Assalto taliban ao British Council em Cabul acabou com morte de todos os rebeldes
Um grupo armado de rebeldes atacou esta manhã o edifício do British Council na capital afegã, Cabul, tomando violentamente o controlo do local e causando a morte de pelo menos oito pessoas. O assalto foi suprimido pelas forças afegãs e estrangeiras só ao fim de quase oito horas de combates, em que morreram “todos os atacantes”. (...)

Assalto taliban ao British Council em Cabul acabou com morte de todos os rebeldes
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um grupo armado de rebeldes atacou esta manhã o edifício do British Council na capital afegã, Cabul, tomando violentamente o controlo do local e causando a morte de pelo menos oito pessoas. O assalto foi suprimido pelas forças afegãs e estrangeiras só ao fim de quase oito horas de combates, em que morreram “todos os atacantes”.
TEXTO: Confirmando o fim do ataque, o embaixador britânico em Cabul, William Patey, avançou ainda que dois cidadãos do Reino Unido assim como um sul-africano se encontravam no interior do edifico, mas que todos conseguiram refugiar-se numa zona de segurança. Testemunhas locais reportam a ocorrência de três fortes explosões e uma intensa troca de tiros depois do primeiro assalto, pelas 5h30 (hora local, menos três horas em Lisboa), quando um bombista suicida fez detonar o cinto de explosivos que envergava na praça principal junto ao British Council. Dez minutos mais tarde um outro bombista suicida fazia-se explodir num veículo à porta do edifício, abrindo caminho ao resto do grupo de rebeldes fortemente armados. As autoridades afegãs temem um balanço de vítimas mortais em crescendo, uma vez que podem encontrar-se muitos polícias debaixo dos escombros de um dos muros do complexo. Uma nova explosão foi registada ainda pelas 12h30 (9h30 em Lisboa), mais de seis horas depois do início do ataque, foi confirmado por um correspondente da agência noticiosa francesa AFP em Cabul. Para já o Ministério do Interior afegão dá conta que estão “um ou dois cidadãos estrangeiros” entre as vítimas do ataque. “As primeiras informações de que dispomos indicam que dois estrangeiros foram mortos ou feridos”, afirmou o porta-voz ministerial Siddiq Siddiqi, sem precisar as nacionalidades destas vítimas nem mesmo se se tratam de civis ou militares. Os edifícios oficiais britânicos no Afeganistão são, regra geral, guardados por nepaleses e soldados de várias nacionalidades foram chamados a intervir na reacção ao ataque rebelde. O chefe das investigações criminais da polícia de Cabul, Mohammad Zahir, adiantou por seu lado que os oito mortos, exceptuando os rebeldes, confirmados no assalto dos taliban ao British Council são “membros da polícia nacional afegã”. Segundo esta mesma fonte foi morto também “um soldado estrangeiro”, mas ainda sem indicação da sua nacionalidade. “Cremos que estão oito ou nove atacantes dentro do British Council. Eles têm armas suficientes para manter a batalha acesa durante um dia inteiro”, avaliara a meio da manhã fonte policial no local, citada pela BBC News. As forças de segurança afegãs receberam o apoio de tropas britânicas, foi ainda avançando por fontes oficiais do Governo em Cabul. Os taliban reivindicaram este ataque, precisando que o mesmo assinala o aniversário da independência do Afeganistão em relação ao Reino Unido, em 1919. O British Council é um organismo britânico financiando pelo Governo, que desenvolve sobretudo projectos culturais e de educação. Notícia actualizada às 12h10
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Relato da entrada dos rebeldes em Trípoli
Nas últimas horas avolumam-se os indícios de poderá estar para breve a queda do regime de Muammar Khadafi depois de, na madrugada passada, os rebeldes terem conseguido infiltrar-se em Trípoli, ainda há poucos dias considerado o bastião impenetrável do coronel líbio, há 41 anos no poder. (...)

Relato da entrada dos rebeldes em Trípoli
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nas últimas horas avolumam-se os indícios de poderá estar para breve a queda do regime de Muammar Khadafi depois de, na madrugada passada, os rebeldes terem conseguido infiltrar-se em Trípoli, ainda há poucos dias considerado o bastião impenetrável do coronel líbio, há 41 anos no poder.
