Portugal e Angola vão facilitar emissão de vistos
O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoti, em visita oficial a Portugal, assina hoje com o homólogo português, Paulo Portas, um protocolo que irá facilitar a emissão de vistos. (...)

Portugal e Angola vão facilitar emissão de vistos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chicoti, em visita oficial a Portugal, assina hoje com o homólogo português, Paulo Portas, um protocolo que irá facilitar a emissão de vistos.
TEXTO: Georges Chicoti, reconheceu, nesta quarta-feira, que existem “muitas dificuldades” na obtenção de vistos para Angola e garantiu que o acordo a assinar hoje em Lisboa facilitará todo o processo. A dificuldade de obtenção de vistos para entrar em Angola é uma das maiores preocupações de investidores e empresas portuguesas e tem levado algumas a recorrerem a vários expedientes para conseguirem renovar os vistos dos seus trabalhadores. O mais recente episódio envolveu 42 funcionários de uma empresa com sede em Sintra, que foram detidos por trabalhar ilegalmente em Angola, tendo sido depois expulsos do país. Segundo explicou na altura uma responsável da empresa, um dos funcionários trouxe para Portugal o passaporte dos restantes trabalhadores para acelerar a revalidação dos vistos na embaixada de Angola em Lisboa. A empresa reconheceu tratar-se “de um expediente infeliz” e garantiu que iria pagar as multas aplicadas pelo Estado angolano. Mas as referências aos problemas na obtenção de vistos pelos cidadãos dos dois países são recorrentes. Relatos da imprensa dão conta da existência diariamente de filas enormes diante da embaixada portuguesa em Luanda. Trata-se maioritariamente de cidadãos angolanos que esperam conseguir um visto para visitar familiares em Portugal, gozar férias ou fazer negócios. No sentido inverso, a situação é semelhante, com a agravante de que a crise económica e financeira em Portugal e as potencialidades da economia angolana estarem a levar cada vez mais portugueses a procurar trabalho em Angola. Pedidos online e marcação em LisboaEm Lisboa, a possibilidade de os vistos serem pedidos online e com marcação acabou com as filas no consulado de Angola, mas a demora no processo de obtenção do documento continua a merecer críticas das empresas portuguesas. O sector da construção civil é um dos principais responsáveis pelo forte crescimento da comunidade portuguesa em Angola, que entre 2006 e finais de 2008, passou de 70 mil para mais de cem mil pessoas. As empresas queixam-se que, por causa das dificuldades na obtenção e renovação de vistos, os trabalhadores portugueses são forçados a permanecer por curtos períodos de tempo em Angola, sendo ciclicamente substituídos por outros, embora em alguns casos essas substituições não tenham sido feitas. Nesta quinta-feira, pela manhã, o ministro angolano será recebido em Belém pelo Presidente Cavaco Silva, seguindo posteriormente para o Palácio das Necessidades, onde almoçará e assinará protocolos com Paulo Portas. À tarde reunirá com o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, e mais tarde participará num jantar oferecido pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros. Georges Chicoti teve esta quarta-feira um encontro privado com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. O ministro angolano, que chegou nesta quarta-feira a Lisboa, parte no domingo para os Estados Unidos.
REFERÊNCIAS:
Aristides Pereira: o descanso de um dos pais de África
Aos 79 anos, Aristides Pereira considera-se um homem feliz. Olha para trás e valeu a pena. Respira serenidade e transmite a calma de um homem realizado, cuja vida lhe deu muito mais do que aquilo que alguma vez imaginou. Por detrás de uns óculos grandes, o olhar risonho diz isto e muito mais. As gargalhadas que por vezes solta nada tiram à sua natural distinção. (...)

Aristides Pereira: o descanso de um dos pais de África
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Aos 79 anos, Aristides Pereira considera-se um homem feliz. Olha para trás e valeu a pena. Respira serenidade e transmite a calma de um homem realizado, cuja vida lhe deu muito mais do que aquilo que alguma vez imaginou. Por detrás de uns óculos grandes, o olhar risonho diz isto e muito mais. As gargalhadas que por vezes solta nada tiram à sua natural distinção.
TEXTO: A voz, os gestos, o andar condizem com a grandeza e a confiança de quem acreditou no nascimento de um país que muitos consideravam não poder existir: Cabo Verde. O primeiro Presidente da República, em vez de Amílcar Cabral, acredita que África tem motivos para ter esperanças. Foi um dos fundadores do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) de Amílcar Cabral, depois secretário-geral do partido e finalmente primeiro Presidente da República de Cabo Verde entre 1975 e 1991. Apesar da derrota pessoal, a alternância política, nas primeiras eleições pluralistas de Cabo Verde, é vista como uma etapa vitoriosa da democratização do seu país e do percurso do líder que conduziu o partido de forma que muitos não hesitam em qualificar de exemplar. Com Amílcar Cabral como "figura tutelar", mas sempre com o seu estilo próprio, diz que foi empurrado para a política pela força das circunstâncias; primeiro pela urgência de lutar contra a injustiça e a repressão das autoridades coloniais, mais tarde pelo dever de suceder ao líder histórico assassinado em 1973. Forçado pelo golpe de Estado na Guiné-Bissau, em 1980, a assumir o fim da união dos dois "países irmãos", Aristides Pereira manteve-se até 1991 secretário-geral de um partido, o PAICV, que passa então a representar apenas Cabo Verde. Hoje, a partir de um escritório da Cidade da Praia, continua a trabalhar em prol dos interesses dos cabo-verdianos junto dos organismos internacionais. Este ano vai publicar, primeiro em Cabo Verde, depois em Portugal, uma obra intitulada "Uma luta, um partido, dois países — Contribuição para o Património Histórico da Luta de Libertação Nacional da Guiné e Cabo Verde", sempre certo de que "nada foi como se Amílcar Cabral estivesse vivo". A publicação deste livro trouxe Aristides Pereira mais uma vez a Portugal, que conhece bem. A sua predilecção pelas "águas especiais das Termas dos Cucos, muito raras nos países da Europa", levam-no vezes suficientes à região de Torres Vedras para aí ter casa própria, um apartamento. Quando despertou em si o interesse pela política? Eu costumo dizer que fiz política sem ser político. O que me levou à política foi a situação de humilhação, de exploração do povo caboverdiano e as injustiças do sistema colonial. Na minha geração, começou a ganhar-se absoluta consciência da obrigação que tinham os cabo-verdianos de lutar contra essa situação de injustiça. Nunca sonhei, enquanto jovem, qualquer coisa que se parecesse com a política. Era qualquer coisa que estava fora dos meus parâmetros. Com que idade começou a tomar consciência dessa situação? O meu pai era um seminarista, formado no Seminário Liceu de São Nicolau, na altura o único estabelecimento secundário que existia em Cabo Verde e foi colocado como padre na Boavista apesar de ser natural da ilha de Santiago. Ele fazia parte de uma geração muito ligada à literatura, à cultura ocidental ou portuguesa. Nessa altura, não havia aviões, os barcos eram raros e os que havia eram à vela. Era assinante do "Diário de Notícias", e cada vez que chegava um barco, normalmente uma vez oor mês. sentava-se a ler os jornais todos de uma vez. Das coisas que me interessavam mais eram os jornais. Via o meu pai a ler e queria ler também.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Morreu Aristides Pereira, o primeiro Presidente de Cabo Verde
O primeiro Presidente da República de Cabo Verde, Aristides Pereira, morreu hoje nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), avançou à Lusa a ministra da Saúde daquele país, Cristina Fontes Lima. (...)

Morreu Aristides Pereira, o primeiro Presidente de Cabo Verde
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-09-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro Presidente da República de Cabo Verde, Aristides Pereira, morreu hoje nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), avançou à Lusa a ministra da Saúde daquele país, Cristina Fontes Lima.
TEXTO: Aristides Pereira, de 87 anos, estava em Portugal desde início de Agosto, tendo sido operado em Coimbra na sequência de fractura no colo fémur agravada pela condição de diabético. Em Setembro de 2010 já tinha sido internado nos HUC devido a uma fractura idêntica, do lado direito, tendo-lhe sido colocada uma prótese. Aristides Pereira envolveu-se na luta pela independência de Cabo Verde, a partir dos anos 1940. Juntamente com Amílcar Cabral, fundou o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em 1956, assumindo o cargo de secretário-geral, em 1973. Com a conquista da independência, em 1975, Aristides Pereira tornou-se o Presidente da República de Cabo Verde. Permaneceu na Presidência da República até 1991. Em 1991, e após eleições democráticas, Aristides Pereira perdeu para António Mascarenhas Monteiro. O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, avançou entretanto que que foi decretado o luto nacional de cinco dias pela morte de Aristides Pereira e que as cerimónias fúnebres oficiais vão decorrer na cidade da Praia e o funeral na ilha da Boavista. Notícia actualizada às 14h03
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
REN diz que obras em Sines vão dar alternativas aos grandes consumidores de gás
Rui Cartaxo, presidente da empresa, disse hoje que o novo tanque de armazenamento, que será concluído em Junho de 2012, irá permitir aos industriais comprarem gás onde tiver menos custos. (...)

REN diz que obras em Sines vão dar alternativas aos grandes consumidores de gás
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.214
DATA: 2011-09-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Rui Cartaxo, presidente da empresa, disse hoje que o novo tanque de armazenamento, que será concluído em Junho de 2012, irá permitir aos industriais comprarem gás onde tiver menos custos.
TEXTO: “Os ceramistas ou vidreiros vão poder associar-se e comprar onde for mais barato”, declarou aos jornalistas o responsável máximo da REN, durante uma visita do ministro da Economia e Emprego às obras no terminal. Em causa está o terceiro tanque para gás liquefeito que está a ser construído pela REN no terminal do porto de Sines. A empresa que gere em Portugal o transporte e armazenamento de gás, além da rede de transporte de electricidade, tem um orçamento de 197 milhões de euros para as obras, mas Rui Cartaxo diz que os custos vão ficar abaixo. Este novo tanque terá capacidade para 150. 000 metros cúbicos e ficará junto dos outros dois, cada um destes últimos com espaço para 120. 000 metros cúbicos. Um dos objectivos a médio prazo, com esta nova obra, será permitir “a muitos mais fornecedores e de outras geografias utilizarem o terminal de Sines para trazerem gás dos sítios mais baratos do mundo”, indicou o presidenre. Actualmente, a REN “tem uma limitação logística para a descarga de cargas spot”. Rui Cartaxo referia-se à compra de gás no mercado, uma vez que o terminal é utilizado para a importação de gás natural já contratado entre a Galp e a Nigéria.
REFERÊNCIAS:
Cidades Porto Sines Cartaxo
Texas vai abolir a "última refeição" dos condenados à morte
O sistema prisional do Texas acabou com a tradição de oferecer uma última refeição especial aos condenados à morte, antes das execuções. A partir de agora, a última refeição será igual à de sempre e à de qualquer outro detido. (...)

Texas vai abolir a "última refeição" dos condenados à morte
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O sistema prisional do Texas acabou com a tradição de oferecer uma última refeição especial aos condenados à morte, antes das execuções. A partir de agora, a última refeição será igual à de sempre e à de qualquer outro detido.
TEXTO: Antes de ser executado, na quarta-feira, Lawrence Brewer, acusado de um homicídio de carácter racista, pediu dois bifes de frango, um hambúrguer triplo com bacon, quiabo frito, carne grelhada, pizza, três tacos, gelado e manteiga de amendoim. Quando a comida chegou à sua cela, não comeu nada e disse aos guardas que estava sem fome. Brewer estava acusado há dez anos da morte de James Byrd Jr, um homem negro que prendeu com uma corrente à parte de trás do seu camião e arrastou durante vários quilómetros. Para o senador do Texas John Whitmire a hipótese de escolher uma refeição especial não se justifica. “Já chega”, escreveu Whitmire na quinta-feira aos responsáveis prisionais. “É extremamente inapropriado dar um privilégio destes a alguém condenado à morte. É um privilégio que o criminoso não deu à sua vítima”. Depois de conhecida a carta de Whitmire (que prometeu criar uma lei para o caso se fosse necessário), o director do departamento de justiça criminal do Texas, Brad Livingston, anunciou que a prática iria ser imediatamente abolida. Os presos receberão “a mesma refeição servida aos outros criminosos”, declarou num comunicado. Activistas contra a pena de morte não terão ficado particularmente incomodados com a decisão, porque a tradição da “última refeição” faz o sistema prisional parecer mais misericordioso do que na realidade é. “Sou totalmente contra a pena capital, mas não entendo a lógica da última refeição, e a forma como se tornou neste espectáculo”, comentou à Reuters Jim Harrington, que lidera o Texas Civil Rights Project. O Texas executa quatro vezes mais presos que os restantes estados do país. Não havia ali um limite de preço para o que o detido estava autorizado a pedir, apenas teria de ser alguma coisa confeccionada na própria prisão. Já na Flórida, a última refeição não poderia custar mais de 40 dólares e os alimentos teriam de ser comprados localmente. Outros estados não dão aos detidos o privilégio de escolher o que irão comer pela última vez na vida.
REFERÊNCIAS:
Em Colares, "Jorge" era apenas aquele pintor vindo de África que fazia biscates
José Luís Jorge dos Santos, 68 anos, cidadão português natural da Guiné-Bissau. Era esta a segunda vida, numa pequena localidade em Sintra, de um dos homens mais procurados dos EUA, detido na segunda-feira pela Polícia Judiciária, ao fim de 41 anos, em cumprimento de um mandado de detenção internacional. Na verdade o seu nome era George Wright. Perderam-lhe o rasto em 1972, depois de ter aterrado na Argélia, num avião sequestrado com outros membros do Exército de Libertação Negra. (...)

Em Colares, "Jorge" era apenas aquele pintor vindo de África que fazia biscates
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.16
DATA: 2011-09-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: José Luís Jorge dos Santos, 68 anos, cidadão português natural da Guiné-Bissau. Era esta a segunda vida, numa pequena localidade em Sintra, de um dos homens mais procurados dos EUA, detido na segunda-feira pela Polícia Judiciária, ao fim de 41 anos, em cumprimento de um mandado de detenção internacional. Na verdade o seu nome era George Wright. Perderam-lhe o rasto em 1972, depois de ter aterrado na Argélia, num avião sequestrado com outros membros do Exército de Libertação Negra.
TEXTO: A casa de George Wright é a mais bem pintada do beco onde vive há mais de vinte anos com a mulher e dois filhos, em Colares. Trabalhava como pintor, fazia uns "biscates", contam os vizinhos. Já geriu vários negócios. Nenhum resultou. Fernanda Tavares, vizinha de Wright, ainda se lembra das primeiras coisas que ouviu sobre ele. "Dizia-se que a casa tinha sido vendida a um americano. " Mas chegou um guineense casado com uma portuguesa - até a sua foto se espalhar pelos jornais e as televisões, o que se sabia por ali era que "Jorge" era africano, nada mais. Às vezes saía em trajes tradicionais africanos, contam os vizinhos. Rosário, a sua mulher, também. Todos se esqueceram do "americano". Saberia ela das duas vidas do seu marido? Os vizinhos questionam-se. Ninguém tem resposta. Agora que descobriram de onde chegou "Jorge", torna-se mais fácil encontrar vestígios da sua verdadeira identidade. A casa tem um nome português, num painel de azulejos, mas em três tabuletas penduradas na porta lê-se This home is open to God, family and friends (esta casa está aberta a Deus, família e amigos) e na caixa de correio, estilo americano, está escrito U. S. Mail. Uma casa de frangosOutro vizinho, Vítor Louçada, estava perplexo. Ainda sexta-feira tinha conversado com "Jorge", da salinha com porta para a rua onde passa os dias desde que um acidente lhe levou uma perna. "Chegou aí e disse: "Senhor Vítor, vamos à Portela comprar tinta?" Não fui. Não sei se ainda fez alguma coisa com aquela tinta. " Wright era fluente no português, ainda que todos frisem que tinha sotaque. Vítor ouvia-o a falar ao telefone e, às vezes, com a mulher "em estrangeiro". Fernanda garante que era inglês. Vítor conta que foi ele que lhe encontrou aquele que terá sido senão o primeiro, um dos seus primeiros empregos em Portugal. "Perguntou-me se sabia de alguma coisa e eu falei com um amigo que lhe deu trabalho como pintor", conta. Mas ele era artista, não dava para a construção civil. " Depois disso, continua Vítor, Wright foi dono de uma casa de frangos, em Algueirão, Sintra, e também um restaurante, em Alcabideche, concelho de Cascais. "Durante pouco tempo. Também foi à falência. " Voltou a pintor, a trabalhar ora para um, ora para outro. Mas os vizinhos dizem que andava muito por ali. "Desaparecia duas, três horas e voltava. " Nunca deu nas vistas, dizem. "A única pessoa que já teve um desentendimento com ele foi o vizinho do lado, mas esse nem vive cá, vive em Luanda", assegura Fernanda. Durante o fim-de-semana ainda houve quem se cruzasse com Wright ou Rosário. Ontem não havia sinais de gente naquela casa e a vizinhança assustou-se com o aparato que as televisões montaram à hora do almoço. Ninguém tinha visto a PJ chegar, ninguém sabia da detenção. Quem nada sabia sobre o homem passou a saber. "Reconhece este homem?", perguntou uma jornalista, imagem na mão, a Fernanda Tavares. "Se não é ele, é irmão gémeo. " Ainda não quer acreditar, tem pena dele. Gostava dele e do seu trabalho enquanto pintor - da construção civil e artista também. Chegou a fazer almofadas para umas cadeiras que expôs na FIL, pintadas por ele, "já há muitos anos". Se fazia mais alguma coisa para além dos biscates não sabe. Jack, o americanoNinguém consegue precisar o ano em que chegaram a Colares, mas Fernanda Tavares, que mora na última casa do beco há 35 anos, lembra-se de ver Rosário, a mulher de Wright, grávida. E isso já foi há mais de 20 anos, que essa é a idade da filha mais nova do homem envolvido no desvio de avião que a imprensa norte-americana descreveu como "um dos mais humilhantes para o FBI".
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
George Wright tem Bilhete de Identidade português
O cidadão norte-americano detido pela PJ que estava em Portugal há mais de duas décadas era tido como natural da Guiné-Bissau e tinha Bilhete de Identidade português, disse à Lusa Vitalino Cara de Anjo, da Junta de Freguesia de Colares, Sintra. (...)

George Wright tem Bilhete de Identidade português
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: O cidadão norte-americano detido pela PJ que estava em Portugal há mais de duas décadas era tido como natural da Guiné-Bissau e tinha Bilhete de Identidade português, disse à Lusa Vitalino Cara de Anjo, da Junta de Freguesia de Colares, Sintra.
TEXTO: Segundo o funcionário da junta da freguesia onde residia George Wright, no documento identificativo consta que tinha nacionalidade portuguesa e era “filho de pais portugueses”, facto que a fonte considerava estranho devido ao sotaque. “Ele dizia que era da Guiné, mas um tipo africano num país de expressão portuguesa não tem aquele sotaque que levava mais a pensar que era britânico. Agora vejo que era sotaque americano”, sustentou. Vitalino Cara de Anjo disse ainda que Jorge Santos, nome por que era conhecido, explorou durante vários anos com a mulher o posto dos correios da Praia das Maçãs, também em Sintra, adiantando que era uma pessoa “conhecida” e “respeitada” na terra. Contudo, o funcionário sublinhou o facto de a aparência actual de George Wright ser “completamente diferente” da fotografia que consta da lista dos criminosos mais procurados pelo FBI e que está a circular na comunicação social. Comunicativo, simpático, afável, pacato e participativo na vida cívica, foram os adjectivos utilizados pelos responsáveis da Junta de Freguesia para descrever o norte-americano de 68 anos. O presidente da Junta de Freguesia de Colares, Rui Franco dos Santos, disse à Lusa que George Wright se ofereceu para treinar as camadas jovens de basquetebol da localidade. “Todos estamos de boca aberta. Toda a gente se dava muito bem com ele e não sabíamos que era americano”, afirmou o autarca, que disse ainda desconhecer se o norte-americano teria exercido o direito de voto durante o tempo que ali viveu. George Wright, norte-americano condenado por homicídio e procurado há 41 anos pelas autoridades dos EUA, foi detido na segunda-feira em Sintra pela Polícia Judiciária em cumprimento de um mandado de detenção internacional. Está em prisão preventiva e o Tribunal da Relação irá agora decidir uma eventual extradição, a que o detido se opõe. Vivia há cerca de 20 anos em Portugal sob identidade falsa, com o nome de José Luís Jorge dos Santos, tendo dois filhos de 24 e 26 anos de um casamento celebrado em território nacional. George Wright foi condenado em 1962 por homicídio e fugiu da cadeia de Bayside, em Leesburg (Nova Jérsia), em 1970. Dois anos mais tarde desviou um avião de uma companhia aérea norte-americana e pediu asilo à Argélia. O governo argelino devolveu o avião e o resgate aos EUA, a pedido da Administração norte-americana, e deteve os sequestradores temporariamente. Os cúmplices de Wright foram mais tarde presos, julgados e condenados em Paris em 1976. Wright foi o único que se manteve em fuga, até ser capturado pelas autoridades portuguesas.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Passos Coelho convidou Mahmud Abbas a visitar Portugal mas “não há datas marcadas”
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, convidou o presidente palestiniano a visitar Portugal mas ainda “nada se concretizou e não há datas marcadas”, disse hoje à Lusa fonte palestiniana em Lisboa. (...)

Passos Coelho convidou Mahmud Abbas a visitar Portugal mas “não há datas marcadas”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, convidou o presidente palestiniano a visitar Portugal mas ainda “nada se concretizou e não há datas marcadas”, disse hoje à Lusa fonte palestiniana em Lisboa.
TEXTO: “O primeiro-ministro português endereçou um convite ao presidente Mahmud Abbas para visitar Portugal mas, até ao momento, nada se concretizou”, disse a fonte palestiniana, que acrescentou estar tudo em aberto e que “não há datas marcadas”. A deslocação a Portugal é referida hoje pelo chefe da diplomacia palestiniana, Riad Malki à agência Associated Press, que diz que uma deslocação à Colômbia está marcada para o dia 07 de Outubro, e que a visita a Portugal está a ser planeada. No entanto, e de acordo com Fayes Al-Saqqa, membro do Conselho Legislativo Palestiniano contactado pela Lusa em Ramallah, tem havido discussões entre a chefia palestiniana sobre uma eventual viagem de Abbas a Portugal, sendo que para já “não foram tomadas medidas concretas nesse sentido”, informou Al-Saqqa. Segundo o mesmo membro do Conselho Palestiniano, estiveram a decorrer “diligências e reuniões” no sentido de uma viagem do presidente palestiniano à Colômbia tendo esta sido, à última hora, “posta de parte para já”, tendo a “chefia optado por um apelo ao Conselho Europeu”. Esta viagem a Estrasburgo acontece no âmbito da campanha para assegurar os votos favoráveis do maior número de países para o pedido de adesão de um Estado da Palestina. Vários membros do Conselho de Segurança já disseram que vão aprovar o pedido palestiniano: China, Rússia, Brasil, Índia, Líbano, África do Sul, Nigéria e Gabão. A posição europeia quanto à proposta palestiniana, que defende uma resposta em bloco, ainda não está definida, sendo o objectivo da viagem a Estrasburgo “apelar em conjunto ao maior número de países europeus”, informou este membro do Conselho palestiniano. As atenções da campanha palestiniana estão agora voltadas para Portugal e Colômbia, membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Portugal, membro não permanente do Conselho de Segurança desde Janeiro, ainda não divulgou qual vai ser o seu voto, defendendo uma posição comum da União Europeia e a importância das negociações entre palestinianos e israelitas. Para ser aprovada a proposta necessita de uma maioria de nove votos e de não ter qualquer veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU -- Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China. Washington prometeu vetar, se necessário, o pedido palestiniano, mas espera poder evitá-lo para não arriscar as suas relações com o mundo árabe. O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, apresentou sexta-feira o pedido de adesão de um Estado da Palestina como membro de pleno direito da ONU, com base nas fronteiras de 04 de Junho de 1967 e tendo Jerusalém Oriental como capital.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Piratas mantêm cidadã francesa refém ao largo do Quénia
A Guarda Costeira do Quénia já identificou a embarcação onde um grupo de atiradores mantém refém uma cidadã francesa de 66 anos, raptada por seis homens mascarados da sua casa na ilha de Manda, uma zona fortemente turística na costa Norte do país. (...)

Piratas mantêm cidadã francesa refém ao largo do Quénia
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-10-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Guarda Costeira do Quénia já identificou a embarcação onde um grupo de atiradores mantém refém uma cidadã francesa de 66 anos, raptada por seis homens mascarados da sua casa na ilha de Manda, uma zona fortemente turística na costa Norte do país.
TEXTO: O barco dos raptores está cercado pela Guarda Costeira e vigiado por um helicóptero militar, disse à AFP o ministro do Turismo do Quénia, Najib Balala, que falou num “frente-a-frente entre os militares quenianos e os homens armados”. Aparentemente, os raptores estarão a disparar para o ar. A polícia excluiu a possibilidade de afundar o navio uma vez que a refém francesa é deficiente motora e não consegue movimentar-se sem o auxílio de uma cadeira de rodas. “A vigilância é permanente e estamos a avaliar a evolução da situação”, garantiu o ministro. Segundo um responsável da Guarda Costeira, Ernest Munyi, os raptores estariam a dirigir-se para a Somália, mas foram interceptados ainda em águas territoriais quenianas. A polícia disse que por enquanto era impossível estabelecer se os raptores seriam piratas somali ou membros do grupo islâmico al-Shabaab local. As autoridades foram alertadas pelo namorado queniano da mulher francesa, que contou que a casa foi invadida por seis homens mascarados, armados com espingardas. Os vizinhos confirmaram à polícia ter ouvido tiros disparados a partir da residência, numa praia privada de Lamu. Segundo os empregados, que foram obrigados a permanecer deitados, os raptores gritavam “Levem-nos à mamã”. A francesa, que não foi identificada, é reformada e vive no Quénia há 15 anos. O namorado, John Lepapa, disse que a sua companheira tentou negociar com os raptores, dizendo-lhes que poderiam levar o que quisessem da casa, incluindo dinheiro. Há três semanas, uma cidadã britânica foi sequestrada numa localidade 50 quilómetros mais a norte, numa cabana que integra um hotel de luxo para turistas de safari. O marido foi morto e a mulher levada para a Somália.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens mulher morto
África do Sul recusou visto ao Dalai Lama devido às relações comerciais com a China
A África do Sul recusou dar um visto de entrada no país ao Dalai Lama, que foi convidado para participar nas cerimónias do 80.º aniversário do arcebispo Desmond Tutu, devido às importantes relações comerciais com a China. (...)

África do Sul recusou visto ao Dalai Lama devido às relações comerciais com a China
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.12
DATA: 2011-10-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: A África do Sul recusou dar um visto de entrada no país ao Dalai Lama, que foi convidado para participar nas cerimónias do 80.º aniversário do arcebispo Desmond Tutu, devido às importantes relações comerciais com a China.
TEXTO: A justificação consta de um documento secreto do Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-africano citado este domingo no jornal City Press. “A República Popular da China é o maior parceiro comercial da África do Sul e foi importante para evitar uma recessão”, diz o documento. O mesmo texto sublinha que a “relação estratégica” de Pretória com Pequim baseia-se no apoio incondicional da África do Sul à política de “uma só China” defendida por este país, o que exclui a independência do Tibete. “A África do Sul respeita o desejo da China querer proteger a sua soberania”, refere o texto. “Ao estar em contacto com o Dalai Lama, o Governo respeita o direito de associação que consta da nossa Constituição, mas deve equilibrar isso com o papel real ou suposto” do líder espiritual tibetano, explica o documento secreto. “Ao privilegiar o interesse nacional da África do Sul, o Governo teve em conta o equilíbrio entre estes dois aspectos. ”O Governo do Presidente Jacob Zuma foi alvo de uma tempestade de críticas por ter cedido, como em 2009, às pressões da China. A ausência do Dalai Lama na Universidade do Cabo a 8 de Outubro foi simbolizada por uma cadeira vazia. A imprensa sul-africana deste domingo também relata a partida discreta esta semana para a China de uma delegação de alto nível do Congresso Nacional Africano (ANC, no poder), dirigida pelo seu secretário-geral, Gwede Mantashe.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano