Hoje nasce o Público Mais
O PÚBLICO é há mais de 20 anos um jornal de referência em Portugal e no mundo de língua portuguesa, um jornal reconhecido pela qualidade do seu jornalismo e pela sua independência. E está — tal como os grandes jornais internacionais — a viver o impacto da mudança de hábitos dos leitores em todo o mundo ocidental. (...)

Hoje nasce o Público Mais
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: O PÚBLICO é há mais de 20 anos um jornal de referência em Portugal e no mundo de língua portuguesa, um jornal reconhecido pela qualidade do seu jornalismo e pela sua independência. E está — tal como os grandes jornais internacionais — a viver o impacto da mudança de hábitos dos leitores em todo o mundo ocidental.
TEXTO: Hoje, o leitor acorda e vê rapidamente as notícias no telemóvel, chega ao trabalho e acompanha a actualidade ao longo do dia, ouve um noticiário no carro a caminho de casa, vê televisão depois do jantar e faz novo radar às notícias nos sites antes de ir dormir. Pelo caminho, vai recebendo alertas de última hora no telefone e, se estiver a viajar, descarrega o seu jornal em PDF. O que sobra para ler no jornal impresso que no dia seguinte está à venda no quiosque?Na verdade, muito. O jornalismo tem mil definições. Há 15 anos que o think tank americano Committee of Concerned Journalists desenvolve um fórum contínuo com jornalistas de costa a costa para tentar fixar a essência do jornalismo. O resultado da pesquisa é o retrato perfeito desta profissão: o compromisso com a verdade é o principal propósito do jornalismo; a sua primeira lealdade é para com os cidadãos; a verificação é a essência da sua disciplina; a independência em relação às pessoas tratadas nas notícias é estrutural; o jornalismo serve de indicador para as pessoas e instituições com poder; dá aos cidadãos um fórum de crítica e compromisso; torna interessantes as coisas importantes; e dá às notícias contexto e proporção. Só falta acrescentar uma coisa: isto custa muito dinheiro. Só uma redacção forte, experiente e com jornalistas especializados conseguirá dar resposta a este conjunto de fundamentos. Hoje, com a velocidade, quantidade e superficialidade da informação — tantas vezes frustrantemente monocórdica e repetitiva —, os jornais de referência são ainda mais cruciais. A crescente falta de meios suscita aliás o risco — ou até a tentação — de descaracterizar a matriz original dos jornais. Cada um escolherá ler, ver ou ouvir os conteúdos na plataforma — e na máquina — que quiser. Isso hoje já é um detalhe. O fundamental é a sociedade reconhecer que o bom jornalismo é um bem público, vital para a democracia, e que isto, parecendo um cliché, é incontornavelmente verdadeiro. São os jornais de referência que escrutinam, fiscalizam e verificam; que aprofundam, analisam e contextualizam o nosso país e o mundo; que hierarquizam e dão a proporção certa ao que se passa à nossa volta; que investem tempo e dinheiro numa reportagem na Somália e numa investigação sobre o que polui o estuário do Tejo. E, por isso, são os jornais de referência que geram a maioria das notícias que, uma vez publicadas, alimentam rádios, televisões e sites, para não falar dos blogues, do Google, do Twitter ou do Facebook. O escândalo das escutas no Reino Unido e a cultura que parece existir nos tablóides de Rupert Murdoch mostram preto no branco o papel vital do jornalismo de qualidade, independente, que não serve interesses, observa a realidade, procura respostas, descobre algumas, verifica todas e organiza a informação para o público. Alguém dizia há uns anos, entre o oceano de presságios pessimistas, que os jornais de qualidade, tal como as grandes cidades, não vão mudar de lugar. Ou seja, vão continuar a definir a agenda dos seus países. Nós acreditamos nisso. A venda de jornais no Ocidente, porém, está a cair 10% por ano, ano após ano, desde 2007. Há apenas cinco anos, o PÚBLICO vendia acima de 50 mil exemplares por dia; hoje, vendemos 30 mil. Nos últimos meses, desapareceram do mercado português mais de seis mil compradores de jornais diários. Aos novos hábitos juntam-se agora os efeitos da crise. O problema é que, ao contrário dos tablóides, cujas vendas sobem, o jornalismo de qualidade não encontrou ainda o modelo de negócio que lhe permita auto-suficiência e saúde financeira.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura
NEI quer lançar OPA sobre banco português se ganhar corrida ao BPN
O Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), uma das quatro entidades que formalizaram uma proposta para a compra do BPN, avançou hoje que, caso ganhe o concurso de privatização, lançará uma OPA sobre um banco português. (...)

