Quem matou Asunta? Caso de infanticídio está a chocar Espanha
Pais de menina de 12 anos encontrada morta no domingo são principais suspeitos. Estão detidos por delito de homicídio. (...)

Quem matou Asunta? Caso de infanticídio está a chocar Espanha
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento -0.6
DATA: 2013-09-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pais de menina de 12 anos encontrada morta no domingo são principais suspeitos. Estão detidos por delito de homicídio.
TEXTO: Na quarta-feira, a Guardia Civil espanhola interrompia as cerimónias fúnebres de Asunta, uma menina de 12 anos cujo corpo foi encontrado três dias antes numa zona de floresta de Santiago de Compostela com sinais de violência. Enquanto o corpo de Asunta era cremado, as autoridades detinham aquela que agora é a principal suspeita da sua morte: a mãe, Rosario Porto Ortega. Testemunhos desta advogada de 44 anos cruzados com outras informações levaram à sua detenção e à do ex-marido. Esta sexta-feira, foram ouvidos em tribunal. Ficaram ambos em prisão preventiva. O caso que está a chocar Espanha foi divulgado no último domingo. Um casal encontrou nessa madrugada o corpo de uma criança com traços asiáticos, com sinais de violência, quando passeava na floresta de Cacheiras, na Galiza, e alertou as autoridades locais. A polícia confirmou que se tratava de Asunta, cujo desaparecimento tinha sido comunicado pelas 22h30 de sábado (21h30 de Lisboa) pelos pais, o jornalista Alfonso Basterra Camporro e a advogada e antiga cônsul honorária de França em Santiago de Compostela, Rosario Porto Ortega. Contactados para identificar a menor, os pais voltaram a ser questionados sobre o que tinha acontecido no último fim-de-semana, quando Asunta, menina de origem chinesa que tinha sido adoptada pelo casal, desapareceu. O corpo da criança foi encontrado a cerca de três quilómetros de uma casa de campo da família em Montouto. Rosario admitiu à polícia que tinha ido fazer compras e que depois tinha estado na habitação na tarde de sábado para ir buscar umas toalhas de banho para usar no dia seguinte numa ida à praia. Asunta tinha ficado na casa onde vivem no centro de Santiago a fazer os trabalhos de casa. Durante o testemunho da mãe de Asunta a polícia encontrou incongruências, o que levantou suspeitas sobre a mulher, ainda mais quando foram encontradas imagens recolhidas por câmaras de segurança de estabelecimentos comerciais e de vigilância de trânsito perto da residência da família em Santiago. Primeiro surgem dúvidas quanto às horas em que Rosario afirmou estar separada da filha. Numa das imagens recolhida às 20h00 de sábado, aparece no seu carro com a criança. A hora não bate certo com o que afirmou quando alertou para o desaparecimento da menina. Segundo Rosario, a filha terá saído de casa entre as 19h00 e as 21h30, sem que fosse explicado para onde poderia ter ido. Vizinhos da família garantem ter-se cruzado com Rosario pelas 20h45 e que esta lhes terá dito que ia buscar a filha. Além das diferenças de horas, a hipótese de Rosario ter estado envolvida na morte da filha adensaram-se quando durante buscas realizadas à casa de Montouto foram encontradas cordas semelhantes às que estavam perto do corpo da criança deixado na floresta de Cacheiras. “A minha mãe quer matar-me”No dia da detenção de Rosario, duas professoras da escola de música que Asunta frequentava decidiram contar à polícia em Santiago de Compostela uma conversa que tiveram com aluna. Segundo o jornal El Correo Gallego, que revela esta sexta-feira alguns pormenores dos testemunhos das professoras, Asunta chegou um dia à escola perturbada e com dificuldade em falar. A criança contou que a mãe lhe tinha tentado dar comprimidos. “A minha mãe quer matar-me”, disse depois. Até àquele momento, as duas mulheres nunca tinham notado qualquer comportamento estranho em Asunta. Segundo o El Correo Gallego, que cita fontes próximas do processo, as professoras decidiram contar o sucedido aos pais da criança. As professoras admitiram ter ficado “destroçadas” com a morte da criança e por não terem alertado a polícia para o que a sua aluna lhes tinha contado. À polícia Rosario garantiu nunca tinha tido qualquer problema com a filha, com a qual tinha uma “relação excelente”, cita o El País. Sublinhou ainda as qualidades académicas de Asunta, que tinha saltado um ano na escola devido aos seus resultados. Ao jornal algumas das pessoas mais próximas de Rosario afirmaram que sempre a viram como uma mãe dedicada. Rosario foi detida na quarta-feira pela suspeita de envolvimento na morte da filha. Junto à sua casa e da esquadra para onde foi levada foi gritada a palavra "assassina". Além dos pormenores sobre a troca de horas e das cordas encontradas na casa de família, a polícia anunciou depois que a criança tinha sido fortemente medicada com um medicamento com propriedades sedativas e ansiolíticas que a advogada tomava habitualmente. Depois de drogada, a criança foi asfixiada, concluiu a autópsia. Rosario pode vir a ser acusada de assassinatoApós a detenção, Rosario negou sempre ter tido qualquer envolvimento no desaparecimento e na morte da filha e manteve a cronologia que fez das últimas 24 horas em que esteve com a menor. Esta sexta-feira, em tribunal voltou a assegurar que está inocente. O juiz responsável pelo processo ordenou a sua prisão preventiva, bem como a do ex-marido, sem possibilidade de fiança, por um delito de homicídio. O juiz aguarda os resultados completos de toxicologia para determinar se acusa ambos de assassinato. Inicialmente foi avançado que se teria tratado de um crime motivado por uma herança deixada pelos pais de Rosario e que poderia reverter para a menor. A polícia confirmou recentemente que a beneficiária de uma grande quantia de dinheiro e propriedades é apenas a advogada. Na China, a história de que a menina adoptada tinha sido encontrada morta suscitou um pedido urgente de esclarecimentos à polícia espanhola, através da Embaixada de Espanha. Um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, citado pelo El País, pede às autoridades espanholas que “possam averiguar o mais depressa possível o que aconteceu e deter o assassino para garantir verdadeiramente a segurança e o direito legal das crianças adoptadas”. Notícia actualizada às 16h35: Acrescenta que também o pai de Asunta fica a aguardar julgamento em prisão preventiva.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte filha escola homicídio violência campo tribunal mulher prisão criança mulheres corpo assassinato chinês morta desaparecimento
Violação de adolescentes expõe pobreza e discriminação de castas no Norte da Índia
Duas raparigas, de 14 e 16 anos, foram vítimas de uma violação em grupo e, depois, enforcadas numa árvore. (...)

