Nacionalistas provocam confrontos em manifestação contra medidas de austeridade
Cerca de 1500 pessoas percorreram neste sábado as ruas do Marquês de Pombal até ao Parlamento, em Lisboa. Os protestos são contras as medidas de austeridade e o que estão a fazer à vida dos portugueses, resume Gonçalo Fonseca, que falou em nome da Plataforma 15 de Outubro, que junta 41 movimentos independentes. (...)

Nacionalistas provocam confrontos em manifestação contra medidas de austeridade
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de 1500 pessoas percorreram neste sábado as ruas do Marquês de Pombal até ao Parlamento, em Lisboa. Os protestos são contras as medidas de austeridade e o que estão a fazer à vida dos portugueses, resume Gonçalo Fonseca, que falou em nome da Plataforma 15 de Outubro, que junta 41 movimentos independentes.
TEXTO: Cerca de 1500 pessoas percorreram neste sábado as ruas do Marquês de Pombal até ao Parlamento, em Lisboa. Os protestos são contras as medidas de austeridade e o que estão a fazer à vida dos portugueses, resume Gonçalo Fonseca, que falou em nome da Plataforma 15 de Outubro, que junta 41 movimentos independentes. Os lamentos de Cavaco Silva quanto aos seus rendimentos estiveram na boca de muitos manifestantes. O protesto ficou marcado por confrontos com um grupo de nacionalistas. “Cavaco pobrezinho! Podes Emigrar”, lê-se no cartaz que Vítor, funcionário de 57 anos numa escola, segura nas mãos. O dia está bonito e ele esteve mesmo para ir fazer uma caminhada, mas quando ouviu o presidente da República a dizer que “mal ganhava para as despesas” não aguentou. E veio, sozinho, “dar o seu contributo para o futuro do país: o Presidente pode emigrar, era menos um com dificuldades” graceja. Mais atrás, Leandro Viola, “reformado indignado”, caminha vagaroso, amparado pela mulher. Tem 76 anos e tem uma reforma “que não chega para ao ordenado mínimo, mal chega para os medicamentos”. Participaram cerca de 1500 pessoas, estima o chefe da Divisão de Trânsito da PDP, Celestino Nunes. A organização não avança com números de manifestantes. No protesto vêem-se sobretudo rostos de jovens, com grupos muito variados, desde o Movimento de Amigos de José Afonso até grupos que defendem hortas urbanas. Carolina Madeira, bióloga de 23 anos, tem para oferecer “Abraços Grátis” e explica que veio com os amigos para defender que “a mudança começa em nós, se partilharmos os nosso sonhos com amor”. Num placard branco sobre rodas Carolina e amigos convidam os manifestantes a deixar escritos as suas “visões, sonhos e soluções para Portugal”. De megafone em punho, pede-se “o direito à alegria” e oferece-se “o abracinho”, com o tom de quem oferece pechinchas na feira. Carolina continua a sorrir mesmo depois do episódio “muito triste” que aconteceu não muito longe de onde ela está. Confrontos com nacionalistasCerca de 15 membros do Movimento de Oposição Nacional, que se afirma como nacionalista, juntaram-se à cauda do protesto e logo tiveram reacções de repúdio. “Fascismo nunca mais, 25 de Abril Sempre”, gritaram vários jovens, alguns deles usando máscara. Francisco Garcia dos Santos, um dos elementos do grupo nacionalista explica que foram mal recebidos e agredidos pela “pedrada de um pseudo-democrata”, dizendo que um dos elementos teve que ir para o hospital. No final dos confrontos, um dos manifestantes que vaiou o grupo subiu para o cimo de uma paragem de autocarro e queimou uma bandeira do grupo nacionalista. O corpo de intervenção da PSP interveio e separou o grupo nacionalista do resto dos manifestantes. O grupo manteve-se na marcha mas foi mantido a distância em relação ao corpo do protesto, estando rodeado por cerca de 25 polícias. Título alterado às 19h21
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Como cortejar o voto latino com um pouco de español
Newt Gingrich pode ter conquistado a Carolina do Sul há uma semana mas não tem um filho que fala espanhol. Domingo à tarde, num encontro com eleitores hispânicos em Hialeah, um enclave cubano a 15 minutos de Miami, Mitt Romney pediu ao seu filho mais novo para dizer umas palavras. "Mi papá no habla español. Pero habla el idioma de la economía y de la prosperidad", disse Craig Romney, que foi missionário da Igreja Mórmon no Chile, onde aprendeu a falar espanhol. (...)

Como cortejar o voto latino com um pouco de español
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.09
DATA: 2012-01-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Newt Gingrich pode ter conquistado a Carolina do Sul há uma semana mas não tem um filho que fala espanhol. Domingo à tarde, num encontro com eleitores hispânicos em Hialeah, um enclave cubano a 15 minutos de Miami, Mitt Romney pediu ao seu filho mais novo para dizer umas palavras. "Mi papá no habla español. Pero habla el idioma de la economía y de la prosperidad", disse Craig Romney, que foi missionário da Igreja Mórmon no Chile, onde aprendeu a falar espanhol.
TEXTO: Durante meses, os candidatos republicanos às presidenciais americanas têm mantido uma retórica musculada em relação à imigração – quem quer que tenha assistido aos debates televisivos, ouviu propostas como electrificar a fronteira com o México e expulsar 11 milhões de imigrantes ilegais. Mas, assim que chega a vez das primárias na Florida, um dos maiores estados americanos, os candidatos começam subitamente a falar espanhol - ou têm alguém que o faça por eles. E, aparentemente, resulta. "Fiquei impressionada com o filho de Romney. Ouviu-o a falar espanhol?", pergunta Terri Falero, de 60 anos, uma exilada que deixou Cuba em 1961 – "um ano depois de Fidel chegar ao poder", como faz questão de dizer. Os candidatos tendem a suavizar um pouco o tom na Florida ou a evitar o tema, mas há uma razão por que a dureza das suas posições em relação à imigração não desencoraja necessariamente o voto hispânico neste estado: cubanos e porto-riquenhos são os dois maiores grupos latinos na Florida, e nenhum deles tem problemas de imigração. Qualquer cubano é reconhecido como um exilado político nos Estados Unidos e é-lhe automaticamente concedido o direito de residência. Os porto-riquenhos são cidadãos americanos. A imigração ilegal é vista aqui como um problema que afecta mexicanos, que são uma pequena minoria na Florida. "Acho que só Deus poderá arranjar uma solução para a imigração", diz Terri Falero. É uma forma de pôr uma pedra sobre o assunto. Como cortejar, então, o voto latino na Florida? Regra número um: atacar Fidel Castro. Em Hialeah, onde mais de 90 por cento da população é de origem cubana, Mitt Romney descreveu o líder cubano como fundamentally evil, a personificação do mal. - "Buuuuuuuuuuuu", reagiu a multidão, num coro pavloviano. Romney também sugeriu que o Presidente Obama tem sido benevolente para com "os piores actores do mundo, como Castro, Chavez, Ahmadinejad e Kim Jong-un". - "Buuuuuuuuuuuu. "Um dos anúncios de Newt Gingrich na Florida, narrado em espanhol, proclama que "os Estados Unidos estão a ficar parecidos" com o regime cubano. A economia como negócioTradicionalmente, a comunidade cubana na Florida é maioritariamente republicana. O regime socialista em Cuba fê-los desconfiar irremediavelmente da esquerda, seja qual for a sua forma. "A dita esquerda não nos está no sangue", resume Terri. Obama facilitou o envio de remessas para Cuba, permitindo que exilados possam ajudar os seus familiares na ilha, e criou maiores oportunidades de viagem entre os Estados Unidos e Cuba, mas isso não é necessariamente popular entre o público que assistia ao comício de Romney há dois dias. "Isso só beneficia e perpetua o Governo cubano", criticava Ana Marín, dona do restaurante Casa Marín, onde Romney trinchou um leitão assado e conviveu com a clientela cubana. Alguns mal falavam inglês, como René Espinosa. "Ele não é perfeito. Mas, de momento, é o melhor", diz. E Obama? "O fato é demasiado grande para ele. " Romney, o homem de negócios, não apareceu de fato em Hialeah, mas de mangas arregaçadas. Ou seja: um homem do povo. Mas o populismo anticastrista não é um exclusivo de Romney. Gingrich sugeriu num debate na Florida que Fidel irá para o inferno quando morrer (o público aplaudiu prontamente). E, falando na Florida International University, disse que gostaria de ver uma "Primavera Cubana". Mas o perfil de Romney como homem de negócios parece dar-lhe alguma vantagem num estado onde os níveis económicos estão abaixo da média nacional e o desemprego é mais alto entre a população hispânica. "O que gosto mais em Romney é que é uma pessoa que fez a sua fortuna à custa do seu trabalho", diz Diosdado Marín, marido de Ana. "Da maneira que está a economia, precisamos de um economista e não de um dialogueiro. " Um dialogueiro? Obama.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração filho homem comunidade minoria desemprego ilegal
Sheldon Adelson: o multimilionário que ressuscitou Gingrich
Aqueles que só encontram cinismo, dissimulação e calculismo na actividade política, juram que o ex-speakerda Câmara de Representantes, Newt Gingrich, só disse que "os palestinianos são um povo inventado" para atrair a atenção de Sheldon Adelson. O magnata do jogo, que construiu um império internacional de casinos, hotéis e centros de convenções, de Las Vegas a Macau, ainda não tinha feito a sua aposta na corrida à nomeação republicana para as presidenciais de Novembro. As inflamatórias declarações de Gingrich eram música para os seus ouvidos. (...)

Sheldon Adelson: o multimilionário que ressuscitou Gingrich
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Aqueles que só encontram cinismo, dissimulação e calculismo na actividade política, juram que o ex-speakerda Câmara de Representantes, Newt Gingrich, só disse que "os palestinianos são um povo inventado" para atrair a atenção de Sheldon Adelson. O magnata do jogo, que construiu um império internacional de casinos, hotéis e centros de convenções, de Las Vegas a Macau, ainda não tinha feito a sua aposta na corrida à nomeação republicana para as presidenciais de Novembro. As inflamatórias declarações de Gingrich eram música para os seus ouvidos.
TEXTO: Para o multimilionário de 78 anos, o oitavo homem mais rico da América, o apelo da mensagem pró-Jerusalém de Gingrich era naturalmente irresistível. Adelson é, há várias décadas, o mais poderoso financiador do lobbyjudeu nos Estados Unidos (o seu dinheiro movimenta a AIPAC, a Zionist Organization of America, o One Jerusalem e a Republican Jewish Coalition) e o mais feroz opositor da solução de dois estados, Israel e Palestina, a conviver pacificamente - a política oficial da diplomacia norte-americana que o antigo speakerpromete reverter se chegar à Casa Branca. Depois dos resultados decepcionantes no Iowa e New Hampshire, a eleição de Gingrich tinha-se tornado uma miragem. Até que Adelson chegou em seu auxílio: um primeiro cheque de cinco milhões de dólares, entregue ao grupo de apoio aoex-speaker"Winning Our Future", "pagou" a vitória de Gingrich na primária da Carolina do Sul. O dinheiro não só impediu a aclamação antecipada de Mitt Romney, o candidato favorecido pelo establishmentdo partido, como manteve a corrida republicana aberta e competitiva - outros cinco milhões foram imediatamente entregues (desta feita por Miriam Adelson, a sua mulher) para financiar a etapa da Florida, que hoje termina. Gingrich, que brevemente liderou as sondagens naquele estado, está agora a mais de dez pontos de distância de Romney. Mas a vitória do seu adversário já não significa o fim para a sua campanha - agora vêm os caucusdo Nevada, e Sheldon Adelson, dono dos dois maiores casinos de Las Vegas, o Venetian e o Palazzo, até já conseguiu uma licença especial para manter os locais de voto abertos por mais seis horas, para que os judeus possam participar na eleição depois de cumprir o Sabath. Os rituais são importantes para Sheldon, filho de imigrantes judeus lituanos radicados em Boston - o pai, taxista, e a mãe, que vendia lãs, dividiam um único quarto com os quatro filhos. Aos 12 anos, Sheldon lançou-se nos "negócios": pediu 200 dólares emprestados a um tio e comprou o direito de vender jornais nas esquinas mais movimentadas de Boston. Aos 16 anos, investiu os lucros em máquinas de vender doces. Enquanto ainda estudava no liceu, tornou-se repórter de tribunal, mas depois decidiu entrar para o Exército. Terminado o serviço militar, juntou-se ao irmão para distribuir produtos de higiene em hotéis, um negócio que depois "evoluiu" para uma empresa de venda de químicos usados para descongelar os vidros dos automóveis. A solo, foi vendedor de imobiliário e de publicidade, antes de se tornar consultor financeiro e criar uma agência de viagens. A sua veia de empresário podia ser lucrativa ou desastrosa: antes dos 40 anos já tinha feito uma fortuna de cinco milhões de dólares e já tinha perdido tudo duas vezes. Em 1979, Adelson teve o seu rasgo de génio: criou a Comdex, uma feira em Las Vegas destinada aos profissionais do sector dos computadores que começava a pulsar. Em 1989, comprou o antigo hotel Sands, que prontamente demoliu para construir o maior centro de convenções do mundo, e dez anos mais tarde acrescentou-lhe o maior - e mais extravagante - casino da cidade do jogo. Com o novo milénio, expandiu operações para a geografia mais promissora em termos de apostadores: Macau. Em 2004, abriu o primeiro casino Sands, e em 2007 o correspondente Venetian. A capitalização bolsista da Las Vegas Sands (Adelson detém uma participação de 69%) rende-lhe aproximadamente um milhão de dólares por hora.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho tribunal mulher homem
Ministro da Economia considerou o projecto da Nissan inaceitável
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse hoje no Parlamento que o memorando assinado entre o Governo de José Sócrates e a Nissan “tinha considerações que não podiam ser atendidas”, respondendo na audição parlamentar pedida pelo PS para discussão do abandono pela empresa do projecto para construir uma fábrica de baterias próximo de Aveiro. (...)

Ministro da Economia considerou o projecto da Nissan inaceitável
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse hoje no Parlamento que o memorando assinado entre o Governo de José Sócrates e a Nissan “tinha considerações que não podiam ser atendidas”, respondendo na audição parlamentar pedida pelo PS para discussão do abandono pela empresa do projecto para construir uma fábrica de baterias próximo de Aveiro.
TEXTO: O ministro disse que afirmou construtor automóvel pretendia “um incentivo do reembolso do investimento em 30 por cento e um período de carência de sete anos”, acrescentando (citado pela Lusa) que o memorando assinado pelo anterior Governo “não reflectia qualquer tipo de garantia adicional”. E considerou que lhe faltavam “objectivos mais ambiciosos e mais concretos”. Santos Pereira respondia assim à acusação de Basílio Horta – actual deputado do PS que foi presidente do AICEP durante os governos de José Sócrates –, de que o Governo não terá prosseguido a negociação do contrato com a Nissan, com vista à construção de uma fábrica de baterias para carros eléctricos que representaria um investimento de 156 milhões de euros e criaria 200 postos de trabalho. “Herdaram um contrato que estava a ser negociado. O que fizeram? Prosseguiram as negociações?”, questionou Basílio Horta. Associou também o abandono deste projecto pela Nissan ao desinteresse do Governo pela mobilidade eléctrica (Mobi. E), sugerindo que a ideia poderá mesmo ter sido abandonada. “Houve descontinuidade quanto à mobilidade eléctrica? Vai ser alterada? Como?”, voltou a questionar. O ministro defendeu-se dizendo que as declarações dos responsáveis da Nissan “referem claramente que o projecto Mobi. E nada teve a ver com a suspensão” da construção da fábrica de baterias, a qual disse não ter sido anulada. Garantiu também que a mobilidade eléctrica não foi abandonada e que os postos de carregamento de carros eléctricos continuam a ser construídos. E adiantou que, ainda antes de o seu Governo ter tomado posse, em Maio de 2011, “o investimento projectado da Nissan já teria sido alterado, passando dos 240 milhões para 124 milhões de euros e de 50 mil baterias para 25 mil baterias e de quatro para duas as linhas de produção”. A audição do ministro na Comissão de Economia e Obras Públicas da Assembleia da República decorreu com nítida tensão até cerca de metade, com apartes e várias interpelações directas entre os deputados. O ministro terá dito a certa altura que o projecto do Governo do PS para os carros eléctricos seria “ostentatório”, ao que Basílio Horta respondeu: “Ostentatório é o carro que o senhor ministro herdou, com o que gasta. ”Luís Campos e Cunha, o deputado do PSD que presidia à sessão, chamou a certa altura a atenção dos deputados para o constante ruído de fundo, que perturbava os trabalhos, pedindo silêncio. Outro momento de grande tensão foi quando Agostinho Lopes, do PCP, acusou o Governo de estar a utilizar a “velha estratégia da mão-de-obra barata” para atrair investimento estrangeiro (que era o outro ponto da agenda de trabalhos). E considerou “uma fraude” dizer que as medidas do novo Código do Trabalho vão fazer aumentar o emprego, pois considera que terão o efeito contrário. Agostinho Lopes questionou também Santos Pereira sobre se os salários de 3000 euros pagos a “assessores recém-licenciados de 25 a 30 anos” é o valor de mercado, aludindo ao argumento de Eduardo Catroga para justificar a sua contratação para a EDP por 45 mil euros mês. O ministro não respondeu directamente a estas questões, e optou por se considerar vítima de um ataque pessoal por ser emigrante, na sequência de uma alusão de Agostinho Lopes a que Santos Pereira veio do estrangeiro. Num tom visivelmente exaltado, disse que tem “muito orgulho em ser emigrante e em ser português”, e falou dos sinais de orgulho em ser português que encontrou nas casas de vários emigrantes.
REFERÊNCIAS:
Automobilista detido em Faro por cometer seis infracções em simultâneo
A GNR deteve um homem que cometeu em simultâneo seis crimes e infracções: circulava num carro furtado, sem carta, estava alcoolizado, passou um sinal vermelho, estava ilegal e tinha droga. (...)

Automobilista detido em Faro por cometer seis infracções em simultâneo
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: A GNR deteve um homem que cometeu em simultâneo seis crimes e infracções: circulava num carro furtado, sem carta, estava alcoolizado, passou um sinal vermelho, estava ilegal e tinha droga.
TEXTO: A detenção ocorreu pelas 19h de terça-feira, quando o imigrante, de 35 anos, passou um sinal vermelho próximo da Conceição de Faro, nos arredores da capital algarvia, e foi mandado parar por uma patrulha da GNR durante uma operação de rotina, revelou fonte do Comando de Faro. A patrulha veio a apurar que o homem não tinha carta de condução, a viatura tinha sido furtada há seis meses em Águeda e o imigrante estava em situação irregular no país. Feito o teste do balão, constatou-se que o homem tinha uma taxa de alcoolemia de 1, 71 gramas/litro e estava na posse de cerca de 400 gramas de haxixe, o suficiente para responder por suspeita de tráfico. O suspeito será presente hoje a tribunal.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Sarkozy quer governar com referendos, o primeiro sobre os benefícios dos desempregados
O Presidente Nicolas Sarkozy ainda não é candidato à reeleição, nas eleições marcadas para 22 de Abril mas já faz campanha: propõe passar a fazer referendos sobre os benefícios dos desempregados e os direitos dos estrangeiros, numa entrevista que só será publicada na íntegra no "Le Figaro" no sábado mas que já está a criar uma tempestade política em França. (...)

Sarkozy quer governar com referendos, o primeiro sobre os benefícios dos desempregados
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.225
DATA: 2012-02-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente Nicolas Sarkozy ainda não é candidato à reeleição, nas eleições marcadas para 22 de Abril mas já faz campanha: propõe passar a fazer referendos sobre os benefícios dos desempregados e os direitos dos estrangeiros, numa entrevista que só será publicada na íntegra no "Le Figaro" no sábado mas que já está a criar uma tempestade política em França.
TEXTO: “Acredito que a melhor maneira de ultrapassar os bloqueios da nossa sociedade é dirigirmo-nos directamente ao povo francês”, diz Sarkozy, citado pelo jornal, numa notícia que avança algumas ideias da entrevista do Presidente. É apresentada também a capa da revista de sábado do jornal — a que um blogue do "Le Monde" chama “o primeiro cartaz de campanha de Nicolas Sarkozy”. Incomodados com a ideia de que o "Figaro" é o porta-voz de Sarkozy e do seu partido da direita gaulista, a UMP, os jornalistas da casa adoptaram uma moção, por unanimidade, afirmando que o diário em que trabalham “é um jornal de opinião, não é o boletim de um partido, de um governo, ou de um Presidente da República”. Mas o que pretende Sarkozy, que continua a fazer o seu jogo de escondidas com o eleitorado — só falta mesmo dizer “sou candidato”. Diz-se que deve entrar na liça oficialmente por volta de 16 de Fevereiro. Os “valores franceses” serão uma base da sua campanha, juntamente com o “trabalho, a responsabilidade e a autoridade”, adianta o "Libération". A grande novidade, dizem os jornais franceses, é a proposta de recurso aos referendos — um instrumento do qual ele, estranhamente, sempre deu poucos sinais de gostar. O Presidente quer usar a consulta popular para agir sobre a assistência social. “É preciso lançar uma mudança profunda da nossa organização, uma forma de revolução”, afirma. Quando a taxa de desemprego é a mais alta dos últimos 12 anos (10%) propõe perguntar aos cidadãos se os desempregados têm o direito de recusar uma formação ou um emprego. Outra área em que avança com propostas é a dos “direitos dos estrangeiros”. O que está em causa são os imigrantes, e Sarkozy propõe que a justiça administrativa “seja a única competente na matéria da imigração”. O objectivo é facilitar as expulsões, pois o Presidente não é favorável à regularização de imigrantes ilegais. Sarkozy prepara-se para apresentar a sua candidatura quando o seu ex-ministro do Orçamento e tesoureiro da campanha das presidenciais de 2007 (e também da UMP, até 2010) foi tornado arguido no processo Liliane Bettencourt. Eric Woerth foi considerado suspeito de “tráfico de influência passiva”, após 12 horas de interrogatório pelos juízes de instrução do processo que envolve a mulher mais rica de França, e por “receptação” — supõe-se que de pelo menos 140 mil euros em dinheiro, contribuições ilegais para a campanha de Sarkozy em 2007. Woerth foi afastado do Governo em Novembro de 2010, mas está hoje plenamente envolvido na “célula de contra-resposta” criada no Eliseu para preparar a candidatura de Sarkozy, diz o "Le Monde". Foi ele que contactou outro ex-ministro e amigo próximo do Presidente, Brice Hortefeux, que lidera este grupo, um ano depois da sua saída do Executivo. “Queria ser útil onde o posso ser”, explicou Woerth ao diário. Está portanto plenamente envolvido na estratégia de candidatura de Sarkozy.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos imigração mulher social desemprego
Portugueses nas zonas de fronteira vão a Espanha comprar medicamentos
Atravessar a fronteira e ir comprar medicamentos em Espanha já é vulgar no Minho e no Alentejo; farmacêuticos do lado de cá começam a queixar-se da quebra de lucros. (...)

Portugueses nas zonas de fronteira vão a Espanha comprar medicamentos
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Atravessar a fronteira e ir comprar medicamentos em Espanha já é vulgar no Minho e no Alentejo; farmacêuticos do lado de cá começam a queixar-se da quebra de lucros.
TEXTO: Espanha é um destino de eleição dos portugueses na hora da compra de medicamentos. Mesmo sem a comparticipação do Estado português, comprar do outro lado da fronteira continua a representar ganhos, apesar da baixa generalizada do preço dos medicamentos registada em território nacional graças à descida do preço dos genéricos e ao novo regime de formação de preços que passou a ter como países de referência Espanha, Itália e Eslovénia. Comprar uma embalagem de medicamento genérico com o princípio activo Omeprazol (28 unidades, 10 mg) custa, em terra espanhola, 2, 50 euros. Em Portugal, o medicamento com as mesmas características (mas em embalagens de apenas 14 unidades, pois não existe de 28) custa 3, 58 euros. Ou seja, em Espanha consegue-se o mesmo medicamento a menos de metade do preço, mesmo sem qualquer comparticipação. Este é apenas um dos exemplos que conduzem diariamente uma média de dois portugueses à Farmácia Alvarez Duran, no centro histórico da cidade galega de Tui, ao lado da fronteira com Valença (Minho). Ao PÚBLICO, a responsável pelo estabelecimento, Consuelo Alvarez Duran, confessou que ao fim-de-semana chegam a ser uma média de três dezenas os portugueses que ali vão propositadamente à procura de fármacos a preços mais económicos. "Vêm comprar sobretudo medicamentos para a terceira idade, que são mais baratos em Espanha, ou que não fabricam em Portugal, e produtos de parafarmácia. " Apesar de as autoridades espanholas não terem dados sobre o número de portugueses que recorrem às farmácias do país vizinho, é fácil confirmar os números. Chegar a uma farmácia de Tui e ouvir falar português é quase tão vulgar como numa farmácia portuguesa. Maria da Graça, de Famalicão, aproveitou estar de passagem para comprar um medicamento que descobriu casualmente ser mais barato no país vizinho, graças a uma escala que fez no aeroporto de Barcelona. Agora, sempre que vai a Espanha, aproveita para comprar, já que diz ser "bastante mais barato". À procura de médicosNa outra ponta da Península, na fronteira alentejana, o cenário é idêntico. Os portugueses rumam ao país vizinho à procura de fármacos a preços mais acessíveis, mas também à procura de médicos especialistas que não encontram do lado de cá. A proprietária da Farmácia Calado, em Elvas, confirma que os portugueses "recorrem muito" a especialistas em Badajoz. "Basta ir a um consultório e verifica-se que são mais os portugueses à espera de consulta", observa. Vários funcionários de farmácias localizadas entre Elvas e Vila Verde de Ficalho confirmaram ao PÚBLICO que as pessoas perguntam primeiro o preço do medicamento. Se verificam que é mais barato do outro lado da fronteira, acabam por ir comprar a Espanha. Nesta localidade do concelho de Serpa, desde que a crise económica se acentuou, "há um número crescente de pessoas que vai comprar medicamentos a Espanha". Para este fenómeno também têm contribuído os médicos, que aconselham os pacientes a recorrer ao país vizinho para terem acesso a fármacos mais baratos. Paula Pires, que tem a avó internada num lar de idosos na região do Porto, confirma que o clínico da instituição disse à família para aviar o receituário (composto sobretudo por medicamentos para activar a circulação sanguínea) em Espanha, por ser "muito mais barato". Por seu lado, um farmacêutico alentejano revela a existência de casos de médicos espanhóis a prestar serviço em Portugal que "vendiam eles próprios a medicação ou aconselhavam a sua aquisição em determinadas farmácias de Espanha". Os efeitos da emigração dos consumidores começam a sentir-se na Farmácia Alandroense, no Alandroal. O responsável, Hélder Gonçalves, confessa que, em 2009, facturou 1, 5 milhões de euros, mas em 2011 realizou "um terço menos". "Se, desse montante, preciso de 500 mil a 700 mil euros para ter a farmácia a funcionar, estou confrontado com uma situação dramática e insustentável. "
REFERÊNCIAS:
Cidades Porto Serpa Valença Elvas
Roubo no Museu de Olímpia em Atenas faz tremer o Governo
O património cultural na Grécia não está em risco, garante a UNESCO, mas em menos de dois meses este é o segundo assalto que faz tremer o Governo. (...)

Roubo no Museu de Olímpia em Atenas faz tremer o Governo
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O património cultural na Grécia não está em risco, garante a UNESCO, mas em menos de dois meses este é o segundo assalto que faz tremer o Governo.
TEXTO: Dezenas de objectos e artefactos arqueológicos de valor incalculável foram ontem roubados por dois homens armados do Museu de Olímpia, a antiga cidade grega, onde nasceram os Jogos Olímpicos, pondo a descoberto o baixo nível de segurança das instituições culturais gregas. Em menos de dois meses, dois importantes museus foram assaltados em Atenas. Embora a UNESCO garanta que o património grego não corre risco, os especialistas acreditam que a situação instável que a Grécia está a viver é um perigo. O ministro da Cultura. Pavlos Geroulanos, pediu a demissão, pouco depois do roubo. O assalto, que já é considerado um dos maiores roubos de arte na Grécia, aconteceu ontem por volta das 7h (5h em Lisboa), quando dois homens encapuzados e armados forçaram a entrada no museu, aproveitando a entrada ao serviço da segurança, uma mulher. Durante a noite, o museu estaria protegido só com o alarme. Segundo a imprensa, a segurança ofereceu alguma resistência, acabando por ser amarrada pelos homens, que logo depois destruíram o alarme e roubaram cerca de 68 peças, na sua maioria estátuas e esculturas de bronze. "A primeira impressão que tenho é que isto é uma enorme negligência", disse ao PÚBLICO por telefone Costa Carras, vice-presidente da Europa Nostra na Grécia, uma associação pan-europeia de defesa do património. O assalto, explicou, é uma consequência clara da desorganização governamental grega. "Isto é mais um exemplo das más condições em que está o Governo. Este assalto é muito grave e muito sério, como aliás se pode perceber pela demissão do primeiro-ministro", continua Carras, lembrando que a alta taxa de desemprego no país contribui para o aumento da criminalidade. Já em Janeiro, quando duas obras de arte, um quadro de Pablo Picasso e outro de Piet Mondrian, foram roubadas da Galeria Nacional de Arte, uma das maiores galerias de arte da Grécia, o Ministério da Cultura alegou que os cortes no orçamento tinham afectado a organização das instituições culturais, que se viram obrigadas a cortar no pessoal. "Isto provoca obviamente danos na segurança dos museus", atesta Costa Carras, contando que corre o rumor em Atenas de que o assalto terá sido executado por dois emigrantes. "Mas não posso comentar isso enquanto não sair o relatório policial a contar o que realmente aconteceu. " Ao PÚBLICO o gabinete da UNESCO na Grécia explicou que os homens que fizeram o assalto "estavam à procura de ouro", revelando que tinham poucos conhecimentos sobre o Museu de Olímpia. "Se conhecessem a história de Olímpia, sabiam que naquele museu não existe ouro", explicou o gabinete de imprensa, garantindo que não é por isso que o património grego corre risco. "O povo grego é muito sensível em relação à sua história e à sua cultura, tem orgulho e é protector. "A direcção do museu não quis fazer qualquer comentário à situação, nem dizer quais as peças roubadas, explicando ao PÚBLICO que estão a trabalhar de perto com a polícia e com o Ministério da Cultura, remetendo para um comunicado mais tarde (até à hora de fecho da edição não houve comunicado). Também a UNESCO já accionou todos os meios, ao abrigo da Convenção para a Luta contra o Tráfico Ilícito das Bens Culturais, lançando um alerta internacional de forma a garantir que nenhuma das peças é vendida no mercado negro, revelou Manuela Galhardo, secretária executiva da Comissão Nacional da UNESCO. "É uma situação preocupante, Olímpia tem um espólio riquíssimo", atestou. A UNESCO vai trabalhar de forma a "minimizar os estragos", através da divulgação de uma lista de todos os objectos roubados, garantiu Manuela Galhardo. "O objectivo é que os objectos não possam ser vendidos e assim fiquem na Grécia para que não se perca património. "
REFERÊNCIAS:
Partidos PAN
Companheira de trabalhador abandonado à morte em rua na Bélgica clama por justiça
Maria de Lurdes Rodrigues, companheira do trabalhador português que foi despejado inanimado numa rua de Bruxelas e que acabou por morrer, disse ao PÚBLICO que a única coisa que quer é "justiça" porque o seu companheiro não teve "uma morte digna." (...)

Companheira de trabalhador abandonado à morte em rua na Bélgica clama por justiça
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Maria de Lurdes Rodrigues, companheira do trabalhador português que foi despejado inanimado numa rua de Bruxelas e que acabou por morrer, disse ao PÚBLICO que a única coisa que quer é "justiça" porque o seu companheiro não teve "uma morte digna."
TEXTO: António Nunes Coelho terá sido despejado pelo patrão e por, pelo menos, mais um colega da obra (onde trabalhava ilegalmente) numa ruela deserta da capital belga depois de cair de um andaime. Em consequência, ao que tudo indica, de um ataque cardíaco. De acordo com a autópsia, o português, com 49 anos, ainda terá permanecido vivo entre 15 minutos e uma hora após o acidente, o que significa que a sua vida poderia ter sido salva caso os seus companheiros tivessem chamado uma ambulância. Maria de Lurdes e António Coelho não eram casados, mas viviam juntos há cerca de 20 anos. "A única coisa que quero é justiça. Ele não teve uma morte digna. Quero que as pessoas que fizeram isto paguem", disse, acrescentando ainda que se mostra "cansada" e muito abalada por todo este caso. O seu desejo é regressar a Portugal, mas prevê que não poderá fazê-lo tão depressa, porque está de baixa e não se pode ir embora "assim, de qualquer maneira". Soube-se, entretanto, ao final da tarde de ontem, que um dos alegados responsáveis por ter transportado o companheiro, presumivelmente Victor Correia Narciso, que chefiava a empresa de construção EG Batineuf, já foi detido pelas autoridades belgas. O PÚBLICO pediu a Maria de Lurdes Rodrigues que confirmasse esta informação, mas a companheira do trabalhador afirmou não estar a par do sucedido. Mas adiantou que, a confirmar-se, isso é "uma boa notícia". Aquilo que se sabe é que o Ministério Público está a acompanhar o processo e a "fazer o seu trabalho", como confirmou ao PÚBLICO Joaquim Tenreira Martins, assistente social e jurídico da embaixada de Portugal na Bélgica. De acordo com uma fonte do Ministério Público belga ouvida pelos media nacionais, os participantes no transporte e abandono da vítima poderão ser julgados por uma variedade de crimes, que vão desde a "não assistência a pessoa em perigo" até "ocultação de cadáver com intenção de prejudicar o inquérito da justiça". Joaquim Tenreira Martins definiu como "uma coisa macabra" este episódio que está a abalar a comunidade portuguesa na Bélgica. "Isto foi um reflexo muito mau. Não sei o que é que lhes passou pela cabeça. Isto não é humano. Não se pode dormir tranquilamente com uma coisa destas às costas", disse. Em declarações à Lusa, o conselheiro para as Comunidades Portuguesas na Bélgica, Pedro Rupio, disse que este é um caso "isolado". "Felizmente, na comunidade emigrante portuguesa, a situação é bastante boa. Mesmo na construção civil, a maioria trabalha com papéis, legalmente", salientou Rupio.
REFERÊNCIAS:
A escola perfeita de Tatiana Gumenik
Em vésperas das eleições presidenciais de domingo, onde Vladimir Putin será reeleito, uma visita ao liceu de Moscovo de onde saem alunos para Harvard e para o Parlamento. (...)

A escola perfeita de Tatiana Gumenik
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 1.0
DATA: 2012-03-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em vésperas das eleições presidenciais de domingo, onde Vladimir Putin será reeleito, uma visita ao liceu de Moscovo de onde saem alunos para Harvard e para o Parlamento.
TEXTO: O gabinete da directora é uma sala luxuosa. Tal como a indumentária da própria directora, e da subdirectora. Madeiras nobres, veludos, bonsais, palmeiras, jarrões de porcelana. Quadros, fotos de visitantes ilustres, troféus. Ao peito da directora, uma rosa vermelha de seda, nos dedos, pesados anéis, na cabeça um penteado ao alto, fixado com lacas brilhantes. "Esta escola tem independência total, porque eu sou independente", declara ela, Tatiana Gumenik, imediatamente apoiada pela vice, Olga Karp, que diz: "Esta escola é o que é devido à senhora directora. "Situa-se no bairro de Perovo, e chama-se Liceu Internacional de Moscovo, por decisão da directora, devido à particular atenção dada ao ensino de línguas estrangeiras. O Inglês é obrigatório para os 913 alunos, mas há também aulas de Castelhano, Francês e Alemão. "O único critério de selecção dos alunos é um teste que fazemos no início", explica Tatiana. "Trata-se de uma entrevista, em que averiguamos da inteligência e vontade de aprender. Por isso, todos os nossos alunos são muito bons. "De facto, os resultados da escola são impressionantes. Em 35 anos todos os alunos entraram em universidades. Não em quaisquer umas, mas nas mais prestigiadas. "Muitos têm saído para Oxford e Harvard", precisa a directora. O ensino secundário na Rússia, desde o fim do regime comunista, divide-se em dois tipos de escolas - secundárias normais, por um lado, liceus e os chamados "gimnasie" por outro. Teoricamente, liceus e "gimnasie" caracterizam-se por administrarem com grande incidência disciplinas temáticas específicas, como as línguas, as artes ou as matemáticas. As secundárias são mais generalistas. Na prática, os "gimnasie", e principalmente os liceus, são escolas de elite, com um nível de ensino infinitamente mais elevado do que o das outras. Em Moscovo há 1560 escolas públicas secundárias, 70 "gimnasie" e 30 liceus. Em todas o ensino é gratuito, embora o financiamento do Estado não seja equitativo. "Um liceu recebe muito mais, porque tem outras necessidades", explica a directora. "Cada um dos nossos alunos custa 120 mil rublos [3 mil euros] por ano. " Nas privadas, o preço das propinas pode ser muito elevado, tal como a qualidade do ensino, embora em nenhuma este se possa comparar com a excelência de um liceu público. Os professores de um liceu ganham mais do que os outros. Em média, ganham o dobro. Mas, explica Tatiana, todos os mais de cem docentes são submetidos a uma avaliação mais rigorosa, de cinco em cinco anos, por uma comissão do Ministério da Educação e Ciência. Ou seja, são melhores. Imigrantes não entramOs alunos, garante a directora, provêm de todas as classes sociais. "O que importa são as capacidades. " Mas acrescenta com orgulho que frequentam a escola os filhos de algumas das personalidades mais prestigiosas da Rússia, como é o caso do milionário e deputado da Duma Vladimir Brintsalov. Só um tipo de alunos não entra: filhos de imigrantes. "São eles que fazem baixar muito o nível de certas escolas", explica Tatiana baixando a voz. "Têm menos capacidades, geralmente porque falam mal o russo. Vêm das antigas repúblicas soviéticas, onde, antes, o russo era língua oficial. Deixaram de o usar. Mas depois estão misturados com os alunos russos em turmas mistas, o que prejudica muito estes últimos, e de forma muito injusta. "Curiosamente, uma das particularidades do Liceu Internacional é ser uma escola parceira da ONU. Estabeleceu protocolos com a organização, alunos já visitaram a sede, e o ex-secretário-geral Butros Ghali já foi recebido aqui no liceu.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU