Sarkozy diz que há demasiados estrangeiros em França
O Presidente francês Nicolas Sarkozy considera que há demasiados estrangeiros em França e que o sistema de integração dessas pessoas “está a funcionar cada vez pior”. (...)

Sarkozy diz que há demasiados estrangeiros em França
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.5
DATA: 2012-03-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente francês Nicolas Sarkozy considera que há demasiados estrangeiros em França e que o sistema de integração dessas pessoas “está a funcionar cada vez pior”.
TEXTO: Naquele que foi o primeiro debate televisivo a contar para as eleições presidenciais, transmitido na terça-feira à noite, Sarkozy defendeu o seu plano de redução para quase metade do número de novas chegadas de estrangeiros ao país, caso seja reeleito no próximo mês. Nicolas Sarkozy está, neste momento, atrás do candidato socialista François Hollande nas sondagens, que prevêem um triunfo de Hollande por 54%, contra 46% de Sarkozy numa segunda volta eleitoral, marcada para o 6 de Maio. O ainda Presidente francês disse que, apesar de a imigração ser benéfica para França, que ela precisa de ser controlada de forma mais rigorosa através de regras mais apertadas nas autorizações para residência. Sarkozy, cujo pai era um emigrante húngaro, disse igualmente querer restringir alguns benefícios pagos a imigrantes que estão no país há pelo menos dez anos. Comentários deste género, sobre imigração e raça, são comuns por parte de Sarkozy, e dividem a opinião pública francesa. Em 2005, mesmo antes dos motins registados nos arredores de Paris, descreveu os jovens delinquentes dos subúrbios da capital francesa como “racaille”, qualquer coisa como “ralé”. Sarkozy deixou claro que, caso seja reeleito, irá reduzir a entrada de imigrantes em França de 180 mil por ano para 100 mil e irá introduzir controlos mais apertados no acesso aos benefícios sociais. Como Presidente, Sarkozy já pôs em marcha algumas medidas controversas, incluindo a deportação polémica de membros do povo Roma.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração género emigrante raça deportação
Breivik acusado de actos de terrorismo e homicídio
O extremista norueguês Anders Behring Breivik, confesso autor do ataque e massacre na Noruega no Verão passado, foi esta quarta-feira formalmente acusado pela procuradoria dos crimes de terrorismo e homicídio qualificado de 77 pessoas, com a primeira audiência do julgamento marcada já para 16 de Abril. (...)

Breivik acusado de actos de terrorismo e homicídio
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O extremista norueguês Anders Behring Breivik, confesso autor do ataque e massacre na Noruega no Verão passado, foi esta quarta-feira formalmente acusado pela procuradoria dos crimes de terrorismo e homicídio qualificado de 77 pessoas, com a primeira audiência do julgamento marcada já para 16 de Abril.
TEXTO: Os procuradores sinalizaram estarem receptivos a reconhecer um estatuto de inimputabilidade penal a Breivik, conduzindo nesse caso a que lhe seja pronunciada uma sentença de internamento psiquiátrico, mas deixaram também aberta a porta a pedir em tribunal uma condenação à prisão – de 21 anos, a pena máxima na Noruega para estes crimes – caso uma segunda avaliação do estado mental do arguido venha a contrariar o primeiro diagnóstico que o dava como psicótico. Breivik, de 33 anos, admitiu ter levado a cabo o ataque à bomba que matou oito pessoas num edifício do Governo em Oslo, assim como o massacre a tiro de outras 69 pessoas, algumas horas depois, num acampamento de jovens do Partido Trabalhista norueguês na ilha de Utoeya, a 22 de Julho do ano passado. Numa das audiências preliminares, o arguido, afirmou que os seus alvos eram “traidores” com posições pró-imigração. As acusações foram apresentadas a Breivik esta manhã na prisão de Ila, onde se encontra em detenção provisória a aguardar julgamento. “Ele manteve-se totalmente calmo”, descreveu um dos guardas prisionais que testemunharam o procedimento. Um dos procuradores encarregue do processo precisou esta manhã, em conferência de imprensa em Oslo, que o atentado ao edifício na capital e o massacre de Utoeya vão ser judicialmente tratados como dois casos de ataques terroristas separados. “O arguido cometeu crimes de uma gravidade da qual não temos experiência anterior na nossa sociedade nos tempos modernos”, avaliou o procurador Svein Holden, explicando que os homicídios tinham “circunstâncias agravantes”, mas não de forma a configurarem crimes contra a humanidade ao abrigo da lei norueguesa (crime que comporta 30 anos de prisão). Actualmente, Breivik está a ser analisado numa segunda avaliação psiquiátrica, depois de outros dois peritos mandatados pelo tribunal de Oslo terem concluído, no final do ano passado, que o arguido sofria de “esquizofrenia paranóica”, não devendo por isso ser condenado a uma pena de prisão, mas antes submetido a internamento e tratamento psiquiátrico.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime lei imigração tribunal ataque prisão
O Japão ainda tenta tratar as feridas do tsunami
Eram 14h46 de 11 de Março de 2011 no Japão quando a Terra abanou, com uma violência rara. E 41 minutos depois, chegou a onda gigante, que se abateu sobre a costa noroeste do Japão, causando uma catástrofe complexa, que incluiu o pior acidente nuclear civil da história desde Tchernobil, que para os japoneses se designa por uma data, tão simples como para os norte-americanos se tornou o 9/11: o sismo, terramoto e acidente da central de Fukushima são simplesmente o “3/11”. (...)

O Japão ainda tenta tratar as feridas do tsunami
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.1
DATA: 2012-03-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Eram 14h46 de 11 de Março de 2011 no Japão quando a Terra abanou, com uma violência rara. E 41 minutos depois, chegou a onda gigante, que se abateu sobre a costa noroeste do Japão, causando uma catástrofe complexa, que incluiu o pior acidente nuclear civil da história desde Tchernobil, que para os japoneses se designa por uma data, tão simples como para os norte-americanos se tornou o 9/11: o sismo, terramoto e acidente da central de Fukushima são simplesmente o “3/11”.
TEXTO: A tragédia que fez mais de 19 mil mortos (3000 dos quais desaparecidos) e 326 mil desalojados não deu tréguas ao Japão, passado um ano. Se não se pode dizer que alguém tenha morrido devido à radioactividade libertada pelos reactores da central de Fukushima, a herança da central será longa. Levará décadas a desmontar, até os reactores e o combustível que contêm arrefecerem o suficiente para poderem ser desmantelados em segurança. E grande parte do Césio 137 radioactivo libertado foi para o mar: os efeitos no ecossistema marinho deverão vir a revelar-se nas próximas décadas, pois tem uma meia-vida de 30 anos. E há tudo o que se soube entretanto, da confusão e da incompetência do Governo, da Tokyo Electric Power Company (Tepco), a empresa proprietária da central nuclear, que não tinha um plano de emergência para lidar com uma situação em que um tsunami inactivasse o sistema de arrefecimento dos reactores, a confusão geral das autoridades. Os ministros pensaram logo na possibilidade da fusão dos reactores, mas recusaram-se a dar qualquer sinal disso para o público, revelam minutas oficiais dadas a conhecer na sexta-feira. “Quem é verdadeiramente o líder da operação? Tenho demasiadas ordens e pedidos incompreensíveis”, queixou-se o ministro da Segurança Interna na altura, Yoshihiro Katayama, citado nos documentos agora revelados, citados pela Reuters. Quanto à reconstrução, avança de passo de caracol. A agência responsável por coordenar como os vários ministérios gastarão o orçamento de 175 mil milhões de dólares (133, 4 mil milhões de euros) aprovado para reconstruir as vilas, aldeias e cidades arrasadas pelo terramoto e tsunami só começou a funcionar em Fevereiro — quase um ano após o tsunami. Os destroços feitos pela onda gigante acumulam-se ao longo da costa nordeste do Japão, arrumados mas transformados em marcos que ameaçam tornar-se permanentes na paisagem: 22, 5 milhões de toneladas de destroços, o equivalente a 20 anos de resíduos sólidos urbanos, em termos de processamento. Até agora, só 6% foram tratados de forma definitiva. Trauma e desconfiançaHá quem só sonhe em regressar à sua casa, há quem desespere de voltar, nomeadamente os que viviam na zona de exclusão de Fukushima (os que viviam num raio de 20 quilómetros em torno da central nuclear). Há até relatos de um emissário de Fukushima que terá ido à Coreia em busca de terras semelhantes às da nordeste do Japão, onde se pudesse instalar um grupo de emigrantes de Fukushima, relata a AFP: “Veio com vários promotores imobiliários e disse que queria comprar terrenos num local parecido com Fukushima, como o nosso condado, ou então em Jeju”, uma ilha no sul da Coreia, disse à agência um responsável do condado de Jangsu, no sudoeste da Coreia do Sul. O trauma nas populações é muito grande. “Passar-se-ão anos até todas as consequências psicológicas aparecerem. Tenho a certeza de que a taxa de suicídios vai aumentar no Nordeste”, disse à revista alemã “Der Spiegel” o psiquiatra Jun Shigemura, que tem prestado apoio psicológico aos trabalhadores da central nuclear de Fukushima, num projecto apoiado pelo Governo. As autoridades não têm ajudado a criar um clima de confiança – muito pelo contrário. Aquilo a que se assistiu no último ano foi ao surgir de uma grande desconfiança do Governo, da indústria nuclear – que antes tinha grande apoio popular – e do conluio do governo com os industriais. “As pessoas estão confusas e suspeitam das autoridades. Neste ambiente, os rumores e a desinformação espalham-se rapidamente”, explica o psiquiatra Shigemura. E a comunicação do Governo e da Tepco foi má. O relatório preliminar do inquérito ao acidente, e o realizado por uma fundação privada, revelam que não só houve descoordenação como o que parece ser verdadeira incompetência e vontade de não informar o público.
REFERÊNCIAS:
Santa Comba Dão lança “marca Salazar” para vender produtos locais
Salazar vai ser marca registada para potenciar a economia do concelho que viu nascer o antigo Presidente do Conselho, Santa Comba Dão, e um dos primeiros produtos com esse cunho será o vinho “Memórias de Salazar”. O projecto da marca “vai contar com a firme oposição” da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP). (...)

Santa Comba Dão lança “marca Salazar” para vender produtos locais
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Salazar vai ser marca registada para potenciar a economia do concelho que viu nascer o antigo Presidente do Conselho, Santa Comba Dão, e um dos primeiros produtos com esse cunho será o vinho “Memórias de Salazar”. O projecto da marca “vai contar com a firme oposição” da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).
TEXTO: António de Oliveira Salazar nasceu no Vimieiro, a 28 de Abril de 1889, onde está também sepultado, mas a ideia de recorrer à “marca Salazar” para o desenvolvimento do concelho, como explicou à Lusa o presidente da autarquia, João Lourenço (PSD), “não pretende alicerçar-se no saudosismo nem nas romarias da saudade” em relação ao antigo ditador. “A nossa é sempre uma perspectiva objectiva e histórica, porque os juízos de valor não têm de ser feitos pela autarquia, têm de ser as pessoas, os historiadores, os investigadores [a fazê-los]. Nós temos apenas de demonstrar a nossa convicção de que o que estamos a fazer é útil para o concelho e para a região. E se temos um vinho “Memórias de Salazar” é porque sentimos que as pessoas procuram essa ligação quando nos visitam”, disse o autarca. António Vilarigues, dirigente do núcleo local da URAP, lamentou que a autarquia prossiga na ideia de recorrer à “realidade trágica” do Estado Novo, “que conduziu à detenção de milhares de portugueses e à morte de centenas”, para alicerçar o desenvolvimento do concelho. “Estamos perante a mesma questão de sempre, a tentativa de reescrever a história daquilo que foi o regime fascista em Portugal”, apontou Vilarigues, sublinhando que “este revisionismo histórico é uma ofensa a milhares de portugueses que sofreram às mãos de Salazar”. A URAP, adiantou o dirigente do núcleo da união em Viseu e Santa Comba Dão, “nada tem contra a investigação e o estudo daquilo que foi o estado Novo”, mas frisou que “toda a documentação importante está na Torre do Tombo” e, por isso, “aquilo que se pretende para Santa Comba Dão nada adianta”. O objectivo da autarquia – que criou já a Associação de Desenvolvimento Local (ADL) de Santa Comba Dão – é “ligar um nome conhecido em todo o mundo aos produtos da terra”, como é o caso do vinho, criar condições para historiadores e investigadores poderem estudar o Estado Novo e fornecer aos visitantes um espaço que lhes permita contactar com o passado de Oliveira Salazar na sua terra”. A questão comercial e da marca merece “a clara oposição” da URAP, frisou António Vilarigues, que contesta a ideia de ligação das memórias de Salazar ao desenvolvimento quando “é sobejamente conhecido que o Estado Novo produziu subdesenvolvimento, obrigou milhões de portugueses a emigrarem para fugir à miséria e conduziu milhares à morte e às prisões e a 13 anos de uma guerra colonial geradora de imenso sofrimento”. “Todos os dados estão aí para desaconselhar esta ideia. A 24 de Abril de 1974, Portugal era um país subdesenvolvido e com uma pobreza onde todos os índices de desenvolvimento humano o colocavam na cauda da Europa”, acrescentou. A ideia da autarquia é dar agora um “novo fôlego” ao projecto, criar uma “marca Salazar” e, através da ADL, “procurar investidores que permitam o desenvolvimento integral da ideia, que passa pela recuperação da área urbana do Vimieiro ligada ao património que pertenceu a Salazar e espaço envolvente”. Toda a parte de recuperação patrimonial pode custar, segundo o autarca, dez milhões de euros, dinheiro esse que terá de vir da iniciativa privada, “mas também de entidades públicas” que tenham como missão o desenvolvimento local, sendo que este “é um dos ‘projectos-âncora’ para o desenvolvimento da região Dão-Lafões”. Segundo João Lourenço, “o tempo dos grandes investimentos acabou para as autarquias. Os municípios têm tudo feito, das redes de saneamento aos espaços culturais e desportivos, e, obrigatoriamente, o papel dos municípios terá de ser redireccionado, o desenvolvimento tem de partir de ideias locais”. Em cima da mesa há, todavia, questões por resolver, como o património ainda na posse dos dois herdeiros - Rui Salazar, que vive no Vimieiro e com quem a autarquia “tem tudo bem encaminhado”, e António Salazar, o outro sobrinho-neto do ditador, “com quem decorrem conversações com muitos pormenores por acertar”.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
Tribunal norte-americano obriga português a partilhar prémio de lotaria
Dava um argumento de filme, mas a história é verídica. Um português a residir em New Jersey, nos EUA, ganhou o equivalente a mais de 29 milhões de euros na lotaria. (...)

Tribunal norte-americano obriga português a partilhar prémio de lotaria
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dava um argumento de filme, mas a história é verídica. Um português a residir em New Jersey, nos EUA, ganhou o equivalente a mais de 29 milhões de euros na lotaria.
TEXTO: O problema é que o bilhete tinha sido comprado em sociedade com mais cinco portugueses que trabalhavam na mesma empresa de construção civil e Américo Lopes “esqueceu-se” de mencionar o facto aos colegas. Três anos depois, um tribunal norte-americano obrigou-o a dividir o prémio com os conterrâneos. Segundo o jornal The New York Times, os portugueses tinham, desde 2007, o hábito de contribuir com dois dólares por semana para comprarem uma cautela da lotaria Mega Millions. Em Novembro de 2009, Américo Lopes, de 52 anos, despediu-se do trabalho, alegando que iria precisar de uma cirurgia a um pé. O problema começou quando, vários meses depois, confidenciou a um dos seus antigos colegas de trabalho, Cândido Silva, que tinha ganho a lotaria, uma semana depois de se ter despedido. Desconfiado, um dos membros do grupo consultou o website do Mega Millions e percebeu que Américo Lopes tinha comprado um bilhete premiado, sim, mas numa altura em que ainda se encontrava a trabalhar. "Fui roubado"As queixas seguiram para tribunal e, anteontem, o júri decidiu obrigar o imigrante a dividir o prémio em seis. Contas feitas, e descontados os impostos, Américo Lopes tinha depositados na sua conta bancária mais de 13 milhões de euros. Cada um dos portugueses receberá assim à volta de dois milhões de euros. “Fui roubado”, desabafou Américo Lopes, quando ouviu o veredicto, depois de ter sustentado que o bilhete premiado tinha sido comprado com o seu dinheiro, ou seja, não era o que comprara com o dinheiro da “sociedade” informal que mantinha com os colegas de trabalho. Quanto aos colegas, juntaram-se para um almoço de comemoração e declararam sentir-se justiçados. “Confiámos nele e ele enganou-nos. Agora, provámos que não estávamos a mentir: foi o mais importante”, declarou José Sousa, 46 anos, ao The New York Times. Outro dos trabalhadores, Cândido Silva, de 61 anos, declarou em tribunal que encarava Américo Lopes como um filho. Ajudara-o a construir a sua casa. Convidara-o para o baptizado da sua filha. “Nunca o pensei capaz disto”. Quanto ao que irão fazer do dinheiro, que esteve congelado enquanto o tribunal julgava o caso, nenhum planeia uma mudança de estilo de vida, mas sim tirar duas semanas de férias e depois regressar às obras.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha filho tribunal imigrante
França monta caça ao homem após ataques de Toulouse
Depois do ataque de segunda-feira à porta de uma escola judaica em Toulouse, que fez quatro vítimas mortais, a França abriu uma caça ao homem, tentando identificar o responsável pelo tiroteio. (...)

França monta caça ao homem após ataques de Toulouse
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois do ataque de segunda-feira à porta de uma escola judaica em Toulouse, que fez quatro vítimas mortais, a França abriu uma caça ao homem, tentando identificar o responsável pelo tiroteio.
TEXTO: Os investigadores estão agora a examinar as gravações das câmaras de segurança que estão apontadas à escola, à procura de qualquer pista válida. O atacante fugiu numa motorizada depois de ter disparado contra as pessoas que se concentravam diante do liceu Ozar Hatorah pouco depois das 8h (menos uma hora em Portugal continental). Nicole Yardeni, uma responsável judia de Toulouse que viu as gravações da única câmara de segurança instalada junto ao portão da escola, descreveu o atacante como “determinado, atlético e bem tonificado”. A mesma fonte acrescentou que o atacante usou um capacete com a viseira fechada, o que impede qualquer reconhecimento facial. No ataque morreram três crianças – de três, seis e sete anos – e um professor de religião de 30 anos. Um outro adolescente de 17 anos ficou gravemente ferido. “É possível ver um homem estacionar a sua motorizada, começar a disparar, entrar na escola e perseguir as crianças até apanhar uma e disparar-lhe um tiro na cabeça”, disse Yardeni. “É insuportável ver a gravação e, depois disso, não é possível ver mais nada. Ele queria matar”. O atacante usou uma scooter preta roubada, uma Yamaha T-MAX, com matrícula de Toulouse, para fugir do local. Por outro lado, exames balísticos identificaram a arma do crime como sendo de calibre 11, 43 milímetros. Só foram feitos três milhões de unidades destas armas. Em França, as tropas da Indochina usavam-nas, bem como as da Argélia, disse Benoît Ebel, especialista em armas do sindicato de polícia Synergie ao jornal Le Figaro. Actualmente interessa apenas a coleccionadores e atiradores desportivos. E foi precisamente a mesma scooter preta e o mesmo calibre de arma usados no assassínio de um militar de origem magrebina em Toulouse, a 11 de Março, e no ataque a três outros militares em Montauban, uma cidade próxima do sudoeste de França, quatro dias depois. Dois dos militares do segundo ataque, também de origem magrebina, morreram. Um terceiro, natural das Antilhas francesas, ficou gravemente ferido. Presume-se, portanto, que a mesma pessoa esteja por detrás dos três ataques. Na ausência de pistas sobre a motivação destes homicídios, é fácil também ver neles uma motivação anti-semita, anti-emigração ou anti-islâmica, devido à identidade das vítimas. Sabe-se que os investigadores estão a seguir duas linhas de investigação: a islâmica e a de extrema-direita. Mas não se sabe, verdadeiramente, com quem se está a lidar. Os psiquiatras e profilers da polícia francesa debatem-se para criar um perfil do assassino. Será um serial killer ou um assassino de massas, que "se vê com uma missão sagrada a cumprir?", interrogava o psiquiatra Pierre Lamothe, perito forense, citado pelo Le Figaro. "Não se pode negligenciar a agitação interna de um indivíduo animado pelo desejo de matar por uma causa", sublinhou. Sudoeste de França em alerta anti-terroristaNicolas Sarkozy, que suspendeu a campanha para as eleições presidenciais pelo menos até quarta-feira, anunciou que foi elevado o nível de alerta na cidade de Toulouse de vermelho para escarlate – o mais elevado numa escala de quatro –. É a primeira vez que foi activado este nível de alerta em França. Esta medida permite “inundar” a cidade com polícias, que têm o poder de suspender a circulação de transportes públicos e fechar escolas. Foram colocados guardas à porta de todas as escolas de confissão religiosa, bem como à porta de todos os edifícios judeus e muçulmanos. Todas as escolas francesas irão observar um minuto de silêncio às 11h locais. Na segunda-feira à noite, milhares de pessoas desfilaram pelas ruas de Paris em memória das vítimas e em Toulouse decorreu uma vigília nocturna que se prolongou pela madrugada.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime escola ataque homem adolescente assassínio
Passos Coelho quase perde votação dos estatutos para JSD
Passos Coelho quase perdeu hoje a votação das alterações aos estatutos do PSD. Uma questão de interpretação jurídica foi hoje usada pela presidência da Mesa do Congresso, por indicação do Conselho de Jurisdição, para tentar evitar que os congressos do PSD sejam realizados 20 dias antes da eleição directa do líder e que toda a direcção seja eleita directamente. (...)

Passos Coelho quase perde votação dos estatutos para JSD
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.3
DATA: 2012-03-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Passos Coelho quase perdeu hoje a votação das alterações aos estatutos do PSD. Uma questão de interpretação jurídica foi hoje usada pela presidência da Mesa do Congresso, por indicação do Conselho de Jurisdição, para tentar evitar que os congressos do PSD sejam realizados 20 dias antes da eleição directa do líder e que toda a direcção seja eleita directamente.
TEXTO: E conseguiu mesmo repetir a votação. Invertendo o resultado da votação. A proposta acabou votada uma segunda vez e foi chumbada por 262 votos contra, 250 a favor e 33 abstenções. O congresso começou por aprovar na especialidade esta norma proposta pela JSD. Manifestamente nervoso e preocupado Passos Coelho subiu ao palco alertando os delegados para que estava a ser criado um vazio legal e que o congresso deixava naquele momento de poder eleger os órgãos nacionais. Calvão da Silva, presidente do Conselho de Jurisdição, propôs a repetição da votação. O líder da JSD, Duarte Marques, dirigiu-se por sua vez ao microfone para manter a proposta. E a votação foi repetida. A discussão dos estatutos começou às onze horas da manhã com a histórica militante e autarca do PSD, Virgínia Estorninho, abriu o debate sobre as alterações aos estatutos do PSD, no Congresso que decorre no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, com críticas directas ao Governo e ao facto de haver nomeações de militantes socialistas para lugares públicos e para gabinetes governamentais. Virgínia Estorninho atacou directamente o secretário de Estado responsável pela emigração por ter uma chefe de gabinete que “foi candidata pelo PS”. E criticou a proposta de alterações de estatutos do Conselho Nacional por esta propor eleições primárias para os candidatos a eleições nacionais criação da nova figura do simpatizante. A criação da figura de simpatizante foi, aliás, chumbada na especialidade. Já as primárias, que seriam reguladas pelo Conselho Nacional, foram também chumbadas com 259 votos contra, 194 a favor e 46 abstenções.
REFERÊNCIAS:
O merceeiro do bairro já não é o Sr. António. Agora chama-se Mohammed
São indianos, paquistaneses, bengaleses, nepaleses. Tentam fintar o desemprego, conquistar algum prestígio nas suas comunidades. E acabam por fazer as vezes das antigas mercearias, que assim não desaparecem. (...)

O merceeiro do bairro já não é o Sr. António. Agora chama-se Mohammed
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: São indianos, paquistaneses, bengaleses, nepaleses. Tentam fintar o desemprego, conquistar algum prestígio nas suas comunidades. E acabam por fazer as vezes das antigas mercearias, que assim não desaparecem.
TEXTO: Dona Augusta gosta de se sentar mesmo em frente ao balcão. Passa horas à conversa com "Micó", que é como chama a Bhupendra Budha, um nepalês que trabalha numa das pequenas mercearias de imigrantes do subcontinente indiano que se têm multiplicado pelo seu bairro, Alfama, e também por Lisboa. Há muito que o comércio tradicional está em crise e que se estudam e discutem possíveis soluções. Mas estes comerciantes parecem estar acima de tudo isso. Juntam ou mandam vir dos seus países o dinheiro necessário para o investimento inicial e do negócio não só tiram depois sustento, como dão emprego aos seus conterrâneos. Vêm da Índia, do Paquistão, do Bangladesh ou do Nepal. Em 2010, período a que se referem os números mais recentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, residiam em Portugal, ao todo, 9679 imigrantes dos quatro países. Não se sabe quantas destas lojas já há. Sabe-se que quase todas são recentes. E que facilmente se tropeça nelas em qualquer bairro de Lisboa. Chegam a ser várias por rua. Um dos seus trunfos são os horários - normalmente estão autorizados a abrir das 8h à meia-noite -, o que permite diversificar o tipo de clientes. Abastecem-se no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL) e em armazéns grossistas. "Eles até têm bons preços", diz dona Augusta. "E são simpáticos. " Sempre consegue comprar parte do que precisa sem ter de se deslocar às mercearias da Baixa, daquelas à antiga, onde gosta de comprar. "Muitas destas empresas estão a ter muitas dificuldades", adverte Catarina Reis Oliveira, do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), autora de vários estudos sobre empreendedorismo imigrante. E explica que alguns destes empresários encontram a competitividade nas margens de lucro muito baixas. Ou então em "mais horas de trabalho, ou em salários mais baixos". Mohammed Faruk, um bengali à frente de três mercearias, diz estar a passar por dificuldades: "Antigamente vendia 200, 300 euros num dia, agora vendo 40 ou 50". Só para renda do pequeno espaço da Av. Álvares Cabral vão 750 euros. Depois, lembra, ainda tem as contas da família para pagar. "Às vezes a literacia financeira também precisa de ser um bocadinho trabalhada", afirma Catarina Reis Oliveira, que diz ser frequente "misturar-se o dinheiro da empresa com o da família". Investir as economiasEle chegou a Portugal sozinho já lá vão cinco anos, à procura de trabalho. Há oito meses conseguiu trazer a mulher e a filha, que está agora na escola portuguesa - e isto é motivo de orgulho. Em cada loja tem dois empregados e cada um tem um ordenado de 500 euros. Diz que mesmo que o negócio não corra pelo melhor, pelo menos por uns meses está a dar emprego a alguns rapazes, de outra forma desempregados. Depois de ter trabalhado ao balcão no Martim Moniz e no Colombo, decidiu que passaria a ser patrão de si próprio. Sempre que abre uma loja manda vir dinheiro do Bangladesh. "Uns dez ou 15 mil euros. "O antropólogo José Mapril, que fez a sua tese de doutoramento sobre a comunidade do Bangladesh em Portugal, não arrisca números, mas de uma coisa está seguro: este grupo de imigrantes investe cada vez mais nas pequenas mercearias de bairro com horários alargados, já para lá do Martim Moniz, onde surgiram as primeiras, mais vocacionadas para os produtos étnicos, importados dos países de origem. "É uma tendência do último ano e meio ou dois anos", constata.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha escola imigração mulher comunidade imigrante
Papa pede que Cuba seja uma casa para todos os cubanos e critica embargo dos EUA
O Papa Bento XVI disse, antes de deixar Havana com destino a Roma, que continuará a rezar para que “Cuba seja a casa de todos e para todos os cubanos, onde convivam a justiça e a liberdade, num clima de serena fraternidade”. (...)

Papa pede que Cuba seja uma casa para todos os cubanos e critica embargo dos EUA
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Papa Bento XVI disse, antes de deixar Havana com destino a Roma, que continuará a rezar para que “Cuba seja a casa de todos e para todos os cubanos, onde convivam a justiça e a liberdade, num clima de serena fraternidade”.
TEXTO: Ao mesmo tempo, criticou implicitamente o embargo norte-americano à ilha de Fidel, afirmando que a carência de recursos materiais “fica agravada quando medidas económicas restritivas impostas de fora ao país pesam negativamente sobre a população”. No discurso de despedida desta viagem que já se pode considerar histórica, tal como a que João Paulo II fez ao país em 1998, Bento XVI repetiu algumas das ideias referidas nestas 48 horas cubanas. Perante o Presidente Raul Castro, que o recebera em Santiago de Cuba na passada segunda-feira, o Papa afirmou que “o respeito e a promoção da liberdade que vive no coração de cada homem são imprescindíveis para responder adequadamente às exigências fundamentais da sua dignidade”. Só desse modo, acrescentou, se pode “construir uma sociedade onde cada um se sinta protagonista indispensável do futuro da sua vida, da sua família e da sua pátria”. O Papa alemão, que completa 85 anos a 16 de Abril, disse ainda que ninguém se deve ver “impedido de tomar parte nesta tarefa apaixonante por causa da limitação das suas liberdades fundamentais, nem eximido dela por negligência ou carência de recursos materiais”. A reivindicação de mais liberdade, nomeadamente de liberdade religiosa e de mais espaço para que a Igreja possa exercer a sua missão, foi uma das tónicas da homilia do Papa esta tarde (manhã em Havana), na homilia da missa celebrada na Praça da Revolução, em pleno centro da capital cubana. Nessa ocasião, Bento XVI enalteceu “os passos que se têm realizado em Cuba para que a Igreja cumpra a sua irrenunciável missão de anunciar, pública e abertamente, a sua fé”, mas pediu aos líderes do regime que sigam “em frente”, permitindo mais espaço de liberdade. Na praça onde também se realizam as grandes concentrações do regime, o Papa apelou às autoridades cubanas que reforcem o “que já foi alcançado” e continuem “por este caminho de genuíno serviço ao bem comum de toda a sociedade cubana”. E acrescentou, também com Raúl Castro a ouvi-lo, na primeira fila, entre meio milhão de pessoas, que “o direito à liberdade religiosa, tanto na sua dimensão individual como comunitária, manifesta a unidade da pessoa humana, que é simultaneamente cidadão e crente, e legitima também que os crentes prestem a sua contribuição para a construção da sociedade”. A cerimónia de despedida, no aeroporto José Martí, em Havana, teve que ser transferida do exterior para as instalações da aerogare devido à intensa chuva que entretanto se abatera sobre a capital cubana. O facto provocou mesmo um atraso de cerca de meia hora, uma vez que a cerimónia só se iniciou às 23h de Lisboa. O Presidente Raúl Castro repetiu os “sentimentos de respeito e afecto” que, desde o início, o regime fez questão de adoptar como slogan para o acolhimento reservado ao Papa. E defendeu a “justiça” dos propósitos das autoridades cubanas. O país, disse, tem “como principal objectivo a dignidade do ser humano, que se constrói não só sobre bases materiais mas também espirituais”, como a generosidade, a solidariedade, o sentido de justiça e o apego à verdade. Recordando o padre Félix Varela, educador e herói nacional de Cuba que na missa também Bento XVI recordara, Castro afirmou que o regime cuida das crianças e encoraja a juventude, “sem paternalismo”. E reconheceu “a contribuição patriótica da emigração cubana”, enaltecendo a “normalização plena das relações” do regime com os seus emigrantes, muitos dos quais são opositores do regime de partido único que vigora na ilha. No discurso, o Papa referiu ainda que “o caminho que Cristo propõe à humanidade” é o “factor primeiro e principal do seu verdadeiro progresso”. Disse que rezava para que todos reforcem a “concórdia” e façam “frutificar o melhor da alma cubana, os seus valores mais nobres, sobre os quais é possível fundar uma sociedade de largos horizontes, renovada e reconciliada”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem
Bastonário dos enfermeiros diz aos profissionais para não aceitarem propostas de salários baixos
O bastonário da Ordem dos Enfermeiros considerou esta segunda-feira um “escândalo” que aqueles profissionais de saúde estejam a ser contratados a menos de quatro euros por hora, apelando a que “não aceitem” essas propostas. (...)

Bastonário dos enfermeiros diz aos profissionais para não aceitarem propostas de salários baixos
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O bastonário da Ordem dos Enfermeiros considerou esta segunda-feira um “escândalo” que aqueles profissionais de saúde estejam a ser contratados a menos de quatro euros por hora, apelando a que “não aceitem” essas propostas.
TEXTO: “Isto é um escândalo para Portugal, para um país que se diz do primeiro mundo, que está a oferecer a profissionais altamente diferenciados um valor/hora que não se compactua nem com a sua profissão nem com a sua dignidade”, afirmou no Porto, Germano Couto, admitindo que a Ordem tem recebido “um conjunto de denúncias” por parte de “dezenas de enfermeiros que têm contratos oferecidos a 3, 96 euros à hora”. O bastonário reagia à notícia de que os enfermeiros contratados por empresas de prestação de serviços, que entraram ao serviço nos centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, irão receber quatro euros por hora. Germano Couto garantiu que a notícia “é real” e “há factos e provas”, esperando que, porém, “não passe de um conjunto de intenções” e, por isso, possa ser “revertida por parte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e do Vale do Tejo e do Ministério da Saúde”. Admitiu ainda que o Governo possa estar a “pagar mais às empresas” para que estas tenham “o seu lucro”, mas reforçou que “é preciso verificar” se as empresas estão a cumprir as condições contratualizadas com o Estado, recordando que com 3, 96 euroshora os enfermeiros vão receber 300 euros líquidos no fim do mês, o que não atinge o ordenado mínimo. Actualmente, a tabela pública de vencimento dos enfermeiros “está em 1020 euros” mensais, o que se traduz em “cerca de sete euros por hora”, valor esse que “deve ser a bitola que o Governo deve utilizar”. O bastonário lançou um “apelo aos enfermeiros” para “que não aceitem estes contratos, caso assim tenham condições”, acrescentando porém compreender que alguns o façam para “não perderem competências”. Germano Couto considera que há uma “falta de planeamento estratégico entre a formação” e as contratações actuais, assinalando que aqueles profissionais de saúde “não estão a ser contratados de acordo com as necessidades”. “A ARS de Lisboa e Vale do Tejo tem uma falta de cerca de 4700 enfermeiros nos seus quadros”, sublinhou Germano Couto, que fala em 2359 médicos para 2261 enfermeiros naquela região o que “é completamente ilógico”. Admitindo que os profissionais preferem emigrar a perder competências ou ficar sem trabalho, Germano Couto criticou o facto de Portugal estar a “formar enfermeiros para exportar”, num momento em que existem necessidades no país.
REFERÊNCIAS:
Cidades Lisboa Porto