Teresa Lewis em que este lhe pedia que reconsiderasse. O popular autor de thrillers John Grisham, um habitante da Virgínia, escreveu um texto de opinião no "Washington Post" há semana e meia em que descrevia o caso de Teresa Lewis como "mais um exemplo notório da injustiça do nosso sistema de pena de morte". E até o novo embaixador da União Europeia em Washington, o português João Vale de Almeida, se juntou aos apelos: numa carta enviada ao governador da Virgínia na semana passada, o chefe da diplomacia europeia nos Estados Unidos pediu a redução da sentença para prisão perpétua, notando "a oposição da União Europeia ao uso da pena capital em qualquer circunstância" (Vale de Almeida endereçou um apelo semelhante a Arnold Schwarzenegger, o governador da Califórnia, estado que tem agendada a execução de Albert Greenwood Brown na próxima quarta-feira). A verdadeira TeresaTeresa Lewis, que passou os últimos sete anos em solitária na única prisão de alta segurança para mulheres na Virgínia e que actualmente tem 41 anos, admitiu o seu crime em tribunal em Maio de 2003. O duplo homicídio fora planeado entre ela e os dois atiradores. Uma semana antes, Teresa dera-lhes 1200 dólares (900 euros) para comprarem armas e munições. O pacto era repartirem entre si os 250 mil dólares (190 mil euros) do seguro de vida do enteado de Teresa, C. J. , e a herança do marido, Julian Lewis. Ela conhecera os dois homens nesse Outono, numa fila do supermercado Walmart. Pouco depois, ela e um dos cúmplices, Matthew Shallenberger, 22 anos, tornaram-se amantes. Teresa envolveu a sua filha adolescente, levando-a a ter relações sexuais com o parceiro de Shallenberger, Rodney Fuller, de 19 anos. (A filha, de 16 anos, cumpriu uma pena de cinco anos na mesma prisão onde Teresa se encontra, por ter conhecimento dos crimes e não ter feito nada para os denunciar ou deter. ) Segundo testemunhos apresentados em tribunal, Teresa Lewis começou a fazer diligências para receber o último ordenado do marido (um electricista numa fábrica de têxteis) e o prémio do seguro de vida do enteado no próprio dia dos crimes. O procurador local, que esteve na casa dos Lewis na noite do duplo homicídio, disse à imprensa que a pena de morte é justa. "O que ela teve é merecido", afirmou David Grimes , citado pelo "Washington Post". "Ela sabia que estas pessoas a amavam e usou isso para as tramar. De certa forma, é pior do que se tivesse sido um estranho. Mostra quão fria ela é. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homens filha homicídio tribunal mulher prisão adolescente mulheres negra
Dois idosos foram vítimas de crimes diariamente em 2009
Todos os dias, pelo menos dois idosos foram vítimas de crime no ano passado, a maior parte cometidos no seio familiar pelo cônjuge ou por um filho, segundo dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). (...)

Dois idosos foram vítimas de crimes diariamente em 2009
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Todos os dias, pelo menos dois idosos foram vítimas de crime no ano passado, a maior parte cometidos no seio familiar pelo cônjuge ou por um filho, segundo dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).
TEXTO: A APAV vai lançar no dia 7 de Outubro uma campanha de sensibilização sobre violência contra as pessoas idosas, que pretende formar, ensinar e sensibilizar, para que as pessoas compreendam o fenómeno e saibam como se procede, explicou à Lusa Maria de Oliveira, responsável pela campanha. São vários os materiais que suportam a campanha: dois spots de televisão e um de rádio, cartazes, banners nos sites e folhetos informativos dirigidos principalmente a profissionais, porque os idosos recorrem muito a unidades de saúde. “Se estes profissionais estiverem informados é mais fácil encaminhar e diagnosticar se existe violência doméstica. É um projeto com uma forte vertente de formação pedagógica e sensibilização”, explicou, a propósito do Dia Internacional do Idoso, que se assinala hoje. Haverá também ações de sensibilização nos estabelecimentos de ensino dirigidas às crianças e uma campanha para o público em geral. “Vamos lançar um manual de atendimento e compreensão deste tipo de situações: indicadores de violência sexual, física, psicológica e financeira. A violência pode ser praticada na rua (roubo, por exemplo), pode ser em casa (violência doméstica) ou contra uma pessoa que mora sozinha”, disse Maria de Oliveira, adiantando que a APAV tem relatos de casos de prestadores de cuidados que ficam com os bens do idoso de quem cuidam. Será também lançado um manual que ajuda a compreender o fenómeno e a saber como se procede, dependendo de qual for a situação. Maria de Oliveira adiantou que a maior parte dos crimes é praticada no âmbito da violência doméstica, mas que as pessoas idosas têm muita vergonha de assumir quando se trata da família, sobretudo filhos, pois sentem que é assumir que erraram como pais. “Também há muitos casos de dependência emocional. São situações complicadas para a pessoa admitir que está a ser vítima de crime e violência, sobretudo a psicológica (os insultos, as ofensas, a depreciação permanente), que é muitas vezes pior do que a física”, acrescentou. As vítimas são maioritariamente idosos entre os 65 e os 75 anos, alvo de maus-tratos físicos e psíquicos, praticados em primeiro lugar pelo cônjuge (1622 processos em 2009) e pelo filho ou filha, em segundo lugar, (1466 processos no mesmo ano). Entre 2000 e 2009 verificou-se um aumento de 120 por cento do número de casos de pessoas idosas vítimas de crime (mais 349 casos). O que potencia a violência é normalmente o consumo de substâncias aditivas ou um historial de violência anterior, mas também há violência que parte das pessoas que tomam conta dos idosos e não têm capacidade para tal. Maria de Oliveira alertou ainda para outra forma de violência que é o internamento compulsivo num lar. “Uma pessoa internada contra vontade, pode ser considerado sequestro. Isto acontece. Quando as pessoas querem sair da instituição e não deixam, também é considerado sequestro”, alertou, salvaguardando contudo que “em situação de alguma demência, não será assim, mas tem que ser nomeado tutor”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime filha violência filho ajuda consumo sexual maus-tratos doméstica vergonha
APAV lança campanha sobre violência contra idosos
A APAV lança hoje uma campanha de sensibilização sobre violência contra as pessoas idosas, que pretende formar, ensinar e sensibilizar, para que as pessoas compreendam o fenómeno e saibam como proceder. (...)

APAV lança campanha sobre violência contra idosos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: A APAV lança hoje uma campanha de sensibilização sobre violência contra as pessoas idosas, que pretende formar, ensinar e sensibilizar, para que as pessoas compreendam o fenómeno e saibam como proceder.
TEXTO: Em 2009, pelo menos dois idosos foram vítimas de crime todos os dias, a maior parte cometidos no seio familiar pelo cônjuge ou por um filho, segundo a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). São vários os materiais que suportam a campanha: dois spots de televisão e um de rádio, cartazes, banners nos sites e folhetos informativos dirigidos principalmente a profissionais, porque os idosos recorrem muito a unidades de saúde. “Se estes profissionais estiverem informados é mais fácil encaminhar e diagnosticar se existe violência doméstica. É um projecto com uma forte vertente de formação pedagógica e sensibilização”, explicou Maria de Oliveira, responsável pela campanha. Haverá também acções de sensibilização nos estabelecimentos de ensino dirigidas às crianças e uma campanha para o público em geral. “Vamos lançar um manual de atendimento e compreensão deste tipo de situações: indicadores de violência sexual, física, psicológica e financeira. A violência pode ser praticada na rua (roubo, por exemplo), pode ser em casa (violência doméstica) ou contra uma pessoa que mora sozinha”, disse Maria de Oliveira, adiantando que a APAV tem relatos de casos de prestadores de cuidados que ficam com os bens do idoso de quem cuidam. Será também lançado um manual que ajuda a compreender o fenómeno e a saber como se procede, dependendo de qual for a situação. Maria de Oliveira adiantou que a maior parte dos crimes é praticada no âmbito da violência doméstica, mas que as pessoas idosas têm muita vergonha de assumir quando se trata da família, sobretudo filhos, pois sentem que é assumir que erraram como pais. “Também há muitos casos de dependência emocional. São situações complicadas para a pessoa admitir que está a ser vítima de crime e violência, sobretudo a psicológica (os insultos, as ofensas, a depreciação permanente), que é muitas vezes pior do que a física”, acrescentou. As vítimas são maioritariamente idosos entre 65 e 75 anos, alvo de maus-tratos físicos e psíquicos, praticados pelo cônjuge (1622 processos em 2009) e pelo filho ou filha (1466 processos no mesmo ano). Entre 2000 e 2009 verificou-se um aumento de 120 por cento do número de casos de pessoas idosas vítimas de crime (mais 349 casos). O que potencia a violência é normalmente o consumo de substâncias aditivas ou um historial de violência anterior, mas também há violência que parte das pessoas que tomam conta dos idosos e não têm capacidade para tal. Maria de Oliveira alertou ainda para outra forma de violência que é o internamento compulsivo num lar.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime filha violência filho ajuda consumo sexual maus-tratos doméstica vergonha
Natalidade pode ser afectada por corte nos abonos
Os especialistas são unânimes: os cortes no abono de família que hoje entram em vigor reduzem a quase nada as políticas de apoio à natalidade. (...)

