Vários mortos num tiroteio em campo de refugiados na Somália
Um tiroteio entre pessoas que escoltavam uma caravana do Programa Alimentar Mundial e um grupo de homens armados causou vários mortos no campo de refugiados de Badbaado, em Mogadíscio, a capital da Somália, onde estão instaladas cerca de 30 mil pessoas que fugiram à fome causada pela pior seca dos últimos 60 anos. (...)

Vários mortos num tiroteio em campo de refugiados na Somália
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 Africanos Pontuação: 12 | Sentimento -0.1
DATA: 2011-08-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um tiroteio entre pessoas que escoltavam uma caravana do Programa Alimentar Mundial e um grupo de homens armados causou vários mortos no campo de refugiados de Badbaado, em Mogadíscio, a capital da Somália, onde estão instaladas cerca de 30 mil pessoas que fugiram à fome causada pela pior seca dos últimos 60 anos.
TEXTO: Ao início da tarde desta sexta-feira não era ainda claro o que tinha acontecido. Um dos refugiados, Aden Kusow, contou à Reuters que “pelo menos dez pessoas morreram e 15 outras ficaram feridas”. Sete das vítimas dos disparos terão morrido dentro do campo e outras três no exterior, “grande parte refugiados”. Segundo a AFP, morreram cinco refugiados. A caravana do Programa Alimentar Mundial que levava ajuda humanitária para o campo foi atacada por homens armados e fardados, que terão pretendido saquear a comida. Um dos motoristas da caravana, Abdikadir Mohamed, contou à AFP que “muitas pessoas correram para se proteger quando começou a troca de tiros entre a escolta de segurança [que acompanhava a caravana do Programa Alimentar Mundial] e os atacantes”. O Programa Alimentar Mundial diz ter 290 toneladas de milho disponíveis para distribuir no local e confirmou o incidente. Uma testemunha contou à Reuters que viu um soldado morto quando fugiu com os seus três filhos do local do tiroteio. E Ali Isa, que trabalha para uma organização não governamental parceira do PAM, confirmou à AFP que “a ajuda alimentar foi toda roubada e houve vítimas”. Explicou que se tratava de uma caravana de dez camiões com 300 toneladas de ajuda que iriam ser distribuídas no campo de refugiados. Na Somália há cerca de 3, 7 milhões de pessoas em risco devido à fome, grande parte no Sul do país. A crise alimentar no Corno de África está a afectar cerca de 12 milhões de pessoas. Aos campos em redor da capital somali chegaram cerca de 100 mil pessoas nos últimos dois meses, e o número aumenta a cada dia que passa. Muitas fizeram centenas de quilómetros e enfrentaram a ameaça da milícia Al-Shabaab, com ligações à Al-Qaeda, que controla parte da capital e do Sul da Somália. O primeiro-ministro do fragilizado Governo somali, Abdiweli Mohamed Ali, visitou o campo e prometeu tomar medidas “contra os responsáveis por este caos”. Mas nesta situação de emergência humanitária o trabalho das organizações de apoio torna-se cada vez mais arriscado. Sacdia Kassim, que trabalha numa organização parceira do Programa Alimentar Mundial, disse à Reuters que o roubo de comida tem-se tornado recorrente em Mogadíscio. “Muitas vezes vemos as forças governamentais ou os residentes a saquear comida que é para os refugiados”.
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Palavras-chave homens campo fome ajuda humanitária morto
Inundado de refugiados, Ocidente olha de forma diferente para Assad
O debate sobre a presença militar da Rússia na Síria esconde a grande mudança operada neste Verão. Assad, mais do que o problema, é cada vez mais parte da solução. Até para os refugiados que ele próprio criou. (...)

Inundado de refugiados, Ocidente olha de forma diferente para Assad
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O debate sobre a presença militar da Rússia na Síria esconde a grande mudança operada neste Verão. Assad, mais do que o problema, é cada vez mais parte da solução. Até para os refugiados que ele próprio criou.
TEXTO: Bashar al-Assad está a perder a guerra na Síria. Perde a Sul para os rebeldes moderados, a Norte e a Leste para coligações de milícias que, na sua maioria, são compostas por grupos extremistas islâmicos. As forças do regime escasseiam de meios e soldados, por morte ou deserção, e, só nesta última semana, tiveram de abandonar a última base militar do regime na província de Idlib, assim como a base aérea de Abu al-Duhur, que até agora resistira a dois anos cercada. Em Deir Ezzor, a Leste, o autoproclamado Estado Islâmico posicionou-se nos últimos dias a menos de um quilómetro de uma das últimas bases aéreas de Assad a Norte de Damasco. Perdera antes Palmira, para choque do Ocidente, e Jazal, o último grande campo petrolífero do Governo. Ambos para jihadistas. A gradual derrota de Assad está a tornar-se de tal forma evidente na Síria que até as populações alauitas, que sempre lhe foram fiéis, protestaram em Agosto contra o recente desempenho do exército. Semanas antes, o Presidente sírio admitira ao país que não tinha homens suficientes para ganhar a guerra e que tinha agora de se concentrar em territórios-chave perto da capital. Tudo isto seriam más notícias para o ditador sírio, não fosse pelo facto de a sua imagem ter gradualmente mudado nos últimos meses. Assad, o homem que mais civis matou e continua a matar na guerra da Síria, deixou de ser o principal problema do Ocidente. Aos olhos ocidentais, o Estado Islâmico é o principal responsável pela vaga de milhares de refugiados que todos os dias arriscam a vida a tentar atravessar o Mediterrâneo e fugir da guerra na Síria. O Presidente francês disse-o no início da última semana, estava ainda fresca a imagem do corpo de Alan nas costas da Turquia. François Hollande anunciava então que ia começar voos de reconhecimento na Síria para bombardear os jihadistas. A Austrália está a ponderar fazer o mesmo. O Reino Unido atacou pela primeira vez o grupo também na última semana, e indicou que poderá fazê-lo novamente. Tudo isto no espaço dos dias em que a Europa discute, dividida, o que fazer com a maior vaga de refugiados no continente desde a II Guerra Mundial. “É uma resposta imensamente insatisfatória, mas a verdade é que cada vez que fazemos algo, acabamos por fazer algo pior. As imagens dos refugiados estão a mudar as políticas, mas não estão a alterar a realidade militar”, diz ao Financial Times Steven Cook, investigador no think-tank Council on Foreign Relations. E a realidade na Síria é que é Bashar al-Assad quem mais mata. Muito mais do que os jihadistas do Estado Islâmico ou até do que o satélite da Al-Qaeda no país, a Frente al-Nusra. O regime sírio matou 7894 pessoas entre Janeiro e Julho, segundo dados da Rede Síria para os Direitos Humanos, que monitoriza o conflito a partir do Reino Unido. O Estado Islâmico matou 1131. Poucos dias depois de esta contagem terminar, em meados de Agosto, os aviões de Assad mataram mais de 104 civis nos subúrbios de Damasco num só dia. “A crise de refugiados é frequentemente olhada pelo prisma do Estado Islâmico”, diz Emile Hokayem, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, outro think-tank. “Mas a maior parte dos refugiados partem para a Europa porque estão a fugir dos ataques aéreos de Assad e das suas bombas-barril. ”Primavera de AssadA resposta militar e diplomática do Ocidente, contudo, centra-se cada vez mais no Estado Islâmico e cada vez menos em Assad. O Parlamento britânico discutiu na última semana uma proposta para que Assad fizesse parte de um Governo de transição na Síria com a duração máxima de seis meses. O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros declarava também, em Teerão, que “chegou a hora de negociar com a Bashar al-Assad”. A reforma da imagem do ditador é anterior à explosão da crise dos refugiados na Europa. Já tinham morrido 220 mil pessoas na Síria quando, em Fevereiro deste ano, Assad se dirigiu ao mundo ocidental numa entrevista à BBC. Negou os números da guerra civil – que chegaram aos 250 mil mortos e quatro milhões de refugiados –, os assassínios e torturas nos centros de detenção. Em editorial, o Guardian sublinhava que, mais do que um “exercício de negação”, a entrevista foi a prova da “vantagem política” que ganhara com a entrada em cena do Estado Islâmico. A coligação internacional, confrontada com as matanças chocantes dos jihadistas, começava já a ignorar Assad. As negociações para a transição política na Síria iam ficando de lado. “Essa conversa já passou, tal como as exigências do mundo ocidental para que Assad abandone o poder", escrevia o jornal.