NEI quer lançar OPA sobre banco português se ganhar corrida ao BPN
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-07-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), uma das quatro entidades que formalizaram uma proposta para a compra do BPN, avançou hoje que, caso ganhe o concurso de privatização, lançará uma OPA sobre um banco português.
TEXTO: “Se formos nós os escolhidos, vamos tentar uma OPA [Oferta Pública de Aquisição] a outro banco nacional”, revelou José Fernandes, um dos porta-vozes do NEI, explicando que o objectivo é integrar o Banco Português de Negócios (BPN) nessa entidade, caso a operação tenha sucesso, mas escusando-se a revelar o nome da instituição em causa. Existem actualmente quatro bancos portugueses cotados em bolsa, o Banco Comercial Português (BCP), o Banco Espírito Santo (BES), o Banco BPI e o Banif, e o responsável frisou que a ideia do NEI é aproveitar a estrutura que o banco alvo já tem para acabar com a marca BPN, que “está muito desgastada”, integrando todos os seus activos na outra instituição, caso a OPA avance. Segundo José Fernandes, a Caixa Banco de Investimento (Caixa BI) convocou na quinta-feira, ao final do dia, os representantes do NEI para uma reunião que decorreu esta manhã nas instalações da Caixa BI, contando com a presença de responsáveis da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e da Caixa BI. “A reunião correu bem. Fizeram-nos várias perguntas e nós defendemos a nossa ‘dama’. Temos consciência que estamos em desvantagem perante os outros candidatos [à compra do BPN], até porque não temos uma estrutura como o BIC ou o Montepio têm, mas na nossa proposta valorizámos cada acção do banco, com um pricing interessante, e a nossa estratégia é inovadora”, realçou o responsável. A aposta no apoio às pequenas e médias empresas (PME), na economia social – através de acordos estabelecidos com Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e com as Misericórdias –, na banca de proximidade, no microcrédito e em balcões itinerantes constitui a trave-mestra do projecto do NEI para o BPN. Sobre a gestão do banco, caso seja o vencedor do concursos de privatização, o NEI diz ter “uma equipa forte” para a comissão executiva, que será constituída por pessoas com track record na banca, cujos nomes José Fernandes protegeu, uma vez que “são pessoas que estão no activo”. Questionado sobre a oferta feita pelo NEI, o responsável disse que foi “valorizado o preço do banco através de uma proposta até um pouco acima do seu real valor, mas que foi tudo pensado para tentar assegurar a compra”, sem adiantar o preço oferecido. José Fernandes diz que o projecto que integra quer preservar os postos de trabalho existentes no BPN, ainda que admita que “nas condições actuais não se podem manter todas as pessoas”, pelo que admite que terão que ser feitas negociações para a redução dos salários. Além de o NEI, também o Montepio Geral, os angolanos do BIC e um outro interessado de quem ainda não foi possível apurar a identidade estão na corrida à privatização do BPN, que deverá ser decidida até ao final do mês.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social
Banco Mundial avança com 353 milhões de euros para o Corno de África
O Banco Mundial avançou com mais de 353 milhões de euros para ajudar a resolver a grave situação no Corno de África, assolada pela seca e pela fome, anunciou hoje a instituição, poucos antes de uma reunião em Roma para resolver a crise na região. (...)

Banco Mundial avança com 353 milhões de euros para o Corno de África
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Banco Mundial avançou com mais de 353 milhões de euros para ajudar a resolver a grave situação no Corno de África, assolada pela seca e pela fome, anunciou hoje a instituição, poucos antes de uma reunião em Roma para resolver a crise na região.
TEXTO: Para além desta quantia foram ainda concedidos 8, 47 milhões de euros para proporcionar “uma ajuda imediata aos mais afectados pela crise”, informou o Banco Mundial na mesma nota. “O auxílio imediato é a primeira prioridade e é importante agir rapidamente para reduzir o sofrimento humano, mas também estamos a ponderar soluções a longo prazo", disse o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. A actual seca no Corno de África, a pior dos últimos 60 anos, ameaça a vida de 12 milhões de pessoas na Somália, onde a fome foi declarada em duas regiões, e também no Quénia, Etiópia, Djibouti, Sudão e Uganda. Os recursos concedidos pelo Banco Mundial provêm de uma reestruturação de projectos actuais e de uma relocação de mais recursos para novos projectos que serão usados para financiar um programa de luta contra a seca na região e ajudar os agricultores na replantação das próximas colheitas. O apoio vai ser atribuído pela Associação Internacional de Desenvolvimento, fundos de luta contra a pobreza do Banco Mundial, e o Fundo Global para a Redução de Desastres e Recuperação, também gerido pelo Banco Mundial e resultante de uma parceria entre 36 países e seis organizações internacionais que ajudam os países mais pobres a lidar com desastres naturais e mudanças climáticas. Depois de menorizada a crise actual, o Banco Mundial insiste na criação de medidas a longo prazo que evitem a repetição deste tipo de catástrofe. "Esta crise alimentar na África Oriental é outro exemplo alarmante do facto que os parceiros internacionais devem dar primazia à questão da comida", continuou Robert Zoellick. "Uma acção global é fundamental e os parceiros internacionais podem ajudar, apoiando os pequenos agricultores com sementes, fertilizantes e melhores previsões do tempo", disse a organização, acrescentando que "a longo prazo, é importante que os países do Corno de África se prepararem para secas futuras que as alterações climáticas vão tornar ainda mais intensas". "É necessária uma abordagem transversal que integre a segurança alimentar, a pobreza e as mudanças climáticas", disse ainda o Banco Mundial. O aumento dos preços dos alimentos levou 44 milhões de pessoas à pobreza desde Junho de 2010, informou o Banco Mundial no mês de Abril, advertindo que um novo aumento dos preços de 10 por cento poderia colocar mais 10 milhões de pessoas na miséria. Uma reunião ministerial urgente sobre a crise no Corno de África começou hoje em Roma, convocada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, a pedido da França que preside ao G20.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave fome ajuda pobreza alimentos
Comandante militar dos rebeldes líbios foi morto
O general líbio Abdel Fatah Younes, antigo dirigente do regime do coronel Muammar Khadafi que se juntou aos rebeldes para assumir o comando militar da oposição armada, foi morto, anunciou o líder do Conselho Nacional de Transição (CNT), Moustafa Abdull Jalil. (...)

Comandante militar dos rebeldes líbios foi morto
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.15
DATA: 2011-07-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: O general líbio Abdel Fatah Younes, antigo dirigente do regime do coronel Muammar Khadafi que se juntou aos rebeldes para assumir o comando militar da oposição armada, foi morto, anunciou o líder do Conselho Nacional de Transição (CNT), Moustafa Abdull Jalil.
TEXTO: As circunstâncias da morte de Abdel Fattah Younes ainda não foram esclarecidas, mas Abdul Jalil adiantou que o general foi morto por atacantes pró-Khadafi. Em declarações à estação de televisão Al-Jazira, disse que Younes foi assassinado por um grupo de homens armados depois de ter sido convocado para um interrogatório em Bengasi, o bastião dos rebeldes. Abdul Jalil adiantou ainda, citado pela AFP, que o líder do grupo que levou a cabo o ataque foi detido e que foram anunciados três dias de luto. “Recebemos a notícia de que Younes e dois dos seus guarda-costas foram alvejados depois de o general ter sido convocado para comparecer perante um comité judicial destinado a investigar questões militares”, adiantou Abdul Jalil. O líder do CNT disse ainda que Younes não chegou a estar presente nesse encontro. Em conferência de imprensa, Abdul Jalil adiantou que, juntamente com Younes, foram mortos outros dois coronéis dos rebeldes. Os corpos terão sido levados pelo grupo de atacantes. Após a conferência ouviram-se três fortes explosões no centro da capital líbia, Trípoli, adiantou a Al-Jazira. Horas antes do anúncio da morte foi noticiado que antigo dirigente do regime líbio teria sido destituído de funções e, segundo a televisão Al-Jazira, estaria detido num aquartelamento militar em Bengasi. Uma fonte do Conselho Nacional de Transição (CNT), a administração paralela sediada em Bengasi, adiantou à Reuters que Younes foi mandado regressar da frente em Brega, no Leste, onde a oposição enfrenta há vários dias as forças leais a Muammar Khadafi, e estaria a ser interrogado. A mesma agência referiu que circularam na cidade rumores de que Younes estaria envolvido em conversações secretas com o regime. Já a televisão árabe deu conta de informações, também não confirmadas, de que o general foi detido por suspeita de passar armas às forças lealistas. Um dos colaboradores mais próximos de Khadafi durante as últimas décadas, o general Younes juntou-se à rebelião em Fevereiro, depois de os primeiros protestos terem sido violentamente reprimidos pelo regime. “Quando ele se juntou à oposição foi um grande golpe [para Khadafi] mas muitas pessoas continuam a ter dúvidas sobre as suas lealdades”, explicou o jornalista Tony Birtley, correspondente da Al-Jazira em Bengasi. Younes participou no golpe de Estado que fez Khadafi chegar ao poder, em 1969, foi ministro do Interior e considerado o “número dois” do regime do coronel que governa a Líbia há mais de 40 anos. A sua morte ocorreu no dia em que Portugal reconheceu o CNT como representante legítimo do regime líbio, depois de 13 países da União Europeia, 21 da União Africana e outros 13 Estados, incluindo Canadá, Turquia e Estados Unidos, o terem feito. Notícia actualizada às 23h00
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte homens ataque morto luto
Reconhecimento do CNT foi “um passo muito importante”, diz antigo embaixador da Líbia em Portugal
O ex-representante do regime de Muammar Khadafi em Lisboa, Ali Ibrahim Emdored, diz que Portugal deu um “passo muito importante” ao reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio como autoridade legítima da Líbia. (...)

Reconhecimento do CNT foi “um passo muito importante”, diz antigo embaixador da Líbia em Portugal
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.26
DATA: 2011-07-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ex-representante do regime de Muammar Khadafi em Lisboa, Ali Ibrahim Emdored, diz que Portugal deu um “passo muito importante” ao reconhecer o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio como autoridade legítima da Líbia.
TEXTO: “Creio que o passo dado pelas autoridades portuguesas é muito importante. Apesar de um pouco tardia, é uma decisão que ainda vem a tempo”, afirmou à agência Lusa Ali Ibrahim Emdored, que em Fevereiro abandonou o cargo de embaixador do regime de Khadafi em protesto contra a repressão “brutal” exercida sobre o povo líbio por um regime “fascista, tirânico e injusto”. Portugal anunciou nesta quinta-feira o reconhecimento do CNT como autoridade legítima da Líbia – foi o 14. º país da União Europeia a fazê-lo. O órgão que representa os opositores ao regime do coronel que governa a Líbia há mais de 40 anos também já foi reconhecido por 21 países da União Africana e por outros 13 Estados, incluindo Canadá, Turquia e Estados Unidos. Emdored continua em Lisboa e diz que agora representa o CNT. O diplomata congratulou-se com o facto de o novo Governo português ter decidido alterar a sua posição relativamente à Líbia e reconhecer o CNT, não esquecendo, contudo, os vários passos que o anterior executivo socialista tomou e que também já apontavam nesse sentido. “O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, anunciou que o regime tinha acabado e que Muammar Khadafi teria de abandonar o poder. Mas nessa altura o Governo português, que estava em gestão, não tinha condições para reconhecer o CNT”, afirmou Ali Ibrahim Emdored. O novo Governo, que tomou posse em Junho, “manteve essa mesma posição e o povo líbio está muito feliz com este novo passo”, adiantou. “Apreciamos essa decisão, que será benéfica tanto para os líbios como para os portugueses”, enfatizou Emdored, na carreira diplomática há 40 anos. “É uma decisão tanto mais importante quanto Portugal é membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU e um país que, ao contrário do que fizeram a Alemanha ou o Brasil [que se abstiveram na votação], decidiu votar a favor da resolução 1973. Portugal tomou essa decisão, sem a qual não haveria resolução nem protecção para o povo líbio, e por isso estamos muito gratos”, afirmou. Através da resolução 1973 foi aprovada a tomada de “todas as medidas necessárias” para proteger os civis na Líbia, o que abriu caminho à intervenção militar no país que é hoje liderada pela NATO. O Conselho Nacional de Transição é formado pelos rebeldes que combatem o regime de Khadhafi desde Fevereiro, incluindo vários ex-ministros do coronel que governa em Tripoli desde 1969.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU NATO
NEI diz que melhorou oferta sobre o BPN para valor acima de 100 milhões
O Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), uma das entidades que está na corrida à compra do Banco Português de Negócios (BPN), diz ter reforçado o valor da sua proposta na sexta-feira, para um montante que ultrapassa os 100 milhões de euros. (...)

NEI diz que melhorou oferta sobre o BPN para valor acima de 100 milhões
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), uma das entidades que está na corrida à compra do Banco Português de Negócios (BPN), diz ter reforçado o valor da sua proposta na sexta-feira, para um montante que ultrapassa os 100 milhões de euros.
TEXTO: “Reforçámos ontem [sexta-feira] o valor da nossa proposta, que engrandece o BPN. Os jornais têm escrito que as ofertas andam entre os 30 milhões de euros e os 100 milhões de euros, mas não é verdade. A nossa oferta não está nesse intervalo”, disse à Lusa José Fernandes, porta-voz do NEI. Segundo o responsável, que preferiu não especificar qual o valor exacto proposto pelo NEI, já que o processo ainda está em aberto, a melhoria da oferta foi feita durante uma reunião com a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque. “Melhorámos a oferta de forma a ir ao encontro do interesse do Estado. O valor oferecido respeita integralmente o valor do banco. Fomos muito bem recebidos e sentimos que temos sido respeitados ao nível das negociações, mesmo não tendo lóbis, nem apoios políticos”, afirmou José Fernandes. O porta-voz realçou que, ao contrário do que tem sido noticiado, o grupo que representa não quer fechar balcões, nem despedir funcionários. “As informações que surgem nos jornais não batem com a realidade. Também dizem que foram interrompidas as negociações com o NEI, mas não é verdade. Até reforçámos a nossa proposta porque queremos ser os vencedores” do concurso de privatização do BPN, assegurou. O NEI é constituído por 15 empresários portugueses, entre os quais, refere a Lusa, José Fernandes e Jaime Pereira dos Santos. Ontem, o PÚBLICO noticiou que o Governo não tinha chegado a acordo com o Banco BIC, detido por capitais maioritariamente angolanos. E que o Executivo tinha chamado outro dos candidatos à compra do banco, o NEI. Entre este grupo de investidores, estão alguns relacionados com empresas do ramo da restauração. O desentendimento entre o BIC e o Executivo prende-se com questões relacionadas com as exigências previstas a nível laboral e com as garantias que o BIC pretendia obter nesta operação.
REFERÊNCIAS:
Tempo sexta-feira
Terrorista norueguês tinha planos para atacar o palácio real
O autor do atentado terrorista na capital norueguesa Oslo e do massacre na ilha de Utoya, Anders Behring Breivik, disse à polícia que tinha considerado outros alvos para os seus ataques de 22 de Julho, nos quais morreram 77 pessoas. (...)

Terrorista norueguês tinha planos para atacar o palácio real
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: O autor do atentado terrorista na capital norueguesa Oslo e do massacre na ilha de Utoya, Anders Behring Breivik, disse à polícia que tinha considerado outros alvos para os seus ataques de 22 de Julho, nos quais morreram 77 pessoas.
TEXTO: Interrogado por mais de dez horas na sexta-feira, Anders Breivik, que tem estado a colaborar com as investigações da polícia, terá dito que o edifício que alberga os serviços do Governo norueguês, no centro de Oslo, e o campo de férias do Partido Trabalhista da ilha de Utoya não eram os seus únicos alvos. Geir Lippestad, o advogado de Breivik, confirmou que o seu cliente tinha “diversos projectos de diferente escala” que planeara executar na fatídica sexta-feira dia 22. “Os acontecimentos acabaram por se desenrolar de forma diferente do seu plano”, disse, escusando-se a falar em detalhe. “Posso dizer que ele tinha planos para atingir outros alvos, mas naquele dia só conseguiu completar dois dos seus ataques”, declarou o procurador da polícia Paal-Fredrik Hjort Krab aos jornalistas. Mas aquele responsável não confirmou uma notícia do tablóide "Verdens Gang", que apontava o palácio real e a sede do Partido Trabalhista como os outros alvos de Breivik, o primeiro por causa do seu valor simbólico e o segundo por causa do seu ódio pelo partido do Governo. “Ele indicou de forma genérica quais seriam os seus outros pontos de interesse, que parecem ser escolhas lógicas para um terrorista”, disse o procurador. Segundo a BBC, a polícia tem estado a investigar outros locais mencionados por Anders Breivik no seu manifesto de 1500 páginas, publicado na internet antes dos ataques. Von Trier lamenta preferênciaO realizador Lars Von Trier, cujo filme “Dogville” aparece citado na página de Facebook de Anders Breivik como uma das suas referências cinematográficas, lamentou que a sua película pudesse ter servido de inspiração para o terrorista noruguês – e considerou que se tal aconteceu foi porque Breivik “não percebeu nada”. No filme, a protagonista, interpretada por Nicole Kidman, leva a cabo um massacre, matando o pai e todo o seu gang de criminosos para se vingar do tratamento a que tinha sido sujeita numa pequena aldeia. O cineasta disse estar estar “triste” pela associação do seu filme aos atentados da Noruega e atirou responsabilidades para os partidos de extrema-direita, como por exemplo o Partido do Povo Dinamarquês, a terceira força política do seu país e aliado do Governo. “É verdade que a última cena de "Dogville" tem várias semelhanças com o que aconteceu na ilha de Utoya. Fico doente só de pensar que "Dogville", que para mim é o melhor filme que já fiz, lhe possa ter servido de guião”, disse Von Trier ao jornal dinamarquês "Politiken". No entanto, a explicação mais plausível para o realizador é que a “tradição de medo do Irão” e de “racismo” da Dinamarca se tenha estendido aos restantes países nórdicos e “instalado na consciência de Breivink, dando-lhe a justificação de que precisava para cometer os seus crimes”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo racismo medo
Governo escolhe Banco BIC para ficar com BPN
O Ministério das Finanças afirma que tomou a decisão de seleccionar a proposta do Banco BIC Português “com vista a negociar, em condições de exclusividade”, um acordo para a venda do BPN. (...)

Governo escolhe Banco BIC para ficar com BPN
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DATA: 2011-07-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Ministério das Finanças afirma que tomou a decisão de seleccionar a proposta do Banco BIC Português “com vista a negociar, em condições de exclusividade”, um acordo para a venda do BPN.
TEXTO: Hoje de manhã, responsáveis do Ministério das Finanças estiveram reunidos com o presidente do Banco BIC, Mira Amaral. O gestor foi chamado para um encontro que durou das 11h30 às 13 horas, tendo-lhe sido comunicado que haveria uma resposta durante o dia de hoje. O Governo tinha até hoje para encontrar um comprador para o BPN, tendo as negociações decorrido nos últimos dias, incluindo durante o fim-de-semana. O Estado, através da CGD, recebeu propostas do Banco BIC (com capitais angolanos), do Montepio e do Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), formado por diversos empresários, alguns dos quais ligados ao sector da restauração. Houve ainda uma quarta proposta, mas que ficou pelo caminho. No sábado, e depois de as conversações com o BIC terem sido interrompidas, o NEI veio anunciar que tinha subido o valor da sua oferta, para um montante que ultrapassa os 100 milhões de euros. De acordo com o comunicado do Ministério das Finanças que anuncia a escolha do BIC, “tendo presente a necessidade de estabelecer um prazo de conclusão das negociações em exclusividade, e, caso as mesmas sejam bem-sucedidas, da obtenção dos pareceres e autorizações por parte das entidades reguladoras e da celebração dos contratos, a celebração do contrato formalizando a transacção deverá ocorrer num prazo máximo de 180 dias”. As Finanças dizem ainda que a decisão de optar por uma proposta feita por uma instituição de crédito “devidamente autorizada e a exercer a sua actividade em Portugal”, assegura “a continuidade da actividade do BPN e tem em consideração a defesa dos interesses dos depositantes”. Estado perde 2, 4 mil milhões de euros A proposta de aquisição do Banco BIC passa por incorporar 750 trabalhadores dos actuais 1580, e pagar 40 milhões de euros pelo BPN. No entanto, as Finanças referem que, adicionalmente, "caso o banco apresente um resultado acumulado líquido de impostos superior a 60 milhões de euros, ao final de cinco anos após a data da transacção, será pago ao vendedor uma percentagem de 20 por cento sobre o respectivo excedente, a título de acréscimo de preço". As Finanças referem ainda que a recapitalização do BPN, a efectuar antes do fecho do negócio, "ascenderá a cerca de 550 milhões de euros". Assim, "considerando também o esforço já realizado pelo Estado com a criação e a transferência de activos para as sociedades Parvalorem, S. A. , Parups, S. A. e Parparticipadas, S. A. , o total do custo do Estado com o BPN, descontado do preço de venda, ascende nesta data a cerca de 2, 4 mil milhões de euros". Notícia actualizada às 21h20
REFERÊNCIAS:
Tempo sábado
Israel: Árabe pode deixar de ser uma das línguas oficiais
Uma proposta de lei para que a definição de Israel seja alterada para um Estado “judaico e democrático” e que deixará o hebraico como única língua oficial foi apresentada ao Parlamento israelita (Knesset). (...)

Israel: Árabe pode deixar de ser uma das línguas oficiais
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DATA: 2011-08-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma proposta de lei para que a definição de Israel seja alterada para um Estado “judaico e democrático” e que deixará o hebraico como única língua oficial foi apresentada ao Parlamento israelita (Knesset).
TEXTO: A iniciativa legislativa, levada a cabo por deputados do Kadima (oposição), Likud e Israel Beitenu (ambos na coligação no Governo) quererá dizer que o árabe e o inglês deixam de ser línguas oficiais do Estado, para além do hebraico, segundo o diário israelita Ha’aretz. No entanto o árabe (um quinto da população do Estado hebraico é árabe) iria ter “estatuto especial” e a lei prevê para os que o falam “o direito a acesso linguístico aos serviços do Estado”. O objectivo da lei, explicou um dos seus proponentes, Zeev Elkin (Likud), é dar aos tribunais argumentos que apoiem “o Estado como um estado nação judaico em decisões sobre casos em que o carácter judaico do Estado entra em conflito com o seu carácter democrático”. Uma outra cláusula na lei diz que a lei “da tradição judaica” pode ser uma fonte de inspiração para o legislador e tribunais quando não houver outra lei expressa. O Estado poderá ter diferentes grupos étnicos, acrescenta o projecto de lei: “O Estado pode autorizar uma comunidade, incluindo pessoas de outras fés ou nacionalidades, a manter uma comunidade separada”. Quanto às implicações internacionais da lei - que o diário israelita diz ter grandes probabilidades de ser aprovada no Inverno - Elkin afirma que eventuais repercussões na imagem de Israel no mundo não o incomodam. “Se estamos a falar do mundo em que as Nações Unidas tratam o sionismo como racismo, então pode haver um problema. Mas acho que hoje o mundo está pronto para aceitar isto”, comentou ao Ha’aretz.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei racismo comunidade
Presidenciais em Cabo Verde sem grande afluência às urnas na primeira volta
Os cabo-verdianos votaram hoje, num dia com pouca afluência às urnas, na primeira volta para as presidenciais que irão decidir qual será o sucessor do actual chefe de Estado, Pedro Pires, que não pôde candidatar-se a um terceiro mandato. (...)

Presidenciais em Cabo Verde sem grande afluência às urnas na primeira volta
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.088
DATA: 2011-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os cabo-verdianos votaram hoje, num dia com pouca afluência às urnas, na primeira volta para as presidenciais que irão decidir qual será o sucessor do actual chefe de Estado, Pedro Pires, que não pôde candidatar-se a um terceiro mandato.
TEXTO: As assembleias de voto, que abriram com algum atraso, foram fechando progressivamente a partir das 18h00 locais (20h00 em Lisboa) na capital do arquipélago, Praia, indica a AFP com base em informações fornecidas por membros da Comissão Nacional de Eleições. Durante o dia de hoje a porta-voz da comissão, Maria João Novais, indicou que os resultados desta primeira volta serão conhecidos até quarta-feira. É preciso que um dos candidatos nesta primeira volta obtenha mais de 50 por cento dos votos para ser declarado vencedor. Se nenhum candidato conseguir obter este resultado, a segunda volta eleitoral será realizada no dia 21 de Agosto, explicou Maria João Novais. Desconhecem-se ainda as taxas de participação no escrutínio, mas a fraca afluência foi notada por alguns observadores. A fraca participação foi notada igualmente por Manuel Inocêncio Sousa, candidato do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, socialista), ao qual pertencem igualmente o primeiro-ministro e o chefe de Estado que agora sai do poder. “Estou tranquilo e confiante na minha vitória. Lamento, porém, a fraca participação”, disse Inocêncio Sousa, de 60 anos, que votou em São Vicente, a segunda ilha mais povoada do arquipélago. O principal rival de Manuel Inocêncio Sousa é Aristides Lima, de 56 anos, ex-presidente da Assembleia Nacional, que contesta o candidato escolhido pelo PAICV e se apresenta como independente. Depois de votar na Praia, Lima assegurou que será “o Presidente de todos os cabo-verdianos” e que será igualmente “um factor de estabilidade política” caso seja eleito. O ex-ministro Jorge Carlos Fonseca, de 60 anos, candidato pelo Movimento para a Democracia (MPD, liberal, principal partido da oposição), assegurou igualmente estar “confiante” numa vitória, apesar de ter perdido as eleições presidenciais em 2001. O quarto candidato, o ex-combatente de guerra Joaquim Monteiro, de 71 anos, também declarou o seu optimismo ao fazer o V de vitória após ter depositado o seu voto nas urnas. Nestas eleições, o voto da diáspora cabo-verdiana tem maior peso do que o voto dos habitantes no arquipélago, uma vez que há 700 mil cidadãos a viver no estrangeiro, ao passo que são apenas 510 mil aqueles que habitam nas ilhas. O Presidente que agora abandona o cargo, Pedro Pires, recusou-se a apoiar explicitamente um candidato.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano