Ministro da Economia considera Novas Oportunidades “um falhanço total” em termos de emprego
Álvaro Santos Pereira considera que a produtividade e a competitividade são os maiores problemas de Portugal e, neste sábado, numa entrevista, afirma que também por causa disso a economia “não cresce há 12 anos”. (...)

Ministro da Economia considera Novas Oportunidades “um falhanço total” em termos de emprego
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.06
DATA: 2012-07-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Álvaro Santos Pereira considera que a produtividade e a competitividade são os maiores problemas de Portugal e, neste sábado, numa entrevista, afirma que também por causa disso a economia “não cresce há 12 anos”.
TEXTO: O país “exagerou nos incentivos que não levavam ao empreendedorismo”. “Durante anos baseámos esse modelo numa política fontista do betão. Apostámos no betão, em auto-estradas. Foi uma estratégia irresponsável”, afirma o responsável pela pasta da Economia, nessa entrevista ao suplemento de Economia do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias. Sobre o papel do Estado, argumenta que “o ajustamento é difícil” e avalia de forma muito negativa programas como o Novas Oportunidades, instituído pelo Governo Sócrates com o objectivo de dar mais qualificações à população portuguesa. “O Novas Oportunidades foi um falhanço total. De empregabilidade. Os resultados foram medíocres. Por outro lado, o desemprego começou a crescer há dez anos – era 3, 9% em 2000 e quando tomámos posse era de 12, 7%”, frisa o governante, sustentando que “quem pensa que o desemprego é um fenómeno recente, não se lembra do que aconteceu na última década”. E “só não é mais elevado porque começámos a emigrar”, conclui. Este problema, considera o ministro da Economia, deve-se essencialmente a duas realidades: ausência de “reformas estruturais” e de “aposta na valorização dos nossos recursos”. “Não são programas como as Novas Oportunidades que resolvem. Não é por darmos um diploma que qualificamos alguém”, insiste Santos Pereira, resumindo que “dois grandes problemas são a competitividade e a produtividade – que está a cair há dez anos”. O governante defende, por isso, uma agenda para o emprego “com três pilares”: “reforma laboral para dinamizar o mercado de trabalho; políticas activas de emprego; e a formação”. E neste sentido argumenta que faz todo o sentido a questão do emprego estar no ministério por ele tutelado, porque olham para o tema numa lógica de produtividade e não numa lógica assistencialista.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave desemprego
Os piores massacres dos últimos 20 anos nos EUA
O ataque num cinema de Denver é um dos piores ocorridos em tempo de paz nos Estados Unidos. O mais mortífero ocorreu na universidade de Viginia Tech (...)

Os piores massacres dos últimos 20 anos nos EUA
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.62
DATA: 2012-07-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ataque num cinema de Denver é um dos piores ocorridos em tempo de paz nos Estados Unidos. O mais mortífero ocorreu na universidade de Viginia Tech
TEXTO: 16 de Outubro 1991: Um homem mata 22 pessoas num restaurante de Killeen (Texas) e deixa feridos mais duas dezenas, antes de se suicidar. 20 de Abril de 1999: Em Littleton (Colorado), dois estudantes abrem fogo no liceu de Columbine. Doze alunos e um professor morrem, os atiradores suicidam-se. 29 de Julho de 1999: Depois de matar a mulher e os dois filhos, um especulador bolsista de 44 anos dispara contra duas sociedades de corretagem em Atlanta (Geórgia), matando nove pessoas. Depois suicida-se. 21 de Março de 2005: Em Red Lake (Minnesota), um adolescente de 16 anos mata no seu liceu nove pessoas, incluindo cinco alunos, antes de se suicidar. 16 de Abril de 2007: Um estudante de 23 anos de origem coreana mata 32 pessoas antes de se matar na Universidade de Viginia Tech, em Blacksburg (Virginia). O massacre é o pior da história dos Estados Unidos em tempo de paz. 24 de Dezembro de 2008: Um homem disfarçado de Pai Natal dispara contra os participantes de uma festa em Covina, subúrbios de Los Angeles, matando nove pessoas antes de se suicidar. 10 de Março de 2009: Um homem em fúria mata dez pessoas, incluindo a sua mãe, em três localidades do Alabama (sul) e suicida-se em seguida. 3 de Abril de 2009: Um homem de origem vietnamita abre fogo contra um centro de acolhimento para imigrantes em Binghamton (Estado de Nova Iorque), matando 13 pessoas. De seguida mata-se. 5 de Novembro de 2009: Um psiquiatra militar de origem palestiniana lança-se no pior tiroteio registado dentro de uma base militar americana, matando 13 pessoas e ferindo outras 42, antes de ser ferido e detido. 12 de Outubro de 2011: Na estância balnear de Seal Beach (California), um homem em disputa com a ex-mulher pela guarda do filho abre fogo no cabeleireiro onde ela trabalhava e mata oito pessoas, incluindo a ex-mulher. É detido após o tiroteio. 2 de Abril de 2012: Um coreano de 43 anos mata sete pessoas e deixa feridas outras três na universidade religiosa de Oikos (Califórnia), antes de se entregar à polícia. O atirador matou metodicamente as suas vítimas depois de as ter alinhado contra um muro. 20 de Julho de 2012: Pelo menos 14 pessoas morrem e cerca de 50 ficam feridas num ataque levado a cabo por um homem num cinema em Aurora, perto de Denver (Colorado).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho ataque mulher homem adolescente
Mil e uma noites até Manaus
Foi o primeiro romance de Milton Hatoum, escritor brasileiro descendente de libaneses, com histórias de infância, porque a literatura precisa da passagem do tempo para se confundir com a vida. No terceiro artigo desta série, viajamos a partir de Manaus, pelo percurso de Relato de Um Certo Oriente. (...)

Mil e uma noites até Manaus
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foi o primeiro romance de Milton Hatoum, escritor brasileiro descendente de libaneses, com histórias de infância, porque a literatura precisa da passagem do tempo para se confundir com a vida. No terceiro artigo desta série, viajamos a partir de Manaus, pelo percurso de Relato de Um Certo Oriente.
TEXTO: Milton Hatoum frequentemente foge do ruído de São Paulo e do ruído da fama que actualmente rodeia a literatura para o norte do Paraná, e é aí que atende o telefone para falar de Relato de Um Certo Oriente, o seu primeiro romance, publicado em 1989. O romance seguinte, Dois Irmãos, de 2000, viria a ser o seu romance mais conhecido e mesmo um bestseller, mas Relato de Um Certo Oriente, publicado em Portugal pela editora Cotovia em 1999, marcou a crítica. Em 2008, descobriu novos leitores com a edição de bolso no Brasil, e num futuro próximo encontrará ainda mais com um filme que está a ser projectado pelo realizador brasileiro Marcelo Gomes. Um primeiro livro talvez seja como um primeiro amor. Pelo menos, Milton Hatoum lembra-se de o escrever com uma espécie de loucura que não se repetiria. Tinha então a ousadia e a radicalidade da juventude, e diz que é talvez o seu romance mais arriscado do ponto de vista formal. Criou uma estrutura que faz lembrar uma matrioska - de um relato sai outro relato e desse ainda outro e assim sucessivamente, fazendo o leitor mergulhar cada vez mais profundamente no universo da imigração libanesa em Manaus. Relato de Um Certo Oriente remete para a imaginação da infância: uma imaginação de interiores de baús, de álbuns antigos de fotografias, de conversas de adultos sussurradas, mas também de histórias fantasiosas e exteriores engrandecidos pelos grandes transatlânticos que paravam em Manaus, o último porto antes do desconhecido, e a "visão dos mastros, das quilhas e das altas chaminés, o apito grave do Hildebrand, que trazia passageiros de Liverpool, Leixões e das Ilhas da Madeira" (p. 62). Em Relato de Um Certo Oriente, há uma mulher que regressa a Manaus e escreve uma carta que irá viajar para o seu irmão do outro lado do Atlântico. Nela, reúne as vozes e memórias das personagens das suas infâncias, personagens que viajaram desde o Oriente para a Amazónia. E as personagens que nasceram ali, mais cedo ou mais tarde, partem. Em Relato de Um Certo Oriente há ainda uma outra viagem que só Milton Hatoum pode contar. O manuscrito de Relato de Um Certo Oriente, diz, foi "um manuscrito nómada". Aqui, traçamos o mapa dessa viagem, dessa aventura da escrita. BarcelonaNum apartamento do Bairro de Gràcia, em Barcelona, Milton Hatoum ficou a ver as folhas ficarem azuis, amarelas, finalmente negras. Estava naquela que lhe tinha parecido, logo na escola, a cidade mais bonita do mundo, com as curvas de Gaudí, mas pensava em Manaus, a muitos mil quilómetros de distância e nos anos que os separavam. As páginas encolhiam pelo fogo até não restar nada daquelas 245 páginas de um suposto romance chamado Brasileiros Perdidos por aí. Era uma história muito próxima da sua experiência na ditadura brasileira durante os anos 70. Agora, no início da década de 80, ele era ainda jovem e tinha tempo para escrever um romance verdadeiro - isto é, tão comovente que não pudesse deixar de ser publicado. Com as chamas aprendeu - e foi uma lição para toda a vida - que a literatura precisa da mediação do tempo. O romance "político" que tinha querido escrever só o escreveria 20 anos mais tarde (Cinzas do Norte, de 2005). Pouco tempo depois, começou, naquela cidade que tinha sido para ele a dada altura a mais bonita do mundo, a ausentar-se para a cidade da infância. A cidade da infância, Manaus, era o paraíso. No paraíso, deve sempre haver quem conte histórias. ParisTinha apenas duas palavras: "melodia perdida"; e muitas vozes a que não sabia como dar um corpo e um caminho. Decidiu começar pelo fim. Escrever era um acto passional, sim, e era imprevisível, mas ele precisava pelo menos de saber que haveria um fim para aquela loucura, que a viagem terminaria em algum lugar.
REFERÊNCIAS:
Acidente de autocarro com portugueses faz oito feridos em França
Um autocarro de matrícula luxemburguesa que transportava um grupo de portugueses despistou-se caiu esta sexta-feira numa vala junto a uma auto-estrada no centro de França. Oito portugueses ficaram feridos. (...)

Acidente de autocarro com portugueses faz oito feridos em França
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um autocarro de matrícula luxemburguesa que transportava um grupo de portugueses despistou-se caiu esta sexta-feira numa vala junto a uma auto-estrada no centro de França. Oito portugueses ficaram feridos.
TEXTO: O acidente ocorreu pelas 8h30 locais (7h30 em Lisboa) na auto-estrada A10, em d'Avaray, na zona de Loir-et-Cher, cerca de 170 quilómetros a sul de Paris, em circunstâncias ainda não apuradas pelas autoridades. De acordo com a polícia, citada pela agência France Press, no autocarro seguiam 44 pessoas, a grande maioria de nacionalidade portuguesa e quatro ou cinco de nacionalidade espanhola. Do acidente resultaram oito feridos, sem aparente gravidade. O cônsul honorário de Portugal em Tours, Louis Palheta, e o deputado do PSD Carlos Alberto Gonçalves, eleito pelo círculo da emigração, estão a acompanhar o caso e garantiram à agência Lusa que nenhum português corre perigo de vida. O deputado, que esteve no hospital a acompanhar a situação, nega a existência de dois feridos graves e, em declarações à agência Lusa, explicou que os “casos críticos”, que haviam sido noticiados na imprensa francesa pela manhã, são apenas “casos de fracturas” que “não implicam risco de vida para os pacientes”. A empresa Simon Tours, proprietária do autocarro, irá conduzir ao seu destino todos os passageiros que já não precisarem de cuidados médicos, adiantou à Lusa O motorista que conduzia o autocarro na altura do acidente – na viatura seguia um segundo motorista – está detido para interrogatório para que sejam apuradas as causas do acidente. Um valente susto António Gonçalves, 43, escapou ileso. O emigrante português no Luxemburgo de 43 anos, em declarações à Lusa, explicou como tudo aconteceu em segundos: “Eu vinha num dos bancos da frente, e vinha a ver um filme. De repente – foi em segundos – o autocarro começou a ir para a berma, e eu só tive tempo de me segurar. Quando dou por mim já o autocarro está tombado, umas pessoas a voarem por cima das outras, vidros partidos”. O susto foi grande. António apercebeu-se rapidamente de que o pior podia acontecer. “Só tive tempo de me agarrar, porque vi o que ia acontecer, segurei-me”, explicou em conversa telefónica à Lusa. O emigrante referiu ainda que foram prontamente socorridos e que todos os passageiros estão a receber apoio psicológico. António, tal como outros passageiros, aguarda o regresso por uma decisão médica, para saber se “ está em condições de regressar a casa”. A maioria deverá fazê-lo ainda nesta sexta-feira. Notícia actualizada e corrigida às 19h46 Rectificado o número de feridos. Acrescentada nova informação.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
Para Breivik, ser internado “seria pior do que a morte”
A maratona de interrogatórios e avaliações médico-legais e as dez semanas de julgamento tiveram o desfecho que Anders Breivik queria: ser considerado são por crimes que dizia serem "ideologicamente motivados". Para ele, ser internado “seria pior do que a morte”. (...)

Para Breivik, ser internado “seria pior do que a morte”
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.4
DATA: 2012-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: A maratona de interrogatórios e avaliações médico-legais e as dez semanas de julgamento tiveram o desfecho que Anders Breivik queria: ser considerado são por crimes que dizia serem "ideologicamente motivados". Para ele, ser internado “seria pior do que a morte”.
TEXTO: Ao longo de todo o processo judicial, Breivik insistiu que queria ser levado a sério, que não estava louco e que agiu em “legítima defesa”. Desde o início confessou a autoria dos ataques de 22 de Julho e foi preso logo em seguida, estando em regime de isolamento total até 17 de Outubro. Nos primeiros meses a seguir aos atentados, a polícia e as autoridades norueguesas esforçaram-se por perceber que razões moviam aquele homem. A 14 de Agosto levaram-no à ilha de Utoya para reconstituir o percurso do tiroteio. Breivik lembrava-se com exactidão de todos os tiros que tinha disparado e de todas as pessoas que tinha morto. Segundo a polícia, Breivik “não se mostrou indiferente, mas também não mostrou arrependimento pelos seus actos”. Até meados de Novembro de 2011, Breivik foi submetido a 18 interrogatórios que, ao todo, duraram cerca de 130 horas. Depois, seguiram-se as avaliações médico-legais que questionavam a sua sanidade. A primeira concluiu que sofria de “esquizofrenia paranóide” e que, por isso, não podia ser considerado responsável pelos seus actos. Mas um grupo de três especialistas que o acompanhou posteriormente na prisão considerou não haver sinais de psicose. Em Janeiro deste ano, a juíza Wenche Elizabeth Arntzen ordenou uma nova avaliação que acabou por o considerar são. Mas a versão adoptada pela acusação foi a primeira: Breivik deveria mesmo ser internado. E este contestou. A 4 de Abril, o jornal norueguês Verdens Gang publicava uma carta de 38 páginas escrita por Breivik, onde este contestava a avaliação que lhe atribuía esquizofrenia paranóide e insistia que os seus crimes foram “ideologicamente motivados”. Na carta, dizia que preferia morrer a ser internado numa instituição psiquiátrica. “Enviar um activista político para um hospício é mais sádico e mais maléfico do que matá-lo!” Anders Breivik insistia em ser julgado como uma pessoa sã e imputável, confessando os ataques mas rejeitando quaisquer responsabilidades criminais pelos seus actos. As conclusões daquela avaliação "são invenções e mentiras maldosas usadas para sustentar as suposições" dos médicos, sustentou o arguido. Breivik disse que os "ficaram emocionalmente perturbados" com os actos que cometera e concluiu: "Então decidiram que eu só podia ser louco". O julgamentoNa primeira audiência, a 16 de Abril, entrou vestido com um fato escuro, sorriu e depois de o guarda lhe retirar as algemas, levantou o braço e fez um gesto com um punho erguido, vista como uma saudação de extrema-direita. Declarou-se “inocente” e mostrou-se impassível durante toda a sessão. Ouviu ler o nome das 77 vítimas dos ataques e chorou quando foi mostrado na sala um vídeo de propaganda de sua autoria, divulgado a 22 de Julho, o dia dos ataques. Breivik pediu em tribunal desculpa aos familiares das vítimas sem filiação política, recusando-se a fazer o mesmo pelos adolescentes mortos na ilha de Utoya. O massacre dos jovens e de funcionários ministeriais foi "atroz, mas necessário", disse. “Reconheço os factos mas não a culpabilidade”, disse Breivik, quando lhe foi perguntado se se considerava culpado pela morte de 77 pessoas nos atentados contra um edifício do Governo em Oslo e num encontro de jovens trabalhistas na ilha de Utoya. Depois alegou “legítima defesa” e disse ter agido “contra os traidores da pátria”. Disse que o Partido Trabalhista – que organizava na ilha de Utoya um encontro dos quadros jovens do seu movimento – era um “alvo legítimo” porque apoia a imigração e o multiculturalismo, políticas que, segundo o arguido, farão com que o Islão passe a controlar a Europa. No mesmo dia, Breivik disse à juíza Wench Elizabeth Arntzen: “Não reconheço os tribunais noruegueses. Vocês receberam o vosso mandato dos partidos políticos, que apoiam o multiculturalismo. Não reconheço a autoridade deste tribunal. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte imigração tribunal prisão homem morto
Novo sistema de pré-pagamento de portagens para viaturas estrangeiras com 100 mil adesões
O novo sistema de pagamento de portagens electrónicas para veículos de matrícula estrangeira, nas antigas SCUT, denominado EasyToll, registou 100 mil adesões em apenas dois meses de implementação. (...)

Novo sistema de pré-pagamento de portagens para viaturas estrangeiras com 100 mil adesões
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0
DATA: 2012-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: O novo sistema de pagamento de portagens electrónicas para veículos de matrícula estrangeira, nas antigas SCUT, denominado EasyToll, registou 100 mil adesões em apenas dois meses de implementação.
TEXTO: Segundo informou hoje à agência Lusa fonte da Estradas de Portugal (EP), entre 1 de Julho e 31 de Agosto este sistema recebeu 100 mil adesões, através dos quatro pontos instalados junto à fronteira com Espanha. Com o sistema EasyToll é possível aos condutores de veículos com matrícula estrangeira associar essa matrícula a um cartão bancário, apenas pela sua passagem, sendo válido pelo período de um mês e as passagens debitadas nessa conta. “São números que demonstram tratar-se de uma solução que vai ao encontro das necessidades tanto para turistas que nos visitam como para os emigrantes que regressam em férias ao nosso país e que, assim, de uma forma mais simples cómoda e segura, podem facilmente circular nas auto-estradas com portagens electrónicas”, explicou fonte da EP. Estas 100 mil adesões ao sistema distanciam-se das 22 mil registadas entre Janeiro e Junho, no modelo de pré-pagamento anteriormente disponível para viaturas de matrícula estrangeira. Entre Julho e Agosto foram registadas 33. 000 adesões na A22 (Vila Real de Santo António), cerca de 22. 500 na A24 (Chaves) e mais de 39. 900 na A25 (Vilar Formoso). Este sistema funciona ainda em Vila Nova de Cerveira, junto à Estrada Nacional 13, pouco antes da entrada na A28, aonde foram registadas 4. 600 adesões desde 1 de Julho. A A25, principal porta de entrada no país dos emigrantes que regressam para as habituais férias de verão, foi a que registou maior movimento neste sistema e apenas num dia, a 4 de Agosto, contabilizou 2. 609 adesões. Na A24, no mesmo dia de Agosto, foram contabilizadas 1. 547 adesões enquanto que no Algarve o acesso à A22 com este modelo de cobrança registou, igualmente a 4 de Agosto, 1. 547 adesões. Na EN13, em Vila Nova de Cerveira, o dia 15 de Agosto foi o de maior movimento no acesso a este sistema, com 230 adesões.
REFERÊNCIAS:
Tempo Junho Janeiro Julho Agosto
PS avisa que “é altura de dizer basta e separar as águas”
Os avisos do PS não param. O líder parlamentar Carlos Zorrinho voltou a dizer que está na “altura de dizer basta e de separar as águas”. (...)

PS avisa que “é altura de dizer basta e separar as águas”
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os avisos do PS não param. O líder parlamentar Carlos Zorrinho voltou a dizer que está na “altura de dizer basta e de separar as águas”.
TEXTO: “O Governo não fez outra coisa senão afastar-se do PS e da sociedade portuguesa, ignorar os sinais e as propostas, radicalizar as opções. É por isso altura de dizer basta e de separar as águas”, afirmou Zorrinho esta tarde numa declaração política no Parlamento, antes do debate com o ministro das Finanças. Para o PS, o Governo “destruiu a sua credibilidade perante o país" - o que é "o primeiro passo para destruir a credibilidade internacional", avisa Zorrinho. E isso, o PS não deseja, dizendo-se aberto "a trabalhar com todos. No Parlamento e fora dele. "Zorrinho citou os três parágrafos da intervenção de António José Seguro no fim-de-semana, em Penafiel, em que deixou no ar a ameaça de que o PS irá votar contra o Orçamento do Estado. “Quando o primeiro-ministro opta por estas medidas [de austeridade] não pode ignorar o que o PS tem dito sobre a consequência que isto terá na votação que faremos do OE para 2013”, avisou então Seguro. “Não há memória”, disse Zorrinho, “de uma estratégia ideológica para formar o empobrecimento do país, a emigração, o desemprego, as falências das empresas e o desespero das famílias”. O líder parlamentar socialista classificou a austeridade do Governo como uma “obsessão”, considerando que um ano depois, a equipa de Pedro Passos Coelho insiste no “experimentalismo” e faz dos portugueses “cobaias de políticas fora do alvo e desadequadas”. A prova disso é que apesar de Portugal ter o salário mínimo mais baixo do sul da Europa, “o Governo não se coíba de, pela primeira vez, o fazer recuar”. As novas medidas de austeridade estão a provocar “uma espiral recessiva que está a matar a economia real e a destruir a vida” da população. Por isso, aponta Zorrinho, “o Governo não tem política económica, não tem política europeia, nem vestígios de sensibilidade social”.
REFERÊNCIAS:
Maria Teresa Horta recusa receber prémio literário das mãos de Passos Coelho
A escritora Maria Teresa Horta, distinguida com o Prémio D. Dinis pelo romance “As Luzes de Leonor”, disse esta terça-feira à Lusa que não o aceita receber das mãos do primeiro-ministro, conforme o previsto. (...)

Maria Teresa Horta recusa receber prémio literário das mãos de Passos Coelho
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.1
DATA: 2012-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: A escritora Maria Teresa Horta, distinguida com o Prémio D. Dinis pelo romance “As Luzes de Leonor”, disse esta terça-feira à Lusa que não o aceita receber das mãos do primeiro-ministro, conforme o previsto.
TEXTO: A entrega do Prémio D. Dinis esteve agendada para dia 28, sexta-feira da próxima semana, numa cerimónia com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. “Na realidade eu não poderia, com coerência, ficar bem comigo mesma, receber um prémio literário que me honra tanto, cujo júri é formado por poetas, os meus pares mais próximos - pois sou sobretudo uma poetisa, e que me honra imenso -, ir receber esse prémio das mãos de uma pessoa que está empenhada em destruir o nosso país”, explicou Maria Teresa Horta à Lusa. “Sempre fui uma mulher coerente; as minhas ideias e aquilo que eu faço têm uma coerência”, salientou a escritora que acrescentou: “Sou uma mulher de esquerda, sempre fui, sempre lutei pela liberdade e pelos direitos dos trabalhadores”. Para Maria Teresa Horta, “o primeiro-ministro está determinado a destruir tudo aquilo que conquistámos com o 25 de Abril [de 1974] e as grandes vítimas têm sido até agora os trabalhadores, os assalariados, a juventude que ele manda emigrar calmamente, como se isso fosse natural”. A autora afirmou que “o país está a entrar em níveis de pobreza quase idênticos aos das décadas de 1940 e 1950 e, na realidade, é ele [Passos Coelho], e o seu Governo, os grandes mentores e executores de tudo isto”. “Não recuso o prémio que me enche de orgulho e satisfação, recuso recebê-lo das mãos do primeiro-ministro”, deixou claro Maria Teresa Horta. A escritora disse que já informou a Fundação Casa de Mateus da sua decisão, assim como a sua editora e falou com cada um dos membros do júri. A premiada salientou ainda a “satisfação” que lhe deu ter sido distinguida “por um júri que representa três gerações de poetas: o Vasco Graça Moura que é da minha [geração], o Nuno Júdice, que é da seguinte, e o Fernando Pinto do Amaral, que é a mais nova”. No sítio da Fundação Casa de Mateus, na Internet, é afirmado que “a sessão solene de entrega do Prémio será agendada brevemente”. O Prémio Literário D. Dinis, instituído pela Fundação da Casa de Mateus, foi atribuído por unanimidade à escritora, pela obra “As luzes de Leonor. A marquesa de Alorna, uma sedutora de anjos, poetas e heróis”, editado pelas Publicações D. Quixote. Instituído em 1980 pela Fundação Casa de Mateus, em Vila Real, o galardão é atribuído a uma obra literária - de poesia, ensaio ou ficção - publicada no ano anterior ao da atribuição do prémio. “As Luzes de Leonor”, obra editada em 2011, é um romance sobre a vida da marquesa de Alorna, Leonor de Almeida Portugal de Lorena e Lencastre (1750-1839), neta dos marqueses de Távora, uma mulher que se destacou na história literária e política de Portugal num período denominado como “o século das luzes”. D. ª Leonor de Lorena e Lencastre é avó em quinto grau de Maria Teresa Horta, nascida em 1937, em Lisboa. Maria Teresa Horta estudou na Faculdade de Letras de Lisboa, foi jornalista e activista do Movimento Feminista de Portugal, com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, com quem escreveu o livro “Novas Cartas Portuguesas”. “Amor Habitado” (1963), “Ana” (1974) e “O Destino” (1997) contam-se entre mais de duas dezenas de obras publicadas da escritora. Notícia actualizada: corrigida data prevista para a entrega do prémio
REFERÊNCIAS:
EUA vão sortear 55 mil vistos de residência
Os Estados Unidos vão sortear online 55 mil vistos de residência, a partir de 2 de Outubro, através do programa Diversity Visa Lottery. (...)

EUA vão sortear 55 mil vistos de residência
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os Estados Unidos vão sortear online 55 mil vistos de residência, a partir de 2 de Outubro, através do programa Diversity Visa Lottery.
TEXTO: Para serem elegíveis, os candidatos têm de ser cidadãos de países com baixas taxas de entrada de imigrantes (como é o caso de Portugal), ter habilitações ao nível do ensino secundário e um mínimo de dois anos de experiência num posto de trabalho, nos últimos cinco anos. Não podem participar no programa nacionais de países de onde, nos cinco anos anteriores, tenham saído mais de 50. 000 imigrantes para os Estados Unidos. No Diversity Visa Lottery de 2013 vão ficar de fora países como o Reino Unido, o Brasil, a China, a Colômbia, a Índia e a Coreia do Sul. Nenhum país pode receber mais de 7% dos vistos disponíveis, ou seja mais de 3500 autorizações de residência. Os beneficiados são escolhidos aleatoriamente por um computador. Aqueles que receberem um visto de residência podem viver nos Estados Unidos por tempo indefinido. Se desejarem, após cinco anos de permanência consecutiva, podem pedir a cidadania norte-americana. O sorteio foi criado pelo Congresso através do Immigration Act de 1990, mas o primeiro Programa de Diversidade de Vistos de Imigrantes realizou-se em 1995. Em 2005, o então Presidente dos Estados Unidos George W. Bush defendeu uma reforma do sistema de imigração. Alguns dos projectos de lei apresentados no Congresso propuseram o fim deste sorteio. Em 2011, foi necessário realizar o sorteio duas vezes, quando o Departamento de Estado norte-americano concluiu que a primeira ronda não tinha sido realizada de forma aleatória, devido a um erro de programação do computador. Muitos dos que acidentalmente ganharam o visto na primeira ronda não o receberam na segunda, o que levou alguns dos candidatos a processarem o Departamento de Estado norte-americano. O processo de registo para o programa de 2014 decorre entre 2 de Outubro e 3 de Novembro deste ano. Os vistos que forem atribuídos (no Verão de 2013) serão entregues no ano fiscal de 2014 (1 de Outubro de 2013 a 30 de Setembro de 2014). O anterior programa apenas atribuiu 40 vistos a portugueses. A emigração portuguesa para os Estados Unidos tem vindo a cair continuamente ao longo das últimas décadas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei imigração
“Basta”, gritaram os manifestantes durante as oito horas do Conselho de Estado
Milhares de manifestantes concentraram-se durante longas horas em Belém enquanto decorria a reunião do Conselho de Estado, que se prolongou pela madrugada deste sábado. Com vídeo (...)

“Basta”, gritaram os manifestantes durante as oito horas do Conselho de Estado
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Milhares de manifestantes concentraram-se durante longas horas em Belém enquanto decorria a reunião do Conselho de Estado, que se prolongou pela madrugada deste sábado. Com vídeo
TEXTO: Tal como à entrada para a reunião, os carros dos conselheiros de Estado que saíam do portão principal do Palácio de Belém foram apupados pelos resistentes que se mantinham colados ao cordão policial reforçado durante a noite pela PSP. Numa demonstração de descontentamento em relação à classe política, repetia-se em coro: “Cobardes, cobardes” e “o povo unido jamais será vencido”. Durante a noite, viveram-se momentos de tensão, mas os manifestantes mantiveram-se em Belém à espera que o Conselho de Estado terminasse, o que só veio a acontecer à 1h de sábado. A vigília – convocada para pedir a demissão do Governo – começou mesmo antes do início do Conselho de Estado, que arrancou às 17h15. Assobios, apitos, gritos, bombos e alguns petardos lançados entre a massa ouviram-se dentro do palácio durante as cerca de oito horas da reunião. A PSP reforçou o cordão de segurança frente ao Palácio de Belém, onde cinco pessoas foram detidas, quatro delas por arremesso de petardos. Alguns resistentes esperaram que a reunião terminasse para repetirem palavras de ordem. Milhares concentrados no jardim em frente ao palácio, separados por barreiras e forças policias, gritavam durante a tarde: “Aqui Portugal, ali o capital” ou “Cavaco, escuta: o povo está em luta”. Ouviram-se protestos contra a troika, o Executivo e o Presidente da República. E “Basta” voltou a ser uma mensagem de revolta presente. Para o ministro das Finanças, que Cavaco Silva chamou para estar presente na reunião do Conselho de Estado, a multidão gritou: “Vítor Gaspar, és muito lento a falar e quando abres essa boca dás orgulho a Salazar”. O início da acção de protesto estava marcado para as 18h, mas as pessoas começaram a concentrar-se logo ao início da tarde. Por volta das 16h30, várias dezenas de manifestantes já estavam presentes e o protesto foi engrossando. Myriam Zaluar, uma das organizadoras da vigília, apontava minutos antes das 19h para a presença de dez mil pessoas, número que seria revisto em alta pela organização para cerca de 15 a 20 mil pessoas, segundo a SIC Notícias. A PSP não avançou com números. Para a deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago, que se juntou à multidão, esta é – depois da manifestação de sábado – mais uma “prova de que há aqui uma vontade democrática que não apoia nenhuma medida [anunciada pelo Governo], nem a continuação desta austeridade”. Um dos objectivos dos organizadores é a demissão do Governo. Myriam Zaluar insiste que é preciso rasgar o Memorando de Entendimento assinado com a troika e volta a pedir que o Executivo se demita. Da multidão, um grito que ganhou força no último sábado: “Está na hora, está na hora de o Governo se ir embora”. João Camargo, outro dos organizadores, considera que “tem de ser o povo a decidir”. “Não podemos esperar que sejam eles lá dentro”, diz. Teresa Delgado, de 53 anos, esteve na rua no último sábado. Hoje, juntou-se ao protesto em Belém pelas mesmas razões. Está desempregada há dois anos, já não tem direito a receber subsídio de desemprego. Quer uma mudança. Mas avisa: “Se houver um governo de salvação nacional, mudam as moscas, mantém-se a trampa”. Rute Cerqueira, estudante de Enfermagem, veio trajada com outros colegas para fazer ouvir a voz dos estudantes. Marca uma posição: dizer que não querem ser obrigados a emigrar. E acrescenta uma nota: “Se a minha mãe governasse a nossa casa como este Governo governa o país, eu tinha morrido à fome”. Esta concentração pretende também “demonstrar que 15 de Setembro não foi uma mera catarse colectiva, mas um desejo extraordinário de mudança de rumo”, descrevem os promotores na página oficial da manifestação.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP TROIKA