Natalidade pode ser afectada por corte nos abonos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os especialistas são unânimes: os cortes no abono de família que hoje entram em vigor reduzem a quase nada as políticas de apoio à natalidade.
TEXTO: Sofia Oliveira não só gostava de dar um irmão à sua filha Matilde, de 16 meses, como sonha com isso. O marido até já decidiu que, se nascesse rapaz, seria Rodrigo. E a mobília de quarto que ambos compraram para a Matilde até já veio "com duas caminhas". O pior é o dinheiro: Sofia, 28 anos e a ganhar 700 euros líquidos numa fábrica de cortiça, em Santa Maria da Feira, já viu o abono de família descer de 89, 90 para 22, 59 euros. "Passaram-me do terceiro escalão para o quarto e, quando a Matilde fez um ano, cortaram o subsídio de aleitamento", descreve. O marido, trabalhador na construção civil, teve um acidente de trabalho que lhe inutilizou o braço direito e vai continuar de baixa não remunerada até que se desate o litígio judicial com a seguradora. A perda do seu salário, que era de 500 euros, ajudou a que a prestação da creche baixasse para 55 euros. Mas nem assim - nem com os 45 euros que Sofia vai buscar todos os sábados ao salão de cabeleireiro onde é ajudante - as contas ficam equilibradas. "Ter um filho agora é impensável: caíamos todos no abismo. " Sofia nem sabe que faz parte dos 34 por cento de mulheres portuguesas entre os 25 e os 29 anos que gostavam de ter, pelo menos, dois filhos. A percentagem foi apurada num inquérito que a Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) promoveu no início deste ano e que conclui o óbvio: não fossem as condicionantes financeiras e as dificuldades de conciliação família-trabalho, haveria mais crianças a nascer em Portugal e o índice sintético de fecundidade não estaria tão abaixo dos 2, 1 filhos por mulher necessários para garantir a substituição de gerações. Com Portugal transformado no 8. º país mais velho do mundo (contas da ONU), os cortes no abono de família que hoje entram em vigor e nas deduções à colecta das despesas com saúde e educação surgem como "uma confissão de falência do Estado", segundo o demógrafo Mário Leston Bandeira, para quem "ter um filho transformou-se num luxo, assim como comprar uma segunda casa". O mais grave é, para a secretária-geral da APFN, Ana Cid, "a cegueira" dos novos tectos para a dedução em sede de IRS das despesas com saúde, educação, encargos com crédito à habitação ou com lares de idosos, "fixados independentemente do número de pessoas que compõem o agregado familiar" mas que já não atingirão tantas famílias depois do acordo entre PS e PSD para a viabilização do Orçamento do Estado. Cheque-bebé na gavetaOs incentivos à natalidade foram uma das bandeiras do primeiro-ministro. Durante a campanha para as legislativas de 2009, José Sócrates propôs-se investir mais de 20 milhões de euros por ano no famigerado cheque-bebé. A ideia era atribuir 200 euros por cada bebé nascido numa Conta Poupança-Futuro, com benefícios fiscais. Duplo objectivo: incentivar a natalidade e estimular hábitos de poupança. O cheque, porém, nunca chegou a sair do papel. A majoração do abono de família sim, mas por pouco tempo. E as políticas de apoio à maternidade voltaram assim a ficar reduzidas ao subsídio pré-natal que, desde 2007, é atribuído a partir do quarto mês de gravidez, mas apenas aos agregados com rendimentos mensais brutos inferiores a 1989 euros. Para lá dos incentivos financeiros, a presidente da Sociedade Portuguesa de Demografia, Maria Filomena Mendes, reclama políticas voltadas para a igualdade de género. "Os estudos mostram que as questões da igualdade de género, dentro do agregado familiar e no contexto laboral, são determinantes no aumento da fecundidade", diz. O novo regime de protecção da parentalidade, em vigor desde Maio de 2009, dava um passo em frente no sentido da igualdade, ao admitir os seis meses de licença remunerados a 80 por cento, desde que um deles seja gozado em exclusivo pelo pai. O problema é que, 14 meses depois, apenas 25 por cento dos pais tinham gozado aquele mês de licença.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD
Pinto Monteiro critica falta de meios na Justiça
Ou há coragem para conceder os meios necessários para a realização de perícias nos processos judiciais, ou mude-se a lei para permitir que outras entidades as realizem, defendeu, hoje, o procurador-geral da República (PGR) durante a cerimónia de tomada de posse da nova vice procuradora-geral, Isabel São Marcos. (...)

Pinto Monteiro critica falta de meios na Justiça
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DATA: 2010-11-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ou há coragem para conceder os meios necessários para a realização de perícias nos processos judiciais, ou mude-se a lei para permitir que outras entidades as realizem, defendeu, hoje, o procurador-geral da República (PGR) durante a cerimónia de tomada de posse da nova vice procuradora-geral, Isabel São Marcos.
TEXTO: Na sua intervenção, Pinto Monteiro criticou fortemente a falta de meios que leva ao atraso das perícias e, consequentemente à acumulação de processos nos tribunais. O PGR comparou esta situação à que existia há 30 anos, em Portugal, e defendeu “a coragem para avaliar e decidir se é possível conceder os meios realmente necessários” para a realização das perícias”. Caso contrário, “mude-se a lei para permitir que outras entidades façam os exames necessários”, disse. Isabel São Marcos tomou hoje posse como vice-procuradora-geral da República, em substituição de Mário Gomes Dias que cessou funções por ter atingido o limite de idade, sendo a primeira mulher a desempenhar aquele cargo em Portugal.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei mulher
Descobertas 271 obras de Picasso em França
Uma colecção de 271 obras do pintor Pablo Picasso até hoje nas mãos de um electricista foi descoberta em França. A colecção já foi examinada por especialistas e as obras datam do início do século XX, entre 1900 e 1932, tendo um valor estimado de 60 milhões de euros. Entre as descobertas figuram nove colagens cubistas no valor de 40 milhões de euros e uma aguarela do período azul. (...)

Descobertas 271 obras de Picasso em França
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma colecção de 271 obras do pintor Pablo Picasso até hoje nas mãos de um electricista foi descoberta em França. A colecção já foi examinada por especialistas e as obras datam do início do século XX, entre 1900 e 1932, tendo um valor estimado de 60 milhões de euros. Entre as descobertas figuram nove colagens cubistas no valor de 40 milhões de euros e uma aguarela do período azul.
TEXTO: Segundo o jornal francês Libération, que avançou com a extraordinária notícia, as obras só foram agora descobertas porque o electricista francês, Pierre Le Guennec, entrou em contacto com Claude Picasso, filho do artista e responsável pelo legado do pintor, para obter os certificados de autenticidade. Pierre Le Guennec, actualmente reformado, foi electricista de Picasso nos últimos três anos de vida do pintor, que morreu em 1973. Le Guennec disse ao Libération que instalou sistemas de alarme nas diferentes casas de Picasso, incluindo na sua casa de Cannes. Como forma de agradecimento pelo trabalho, Picasso e a sua mulher terão dado trabalhos de presente ao electricista por várias ocasiões. No entanto, os herdeiros do pintor não acreditam na história do electricista e decidiram apresentar queixa contra o antigo operário. Para Claude Picasso, o seu pai nunca daria a ninguém uma quantidade tão grande de obras. “Nunca se viu, não faz sentido, é parte da sua vida”, disse ao Libération o herdeiro, acrescentando que a justiça deve resolver este mistério. “É verdade que Picasso sempre foi bastante generoso. Mas ele datava e assinava sempre as suas doações porque sabia que alguns as venderiam”, concluiu. Entre as descobertas figuram algumas obras inéditas do artista, como nove trabalhos cubistas no valor de 40 milhões de euros. Na colecção figuram ainda retratos da sua primeira mulher Olga, bem como várias guaches e litografias. O caso já está em tribunal e as obras estão guardadas no cofre do departamento francês contra o tráfico de bens culturais.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho tribunal mulher
ONU crê no fim da transmissão do VIH de mães para filhos em 2015
A ONU acredita ser possível acabar com a transmissão do vírus da sida de mães para filhos em 2015, através do reforço do acesso aos tratamentos e prevenção pelas comunidades mais vulneráveis. (...)

