Novas cidades “libertadas” de Zauia e Misurata à espera de um contra-ataque
Zauia e Misurata foram hoje “libertadas” pelas populações revoltosas contra Muammar Khadafi, mas ao contrário de Bengasi, de onde as forças leais ao regime se afastaram e onde já emergiram mesmo órgãos políticos, o ambiente é ainda de elevada tensão face a um contra-ataque iminente. (...)

Novas cidades “libertadas” de Zauia e Misurata à espera de um contra-ataque
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.136
DATA: 2011-02-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Zauia e Misurata foram hoje “libertadas” pelas populações revoltosas contra Muammar Khadafi, mas ao contrário de Bengasi, de onde as forças leais ao regime se afastaram e onde já emergiram mesmo órgãos políticos, o ambiente é ainda de elevada tensão face a um contra-ataque iminente.
TEXTO: As imagens de Zauia, a apenas 44 quilómetros para oeste de Trípoli – e, por isso, de enorme importância estratégica para o destino da capital –, mostram a cidade, de 200 mil habitantes, já nas mãos das forças anti-Khadafi, depois dos combates dos últimos dias que causaram a morte a 50 pessoas. Esquadras de polícia e edifícios governamentais foram incendiados e nas paredes só se vêem escritos a exigir a queda do líder líbio e uma “Líbia livre”. Milhares de pessoas nas ruas do centro, totalmente barricado e sob a vigilância de atiradores nos telhados, festejavam em redor de alguns tanques e veículos com armas antiaéreas que tinham sido capturados às tropas e milícias de Khadafi. A bandeira vermelha, verde e preta (da era pré-Khadafi) estava içada no topo de muitos edifícios e era empunhada nas ruas por centenas de mãos. Em redor da cidade, porém, dezenas de tanques – entre 30 a 40, adiantou a CNN – aguardam e na estrada de Trípoli para Zauia estavam montados pelo menos seis postos de controlo militares fiéis ao regime, os soldados já de caras tapadas com cachecóis. “Vai ser uma batalha terrível. Esperamos um ataque a qualquer momento”, narrava um habitante de Zauia ao canal Al-Jazira. O mesmo cenário repetia-se em Misurata, do outro lado de Trípoli, a uns 200 quilómetros da capital. Dada como “libertada” logo pela manhã, a cidade estava em suspenso com as notícias de que uma enorme coluna militar pró-Khadafi, com apoio aéreo, se encaminhava da região. “A cidade não tem meios de se defender, vai ser um verdadeiro massacre”, estimou o renegado ministro líbio do Interior, Abdel Fattah Younes al-Abidi, em declarações ao canal Al-Arabiyah. Filho de Khadafi nega repressãoInsistindo em passar a imagem de que a revolta que o regime enfrenta há semana e meia não é significativa e que os relatos de bombardeamentos sobre os manifestantes são falsos, o filho do líder líbio Saif el-Islam – tido como sucessor natural de Khadafi – afirmou de novo, numa entrevista ao canal ABC, que “todo o Sul está calmo, o Oeste está calmo, o meio do país está calmo, até parte do Leste está calma”. “A calma reina na Líbia e os militares não atacaram nenhum civil. Há um fosso enorme entre a realidade e as informações que são dadas pelos media”, asseverou. E passou a descrever a classe política e diplomática que desertou do regime em catadupa nos últimos dias como “hipócrita”. “Muitos deles pensaram que o barco estava a afundar e que era melhor saltarem borda fora, para sobreviverem, trabalharem com um novo regime. É só um truque simples, um truque muito velho”. O regime líbio, de resto, continua a desdobrar-se em esforços para conquistar o apoio popular e Trípoli dava disso testemunho neste domingo, com centenas de líbios em fila à porta dos bancos para receberem os 500 dinares (quase 290 euros) prometidos sexta-feira por Khadafi a cada família para “ajudar a cobrir o aumento dos preços dos alimentos”. Mas à parte estas filas – também para comprar pão, combustível, medicamentos – a capital voltou a revelar-se deserta de gente, a maior parte das lojas fechadas, e repleta de tanques e soldados. “Trípoli está isolada, não entra nem sai ninguém”, era descrito no Tiwtter pelo Movimento de jovens Revolucionários 17 de Fevereiro. Contrastando, Bengasi, onde a força do regime de Khadafi não é sentida já há uma semana, é uma cidade a reorganizar-se e a enfrentar novos desafios, agora que já terminaram os combates. “Os abastecimentos de comida não estão a chegar aqui. A cidade tem reservas para dois meses. As famílias mais ricas, homens de negócios, estão a alimentar milhares de pessoas, imigrantes africanos e do sul da Ásia, que ainda aguardam ser retirados do país. E aos jornalistas ninguém aceita dinheiro”, relatava o jornalista da CNN Ben Wedeman, dos primeiros repórteres de televisão ocidentais a entrar na Líbia.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Portugal quebra consenso na UE quanto à rejeição de vistos à Bielorrússia
Catorze membros da União Europeia (UE) aprovaram a rejeição de visto às autoridades da Bielorrússia. A excepção foi Portugal. Devido a acusações de abuso de direitos humanos, o Presidente Alexander Lukashenko e outros sete ministros bielorrussos não obterão visto para se deslocarem ao espaço europeu. Os 14 membros da UE consideraram que a proibição é uma legítima forma de protesto contra os alegados abusos de direitos humanos cometidos na Bielorrússia. "Catorze Estados-membros concordaram não atribuir vistos a oito pessoas, incluindo Lukashenko, para que estes possam entrar nos seus territórios. Portugal pode faz... (etc.)

Portugal quebra consenso na UE quanto à rejeição de vistos à Bielorrússia
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
TEXTO: Catorze membros da União Europeia (UE) aprovaram a rejeição de visto às autoridades da Bielorrússia. A excepção foi Portugal. Devido a acusações de abuso de direitos humanos, o Presidente Alexander Lukashenko e outros sete ministros bielorrussos não obterão visto para se deslocarem ao espaço europeu. Os 14 membros da UE consideraram que a proibição é uma legítima forma de protesto contra os alegados abusos de direitos humanos cometidos na Bielorrússia. "Catorze Estados-membros concordaram não atribuir vistos a oito pessoas, incluindo Lukashenko, para que estes possam entrar nos seus territórios. Portugal pode fazer como entender", afirmou um diplomata ouvido pela Reuters. O Governo português pode conceder aos listados um visto nacional, mas não pode alargar esse mesmo visto ao espaço Schengen, apesar de integrar esta zona de circulação aberta que integra todos os membros da UE, à excepção do Reino Unido e da Irlanda, e ainda alguns não-membros. Lisboa tem pressionado a UE no sentido de uma revisão da política de vistos da comunidade, após desacordos recentes com outros membros relacionados com os países africanos. Segundo diplomatas ouvidos pela Reuters, Portugal ficou aborrecido com a recente decisão da UE de, sob pressão britânica, evitar que o Zimbabwe – os dirigentes de Harare também constam de uma outra “lista negra” – participasse num encontro de ministros europeus e africanos que decorreu em Copenhaga. Em resultado, o encontro foi mudado para Maputo, mas Portugal foi o único país da UE a participar na reunião. Lisboa considera que a banição à Bielorrússia é, nesta altura, "inoportuna". Para o chefe da diplomacia portuguesa, Martins da Cruz, esta decisão terá efeitos na realização da próxima reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), na qual Lisboa assegura a presidência rotativa, prevista para os dias 6 e 7 de Dezembro, no Porto. A agenda da reunião da OSCE tem de ser, com efeito, adoptada por todos os 55 países-membros da organização e Portugal acredita que Minsk poderá paralisar o processo, em represália. O projecto inicial do resto dos Estados-membros da UE era interditar as deslocações de Lukachenko e de 51 dirigentes bielorrussos, entre os quais todos os membros do Governo. Em teoria, a banição imposta aos dirigentes bielorrussos impedi-los-á de participarem em encontros internacionais que ocorram fora das sedes das organizações mundiais. Este é o caso da reunião ministerial da OSCE, cuja sede fica em Viena, mas que vai decorrer no Porto. Segundo a política europeia, as restrições de vistos podem ser, por vezes, levantadas para eventos internacionais de maior envergadura. Qualquer Estado-membro pode vetar, no entanto, o levantamento da proibição. Há muito criticado pelo Ocidente devido à alegada repressão da oposição política e da liberdade de imprensa, Lukashenko também foi proibido pela República Checa de se deslocar a Praga, no âmbito da cimeira da NATO que decorre quinta e sexta-feira. Em resposta, o chefe de Estado ameaçou cortar os laços diplomáticos e diminuir as relações económicas com a República Checa. Ao mesmo tempo, ameaçou deixar de controlar as fronteiras da Bielorrússia com a Letónia, Lituânia e Polónia, candidatas à adesão à UE, o que facilitaria a entrada de drogas e milhares de imigrantes ilegais no espaço europeu. Bielorrússia considera decisão "absurda"A Bielorrússia já reagiu à decisão quase unânime da UE, considerando-a "absurda" e invocando a possibilidade de recorrer a represálias. "Portugal compreendeu o absurdo da proposta e da decisão", declarou a porta-voz da Presidência bielorrussa. Natalia Piatkevitch sublinhou que a decisão de Lisboa "é a boa" e realçou que Portugal "tem interesse em cooperar com a Bielorrússia". "Haverá, de certeza, medidas a tomar em resposta [à decisão]. O Ministério dos Negócios Estrangeiros ocupar-se-á [dessas medidas], se elas forem consideradas indispensáveis", adiantou.
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO UE OSCE
A Europa está viva
O primeiro desafio grego está ultrapassado. Em poucas horas, Alexis Tsipras formou governo. Surpreendeu na escolha. Não optou por um partido da esquerda moderada, mas pelo oposto. O Rio (To Potami), que durante a campanha foi dado como o mais provável aliado caso o Syriza não conseguisse sozinho a maioria absoluta, ficou de fora. O Rio tinha a vantagem de oferecer razões para o novo primeiro-ministro deixar cair posições mais radicais em nome da estabilidade governamental e da necessidade de acomodar os moderados da sua coligação. Não foi o que aconteceu. Para surpresa de todos, e do próprio Rio, Tsipras aliou-se... (etc.)

A Europa está viva
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
TEXTO: O primeiro desafio grego está ultrapassado. Em poucas horas, Alexis Tsipras formou governo. Surpreendeu na escolha. Não optou por um partido da esquerda moderada, mas pelo oposto. O Rio (To Potami), que durante a campanha foi dado como o mais provável aliado caso o Syriza não conseguisse sozinho a maioria absoluta, ficou de fora. O Rio tinha a vantagem de oferecer razões para o novo primeiro-ministro deixar cair posições mais radicais em nome da estabilidade governamental e da necessidade de acomodar os moderados da sua coligação. Não foi o que aconteceu. Para surpresa de todos, e do próprio Rio, Tsipras aliou-se aos Gregos Independentes, de Panos Kommenos. Os Gregos Independentes não são da extrema-direita e têm muito pouco a ver com a Aurora Dourada, um partido com génese fascista e ideologia assumidamente neo-nazi, que criou os Médicos Com Fronteiras e um banco de sangue “só para gregos”, distribui alimentos pelos desempregados em bairros dominados por imigrantes e tem como lema “cada trabalhador estrangeiro equivale a um grego desempregado”. Estudos feitos a seguir às eleições de 2012 concluíram que 60% dos desempregados tinha votado num destes três partidos, apesar de juntos representarem apenas 40% dos votos. Mais do que o desemprego – e dos três foi o Syriza que mais recebeu votos de desempregados – o que os distingue à direita é a leitura que fazem da identidade grega. A Aurora Dourada transforma a tendência nacionalista grega (e o ideal de um helenismo utópico) em racismo e o racismo em violência física brutal. Muitos dos seus deputados estão aliás na prisão. Os Gregos Independentes não têm nada a ver com isso. Vêm da Nova Democracia e são monotemáticos – existem para combater a austeridade. Se o Syriza diz mata, os Gregos Independentes dizem esfola. Se são radicais, são-no na intransigência às soluções dadas até agora para a crise. Não se sabe até onde. A solução grega – uma aliança entre a esquerda radical e um pequeno partido de direita – nunca foi testada, é uma incógnita total. A distribuição das pastas ministeriais será o levantar da ponta do véu. A Europa está viva e à procura de soluções.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave trabalhador violência prisão racismo desemprego alimentos
Portugal tem futuro nos transportes mundiais
Muitos são os que sabem como as mentiras, esquemas e trapaças em torno das matérias dos transportes e as negociatas em áreas específicas como as famigeradas Scut (Estradas/Vias do Estado), me levaram a assumir o estatuto de “emigrante por consciência”. Decididamente não tenho pachorra para aturar a incompetência de quem de nada sabe, mas sobre tudo opina e decide que o essencial deverá ser à medida de quem lhes paga avenças no formato “Mãos Limpas”. Farto de aturar baboseiras e tentar evitar muitas asneiras, optei por transmitir o meu saber e aperfeiçoar o meu conhecimento fora de portas. Modéstia à parte, sei do... (etc.)

Portugal tem futuro nos transportes mundiais
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-08 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20120908151819/http://www.publico.pt/carga_transportes/Noticia/1562175
TEXTO: Muitos são os que sabem como as mentiras, esquemas e trapaças em torno das matérias dos transportes e as negociatas em áreas específicas como as famigeradas Scut (Estradas/Vias do Estado), me levaram a assumir o estatuto de “emigrante por consciência”. Decididamente não tenho pachorra para aturar a incompetência de quem de nada sabe, mas sobre tudo opina e decide que o essencial deverá ser à medida de quem lhes paga avenças no formato “Mãos Limpas”. Farto de aturar baboseiras e tentar evitar muitas asneiras, optei por transmitir o meu saber e aperfeiçoar o meu conhecimento fora de portas. Modéstia à parte, sei do que falo pelo que me indigna muito que uma nação como Portugal dependa de migalhas para fazer a gestão de uma ampla cadeia de transportes, que está claramente adormecida e anestesiada para permitir o expansionismo e interesse dos países que dispõem de infra-estruturas da cadeia de transporte, situadas fora das rotas geoestratégicas, que cresceram quando a Europa do Sul vivia conflitos diversos e dos quais muitos se serviram para dar aos portos do centro europeu um estatuto de engorda rápida. Continuarei a pensar diferente e recuso ser mordomo das ideias de quem tem défice de saber, mas que proporcionaram mudanças estruturais na criação das portas da Europa para o Mundo. Em Portugal tentei expressar numa comunicação, da qual deveria sair uma orientação legislativa, sobre quais os ganhos efectivos com as novas formas de energia para os camiões, sempre que tenham intervenção directa na cadeia complementar, nomeadamente quando imobilizados, no arranque e em tráfegos dedicados, e muito especialmente como forma de gerar poupança de pelo menos 30% em combustíveis fósseis. A mesma matéria, na Alemanha, foi usada em forma de orientação para um mestrando fazer uma dissertação de Mestrado sobre energias renováveis e não poluentes em veículos de mercadorias, que mereceu o reconhecimento e aplauso pela inovação e sustentabilidade, sendo reconhecido o seu sucesso quando usado nos países do Sul. Lá diz o ditado que santos ao pé da porta não fazem milagre e que não é dos nossos que devemos esperar reconhecimento. Quando em Portugal houver quem não se queira conformar e não aceite a inevitabilidade de termos de seguir os padrões impostos pelos mercados do Norte e Centro da Europa, que nada têm a ver com as nossas especificações, poderemos ambicionar ter outra atitude e importância nos tráfegos europeus e intercontinentais. O possível papel de PortugalCom a abertura dos mercados emergentes ao mundo, Portugal pode ter um papel determinante na construção da nova cadeia de transportes intercontinental. Temos condições para ambicionar atrair os tráfegos dos mercados emergentes, que vão gerar explosivas quantidades de mercadorias em trânsito, mas para isso precisamos de ter condições para penetrar na Europa sem entraves. Para além de podermos ditar regras nos países emergentes da primeira geração, a realidade diz que estamos a ficar apeados desse combate económico, temos que avançar e pensar mais à frente e perceber que na próxima década a Europa e o Mundo vai ter de aceitar como novos parceiros os mercados emergentes da segunda geração. Se pensarmos em Angola, Nigéria e África do Sul, países que vão emergir até 2020, pela nossa posição geoestratégica poderemos ser ainda mais decisivos se soubermos que se actuarmos com veículos ambientais, temos muito caminho para desbravar de modo a fazer dos nossos portos o parceiro preferencial de quem quer colocar cargas dentro da Europa. Em Portugal, há quem saiba o que quer para a cadeia de transportes e como é possível através de fórmulas simples fazer com que tenhamos uma palavra a dizer nos novos desafios. Se ousarmos abanar e afrontar a conversa sonolenta dos portos do Norte e Centro da Europa, poderemos ter uma palavra a dizer. Luís Abrunhosa Branco(Membro da Associação Mundial de Transportes)
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave emigrante
Da inveja portuguesa ao ódio a Angola: o editorial do Jornal de Angola na íntegra
Jogos perigososCamões, faminto de tudo, até de pão, na hora da partida desta vida, descontente, ainda foi capaz de um último grito de amor. Morreu sem nada, mas com a sua ditosa e amada pátria no coração. Ele que sofreu as agruras do exílio e foi emigrante nas sete partidas, escorraçado pelos que se enfeitavam com a glória de mandar e a vã cobiça, morreu no seu país. O mais universal dos poetas de língua portuguesa deixou-nos uma obra que é o orgulho de todos os que falam a doce e bem-amada língua de Camões. Mas também deixou, seguramente por querer, a marca das elites nacionais que o desprezaram e atiraram para ... (etc.)

Da inveja portuguesa ao ódio a Angola: o editorial do Jornal de Angola na íntegra
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.35
DATA: 2012-11-12 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20121112161646/http://www.publico.pt/1572137
TEXTO: Jogos perigososCamões, faminto de tudo, até de pão, na hora da partida desta vida, descontente, ainda foi capaz de um último grito de amor. Morreu sem nada, mas com a sua ditosa e amada pátria no coração. Ele que sofreu as agruras do exílio e foi emigrante nas sete partidas, escorraçado pelos que se enfeitavam com a glória de mandar e a vã cobiça, morreu no seu país. O mais universal dos poetas de língua portuguesa deixou-nos uma obra que é o orgulho de todos os que falam a doce e bem-amada língua de Camões. Mas também deixou, seguramente por querer, a marca das elites nacionais que o desprezaram e atiraram para a mais humilhante pobreza. O seu poema épico acaba com a palavra Inveja. Desde então, mais do que uma palavra, esse é o estado de espírito das elites portuguesas que não são capazes de compreender a grandeza do seu povo e muito menos a dimensão da sua História. Nós em Angola aprendemos, desde sempre, o que quer dizer a palavra que fecha o poema épico, com chave de chumbo sobre a masmorra que guarda ciosamente a baixeza humana. A inveja moveu os primeiros portugueses que chegaram à foz do Rio Zaire e encontraram gente feliz, em comunhão com a natureza. Seres humanos que apenas se moviam para honrar a sua dimensão humana e nunca atrás de riquezas e honrarias. A inveja fez mover os invasores estrangeiros nesta imensa terra angolana. Inveja foi o combustível que alimentou os beneficiários da guerra colonial. Inveja foi o estado de alma de Mário Soares quando entrou na reunião do Conselho da Revolução, que discutia o reconhecimento do novo país chamado Angola, na madrugada de 10 para 11 de Novembro de 1975. Roído de inveja e de cabeça perdida porque a CIA não conseguiu fazer com êxito o seu trabalho sujo contra Angola, disse aos conselheiros, Capitães de Abril: não vale a pena reconhecerem o regime de Agostinho Neto porque Holden Roberto e as suas tropas já entraram em Luanda. Uma mentira ditada pela inveja e a vã cobiça. A inveja alimentou em Portugal o ódio contra Angola todos estes anos de Independência Nacional. E já lá vão 37! Os invejosos e ingratos para com quem os quer ajudar estão gastos de tanto odiar. Que o diga a chanceler Angela Merkel, que ajudou a salvar Portugal da bancarrota, mas é todos os dias insultada. Recusam aceitar que foram derrotados depois de alimentarem décadas de rebelião em Angola, de braço dado com as forças do apartheid de uma África do Sul zelosa guardiã da humilhação de África. As elites políticas portuguesas odeiam Angola e são a inveja em figura de gente. Vivem rodeadas de matilhas que atacam cegamente os políticos angolanos democraticamente eleitos, com maiorias qualificadas. Esse banditismo político tem banca em jornais que são referência apenas por fazerem manchetes de notícias falsas ou simplesmente inventadas. E Mário Soares, Pinto Balsemão, Belmiro de Azevedo e outros amplificam o palavreado criminoso de um qualquer Rafael Marques, herdeiro do estilo de Savimbi.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra humanos pobreza emigrante
Portugal mais perto da África do Sul através da Dachser
A partir de agora é mais simples transportar mercadorias e efectuar serviços de logística para o Sul do continente africano. Graças a uma ‘joint-venture’ com a companhia de logística Jonen Freight Pty. Ltd, o Grupo Dachser acaba de iniciar operações de e para aquele território, privilegiando a via aérea e marítima. Nesta operação de alargamento da rede intercontinental, o grupo Dachser vai prestar serviços logísticos em Joanesburgo, Durban e na Cidade do Cabo, contando, para isso, com o apoio de uma equipa composta por 133 colaboradores. A Dachser detém uma participação maioritária na nova empresa, beneficiando d... (etc.)

Portugal mais perto da África do Sul através da Dachser
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-14 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20110314160615/http://www.publico.pt/carga_transportes/Noticia/1484033
TEXTO: A partir de agora é mais simples transportar mercadorias e efectuar serviços de logística para o Sul do continente africano. Graças a uma ‘joint-venture’ com a companhia de logística Jonen Freight Pty. Ltd, o Grupo Dachser acaba de iniciar operações de e para aquele território, privilegiando a via aérea e marítima. Nesta operação de alargamento da rede intercontinental, o grupo Dachser vai prestar serviços logísticos em Joanesburgo, Durban e na Cidade do Cabo, contando, para isso, com o apoio de uma equipa composta por 133 colaboradores. A Dachser detém uma participação maioritária na nova empresa, beneficiando de todo o ‘know-how’ da Jonen Freight Pty, que opera há mais de 30 anos na África do Sul. Com este novo investimento, o Grupo Dachser vê o raio de actuação no segmento aéreo-marítimo ainda mais alargado, prestando apoio ao nível das operações alfandegárias, do armazenamento e da distribuição. Para o director de logística aéreo-marítima da Dachser, Thomas Reuter, o acesso ao mercado sul-africano fica bem mais facilitado: “A África do Sul possui características geográficas que fazem do país um ‘hub’ para o transporte a nível intercontinental”. O grupo Dachser é um dos maiores grupos privados do mundo na área da logística e transporte de mercadorias, presente em Portugal através da Dachser Portugal. O administrador-delegado da Dachser Portugal, José Cardoso, destaca as vantagens para todas as entidades que, directa ou indirectamente, trabalham com o grupo: “Trata-se de um mercado com elevado potencial de crescimento para as multinacionais com as quais operamos e onde reside uma das maiores comunidades portuguesas de emigrantes”. O Grupo Dachser emprega mais de 17, 5 mil trabalhadores em 306 centros espalhados pelo mundo. Em 2009, a Dachser alcançou um volume de negócios de 3, 2 mil milhões de Euros. A Dachser Portugal opera nas áreas de transporte internacional terrestre, marítimo e aéreo, transporte doméstico, armazenagem, picking and packing, cadeia de abastecimento, controlo de qualidade e soluções de transporte e logística dedicadas.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Boicote do PNR a protesto anti-racista vigiado pela PSP
Vários grupos organizaram uma manifestação contra o racismo esta sexta-feira, às 18h, em sequência das agressões à jovem colombiana Nicol Quinayas. PSP diz que objectivo é evitar confrontos entre os dois grupos. (...)

Boicote do PNR a protesto anti-racista vigiado pela PSP
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 17 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-07-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vários grupos organizaram uma manifestação contra o racismo esta sexta-feira, às 18h, em sequência das agressões à jovem colombiana Nicol Quinayas. PSP diz que objectivo é evitar confrontos entre os dois grupos.
TEXTO: A PSP vai mobilizar um grupo de agentes fardados e à paisana para vigiar a contra-manifestação que o partido de extrema-direita PNR organizou como boicote ao protesto organizado por vários grupos anti-racistas no Largo de São Domingos, em Lisboa. "O grande desafio é que os dois grupos não entrem em confronto", disse ao PÚBLICO Hugo Palma, porta-voz da Direcção Nacional da PSP. Pelo histórico, o PNR é um partido seguido pela PSP quando sai à rua, referiu. "Não é nada de novo, já aconteceu noutras ocasiões. "O objectivo será "adoptar as medidas de segurança que garantam o livre direito de manifestação de ambas as partes", acrescentou Tiago Garcia, relações públicas do Comando de Lisboa. Não especificaram quantos agentes serão mobilizados para a operação. Mas Hugo Palma explicou que as forças de segurança estão preparadas "para o cenário" e para serem adaptados os efectivos de acordo com a necessidade e evolução da situação. Grupos como Consciência Negra, SOS Racismo, Djass — Associação de Afrodescendentes e Plataforma Gueto organizaram uma manifestação contra o racismo esta sexta-feira, às 18h, em sequência das agressões à jovem colombiana Nicol Quinayas na noite de São João por um segurança da empresa 2045, que fiscaliza os autocarros dos STCP — Sociedade de Transportes Colectivos do Porto. Este caso, segundo os organizadores, pôs a nu "manifestações de racismo que quotidianamente afectam os negros, negras e imigrantes residentes em Portugal". O objectivo é apelar à "punição dos crimes racistas". "Ficou patente aos olhos da sociedade portuguesa que os actos de racismo não são esporádicos, eles são reiterados e transversais à sociedade e têm em alguns agentes do Estado os seus autores. Não podemos deixar que estas situações fiquem impunes e caiam no esquecimento", escrevem no evento convocado na rede social Facebook. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Em resposta a este protesto, o PNR marcou um contra-evento ao qual chamou "protesto contra o racismo anti-nacional": "Basta! Basta de vitimização, de discriminação positiva para com as minorias étnicas, de perseguição aos agentes da polícia". E concluem: "Quem está mal, mude-se. Façam boa viagem!"Na página do evento, os grupos anti-racistas comentam a contra-manifestação: "Trata-se de um método habitual da extrema-direita portuguesa. Desta forma, recorrendo a métodos fascistas pretendem silenciar a voz de negros e imigrantes contra o racismo e a xenofobia, negando o seu direito a expressar-se social e politicamente. (. . . ) Se dúvidas houvesse, esta manifestação demonstra a justiça da nossa palavra de ordem. "Este não é o primeiro protesto em solidariedade com Nicol Quinayas: na semana passada, um grupo de 50 pessoas reuniu-se m frente à STCP, no Porto, pedindo justiça. A jovem ainda não foi contactada por nenhuma das autoridades ou empresas, confirmou esta sexta-feira ao PÚBLICO.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
“Fascistas não passarão. Racistas não passarão”, gritou-se em Lisboa
Nenhum dirigente partidário com assento parlamentar esteve no protesto marcado por grupos anti-racistas. Cerca de dez elementos do PNR queriam boicotar manifestação mas ficaram sem plateia. (...)

“Fascistas não passarão. Racistas não passarão”, gritou-se em Lisboa
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 17 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-07-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nenhum dirigente partidário com assento parlamentar esteve no protesto marcado por grupos anti-racistas. Cerca de dez elementos do PNR queriam boicotar manifestação mas ficaram sem plateia.
TEXTO: Tentaram mobilizar militantes e simpatizantes, mas apenas uma dezena respondeu. E quando chegaram ao Largo de São Domingos, em Lisboa, com as bandeiras do partido de extrema-direita PNR e uma faixa a dizer “reconquistar o que é nosso”, as dezenas de manifestantes que já lá estavam viraram-se e, em grito uníssono, com os punhos erguidos, gritaram: “Fascistas não passarão, racistas não passarão. " No megafone, os do PNR tentavam provocar, mas foram abafados. “Somos todos iguais, somos todos iguais”, gritava indignada uma mulher com um bebé ao colo, que ia por acaso a passar mas decidiu aliar-se ao protesto anti-racista convocado por várias associações. A separar os dois grupos estava um cordão policial, com agentes do corpo de intervenção rápida. Mas nem dez minutos durou o confronto verbal. Os organizadores chamaram os manifestantes anti-racistas para junto deles: “Chega de impunidade. É preciso ser anti-racista. E isso significa virar as costas a estes indivíduos. Não lhes dêem tempo de antena”, apelou a historiadora Joacine Katar Moreira. Os representantes do PNR ficaram sem plateia, à excepção de um ou outro transeunte que se indignava com as palavras de ódio. O partido nacionalista tinha convocado um boicote ao protesto organizado por vários grupos anti-racistas para esta sexta-feira e a PSP estava atenta para evitar confrontos, mobilizando agentes fardados (eram pelo menos 20) e à paisana. Pelo histórico, o PNR é um partido seguido pela PSP quando sai à rua, referiu o porta-voz da Direcção Nacional da PSP, Hugo Palma. Grupos como Consciência Negra, SOS Racismo, Djass — Associação de Afrodescendentes, Radio Afrolis e Plataforma Gueto organizaram uma manifestação contra o racismo na sequência das agressões à jovem colombiana Nicol Quinayas, na noite de São João, por um segurança da empresa 2045, que fiscaliza os autocarros dos STCP — Sociedade de Transportes Colectivos do Porto. Este caso, segundo os organizadores, pôs a nu "manifestações de racismo que quotidianamente afectam os negros, negras e imigrantes residentes em Portugal". No largo, de microfone em punho, activistas como José Pereira, da Consciência Negra, referiram a importância de apelar à punição de crimes racistas e de chamar a atenção para o racismo que, quotidianamente, atinge as pessoas negras. Entre os protestos, Beatriz Dias, da Djass, explicava que tinha aderido porque em Portugal “o discurso que nega o racismo permite que situações como a que aconteceu no Porto sejam naturalizadas”. “Não podemos permitir que isso aconteça”. Mamadou Ba, do SOS Racismo, acrescentou que quis “marcar a posição de repúdio ao aumento do racismo no espaço público” e chamar a atenção para a necessidade “de se alterar a lei de modo a que as empresas de segurança sejam punidas de forma eficaz”. Entre os manifestantes lia-se num cartaz: “Portugal é de todas as cores. "Também de passagem no local, o músico guineense Bubacar Djamanca comentava que “há uma grande desigualdade”: “A maioria dos imigrantes são marginalizados”, dizia, depois do discurso anti-imigração do PNR. Nenhum dirigente partidário com assento parlamentar marcou presença oficial. A deputada do PCP Rita Rato, porém, esteve lá. Há duas semanas, todos os partidos condenaram o sucedido com Nicol Quinayas e pediram explicações ao Governo sobre o papel da PSP no episódio. Este não é o primeiro protesto em solidariedade com Nicol Quinayas: na semana passada, um grupo de 50 pessoas reuniu-se em frente à STCP, no Porto, pedindo justiça. Quase três semanas depois da agressão de que foi alvo na madrugada da noite de São João, no Porto, a jovem colombiana de 21 anos Nicol Quinayas ainda não foi contactada pela PSP ou por qualquer entidade ligada ao caso. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Num vídeo que circulou nas redes sociais vê-se Nicol a ser agredida por um segurança da empresa 2045 na zona do Bolhão, no Porto. A jovem acusou-o de insultos racistas, e criticou a PSP, que se dirigiu ao local, por não ter recolhido o seu testemunho mas apenas o do segurança. De facto, a PSP confirmou ao PÚBLICO que o auto relativo aos factos só foi elaborado a 27 de Junho, três dias depois do sucedido e já quando a jovem tinha formalizado queixa numa esquadra (um “hiato” que não é comum). A Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um processo administrativo — que não é uma investigação no sentido formal mas apenas um procedimento para averiguar se há matéria para investigar — e a PSP está a fazer uma averiguação interna para perceber se houve falhas na actuação dos agentes que se deslocaram ao local e qual a razão de o auto ser elaborado tanto tempo depois. O Ministério Público está a investigar. Contactado, o Ministério da Administração Interna afirma que “aguarda os resultados dos inquéritos em curso”. Correcção da palavra inimigos, substituída por indivíduos, na citação da historiadora Joacine Katar Moreira
REFERÊNCIAS:
Polémica com cartazes racistas não abala UKIP
Partido continua a subir nas intenções de voto para as europeias. (...)

Polémica com cartazes racistas não abala UKIP
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 14 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-04 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140504170211/http://www.publico.pt/1634497
SUMÁRIO: Partido continua a subir nas intenções de voto para as europeias.
TEXTO: Um dedo que interpela quem passa e a sugestão da miséria que resulta das decisões urdidas pelos burocratas europeus. Os cartazes do UKIP postos na rua na semana passada não demoraram a tornar-se num dos casos do que promete ser uma das campanhas europeias mais acesas de que há registo. Conservadores, trabalhistas, activistas e internautas denunciaram o racismo latente da mensagem - já não contra os imigrantes negros ou asiáticos, mas contra as centenas de milhares de imigrantes vindos dos países mais pobres da UE. “26 milhões de pessoas na UE estão desempregadas. E atrás de que emprego andam eles?”, pergunta um dos cartazes, com um dedo em riste. Uma imagem que recorda a velha propaganda nacionalista de quem Farage, como quase todos os seus congéneres europeus, tenta afastar-se. Mais comedido, o outro cartaz mostra um operário, de botas e capacete, a pedir esmola na rua: “A política da UE em acção - os trabalhadores britânicos são os mais afectados pela ilimitada mão de obra”. A mensagem, recordou o jornal Independent, é quase igual à de um antigo cartaz do Partido Nacional Britânico (BNP, extrema-direita) em que se exigia “Empregos britânicos para os britânicos”. “O UKIP defende tudo aquilo que é pior no ser humano: o preconceito, o egoísmo e o medo”, disse ao jornal John Gummer, ex-ministro conservador e membro da cada vez mais reduzida ala pró-europeia dos tories. Para Nick Clegg, vice-primeiro-ministro e líder dos liberais-democratas, os cartazes “são o tipo de campanha desqualificada que seria de esperar do UKIP”. Mas outros decidiram levar mais a sério a ofensa e, segunda-feira, o Guardian noticiou que dirigentes dos três principais partidos estavam a ultimar uma campanha para denunciar o UKIP como um partido racista. “Não é menos ofensivo dizer que as famílias britânicas deviam recear que romenos se mudem para a casa do lado do que falar em nigerianos ou indianos”, disse ao jornal a ex-ministra trabalhista Barbara Roche. Nigel Farage respondeu que os cartazes “refletem a vida difícil de milhões de britânicos que tentam ganhar a vida fora da bolha de Westminster” e assegurou que não estava “nem ligeiramente” preocupado com a polémica. As sondagens parecem dar-lhe razão: depois de no início da semana um inquérito ter colocado o UKIP em primeiro lugar nas intenções de voto nas europeias, um estudo divulgado quinta-feira, já depois de um punhado de novas afirmações xenófobas de alguns dos seus candidatos, atribuiu ao partido 38% dos votos, a 11 pontos do Labour e a 20 dos tories. A mesma sondagem revela que um terço dos eleitores acham que o UKIP é um partido racista, mas 33% considera-o mais honesto do que as outras formações.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
17 países europeus declaram apoio a ministra italiana alvo de racismo
Cécile Kyenge tem sido alvo de frequentes insultos desde que foi nomeada ministra para a Integração do Governo de Enrico Letta. (...)

17 países europeus declaram apoio a ministra italiana alvo de racismo
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 14 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cécile Kyenge tem sido alvo de frequentes insultos desde que foi nomeada ministra para a Integração do Governo de Enrico Letta.
TEXTO: “Stop ao racismo, é preciso reafirmar os valores europeus”: num gesto inédito, 17 países europeus, incluindo Portugal, deram o seu apoio à ministra italiana Cécile Kyenge, alvo frequente de insultos racistas, numa “Declaração de Roma” assinada nesta segunda-feira. Era preciso fazer “qualquer coisa rapidamente para dizer ‘basta, isto é inaceitável’, explicou à AFP a vice-primeira-ministra belga Joëlle Milquet, que foi a promotora da iniciativa. Depois de ter sido nomeada ministra da Integração do Governo de Enrico Letta, Cécile Kyenge (que é originária da República Democrática do Congo) já foi chamada de orangotango por um ministro da Liga Norte, partido xenófobo que é contra a imigração, foram-lhe atiradas bananas durante um comício, e é alvo frequente de todo o tipo de insultos racistas nas redes sociais. “Estou completamente chocada, enquanto mulher e democrata, de ver que em 2013 ainda se pode insultar uma ministra legitimamente eleita”, disse Milquet , que acumula a vice-presidência do seu país com a pasta do Interior. Para a responsável belga “era urgente reafirmar os valores da Europa” antes das eleições europeias de Maio de 2014. Aos jornalistas, Cécile Kyenge disse apreciar o gesto dos seus colegas europeus, mesmo que “o problema não diga respeito apenas a mim”, mas também “às instituições”. Segundo a ministra italiana, o seu caso fez “ressurgir questões que pareciam enterradas mas que estão agora a ressurgir. ”“A Europa é feita de pessoas com cores de pele diferentes, com religiões diferentes, é feita de gente que nasceu no estrangeiro mas que escolheu este continente”, disse Kyenge. O ministro grego do Interior, Ioannis Michelakis, que viajou até Roma “para apoiar a ministra”, sublinhou o empenho do seu país contra o racismo, a xenofobia e as descriminações”. Atenas, recordou o ministro, está actualmente a travar uma luta para “ destruir o partido neonazi Aurora Dourada, por detrás do qual se esconde uma organização criminosa do tipo paramilitar”. “A Grécia não é um país racista”, sublinhou Michelakis, apelando à Europa para intervir rapidamente face a este “mal-estar social criado pela crise e pelo aumento em flecha do desemprego”. A ministra Milquet relembrou que “em todos os países europeus, os partidos de extrema-direita têm vindo a crescer, sejam eles assumidos ou escondendo-se quando defendem a ‘preferência nacional’ ou quando estigmatizam as pessoas de origem estrangeira ou a sua confissão religiosa”. A Declaração de Roma sublinha que os políticos têm “uma responsabilidade particular” em dar o exemplo na luta contra o racismo e a xenofobia, e pede-lhes que “mostrem determinação nessa luta, tanto nas palavras como nos gestos”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração mulher racismo social desemprego racista xenofobia