Violação de adolescentes expõe pobreza e discriminação de castas no Norte da Índia
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duas raparigas, de 14 e 16 anos, foram vítimas de uma violação em grupo e, depois, enforcadas numa árvore.
TEXTO: A violação e o assassínio de duas raparigas no estado indiano do Uttar Pradesh gerou uma nova vaga de protestos contra os crimes sexuais na Índia. A revolta popular tem também outro motivo: as duas raparigas eram dalitas e a população está a denunciar o caso como discriminação de castas. Para responder à indignação popular, o governo do Uttar Pradesh despediu dois polícias que se recusaram a agir quando os familiares das raparigas, que eram primas, foram à esquadra pedir ajuda porque elas tinham desaparecido. “Quando fui à esquadra, a primeira coisa que me perguntaram foi de que casta era”, contou à BBC o pai de uma das adolescentes (tinham 14 e 16 anos, segundo The Hindustan Times). “Quando lhes disse, começaram a fazer troça de mim. ”A organização por castas era um sistema de estratificação social que foi proibido pela Constituição de 1950. Na base da pirâmide social estavam os dalitas, ostracizados por todos os outros grupos e também denominados os “intocáveis”. As castas foram banidas constitucionalmente, mas a discriminação e a violência baseadas neste sistema nunca desapareceram. A apatia policial está, também, no centro dos protestos no Uttar Pradesh, mas os manifestantes, explicam os jornais indianos, fazem outras críticas ao governo estadual. Por exemplo, a falta de condições de vida nas comunidades mais pobres. Sintetizando todas as críticas — violência sexual, discriminação de castas e pobreza —, o Times of India, em editorial, considerava que o governo do Uttar Pradesh mergulhou o estado no “medievalismo”, quando não havia leis ou condições de vida adequadas. Foi na terça-feira à noite que as duas primas da aldeia de Katra Shahadatganj saíram para ir à rua, à casa de banho, e não voltaram para casa. Na manhã seguinte, foram encontradas enforcadas numa árvore da aldeia. A autópsia revelou que foram vítimas de uma violação em grupo e cinco homens da aldeia são suspeitos; um deles foi detido, os outros estão em fuga. A violência sexual está a aumentar na Índia, onde houve um aumento do número de violações e de violações em grupo, apesar de a legislação ter sido alterada para proteger as mulheres e criminalizar de forma mais dura os criminosos. As mudanças na lei ocorreram depois de, em Dezembro de 2012, uma estudante ter sido violada dentro de um autocarro em Nova Deli por um grupo de homens. A jovem mulher morreu dos ferimentos e, por toda a Índia, milhares de pessoas manifestaram-se contra a violência sexual, exigindo medidas punitivas mais duras para os criminosos. Ao contrário do que previam os legisladores, o número de casos aumentou e um relatório do Centro Asiático para os Direitos Humanos concluiu, em Abril, que por ano são registados 48. 338 casos de violações de menores na Índia — entre 2001 e 2011 houve um aumento de 336% no número de casos de violações registados.
REFERÊNCIAS:
Étnia Asiático
Já se pescaram as cinco mais belas sardinhas das Festas de Lisboa
Do feminismo ao ambientalismo, passando pelo espírito lisboeta, as cinco sardinhas vencedoras do concurso deste ano vão estar expostas durante todo o mês de Junho no Espaço Trindade. Está dado o tiro de partida para as festas da cidade. (...)

Já se pescaram as cinco mais belas sardinhas das Festas de Lisboa
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 Animais Pontuação: 7 | Sentimento 0.675
DATA: 2019-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Do feminismo ao ambientalismo, passando pelo espírito lisboeta, as cinco sardinhas vencedoras do concurso deste ano vão estar expostas durante todo o mês de Junho no Espaço Trindade. Está dado o tiro de partida para as festas da cidade.
TEXTO: Todas de origem portuguesa e todas, também, com alguma mensagem a passar. As sardinhas vencedoras do concurso promovido pela EGEAC, a empresa municipal de cultura, estão escolhidas e não passam ao lado dos temas mais debatidos na sociedade. Por isso, e como não poderia deixar de ser, o alojamento local, que se espalhou por toda a cidade, lá aparece com a forma do pequeno peixe. Paredes amarelas, canteiros, varandas estreitas e esquinas lisboetas. Com o lançamento destas sardinhas em cartão, a cidade prepara-se para acender grelhadores, escolher tronos de Santo António e montar arraiais. Mas comecemos pela rainha da festa. Tal como o alojamento local, também os movimentos sociais e ambientais, que cada vez mais voz ganham, se fizeram ouvir neste concurso. O plástico preenche os oceanos, aqui preenche a conhecida sardinha, numa alusão aos perigos do uso do plástico e às consequências do mesmo. O movimento feminista, que recentemente foi eleito como um dos projectos vencedores do orçamento participativo de Lisboa, é agora retratado numa das eleitas. Em tons de roxo e verde, cores que marcam o movimento, estão representadas várias mulheres – com diferentes estratos sociais, etnias, origens e culturas. A representação dos vários movimentos culmina numa multidão, num “cardume” de indivíduos que “andam como se fossem uma só”, todos juntos numa sardinha. O concurso tinha como mote “100% sardinha” mas abriu mais os horizontes com apelos à sustentabilidade e menor consumo. A nona edição do concurso teve bastante adesão: 31 nacionalidades e idades compreendidas entre os 8 e os 87 anos. Os cinco vencedores recebem, além do reconhecimento, um prémio no valor de dois mil euros. Também nas menções honrosas, eleitas através de uma votação nas redes sociais, se elegeram cinco sardinhas. Todos os vencedores, tanto de um concurso como de outro, são de Portugal. 2019 traz outras novidades ao concurso: este foi pela primeira vez alargado às escolas, para estimular a participação dos estudantes do 1º, 2º e 3º ciclos, através da criação da “Turma da Sardinha”. A turma vencedora, este ano, é da Escola Secundária Marques de Castilho. Mas não é só com peixe em grelhadores, vinho e música popular que se faz a festa em Lisboa. Há 500 anos foram feitas as circum-navegações de Fernão de Magalhães e, há 75 nasceu António Variações. Daqui a uma semana, ambos são celebrados na cidade, uma homenagem inserida do extenso programa que ocupa todo o mês de Junho. A Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) trazem para as ruas da cidade um evento que funde a modernidade com o carácter tradicional e popular das festas lisboetas. “Antes de haver Festas de Lisboa já havia festas em Lisboa”, afirma o presidente da CML, na conferência de imprensa onde o programa foi apresentado. A ideia, explica também a presidente da EGEAC, Joana Gomes Cardoso, é precisamente celebrar esse “casamento improvável”, numa cidade que tem tanto do futuro como tem do passado. Arranca no dia 1 de Junho, com uma performance de funambulismo – a arte circense de caminhar sobre uma corda em posição elevada – por Tatiana-Mosio Bongonga. Na Alameda D. Afonso Henriques, a 33 metros do chão, a artista vai caminhar sobre uma corda bamba por mais de 300 metros, numa alusão às viagens de Fernão de Magalhães e à vontade e coragem de alguém se “lançar rumo ao desconhecido”. “Linhas Voadoras”, às 19h30, dá início a um mês com centenas de eventos. No mesmo dia, em que se celebra o Dia da Criança, a Quinta das Conchas recebe o espectáculo Guardar Segredo, distribuído por guarda-fatos espalhados por todo o espaço. No interior de cada um caberá uma performance, apenas com um espectador, onde se falará de segredos e de os guardar. Também o teatro LU. CA – que celebra nesta edição o seu primeiro aniversário – se muniu de programação infanto-juvenil, espalhada pelos primeiros três dias do mês. É em mês de Santo António que as marchas voltam à rua e este ano voltam a ser 23 as que descem a Avenida da Liberdade – e contam também com uma convidada, a Marcha Popular da Ribeira de Frades. Já o Castelo de S. Jorge recebe noites de fado com outros dois “casamentos improváveis”: Ana Moura junta-se aos Sopa de Pedra, no dia 14 de Junho, e Raquel Tavares sobe ao palco com Gospel Collective no dia 15. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O fim do mês traz outros festivais para as ruas de Lisboa, como o Com’Paço e o Lisboa Mistura. Entre bandas filarmónicas e diversidade cultural, a Alameda D. Afonso Henriques e a Quinta das Conchas recebem música num contexto que celebra a diversidade e a arte. O mês termina relembrando alguém que sempre esteve à frente do seu tempo. Num espectáculo com Ana Bacalhau, Manuela Azevedo, Conan Osiris, Paulo Bragança, Selma Umasse e Lena D’Água, o Jardim da Torre de Belém inunda-se da obra de António Variações. No ano em que celebraria 75 anos, Lisboa traz à memória dos portugueses o artista futurista que nem o presente consegue conter. O espectáculo, que encerra o evento, fará uma viagem pelo reportório do artista, agora reinterpretadas pelos artistas e pela Orquestra Metropolitana de Lisboa. Texto editado por Ana Fernandes
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola cultura rainha consumo criança mulheres casamento feminista
FUCCCS (Frente Unida Cavaco-Coelho Contra Syriza): #fazqueixinhasdosgregos
A “Casa Comum da Europa”, de Jacques Delors, está com uma acção de despejo. Ou não? Entretanto no Olimpo, Zeus já se disfarçou outra vez de touro branco e vai descer para raptar a Europa. Mas agora, em vez de Creta, leva a princesa para o Mar Negro, onde vão fazer filhos numa dacha de Putin ao lado. (...)

FUCCCS (Frente Unida Cavaco-Coelho Contra Syriza): #fazqueixinhasdosgregos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-09-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: A “Casa Comum da Europa”, de Jacques Delors, está com uma acção de despejo. Ou não? Entretanto no Olimpo, Zeus já se disfarçou outra vez de touro branco e vai descer para raptar a Europa. Mas agora, em vez de Creta, leva a princesa para o Mar Negro, onde vão fazer filhos numa dacha de Putin ao lado.
TEXTO: Cavaco — Estás aí?Coelho — Estou. E tu?Cavaco — Também, ou não estávamos a falar no chat, def! Lol. Coelho — Baralhado com isto dos gregos. Amocham, não amocham, amocham, não amocham… Mas quando é que eles percebem a suprema beleza de obedecer às ordens?Cavaco — A alegria de ser o melhor aluno…Coelho — E de levar tampas das miúdas e porrada no recreio. Estes rufias do Syriza fizeram da Europa Unida uma montanha russa de negociações. Cavaco — Por falar nisso, e se os tipos desistem e se viram mesmo para os russos?. . . Coelho — Ora, temos uma almofada financeira até ao final do ano que nos dá para fazer ó-ó, como tu dizes. Não há risco de contágio. Somos um país rico e próspero sentado num monte de dinheiro, lol…Cavaco — Viste o Tsipras a sorrir?Coelho — Esse gajo enerva-me. Cavaco — E o vaidosão do Varoufakis?Coelho — Esse tem o ego cheio não sei de quê. Cavaco — Mulheres. O ego cheio de vitórias tenho eu. Não percebo por que é que não convidaram o maior especialista mundial em dívida grega para ir lá resolver a bronca. Coelho — Eu?Cavaco — Eu, ó tecla 3. Ainda não encheste o ego com eleições, jovem, só ganhaste uma vez e nem sabes se a repetes. Coelho — Em Setembro conto com a tua ajudinha, como de costume. Cavaco — Vejo na TV a Lagarde, vejo o Juncker e o (deixa-me ver aqui a cábula) Jeroen Dijsselboen…Coelho — Quem?Cavaco — Aquele que enrola os caracolinhos com gel, parece o dr. da bola da SIC, o Rui Santos. O holandês do Eurogrupo. Coelho — É cá dos meus. Sabes o que é que eu fazia à Grécia mais aos seus contos de crianças? Mandava-lhes uma SMS com a sua demissão irrevogável do euro, como o Portas, ahahah. Cavaco — Eu dizia lá em Bruxelas — muitos milhões estão a ser tirados dos bolsos dos portugueses para a Grécia, estamos fartos e não há excepções. Quem não cumpre as regras orçamentais europeias e do défice tem de ser punido, não há excepções!Coelho — A não ser a Alemanha. Cavaco — A não ser a Alemanha… Hum, e a França. Coelho — E a França, claro. Cavaco — Bom, e mais um ou dois países. Mas isso só acontece quando é mesmo preciso, não em situações em que abusam da nossa paciência como na Grécia. Há uma emergência social na Grécia, a dívida é impossível de pagar com este programa e está em risco o futuro da Europa? Isso são lá razões!Coelho — Não diria melhor. Em vez de cortarem mais nas pensões e salários, e aumentarem apenas o IVA dos bens essenciais, queriam ainda aumentar os impostos das empresas? É abusar da boa-fé dos investidores e dos credores e dos armadores. Cavaco — O FMI tinha mesmo de recuar perante uma proposta socialmente tão injusta. Coelho — Quando uma das partes não está de acordo com quem manda, é impossível negociar. Cavaco — Chantagistas. Se querem sair do euro, saiam. Nós felizmente temos uma almofada. Coelho — Uma gorda almofada… Sabes, eu até tinha uma simpatia de princípio com o Tsipras. Na campanha também fez promessas que não ia cumprir, como eu. Mas para quê este sofrimento desnecessário?. . . Cavaco — Do povo grego?Coelho — Dos credores, Cavaco — Claro, desculpa, agora baralhei-me. Coelho — Apetece-me gritar-lhe na cara — Alexis Tsipras, hello, já ganhaste as eleições!Cavaco — Já estás com o ego cheio, Tsipras!Coelho — Mas não. Para que é que ele continua a teimar em tentar cumprir as promessas. Quer o quê? Honrar a sua palavra?Cavaco — Receio que sim. Coelho — O irracionalismo ultrapassa-me. Ou será que é mesmo uma questão de orgulho nacional?Cavaco — Eu nem queria levantar o assunto, mas já me passou pela cabeça que os gregos estejam mesmo com essa na cabeça. Orgulho nacional! É um atentado contra a União Europeia, terra de solidariedade entre todos os seus membros e o capital privado. Os gregos, pelo contrário, só pensam em defender os próprios interesses. Coelho — Egoístas. Cavaco — É de uma irresponsabilidade total, o Tsipras. Devia ser já demitido. Coelho — Bom, nós estamos já a trabalhar para isso…Cavaco — É verdade. Mas só cumprimos os nossos deveres constitucionais como governantes eleitos democraticamente pelo povo da Grécia. Coelho — De Portugal. Cavaco — Ou isso. Coelho — Olha, está-me aqui a chegar o Relvas, ou melhor, o dr. Relvas…Cavaco — Lol. Ele não entrega mesmo o canudo?Coelho — Está em tribunal. Cavaco — Eu também não entrego as mais-valias do BPN. Era só o que faltava. Fossem a tempo!Coelho — O Miguel pergunta se depois da TAP podemos privatizar o edifício da Assembleia da República. Esse grupo de cidadãos do não-se vende-não-sei-quê dá boas ideias. Cavaco — Força, mas não se estiquem. Estamos no bom caminho. Bom, vou fazer ó-ó. Às vezes, vejo-me grego para adormecer este ego, ah, ah. Coelho — Eu mando-te a minha almofada financeira. É fofinha. Cavaco — Jokas. Coelho — Jokinhas.
REFERÊNCIAS:
Reportagem: “Nunca tivemos nada assim no Brasil”
Três meninas sentadas no passeio do cemitério. Têm os olhos vermelhos de chorar. Acabaram de assistir ao enterro das colegas. “Eu estava na sala ao lado”, conta Helizabella, 14 anos, sardas e rabo-de-cavalo. “Quando começaram os tiros a gente ficou desesperada. O professor Luciano disse: ‘Abaixa! Abaixa!’, para a gente deitar no chão. E ficou encostado na porta. Depois, saiu, nos trancou por dentro para o atirador não entrar e desceu para chamar a polícia. Foi um verdadeiro herói. Aí quando a polícia chegou arrombou a porta.” (...)

Reportagem: “Nunca tivemos nada assim no Brasil”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 Animais Pontuação: 3 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Três meninas sentadas no passeio do cemitério. Têm os olhos vermelhos de chorar. Acabaram de assistir ao enterro das colegas. “Eu estava na sala ao lado”, conta Helizabella, 14 anos, sardas e rabo-de-cavalo. “Quando começaram os tiros a gente ficou desesperada. O professor Luciano disse: ‘Abaixa! Abaixa!’, para a gente deitar no chão. E ficou encostado na porta. Depois, saiu, nos trancou por dentro para o atirador não entrar e desceu para chamar a polícia. Foi um verdadeiro herói. Aí quando a polícia chegou arrombou a porta.”
TEXTO: A turma saiu correndo, gritando, descendo para a rua. Há vídeos na Internet. “Eu conhecia todos os que morreram, todos, todos”, diz Helizabella. A gente já estudou juntos, alguns já repetiram…” Este é o cemitério Jardim da Saudade, onde cinco crianças vão ficar sepultadas. Por aqui passaram esta manhã o prefeito Eduardo Paes, o secretário estadual de Segurança José Mariano Beltrame, os chefes da Polícia Civil e da Polícia Militar, e muitas centenas, talvez milhares de pessoas. As crianças mortas são já 12 (10 meninas e dois meninos). Vários feridos, alguns em estado grave continuam no hospital, pelo que é possível que o número de mortos suba. Na manhã de quinta-feira, ao entrar com dois revólveres na escola Tasso da Silveira, bairro de Realengo, periferia do Rio de Janeiro, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, visou sobretudo as meninas, atirando à cabeça e ao tórax. O corpo do assassino, que segundo a polícia se matou com um tiro na cabeça depois de ter sido baleado, ainda não foi reclamado pela família. O referendo das armasDo Jardim da Saudade as três meninas ainda hão-de ir para o cemitério de Murundu, onde outros funerais estão a acontecer. Wellington não só tinha dois revólveres como muita munição. A polícia recolheu 60 balas deflagradas e 100 não deflagradas. “Tem que proibir as armas, com certeza”, diz Helizabella. Fora isso, ela só quer “pedir paz e agradecer a Deus e ao professor Luciano”. Em 2005, o Brasil votou um referendo que propunha a proibição de comércio de armas e munições para civis. Praticamente dois terços dos eleitores (63, 9 por cento) rejeitaram a proposta. Mas agora, desde o massacre, o tema está de novo em debate, nos blogues, nas redes sociais e entre as autoridades. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu o reinício das campanhas de desarmamento. O grito de Ágata e Ana Paula é outro. Elas estão na subida do cemitério, com t-shirts que dizem “Luiza, Saudade Eterna”. Família e amigos juntaram-se para fazer 50 t-shirts, e estão todos aqui em volta, com o nome e o rosto da morta ao peito. Ágata e Ana Paula são primas de Luiza, uma de sangue, outra de facto, e o protesto delas não é contra as armas, é contra a falta de segurança. “O Barack Obama veio cá e tinha até atirador de elite, mas na escola não tem nada!”, diz Ana Paula. “A gente está sem segurança. Já não confiamos em ninguém. A nossa segurança é Deus!”Continuando a subir, há grupos de estudantes e família com painéis lembrando outra morta, Karine. Mais adiante, no meio do relvado, colinas verdes ao fundo, está a ser enterrado Rafael. Família e amigos também estão com uma t-shirt a dizer Rafael, e o rosto dele. Um cartaz protesta contra a falta de segurança. Helicópteros da polícia zunem lá no alto. Andam a lançar pétalas sobre as campas do massacre. O horror inéditoEntre a multidão, anónima, está Benedita da Silva, ex-ministra de Lula e ex-governadora do Rio, actualmente deputada em Brasília. As câmaras estão longe dela, ou ela longe das câmaras, uma lágrima a escorrer pela cara, negra toda vestida de branco, óculos escuros, assistindo ao enterro de Rafael, sob um sol ardente. “O Brasil perdeu uma oportunidade de desarmar o povo quando fizemos o plebiscito”, diz, acompanhada por uma assessora muito discreta, quando a cerimónia termina. “Eu considero que esta foi uma das maiores tragédias do Brasil. Claro que uma pessoa que estudou na escola, que mora ali do lado, vai ter mais facilidade de entrar. Vai ler na cara dessa pessoa o que ela está planejando? Nós nunca vivemos uma situação dessas. Eu estava em Brasília, e quando vi o que tinha acontecido me senti… [recomeça a chorar] Fazer o quê diante disso?”
REFERÊNCIAS:
Criança de ano e meio morre no Porto depois de ter sido mordida por um cão
Uma menina com 1 ano e meio de idade morreu nesta segunda-feira, no Porto, na sequência dos ferimentos resultantes das mordidelas de um cão, disse à agência Lusa fonte da PSP do Porto. (...)

Criança de ano e meio morre no Porto depois de ter sido mordida por um cão
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 Animais Pontuação: 12 | Sentimento -0.03
DATA: 2012-08-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma menina com 1 ano e meio de idade morreu nesta segunda-feira, no Porto, na sequência dos ferimentos resultantes das mordidelas de um cão, disse à agência Lusa fonte da PSP do Porto.
TEXTO: Segundo a mesma fonte policial, o incidente aconteceu cerca das 17h, numa habitação na Rua de Camões, no Porto, quando um menina com 1 ano e meio sido mordida por um cão. “Na sequência dos ferimentos, a criança acabou por falecer no Hospital S. João”, acrescentou a mesma fonte. Segundo fonte do hospital S. João, “a criança sofreu vários traumatismos, que resultaram numa hemorragia abundante, o que provocou a paragem cardiorrespiratória”. No local estiveram a PSP do Porto e o INEM. Segundo fonte da polícia, o acidente foi comunicado ao canil municipal, sendo responsabilidade deste a recolha do animal, que pertence aos donos da habitação.
REFERÊNCIAS:
Fotografia de afegã mutilada vence World Press Photo
O retrato de uma mulher afegã, mutilada no nariz, valeu à repórter sul-africana Jodi Beiber o grande prémio do concurso internacional World Press Photo 2010. O vencedor foi hoje anunciado em Amesterdão. A fotografia, que foi capa da revista “Time” a 1 de Agosto de 2010, revela uma jovem afegã de 18 anos, Bibi Aisha, a quem o marido cortou o nariz e as orelhas por ela ter voltado para a família, depois de o acusar de maus tratos. Bibi Aisha voltou depois a fugir do marido que a maltratava diariamente e contou a sua história. A jovem foi ajudada por uma organização de apoio a mulheres vítimas de violência e enviada para os Estados Unidos, onde mais tarde foi operada, recuperando o seu nariz. (...)

Fotografia de afegã mutilada vence World Press Photo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 Africanos Pontuação: 3 | Sentimento 0.3
DATA: 2011-02-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: O retrato de uma mulher afegã, mutilada no nariz, valeu à repórter sul-africana Jodi Beiber o grande prémio do concurso internacional World Press Photo 2010. O vencedor foi hoje anunciado em Amesterdão. A fotografia, que foi capa da revista “Time” a 1 de Agosto de 2010, revela uma jovem afegã de 18 anos, Bibi Aisha, a quem o marido cortou o nariz e as orelhas por ela ter voltado para a família, depois de o acusar de maus tratos. Bibi Aisha voltou depois a fugir do marido que a maltratava diariamente e contou a sua história. A jovem foi ajudada por uma organização de apoio a mulheres vítimas de violência e enviada para os Estados Unidos, onde mais tarde foi operada, recuperando o seu nariz.
TEXTO: Para o júri do World Press Photo, o retrato demonstra a dignidade da jovem afegã perante um caso de violência contra as mulheres. “Esta é uma daquelas fotografias que nos marcam para a vida”, disse David Burnett, presidente do júri do World Press Photo. Para Ruth Eichhorn, membro do júri, esta fotografia tem uma imagem muito forte. “Passa uma mensagem muito poderosa para o mundo, cerca de 50 por cento da população são mulheres, e muitas delas vivem em condições miseráveis, sofrem uma constante violência”, acrescentou Eichhorn, no site oficial do prémio. Vince Aletti, também membro do júri, esta fotografia não representa apenas aquela mulher mas todas as mulheres que silenciosamente são maltratadas no mundo. “É uma fotografia completamente diferente, uma fotografia assustadora”, atesta. “O World Press Photo tem como objectivo mostrar as fotografias a uma audiência maior e levá-la a questionar sobre aquilo que se passa. Com esta fotografia as pessoas vão perguntar o que se está a passar no mundo, como é que estas coisas existem nos dias de hoje”, explicou Aidan Sullivan, membro do júri, acrescentando que a fotografia vai despertar o mundo para a realidade afegã. O retrato de Bibi Aisha valeu ainda à fotógrafa o primeiro prémio na categoria de retrato nesta 54ª edição do World Press Photo, o mais importante prémio de fotojornalismo. O World Press Photo 2010 premiou 56 fotógrafos, de 26 nacionalidades, em nove categorias diferentes. A edição deste ano bateu o recorde de participação, tendo sido submetidas a concurso 108059 fotografias, de 5847 fotógrafos, de 125 países diferentes. Notícia actualizada às 11h11 e corrigida às 12h57
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência mulher mulheres
Nigéria rejeita troca de adolescentes raptadas por islamistas detidos
“Sabem como as libertámos? Essas raparigas tornaram-se muçulmanas”, afirma líder do Boko Haram num vídeo que mostra mais de uma centena de raparigas (...)

Nigéria rejeita troca de adolescentes raptadas por islamistas detidos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: “Sabem como as libertámos? Essas raparigas tornaram-se muçulmanas”, afirma líder do Boko Haram num vídeo que mostra mais de uma centena de raparigas
TEXTO: O grupo islamista Boko Haram propôs trocar as mais de 200 adolescentes que mantém sequestradas desde meados de Abril pelos seus militantes que as autoridades da Nigéria têm presos. A oferta, feita num vídeo divulgado esta segunda-feira, foi rejeitada pouco depois. “Não cabe ao Boko Haram pôr condições”, disse à AFP o ministro do Interior, Abba Moro, excluindo a possibilidade de “trocar uma pessoa por outra”. Questionado directamente sobre se a oferta seria rejeitada, respondeu: “Claro”. Durante os 27 minutos de duração do vídeo, divulgado esta segunda-feira pela agência de notícias francesa, Abubakar Shekau fala durante 17 e diz que as estudantes, com idades entre os 12 e os 17 anos, seriam libertadas se o mesmo acontecesse a todos os islamistas do Boko Haram detidos na Nigéria, cujo número não foi divulgado. Shekau fala à frente de um fundo verde, veste uniforme militar e tem junto ao corpo uma espingarda automática Kalachnikov. Em nenhum momento aparece junto das raptadas. Nada permite perceber onde nem quando foram filmadas as imagens nem se o líder islamista está no mesmo local em que as raparigas se encontram. As estudantes, para cima de uma centena, surgem num espaço ao ar livre, mostrando apenas o rosto, a recitar o Corão. Duas das três que falam no vídeo declaram que eram cristãs mas mudaram de religião. A terceira afirma que já antes era muçulmana. Uma, com um olhar fugidio, e que a agência descreve como visivelmente coagido, diz que não foram maltratadas. Abubakar Shekau afirma que as raptadas se converteram ao islamismo. “Essas raparigas com que tanto se preocupam, de facto já as libertámos [. . . ] e sabem como as libertámos? Essas raparigas tornaram-se muçulmanas”, afirma, sorrindo. “Só as vamos libertar depois de libertarem os nossos irmãos. ” Noutra passagem, afirma, porém, que a troca que propõe só incluiria as “que não se converteram ao Islão”. No total, foram 276 as raparigas raptadas no dia 14 de Abril e outras 11, entre os 12 e os 15 anos, no início de Maio em Chibok, estado de Borno, nordeste, zona de importante presença do Boko Haram mas onde vive uma expressiva comunidade cristã. Do grupo de 276, dezenas conseguiram fugir mas 223 permanecem, segundo a polícia, nas mãos do Boko Haram. Num vídeo divulgado há uma semana, o líder do grupo disse que as raparigas seriam tratadas como escravas e ameaçou “vendê-las no mercado” e casá-las à força. As declarações provocaram indignação a nível internacional e chamaram a atenção para uma organização que pretende criar um estado islâmico no norte da Nigéria. O veterano repórter da BBC John Simpson, que está na cidade de Miduguri, numa área em que ocorrem com frequência ataques do Boko Haram, considera que a proposta de troca das reféns por prisioneiros tem um dado novo - mostra disponibilidade do grupo para negociar. Estados Unidos, Reino Unido e França enviaram especialistas para ajudarem as forças de segurança nigerianas na busca das jovens desaparecidas. China e Israel ofereceram auxílio. No domingo, o Presidente francês, François Hollande, propôs a realização de uma cimeira sobre a segurança na Nigéria em que participariam o país afectado e quatro vizinhos – Chade, Camarões, Níger e Benim. Hollande disse ter pedido também aos norte-americanos e aos britânicos para se fazerem representar na reunião que poderá realizar-se no próximo sábado, em Paris. O governador do estado de Borno disse entretanto que as jovens foram avistadas, e não terão sido levadas nem para o Chade nem para os Camarões, como chegou a ser admitido. Kashim Shettima limitou-se a dizer que passou ao Exército da Nigéria as informações que recebeu. Os ataques do Boko Haram começaram em 2009 e têm vindo a alargar-se geograficamente, tendo já causado milhares de mortos – só este ano já são mais de dois mil.
REFERÊNCIAS:
Religiões Islamismo
Criança de 12 anos violada pelo padrasto foi autorizada a abortar
Especialistas do hospital consideram que há o risco de a menina sofrer danos psíquicos irreversíveis se a gravidez prosseguir. (...)

Criança de 12 anos violada pelo padrasto foi autorizada a abortar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Especialistas do hospital consideram que há o risco de a menina sofrer danos psíquicos irreversíveis se a gravidez prosseguir.
TEXTO: A menina de 12 anos que está grávida de cinco meses depois de alegadamente ter sido violada pelo padrasto vai poder interromper a gravidez. Tomada por uma equipa multidisciplinar de especialistas do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde a menor está internada, a decisão terá contado com o aval do Ministério Público da Amadora que está a acompanhar o caso. A polémica decisão que visou salvaguardar “o superior interesse da criança” não foi tornada pública pelo hospital, que assim quis proteger a "privacidade" da menina e a "confidencialidade" médica, mas o Diário de Notícias e o Correio da Manhã divulgam-na esta quinta-feira, citando fontes judiciais. O hospital adiantara apenas, em nota de imprensa, que a decisão foi tomada pela “direcção clínica da instituição e por pediatras, pedopsiquiatras, obstetras, psicóloga e assistentes sociais” que analisaram em conjunto “o contexto inerente à criança”. Acrescentara que a equipa levou em conta “os aspectos clínicos, éticos, jurídicos e sociais que decorrem da situação em causa” e tomou uma decisão “considerando o superior interesse da criança”. De acordo com o Código Penal, uma gravidez resultante de violação pode ser interrompida até às 16 semanas, mas admite-se o aborto até às 24 semanas se existirem razões para crer que o nascituro sofrerá de grave e incurável doença e não se estabelece qualquer prazo se estiver em causa a grave e irreversível lesão física ou psíquica da mulher. Terá sido justamente o risco de danos irreversíveis para a saúde psíquica da menina o motivo invocado para justificar a decisão da equipa de especialistas do hospital. A criança fica agora a cargo dos pedopsiquiatras que a acompanharão em todo o processo, soube o PÚBLICO. Com uma história de vida muito atribulada, a menina foi levada para o hospital por funcionários da escola que frequenta quando estes perceberam que estava grávida. Com apenas três anos, ela foi retirada à família (por outros motivos) e passou um ano e meio numa instituição. Acabou por regressar a casa, onde, com cerca de seis anos, teria sido já abusada sexualmente pela primeira vez pelo padrasto. Na altura, a polícia chegou a investigar a situação, mas o caso foi arquivado porque a criança negou. As primeiras relações sexuais com penetração terão começado aos dez anos e continuaram sem que ela dissesse nada a ninguém, segundo fonte da investigação. Agora, face à prisão preventiva do padrastro que foi decretada após primeiro interrogatório judicial, e perante a constituição da mãe da menina como arguida, por se ter mantido em silêncio face aos abusos, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Amadora abriu um processo de promoção e protecção de menor em risco. Este caso é fora do comum porque, além da idade da menina (completou recentemente 12 anos), ela está grávida de mais de 20 semanas, o que significa que ultrapassou o prazo previsto na lei portuguesa para poder abortar por ter sido vítima de violação. Quanto ao padastro, com 43 anos, a Directoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária que o deteve no fim-de-semana destacou que “os abusos já decorriam desde há dois anos” e que o suspeito tem “antecedentes por crimes de idêntica natureza”. A mãe da menor, que está com termo de identidade e residência por alegada conivência com os abusos sexuais perpetrados pelo companheiro, arrisca-se a ser condenada se se provar que sabia da situação. Citado pela Rádio Renascença, o Ministério Público confirmou que está a acompanhar este caso. Em resposta escrita, a Procuradoria-Geral da República adianta que há duas diligências em curso: um inquérito no Departamento de Investigação e Acção Penal e um processo de promoção de protecção, que corre no Tribunal de Família e Menores.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aborto lei escola tribunal mulher prisão violação criança doença
No 'debate do abracinho' a escocesa tentou seduzir o trabalhista
Nicola Sturgeon ofereceu uma coligação governativa a Ed Miliband. Rodeado de mulheres – Farage também lá estava mas foi bastante ignorado –, Miliband não sucumbiu à sedução, que disse ser perigosa. (...)

No 'debate do abracinho' a escocesa tentou seduzir o trabalhista
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nicola Sturgeon ofereceu uma coligação governativa a Ed Miliband. Rodeado de mulheres – Farage também lá estava mas foi bastante ignorado –, Miliband não sucumbiu à sedução, que disse ser perigosa.
TEXTO: Já todos disseram, vezes sem conta, o que querem para o país. Já todos apresentaram um programa eleitoral. Já todos se enfrentaram num debate. Mas mesmo assim, no debate de quinta-feira à noite entre os líderes de alguns dos partidos que concorrem às legislativas britânicas, houve surpresas — e Ed Miliband esteve no centro delas. Na última pergunta, a plateia (que formulou as cinco questões à volta das quais andou a discussão) quis saber quem se coligará (ou aliará) com quem se, como as sondagens indicam, não houver um partido com maioria absoluta. A líder do Partido Nacional Escocês (SNP), Nicola Sturgeon, ofereceu-se para parceira de coligação ao líder trabalhista e pediu a Miliband para esquecer as divergências em nome da derrota do actual primeiro-ministro, o conservador David Cameron. "Ed, seja o que for que o afasta de mim, estou certa de que não significa nada comparado com o que nos afasta a ambos dos tories", disse Sturgeon. Nem pensar, respondeu o trabalhista. O SNP, que vai eleger um número recorde de deputados e ter um enorme poder no próximo Parlamento, quer capitalizar este bom momento para repetir, no prazo de cinco anos, o referendo sobre a independência da Escócia. Miliband respondeu-lhe que as diferenças são "estruturais" e que nunca porá em causa a unidade do Reino Unido. Sturgeon, por seu lado, prometeu que "nunca, mas nunca" se aliará aos conservadores. E deixou uma frase em tom de ameaça: se por teimosia o trabalhista rejeitar esta proposta e Cameron voltar a Downing Street, o povo nunca perdoará a Ed Miliband. Miliband — os outros participantes foram Natalie Bennett (Verdes), Leanne Wood (Partido de Gales) e Nigel Farage (UKIP) — desviou-se bem da ratoeira, segundo disse no fim do debate à BBC o seu estratega de campanha, Douglas Alexander. "A verdade é que você quer jogar um jogo para se ver livre do governo torie. Ora eu posso garantir que se votarmos labour nos veremos livres do governo torie", disse Miliband. Os comentadores explicaram logo a seguir que o trabalhista também está a fazer o seu jogo, apenas não o mostra todo: Miliband rejeitou uma coligação governativa, mas não deitou fora alianças parlamentares com os escoceses. Ou com os Verdes ou os galeses, que saíram do debate mais próximos, ou pelo menos asism o mostraram as três líderes. A dado momento, Sturgeon tornou-se numa espécie de porta-voz das outras mulheres no debate, prontas todas elas para se juntarem aos trabalhistas contra Cameron, mas pedindo-lhe (ou exigindo) políticas verdadeiramente alternativas e uma viragem clara à esquerda, numa demarcação clara em relação às soluções políticas de Cameron. O entendimento tácito das três mulheres foi tão óbvio que, no final, foram atraídas para um abraço de grupo – e este foi o "debate do abracinho", titularam logo alguns jornais britânicos. David Cameron não participou no debate, disse que já tinha ido a um e bastava. E proibiu os colegas de coligação, os liberais democratas, de comparecerem. Mas comentou-o avisando que uma aliança entre os trabalhistas e os escoceses resultaria numa "calamidade" que arrasaria com a economia, fazendo o país regredir para a recessão. Quando parou a luta Miliband/Sturgeon, surgiu a segunda surpresa da noite. O líder do Partido da Independência do Reino Unido, Nigel Farage, disse que se não fosse a recusa dos trabalhistas em realizar um referendo sobre a presença do reino na União Europeia se juntava a Miliband contra Cameron. O moderador, apanhado de surpresa, obrigou Farage a repetir o que tinha dito. "É um mistério" e uma pena, disse o líder do UKIP, que sejam precisamente os trabalhistas — o partido de passado eurocéptico — a recusarem "dar ao povo a oportunidade de se pronunciar" sobre o assunto. Miliband não respondeu. Ignorou Farage que, quando os microfones se desligaram, também foi ignorado pelas mulheres abraçadas. A dado momento, Sturgeon quebrou o quadro das Três Graças (o título de um outro jornal para este debate) e estendeu a mão para Miliband apertar. No extremo direito, onde ironicamente foi posicionado, ficou Nigel Farage, sozinho.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE