Um laboratório de ritmo chamado HHY & The Macumbas
Beheaded Totem é mais um documento estranho e fascinante do laboratório de ritmo que é o colectivo HHY & The Macumbas. (...)

Um laboratório de ritmo chamado HHY & The Macumbas
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Beheaded Totem é mais um documento estranho e fascinante do laboratório de ritmo que é o colectivo HHY & The Macumbas.
TEXTO: Os dez minutos de Danbala propaganda atiram-nos ao chão. É duro, mas recompensador, estar dentro deste espaço multidimensional de percussão pontilhista e de ritmos britados e dissonantes, que estilhaçam e rebrilham num caos luminoso, entre assombros momentâneos de músicas africanas rasgadas por sons corrosivos, cheios de fuligem. Pelo caminho surgem os sopros, que têm tanto de bamboleante como de tonitruante, mais os vestígios de jungle mutante, peganhento, visceral. Visceral, sim: quase tudo aqui é carne e osso, e se há um certo chamamento animista — como em todas as composições dos HHY & The Macumbas —, ele não resulta nem em transe, nem em alienação. Estamos perante música extremamente física, muscular, que convoca os corpos para o presente e implica o outro. Autoria: HHY & The Macumbas House of MythologyBeheaded totem, o segundo e novo álbum do colectivo do Porto, é o depurar de uma linguagem que tem vindo a ser desenvolvida por Jonathan Uliel Saldanha, o principal escultor sonoro do grupo, tanto nas suas composições musicais — desde 2000 que é figura-chave da música experimental portuguesa, em particular da cena portuense —, como nas suas performances, instalações artísticas e colaborações em teatro e dança. Há uma pesquisa quase molecular do ritmo e dos mecanismos de construção e desconstrução por trás dele, muitas vezes em diálogo com o corpo. Uma exploração cirúrgica das cavidades da acústica e das transposições bizarras de ritmos, frequências, timbres, ressonâncias, num cruzamento entre músicas — ou reminiscências delas — de diferentes tempos, geografias e periferias. Como nos dizia há dias Jonathan Uliel Saldanha, os HHY & The Macumbas são um “laboratório de ritmo”, descrição certeira para os dez anos de actividade deste colectivo, que desde o início tem ocupado um lugar singular na música portuguesa — actualmente, a formação é composta por João Pais Filipe, Filipe Silva, Frankão, Brendan Hemsworth, Álvaro Almeida e André Rocha. Com as sete composições de Beheaded Totem, chegam a novos sítios: enquanto no primeiro álbum, Throat Permission Cut (2014), existia um território mais definido de ritmos e percussões circulares com sopros, metais e vocabulários do dub, agora há uma não-linearidade de ritmos e sons quebrados, acelerados e altamente granulados, numa deslocação febril entre o dub, o jungle e o free jazz, entre a música de clube, a música experimental e improvisada, e outras linguagens rarefeitas. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Nesse sentido, a primeira música do disco, Wilderness of glass, faz a ponte entre os dois álbuns. Arranca com uma solenidade algo ameaçadora, reminiscente das marching bands, com sopros num compasso de espera que se prolongam no ar, enquanto do subsolo vão emergindo batidas ossificadas e entrecortadas (lembra-nos as produções dos artistas da Príncipe), que se vão canibalizando sob um manto de dub fantasmático e percussões incisivas. O final, qual labareda — tipo Boredoms vs. Lightning Bolt, mas sem guitarras —, não deixa espaço para respirar. Misteriosa e curta, A scar in the skull funciona como um descompressor, numa espécie de orquestra de ecos e murmúrios que parecem vir dos confins de um cérebro ao acordar. Deep sleep routine pode ser considerada a sequela de A scar in the skull, mas de fisicalidade penetrante, em câmara lenta. Ritmos vermiculares e crocantes, sopros em revoada e electrónica corrosiva vão trepando pelo nosso corpo. E é com todos os sentidos alerta que se chega ao techno-jungle em jogo de sombras de Swisid mekazine reijman, a última paragem do álbum (isto poderia ser um encontro entre Iannis Xenakis, Vladislav Delay e Christoph de Babalon). Por instantes parece que estamos dentro de uma discoteca subterrânea, mas isso seria demasiado fácil para os HHY & The Macumbas: pouco depois entra em cena um festim macabro de metais estridentes e percussão hiperactiva e quebra-cabeças. Tudo vibra. É pirotecnia para os corpos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave carne espécie corpo
Depois de sete anos de jam sessions, o Café Tati vai fechar
O espaço instalou-se no Cais do Sodré quando este era ainda um bairro em mudança, mas vai fechar as portas no final do ano. (...)

Depois de sete anos de jam sessions, o Café Tati vai fechar
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: O espaço instalou-se no Cais do Sodré quando este era ainda um bairro em mudança, mas vai fechar as portas no final do ano.
TEXTO: Nos anos 1960, o número 36 da Rua Ribeira Nova era um estabelecimento de refrescos chamado Casa da Banana, famoso pelo seu licor do fruto. Mais tarde, ainda foi um armazém de legumes e frutas antes de albergar o Café Tati, um espaço de convívio que foi dos primeiros estabelecimentos do género a surgir num bairro ainda em mudança. O Tati, famoso pelos seus concertos de jazz e jam sessions, vai fechar as portas no final deste ano. Instalou-se no Cais do Sodré em 2011, quando ainda nem a rua cor-de-rosa ou o Mercado da Ribeira chamavam turistas e moradores para o bairro, e desde essa altura que tem vindo a criar a fama de espaço diferente e acolhedor onde se pode ouvir ou tocar jazz. O espaço vai dar lugar a um restaurante que pagará uma renda muito superior ao que os donos do Tati pagam neste momento. “Disseram-nos que teríamos de sair no final do contrato, mas não tivemos oportunidade de negociar um eventual aumento de renda”, afirma Ramón Ibañes, um dos proprietários. As rendas em Lisboa custam o dobro do resto do país. No resto do país, no Porto, por exemplo, há locais onde as rendas subiram 10 vezes. O Tati, que se inspirou no realizador francês Jacques Tati para a denominação, quis ser uma mistura de café e restaurante, um espaço com muita luz e música, decorado com uma colecção de móveis e objectos vintage emprestados das ruas de Lisboa, achados em lojas de velharias, “roubados” da casa de amigos ou comprados em feiras e mercados, uma mistura entre o novo e o velho. “Nós abrimos no Verão de 2011 e conhecemos um bairro que era mesmo bairro porque nessa altura não havia nada parecido no Cais do Sodré. Só depois do boom do turismo é que esta zona começou a mudar”, acrescenta Ramón. Gonçalo Marques, responsável pela programação musical do espaço, conta que “o Tati já era conhecido pelas jam sessions que decorrem todos os domingos há largos anos e nas quais têm participado artistas nacionais e estrangeiros”. Até há bem pouco tempo, o Tati também organizava concertos de jazz semanais que chegaram a contar com a presença de “quase todos os músicos principais de Lisboa”, conta Gonçalo Marques. O programador acrescenta que “em Lisboa só há um clube de jazz, o Hot Clube, mas depois existem outros espaços pequenos, que não são muitos, mas que tocam bom jazz. Esse é o caso do Tati”. As jam sessions ao domingo à tarde eram também um ponto de encontro de famílias e amigos que frequentavam o café já à espera de bom ambiente e de um concerto grátis, fosse de jazz, música portuguesa, ritmos africanos ou rock espanhol. O espaço ficou também conhecido como um local de encontro da associação cultural Catalunya Presenta em Lisboa, onde portugueses e catalães residentes em Lisboa podiam desfrutar de “degustações de história, poesia, música, e cultura e de um jantar catalão com ementa e concerto à medida”, diz o co-proprietário. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Segundo Ramón, o fecho do espaço ainda não foi anunciado oficialmente aos clientes, mas afirma que “o sentimento geral de quem já sabe é de tristeza, porque é um espaço que está há muitos anos na cidade e é para muita gente uma referência, um café que se tornou um ponto de encontro de muitas coisas, não só de café, gastronomia e música”. Quem já sabe que o Tati vai fechar lamenta que “um espaço como este” vá fechar. É o caso de Maria Almeida, que no tempo de aulas estuda nas mesas já de madeira descascada do Tati, e no Verão descontrai nos sofás já gastos. “O Tati tem tudo”, diz Maria. O contrato do espaço termina a 31 de Dezembro, altura em que o negócio terá de sair. Até lá, estará aberto e a programação habitual vai manter-se, incluindo as jam sessions, que decorrem todos os domingos às 18h. Para o futuro, fica a promessa de abrir um espaço semelhante e com o mesmo espírito. Tudo estará “dependente do sítio que encontrarmos para nos acolher”, diz Ramón Ibañes. Artigo corrigido às 13h45 do dia 30 de Agosto de 2018: a abertura do Café Tati deu-se em 2011 e não em 2006.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura género
Spike Lee? Saturday Night Live. Lars von Trier? Aborrecimento em série
A história inacreditável de um polícia negro que se infiltrou no Ku Klux Klan filmada por Spike Lee como um programa de situações humorísticas: uma decepção, este tom. Spike Lee disse que não interessa o que os críticos digam de BlacKkKlansman; para ele, o filme já fica na História. Até pode ficar no palmarés. E não é Lars von Trier a fazer concorrência. (...)

Spike Lee? Saturday Night Live. Lars von Trier? Aborrecimento em série
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.09
DATA: 2018-07-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: A história inacreditável de um polícia negro que se infiltrou no Ku Klux Klan filmada por Spike Lee como um programa de situações humorísticas: uma decepção, este tom. Spike Lee disse que não interessa o que os críticos digam de BlacKkKlansman; para ele, o filme já fica na História. Até pode ficar no palmarés. E não é Lars von Trier a fazer concorrência.
TEXTO: Na falta de uma provocadora referência a Hitler de uma conferência de imprensa de Lars von Trier, que viu The House that Jack Built relegado para fora de concurso, tivemos uma imitação de saudação nazi de Spike Lee. Atitudes diferentes, a César o que é de César. Lee reagia à menção na sala a Mein Kampf, de Adolf Hitler, prosseguindo ao vivo o espírito de farsa que percorre BlacKkKlansman, que trouxe à competição de Cannes este agitador histórico do festival, um eterno We Wuz Robbed [2002], segundo ele, das Palmas de Ouro – em 1989, quando Do the Right Thing se perfilava para o prémio e o júri de Wim Wenders guinou para Sexo, Mentiras e Vídeo; em 1991, quando Barton Fink levou tudo, Palma de Ouro, prémio de realização para os Coen e de interpretação para John Turturro, ficando o “favorito” Jungle Fever com um prémio especial, de interpretação secundária, a Samuel L. Jackson. Lee disse então em Cannes que não interessa o que os críticos digam de BlacKkKlansman, o filme que conta a história real de Ron Stallworth, detective negro da polícia do Colorado que penetrou no Ku Klux Klan no início dos anos 70. Por ele, já fica na História. E a História americana está no filme e o filme foi apanhado pela História. Já estava rodado quando o realizador viu na CNN as imagens da morte de Heather Heyer, por atropelamento, quando um carro atingiu um grupo de activistas antirracistas que protestavam, em Agosto do ano passado, em Charlotesville, EUA, contra uma manifestação de supremacistas brancos. Lee encontrou nessas imagens o final de BlacKkKlansman – depois de telefonar à mãe de Heather a pedir autorização –, de tal forma ele se apresentava como a coda para um filme de época que queria falar da actualidade. Num Spike Lee Joint “you gotta flow, não se pode ser rígido“. E tinha de ser, por causa daquele “guy in the White House”, aquele “motherfucker” que ele não quer nomear, ”que não foi capaz de denunciar o Klan” – Spike pediu desculpa pelos palavrões, mas “esta merda que está a acontecer dá vontade de praguejar”. E depois quase que pediu que o calassem, e que fizessem perguntas aos outros membros da sua equipa. Hoje Spike diz que já não se consegue lembrar de qual era o final escrito. Efeito estranho que produzem essas imagens, ainda assim. Quando chegam, no final de BlacKkKlansman, produzem uma sensação de redundância, inutilidade mesmo, porque a inacreditável história do polícia negro Ron Stallworth (John David Washington) que contacta o Klu Klux Klan por telefone, infiltrando-se depois através de um seu alter ego branco, o colega Flip Zimmerman (Adam Driver), pareceu sempre um álibi para uma encenação de situações e diálogos a quererem falar da América e de Donald Trump – como num episódio do programa televisivo humorístico Saturday Night Live (e até aparece no início Alec Baldwin, o Trump do Saturday Night Live, a fazer de fascista americano). Dissemos a “inacreditável” história: foi isso que Lee sentiu quando leu o livro de Stallworth e precisou de se certificar de que tudo tinha acontecido, que não se tratava de um mockumentary em forma de livro. Ora BlacKkKlansman, e apesar da obra, da pesquisa que os actores fizeram, falando com os protagonistas, trazendo para cima da mesa as biografias de Angela Davis e a sua história com os Black Panthers, e o My Awakening: A Path to Racial Understanding em que David Duke explana as suas teorias racistas e de negação do Holocausto, parece participar do esvaziamento das potencialidades da história. Ou, pelo menos, não retira da tensão das cenas, da interacção entre actores e diálogos e até da (falta de) mística das personagens a impressão de programa de situações humorísticas. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Mas o momento em termos de conferências de imprensa desta 71. ª edição pertence a Spike Lee. Quem sabe, desta vez não será “robbed”. Lars von Trier não está em condições de concorrência. Depois de ter sido considerado persona non grata no festival, por causa da conferência de imprensa em 2011 em que a provocação lhe saiu mal (disse que compreendia Hitler), foi autorizado a regressar com The House that Jack Built, o encontro com os actos de um serial killer (Matt Dillon) ao longo de 12 anos, tal como contados a uma misteriosa personagem interpretada por Bruno Ganz. Dividido em capítulos, vai explicitando a violência à medida que as exaustivas digressões pela Arte (com citações do cinema do realizador) ficam mais pretensiosas – Dillon, primeiro, é visto a matar, depois ficciona quadros vivos com os cadáveres no congelador, concluindo a casa e a aproximação ao inferno a que o espectador tem direito. Mas o filme perde a capacidade de ilusão. Dillon é sempre de se seguir (se calhar, aconteceria perante qualquer actor e a morte), Lars foi de novo buscar um tema a Young Americans, o disco de David Bowie, e repete várias vezes Fame, o que se ouve com gosto. Mas o equilíbrio entre a patifaria, o lado mais sedutor do cinema do dinamarquês, e a ruminação autocentrada cede, The House that Jack Built é aborrecimento em série.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Miguel Oliveira parte em décimo na grelha do GP de Valência
Piloto português despede-se do Mundial de Moto2 a caminho da categoria principal de MotoGP (...)

Miguel Oliveira parte em décimo na grelha do GP de Valência
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Piloto português despede-se do Mundial de Moto2 a caminho da categoria principal de MotoGP
TEXTO: Miguel Oliveira (KTM) qualificou-se este sábado na décima posição para o Grande Prémio (GP) de Valência de Moto2, que marca a despedida do piloto português da categoria intermédia antes da passagem para a MotoGP. Oliveira gastou 1m36, 429s na sua melhor volta, terminando a 652 milésimos de segundo do italiano Luca Marini, que garantiu a pole position, numa sessão de piso seco, ao contrário do que aconteceu nos treinos livres da manhã. O piloto de Almada bateu o seu companheiro de equipa, o sul-africano Brad Binder, por 35 milésimos. Oliveira tem como melhor qualificação este ano um quarto lugar no GP da Áustria, depois de em 2017 ter conseguido duas poles, na Argentina e em Aragão. Em MotoGP, o mais rápido foi o espanhol Maverick Viñales, em Yamaha, gastando 1m31, 312s, deixando o compatriota Alex Rins (Suzuki) a 68 milésimos e o italiano Andrea Dovizioso (Ducati) a 80. A sessão ficou ainda marcada pela queda do já campeão Marc Márquez (Honda), com o piloto espanhol a deslocar o ombro esquerdo. No entanto, depois de uma rápida passagem pelo camião da equipa para receber assistência, voltou à pista para rubricar o quinto melhor tempo, a 130 milésimos de Viñales. O italiano Valentino Rossi (Yamaha) foi uma das desilusões do dia ao não fazer melhor do que o 16. º lugar, a 1, 070 segundos do companheiro de equipa, nem sequer conseguindo uma vaga na segunda e última fase da qualificação, depois de também ter caído de manhã, nos treinos livres. Nas Moto3, o italiano Tony Arbolino sairá este domingo do primeiro lugar da grelha, pois foi o único a baixar do segundo 47, com o registo de 1m46, 773. O GP da Comunidade Valenciana, que se disputa domingo no circuito Ricardo Tormo, é a 19. ª e última prova da temporada. Com os campeões das três classes já encontrados (o espanhol Jorge Martin em Moto3, o italiano Francesco Bagnaia em Moto2 e o espanhol Marc Márquez em MotoGP), restam ainda algumas decisões para domingo. Desde logo, o título mundial de equipas em Moto2, competição que a Red Bull KTM Ajo, de Miguel Oliveira, lidera, com 473 pontos, mais 22 do que a Sky Racing Team VR46, cujo patrão é Valentino Rossi. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Em MotoGP, a Honda também já é campeã de construtores, mas falta decidir quem será a equipa mais forte. A Repsol Honda Team, dos espanhóis Marc Márquez e Dani Pedrosa, lidera as contas, com 39 pontos a mais do que a Movistar Yamaha MotoGP, de Rossi e Viñales. Outras contas por acertar são as de rookie (estreante) do ano. Neste particular, o italiano Franco Morbidelli (Estrella Galicia 0. 0) tem dez pontos de vantagem sobre o malaio Hafizh Syharin (Monster Yamaha Tech3). No campeonato de pilotos independentes (que exclui os contratados pelas fábricas), o francês Johan Zarco (Monster Yamaha Tech3) tem apenas um ponto de avanço para o britânico Cal Crutchlow (LCR Honda Castrol), que não participa nesta ronda devido a lesão, e cinco para o italiano Danilo Petrucci (Alma Pramac Racing).
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Étnia Africano
"Figgy" sobe na Race to Dubai após Joanesburgo
Foi 48.º no Open da África do Sul e subiu oito posições para 53.º no ranking do European Tour (...)

"Figgy" sobe na Race to Dubai após Joanesburgo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foi 48.º no Open da África do Sul e subiu oito posições para 53.º no ranking do European Tour
TEXTO: Ao concluir a última volta com 1 acima do Par 71, Pedro Figueiredo terminou o South African Open no grupo dos 48. ºs o que representou uma subida de três lugares em relação a sábado (e um prémio de 5. 722 euros) no Firethorn Course, no Randpark Golf Club. Numa prova ganha pelo sul-africano Louis Oosthuizen com o agregado fabuloso de 266 (-18) – o seu mais próximo adversário, o francês Romain Langasque, ficou a seis shots de distância –, o português terminou com um total de 283 (67-73-71-72). Tratou-se apenas do segundo torneio de “Figgy” como membro efectivo do European Tour. No último domingo havia sido 23. º no Afrasia Bank Mauritius Open, nas Maurícias, entrando directamente para o 61. º lugar na Race to Dubai. Agora, depois de Joanesburgo, que teve 240 jogadores à partida, subiu para 53. º, numa tabela em que Ricardo Melo Gouveia é 38. º (20. º em Hong Kong e 40. º no Australiano PGA Championship). Melo Gouveia só volta a competir em meados de Janeiro, em Abu Dhabi, ao passo que Figueiredo segue já para o Alfred Dunhill Championship, também na África do Sul, a partir de quinta-feira no Leopard Creek Contry Club, em Malelane, na província de Mpumalanga. Lá em cima, Louis Oosthuizen superou um começo frágil para produzir uma exibição brilhante rumo a uma vitória emocional. O campeão do British Open de 2010 conquistara quatro dos seus oito triunfos no European Tour em provas no seu país natal, mas ainda não possuía no palmarés o título do Open nacional, em que não participava desde o terceiro lugar na temporada de 2011. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Entrara na última volta na frente com uma vantagem de três shots, reduzida para um após três buracos de jogo, mas logo recuperou para assinar um 67 final e chegar às 18 pancadas abaixo do Par. Langasque fechou com 66 para ser segundo isolado, o que lhe rendeu um dos três lugares disponíveis para o British Open no Royal Portrush Golf Club no próximo Verão, com o vencedor do Masters de 2011 Charl Schwartzel e o inglês Oliver Wilson a reivindicarem os outros dois após partilharem o terceiro lugar com Thomas Aiken e Bryce Easton, sul-africanos como Schwartzel. Veja mais em www. golftattoo. com
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Étnia Africano
Pedro Figueiredo encerra Maurícias com nota alta
Foi 23.º na sua estreia como membro do European Tour; Melo Gouveia 40º na Austrália (...)

Pedro Figueiredo encerra Maurícias com nota alta
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.16
DATA: 2018-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foi 23.º na sua estreia como membro do European Tour; Melo Gouveia 40º na Austrália
TEXTO: Pedro Figueiredo terminou o Afrasia Bank Mauritius Open no quinteto dos 23. ºs, ao passo que Ricardo Melo Gouveia foi 40. º empatado com 11 jogadores no Australian PGA Championship. Para o primeiro tratou-se do primeiro torneio na qualidade de membro do European Tour – e se a classificação promete para a época que ainda agora começou, podia ter sido bem melhor não tivesse sofrido alguns acidentes de percurso, como o triplo bogey 7 logo no buraco inaugural, na quinta-feira, e uma série de bogey-bogey-bogey-duplo bogey entre os buracos 14 e 17 da terceira volta, sábado, imediatamente após ter ascendido ao top-10 com o seu quinto birdie do dia no 13. Mas hoje, a fechar o torneio no Par 72 do Four Seasons GC Mauritius at Anahita, em Beau Champ, na ilha Maurícia, oceano Índico. “Figgy” repetiu as 68 pancadas de sexta-feira subindo 14 posições e finalizando com um total de 280 pancadas (-8), tantas como os sul-africanos Jaco Van Zyl, Thomas Aiken e Ketih Horne e o francês Romain Langasque, todos a sair com um prémio de 10. 200 euros. O vencedor – que facturou €158. 500 – foi o norte-americano Kurt Kitayama com 268 (65-65-70-68), -20, sucessor do sul-africano Dylan Frittleli na lista dos campeões. O francês Mathieu Pavon (67-66-70-67) e o indiano S. Chikkarangappa (64-68-71-67) partilharam o segundo lugar com 270 (-18). Na Race to Dubai, a ordem de mérito do circuito, Figueiredo entra directamente para o 61. º lugar, numa tabela em que Ricardo Melo Gouveia é 26. º com dois torneios disputados (tinha sido 20. º no passado domingo no Hong Kong Open, prova de abertura da época 2018/2019). Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Com voltas de 69-74-73-72 no Australiano PGA Championship, igualmente pontuável para o European Tour, o atleta do ACP Golfe, já na sua quarta temporada no principal circuito europeu de profissionais, somou 288 (Par) no Par 72 do RACV Royal Pines Resort, em Queensland, na Gold Coast, recebeu um prémio de €5. 200 e despediu-se de 2018, regressando em Janeiro à competição para o Abu Dhabi Championship. Quanto a “Figgy”, compete já a partir de quinta-feira no South African Open em Joanesburgo. O australiano Cameron Smith revalidou o título no Australian PGA Championship foi com 272 (70-65-67-70), seguido do compatriota Marc Leishman com 274 (68-68-69-69). Veja mais em www. golftattoo. com
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Étnia Africano
IAAF oficializa nacionalidade de Pichardo
Painel de Revisão de Nacionalidade autorizou o atleta nascido em Cuba a representar Portugal a partir de Agosto de 2019. (...)

IAAF oficializa nacionalidade de Pichardo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Painel de Revisão de Nacionalidade autorizou o atleta nascido em Cuba a representar Portugal a partir de Agosto de 2019.
TEXTO: A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) oficializou esta terça-feira as transferências de nacionalidade autorizadas pelo seu Painel de Revisão da Nacionalidade, onde se inclui a do português Pedro Pablo Pichardo. O português é, aliás, o único que tem uma cláusula de excepção, apenas podendo competir com a camisola de Portugal nas grandes competições a partir de 1 de Agosto de 2019. Natural de Santiago de Cuba, Pichardo, que tem 18, 08 metros como recorde pessoal, naturalizou-se português em Dezembro de 2017, depois de ser contratado pelo Benfica em Abril do mesmo ano. Já em Setembro de 2018, renovou com os “encarnados” até 2022. Antes, a 4 de maio de 2018, pulverizou o recorde português, que pertencia a Nélson Évora, ao saltar 17, 95 em Doha, no Qatar, “apagando” da lista nacional os 17, 74 do atleta que, no final de 2016, trocou o Benfica pelo Sporting. Num total de 14 pedidos completos, a IAAF oficializou outras sete transferências de atletas, que podem competir desde já pelos novos países, sendo que quatro, como Pichardo, já haviam mudado de nacionalidade e esperavam a ratificação. Na mesma situação do atleta do triplo salto nascido em Cuba, estavam Rai Benjamin, que muda de Antígua e Barbuda para os Estados Unidos, Mike Edwards, da Grã-Bretanha para a Nigéria, Patrick Ike Origa, da Nigéria para Espanha e Leon Reid, da Grã-Bretanha para Irlanda. Por seu lado, mais três atletas são agora elegíveis para os novos países, casos de Haron Kiptoo Lagat (Quénia para Estados Unidos), Miranda Tcheutchoua (Camarões para Irlanda) e Weldu Negash Gebretsadik (Etiópia para Noruega). As novas regras exigem um período mínimo de espera de três anos antes que um atleta possa transferir-se para representar outra federação filiada e nenhum atleta pode transferir-se para outra federação antes dos 20 anos ou voltar a mudar de nacionalidade. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. "Mudámos as regras que regem a Transferência de Nacionalidade com o propósito específico de proteger os nossos atletas de quaisquer abusos ocorridos no sistema anterior", disse o presidente da IAAF, Sebastian Coe. Coe mostrou-se "satisfeito" por ver que o novo sistema está a funcionar como o organismo pretendia, "permitindo que atletas com uma conexão genuína com um novo país representem esse país após verificações e investigação adequadas". Actualmente, o Painel de Revisão de Nacionalidade é composto por Hiroshi Yokokawa, Geoff Gardner, Marton Gyulai e Rozle Prezelj, e novos membros serão nomeados para o painel em breve.
REFERÊNCIAS:
Tempo Maio Dezembro Setembro Abril Agosto
Etíopes Getachew e Dediso vencem maratona de Lisboa
Clima colaborou e permitiu que fossem estabelecidos novos recordes. (...)

Etíopes Getachew e Dediso vencem maratona de Lisboa
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.8
DATA: 2018-12-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Clima colaborou e permitiu que fossem estabelecidos novos recordes.
TEXTO: Os atletas etíopes Limenih Getachew, no sector masculino, com um novo recorde da prova, de 2h07m24s, e Kuftu Dediso, no feminino, venceram este domingo a edição 2018 da Maratona de Lisboa. Na prova masculina, Getachew fugiu a dois quilómetros da meta para vencer à frente do queniano Samuel Wanjiku, que era o antigo recordista da prova e foi segundo, com 2h07m51s, e do queniano Justus Kimutai, terceiro, com recorde pessoal de 2h07m58s. A prova acabou por ter um bom nível, já que as condições atmosféricas ajudaram, com nove atletas, todos africanos, a fecharem o percurso em menos de 2h10m. O 10. º classificado e melhor não africano foi o português Hermano Ferreira, atleta do Benfica, que, depois de passar por muitas dificuldades físicas, terminou com 2h10m11s. Na prova feminina, Dediso esteve sempre na frente e ganhou com um novo recorde pessoal de 2h24m56s, superando claramente a queniana Monica Jepkoech, segunda, com 2h27m35s, e a também etíope Tigist Memuye, terceira, com 2h28m35s. A melhor portuguesa foi Rosa Madureira, do Penafiel, que terminou no sexto lugar, com 2h47m17s. Na meia-maratona, vitória para o marroquino Mustapha El Aziz (1h00m16s) e para a etíope Yebrugal Arage (1h07m18s). Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. El Aziz, que tirou três segundos ao anterior máximo da prova, superou o etíope Abdiwak Tura Seifu (1h00m41s) e o eritreu Ammanuel Mesel (1h00m45s). O melhor português foi André Pereira, do Benfica, que acabou no 14. º posto, com 1h06m08s. Na prova feminina, Arage tirou 35 segundos ao anterior recorde da Meia Maratona de Lisboa, numa corrida em que a israelita Lonah Salpeter foi segunda (1h07m55s) e a queniana Betty Lembus terceira (1h09m49s). Entre as portuguesas, a benfiquista Dulce Félix foi a melhor, no oitavo posto, com 1h11m50, batendo a sportinguista Carla Salomé Rocha, nona, por 22 segundos.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Jerónimo de Sousa: "O mandonismo da União Europeia alimenta sentimentos xenófobos"
Jerónimo de Sousa, 70 anos, é líder do PCP há 14 anos e ainda lhe faltam dois para terminar o mandato. Pelo menos. "Irei continuar a dar a minha contribuição", diz ao PÚBLICO e à Renascença. (...)

Jerónimo de Sousa: "O mandonismo da União Europeia alimenta sentimentos xenófobos"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.12
DATA: 2018-12-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Jerónimo de Sousa, 70 anos, é líder do PCP há 14 anos e ainda lhe faltam dois para terminar o mandato. Pelo menos. "Irei continuar a dar a minha contribuição", diz ao PÚBLICO e à Renascença.
TEXTO: Em entrevista ao PÚBLICO e à Rádio Renascença – que é emitida esta quinta-feira ao meio-dia –, o secretário-geral do PCP afirma que as políticas da União Europeia (UE) são responsáveis pelo crescimento da extrema-direita. E também que “o pedregulho de imposições” da UE é o maior empecilho a uma maior convergência com o PS. No fim-de-semana passado tivemos a convenção do Bloco de Esquerda, na qual ficou muito claro que aquele partido quer ir para o Governo. O PCP quer ir para o mesmo Governo que o Bloco?O que o PCP propõe é a ruptura com esta política que apresenta défices estruturais de fundo. Quando se fala de Governo, é evidente que o PCP, em relação ao poder, não se põe numa mera posição de partido de protesto. Mas coloca uma questão primeiro: um Governo para quê? Para quem? Para fazer que política? A ideia de querer participar no Governo a todo o custo, independentemente das políticas que esse Governo vai realizar, não corresponde à necessidade de um caminho novo e de uma política alternativa. E em que políticas é necessário haver rupturas com o PS para poder haver um acordo de Governo?Na forma de combater aquilo que são os défices estruturantes do nosso país, designadamente aumentar a produção nacional, que é a questão-chave e é daí que decorre depois o aumento do emprego - e também em relação à dívida: produzindo mais, devemos menos. Um outro eixo fundamental é a valorização do trabalho e dos trabalhadores, nos seus direitos, nos seus salários, na política fiscal, na legislação laboral. É preciso inverter aquilo que o PS teima em manter, como se verificou na proposta de lei da legislação laboral. É preciso também uma resposta efectiva a outros défices, como o da demografia. Não encontramos respostas nem solução duradoura. O défice agro-alimentar é outro problema, a questão dos serviços públicos, da saúde, da educação, da própria segurança social, o défice energético. O que verificamos é que o PS insiste em não encontrar respostas sólidas, a par desta questão central dos constrangimentos e das imposições da UE e do euro, que conduz a uma encanzinação - passe o termo - em relação à necessidade de desenvolvimento e crescimento económico. Encontra sempre ali barreiras. . . O ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu em entrevista, também aqui à Renascença e ao PÚBLICO, que um próximo acordo numa nova legislatura devia implicar as questões internacionais e europeias. Alguma vez será possível o PCP e o PS chegarem a acordo em matéria europeia?A vida é dinâmica. O que é verdade hoje pode ser mentira amanhã. Existe esta dificuldade, este bloqueio, este pedregulho de imposições por parte da UE que condicionam qualquer perspectiva de que seja fácil uma convergência com o PS. Não será fácil, mas da convenção do Bloco de Esquerda não saiu como linha vermelha o facto de o PS continuar a querer cumprir os compromissos europeus. Para fazer um acordo de Governo com o PS, o PCP exigiria que o PS abandonasse completamente a sua política europeia?Estamos em crer que sem uma ruptura com essas concepções não há uma verdadeira política alternativa. Infelizmente, tem sido a vida a demonstrar que temos razão. Na actual conjuntura, verificamos avanços significativos na reposição de rendimentos e direitos dos trabalhadores e do povo português, mas depois quando precisamos de ser mais audaciosos em relação ao investimento público. . . Em Fevereiro falávamos em contradições entre o PCP e o Governo que se podiam tornar insanáveis. Essa é uma das contradições insanáveis?É uma contradição insanável que a vida coloca como uma grande questão na ordem do dia. Mas o PCP não faz mesmo um acordo com um Governo PS na próxima legislatura por causa da Europa?O PS não abdica da sua política europeia. Nós não abdicamos de princípios, valores e projectos que temos para a sociedade portuguesa em questões tão importantes como a dívida, o serviço da dívida, o défice orçamental e a renegociação da dívida. Nós não dizemos não pagamos, não é isso. Defendemos a renegociação. Hoje todos nos inquietamos com o desenvolvimento das forças xenófobas, racistas, mas a verdade é que este mandonismo da União Europeia é fonte de alimento de sentimentos. . . Mal ou bem, as pessoas assumem como questão fundamental poder decidir da vida e do futuro do seu país. E se a União Europeia é um obstáculo a isso - e é - surge como reflexo a resposta inquietante desses movimentos, que capitalizam para si a defesa da soberania e do desenvolvimento económico e social. A melhor resposta que se pode dar a essas forças é a garantia e a afirmação da nossa soberania nacional, não no quadro isolacionista, que não defendemos. Este acordo correu bem? E vai correr até ao fim?Correu, na medida em que, mesmo com todas as limitações, houve avanços na reposição de rendimentos e direitos. E eu acrescentava aqui uma questão: houve uma certa reposição da esperança do povo português de que era possível uma vida melhor. É um elemento subjectivo, mas que tem importância. O programa do Governo do PS era bastante limitado. Lembro-me que, durante as negociações, o PS fez uma grande força para que nós aceitássemos na posição conjunta a votação favorável dos orçamentos. Foi um momento muito sensível em que nós afirmámos claramente que não passávamos cheques em branco. E o que é ainda possível concretizar mais nesta legislatura?Contamos com avanços na protecção social em relação ao abono pré-natal e em relação aos cuidadores informais, aos desempregados de longa duração. . . Em relação aos cuidadores informais o que está no Orçamento é no fundo uma declaração de boas intenções. O que se pode concretizar na especialidade?A proposta do PCP defende apoios sociais para esse trabalho meritório e responsabiliza o Estado. Estamos ainda em fase de negociação. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. E como vão votar a taxa da protecção civil?Não estamos de acordo com a ideia da dupla tributação para os cidadãos que já pagam os seus impostos e que depois ainda teriam, no seu concelho, de pagar uma taxa, o que significaria pagar a dobrar. Não acompanhamos a proposta do Governo. Já é do domínio público que o primeiro-ministro António Costa prefere negociar com o PCP a negociar com o Bloco de Esquerda. Por que é que acha que isso acontece? Têm tido uma boa relação. . . Há um elemento que me parece decisivo para que António Costa possa ter essa opinião, que é o rigor e o fundamento dos nossos posicionamentos e propostas. E a franqueza, a seriedade e a frontalidade com que sempre lidámos com o Governo. Um dos balanços que se podem fazer é que até aqui os compromissos que o Governo assumiu com o PCP foram cumpridos, o que não invalida a nossa crítica em relação a algumas matérias que o Governo se disponibilizou para resolver e depois começou a derrapar, a derrapar, a arrastar os pés. . . Tais como?Por exemplo, a questão dos professores, das forças de segurança, até da justiça. Havia uma norma do Orçamento de 2018 para a reposição e contagem do tempo de serviço e de repente o Governo resolveu não materializar aquilo que está no Orçamento em vigor. Foi um caso em que o Governo não cumpriu a palavra dada. Vamos tentar alterar o decreto para repor o tempo de serviço dos professores e não chumbá-lo, ficando de mãos vazias.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PCP
Cambridge Analytica acedeu a dados de 87 milhões de utilizadores
A informação disponível apontava para que a Cambridge Analytica teria acedido a dados de 50 milhões de utilizadores. (...)

Cambridge Analytica acedeu a dados de 87 milhões de utilizadores
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: A informação disponível apontava para que a Cambridge Analytica teria acedido a dados de 50 milhões de utilizadores.
TEXTO: O número de utilizadores do Facebook com dados que foram acedidos pela sociedade de consultoria britânica Cambridge Analytica aumentou para 87 milhões, segundo um comunicado divulgado pela empresa que detém a rede social esta quarta-feira. Até ao momento, a informação disponível apontava para que a Cambridge Analytica teria acedido a dados de 50 milhões de utilizadores do Facebook. "No total, cremos que a informação do Facebook de 87 milhões de pessoas, a maioria nos Estados Unidos, pode ter sido partilhada indevidamente com a Cambridge Analytica", lê-se na declaração do responsável tecnológico da empresa, Mike Schroepfer. O responsável tecnológico do Facebook escreveu um texto a detalhar algumas mudanças que a rede social fará para restringir a informação a que podem aceder as aplicações, como já tinha adiantado o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg. O Facebook já anunciou que pretende lançar medidas para dar mais privacidade aos utilizadores, afirmando que "percebeu claramente" que as ferramentas disponíveis "são difíceis" de encontrar e que "tem de fazer mais" para informar os utilizadores da rede social. Para já, a rede social está a aumentar o controlo da privacidade dos seus utilizadores na Europa, mas não se compromete a expandir as actualizações a nível global. A rede social Facebook tem estado no centro de uma vasta polémica internacional com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de milhões de utilizadores da rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo a campanha de Donald Trump. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Esta revisão do número de utilizadores afectados surge horas depois de Mark Zuckerberg ter confirmado que vai depor no Congresso norte-americano, no dia 11 de Abril. Para além das influências nas eleições norte-americanas, já tinha sido avançado em meados de Março que a empresa estava também envolvida nas eleições da Nigéria de 2015. A confirmação foi dada esta quarta-feira através de um vídeo a que o Guardian teve acesso. O vídeo é, de acordo com a descrição do jornal britânico, composto por "imagens gráficas" de violência na Nigéria. Imagens de pessoas a serem desmembradas, queimadas vivas ou decapitadas eram acompanhadas com mensagens ameaçadoras e anti-islâmicas, conta o jornal. O objectivo foi atribuir o cenário de caos e terror a um dos candidatos da oposição, Muhammadu Buhari, retratado como alguém que iria oprimir brutalmente os dissidentes e negociar com grupos extremistas. A estratégia terá sido encomendada por um bilionário e tinha como objectivo garantir a reeleição do então Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan. As acções do Facebook caíram 15% desde o eclodir do caso, mas o número de utilizadores mantém-se praticamente inalterado, de acordo com os números citados pelo criador do Facebook.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência social