Duas centenas de mortos em naufrágio ao largo do Sudão
Perto de 200 pessoas morreram afogadas depois de a embarcação que os transportava do Sudão para a Arábia Saudita se incendiou em pleno mar, nesta terça-feira. (...)

Duas centenas de mortos em naufrágio ao largo do Sudão
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-07-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Perto de 200 pessoas morreram afogadas depois de a embarcação que os transportava do Sudão para a Arábia Saudita se incendiou em pleno mar, nesta terça-feira.
TEXTO: Segundo a agência sudanesa SMC, que cita fontes oficiais, a embarcação transportava 200 imigrantes ilegais oriundos de países vizinhos, tendo naufragado no mar Vermelho, ainda em águas territoriais sudanesas. Apenas três ocupantes terão sobrevivido. Contactado pela AFP, um porta-voz da polícia sudanesa recusou-se a comentar o balanço, adiantando não ter ainda todos os pormenores do incidente. Confirmou, contudo, que o barco saiu do porto de Tokar, 150 quilómetros a sul de Port Sudan e já perto da Eritreia. Quatro iemenitas, suspeitos de ser proprietários da embarcação, terão sido entretanto detidos. As autoridades sudanesas adiantam ainda que um outro barco, com 247 pessoas a bordo – sobretudo da Somália, Eritreia e Chade – tentou sair da mesma região, mas foi interceptado pela polícia.
REFERÊNCIAS:
Cidades Porto
Governo não avança com novas PPP na Saúde
O Governo não vai avançar com novas parcerias público-privadas (PPP) na área da Saúde e vai reavaliar as existentes, assegurou hoje o ministro da tutela. (...)

Governo não avança com novas PPP na Saúde
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2011-08-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo não vai avançar com novas parcerias público-privadas (PPP) na área da Saúde e vai reavaliar as existentes, assegurou hoje o ministro da tutela.
TEXTO: Os planos do executivo para a saúde no âmbito das PPP são “reavaliá-las e, para já, não pensar em novas”, afirmou Paulo Macedo, durante uma visita ao Hospital Amadora-Sintra, que foi o primeiro hospital público com gestão privada e também o primeiro com gestão privada a ser devolvido ao público, em 2009. “Para já, estamos concentrados em aumentar a eficiência do SNS [Serviço Nacional de Saúde], em trabalhar com profissionais de saúde para ver como é que, com a redução de custos, podemos manter o essencial que é servir estas pessoas todas”, acrescentou o ministro, referindo-se aos utentes do hospital. A visita teve uma passagem pelas urgências, que não constava do programa oficial, mas que o ministro acabou por considerar proveitosa. “As reduções de custos são importantes, mas estão sempre subjacentes e relegadas ao serviço que temos de fazer, e acho que foi bom exemplo esta visita não programada à urgência, para podermos ver o tipo de necessidades que temos e estas pessoas que temos de servir”, afirmou. Como explicou, a visita ao Hospital Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) insere-se num conjunto de visitas a unidades saúde que o ministro tem efetuado para se inteirar da sua realidade, de como estão as urgências, quais as características específicas de cada unidade e das suas populações. No caso do Amadora-Sintra, Paulo Macedo reconheceu que este hospital tem características específicas da população que serve, uma população emigrante bastante significativa e pontualmente com um nível socioeconómico bastante baixo e com necessidade de respostas diferenciadas. De acordo com a directora clínica, Teresa Maia, o Hospital Amadora Sintra recebe pessoas de 101 países, com destaque para os africanos de língua portuguesa Cabo Verde, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Trata-se da unidade hospitalar com maior taxa de mortalidade infantil, o que a médica justifica com características de saúde dos emigrantes, com maior prevalência de VIH/Sida e com uma grande afluência de jovens – uma “problemática emergente”. É também um dos hospitais que mais sinalizam crianças vítimas de negligência e maus-tratos, e tem a característica de disponibilizar uma consulta conjunta de droga e toxicodependência, tuberculose e VIH. “Há aqui o que não há noutros sítios. As características da população condicionam toda a actividade clínica”, afirmou Teresa Maia, durante uma apresentação ao ministro, exemplificando com casos de doenças raras que passam pelo hospital, com a elevada percentagem de alto risco de vírus do papiloma humano (HPV), que causa o cancro do colo do útero, e com uma população extremamente envelhecida e com problemas socioeconómicos graves. Esta foi, de resto, uma das conclusões que o ministro da Saúde retirou da visita: “O hospital está virado para esta população, virou as urgências para estas patologias que tem aqui, especificidades claras”. Paulo Macedo deu conta ainda da “integração” que o hospital faz da comunidade, designadamente a ligação aos ACES (Agrupamento de Centros de Saúde) e mediadores culturais. Quanto a planos para a futura gestão do hospital, o ministro garantiu que será “para manter o actual modelo”. “Não temos outros planos para este hospital. Mas as opiniões que obtive foram de que o hospital beneficiou da anterior gestão [privada], pelo menos em termos de práticas, não vou comentar em termos financeiros”, disse.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave comunidade maus-tratos emigrante infantil
Segundo crime violento este ano contra comunidade portuguesa na África do Sul
O assassínio dos três membros de uma família de origem portuguesa em Joanesburgo é o segundo episódio este ano de criminalidade violenta contra a comunidade na África do Sul, mas o número de homicídios tem diminuído nos últimos anos. (...)

Segundo crime violento este ano contra comunidade portuguesa na África do Sul
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento -0.4
DATA: 2011-10-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: O assassínio dos três membros de uma família de origem portuguesa em Joanesburgo é o segundo episódio este ano de criminalidade violenta contra a comunidade na África do Sul, mas o número de homicídios tem diminuído nos últimos anos.
TEXTO: No domingo passado, um empresário luso-descendente, a sua mulher, sul-africana, e um filho menor de 13 anos, foram mortos a tiro durante um assalto à sua casa no bairro de Walkerville, no sul de Joanesburgo, depois de o homicida ter violado a mulher. O suspeito do homicídio, de 20 anos, filho de uma empregada doméstica das vítimas, foi detido hoje e as autoridades sul-africanas já anunciaram que vão acusá-lo formalmente em tribunal pela autoria dos crimes de homicídio, violação, furto de viatura e de outras propriedades das vítimas. A 17 de Setembro passado, um comerciante oriundo da ilha da Madeira foi morto à facada durante um assalto ao seu estabelecimento na localidade de Kendal, na província sul-africana de Mpumalanga. O madeirense, de 48 anos de idade, pai de duas filhas, de 23 e 25 anos de idade, foi morto por um grupo de assaltantes que se puseram em fuga depois de furtarem todo o dinheiro que tinha em seu poder. Os assassinos ainda não foram presos. Depois das cifras negras de morte de portugueses e luso-descendentes, que ascendem a cerca de 400 desde 1994, nos últimos anos estes episódios violentos diminuíram drasticamente, segundo dados oficiais. A 08 de Setembro, dia em que o Governo sul-africano divulgou novas estatísticas que revelam uma redução significativa na maioria dos crimes graves, nomeadamente nos homicídios, que caíram 6, 5 por cento no ultimo ano, o cônsul-geral português, Carlos Marques, disse que no último ano a que os dados se referem, também o número de portugueses assassinados diminuiu. Segundo dados recolhidos pelo consulado-geral, revelados à Agência Lusa, entre Abril de 2010 e Março de 2011 foram mortos quatro portugueses ou luso-descendentes, contra seis que tinham sido vitimados mortalmente entre Abril de 2009 e Março de 2010. Entre Abril de 2007 e Março de 2008 foram assassinados cinco portugueses, tantos quantos entre Abril de 2008 e Março de 2009. Em 2006, registaram-se 13 homicídios na comunidade portuguesa e 16 em 2005. Para o cônsul-geral, vários factores contribuíram nos últimos anos para a redução de vítimas da criminalidade violenta no seio da comunidade portuguesa, mas a maior visibilidade policial e o aumento dos recursos disponibilizados pelo Governo foram, na sua opinião, os mais importantes. Em pouco mais de uma década a seguir ao desmantelamento do regime do apartheid e à tomada de posse do primeiro Governo democraticamente eleito da história sul-africana, em 1994, cerca de 400 portugueses e luso-descendentes foram assassinados. Especialistas que acompanham este fenómeno consideram que este tipo de criminalidade violenta não é dirigido especificamente à comunidade portuguesa, mas os emigrantes lusos tornam-se alvo dos criminosos por serem pessoas com negócios montados e terem dinheiro disponível. A assinalar a morte dos compatriotas, a comunidade portuguesa erigiu na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no subúrbio de Brentwood Park, um monumento às vítimas, com mais de 400 nomes e fotografias.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Cronologia dos principais acidentes marítimos desde o Titanic
O naufrágio do cruzeiro Costa Concordia traz à liça a memória de outros acidentes marítimos de grande envergadura, começando pelo próprio Titanic, que se afundou nas gélidas águas do Atlântico norte durante a sua viagem inaugural, há precisamente 100 anos. Eis uma cronologia dos principais acidentes marítimos deste então, compilada pela Reuters. (...)

Cronologia dos principais acidentes marítimos desde o Titanic
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.062
DATA: 2012-01-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O naufrágio do cruzeiro Costa Concordia traz à liça a memória de outros acidentes marítimos de grande envergadura, começando pelo próprio Titanic, que se afundou nas gélidas águas do Atlântico norte durante a sua viagem inaugural, há precisamente 100 anos. Eis uma cronologia dos principais acidentes marítimos deste então, compilada pela Reuters.
TEXTO: 29 de Maio de 1914: Pelo menos 1012 pessoas morreram no naufrágio do cruzeiro The Empress of Ireland, após este ter colidido com uma embarcação norueguesa ao largo do Canadá. Levava 1057 passageiros a bordo e mais 420 membros da tripulação. 25 de Outubro de 1927: O luxuoso cruzeiro italiano Principessa Mafalda dirigia-se para o Rio de Janeiro a partir de Cabo Verde quando o navio pegou fogo, com 971 passageiros e 288 membros da tripulação a bordo. Mais de 300 pessoas morreram, muitas da quais eram emigrantes italianos. 31 de Janeiro de 1953: O navio Princess Victoria afundou-se no Canal do Norte (entre a Escócia e a Irlanda do Norte) durante uma forte tempestade. Cerca de 130 pessoas perderam a vida. 29 de Outubro de 1955: O Novorossiysk, da Marinha russa, explodiu e depois afundou-se, tendo originado a morte de 609 pessoas. 25 de Julho de 1956: os navios Stockholm (sueco-americano) e Andrea Doria (italiano) colidiram ao largo de Nantucket Island, nos EUA. O primeiro navio perdeu cinco membros da sua tripulação, ao passo que o segundo perdeu 45 passageiros, dos 1134 que seguiam a bordo. 22 de Abril de 1980: O ferry inter-ilhas Don Juan, que fazia a ligação Manila-Bacolod, afundou-se no Estreito de Tablas, ao largo da Ilha de Mindoro, depois de ter colidido com a embarcação Tacloban City. Pelo menos mil pessoas morreram. 31 de Agosto de 1986: O cruzeiro Admiral Nakhimov colidiu com o navio de carga Pyotr Vasev, ao largo do porto de Novorossiysk, no Mar Negro. Entre tripulação e passageiros morreram 423 pessoas. 6 de Março de 1987: O ferry Herald of Free Enterprise afundou-se pouco depois de ter zarpado do porto belga de Zeebrugge com uma porta aberta. O navio tinha 463 passageiros a bordo. 193 perderam a vida. 20 de Dezembro de 1987: Foi o pior desastre marítimo em tempo de paz. O ferry Dona Paz afundou-se depois de ter colidido contra o cargueiro Vector no Mar de Sibuyan (um dos mares interiores do arquipélago filipino). Morreram 4375 pessoas do lado do Dona Paz e 11 do lado do Vector. 11 de Abril de 1991: Morreram 140 pessoas a bordo do ferry italiano Moby Prince após o embate contra o petroleiro ancorado Agip Abruzzo. Houve um único sobrevivente. 15 de Dezembro de 1991: 464 morreram quando o Salem Express embateu contra rochas de coral ao largo do porto de Safaga, no Mar Vermelho. 28 de Setembro de 1994: Foi o pior desastre marítimo europeu em tempo de paz. 852 pessoas morreram quando o navio Estonia, com 989 pessoas a bordo, se afundou ao largo da ilha finlandesa de Utoe, quando fazia a ligação entre Talin e Estocolmo. 2 de Dezembro de 1994: o luxuoso paquete Achille Lauro afundou-se a cerca de 250 quilómetros da Somália, mais de dois dias depois de ter começado a arder. O navio já tinha sido desviado em 1985 por palestinianos, que mataram um passageiro idoso judeu-americano, tendo posteriormente atirado o seu corpo borda fora. 3 de Fevereiro de 2006: O ferry Al-Salam Bocaccio 98 afundou-se numa viagem entre Duba (Arábia Saudita) e Safag (Egipto), a cerca de 90 quilómetros do destino, em consequência de um incêndio. Das 1414 pessoas a bordo, 1026 perderam a vida. 21 de Junho de 2008: O navio filipino Princess of the Stars afundou-se ao largo da província de Romblon, no centro do arquipélago, depois de ter sido atingido por um tufão. Apenas 52 das 825 pessoas a bordo sobreviveram.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Le Pen: as salas não enchem, as sondagens não sobem, o dinheiro não entra
A "candidata do povo" está em dificuldades. Falta-lhe dinheiro para alugar salas para fazer comícios, ainda que seja habitual cobrar entrada (cinco euros) para ver actuar a estrela, a mulher que percorre o palco interpretando o seu discurso, dando vida aos sound bytes. A campanha de Marine Le Pen estagnou desde que o Presidente da República, Nicolas Sarkozy, entrou na liça, tornando a competição uma conversa a dois, com o socialista François Hollande, que continua a ser o favorito. Le Pen mantém-se em terceiro nas intenções de voto, mas ainda não tem lugar garantido nos boletins de voto. (...)

Le Pen: as salas não enchem, as sondagens não sobem, o dinheiro não entra
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: A "candidata do povo" está em dificuldades. Falta-lhe dinheiro para alugar salas para fazer comícios, ainda que seja habitual cobrar entrada (cinco euros) para ver actuar a estrela, a mulher que percorre o palco interpretando o seu discurso, dando vida aos sound bytes. A campanha de Marine Le Pen estagnou desde que o Presidente da República, Nicolas Sarkozy, entrou na liça, tornando a competição uma conversa a dois, com o socialista François Hollande, que continua a ser o favorito. Le Pen mantém-se em terceiro nas intenções de voto, mas ainda não tem lugar garantido nos boletins de voto.
TEXTO: Nos próximos 11 dias, até 16 de Março, Marine Le Pen tem de obter 48 assinaturas de eleitos locais que apoiem a sua candidatura à Presidência da República. Sem isso, a presidente do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN) não poderá ir a votos a 22 de Abril - apesar de as sondagens lhe darem 16% à primeira volta. É obrigatório ter 500 destes apadrinhamentos e, segundo os números por ela revelados na semana passada, só tem 452. Ela queixa-se de um boicote mascarado e lança apelos mais ou menos desesperados para que a ajudem a participar nas eleições: "Continuamos numa democracia? Estamos numa República ou declinámos definitivamente para uma oligarquia em que o povo já não tem escolha?", lançou ela no Canal+. Querem-na fora das eleições, afirma, por que tem ainda hipóteses de chegar à segunda volta: "Sou a única que permite aos franceses uma verdadeira escolha, ou seja, descartar a não-escolha que representam os gémeos siameses Hollande e Sarkozy. "Este é o discurso típico de Marine Le Pen, apurado pelo desespero de a sua campanha estar num ponto de estagnação, com as sondagens há várias semanas a manterem-se por volta dos 16% a 18%. E de ver tornar-se cada vez maior o obstáculo dos apadrinhamentos de 500 eleitos, que ameaça fazer descarrilar a sua candidatura. A juntar-se a estas dificuldades, a filha mais nova de Jean-Marie Le Pen, a velha raposa da extrema-direita francesa, que no ano passado assumiu a presidência da Frente Nacional, eliminando rivais internos e fazendo uma limpeza da imagem do partido, enfrenta a falta de dinheiro para a campanha. Esta está directamente relacionada com a diminuição de credibilidade da sua candidatura, e já obrigou ao cancelamento de vários comícios. "Desdiabolizar" Mas a Frente Nacional de Marine Le Pen não abandonou as teses polémicas sobre a imigração e em particular a islamofobia. Por um lado, poderá dizer-se que minam a sua estratégia de "desdiabolização", mas a verdade é que estas ideias também foram adoptadas pela direita representada pelo Presidente, Nicolas Sarkozy. A intenção da "desdiabolização" é tornar a FN num partido normal, com legitimidade para jogar no mesmo campo que os partidos clássicos. É uma mudança importante, considerando que durante alguns anos os partidos franceses impuseram um "cordão sanitário" em torno da FN dirigida pelo seu pai, Jean-Marie Le Pen, estigmatizado pelas suas teses racistas, e por ter dito que as câmaras de gás nazis eram apenas "um pequeno detalhe" da História. Marine deu-se bem com a sua estratégia: ela passa bem na televisão, agarra o palco como uma actriz, pontua o discurso de frases com piadas e trocadilhos feitos para passarem em citações curtas nos media e, sobretudo, tem uma imagem simpática, ao contrário do pai. Junto das chamadas "classes populares", dos operários, mas também dos trabalhadores precários, dos que têm empregos na área dos serviços, e vivem nas cinturas industriais ou nas margens mais distantes das áreas metropolitanas francesas, a FN já tinha uma boa implantação com Jean-Marie Le Pen, mas esta tornou-se muito mais forte com a sua filha. Estes locais são viveiros do voto de protesto, aquele que Le Pen procura captar com um discurso contra o sistema financeiro internacional, em defesa dos explorados - por vezes com uma retórica roubada descaradamente à esquerda. Mas escolhe vítimas em quem descarregar este descontentamento: imigrantes e muçulmanos. Escolher estes bodes expiatórios é uma forma de captar o descontentamento social - uma fórmula que Sarkozy também utiliza. A FN, no seu programa eleitoral, prevê deixar de dar qualquer assistência médica aos imigrantes clandestinos, e acaba com a hipótese de alguma vez vir a regularizar os que estejam em França em situação irregular. O objectivo é acabar com a imigração ilegal no prazo de cinco anos.
REFERÊNCIAS:
O extremista que só tinha no cadastro uma multa de trânsito há dez anos
"Ele apareceu do nada", confessava um polícia encarregado da investigação. O principal suspeito dos ataques que causaram mais de 80 mortos na Noruega era, segundo os media nacionais, um fundamentalista cristão norueguês de 32 anos. (Perfil publicado no PÚBLICO de 24 de Julho de 2011) (...)

O extremista que só tinha no cadastro uma multa de trânsito há dez anos
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: "Ele apareceu do nada", confessava um polícia encarregado da investigação. O principal suspeito dos ataques que causaram mais de 80 mortos na Noruega era, segundo os media nacionais, um fundamentalista cristão norueguês de 32 anos. (Perfil publicado no PÚBLICO de 24 de Julho de 2011)
TEXTO: Anders Behring Breivik, que aparece nas fotografias com ar sereno, cabelo fino e louro, testa alta, olhos claros rasgados, nariz afilado e queixo forte, terá levado a cabo uma das maiores matanças atribuídas a uma só pessoa, se for confirmado que não houve ajuda ou ligação a um grupo organizado. "Ele não estava no nosso radar, e estaria se tivesse sido activo em grupos neonazis na Noruega", disse um responsável da polícia, sob anonimato. "No entanto, pode ter sido inspirado por eles. " No seu registo na polícia, apenas foi encontrada uma multa de trânsito de há dez anos. Sabe-se que Breivik tinha sido membro de um partido populista de direita, que estava registado num clube de tiro de Oslo (tinha três armas legalmente em seu nome), tinha em seu nome uma empresa de exploração agrícola (não se sabe se seria apenas um meio de ter acesso a grandes quantidades de fertilizantes que podem ser usados em explosivos) e teria feito intervenções em vários fóruns na Internet contra o multiculturalismo na Noruega, criticando os efeitos da presença de população muçulmana no país. "Quando é que o multiculturalismo vai deixar de ser uma ideologia para desconstruir a cultura europeia, as suas tradições, identidade, e Estados-nação?", dizia uma entrada sob o nome de Breivik de Fevereiro do ano passado, num fórum de extremadireita, segundo a agência Reuters. "De acordo com dois estudos, 13 por cento dos jovens muçulmanos britânicos apoiam a ideologia da Al-Qaeda", dizia outra vez. Também criticou o "assédio" de jovens muçulmanos aos noruegueses não muçulmanos: "Sei de várias centenas de ocasiões em que não muçulmanos foram assaltados, agredidos, e assediados por adolescentes islâmicos", relatou uma vez. "Entre os 12 e os 17 anos tive um melhor amigo que era paquistanês, por isso é um dos que era protegido. Mas isto também me fez ver a hipocrisia e enojava-me. " Breivik criou uma conta de Twitter e uma no Facebook (esta última foi entretanto retirada) há seis dias, deixando na rede de microblogging uma frase do filósofo britânico John Stuart Mill "Uma pessoa com uma crença tem tanta força quanto 100 mil pessoas com interesses" enquanto no site de rede social se descrevia como cristão, maçon, e indicava Kakfa ou Orwell como autores favoritos. O jornal norueguês Verdens Gang (VG) citava um amigo dizendo, sob anonimato, que Breivik tinha começado a expressar ideias de extrema-direita há poucos anos num perfil "racista" no Facebook. Antes disso, tinha pertencido ao Partido Progressista, formação da direita populista que defende uma descida dos limites à imigração que tem vindo a crescer recentemente no país e que passou nas últimas eleições em 2009 a segunda força política. O partido confirmou que Breivik tinha sido membro da formação entre 2004 e 2006 e da sua ala jovem de 1997 até 2007. O líder do partido, Siv Jensen, sublinhou à Reuters: "Deixa-me muito triste que ele tenha sido membro anteriormente. Nunca foi muito activo e tivemos dificuldades em encontrar alguém que soubesse alguma coisa sobre ele. " Nas fotografias, Breivik, que estudou na Escola de Gestão de Oslo, aparece vestido com casaco e camisa e alfinete na gravata, embora alguns vizinhos tenham afirmado que por vezes aparecia usando roupa tipo militar. As empresas que foi estabelecendo, diz o diário britânico The Guardian, foram acabando depois de breves períodos de prejuízos, até ao negócio de agricultura biológica em 2009, que terá sido essencial para Breivik conseguir seis toneladas de fertilizante, entregues em Maio, segundo o fornecedor. Quem viu Breivik na ilha descreveu um homem com uma calma "de gelo". A polícia dizia estar perante um enigma, e um responsável sublinhava o facto de ele não se ter tentado matar. "Pelo contrário, disse que se queria explicar. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola imigração cultura ajuda homem social racista assédio
Tribunal declara Breivik são e condena-o a 21 anos de prisão
O tribunal norueguês sentenciou Anders Behring Breivik, acusado da morte de 77 pessoas, a 21 anos de prisão – com possibilidade de extensão de pena – considerando que o arguido estava são mentalmente quando atacou edifícios do Governo em Oslo e um acampamento de jovens na ilha de Utoya, no ano passado. Com vídeo (...)

Tribunal declara Breivik são e condena-o a 21 anos de prisão
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O tribunal norueguês sentenciou Anders Behring Breivik, acusado da morte de 77 pessoas, a 21 anos de prisão – com possibilidade de extensão de pena – considerando que o arguido estava são mentalmente quando atacou edifícios do Governo em Oslo e um acampamento de jovens na ilha de Utoya, no ano passado. Com vídeo
TEXTO: Breivik já reconhera responsabilidade dos actos que lhe foram atribuídos em julgamento, mas declarara-se não culpado das acusações de terrorismo e homicídio premeditado, com argumentos de que as suas acções foram “atrozes mas necessárias” para impedir a “islamização” da Noruega e um multiculturalismo no país que avalia como danoso. Insistira por isso que queria ser considerado mentalmente são. A sentença foi declarada com decisão unânime dos cinco juízes e a pena máxima de 21 anos pode ser prolongada indefinidamente se, em data mais tarde, Breivik for ainda considerado um perigo para a sociedade. Breivik, de 33 anos, não pode requerer liberdade condicional antes de cumpridos pelo menos os dez anos da pena mínima. Vestido de fato preto e camisa branca, Breivik fez a saudação de extrema-direita à entrada no tribunal e ouviu a leitura da sentença, feita pela juíza Wenche Elizabeth Artnzen, sempre a sorrir. A 22 de Julho de 2011, Breivik matou 77 pessoas e deixou mais de 240 feridas num ataque que é considerado o mais brutal na Noruega desde a II Guerra Mundial: fez rebentar uma bomba construída com fertilizantes num edifício governamental, em que morreram oito pessoas, e horas depois lançou-se num tiroteio no campo de Verão da juventude trabalhista em Utoya, em que alvejou mortalmente outras 69 pessoas, na maior parte adolescentes, alguns com 14 anos. A questão mais controversa ao longo do julgamento, que decorreu desde 16 de Abril a 22 de Junho, foi a do estado mental do arguido. Uma primeira peritagem psiquiátrica diagnosticou-o como “paranóico esquizofrénico”, mas a segunda avaliou-o como mentalmente são e, assim, criminalmente imputável. Os procuradores pediam que o arguido fosse declarado inimputável e condenado a tratamento psiquiátrico por tempo indeterminado – o que Breivik contestou persistentemente e avisou que apresentaria recurso caso a sentença fosse pronunciada nesse sentido, considerando que um veredicto de inimputabilidade criminal desacreditava a sua ideologia racista e xenófoba. Sendo pouco provável que Breivik recorra da sentença agora pronunciada, os procuradores podem ainda fazê-lo, no prazo máximo de 14 dias. O massacre provocado por Breivik abalou a Noruega, fazendo a população de cinco milhões questionar-se sobre a influência das ideologias de extrema-direita num país para onde é atraída uma cada vez maior imigração. Uma sondagem publicada hoje pelo diário Verdens Gang indicava que 72% dos noruegueses tinham a opinião de que Breivik estava “suficientemente são” para ser condenado numa pena de prisão. Uns 54% consideravam por seu lado que as condições em que Breivik está detido – com três celas de 8 metros quadrados cada atribuídas (uma para dormir, outra para exercício físico e outra ainda de trabalho), além de um computador sem acesso à internet e televisor – são “demasiado clementes”. Breivik deverá cumprir aí a pena, em isolamento, na prisão de alta segurança de Ila, nos arredores de Oslo. Notícia actualizada às 10h30
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra homicídio imigração campo tribunal ataque prisão racista
Cavaco diz que “mal entendidos” e “desinformações” com Angola vão ser ultrapassados
Presidente da República revelou que houve contactos entre o seu gabinete e José Eduardo dos Santos na terça-feira. (...)

Cavaco diz que “mal entendidos” e “desinformações” com Angola vão ser ultrapassados
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Presidente da República revelou que houve contactos entre o seu gabinete e José Eduardo dos Santos na terça-feira.
TEXTO: O Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, afirmou na sexta-feira estar certo de que "mal entendidos" entre Portugal e Angola e "eventuais desinformações" vão ser ultrapassados e que os dois países vão fortalecer o seu relacionamento. Em declarações aos jornalistas, à margem da XXIII Cimeira Ibero-Americana, na Cidade do Panamá, o chefe de Estado português adiantou que na terça-feira à tarde "ocorreram contactos" entre o seu gabinete e o gabinete do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, e que "a conversa correu bem". Questionado sobre a que "mal entendidos" e "eventuais desinformações" se estava a referir, o Presidente da República Portuguesa respondeu que não é altura de os "avivar", mas sim de trabalhar para os ultrapassar. "Eu não irei avivar nada daquilo que pode eventualmente ter estado por detrás desses mal entendidos", acrescentou. Segundo Cavaco Silva, "quando as relações entre dois países são muito intensas, como é o caso de Portugal e de Angola, por vezes surgem mal entendidos". "Eu estou seguro de que esses mal entendidos vão ser ultrapassados. É essa a vontade das autoridades portuguesas, e estou certo de que será também essa a vontade do Presidente José Eduardo dos Santos, que sei que tem um grande apreço pelo povo português", afirmou. "As relações muito especiais que existem entre Portugal e Angola não podem ser postas em causa por mal entendidos ou por eventuais desinformações que venham a público, quer em Portugal, quer em Angola. E é nesse sentido que eu irei continuar a trabalhar", reforçou. O Presidente da República Portuguesa começou estas declarações assumindo-se como "um defensor activo do fortalecimento das relações de amizade e de cooperação entre Portugal e Angola", apontando as "relações intensas entre os dois" como "mutuamente benéficas" e qualificando os angolanos e portugueses como povos amigos. Em seguida, Cavaco Silva referiu-se aos responsáveis políticos angolanos, aos empresários angolanos que investem em Portugal, aos empresários portugueses presentes em Angola e às comunidades emigrantes portuguesa e angolana nos dois países. "Os agentes políticos angolanos, escolhidos pelo povo em eleições consideradas livres e justas pela comunidade internacional, merecem todo o nosso respeito", considerou. Quanto aos empresários angolanos, defendeu que Portugal deve acolhê-los "com a mesma abertura e o mesmo respeito com que os empresários portugueses são acolhidos em Angola" e que "o investimento estrangeiro, incluindo o investimento de origem angolana, é importante para o crescimento económico português e para a criação de emprego em Portugal". O chefe de Estado português falou também do papel dos empresários portugueses presentes em Angola: "Devem continuar a contribuir para o desenvolvimento de Angola e para a melhoria do bem-estar da população, no respeito pelas orientações e pelas prioridades definidas pelo Governo angolano. Os empresários portugueses devem contribuir, cooperar para o fortalecimento e a melhoria da competitividade da classe empresarial angolana. ""Não podemos esquecer que Angola é o nosso quarto cliente, que vivem e trabalham em Angola mais de 100 mil portugueses. Existe também uma comunidade angolana forte em Portugal, e Portugal é também um mercado importante para a produção angolana", assinalou. "Eu estou seguro de que as atuais dificuldades irão ser ultrapassadas", concluiu. Interrogado se já tinha falado com o Presidente de Angola, declarou: "Na terça-feira à tarde, ocorreram contactos entre o meu gabinete e o gabinete do Presidente José Eduardo dos Santos. É assim que as coisas devem ser tratadas, e de forma discreta. "Segundo Cavaco Silva, "a conversa correu bem entre os dois gabinetes". Quanto à existência ou não de cooperação estratégica entre Portugal e Angola, afirmou: "Foi um assunto que eu tratei com o Presidente da República de Angola quando fiz a minha visita oficial. Eu estou convencido de que as relações entre Portugal e Angola, ultrapassadas estas dificuldades, irão continuar no sentido de um fortalecimento cada vez mais estreito, em todos os domínios: no domínio económico, no domínio social, no domínio da educação, da saúde, e também no diálogo político. É isso que eu espero. "O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, considerou na terça-feira que "o clima político actual" da relação entre Portugal e Angola "não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada" entre os dois países. Através de uma nota divulgada na terça-feira, o Governo português manifestou surpresa com as palavras do Presidente angolano sobre a relação entre Portugal e Angola e reiterou a importância e o "alcance estratégico" que tem atribuído a esse relacionamento bilateral.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave educação comunidade social
Cavaco diz que “mal-entendidos” e “desinformações” com Angola vão ser ultrapassados
Presidente da República revelou que houve contactos entre o seu gabinete e José Eduardo dos Santos na terça-feira. (...)

Cavaco diz que “mal-entendidos” e “desinformações” com Angola vão ser ultrapassados
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-21 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20131021160311/http://www.publico.pt/1609662
SUMÁRIO: Presidente da República revelou que houve contactos entre o seu gabinete e José Eduardo dos Santos na terça-feira.
TEXTO: O Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva, afirmou na sexta-feira estar certo de que "mal-entendidos" entre Portugal e Angola e "eventuais desinformações" vão ser ultrapassados e que os dois países vão fortalecer o seu relacionamento. Em declarações aos jornalistas, à margem da XXIII Cimeira Ibero-Americana, na Cidade do Panamá, o chefe de Estado português adiantou que na terça-feira à tarde "ocorreram contactos" entre o seu gabinete e o gabinete do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, e que "a conversa correu bem". Questionado sobre a que "mal-entendidos" e "eventuais desinformações" se estava a referir, o Presidente da República Portuguesa respondeu que não é altura de os "avivar", mas sim de trabalhar para os ultrapassar. "Eu não irei avivar nada daquilo que pode eventualmente ter estado por detrás desses mal-entendidos", acrescentou. Segundo Cavaco Silva, "quando as relações entre dois países são muito intensas, como é o caso de Portugal e de Angola, por vezes surgem mal-entendidos". "Eu estou seguro de que esses mal-entendidos vão ser ultrapassados. É essa a vontade das autoridades portuguesas, e estou certo de que será também essa a vontade do Presidente José Eduardo dos Santos, que sei que tem um grande apreço pelo povo português", afirmou. "As relações muito especiais que existem entre Portugal e Angola não podem ser postas em causa por mal- entendidos ou por eventuais desinformações que venham a público, quer em Portugal, quer em Angola. E é nesse sentido que eu irei continuar a trabalhar", reforçou. O Presidente da República Portuguesa começou estas declarações assumindo-se como "um defensor activo do fortalecimento das relações de amizade e de cooperação entre Portugal e Angola", apontando as "relações intensas entre os dois" como "mutuamente benéficas" e qualificando os angolanos e portugueses como povos amigos. Em seguida, Cavaco Silva referiu-se aos responsáveis políticos angolanos, aos empresários angolanos que investem em Portugal, aos empresários portugueses presentes em Angola e às comunidades emigrantes portuguesa e angolana nos dois países. "Os agentes políticos angolanos, escolhidos pelo povo em eleições consideradas livres e justas pela comunidade internacional, merecem todo o nosso respeito", considerou. Quanto aos empresários angolanos, defendeu que Portugal deve acolhê-los "com a mesma abertura e o mesmo respeito com que os empresários portugueses são acolhidos em Angola" e que "o investimento estrangeiro, incluindo o investimento de origem angolana, é importante para o crescimento económico português e para a criação de emprego em Portugal". O chefe de Estado português falou também do papel dos empresários portugueses presentes em Angola: "Devem continuar a contribuir para o desenvolvimento de Angola e para a melhoria do bem-estar da população, no respeito pelas orientações e pelas prioridades definidas pelo Governo angolano. Os empresários portugueses devem contribuir, cooperar para o fortalecimento e a melhoria da competitividade da classe empresarial angolana. ""Não podemos esquecer que Angola é o nosso quarto cliente, que vivem e trabalham em Angola mais de 100 mil portugueses. Existe também uma comunidade angolana forte em Portugal, e Portugal é também um mercado importante para a produção angolana", assinalou. "Eu estou seguro de que as actuais dificuldades irão ser ultrapassadas", concluiu. Interrogado se já tinha falado com o Presidente de Angola, declarou: "Na terça-feira à tarde, ocorreram contactos entre o meu gabinete e o gabinete do Presidente José Eduardo dos Santos. É assim que as coisas devem ser tratadas, e de forma discreta. "Segundo Cavaco Silva, "a conversa correu bem entre os dois gabinetes". Quanto à existência ou não de cooperação estratégica entre Portugal e Angola, afirmou: "Foi um assunto que eu tratei com o Presidente da República de Angola quando fiz a minha visita oficial. Eu estou convencido de que as relações entre Portugal e Angola, ultrapassadas estas dificuldades, irão continuar no sentido de um fortalecimento cada vez mais estreito, em todos os domínios: no domínio económico, no domínio social, no domínio da educação, da saúde, e também no diálogo político. É isso que eu espero. "O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, considerou na terça-feira que "o clima político actual" da relação entre Portugal e Angola "não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada" entre os dois países. Através de uma nota divulgada na terça-feira, o Governo português manifestou surpresa ante as palavras do Presidente angolano sobre a relação entre Portugal e Angola e reiterou a importância e o "alcance estratégico" que tem atribuído a esse relacionamento bilateral.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave educação comunidade social
Derrotado contesta vitória do candidato do PAIGC nas presidenciais da Guiné-Bissau
Comissão de eleições anunciou vitória de José Mário Vaz. Mas o adversário, Nuno Nabiam, diz que a sua campanha tem números diferentes. (...)

Derrotado contesta vitória do candidato do PAIGC nas presidenciais da Guiné-Bissau
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Comissão de eleições anunciou vitória de José Mário Vaz. Mas o adversário, Nuno Nabiam, diz que a sua campanha tem números diferentes.
TEXTO: A incerteza e as preocupações voltaram à Guiné-Bissau, depois de Nuno Nabiam ter rejeitado os resultados das eleições presidenciais que o dão como derrotado e atribuem a vitória a José Mário Vaz, candidato do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde). “Não vou aceitar o resultado, porque os números recolhidos pela minha campanha em quatro de oito regiões são diferentes dos que foram anunciados pela Comissão Nacional de Eleições”, disse, citado pela Reuters. Os resultados divulgados na tarde desta terça-feira atribuem 61, 9% a José Mário Vaz e 38, 1% a Nabiam. O candidato derrotado, um independente apoiado pelo PRS (Partido da Renovação Social), é o favorito da chefia militar que protagonizou o golpe de Estado de há dois anos. Na campanha eleitoral prometeu “aceitar os resultados”. Na primeira volta, à qual se apresentaram 13 candidatos, em Abril, Vaz conseguiu 40, 89% e Nabiam 24, 79%. A taxa de participação baixou dos 89, 29% da primeira volta para 78, 1% da segunda, realizada no passado domingo. A declaração de Nabiam faz regressar as preocupações sobre o futuro próximo de um país com um historial de violência político-militar e que se tornou plataforma do narcotráfico internacional. Foi feita quando parecia possível o país regressar à normalidade democrática, interrompida pelo golpe de 2012, liderado pelo chefe das Forças Armadas, António Indjai. Os resultados provisórios indicam que José Mário Vaz, conhecido como Jomav, só não venceu em duas das nove regiões do país - Oio e Tombali. Foi também o mais votado pelos eleitores da emigração. Um comunicado divulgado na noite de segunda-feira pela candidatura de Nabiam reivindicava a vitória em cinco regiões. Os candidatos têm 48 horas para apresentarem reclamações, antes da proclamação dos resultados definitivos. As missões de observadores da União Africana, da CEDEAO e da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) decorreram em clima de liberdade e transparência. Na segunda-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apelou aos candidatos e aos seus apoiantes para que “respeitem os resultados oficiais”. Após o anúncio dos resultados oficiais, muitos guineenses festaram, na Praça dos Heróis Nacionais, em Bissau, junto à sede do PAIGC. A AFP noticiou pouco depois que o dispositivo militar foi reforçado em muitos locais da cidade, com patrulhas do Exército e do contingente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) estacionado no país. O "homem do 25”O vencedor declarado das presidenciais de domingo, José Mário Vaz, 57 anos, é um economista formado em Portugal. Foi ministro das Finanças do Governo derrubado há dois anos e dirigiu o município de Bissau. Empresário, liderou também a Câmara de Comércio da Guiné-Bissau. É conhecido como o “homem do 25”, expressão que terá sido criada por si próprio pelo facto de, enquanto ministro, ter pago salários aos funcionários do Estado regularmente a 25 de cada mês, situação invulgar no passado recente da Guiné-Bissau, que terá sido agora um trunfo eleitoral. Após o golpe de 2012, Jomav esteve meses em Portugal. Quando regressou, em 2013, foi acusado de envolvimento no alegado desvio de um apoio financeiro de Angola, o que sempre negou. “Geri milhões de francos de modo transparente. Não me envergonho de nada. Tenho as mãos limpas”, disse, sobre o assunto, à AFP. As presidenciais deverão completar o processo eleitoral destinado a restabelecer a normalidade democrática interrompida pelo derrube, em 2012, do então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que vencera a primeira volta das presidenciais com quase 49%. A 13 de Abril, data da primeira volta das presidenciais, realizaram-se em simultâneo eleições legislativas que deram a vitória ao PAIGC, elegeu 57 dos 102 deputados. De acordo com esses resultados, o próximo primeiro-ministro será o líder do partido que liderou a luta pela independência, Domingos Simões Pereira, 50 anos, antigo secretário-executivo da CPLP.
REFERÊNCIAS:
Entidades CPLP