ONU crê no fim da transmissão do VIH de mães para filhos em 2015
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A ONU acredita ser possível acabar com a transmissão do vírus da sida de mães para filhos em 2015, através do reforço do acesso aos tratamentos e prevenção pelas comunidades mais vulneráveis.
TEXTO: "Temos de pôr fim à morte das mães e à infecção dos seus filhos com o VIH", afirmou o director executivo da Agência das Nações Unidas para a Sida (ONUSIDA), Michel Sidibé, considerando que, "em 2015, pode ser possível eliminar a transmissão do vírus de mães para filhos”. De acordo com especialistas da ONU, para conseguir esse objectivo é preciso “chegar aos membros mais marginalizados da sociedade”, sendo que continuam a ser as mulheres e as crianças quem mais sofre com as desigualdades sociais e económicas. “Para que haja uma geração livre de sida há que fazer muito mais em benefício das comunidades mais vulneráveis”, frisou, por sua vez, o director executivo da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), Anthony Lake, na apresentação do quinto relatório sobre as crianças e a sida. O documento revela que anualmente nascem no mundo 370 mil crianças com o vírus VIH. Já a directora geral da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), Irina Bokova, insistiu na necessidade de superar o fosso existente na desigualdade de género, já que as mulheres e as adolescentes têm maiores riscos de contrair a doença. Assim, para a UNESCO, tornar as gerações livres do VIH significa eliminar as desigualdades e proteger quem sofre maiores riscos, mediante iniciativas sociais e programas de educação nas escolas sobre a prevenção do vírus.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Protegido do Presidente terá perdido eleições no Haiti
O cantor Michel Martelly, conhecido pelo nome artístico de "Sweet Micky", terá sido o mais votado nas eleições presidenciais de domingo no Haiti. (...)

Protegido do Presidente terá perdido eleições no Haiti
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O cantor Michel Martelly, conhecido pelo nome artístico de "Sweet Micky", terá sido o mais votado nas eleições presidenciais de domingo no Haiti.
TEXTO: A ida às urnas ficou marcada por grande confusão e irregularidades que levaram 15 dos 18 candidatos a denunciarem fraudes. Na segunda posição estará Mirlande Manigat, a primeira mulher a ter hipóteses de ganhar. Sem possibilidade de disputar uma eventual segunda volta, prevista para 16 de Janeiro entre os dois mais votados, caso nenhum ultrapasse os 50 por cento de votos, terá ficado Jude Célestin, o candidato apoiado pelo Presidente cessante, René Préval. Os resultados já conhecidos pela comunidade internacional e pela candidatura mais votada indicam, segundo o diário espanhol "El Mundo", que Martelly, de 49 anos, venceu em Port-au-Prince, Cap-Haïtien, a segunda cidade do país, e em Los Cayos. Os dados preliminares de quatro departamentos atribuem 39 por cento ao cantor de compas, música de dança do Haiti, e 31 por cento a Manigat, 70 anos. Professora universitária de Ciências Políticas formada em França, mulher de Leslie Manigat, efémero Presidente deposto em 1988 por um golpe militar, após escassos quatro meses no poder, a candidata era a favorita nas sondagens. Célestin não ultrapassa na contagem provisória os 12 por cento e o partido oficial Inite (Unidade) já admitiu que pode ter perdido as eleições presidenciais, mas também as legislativas. Os resultados têm divulgação prevista a partir do próximo domingo. “Somos democratas convictos, o Inite está pronto a aceitar a alternância democrática”, disse o seu coordenador, Joseph Lambert, citado pela AFP. Face aos dados conhecidos, quer Martelly quer Manigat fizeram marcha-atrás na intenção de contestar o escrutínio. O primeiro, que no domingo tomou a iniciativa de denunciar as irregularidades que favoreceriam Célestin e pedir a anulação, afirmou que “deve respeitar-se a vontade das pessoas” e declarou-se disponível para aceitar a decisão da Comissão Eleitoral. A candidata também arrepiou caminho: “Continuo na corrida, tenho boas hipóteses de ganhar”, afirmou. O organismo eleitoral considerou que a fraude foi, afinal, um problema pontual em cerca de 50 das 1500 assembleias eleitorais. Os resultados da primeira volta das presidenciais devem ser conhecidos a partir do próximo domingo, 5 de Dezembro, mas o Conselho Eleitoral poderá fazer antes disso um balanço dos incidentes. Em disputa estão também 11 dos 30 lugares no Senado e 99 assentos de deputado.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher comunidade