TEXTO: 00h51 Hamas congratula rebeldes líbios pela “grande vitória” alcançada em Trípoli. Sami Abu Zuhri, porta-voz da organização palestiniana, disse que o Hamas “deseja que esta vitória seja uma ponto de viragem na história dos líbios, no sentido da liberdade e da prosperidade”, cita a Al Jazira. 00h10 Os rebeldes chegaram à Praça Verde, avança a Sky News. 00h02 A Reuters noticiou, por engano, a detenção de Khadafi. O TPI confirmou, afinal, a detenção do filho do coronel, Saïf al-Islam. 23h59 Uma porta-voz do Tribunal Penal Internacional, citada pela Reuters, confirma a detenção do filho de Khadafi. 23h54 Os rebeldes controlam a maior parte dos bairros de Trípoli, garante o porta-voz das forças que lutam contra o regime de Khadafi, excepto o complexo de Bab al-Aziziya, a principal base do coronel. 23h45 “Deus é grande!” e “Estamos livres!” são os cânticos que se ouvem nas ruas de Trípoli, de acordo com um correspondente da BBC no terreno. “Mas há também muita incerteza, porque as pessoas pensam que está tudo a acontecer de forma demasiado fácil”, acrescenta. 23h42 A ligação à Internet foi restabelecida na capital líbia pela primeira vez em seis meses, noticia a AFP, citando habitando de Trípoli. 23h36 “Estamos a celebrar a vitória! A pessoas estão muito felizes e queremos agradecer às forças da NATO por nos ajudarem! Este é o fim do regime de Khadafi”, afirma um residente de Trípoli, Hakeem Guja, em declarações à BBC. 23h34 Leia na íntegra, aqui, a mais recente declaração do secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, sobre a situação na Líbia. 23h31 NATO diz que transição de poder deve ser pacífica e imediata e mostra-se disponível para trabalhar com o Conselho Nacional de Transição, o governo dos rebeldes que desde Fevereiro combatem o regime líbio (Reuters)23h29 A Al Jazira avança, no Twitter, que foram avistados dois aviões sul-africanos no aeroporto de Trípoli. África do Sul chegou a oferecer-se para receber Muammar Khadafi. 23h26 A Sky News adianta que as forças rebeldes estão a menos de um quilómetro da Praça Verde, no centro de Trípoli. 23h23 Conselho Nacional de Transição oferece a Khadafi uma saída segura da Líbia, se o coronel resignar, noticia a Al Jazira. 23h21 Vídeo da Sky News. 23h15 Al Jazira avança que Mohammed Khadafi, o filho mais velho de Muammar Khadafi, se rendeu às forças da oposição. 23h12 Khadafi fez um segundo apelo aos líbios para “salvarem Trípoli” da ofensiva dos rebeldes, numa mensagem áudio transmitida na televisão líbia. “É uma obrigação de todos os líbios. É uma questão de vida ou de morte”, disse Khadafi, que já tinha feito um primeiro apelo ao final da tarde, quando os rebeldes entraram na capital. 23h10 O correspondente da BBC que está a acompanhar o progresso das operações em Trípoli, Matthew Price, escreve que “os rebeldes e as forças da oposição sentem claramente que o momentum é firmemente deles – acreditam claramente que estão à beira de destronar o coronel Khadafi”. “Parece-me muito difícil de acreditar que tenham vontade de negociar”, observa. 23h06 Moussa Ibrahim, porta-voz de Khadafi, disse na televisão líbia que o regime está disposto a negociar e fala de 1300 mortos em 11 horas de combate em Trípoli. “Os hospitais não conseguem dar conta do afluxo de feridos. O balanço humano é inimaginável. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO
Estação de comboios de S. Bento considerada uma das 14 mais belas do mundo
A estação de comboios de São Bento, no Porto, foi considerada uma das 14 mais belas do mundo pela revista norte-americana Travel+Leisure. Os painéis de azulejos azuis e brancos de Jorge Colaço, que enchem as paredes desta estação da Linha do Norte, colocaram o edifício na mesma lista de outras paragens ferroviárias como a neoclássica Gare du Nord, em Paris, ou Atocha, em Madrid. (...)

Estação de comboios de S. Bento considerada uma das 14 mais belas do mundo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.675
DATA: 2011-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: A estação de comboios de São Bento, no Porto, foi considerada uma das 14 mais belas do mundo pela revista norte-americana Travel+Leisure. Os painéis de azulejos azuis e brancos de Jorge Colaço, que enchem as paredes desta estação da Linha do Norte, colocaram o edifício na mesma lista de outras paragens ferroviárias como a neoclássica Gare du Nord, em Paris, ou Atocha, em Madrid.
TEXTO: Na lista das 14 estações de comboio mais belas, a de São Bento é destacada pela sua fachada em pedra e telhados de mansarda, bem como pelos “20 mil esplêndidos azulejos” criados por Jorge Colaço e produzidos pela Fábrica Cerâmica Lusitana, um trabalho que, segundo a Travel+Leisure, fará qualquer visitante “suspirar”. O projecto chegou às mãos do artista em 1905 mas só dez anos depois era apresentado ao público, que nas paredes da estação pode ver alguns episódios da história de Portugal como a entrada de D. João I no Porto, para celebrar o casamento com D. Filipa de Lencastre, ou o torneio de Arcos de Valdevez. Além de São Bento, a Travel+Leisure destaca ainda a beleza da estação de Maputo, em Moçambique, a única escolhida no continente africano, bem como os jardins interiores da estação de Atocha, em Madrid, ou ainda as estações de Kanazawa, no Japão, a Southern Cross Station, em Melbourne, na Austrália, de Sirkeci, em Istanbul, na Turquia, ou a neogótica S. Pancras International, em Londres. Os Estados Unidos lideram a lista com três estações – a Union Station, em Los Angeles; a Union Station, em Washington; e a Grand Central Terminal, em Nova Iorque. Na Europa, destaque ainda para a estação central de Antuérpia, na Bélgica. A arquitectura e a decoração da estação Chhatrapati Shivaji, em Bombaim, na Índia, e da estação de Kuala Lumpur, na Malásia, também as colocaram na lista da revista.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Um quinto das guerras desde 1950 está associado ao El Niño
Sempre se tentou relacionar acontecimentos climáticos e meteorológicos a conflitos, guerras ou fins de civilizações, desde a queda do império Egípcio em 2180 a.C. até à Revolução Francesa, em 1789. O que agora uma equipa de cientistas acrescentou foram números que mostram que o fenómeno climático El Niño faz duplicar as probabilidades da existência de guerras e conflitos civis nas regiões do globo que sofrem os efeitos do aquecimento das águas do oceano Pacífico. O estudo publicado nesta quarta-feira na edição online da revista Nature defende ainda que um quinto dos conflitos no mundo desde 1950 está associado de alguma forma a este fenómeno. (...)

Um quinto das guerras desde 1950 está associado ao El Niño
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sempre se tentou relacionar acontecimentos climáticos e meteorológicos a conflitos, guerras ou fins de civilizações, desde a queda do império Egípcio em 2180 a.C. até à Revolução Francesa, em 1789. O que agora uma equipa de cientistas acrescentou foram números que mostram que o fenómeno climático El Niño faz duplicar as probabilidades da existência de guerras e conflitos civis nas regiões do globo que sofrem os efeitos do aquecimento das águas do oceano Pacífico. O estudo publicado nesta quarta-feira na edição online da revista Nature defende ainda que um quinto dos conflitos no mundo desde 1950 está associado de alguma forma a este fenómeno.