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Palavras-chave direitos morte homens guerra humanos campo homem corpo
Conflito na Síria já causou mais de 200 mil refugiados
O conflito na Síria já se prolonga há 18 meses e, para além de cerca de 23 mil mortos, já causou mais de 200 mil refugiados, segundo a ONU. (...)

Conflito na Síria já causou mais de 200 mil refugiados
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.5
DATA: 2012-08-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O conflito na Síria já se prolonga há 18 meses e, para além de cerca de 23 mil mortos, já causou mais de 200 mil refugiados, segundo a ONU.
TEXTO: Só na semana passada mais de 30 mil pessoas atravessaram a fronteira para a Turquia, Líbano, Iraque e Jordânia. Em cada dia passam a fronteira para a Jordânia mais de duas mil pessoas, e o número dos que fogem à guerra está a ultrapassar as estimativas do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), que previa a fuga de 185 mil pessoas até ao final do ano. “Tem havido um aumento dramático do número de refugiados sírios em Agosto, agora são cerca de 200 mil”, confirmou Adrian Edwards, porta-voz do ACNUR, citado pela Reuters. “Vamos ter que rever os nossos planos”, admitiu. É para a Turquia que tem partido grande parte dos refugiados que foge à guerra na Síria – eram já 74 mil registados até quarta-feira. Já nesta sexta-feira, o gabinete para a gestão de situações de emergência na Turquia adiantou que, nas últimas horas, tinham entrado no país 3500 pessoas vindas da Síria. As autoridades de Ancara já têm manifestado preocupação quanto ao aumento do fluxo de refugiados. O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu, disse esta semana que o país não terá capacidade para lidar com a situação se o número de refugiados ultrapassar os cem mil e sugeriu mesmo que seja criada uma “zona segura” para acolher os que fogem dentro da própria Síria, uma ideia que deverá apresentar durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU agendada para o próximo dia 30. Mais campos de refugiadosNa Turquia estão a ser criados sete novos campos de refugiados para juntar aos nove que já estão instalados. Para a Jordânia atravessam a fronteira cerca de 2200 pessoas por dia, confirmou Edwards, as quais chegam sobretudo ao campo de Za’atri, onde esta semana nasceu o primeiro bebé. Também para o Iraque já fugiram cerca de 16 mil sírios, e no Líbano estão registados 51 mil. “A deterioração das condições de segurança no Líbano [para onde o conflito na Síria já alastrou] está a prejudicar o nosso trabalho de apoio aos refugiados, mas as operações vão continuar”, garantiu Edwards. No interior da Síria também já haverá mais de um milhão de deslocados internos e 2, 5 milhões de pessoas a precisar de ajuda humanitária. Os confrontos prosseguem na segunda cidade, Alepo, mas também na capital, Damasco, onde as forças do Presidente Bashar al-Assad lançaram uma ofensiva em Darayya, um subúrbio da cidade, e pelo menos 72 pessoas morreram nos últimos três dias, grande parte civis, segundo fontes da oposição.
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Entidades ONU
Chega ao Uzbequistão a primeira carga de ajuda humanitária para os refugiados quirguizes
O primeiro avião transportando ajuda humanitária para as dezenas de milhares de refugiados quirguizes chegou esta manhã ao vizinho Uzbequistão, confirmaram as autoridades de Andijan. (...)

Chega ao Uzbequistão a primeira carga de ajuda humanitária para os refugiados quirguizes
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.25
DATA: 2010-06-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro avião transportando ajuda humanitária para as dezenas de milhares de refugiados quirguizes chegou esta manhã ao vizinho Uzbequistão, confirmaram as autoridades de Andijan.
TEXTO: Fugindo da vaga de violência interétnica que varre o Sul do Quirguistão há quase uma semana – contando-se já 179 mortos – mais de 75 mil pessoas da etnia uzbeque encontraram refúgio do outro lado da fronteira, onde estão a ser construídos campos improvisados. A primeira carga de ajuda incluía 800 tendas enviadas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), sendo esperados ainda mais outros dois aviões ao longo do dia de hoje. Os combates no Sul do Quirguistão atingiram hoje uma situação de risco ainda mais elevado, com grupos rebeldes uzbeques a ameaçaram fazer explodir um depósito de petróleo situado na zona dos conflitos, em Och, se as forças fiéis ao governo interino tentarem assumir o controlo do local.
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Palavras-chave violência ajuda
EUA pedem ao Quirguistão que facilite o regresso dos refugiados
O secretário de Estado adjunto norte-americano, Robert Blake, pediu hoje ao Quirguistão que crie condições para o regresso seguro de centenas de milhares de refugiados ao país. (...)

EUA pedem ao Quirguistão que facilite o regresso dos refugiados
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O secretário de Estado adjunto norte-americano, Robert Blake, pediu hoje ao Quirguistão que crie condições para o regresso seguro de centenas de milhares de refugiados ao país.
TEXTO: “É importante que o governo provisório estabeleça a atmosfera de confiança e segurança para que os refugiados que se encontram no Uzbequistão e os deslocados internos possam regressar a casa e viver em harmonia com os vizinhos”, disse o visitante depois de conversações com a dirigente interina do país, Roza Otunbayeva. Enquanto isto, o serviço das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) pediu 71 milhões de dólares (57, 3 milhões de euros) para cerca de 1, 1 milhões de pessoas que, de uma forma ou de outra, foram afectadas pela violência dos últimos dez dias no Sul do Quirguistão, uma antiga república soviética na Ásia Central. A luta entre as comunidades quirguize e uzbeque fez pelo menos duas centenas de mortos, mas a própria Roza Otunbayeva já admitiu que este número oficial possa ter de ser multiplicado por dez para se chegar a uma estatística mais realista. John Holmes, o responsável pelo OCHA, está a conferenciar com os países doadores, para que haja um esforço global de ajuda às vítimas deste surto de violência no vale de Fergana, onde o Quirguistão e o Uzbequistão fazem fronteira, anunciou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O que mais se procura é arranjar comida e abrigo para centenas de milhares de pessoas, durante pelo menos seis meses. Entretanto, a justiça do Quirguistão acusou o activista dos direitos humanos Azimzhan Askarov, responsável pelo grupo “Air”, de incitar à violência étnica, ao acusar os militares de cumplicidade no que se tem estado a passar. Influência russaAskarov foi detido terça-feira na sua terra, perto da cidade de Jalalabad, depois de ter andado a filmar parte da violência que por ali se tem vivido, numas região da Ásia Central onde é grande a influência russa. O Quirguistão é independente há 18 anos, mas a Rússia ainda é considerada um aliado histórico, para a promoção económica e cultural, segundo explica o site “Journal of Turkish Weekly”, dirigido pela International Strategic Research Organization. Apesar do colapso da União Soviética, a língua russa ainda é usada correntemente no Quirguistão, particularmente na região onde se situa a capital, Bichkek, e onde vive 25 por cento da população. Muitos quirguizes, incluindo a maior parte da classe política, sentem-se mais à vontade a falar russo do que quirguize. No dia 25 de Maio de 2000 o russo foi adoptado como língua oficial do país, a par do quirguize; e é esta precisamente uma das queixas da comunidade uzbeque, ligeiramente superior à russa mas que não tem a sua língua igualmente reconhecida pela Constituição, cuja última revisão data de 2007. Dia 27 vai ser submetida a referendo uma nova Constituição, que redefine as relações entre o Presidente e o Jorgorku Kenesh (Conselho Supremo, espécie de Parlamento) e coloca limites à governação por um só partido ou dirigente partidário. Mas continua a não ter em conta muitas das reivindicações da minoria uzbeque, como a utilização da própria língua e a representação em todos os nível do poder, do local ao nacional.
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Entidades ONU
Cerca de mil refugiados sírios chegam à Turquia
Cerca de mil refugiados sírios atravessaram entre quarta e quinta-feira a fronteira entre a Síria e a Turquia, fugindo à repressão do regime de Bashar al-Assad. (...)

Cerca de mil refugiados sírios chegam à Turquia
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de mil refugiados sírios atravessaram entre quarta e quinta-feira a fronteira entre a Síria e a Turquia, fugindo à repressão do regime de Bashar al-Assad.
TEXTO: O número de cidadãos sírios em território turco sobe assim para perto de 1. 600, de acordo com a AFP. Para receber os refugiados, a Turquia preparou um dispositivo de acolhimento e de socorro na província de Hatay, no Sul do país. Nas últimas 24 horas, 1. 050 refugiados terão entrado na Turquia vindos da Síria, precisa a agência semi oficial Antolie. Desde o início da vaga de contestação na Síria, há três meses, 1. 577 refugiados foram recebidos pela Cruz Vermelha em Yayladagi, na província de Hatay, onde foram montadas, desde o fim de Abril, tendas capazes de acolher milhares de refugiados. Apesar de o número de sírios a chegar à Turquia não parar de aumentar, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou que não irá fechar fronteiras aos que querem abandonar a Síria. O Presidente sírio, Bashar al-Assad, no poder há 11 anos, enfrenta uma contestação sem precedentes há três meses à qual tem respondido com violenta repressão. Na quarta-feira, o Reino Unido, França, Portugal e Alemanha, apresentaram ao Conselho de Segurança da ONU uma resolução exigindo o fim imediato da violência que já provocou mais de 1. 100 mortos. A votação da resolução deverá acontecer nos próximos dias. Pillay pede a Damasco fim dos ataques contra o seu povoNesta quinta-feira, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, exigiu às autoridades sírias que “parassem os seus ataques” contra os direitos humanos do seu próprio povo, classificando como “deplorável” a actuação do Governo sírio. "É lamentável que um Governo tente controlar a população com agressões, usando tanques, artilharia e franco-atiradores", diz a alta comissária em comunicado. "Chegam-nos cada vez mais informações alarmantes sobre os constantes esforços do Governo sírio para esmagar impiedosamente as manifestações civis", avança o texto. Sobre a fuga de civis sírios das suas cidades, Pillay pediu aos países vizinhos da Síria que aceitassem os refugiados. “Peço aos estados que mantenham as suas fronteiras abertas aos refugiados que fogem da Síria”, insistiu.
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Entidades ONU
Exército sírio está a bombardear ponto de fuga usado por refugiados
O Exército sírio bombardeou hoje um importante ponto de passagem usado por refugiados sírios – nomeadamente pessoas feridas – na sua fuga para o Líbano, indicaram à AFP fontes de uma ONG síria e militantes no terreno. (...)

Exército sírio está a bombardear ponto de fuga usado por refugiados
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Exército sírio bombardeou hoje um importante ponto de passagem usado por refugiados sírios – nomeadamente pessoas feridas – na sua fuga para o Líbano, indicaram à AFP fontes de uma ONG síria e militantes no terreno.
TEXTO: “As forças do regime bombardearam hoje um ponto junto a Qousseir, na província de Homs, utilizada por refugiados sírios, nomeadamente por feridos que fogem do Líbano”, indicou à AFP Rami Abdel Rahmane, chefe do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, precisando que esse ponto está já muito próximo da fronteira. “A artilharia bombardeou o ponto pelo qual saíram do país Edith Bouvier [a jornalista francesa ferida numa perna que finalmente conseguiu sair da Síria durante a semana passada] e todos os feridos”, indicou por seu lado Hadi Abdallah, militante da Comissão Geral da Revolução Síria, com base em Homs. “Trata-se da principal via pela qual transitam os feridos”, acrescentou a mesma fonte. Mais de 1500 sírios, maioritariamente mulheres e crianças, refugiaram-se no Líbano nas últimas 48 horas para fugirem da violência, nomeadamente da região de Homs, afirmou hoje uma responsável da ONU. De acordo com a agência da ONU para os refugiados, mais de 7000 sírios já fugiram para o Líbano desde o início do conflito, há cerca de um ano. Só no passado fim-de-semana estima-se que cerca de 2000 pessoas tenham cruzado essa fronteira, indicou hoje a mesma agência. A nível diplomático, a comunidade internacional está a desenvolver esforços para uma abertura da Síria à ajuda humanitária. O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan pediu oficialmente ao regime de Bashar al-Assad, esta terça-feira, que autorize a abertura “imediata” de corredores humanitários para as populações civis vítimas das violências. “Os corredores humanitários na Síria para o encaminhamento de assistência humanitária deverão ser imediatamente abertos”, disse Erdogan diante dos deputados do seu partido, no Parlamento, exortando a comunidade internacional a exercer pressão sob Damasco. Mais de 11 mil sírios já encontraram refúgio na vizinha Turquia desde 15 de Março de 2011 (altura do início dos confrontos), indica a AFP. Por outro lado, o primeiro-ministro francês François Fillon pediu hoje a Moscovo que “trabalhe” com Paris para uma “regularização da tragédia síria”, durante uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. Notícia corrigida às 14h27: corrigido no quinto parágrafo a referência da Líbia, pelo Líbano, e no penúltimo parágrafo alterou-se a referência a refugiados turcos por refugiados sírios.
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Entidades ONU
Crise do Quirguistão já causou 400 mil deslocados e refugiados
A vaga de violência no Sul da ex-república soviética do Quirguistão, um boião de etnias e clãs rivais com uma história de rivalidade e conflitos, causou já em uma semana pelo menos 400 mil deslocados e refugiados, em novo cálculo revelado pelas Nações Unidas. (...)

Crise do Quirguistão já causou 400 mil deslocados e refugiados
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: A vaga de violência no Sul da ex-república soviética do Quirguistão, um boião de etnias e clãs rivais com uma história de rivalidade e conflitos, causou já em uma semana pelo menos 400 mil deslocados e refugiados, em novo cálculo revelado pelas Nações Unidas.
TEXTO: “A nossa estimativa é que o número de pessoas deslocadas no país ronda as 300 mil, a que se juntam entre 75 mil e 100 mil outras, contando apenas os adultos, que encontraram refúgio no Uzbequistão”, precisou a porta-voz do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários, Elisabeth Byrs, com base nos dados obtidos pelas agências das Nações Unidas a operar no terreno. O agravamento da situação no Quirguistão foi avaliado pela Cruz Vermelha como uma “enorme crise humanitária” – ecoando os sinais de alarme dados já na véspera pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, que avaliou estar-se perante uma “tragédia” com vasto potencial de se transformar numa “catástrofe”. Esta crise eclodiu na noite de quinta-feira passada, quando tumultos localizados entre membros da etnia quirguize (maioritária no país) e outros da etnia uzbeque (entre os 15 e os 25 por cento da população) rapidamente evoluíram para trocas de tiro e batalhas campais nas ruas de Och e Jalalabad, as duas principais cidades do Sul do país. Apesar da chegada à região de unidades de polícia e veículos armados militares no dia seguinte, a situação não aclamou, antes se deteriorou nos dias seguintes, – estando ainda longe de retroceder –, com refugiados a testemunharem uma perseguição cerrada à etnia uzbeque, com as suas casas e lojas a serem incendiadas, as pessoas a serem mortas aleatoriamente durante a fuga, as mulheres violadas. Muitas destas testemunhas sustentam que, logo atrás da coluna paramilitar, surgiram milícias armadas que prontamente lançaram uma campanha de “aniquilação” dos quirguizes uzbeques. Esta ideia foi confirmada pelas Nações Unidas esta semana, quando o alto-comissário para os Direitos Humanos, Navi Pillay, sublinhou existirem “fortes indicações de que o que se está a passar não foi provocado por um confronto interétnico espontâneo, antes tem na origem algo a certo nível orquestrado e muito bem planeado com um alvo definido”. O governo interino quirguize, no poder desde a revolta popular de Abril, tem mantido que esta vaga de violência é instigada e financiada pela família do Presidente deposto, Kurmanbek Bakiev – cujo bastião de apoio se centra no Sul do país. As autoridades sustentam que o objectivo destes “ataques criminosos” é o de mergulhar o país no caos e impedir a realização do referendo constitucional agendado para 27 de Junho – tendo ontem mesmo garantido que não será feita qualquer mudança a este calendário.
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Entidades ONU
Dezenas de mortos em naufrágio de barco de refugiados na Austrália
O naufrágio de um barco esta madrugada junto à costa australiana, no qual seguiam quase uma centena de refugiados em busca de asilo, causou a morte de pelo menos 27 pessoas que foram lançadas às águas turbulentas. Estima-se que entre 30 e 50 estão ainda desaparecidas. (...)

Dezenas de mortos em naufrágio de barco de refugiados na Austrália
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-12-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O naufrágio de um barco esta madrugada junto à costa australiana, no qual seguiam quase uma centena de refugiados em busca de asilo, causou a morte de pelo menos 27 pessoas que foram lançadas às águas turbulentas. Estima-se que entre 30 e 50 estão ainda desaparecidas.
TEXTO: O barco foi atirado de proa contra as rochas, partindo-se e afundando rapidamente pelas 6h00 da madrugada (hora local, 23h00 de ontem em Lisboa). Crê-se que os passageiros são refugiados do Iraque e Irão, e entre eles estão muitas mulheres e crianças. “Há gente nas águas a gritar por ajuda. Está a acontecer aqui uma tragédia”, lamentava logo após o acidente o chefe do governo local da Ilha de Natal, na qual a embarcação de madeira naufragou. Um responsável da ilha, Kamar Ismail, descreveu à agência Reuters um cenário de horror: “Vi uma pessoa morrer à minha frente e não podíamos fazer nada para a salvar. Havia bebés, crianças talvez de três ou quatro anos, agarradas a pedaços de madeira, gritando ‘socorro, socorro, socorro’. Atirámos-lhes coletes salva-vidas mas muitos deles não conseguiam nadar uns poucos metros para os agarrar”. Os media australianos reportam que foram salvas já 41 pessoas – mais de 30 feridas, três delas em estado muito grave –, mas continuam desaparecidas pelo menos 30 outras. O serviço de assistência médica australiano Flying Doctors estimou que o balanço de mortos pode ascender a 50 pessoas. Uma pessoa conseguiu, entretanto, chegar à costa pelos seus próprios meios, serviço australiano de protecção de alfândega e fronteiras, segundo o "New York Times". Em declarações à televisão australiana ABC, o primeiro-ministro adjunto, Wayne Swan, confirmou que foram retirados 27 cadáveres das águas, mas avisou que este balanço ainda pode aumentar. "Não sabemos exactamente quantas pessoas estavam no barco", explicou. “Lançámos cordas pelos rochedos abaixo e pelo menos uma centena de coletes de salvação para as águas. Houve umas 15 ou 20 pessoas que os conseguiram apanhar, mas há também corpos por todo o lado nas águas, de mulheres, crianças, bebés”, descreveu um residente local ao jornal “West Australian”. A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, interrompeu as férias para acompanhar as operações de salvamento, quando muitos pormenores sobre o acidente continuam ainda por apurar, incluindo a nacionalidade das pessoas que iam a bordo do barco. A polícia local informou que a maior parte pareciam oriundos do Médio Oriente, do Iraque e Irão. “Este é um acontecimento trágico e vai demorar algum tempo até que haja um quadro claro do que aconteceu”, disse Julia Gillard. Um sobrevivente já resgatado revelou às autoridades australianas que estavam entre 70 e 80 pessoas na embarcação, a qual se crê ser de origem indonésia. Notícia actualizada às 13h00
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Palavras-chave ajuda mulheres
Fluxo de refugiados começa a “desacelerar” na fronteira com a Tunísia
O alto comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) estimou esta manhã que estão ainda 12.500 pessoas do lado tunisino da fronteira, em acampamentos improvisados, a aguardar o regresso aos seus países de origem. Mas o fluxo de refugiados em fuga da Líbia parece ter desacelerado esta manhã. (...)

Fluxo de refugiados começa a “desacelerar” na fronteira com a Tunísia
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento -0.22
DATA: 2011-03-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: O alto comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR) estimou esta manhã que estão ainda 12.500 pessoas do lado tunisino da fronteira, em acampamentos improvisados, a aguardar o regresso aos seus países de origem. Mas o fluxo de refugiados em fuga da Líbia parece ter desacelerado esta manhã.
TEXTO: A agência da ONU reportava também que a fronteira da Líbia com a Tunísia, a ocidente, está patrulhada por forças de Khadafi “fortemente armadas”. Aqueles que conseguem passar a fronteira, chegam com relatos de que do lado líbio lhes foram confiscados os telemóveis assim como câmaras ou quaisquer outros aparelhos de gravação de imagens. O correspondente da BBC Jim Muir, que se encontra na região fronteiriça entre a Líbia e a Tunísia, descreve a situação no terreno como tendo "desacelerado ou mesmo parado": “Ao fim de ontem fomos informados de que apenas umas 1. 800 pessoas tinham entrado na Tunísia ao longo do dia – um décimo daquilo a que se assistiu no pico [da vaga de deslocados]. E depois disso, parece que já não há mais ninguém à espera do lado líbio para passar a fronteira". "Talvez as pessoas estejam acampadas a alguns quilómetros da fronteira, ou talvez seja o caso de o fluxo ter corrido de forma tão expedita que se deu resposta aos milhares que se acumularam nos dias anteriores. Pelo menos 60 voos partiram do aeroporto tunisino de Djerba só ontem. E se o fluxo de refugiados está a abrandar isso pode significar que esta crise humanitária pode em breve chegar ao fim. Mas é preciso lembrar que não sabemos o que é que se passa do lado líbio da fronteira”, sublinha o jornalista. A mesma ideia de abrandamento foi reiterada pelo secretário de Estado britânico do Desenvolvimento Internacional, Andrew Mitchell, que também se encontra na zona fronteiriça entre a Líbia e a Tunísia e deu conta daquela baixa no número de deslocados, muito embora se estime que umas 70 mil pessoas estão ainda em espera num campo transitório em território tunisino. “O fluxo de refugiados diminuiu significativamente ontem, provavelmente de um número de mais de dez mil para umas duas mil pessoas”. Vários países lançaram nos últimos dias pontes aéreas para retirar estas dezenas de milhares de refugiados das zonas de fronteira e levá-los para os seus países de origem, incluindo o Reino Unido e França, assim como a Tunísia e o Egipto – aos quais se juntou ontem os Estados Unidos, com o Presidente norte-americano, Barack Obama, a ter anunciado que aviões militares vão ajudar às missões de repatriamento de imigrantes em fuga da Líbia. As Nações Unidas estimam que mais de 200 mil pessoas já deixaram a Líbia desde o início da convulsão no país, a 15 de Fevereiro.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU