Governo vai reduzir turmas de português no estrangeiro e solução passa pela Internet
O Governo vai reduzir o número de turmas com ensino de português no estrangeiro, o que aumentará o desemprego docente, alertou hoje a Federação Nacional de Educação (FNE), para quem a solução poderá passar pelo ensino à distância. (...)

Governo vai reduzir turmas de português no estrangeiro e solução passa pela Internet
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-11-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo vai reduzir o número de turmas com ensino de português no estrangeiro, o que aumentará o desemprego docente, alertou hoje a Federação Nacional de Educação (FNE), para quem a solução poderá passar pelo ensino à distância.
TEXTO: À saída de uma reunião com o Instituto Camões (IC), que gere a Rede de Docência de Língua e Cultura Portuguesas no estrangeiro, o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, disse ter recebido a informação de que "os cortes orçamentais também vão ter efeitos nesta área". Haverá "uma redução do número de grupos que vão ter, no próximo ano, o apoio no ensino de Português no estrangeiro, por isso vai haver redução do número de professores", concluiu. João Dias da Silva afirmou que não está ainda definida a dimensão dos cortes, mas estimou que, se a redução ocorrer apenas a partir de Setembro de 2012 será muito significativa, mas se se antecipar deverá ser menor", pelo que é necessário encontrar uma solução em breve. Esclareceu que alguns dos professores actualmente integrados na rede de ensino do português no estrangeiro fazem parte dos quadros de escolas em Portugal, por isso podem regressar para as suas escolas. No entanto, "há muitos mais que não têm escola e para quem o destino é pura e simplesmente o desemprego", lamentou. A FNE comprometeu-se com o IC a contribuir para encontrar soluções que limitem os efeitos negativos desta redução, "quer do lado dos professores, quer do lado dos alunos". "O que é negativo é que, por efeitos de redução orçamental, haja menor capacidade para fazermos uma oferta importante de ensino do Português no estrangeiro, principalmente para os nossos emigrantes", disse Dias da Silva. Questionado sobre o que acontecerá aos alunos cujas turmas sejam extintas, Dias da Silva afirmou que uns poderão ser redistribuídos por outros grupos, enquanto outros poderão passar a ter aulas por Internet. "Ainda há um espaço de trabalho para a identificação dos critérios com que se fará a reformulação dos grupos/turma para a constituição da futura rede de ensino do Português no estrangeiro", disse. No final da reunião de hoje, apenas a FNE prestou declarações. A Lusa tentou depois obter declarações da presidente do IC, Ana Paula Laborinho, o que ainda não foi possível. O Instituto Camões gere uma Rede de Docência de Língua e Cultura Portuguesas no estrangeiro a nível pré-escolar, básico, secundário e superior em 69 países. Com 549 professores no Ensino Superior e 1. 142 nos restantes níveis de ensino, a rede abrange 155 mil alunos. Os cortes previstos no ensino de Português no estrangeiro já motivaram críticas do Sindicato dos Professores no Estrangeiro (SPE) e do Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas (SPCL).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola cultura desemprego
Cavaco: “Portugal, como os EUA, é uma terra de oportunidades”
O presidente da República, que termina nesta segunda-feira a visita de uma semana aos Estados Unidos, chegou ontem à Califórnia, onde reside a maior comunidade luso-americana – as estimativas mais generosas apontam para um milhão de pessoas de origem portuguesa a viver naquele estado norte-americano. (...)

Cavaco: “Portugal, como os EUA, é uma terra de oportunidades”
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-11-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O presidente da República, que termina nesta segunda-feira a visita de uma semana aos Estados Unidos, chegou ontem à Califórnia, onde reside a maior comunidade luso-americana – as estimativas mais generosas apontam para um milhão de pessoas de origem portuguesa a viver naquele estado norte-americano.
TEXTO: “Somos a maior comunidade portuguesa das Américas, à excepção do Brasil”, diz Deolinda Adão, directora do programa de estudos portugueses na Universidade de Berkeley. “Os portugueses não são uma minoria na Califórnia. ”Apesar disso, a última vez que um presidente português visitara a costa oeste dos EUA tinha sido Mário Soares, em 1989. “Costumamos dizer que somos esquecidos pelas autoridades portuguesas”, diz Manuel Eduardo Vieira, 66 anos, radicado nos Estados Unidos desde 1972, proprietário e presidente da AV Thomas Produce, o maior produtor mundial de batata doce. “É muito fácil vir de Lisboa até à costa leste. É só atravessar o Atlântico e lá estão”, diz, numa referência aos dois outros enclaves de origem portuguesa, em New Jersey e Massachusetts. “Atravessar a América é atravessar um continente. ” No domingo, Manuel Eduardo Vieira foi condecorado por Cavaco Silva num jantar com cerca de 800 convidados em honra da comunidade portuguesa na Califórnia. No seu discurso, o presidente da República afirmou que estava ali para “reparar um esquecimento”. Tal como já fizera em encontros anteriores com a diáspora portuguesa durante esta visita, Cavaco invocou a crise em Portugal garantindo que o país vai ultrapassar as dificuldades actuais. Afirmou que Portugal está a apostar nas exportações e a tentar atrair investimento internacional. “Como os Estados Unidos, também Portugal é uma terra de oportunidades, para quem as saiba aproveitar no momento certo”, disse. “Esse momento é hoje, é agora. ” E notou que “àqueles que desejam investir deve ser dada a possibilidade de o fazerem sem entraves burocráticos ou constrangimentos administrativos”. “Portugal tem um grande potencial, mas é muito burocrático”, disse Manuel Eduardo Vieira ao PÚBLICO. “Não há uma mentalidade de facilitar mas de complicar”, afirmou, baseando-se na sua própria experiência de investimento em Portugal – em Maio de 2010, inaugurou um hipermercado nas Lajes do Pico, nos Açores. Vieira também notou que a crise tem um efeito psicológico: “Há emigrantes com boas economias que podiam investir em Portugal, mas fala-se tanto da troika e da crise que têm receio de o fazer. Nesse sentido, a vinda do presidente cá pode ser benéfica. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA TROIKA
Portugueses em Andorra indignados com encerramento da embaixada
O conselheiro da comunidade portuguesa em Andorra, José Manuel Silva, reagiu hoje com indignação à confirmação do encerramento da embaixada no principado e afirmou que a comunidade vai continuar a lutar por algo que “custou muitos anos a conseguir”. (...)

Portugueses em Andorra indignados com encerramento da embaixada
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.9
DATA: 2011-11-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O conselheiro da comunidade portuguesa em Andorra, José Manuel Silva, reagiu hoje com indignação à confirmação do encerramento da embaixada no principado e afirmou que a comunidade vai continuar a lutar por algo que “custou muitos anos a conseguir”.
TEXTO: O conselheiro falava após o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, ter anunciado hoje no Parlamento o encerramento de sete embaixadas, incluindo a de Andorra. “No sábado, vamos ter uma segunda concentração e vamos lutar para que se possa dar a volta a esta situação”, disse à Lusa José Manuel Silva, recordando que há 13. 000 portugueses em Andorra. “Também enviamos o nosso dinheiro para Portugal, também somos emigrantes, também somos portugueses”, afirmou. Além do protesto agendado para sábado à tarde, o segundo desde que, em meados de Outubro, o embaixador de Portugal no Principado, Mário Damas Nunes, admitiu que a missão diplomática fecharia portas até final do ano, José Manuel Silva pretende viajar até Lisboa para se reunir com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, a quem já pediu uma audiência. Hoje às 15h00 o conselheiro reúne-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Andorra e às 17h00 com o chefe de Estado do Principado, a que irá pedir ajuda para resolver a situação. “Vamos lutar por aquilo que é nosso, por aquilo que nos custou tantos anos a conseguir. Justamente ontem [terça-feira] fez 11 anos que foi inaugurado o consulado de Andorra”, recordou. A 18 de Outubro, cerca de duas centenas de portugueses concentraram-se pela primeira vez junto à embaixada de Portugal para contestar o seu eventual encerramento, uma participação que não satisfez a Plataforma contra o Encerramento da Embaixada, que no sábado pretende atrair mais gente ao protesto. Segundo José Manuel Silva, na concentração de sábado está já confirmada a participação de todos os candidatos às próximas eleições no principado. Paulo Portas anunciou hoje que Portugal vai encerrar sete embaixadas, quatro vice-consulados e um escritório consular, estando prevista a abertura “muito proximamente” de uma representação diplomática no Qatar. Esta reforma vai permitir poupar 12 milhões de euros em 2012, afirmou. As embaixadas portuguesas que vão ser desactivadas são Bósnia-Herzegovina, Estónia, Letónia, Lituânia, Malta, Quénia e Andorra, cujos serviços passam a ser assegurados pela embaixada de Madrid e pelo Consulado de Barcelona, disse Portas na apresentação do Orçamento do Estado 2012 para o ministério que tutela. Em Andorra vivem cerca de 13 mil portugueses, o que representa quase 16 por cento da população do Principado.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração ajuda
Ensino do português em risco em França e na Bélgica, apontam diplomatas
A anunciada redução de professores de português no estrangeiro está a pôr em causa o ensino da língua em França e na Bélgica, acusam os diplomatas. (...)

Ensino do português em risco em França e na Bélgica, apontam diplomatas
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-11-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: A anunciada redução de professores de português no estrangeiro está a pôr em causa o ensino da língua em França e na Bélgica, acusam os diplomatas.
TEXTO: O conselheiro das Comunidades Portuguesas na Bélgica, Pedro Rupio diz que o ensino do português no estrangeiro “pode estar muito perto do fim”, com a anunciada redução de 50 postos de professores, pelo Governo. “Estamos a viver um momento histórico na nossa comunidade, como em todas as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo”, escreveu Pedro Rupio, num comunicado. Depois de vários problemas com o arranque do ano lectivo, nomeadamente na Bélgica, este mês chegou “a bomba”, com os sindicatos a serem informados da supressão de “50 postos de professores até ao fim deste ano, o que põe em causa 5000 alunos em todo o mundo a meio do ano lectivo”, continua o conselheiro. Rupio apelou à mobilização de “cada um dos cinco milhões de portugueses da diáspora de forma bem clara porque se ficarmos de braços cruzados, os nossos filhos perderão o acesso à aprendizagem da língua e cultura portuguesas de forma irreversível”. A primeira iniciativa a lançar entre os emigrantes portugueses na Bélgica será um abaixo-assinado, para o qual o conselheiro disse contar “com uma adesão em peso de toda a comunidade neste movimento de protesto”. Também o embaixador de França em Portugal mostrou preocupação com os cortes anunciados no ensino de português no estrangeiro e diz que o futuro está no plurilinguismo e na normalização do estatuto dos professores. À margem de um jantar com luso-descendentes, na quarta-feira, em Lisboa, Pascal Teixeira da Silva reconheceu que os anunciados cortes no ensino de português no estrangeiro o preocupam. No mesmo dia, em audição parlamentar, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, reiterou que as substituições de professores não serão renovadas por falta de dinheiro e defendeu a reforma do sistema de ensino do português no estrangeiro. Recordando que existe “um grupo de trabalho misto, franco-português” a analisar as questões educativas e de língua – que já se reuniu duas vezes, mas, “com a mudança de Governo, os trabalhos pararam” –, o diplomata adiantou que num encontro recente com o ministro da Educação, Nuno Crato, este concordou com a necessidade de retomar os trabalhos deste grupo, para “melhorar as condições de ensino e aprendizagem do francês em Portugal e do português em França”. Pascal Teixeira da Silva sublinhou que “o português está a mudar a sua imagem”, deixando de ser “apenas a língua de uma comunidade” para passar a ser uma “língua da globalização”. “Durante décadas, o ensino de português esteve ligado ao ensino virado para uma comunidade, para as crianças das comunidades imigrantes”, recordou. Mas “agora as coisas estão a mudar”, há uma outra procura e o futuro do português passa cada vez mais por um “estatuto de língua da globalização e não só de língua de uma comunidade”, sustentou.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura educação comunidade
Governo vai acabar com vários cursos de ensino de Português nas comunidades
Reestruturação total. É esse o objectivo do Governo no que respeita à rede de ensino de Português de nível não superior no estrangeiro, segundo confirmou ao PÚBLICO o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Miguel Guedes. O MNE tutela este programa desde 2010. (...)

Governo vai acabar com vários cursos de ensino de Português nas comunidades
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-11-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Reestruturação total. É esse o objectivo do Governo no que respeita à rede de ensino de Português de nível não superior no estrangeiro, segundo confirmou ao PÚBLICO o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Miguel Guedes. O MNE tutela este programa desde 2010.
TEXTO: Questionado sobre os cortes previstos para este projecto, no âmbito das medidas de contenção orçamental, Miguel Guedes esclareceu que "a rede de cursos deverá ser completamente reestruturada, passando a apoiar-se de forma mais clara as experiências de ensino integrado e as instituições que estejam a desenvolver projectos pedagógicos inovadores e que sirvam comunidades com dimensão significativa". Segundo o porta-voz do MNE, no âmbito desta reestruturação "poderão vir a ser, assim, eliminados horários em locais em que se verifique menor envolvimento das comunidades na vida escolar". O principal visado pelas medidas de contenção orçamental será o chamado "ensino paralelo", ou seja, aquele que é ministrado a luso-descendentes fora dos horários escolares. "Acabar com estes cursos significará, na prática, a destruição do ensino de Português no estrangeiro", afirma Carlos Pato, secretário-geral do sindicato de professores que leccionam fora do país. O PÚBLICO não conseguiu dados que permitam quantificar o total de envolvidos. Um artigo disponível no site do Instituto Camões, que gere este programa, dá conta que o ensino paralelo "é o modelo dominante na maior parte dos 12 países integrados na rede oficial". Chama-se rede oficial aos cursos que são ministrados por docentes contratados e pagos pelo Estado português. É o que acontece na Europa e na África Austral. Divide-se entre o "ensino paralelo" e o "ensino integrado", assim designado quando as aulas são ministradas nos horários escolares. Nos Estados Unidos e no Canadá as aulas de Português a luso-descendentes estão a cargo de uma rede privada, assegurada maioritariamente por associações locais de imigrantes. A reestruturação que está a ser pensada visa também, segundo o porta-voz do MNE, "a eliminação progressiva da diferença de tratamento entre as comunidades de alguns países da Europa e as de fora da Europa". Carlos Pereira, director do Luso Jornal, o único semanário franco-português editado em França, faz a síntese: "Querem entregar o ensino de Português na Europa às associações [de emigrantes] e às escolas privadas. " Segundo Miguel Guedes, pretende-se "desenvolver o maior número possível de parcerias com associações e escolas privadas disponíveis para desenvolver experiências educativas com recurso a meios docentes locais". Escolas destas em França, acrescenta Carlos Pereira, só existem três com o mínimo de qualidade, duas estão na região de Paris, o que significa que muitos alunos ficarão excluídos. Menos alunosEm 2010, o último ano com dados conhecidos, a rede oficial abrangia mais de 50 mil alunos na Europa. Segundo Carlos Pato, por via da eliminação de horários, serão agora muito menos. Afirma que, nos últimos dois anos, já foram eliminados 200 horários. Um horário corresponde a um professor e este tem em média 130 alunos, precisa, ou seja, afirma, foram já afectados cerca de 26 mil alunos. O MNE confirma que, nesta altura, existem "várias centenas" que estão sem aulas de Português. O deputado socialista eleito pelo círculo da Europa Paulo Pisco fala em cerca de dois mil. Em França, segundo Carlos Pereira, há 480 alunos que se inscreveram e não têm professor. Esta situação já foi tema de capa do Luso Jornal.
REFERÊNCIAS:
Movimento dos Indignados faz manifestação no dia da greve geral
O movimento Plataforma 15 de Outubro, também conhecido como dos Indignados, marcou uma manifestação para dia 24 de Novembro, coincidente com o dia da greve geral nacional. (...)

Movimento dos Indignados faz manifestação no dia da greve geral
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.42
DATA: 2011-11-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: O movimento Plataforma 15 de Outubro, também conhecido como dos Indignados, marcou uma manifestação para dia 24 de Novembro, coincidente com o dia da greve geral nacional.
TEXTO: Em comunicado, a plataforma considera que "a democracia está moribunda e deixou de servir os cidadãos, os seus representantes fingem não ouvir as vozes na rua e procuram silenciar quem exerce o seu direito básico de protesto". Daí que "fazer parar a produção no próximo dia 24 de Novembro é uma forma de combater os ‘senhores’ que lucram com a miséria e impõem uma austeridade que ‘os’ faz enriquecer, cada vez mais", defende o movimento. “Fazer greve não é ficar em casa - é sair à rua e, enquanto pára o país, fazer ouvir a voz do descontentamento!”, apela, em comunicado. "As medidas de brutalidade deste Governo prometem destruir centenas de milhares de postos de trabalho e destruir os direitos daqueles que ainda trabalham", acusa a plataforma. Por isso, na manifestação será reivindicado o "direito ao trabalho com direitos", a manutenção do 13º e 14º salários, a "execução de uma auditoria cidadã" à dívida e a suspensão do seu pagamento. O movimento apela mesmo a uma "verdadeira greve social", pedindo que "trabalhadores desempregados caminhem ao lado de trabalhadoras efectivas, onde reformadas caminhem ao lado de trabalhadores precários, onde imigrantes caminhem ao lado de estudantes", numa imagem de união. A concentração está marcada para as 14h30, no Marquês de Pombal, em Lisboa, e percorrerá a Avenida da Liberdade até ao Rossio, local onde está prevista uma concentração convocada pela CGTP.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos concentração social
Mário Soares apela à mobilização dos cidadãos de esquerda
Mário Soares, Pedro Adão e Silva, Joana Amaral Dias, Medeiros Ferreira, Vasco Vieira de Almeida, entre outras personalidades, tornam hoje público um manifesto em que apelam “à mobilização dos cidadãos de esquerda que se revêem na justiça social e no aprofundamento democrático como forma de combater a crise”. (...)

Mário Soares apela à mobilização dos cidadãos de esquerda
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-11-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mário Soares, Pedro Adão e Silva, Joana Amaral Dias, Medeiros Ferreira, Vasco Vieira de Almeida, entre outras personalidades, tornam hoje público um manifesto em que apelam “à mobilização dos cidadãos de esquerda que se revêem na justiça social e no aprofundamento democrático como forma de combater a crise”.
TEXTO: Em véspera da greve geral, o documento defende que "não podemos saudar democraticamente a chamada 'rua árabe' e temer as nossas próprias ruas e praças. "“Não podemos assistir impávidos à escalada da anarquia financeira internacional e ao desmantelamento dos estados que colocam em causa a sobrevivência da União Europeia”, afirmam os nove signatários do documento, entre os quais Isabel Moreira, filha de Adriano Moreira, Pedro Delgado Alves, líder da JS, ou Vasco Vieira de Almeida. Denominado "Um Novo Rumo", o manifesto faz referência aos “obscuros jogos do capital podem fazer desaparecer a própria democracia, como reconheceu a Igreja” e alerta para “a multidão de aflitos e de indignados que existe entre nós que espera por uma alternativa inovadora que só a esquerda democrática pode oferecer”. O documento denuncia ainda que “há muita gente aflita entre nós: os desempregados desamparados, a velhice digna ameaçada, os trabalhadores cada vez mais precários, a juventude sem perspectivas e empurrada para emigrar” e insurge-se contra a “imposição da política de privatizações a efectuar num calendário adverso”. Ao mesmo tempo, adverte que algumas das empresas públicas a privatizar “têm uma importância estratégica fundamental para a soberania”. Os nove subscritores do manifesto dão nota do “recuo civilizacional na prestação de serviços públicos essenciais, em particular na saúde, educação protecção social e dignidade no trabalho”, considerando-o “inaceitável”. E opõem-se “a políticas de austeridade que acrescentem desemprego e recessão, sufocando a recuperação da economia”. E é nesse sentido que apelam “à participação política e cívica dos cidadãos que se revêem nestes ideias e à sua mobilização na construção de um novo paradigma”. A Europa está também no centro das suas preocupações. Os autores do manifesto, que será tornado público precisamente no mesmo dia em que Portugal cumpre pelo segundo ano consecutivo um dia de greve geral, advogam relativamente à Europa a necessidade de se “encontrar um novo paradigma para a União Europeia”. E perante um “momento tão grave como este”, consideram “decisivo promover a reconciliação dos cidadãos com a política (. . . )”. Segundo o texto, “(. . . ) a destruição e o caos que os mercados financeiros mundiais têm produzido nos últimos tempo são inquietantes para a liberdade e para a democracia. O recente recurso a governos tecnocratas na Grécia e na Itália exemplifica os perigos que alguns regimes democráticos podem correr na actual emergência”. Para além de Mário Soares, que é o primeiro subscritor, assinam este manifesto Isabel Moreira, Joana Amaral Dias, José Medeiros Ferreira, Mário Ruivo, Pedro Adão e Silva, Pedro Delgado Alves, Vasco Vieira de Almeida e Victor Ramalho. Notícia substituída às 7h47: Novo texto que já inclui citações do conteúdo do manifesto.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha educação social desemprego
O manifesto na íntegra: "Um novo rumo"
Este é o momento de mobilizar os cidadãos de esquerda que se revêem na justiça social e no aprofundamento democrático como forma de combater a crise. (...)

O manifesto na íntegra: "Um novo rumo"
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.078
DATA: 2011-11-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Este é o momento de mobilizar os cidadãos de esquerda que se revêem na justiça social e no aprofundamento democrático como forma de combater a crise.
TEXTO: Não podemos assistir impávidos à escalada da anarquia financeira internacional e ao desmantelamento dos estados que colocam em causa a sobrevivência da União Europeia. A UE acordou tarde para a resolução da crise monetária, financeira e política em que está mergulhada. Porém, sem a resolução política dos problemas europeus, dificilmente Portugal e os outros Estados retomarão o caminho de progresso e coesão social. É preciso encontrar um novo paradigma para a UE. As correntes trabalhistas, socialistas e sociais-democratas adeptas da 3ª via, bem como a democracia cristã, foram colonizadas na viragem do século pelo situacionismo neo-liberal. Num momento tão grave como este, é decisivo promover a reconciliação dos cidadãos com a política, clarificar o papel dos poderes públicos e do Estado que deverá estar ao serviço exclusivo do interesse geral. Os obscuros jogos do capital podem fazer desaparecer a própria democracia, como reconheceu a Igreja. Com efeito, a destruição e o caos que os mercados financeiros mundiais têm produzido nos últimos tempos são inquietantes para a liberdade e a democracia. O recente recurso a governos tecnocratas na Grécia e na Itália exemplifica os perigos que alguns regimes democráticos podem correr na actual emergência. Ora a UE só se pode fazer e refazer assente na legitimidade e na força da soberania popular e do regular funcionamento das instituições democráticas. Não podemos saudar democraticamente a chamada “rua árabe” e temer as nossas próprias ruas e praças. Até porque há muita gente aflita entre nós: os desempregados desamparados, a velhice digna ameaçada, os trabalhadores cada vez mais precários, a juventude sem perspectivas e empurrada para emigrar. Toda essa multidão de aflitos e de indignados espera uma alternativa inovadora que só a esquerda democrática pode oferecer. Em termos mais concretos, temos de denunciar a imposição da política de privatizações a efectuar num calendário adverso e que não percebe que certas empresas públicas têm uma importância estratégica fundamental para a soberania. Da mesma maneira, o recuo civilizacional na prestação de serviços públicos essenciais, em particular na saúde, educação, protecção social e dignidade no trabalho é inaceitável. Pugnamos ainda pela defesa do ambiente que tanto tem sido descurado. Os signatários opõem-se a políticas de austeridade que acrescentem desemprego e recessão, sufocando a recuperação da economia. Nesse sentido, apelamos à participação política e cívica dos cidadãos que se revêem nestes ideais, e à sua mobilização na construção de um novo paradigma. Mário SoaresIsabel MoreiraJoana Amaral DiasJosé Medeiros FerreiraMário RuivoPedro Adão e SilvaPedro Delgado AlvesVasco Vieira de AlmeidaVitor RamalhoLisboa, 23 de Novembro de 2011
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Professores de Português estão a ser avisados por telefone que serão despedidos em Janeiro
Cerca de 65 cursos da rede de ensino de Português no estrangeiro serão suprimidos em Janeiro. (...)

Professores de Português estão a ser avisados por telefone que serão despedidos em Janeiro
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-11-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de 65 cursos da rede de ensino de Português no estrangeiro serão suprimidos em Janeiro.
TEXTO: Cerca de meia centena de professores que actualmente ensinam Português no estrangeiro já não voltarão às suas aulas em Janeiro próximo: 33 ficarão no desemprego e outros 16 regressarão às escolas de origem em Portugal. São contas feitas por Carlos Pato, do Sindicato de Professores no Estrangeiro, depois de ontem ter sido publicado, em Diário da República, o despacho de reorganização da rede de ensino de Português no exterior, que suprime cerca de 65 cursos. Os docentes que irão ser dispensados começaram ontem a ser avisados por telefone. "Vão para o desemprego com um mês de aviso prévio", denuncia Teresa Soares do Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas. As aulas da rede oficial de ensino de Português no estrangeiro são asseguradas por docentes contratados e pagos pelo Estado português. A Constituição estabelece que incumbe ao Estado assegurar o ensino da língua portuguesa aos filhos dos emigrantes. Na Europa mais de metade dos inscritos são alunos do 1. º ao 6. º ano de escolaridade. Cinco meses após o arranque do ano lectivo perto de cinco mil poderão ficar sem aulas de Português na sequência das medidas de contenção orçamental. Várias centenas estão já nesta situação porque os professores em falta não foram substituídos. Teresa Soares é peremptória: a realidade imposta pelo despacho dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Educação e Ciência, com efeitos a partir de 1 de Janeiro próximo, ultrapassa as piores expectativas. Lembra a propósito que, no início do mês, a presidente do Instituto Camões, que gere a rede, comunicou ao seu sindicato que os 50 professores a dispensar pertenciam aos quadros de escolas portuguesas e permaneceriam, por isso, empregados. Mas, afinal, a maioria dos dispensados não tem uma escola de origem onde regressar e irão, por isso, "engrossar as fileiras dos desempregados em Portugal". "O que estão a fazer é desumano. Não tinha que acontecer assim. Somos 524 professores na Europa. Passamos quase desapercebidos no Orçamento do Estado. Sinto-me muito triste, revoltada e decepcionada", desabafa Teresa Soares, que nos últimos 30 anos tem sido professora de Português no estrangeiro. Primeiro na Suíça, agora na Alemanha. A maioria dos cursos que serão suprimidos é ministrada por professores com horário incompleto, mas que na maior parte dos casos têm mais de 15 horas lectivas por semana. Os principais cortes serão sentidos na Suíça, França e Espanha. "O Governo diz que os alunos destes professores serão recolocados noutros cursos, mas isso não se vai verificar porque para frequentar estas aulas os alunos terão de percorrer distâncias muito maiores", avisa Carlos Pato. Este professor de Português no Luxemburgo lembra que o secretário de Estado das Comunidades garantiu que, depois destes cortes, não haveria mais mexidas na rede. "Esperamos que sejam homens de palavra. "
REFERÊNCIAS:
Bélgica deverá ter governo em funções para a semana
No final de uma crise política de 535 dias - um recorde mundial - a Bélgica vai finalmente ter um novo governo em pleno exercício que, pela primeira vez em 37 anos, será dirigido por um francófono, Elio di Rupo. (...)

Bélgica deverá ter governo em funções para a semana
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: No final de uma crise política de 535 dias - um recorde mundial - a Bélgica vai finalmente ter um novo governo em pleno exercício que, pela primeira vez em 37 anos, será dirigido por um francófono, Elio di Rupo.
TEXTO: Os seis partidos flamengos e francófonos que estavam em negociações desde Agosto chegaram a acordo ontem à noite sobre a formação de um Executivo belga. Os representantes dos seis partidos em negociações (socialistas, liberais e democratas cristãos das duas grandes comunidades do país - flamengos e francófonos) chegaram a acordo sobre os últimos pontos em discussão neste pacto: o próximo primeiro-ministro será o líder socialista francófono Elio Di Rupo, o que supõe que um francófono será o chefe do governo belga pela primeira vez desde 1974. Di Rupo, de 60 anos e filho de imigrantes italianos, abandonou ontem à noite o edifício onde decorriam as negociações com um sorriso mas sem prestar declarações. Os seis partidos passarão o dia de hoje relendo o conteúdo do que foi acordado - cerca de 185 páginas -, findo o qual é esperada a “luz verde” definitiva para que o governo possa tomar posse na próxima segunda-feira. Está, porém, por determinar a composição do governo. Os partidos flamengos - cuja comunidade é maioritária na Bélgica - já fizeram saber claramente que não veria com bons olhos que houvesse mais ministros da minoria francófona que da maioria flamenga no novo governo. Após a tomada de posse, Di Rupo deveria apresentar o seu governo e o seu programa ao Parlamento, um trâmite que requer dois dias, pelo que o novo Executivo poderá estar em marcha a partir de quarta-feira, aproximadamente, calcula a EFE. O principal obstáculo ao acordo selado ontem já tinha sido superado no sábado, com um acerto sobre o orçamento federal para os próximos três anos destinado a alcançar o equilíbrio fiscal em 2015. Hoje a Bélgica vive uma jornada de contestação social, depois das três principais centrais sindicais terem convocado um megaprotesto para Bruxelas contra as medidas de austeridade. Uma crise com quase dois anosA crise política belga começou em Abril de 2010, quando a coligação governamental se desfez por causa de divergências sobre o distrito eleitoral e judicial Bruxelas-Halle-Vilvoorde (BHV), que agrupa a cidade de Bruxelas (oficialmente bilingue mas com uma maioria francófona) e os municípios flamengos da sua periferia (com uma importante minoria francófona). As eleições de Junho de 2010 não resolveram a questão, já que o vencedor do escrutínio foi o partido nacionalista flamengo N-VA, partidário de uma transição soberana progressiva em direcção à independência da Flandres (grosso modo, a metade norte do país). Durante praticamente um ano, o líder do N-VA - o polémico Bart De Wever - colocou entraves de todo o tipo às negociações com vista à formação de governo. Finalmente, em Maio de 2011, o rei Alberto II entregou a Di Rupo a responsabilidade de formar um governo de coligação. O acordo final sobre todos os pontos tardou até agora a ser aprovado.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho comunidade social minoria