TEXTO: “Tradicionalmente, pensa-se que os fenómenos socioeconómicos são os principais responsáveis pelos conflitos. O que é surpreendente no nosso estudo é a capacidade que o clima global tem para provocar violência”, disse ao PÚBLICO Kyle Meng, da Universidade de Columbia, Nova Iorque (EUA) e um dos três investigadores responsáveis pelo estudo. O El Niño serve como modelo perfeito para estudar a dicotomia entre guerras e clima. Acontece a cada três a sete anos, faz subir as temperaturas e diminui as chuvas nas zonas dos trópicos, e é alternado pela La Niña, que se traduz por um arrefecimento das águas do Pacífico, e que inverte a situação meteorológica dos países afectados pelo El Niño. Os investigadores dividiram os países da Terra num grupo afectado pelo fenómeno e noutro não afectado. Depois mediram os conflitos civis desde 1950, partindo do princípio que um novo conflito num país tinha que estar temporalmente separado do anterior por dois anos e tinha que ter sido responsável por pelo menos 25 mortos. Os dados incluíram ao todo 234 conflitos, mais de metade matou acima de mil pessoas. Antecipar crisesOs resultados mostram que nos anos de El Niño, os países que estão sob a sua influência climática duplicam a probabilidade de três para seis por cento de iniciarem um conflito civil. No grupo de países que não estão sob o jugo do El Niño — Europa, Ásia e parte da América do Norte —, a probabilidade do início de uma guerra civil é sempre de dois por cento ao longo dos anos. “É muito difícil dizer se estes países são mais pacíficos porque estão menos expostos aos efeitos do El Niño ou porque têm instituições políticas estáveis ou por outra razão qualquer”, disse Meng. O estudo conclui também que nos últimos 60 anos, o El Niño “pode ter afectado” 21 por cento dos conflitos no mundo e 30 por cento dos conflitos nos países susceptíveis ao fenómeno. “O mais importante deste estudo é que olha para os tempos modernos, e é feito numa escala global”, disse por comunicado Solomon Hsiang, co-autor do artigo, acrescentando que as pessoas não podem argumentar que a humanidade está imune ao clima. Segundo o autor, a crise actual na Somália, onde já foi declarada a fome, é um exemplo perfeito das consequências do El Niño. Apesar do estudo não fazer uma ligação directa entre os efeitos do El Niño e o início dos conflitos, os autores defendem que já se pode actuar sobre o problema. Pode-se prever o El Niño e “o mundo tem algum tempo de avanço para se preparar para surtos de violência, muito pode ser feito por instituições como a ONU”, disse Meng. Notícia corrigida às 13h25, no último parágrafo, onde estava Mong deve-se ler Meng
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU EUA
Khadafi mostra-se disponível para falar sobre transição de poder
O ditador líbio, cujo paradeiro permanece desconhecido, está preparado para começar a falar sobre a transição de poder na Líbia, avança esta manhã a AP. Esta notícia surge depois de as forças rebeldes da Líbia terem declarado a capital Trípoli “livre” de combatentes pró-Khadafi. (...)

Khadafi mostra-se disponível para falar sobre transição de poder
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2011-08-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ditador líbio, cujo paradeiro permanece desconhecido, está preparado para começar a falar sobre a transição de poder na Líbia, avança esta manhã a AP. Esta notícia surge depois de as forças rebeldes da Líbia terem declarado a capital Trípoli “livre” de combatentes pró-Khadafi.
TEXTO: Segundo a AP, o porta-voz de Khadafi, Moussa Ibrahim, contactou com a agência por via telefónica, informando que o coronel – cujo regime foi deposto de facto pela rebelião – está disponível para falar e negociar a sua saída do poder mas será o seu filho Saadi que conduzirá as conversações. No início desta semana, com a ofensiva dos rebeldes a ganhar o controlo de Trípoli, a CNN tinha já avançado ter estado em contacto com Saasi, por email, o qual confirmou então a sua disposição e vontade em negociar um cessar-fogo. “Tentarei salvar a minha cidade e os dois milhões de pessoas que ali vivem, pois de outra forma Trípoli estará perdida, como a Somália”, escreveu o filho de Khadafi num desses emails. Moussa Ibrahim avançou ainda no contacto de hoje com a AP que Khadafi se encontra na Líbia, mas sem precisar qual o seu paradeiro. Os líderes da rebelião continuam convictos de que o coronel permanece no país e sinalizam não esmorecer os esforços para o encontrar e levar a julgamento pelos crimes de que o acusam ter cometido ao longo destes seis meses de guerra civil no país. Quanto à oferta de negociações a resposta dos rebeldes hoje, à semelhança de outras ocasiões no último par de meses, foi pronta: não há conversações sem a rendição prévia de Khadafi. “Se ele se quiser render, então conversaremos e capturá-lo-emos”, afirmou Ali Tarhouni, responsável pelas questões de petróleo e finanças do Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião e governo de facto da Líbia reconhecido já por larga parte da comunidade internacionalO abastecimento de combustível e água deve chegar a Trípoli em breve, uma vez que crescem as suspeitas e o medo de que as forças pró-Khadafi tenham envenenado a água que chegou à cidade. Notícia actualizada às 11h10
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra filho comunidade medo
Khadafi diz-se pronto a falar sobre a passagem de poder e NATO bombardeia a sua casa em Sirte
A NATO bombardeou hoje a casa de Muammar Khadafi em Sirte. Mas o ditador líbio, cujo paradeiro permanece desconhecido, está preparado para começar a falar sobre a transição de poder na Líbia, avançou esta manhã a AP. (...)

Khadafi diz-se pronto a falar sobre a passagem de poder e NATO bombardeia a sua casa em Sirte
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-08-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: A NATO bombardeou hoje a casa de Muammar Khadafi em Sirte. Mas o ditador líbio, cujo paradeiro permanece desconhecido, está preparado para começar a falar sobre a transição de poder na Líbia, avançou esta manhã a AP.
TEXTO: Segundo a AP, o porta-voz de Khadafi, Moussa Ibrahim, que contactou com a agência por via telefónica, informando que o coronel – cujo regime foi deposto de facto pela rebelião – está disponível para falar e negociar a sua saída do poder mas será o seu filho Saadi que conduzirá as conversações. O porta-voz do Conselho Nacional de Transição, no entanto, responderam esperar "desembaraçar o mundo do insecto" Muammar Khadafi em breve. A imagem, ao jeito das usadas pelo coronel para falar dos rebeldes - a quem chamava "ratos" foi usada pelo coronel Ahmed Omar Bani, numa conferência de imprensa em Bengasi. No início desta semana, com a ofensiva dos rebeldes a ganhar o controlo de Trípoli - esta notícia surge depois de as forças rebeldes da Líbia terem declarado a capital Trípoli “livre” de combatentes pró-Khadafi - a CNN tinha já avançado ter estado em contacto com Saadi, por email, o qual confirmou então a sua disposição e vontade em negociar um cessar-fogo. “Tentarei salvar a minha cidade e os dois milhões de pessoas que ali vivem, pois de outra forma Trípoli estará perdida, como a Somália”, escreveu este filho de Khadafi num desses emails. A NATO, entrentanto, falou sobre o apoio que tem dado aos rebeldes no avanço sobre Sirte: "Nas últimas 72 horas, temos conduzidos ataques aéreos sobre Sirte, incluindo hoje, porque continua a ser uma ameaça para a população civil", disse um porta-voz da Aliança Atlântica, citado pela Reuters. "Estamos atentos ao que se passa naquela cidade, porque sabemos que há restos do regime ali". Rebeldes não querem negociaçõesMoussa Ibrahim avançou ainda no contacto de hoje com a AP que Khadafi se encontra na Líbia, mas sem precisar qual o seu paradeiro. Os líderes da rebelião continuam convictos de que o coronel permanece no país e sinalizam não esmorecer os esforços para o encontrar e levar a julgamento pelos crimes de que o acusam ter cometido ao longo destes seis meses de guerra civil no país. Quanto à oferta de negociações a resposta dos rebeldes hoje, à semelhança de outras ocasiões no último par de meses, foi pronta: não há conversações sem a rendição prévia de Khadafi. “Se ele se quiser render, então conversaremos e capturá-lo-emos”, afirmou Ali Tarhouni, responsável pelas questões de petróleo e finanças do Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião e governo de facto da Líbia reconhecido já por larga parte da comunidade internacionalO abastecimento de combustível e água deve chegar a Trípoli em breve, uma vez que crescem as suspeitas e o medo de que as forças pró-Khadafi tenham envenenado a água que chegou à cidade. Dez dias para conquistar SirteAs forças rebeldes continuam hoje a avançar no terreno em direcção a Sirte, cidade natal de Muammar Khadafi e onde se localiza agora o maior contingente de forças militares leais ao regime. E fazem-no com o aviso de que a tomarão pela força caso falhe a oferta de negociações, mesmo se os comandantes da rebelião estimam que serão precisos dez dias para “libertar” Sirte. “Não entraremos em negociações sem fim”, alertou o porta-voz CNT Mahmoud Shamman, em Trípoli, em referência às conversações que estão em curso com os líderes tribais de Sirte para obter a rendição da cidade. “Queremos unificar a Líbia rapidamente. Queremos dar todas as hipóteses aos habitantes de Sirte para se renderem pacificamente. Somos pacientes e continuaremos a negociar até ao momento em que perdermos a paciência e, não havendo acordo, avançaremos para a opção militar”, insistiu. As forças rebeldes encontram-se hoje a 30 quilómetros para oeste e a 100 quilómetros para leste de Sirte, foi revelado por um dos comandantes da rebelião, Mohammed al-Fortiya, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Jovem americano libertado de prisão líbia após meses de cativeiro
“Estou determinado a ficar aqui até ver o fim de Khadafi”. As palavras são de um americano recentemente libertado de uma prisão líbia, país onde estava detido desde Março. Matthew VanDyke, jornalista e aspirante a escritor de viagens, conta agora ao mundo como é que conseguiu escapar da prisão de Abu Salim. (...)

Jovem americano libertado de prisão líbia após meses de cativeiro
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.05
DATA: 2011-08-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: “Estou determinado a ficar aqui até ver o fim de Khadafi”. As palavras são de um americano recentemente libertado de uma prisão líbia, país onde estava detido desde Março. Matthew VanDyke, jornalista e aspirante a escritor de viagens, conta agora ao mundo como é que conseguiu escapar da prisão de Abu Salim.
TEXTO: Durante meses foi torturado psicologicamente por guardas leais ao coronel líbio Muammar Khadafi. Esteve na solitária, em celas exíguas; pensou que iria morrer ali. Mas na passada quarta-feira ouviu um tumulto à porta da sua cela. Primeiro pensou que seria linchado. Ou que os guardas iriam finalmente executá-lo. Mas alguém destrancou a porta da sua cela e Matthew VanDyke percebeu que aquela era a sua hipótese de escapar da prisão mais conhecida de Trípoli. VanDyke, de 32 anos, descreveu nas últimas horas aos principais media internacionais (e também às câmaras da SIC) a sua aventura de 30 horas desde que escapou de Abu Salim até que conseguiu finalmente chegar a uma casa protegida pelos rebeldes anti-Khadafi. Quando saiu da cela, o jovem viu alguns homens a darem vivas e foi aí que percebeu que tinha escapado. “Percebi que estava livre, mas não sabia o que fazer ou o que é que se estava a passar”. Calçou uns chinelos que tinham sido deixados por outro prisioneiro e fugiu da prisão com centenas de outros detidos, muitos deles prisioneiros políticos. Quando saiu da prisão, nenhum deles sabia que estavam a sair para a rua numa zona que ainda era controlada pelas forças leais a Khadafi. Conseguiram ouvir explosões e disparos, mas foi nessa altura que receberam a notícia que os rebeldes estavam a tomar o controlo da cidade de Trípoli. O grupo de detidos conseguiu fugir para uma mesquita, onde foi ajudado pelo líder religioso e pelos residentes em torno da mesquita. Finalmente, foi indicada a VanDyke a casa de uma pessoa rica que o deixou ligar para a mãe e para a namorada, nos EUA. A mãe descreveu à CNN o seu alívio quando recebeu finalmente a chamada do filho dizendo-lhe que estava vivo e em segurança. VanDyke não contactava a família nem as autoridades americanas desde 12 de Março, o dia em que tinha ligado pela última vez à mãe, Sharon VanDyke, professora reformada a viver em Baltimore. O jovem americano é um dos quatro civis americanos que foram libertados de prisões líbias nos últimos dias, indicou o governo ade Washington na passada quarta-feira. Sendo um viajante experiente em diversos países africanos e do Médio Oriente, VanDyke tinha partido para Bengazi em Fevereiro. Em entrevista à SIC, o jovem americano explicou que desconhece porque é que foi detido, mas suspeita que as autoridades possam ter pensado que ele pertencia à CIA ou à Mossad, os serviços secretos americanos e israelitas, respectivamente. “Apesar de tudo, não tenho problemas com os líbios. Estou determinado a ficar aqui até ver o fim de Khadafi”, disse VanDyke à CNN sobre os seus planos de futuro, agora que voltou a ser um homem livre.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Líderes internacionais em cimeira com novos governantes líbios
Os líderes da rebelião líbia que depôs o regime autocrático de Muammar Khadafi reúnem-se hoje com os chefes de Estado das potências mundiais, para desenhar o mapa de reconstrução do país, que estará a chegar aos derradeiros dias destes últimos seis meses e meio de guerra civil. (...)

Líderes internacionais em cimeira com novos governantes líbios
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.068
DATA: 2011-09-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os líderes da rebelião líbia que depôs o regime autocrático de Muammar Khadafi reúnem-se hoje com os chefes de Estado das potências mundiais, para desenhar o mapa de reconstrução do país, que estará a chegar aos derradeiros dias destes últimos seis meses e meio de guerra civil.
TEXTO: A cimeira – com uma agenda sobrelotada para umas apertadíssimas três horas de reunião e a presença de representantes de 60 países e organizações internacionais – tem como anfitriões, em Paris, o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, cujos países lideraram em representação da comunidade internacional, mandatada pela resolução 1973 das Nações Unidas, a intervenção militar contra o regime de Khadafi, antes de a NATO assumir o comando das operações. À cabeça estão as questões de reconstrução política e económica da Líbia, com as potências mundiais norteadas pela ansiedade de não repetir os erros cometidos no Iraque, após a queda de Saddam Hussein. Mas, à margem da cimeira, outras conversações podem vir a revelar prontas tentativas de conquistar as oportunidades que as infra estruturas e a indústria petrolífera líbias oferecem aos mercados e investidores internacionais. Esta primeira reunião dos “Amigos da Líbia” oferece ao mesmo tempo ao Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião e governo de facto reconhecido pela generalidade da comunidade internacional, uma plataforma para se apresentar ao mundo. A cimeira será aberta, aliás, esta tarde com um primeiro discurso do líder do CNT, Mustafá Abdel Jalil, traçando um mapa de acção para a Líbia, o qual passa por uma nova Constituição, eleições dentro de 18 meses e as medidas a tomar para evitar represálias entre as duas facções que travaram a guerra. África do Sul boicota, Argélia dá passos de clarificaçãoDesagradada ainda com a intervenção militar internacional na Líbia (mandatada pela resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas), a África do Sul decidiu boicotar a cimeira. “Não estamos satisfeitos com a forma como a resolução foi interpretada para levar a cabo os raides aéreos. Se houvesse medidas militares a tomar, teriam de ser para ajudar a proteger as populações que, segundo aquilo que nos chegou, tinham sido mortas”, sublinhou o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, esta manhã. “Mas em vez de proteger, foram os bombardeamentos [da NATO] que deram a cobertura aérea que permitiu ao outro grupo [os rebeldes] avançarem”, criticou ainda. A resolução 1973 da ONU autorizou a execução de “todas as medidas necessárias para proteger os civis” na Líbia, com excepção do recurso a tropas terrestres, no seguimento da brutal repressão do regime de Khadafi contra as primeiras manifestações anti-regime que eclodiram em meados de Fevereiro passado. Mais comedida, a Argélia – que está sob atento olhar da comunidade internacional depois de ter acolhido, há dias, membros do clã Khadafi – tentou hoje, à chegada à cimeira dos “Amigos da Líbia”, sair progressivamente da sua posição ambígua sobre este conflito. E ficou já, pela boca do ministro dos Negócios Estrangeiros, Mourad Medelci, a promessa de que o Governo de Argel está prestes a reconhecer legitimidade ao CNT e que não vai receber em seu território o líder líbio deposto. Notícia actualizada às 11h50
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU NATO
Governo português não pode alinhar com “ocupação febril” da Líbia, diz dirigente do Bloco de Esquerda
O dirigente do Bloco de Esquerda (BE) José Manuel Pureza disse hoje que o Governo português não pode alinhar com a “ocupação febril” do território líbio, para ter ali, como dizia há dias o ministro Paulo portas, uma terra das novas oportunidades. Essa é a linguagem duma verdadeira ocupação colonial”. (...)

Governo português não pode alinhar com “ocupação febril” da Líbia, diz dirigente do Bloco de Esquerda
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-09-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: O dirigente do Bloco de Esquerda (BE) José Manuel Pureza disse hoje que o Governo português não pode alinhar com a “ocupação febril” do território líbio, para ter ali, como dizia há dias o ministro Paulo portas, uma terra das novas oportunidades. Essa é a linguagem duma verdadeira ocupação colonial”.
TEXTO: “O Governo português deve optar pela ponderação” face à situação naquele país africano, defendeu, em declarações à Lusa, durante o Fórum Novas Ideias para a Esquerda, promovido pelo BE até domingo, em Coimbra. O antigo líder parlamentar bloquista considerou que “toda a ajuda ao povo líbio é desejável”, mas criticou, no entanto, o que disse ser a “colonização” por parte de empresas de construção civil, petrolíferas e de exploração de gás natural. “Toda a colonização do território da Líbia por essas empresas que vão explorar as novas oportunidades é indecorosa e não pode ser aceite”, afirmou. De acordo com José Manuel Pureza, docente universitário de relações internacionais, o futuro poderá reservar para a Líbia situações idênticas a outras vividas no Afeganistão e Iraque: “Após a queda de uma ditadura não vem necessariamente uma democracia”, avisou. “O que está a acontecer na Líbia é uma luta intertribal e a NATO decidiu tomar partido nessa luta. O que vem a seguir não é, necessária nem seguramente, a democracia, é um reajustamento das posições entre as tribos. Devia haver o decoro de não anunciar a nova Líbia como a democracia galopante que aí vem”, afirmou. Integrado no programa do Fórum Novas Ideias para a Esquerda, José Manuel Pureza proferiu este sábado a conferência “Líbia: guerra e humanitarismo”, onde analisou a justificação da guerra “através de vestes humanitárias”. “A Líbia é ilustração disto. O que a NATO tem vindo a fazer na Líbia é claramente uma guerra, e o argumento que utilizou para a desencadear foi a protecção de civis, o que é uma coisa completamente paradoxal”, argumentou.
REFERÊNCIAS:
Partidos BE
Condenação de manifestantes em Luanda não vai travar protestos, afirma Rafael Marques
A condenação de manifestantes a penas de prisão não evitará novos protestos contra o regime do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que, ao reprimir, está apenas “a mostrar aquilo que é”, afirma o jornalista Rafael Marques, numa entrevista que o PÚBLICO edita nesta quinta-feira. (...)

Condenação de manifestantes em Luanda não vai travar protestos, afirma Rafael Marques
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: A condenação de manifestantes a penas de prisão não evitará novos protestos contra o regime do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, que, ao reprimir, está apenas “a mostrar aquilo que é”, afirma o jornalista Rafael Marques, numa entrevista que o PÚBLICO edita nesta quinta-feira.
TEXTO: Marques, que já foi distinguido internacionalmente pelo seu trabalho na defesa dos direitos humanos, entende que as recentes manifestações de Luanda não significam que Angola venha a viver uma espécie de Primavera árabe. Já esta semana, um tribunal angolano condenou 18 pessoas que no dia 3 de Setembro se manifestaram em Luanda a penas de prisão entre 45 e 90 dias. Um segundo grupo de 25 manifestantes, detidos há uma semana junto ao tribunal que condenou os primeiros, está a ser julgado. O jornalista angolano, que quinta-feira lança em Lisboa um livro em que denuncia abusos e tortura em zonas diamantíferas da Lunda-Norte, considera que o Presidente “já não tem muito espaço de manobra”, mas ainda pode “politicamente liderar uma transição”. Sobre Manuel Vicente, presidente da empresa petrolífera Sonangol, cujo nome foi recentemente noticiado como provável sucessor de Santos, afirma não acreditar que os angolanos aceitem a continuidade do regime sob a liderança de “um homem extremamente corrupto”. “O país não é de José Eduardo dos Santos, isso deve ficar bem claro”, afirma também. Leia mais no PÚBLICO de hoje e na edição online exclusiva para assinantes.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos tribunal prisão homem espécie