Recuperados 150 corpos dos refugiados que fugiam da Líbia
Já foram recuperados os corpos de 150 refugiados da África subsariana que tinham desaparecido quando a embarcação em que tinham deixado a Líbia em direcção a Itália se avariou e depois se virou durante as operações de socorro. (...)

Recuperados 150 corpos dos refugiados que fugiam da Líbia
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Migrantes Pontuação: 6 Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Já foram recuperados os corpos de 150 refugiados da África subsariana que tinham desaparecido quando a embarcação em que tinham deixado a Líbia em direcção a Itália se avariou e depois se virou durante as operações de socorro.
TEXTO: O barco de pesca transportava mais de 800 pessoas. Quando se avariou, na noite de terça para quarta-feira, estava a 20 quilómetros da costa de uma ilha tunisina e as autoridades de Tunes resgataram 570 pessoas. Muitos saltaram precipitadamente para o mar, tentando chegar a nado aos barcos de salvamento. “Até agora foram recuperados 150 corpos de refugiados diante da costa de Kerkennah”, afirmou Carole Laleve, do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. As operações de resgate continuam. Mave O'Donnell, da Organização Mundial para as Migrações, explicou que os resgatados contaram ter estado “a navegar durante três ou quatro dias até que o barco chocou com alguma coisa debaixo de água”. “Estivemos encalhados durante uns dias e vimo-nos obrigados a beber água do mar e até do motor do barco”, descreveu um sobrevivente. De acordo com um balanço divulgado na terça-feira pelas Nações Unidas, pelo menos 1200 pessoas que tentaram deixar a Líbia de barco morreram. A ONU estima que 893 mil pessoas tenham fugido do país desde o início da revolta popular contra o regime de Muammar Khadafi, em Fevereiro. A protecção civil italiana diz que 40 mil imigrantes chegaram desde o início do ano às costas italianas.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
O maior campo de refugiados do mundo está em risco por falta de dinheiro
O esgotamento dos fundos põe em risco a contjnuação de serviços essenciais no maior campo de refugiados do mundo, Dadaab, no Quénia, alertam esta quinta-feiras várias agências de ajuda humaniária. As dezenas de milhares de pessas que lá estão correm perigo de vida. (...)

O maior campo de refugiados do mundo está em risco por falta de dinheiro
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O esgotamento dos fundos põe em risco a contjnuação de serviços essenciais no maior campo de refugiados do mundo, Dadaab, no Quénia, alertam esta quinta-feiras várias agências de ajuda humaniária. As dezenas de milhares de pessas que lá estão correm perigo de vida.
TEXTO: “A necessidade é maior do que nunca”, sublinha o apelo conjunto destas oito agências, entre as quais se incluem as britânicas Oxfam e a Save the Children, e que contabilizam um défice de 25 milhões de dólares para enfrentar apenas o que é mais urgente: a construção de 30 mil novos abrigos (só há dinheiro para 4000) e o abastecimentos de água e saneamento para mais de 50 mil refugiados, que correm elevado risco de contraírem cólera. Cerca de meio milhão de pessoas vivem actualmente no campo de Dadaab, perto da fronteira com a Somália. A população do complexo de Dadaab aumentou em mais de um terço ao longo do último ano, devido ao afluxo de dezenas de milhares de somalis que fugiram da seca e da violência no seu país de origem. Muitas destas pessoas vivem em tendas provisórias, que pouco duram sob as difíceis condições meteorológicas da região, e as agências que trabalham no campo sublinham ser necessário construir alojamentos e estruturas mais resistentes e capazes de providenciar abrigo e uma forma de vida a longo prazo para estes refugiados. “Os campos são apenas soluções temporárias e a situação está a tornar-se insustentável. Estes fundos são necessários – imediatamente – para salvar vidas. O mundo tem a obrigação de não virar as costas a Dadaab e às necessidades destas pessoas. É óbvio que não podemos continuar a injectar dinheiro, ano após ano, nestas soluções provisórias. Os campos vão ficando cada vez maiores”, avaliou o director da Oxfam no Quénia, Nigel Tricks, citado pela BBC. “Uma nova abordagem é urgente”, prosseguiu. Fazendo eco de tais preocupações, o director da CARE no Quénia, Stephen Vaughan, sublinhou que “se as crianças não forem à escola e se as pessoas não tiverem abrigos condignos e outros serviços básicos humanos, a situação actual no terreno tem o potencial de desencadear ainda mais instabilidade, violência e militarização. Estamos a enfrentar uma situação que envolve o custo de vidas humanas e também a segurança na região”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola humanos violência campo
Portugal recebeu apenas três refugiados ao abrigo do Programa de Reinstalação
A presidente do Conselho Português para os Refugiados, Teresa Tito de Morais, lamentou que apenas três refugiados tenham chegado este ano a Portugal ao abrigo do Programa de Reinstalação, estando aquém do número atingido em 2009. (...)

Portugal recebeu apenas três refugiados ao abrigo do Programa de Reinstalação
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Refugiados Pontuação: 16 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: A presidente do Conselho Português para os Refugiados, Teresa Tito de Morais, lamentou que apenas três refugiados tenham chegado este ano a Portugal ao abrigo do Programa de Reinstalação, estando aquém do número atingido em 2009.
TEXTO: “Estamos preocupados porque no ano passado chegaram 30 pessoas ao abrigo do Programa de Reinstalação dos Refugiados e este ano só chegaram três”, disse à agência Lusa a responsável no Dia Mundial do Refugiado, que hoje se assinala. Segundo Teresa Tito de Morais, no ano passado Portugal atingiu pela primeira vez a quota de 30 refugiados recebidos no âmbito do Programa de Reinstalação, assinado em 2007 entre o Governo e o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, com o objectivo de acolher pessoas que já tenham feito pedidos de asilo em outros países. A reinstalação é geralmente considerada uma das soluções duráveis para os refugiados cuja protecção não possa ser garantida nos países de primeiro asilo. “Não quer dizer que no segundo semestre não se consiga receber 27 pessoas, mas era desejável, como é uma quota mínima, que fosse logo no início do ano preenchida progressivamente para não nos confrontarmos só no mês de Dezembro com uma chegada maior de pessoas”, adiantou. A presidente do CPR considerou que este programa de protecção internacional “não se tem desenrolado de forma célere que permita a chegada de mais pessoas”. Para a responsável, Portugal não tem recebido refugiados devido à falta de representação diplomática nos países de trânsito onde os refugiados se encontram, o que dificulta a concessão do título de viagem, a articulação com o ACNUR e a identificação dos casos a serem reinstalados. Portugal também recebe poucos pedidos de asilo por ano. Em 2009 recebeu 150, este ano vai nos 77 pedidos espontâneos de refugiados que chegam à fronteira portuguesa, segundo Teresa Tito de Morais. A presidente do CPR justificou os reduzidos pedidos de asilo com a posição geográfica do país e com algumas redes organizadas que levam os refugiados para outros países. O Dia Mundial do Refugiado é assinalado em Portugal com uma concentração de chapéus-de-chuva, em Lisboa, iniciativa que decorre em vários países europeus e que em Portugal é promovida pelo CPR sob o lema “Devemos proteger os refugiados”. Esta concentração tem por objectivo sensibilizar a opinião pública portuguesa sobre a necessidade de promover a protecção dos refugiados e apelar para que a Europa “seja mais generosa” para com os refugiados, afirmou Teresa Tito de Morais. Segundo o Ministério da Administração Interna, em Portugal registaram-se no primeiro semestre deste ano 69 pedidos de asilo espontâneos, requeridos por cidadãos oriundos de 21 países: Sri Lanka, Paquistão, Irão, Rússia, Geórgia, Brasil, Guiné-Conacri, Camarões, Gana, Nigéria, Serra Leoa, Guiné-Bissau, Angola, Senegal, República Democrática do Congo, Cuba, Colômbia, Croácia, Turquia, Afeganistão e Índia. Foram ainda concedidos cinco pedidos de asilo e 29 autorizações de residência por razões humanitárias.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração refugiado
Corpos de 74 pessoas dão à costa na Líbia
Pelo menos 4579 refugiados e migrantes morreram em 2016 na rota do Mediterrâneo entre aquele país árabe e a Itália. (...)

Corpos de 74 pessoas dão à costa na Líbia
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 14 Migrantes Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pelo menos 4579 refugiados e migrantes morreram em 2016 na rota do Mediterrâneo entre aquele país árabe e a Itália.
TEXTO: O Crescente Vermelho da Líbia recuperou 74 corpos de refugiados e migrantes que deram à costa na cidade de Zawiya, no Mediterrâneo. A organização publicou fotografias no Twitter nas quais se vê uma longa fila de corpos alinhados na areia, dentro de sacos brancos e negros. O porta-voz do Crescente Vermelho daquele país árabe, Mohammed al-Mistari, diz à Associated Press que as circunstâncias de mais este naufrágio ainda não são claras. Os corpos deram à costa durante a noite, mas ainda não foi possível encontrar nenhum rasto do barco em que se pensa que estariam. Segundo Misrati, as autoridades locais vão começar a levar os corpos para um cemitério destinado a pessoas não identificadas na capital, Trípoli. O número de mortes de refugiados que tentam chegar à Europa através da rota entre a Líbia e a Itália está a atingir níveis sem precedentes. Este ano, sem contar com as vítimas desta terça-feira, já morreram pelo menos 230 pessoas, dizem as Nações Unidas. Ao longo de 2016, morreram pelo menos 4579 pessoas afogadas nesta zona do Mediterrâneo, um valor-recorde, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados — sabe-se que muitas pessoas nunca chegam a ser encontradas, pelo que o número será ainda maior. No ano anterior, tinham sido contabilizadas 2869 mortes; em 2014, 3161. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Esta rota usada por redes de contrabandistas voltou a ser muito procurada no ano passado por causa do controverso acordo entre a União Europeia e a Turquia para travar a vinda para a Europa de refugiados sírios e iraquianos a partir das costas turcas — desde Março que as autoridades de Ancara apertaram a vigilância nas praias. No início deste mês, os líderes europeus debateram um plano idêntico ao que envolve a Turquia para a Líbia. Na prática, a lógica é a mesma: oferecer dinheiro ao Governo para que este impeça as pessoas de chegar aos barcos e tentar cruzar o Mediterrâneo. Mas este plano é ainda mais polémico, já que a Líbia vive uma guerra civil e os dirigentes apoiados pela ONU têm muito pouco controlo num país dividido entre milícias de senhores da guerra e terroristas.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Portugal é um dos países que mais recusam asilo: 64% dos pedidos rejeitados
País é um dos sete que que mais pedidos recusam, mas a presidente do Conselho Português para os Refugiados explica que isso se deve ao número de pedidos espontâneos feitos na fronteira. (...)

Portugal é um dos países que mais recusam asilo: 64% dos pedidos rejeitados
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 14 Migrantes Pontuação: 5 | Sentimento 0.5
DATA: 2018-06-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: País é um dos sete que que mais pedidos recusam, mas a presidente do Conselho Português para os Refugiados explica que isso se deve ao número de pedidos espontâneos feitos na fronteira.
TEXTO: Portugal recusou em 2017 mais de metade dos pedidos de asilo que concedem o estatuto de refugiado a quem foge da guerra ou de infracções aos direitos humanos, avança nesta quarta-feira o Jornal de Notícias (JN). Ao todo, foram negados 64% dos 1749 pedidos feitos, segundo dados de um relatório do Conselho Português para os Refugiados (CPR) que agrega dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Além de Portugal, os países europeus com mais pedidos recusados são a Polónia, a França, a Hungria, a Croácia, o Reino Unido e a Bulgária. Na União Europeia, os pedidos de asilo caíram 44% face ao ano anterior. Como explica a presidente do CPR, Teresa Tito de Morais, as recusas correspondem a pedidos espontâneos, por norma apresentados à entrada em Portugal; muitos destes requerentes não reúnem ainda as condições exigidas, já que não estão a ser perseguidos no país de origem (ainda que possam ser considerados migrantes económicos). As pessoas vindas ao abrigo de acordos internacionais têm lugar garantido, adianta a responsável. Quando o pedido é negado, o candidato a asilo pode recorrer da decisão – e passa a ser acompanhado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. A instituição refere que acompanha actualmente 405 pessoas; nos últimos cinco anos, apoiou 818 pessoas à espera de resposta, refere o JN. “A resposta não está a ser dada com a celeridade necessária, estamos numa situação muito difícil”, lamenta Teresa Tito de Morais. Em 20217 foram atribuídos 500 estatutos de protecção internacional, mais 129 do que em 2016.
REFERÊNCIAS:
Entidades SEF
Cruz Vermelha na Europa pede políticas migratórias responsáveis
O apelo conjunto, assinado por mais de 20 representantes de sociedades nacionais da Cruz Vermelha na Europa, surge no dia em que é assinalado o Dia Mundial do Refugiado. (...)

Cruz Vermelha na Europa pede políticas migratórias responsáveis
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 14 Migrantes Pontuação: 5 | Sentimento 0.066
DATA: 2018-06-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O apelo conjunto, assinado por mais de 20 representantes de sociedades nacionais da Cruz Vermelha na Europa, surge no dia em que é assinalado o Dia Mundial do Refugiado.
TEXTO: Os presidentes das sociedades nacionais da Cruz Vermelha de toda a Europa, incluindo de Portugal, uniram hoje vozes para apelar a uma reforma profunda de uma política migratória europeia "sustentável e responsável" e a uma maior consciencialização da sociedade. O apelo conjunto, assinado por mais de 20 representantes de sociedades nacionais da Cruz Vermelha na Europa, surge no dia em que é assinalado o Dia Mundial do Refugiado, data que foi instituída em Dezembro de 2000 pela Assembleia-Geral das Nações Unidas. "Dia após dia, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) conta o número de pessoas mortas, afogadas no mar, tentando alcançar a costa da Europa. Periodicamente, algumas fotos despertam a nossa consciência, mas frequentemente estas vidas humanas chegam ao fim, sob a indiferença geral", destacou o texto, divulgado um dia depois da ONU ter informado que em 2017 foi ultrapassado um novo recorde, pelo quinto ano consecutivo, do número de deslocados e de refugiados no mundo: 68, 5 milhões de pessoas. Perante tal cenário, a Cruz Vermelha e a sua federada Crescente Vermelho afirmaram que os Estados democráticos têm o direito de regular a presença de migrantes no seu território, observando, porém, que tal "tem de ser feito no respeito pelo direito internacional e legislação nacional, que protegem os direitos e a dignidade das pessoas, nomeadamente o direito de viver com a respectiva família, sem qualquer estigmatização e discurso xenófobo". "Seja qual for a situação, temos o dever de acolher todos os seres humanos com dignidade", frisou a mensagem, que apresenta alguns aspectos que devem ser assegurados na altura de abordar esta "questão complexa". Entre esses aspectos, está o acesso eficaz a um processo de asilo que examine de forma completa situações individuais frequentemente complexas, o respeito pelo direito à reunião familiar ou o acesso à habitação que respeite os direitos e a dignidade de todos. "Um programa de integração efectiva deve seguir um acolhimento incondicional e uma justa decisão administrativa. Esta eficácia baseia-se num equilíbrio adequado entre direitos e deveres", salientou o apelo, frisando ainda que para alcançar uma integração bem-sucedida "a sociedade como um todo tem de estar mobilizada". "As autoridades públicas, os funcionários e voluntários de organizações da sociedade civil têm um papel importante a desempenhar, mas todos os cidadãos podem participar. Só através deste espírito de solidariedade será possível reduzir os receios, construir confiança, incentivar a compreensão mútua, (. . . ) e beneficiar da contribuição económica e social" dos migrantes e refugiados, prosseguiu o documento assinado, entre outros, pelo presidente da Cruz Vermelha Portugal, Francisco George. Numa referência concreta à Europa, os responsáveis recordam que a migração "é um fenómeno global e sustentável e não uma crise temporária e europeia". Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. "A Europa deve desempenhar um papel central na coordenação das políticas de migração, mas é ao nível mundial que temos de demonstrar criatividade social e trabalhar incansavelmente pelo respeito da dignidade humana, do direito internacional e contra as causas da migração forçada: pobreza, desigualdade, destruição ambiental e todos os tipos de violência", concluiu o documento. Segundo os números avançados pelo ACNUR na terça-feira, a cada dois segundos no mundo uma pessoa é forçada a deslocar-se por causa de guerras e conflitos, outras formas de violência e perseguições. O Dia Mundial do Refugiado é assinalado este ano num momento em que a comunidade internacional, sob os auspícios das Nações Unidas, está em negociações para tentar formalizar, até finais de 2018, um pacto global para os refugiados e para uma migração segura, regular e ordenada.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Papa culpa "retórica populista" pelo medo dos imigrantes
Sem referir nenhum país em particular, o Papa Francisco citou a Declaração de Independência dos EUA ao defender imigrantes e refugiados. (...)

Papa culpa "retórica populista" pelo medo dos imigrantes
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 14 Migrantes Pontuação: 21 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-02-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sem referir nenhum país em particular, o Papa Francisco citou a Declaração de Independência dos EUA ao defender imigrantes e refugiados.
TEXTO: O Papa Francisco pediu, esta terça-feira, uma mudança radical nas atitudes em relação aos imigrantes, afirmando que deviam ser acolhidos com dignidade e denunciando a “retórica populista” que está a alimentar o medo e o egoísmo nos países ricos. Francisco, um defensor dos imigrantes desde que iniciou funções em 2013, não visou nenhum país em específico nas suas críticas. No entanto, as suas palavras ganham relevância nos EUA, onde os tribunais bloquearam uma ordem executiva do Presidente Donald Trump, que suspendia as chegadas de pessoas de sete países de maioria muçulmana. E também na Europa, que enfrenta a chegada em massa de mais de 1, 3 milhões de migrantes e refugiados desde o início de 2015. O líder máximo da Igreja Católica defendeu que os imigrantes não devem ser rejeitados como "rivais indignos". Pelo contrário, devem receber “umas boas-vindas responsáveis e dignas”, particularmente aqueles que fogem da guerra, disse o pontífice num longo discurso aos participantes de uma conferência sobre migração, em Roma. “Perante este tipo de rejeição, enraizada em última instância no egocentrismo e amplificada pela retórica populista, é necessário mudar de atitude, para ultrapassar a indiferença e contrariar o medo através de uma abordagem generosa de acolhimento aos que batem às nossas portas”, disse. Os partidos populistas anti-imigrantes estão a ganhar terreno em vários países europeus, incluindo Itália, França e Holanda, onde o político anti-islâmico Geert Wilders lançou, no sábado, uma campanha para as eleições do próximo mês com a promessa de reprimir a “escória marroquina”. “Para aqueles que fogem de conflitos e perseguições terríveis, que muitas vezes são presos em organizações criminosas sem escrúpulos, precisamos de abrir canais humanitários acessíveis e seguros", disse o Papa. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Os países têm o “imperativo moral” de ajudar os exilados, as pessoas que procuram asilo, os trabalhadores migrantes, as vítimas de tráfico humano e até os migrantes em “situação irregular”, acrescentou, numa referência a imigrantes sem documentos. Várias cidades norte-americanas apresentaram acções judiciais que desafiam a ordem executiva de Trump, estabelecendo-se como santuários para imigrantes ilegais. O Governo federal, por ordem de Trump, ameaça cortar os fundos públicos para estas cidades como medida punitiva. O Papa Francisco citou ainda a Declaração de Independência norte-americana, dizendo que todos os migrantes têm “direitos inalienáveis”. "A defesa dos seus direitos inalienáveis, a garantia as suas liberdades fundamentais e o respeito da sua dignidade são deveres que ninguém pode ignorar”, disse.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Migrações: a extrema-direita não passará !
Não nos enganemos, o debate não é sobre imigrantes e refugiados. O que está em causa é a União Europeia, são os direitos fundamentais da UE e os que defendem a democracia iliberal, como Orbán e Trump. (...)

Migrações: a extrema-direita não passará !
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 14 Migrantes Pontuação: 14 | Sentimento 0.116
DATA: 2018-09-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Não nos enganemos, o debate não é sobre imigrantes e refugiados. O que está em causa é a União Europeia, são os direitos fundamentais da UE e os que defendem a democracia iliberal, como Orbán e Trump.
TEXTO: Em 2018, já morreram mais de mil pessoas na travessia do Mediterrâneo. Desde 1993, segundo o jornal The Guardian, 34 mil pessoas morreram a tentar chegar à Europa. No preciso momento em que o Conselho Europeu se reunia, um pequeno barco de borracha com 120 migrantes a bordo, ia ao fundo, matando 100 pessoas. A Organização Internacional das Migrações denunciou que a Argélia tinha expulsado e abandonado no deserto do Sara mais de 13 mil migrantes, muito do quais morreram (e recordemos as recentes revelações de que nos campos de retenção de migrantes na Líbia se pratica a escravatura). Seria um sonho que os dirigentes europeus se tivessem reunido para criar um sistema que acabasse com a tragédia humanitária, que debelasse a cumplicidade europeia e tomasse medidas contra os Estados que não têm cumprido as decisões europeias em matéria de solidariedade no acolhimento de refugiados, como a Hungria ou a Polónia, que apoiasse os esforços das ONG que salvam vidas em operações de socorro naval no Mediterrâneo. Pelo contrário, porém, a agenda foi marcada pelas exigências da extrema-direita italiana anti-imigrantes e seus aliados da CSU alemã. As conclusões do Conselho são um plano, condenado ao fracasso, para por termo aos “fluxos migratórios”, abrangendo todas as rotas, “existentes e potenciais”, em cooperação com os "países de origem e de trânsito” – leia-se Líbia, um Estado dominado por milícias armadas, e os do Magrebe, nomeadamente Marrocos – e sobretudo a Turquia. Apela-se aos navios de socorro das ONG para que não criem dificuldades às “operações da guarda-costeira líbia”. O Conselho destaca o reforço dos meios financeiros no domínio da segurança interna, concentrados na protecção das fronteiras. No que diz respeito à solidariedade entre países europeus, nomeadamente com a Itália e a Grécia, que recebem a maioria dos refugiados, não foi reafirmado o sistema obrigatório de quotas, mas afirmado que a relocalização e reinstalação funcionam “numa base voluntária”. A questão dos controversos centros de retenção, na Europa ou no Sul do Mediterrâneo - já se viu o horror que podem ser na Líbia - ficou aberta à iniciativa dos Estados. No fim do Conselho Europeu, ouvimos os líderes da extrema-direita, como Viktor Orbán, declararem vitória. E esta é a mais perturbante conclusão que se pode tirar deste Conselho – pela primeira vez, a extrema-direita deixou de ser uma força sem peso real, na defensiva, nas instituições de decisão da União, para ser uma força na ofensiva, capaz de obrigar os outros Estados a responder à sua agenda. A extrema-direita já não é uma força marginal, uma espécie de eterna derrotada à última hora. Ter em Itália um Governo populista, em que o homem forte parece ser o líder da Liga, Matteo Salvini, tornou a extrema-direita incontornável. Foi Salvini que voltou a colocar as questões dos refugiados e das migrações no centro da política europeia – mesmo quando os fluxos estão em decréscimo, longe do pico de 2015. Começou por recusar a obrigação de ajuda humanitária do direito do mar, forçando o Aquarius a navegar em mar alto até ser recebido em Espanha. Depois, organizou um encontro com o seu congénere da extrema-direita, o ministro do Interior austríaco, a que se juntou o ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, da CSU (que ameaça Merkel, líder do seu governo). Esta coligação reaccionária teve o apoio dos governos da Europa Central, Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia. A realização do Conselho Europeu é em si mesmo uma vitória para os populistas italianos, mesmo que não tenham conseguido a distribuição pela União dos refugiados que chegam a Itália. Se, no essencial, tudo ficou na mesma, a verdade é que os portos italianos continuam fechados e foram criados obstáculos às acções de salvamento das ONG. Não nos enganemos, o debate não é sobre imigrantes e refugiados. O que está em causa é a União Europeia, são os direitos fundamentais, é o debate entre uma visão da Europa e do mundo centrada nos valores fundamentais da União e os que defendem o que chamam de democracia iliberal, como Orbán e o seu protector Trump. A extrema-direita (e a sua xenofobia) pode ser vencida, mas para isso é preciso que os líderes políticos que defendem o estado de direito sejam coerentes na defesa dos seus valores. Macron e Merkel, que procuram organizar a frente antipopulista na União, não têm, hoje, uma posição coerente na questão das migrações. Os países europeus onde os populistas não estão no poder devem começar por assumir que não são as migrações que favorecem o crescimento da extrema-direita – veja-se a sua força em países com poucos ou nenhuns migrantes, como a Hungria ou a República Checa. Segundo, que a obsessão com o controlo dos fluxos migratórios está condenada ao fracasso e só serve para alimentar a demagogia da extrema-direita. Terceiro, que é possível criar vias legais de imigração, correspondendo à efectiva necessidade europeia de migrantes, fruto do envelhecimento da população. Quarto, e mais difícil, assumir um direito internacional à livre circulação, mesmo que, obviamente, deixando aos Estados capacidades para a limitar, de acordo com as suas prioridades. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Quinto, é necessário reformar os acordos de Dublin e federalizar a política de asilo, criando uma fronteira comum exterior entre os países da União que resistem à extrema-direita. Acima de tudo, é fundamental abandonar todo o discurso securitário sobre migrações, e optar por uma perspectiva que realce os valores da humanidade comum. Fundador do Fórum Demos
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Daesh reinvidicou atentado de Berlim, mas não se sabe quem foi o autor
Polícia libertou o suspeito detido por falta de provas. Refugiados na Alemanha temem represálias, por causa do clima de suspeição. (...)

Daesh reinvidicou atentado de Berlim, mas não se sabe quem foi o autor
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 14 | Sentimento -0.1
DATA: 2016-12-30 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20161230080341/https://www.publico.pt/1755585
SUMÁRIO: Polícia libertou o suspeito detido por falta de provas. Refugiados na Alemanha temem represálias, por causa do clima de suspeição.
TEXTO: Dor e interrogações. Foi assim que Berlim ficou, 24 horas depois de um camião ter avançado sobre um mercado de Natal, esmagando quem apanhou pela frente – pelo menos 12 pessoas morreram, 48 ficaram feridas, 14 delas com gravidade. A polícia alemã teve de libertar o único suspeito detido, um refugiado paquistanês, por falta de provas. O verdadeiro autor do atentado, que foi reclamado pelo Daesh, está ainda à solta. Naved B. , de 23 anos, foi capturado pouco depois de o camião ter investido contra o mercado de Natal da praça Breitscheid, junto à igreja memorial Kaiser Wilhelm, meio em ruína desde a II Guerra Mundial, tal como a deixaram os bombardeamentos dos Aliados, para recordar esses tempos de cólera. Mas a polícia admitiu desde cedo que podia não ter o homem certo – que, aliás, dizia ser inocente. As testemunhas que tinham visto o condutor sair do camião afinal não o tinham mantido sempre debaixo de olho. E, diz a revista Spiegel, uma vez que a polícia está a considerar que o condutor polaco do camião foi morto a tiro, esperava encontrar vestígios de pólvora na roupa ou nas mãos do suspeito – o que não se verificou. “As análises forenses até agora não provaram a presença do suspeito durante os crimes na cabina do camião”, disse o Procurador Federal, em comunicado. Ao fim do dia, a agência de propaganda do Daesh reivindicou o ataque. O autor “é um soldado do Estado Islâmico e executou a operação em resposta aos apelos de escolher alvos nos países da coligação” que combate a organização no Iraque e na Síria. No entanto, parece tratar-se de uma reivindicação oportunista e não de um atentado organizado pelo Daesh. Por toda a Europa, a segurança foi reforçada nos típicos mercados de Natal, e nos locais onde se juntam muitas pessoas. “Mas não se podem transformar estes mercados em fortalezas”, disse Klaus Kandt, o dirigente máximo da polícia estadual berlinense. “Nunca conseguiremos eliminar completamente o risco. ”O condutor polaco do camião chegou à capital alemã e falou com a sua mulher pelas 15h de segunda-feira, segundo revelam os dados do GPS, disse o seu primo e proprietário da empresa para a qual trabalhava, Ariel Zurawski. “Às 15h45 pode-se ver o camião a andar para trás e para a frente, como se alguém estivesse a aprender a conduzi-lo. Percebi que havia alguma coisa errada”, disse, citado pela Reuters. Se se confirmasse que um refugiado recente – Naved B. tinha chegado à Alemanha no fim do ano de 2015 – era o autor do atentado, ia acontecer algo muito feio, avisou a chanceler alemã. “Seria algo particularmente difícil de suportar para nós”, afirmou Angela Merkel. “Seria especialmente repugnante para muitos alemães que diariamente se envolvem na ajuda aos refugiados, e contra as muitas pessoas que precisam mesmo da nossa protecção e tentam integrar-se no nosso país”, declarou a chanceler, que ao fim do dia se juntou à missa em memória das vítimas, na igreja de Kaiser Wilhelm, junto ao local do atentado. O ministro do Interior, Thomas de Maiziére, reiterou à televisão ZDF a convicção de que se trata de um atentado terrorista – mas não é possível ainda compreender quais as suas motivações políticas. Aliás, o mesmo aconteceu com o ataque de Nice, em que o então ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse que o homem que matou 86 pessoas com um camião, que tinha alguns problemas de saúde mental, se radicalizou de forma “extremamente rápida”. O receio é o de que este ataque marque o momento decisivo da viragem da política de “boas vindas” alemã em relação aos refugiados – ainda que o suspeito tenha sido libertado. “Se o culpado for um refugiado, a política de ‘portas abertas’ de Merkel terá uma mudança decisiva”, escreveu no Guardian Josef Joffe, director do semanário alemão Die Zeit. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Em 2015, cerca de 800 mil refugiados do Médio Oriente entraram na Alemanha, graças a um gesto de boa vontade com origem no passado negro do país – “um acto de redenção histórica” do nazismo, chama-lhe Joffe. Mas esse desejo de expiação começa a fraquejar, e começam a ser impostos limites, que tendem a agravar-se com os receios do terrorismo. “A Alemanha, que até agora tem tido sorte, juntou-se agora ao clube de alvos do terrorismo no Ocidente”, escreveu o director do Die Zeit. Os refugiados na Alemanha percebem que correm perigo, pelo ódio que este ataque está já a suscitar, nas redes sociais e não só. Por exemplo, um grupo de extrema-direita quer fazer uma manifestação quarta-feira a começar no Zoo, perto do local do atentado, sob o lema "Fechem as fronteiras – sangue nas mãos de Merkel", diz o jornal Berliner Zeitung. “Estamos preocupados com a forma como os alemães vão olhar para nós depois deste atentado”, disse ao Guardian Ibrahim Sufi, um sírio de 26 anos. “Não temos nada a ver com este crime”, disse Ammar Wazzaz, outro refugiado sírio, de 45 anos, de Idlib. “Estamos muito gratos à Alemanha. ”
REFERÊNCIAS:
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Os três sírios que levaram à captura do homem mais procurado da Alemanha
A chanceler alemã agradeceu aos refugiados graças a quem o suspeito de preparar um atentado terrorista - também sírio - foi detido. (...)

Os três sírios que levaram à captura do homem mais procurado da Alemanha
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 14 | Sentimento 0.5
DATA: 2016-12-29 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20161229081822/https://www.publico.pt/1746994
SUMÁRIO: A chanceler alemã agradeceu aos refugiados graças a quem o suspeito de preparar um atentado terrorista - também sírio - foi detido.
TEXTO: A polícia alemã deteve na segunda-feira à noite um sírio suspeito de preparar um atentado. As autoridades foram dando aos poucos informações de como chegaram a ele, primeiro dizendo que o alerta tinha sido dado por outro sírio. O que não disseram logo foi que este sírio, e os seus companheiros de casa, imobilizaram o suspeito, amarraram-no, fotografaram-no e foram depois até à esquadra de polícia mais próxima. A imprensa alemã destacava o papel destes heróis na detenção de Jaber Albakr, de 22 anos. Os três homens não foram nomeados, nem fotografados, por preocupações com a sua segurança. Albakr escapara à polícia quando esta chegou ao seu apartamento na cidade de Chemnitz, no Leste da Alemanha, no sábado. O sírio não estava em casa; mas havia 1, 5 quilos de explosivos, do mesmo tipo dos que foram usados nos atentados de Paris e Bruxelas. As autoridades puseram em marcha uma “caça ao homem”. Segunda-feira, Albakr pediu ajuda a dois compatriotas que encontrou na estação de comboios de Leipzig, dizendo-lhes que precisava de um sítio onde ficar. Estes deram-lhe guarida mas entretanto aperceberam-se de um aviso da polícia pelo Facebook sobre o suspeito procurado. Reconheceram o seu hóspede. E decidiram agir. “Uma testemunha veio à polícia e disse que tinha reconhecido Albakr”, contou o chefe da polícia estatal da Saxónia, Jörg Michaelis, falando de um dos três sírios. “E tinha uma fotografia de Albakr” – amarrado, no sofá da sala do seu apartamento. Uma unidade da polícia foi rapidamente ao local, e o suspeito, bem seguro por um dos ocupantes do apartamento, foi finalmente detido. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. As autoridades dizem que o cinto de explosivos encontrado no apartamento de Albakr em Chemnitz estava quase pronto, e era tão volátil que foi detonado num buraco no quintal nas traseiras do prédio – era demasiado perigoso transportá-lo. Também falam em sinais de ligação ao Daesh, o grupo que se autodenomina Estado Isâmico. A chanceler alemã, Angela Merkel, agradeceu a coragem dos refugiados sírios que imobilizaram o suspeito e sublinhou a sua “forte responsabilidade”. A imprensa alemã comenta como a discussão polarizada sobre os refugiados - podem atacar o país? fogem do mesmo terror que agora ataca a Europa? - se tornou o mais concreta possível: um sírio que entrou no país com planos de ataque (Albakr chega à Alemanha em Fevereiro de 2015, portanto antes do maior número de chegadas do Outono), que foi detido graças a três sírios que arriscaram imobilizá-lo, amarrá-lo e retê-lo até à chegada da polícia.
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