Crise no BES leva clientes a depositar 200 milhões na CGD num só dia
Caixa Geral de Depósitos conseguiu um valor recorde de depósitos no início desta semana. (...)

Crise no BES leva clientes a depositar 200 milhões na CGD num só dia
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Caixa Geral de Depósitos conseguiu um valor recorde de depósitos no início desta semana.
TEXTO: Foi nesta segunda-feira, 4 de Agosto, que muito portugueses, na maioria antigos clientes do Banco Espírito Santo (BES), se dirigiram aos balcões do Caixa para guardar as suas poupanças. O PÚBLICO sabe que o nível de depósitos da Caixa foi registando um volume crescente ao longo do mês de Julho, à medida que ia aumentando a instabilidade à volta do banco e do grupo Espírito Santo. O pico aconteceu esta segunda-feira, num dia em que 200 milhões de euros de clientes particulares foram depositados na instituição liderada por José de Matos. A Caixa, que é um banco do Estado, é vista por muitos portugueses como um banco de refúgio em alturas de turbulências no sector financeiro. Além disso, no final do mês passado, a CGD surpreendeu ao apresentar lucros no semestre - numa altura em que todos os grandes do sector (à excepção do Santander Totta) registaram prejuízos – e um rácio de solidez (common equity Tier 1) de 10, 7%, acima dos 7% exigidos pelas autoridades europeias. A transferência de dinheiro para a Caixa aconteceu apesar de a segurança dos depósitos no BES nunca ter sido posta em causa e de o Fundo de Garantia dos Depósitos continuar a garantir um máximo de 100 mil euros a cada depositante, mesmo num cenário extremo de insolvência. Muito do dinheiro transferido para a Caixa terá resultado do resgate de produtos financeiros junto aos balcões do antigo BES. Depois da subida em Julho, e do pico de segunda-feira, o nível de depósitos na Caixa voltou a registar uma pequena correcção na terça-feira, uma tendência já natural do mês de Agosto, altura em que muitos emigrantes regressam ao país e levantam parte das suas poupanças e remessas. Os 200 milhões de euros que entraram na Caixa esta segunda-feira referem-se apenas a depósitos de particulares e não de empresas. No entanto é público de que há pelo menos uma empresa, a Portugal Telecom, que também levantou 128 milhões depositados no BES depois de 30 de Junho, embora neste caso não se saiba para onde foi transferido o dinheiro. Quando apresentou as contas no passado dia 30 de Junho, o BES também já tinha dado conta que os depósitos apresentaram uma redução de 310 milhões ao longo do segundo trimestre. Apesar dos insistentes apelos e das garantias dadas pelo Banco de Portugal aos depositantes, a possibilidade de haver uma quebra de depósitos no BES já tinha sido alertada pelo agência de rating canadiana DBRS que na sexta-feira cortou a notação financeira da instituição, um dos factores que, a par da derrocada das acções e do buraco descoberto no banco, levou o Banco de Portugal a optar por uma medida de resolução para salvar o antigo BES. Ainda durante o fim-de-semana semana Carlos Costa anunciou um plano que dividiu o antigo BES em dois: um “banco bom” que passou a agregar os activos de melhor qualidade, e um “banco mau” para onde foram transferidos os activos e passivos mais problemáticos do BES. O “banco mau” passou a ser propriedade dos antigos accionistas da instituição financeira que perderam quase tudo o que investiram no banco. Os depositantes foram transferidos para o “banco bom”, que agora chama-se Novo Banco. Este banco passou a ser património do Fundo de Resolução, que reúne as maiores instituições financeiras e bancos do país. E foi para o Novo Banco que foram transferidos os clientes e depositante do antigo BES. No âmbito deste plano o Estado comprometeu-se a emprestar 4400 milhões de euros ao Fundo de Resolução que, por sua vez contribuirá com 500 milhões, para injectar 4900 milhões de capitais no Novo Banco e assim garantir a solidez da instituição. Entretanto, os banqueiros já vieram propor ao regulador que a contribuição do Estado baixasse para 3900 milhões, sendo que os bancos financiariam o fundo de resolução com 635 milhões, que se juntam aos 367 milhões que já existem no fundo. A banca e o Estado serão ressarcidos com o produto da venda do Novo Banco.
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Tempo Junho Julho Agosto
Greve na TAP já obrigou 27 mil passageiros a mudarem de planos
Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) vai avançar com a greve de 24 horas marcada para este sábado, com efeitos a partir da meia-noite. (...)

Greve na TAP já obrigou 27 mil passageiros a mudarem de planos
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.30
DATA: 2014-08-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) vai avançar com a greve de 24 horas marcada para este sábado, com efeitos a partir da meia-noite.
TEXTO: Quando a TAP recebeu a comunicação que o sindicato dos pilotos tinha convocado uma greve para este sábado, 42 mil passageiros tinham já viagens reservadas. Deste então, e até esta quinta-feira à tarde, já houve “27 mil que concordaram em alterar a sua viagem para uma data próxima, para mais tarde, ou mesmo cancelá-la, solicitando o reembolso”, de acordo uma resposta enviada pelo departamento de comunicação da companhia aérea ao PÚBLICO. A TAP não informou, no entanto, quantos passageiros pediram o reembolso, causando assim perdas de receita para a empresa. “A grande maioria mudou para uma data próxima, mas não temos números disponíveis quanto às diversas opções”, afirmou o departamento de comunicação. A greve de 24 horas marcada para este sábado (a partir da meia-noite), convocada pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) a 25 de Julho, deverá mesmo ocorrer, já que não estava prevista nenhuma reunião de última hora entre o SPAC e a administração da TAP. Assim sendo, é primeira vez, desde há cerca de cinco anos, que uma ameaça de greve se concretiza. Questionada sobre se a greve teria impactos já durante esta sexta-feira (antes da meia-noite), a TAP esclarece que “só a partir da hora de início da greve haverá consequências”. Para já, diz, “dos 350 voos previstos temos 200 realizados”, entre voos da TAP mas que são operados pela PGA (que, esclarece a empresa, não está em greve), “mais voos de serviços mínimos ou outros”. Esta semana, o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social determinou a obrigatoriedade de prestação de serviços mínimos, com a realização dos voos de regresso a Portugal e de 11 ligações a países lusófonos ou com grandes comunidades emigrantes. A TAP destaca, no entanto, que “só no próprio dia, de acordo com o grau de adesão à greve, saberemos quantos voos são afectados”. O presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Jaime Prieto, também não quis adiantar uma estimativa para os números de adesão. Certo é que, para além dos 27 mil passageiros que já mudaram as suas passagens, sábado deverá ser um dia mais confuso do que o habitual nos aeroportos de Portugal. À greve dos pilotos junta-se outra, dos trabalhadores da Unitrato, Restaurantes e Bares do Aeroporto de Lisboa, que marcaram uma paralisação para os dias 7, 8 e 9 de Agosto. Isto porque, diz o Sindicato de Hotelaria do Sul, afecto à CGTP, a direcção da Unitrato quer “impor alterações aos horários, folgas e funções dos trabalhadores”. A Confederação do Turismo Português, presidida por Francisco Calheiros, já defendeu que a greve dos pilotos da TAP “terá um forte impacto negativo no turismo nacional”. Uma "greve de manifesto"Ao PÚBLICO, o presidente do SPAC diz que esta é “uma greve de manifesto”, um “grito de alerta” contra os problemas que se têm vindo a arrastar, como “o mau ambiente laboral, criado pela política administrativa”, e a “má gestão operacional” da equipa liderada por Fernando Pinto. Verifica-se uma saída de pilotos para outras companhias, destaca Jaime Prieto, quando, ao mesmo tempo, a transportadora aérea se alarga para novas rotas. “As compensações não são só dinheiro”, destaca, acrescentando que é preciso haver “respeito pelos planeamentos”, quando o que sucede é a “vulgarização” de chamadas telefónicas a pressioná-los para irem voar quando estão de folga ou de férias. Conforme escreveu o PÚBLICO, desde Abril que os pilotos estão em greve de zelo, recusando trabalhar além do que está estabelecido no acordo de empresa. Com a perturbação nos voos que ocorreu em Junho e Julho, esta situação tornou-se um verdadeiro problema. Nem mesmo os incentivos que a administração deu aos funcionários (aos pilotos, mas também às restantes categorias profissionais) serenaram os ânimos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal social
Médicos de saúde pública aconselham adiamento de viagens para países afectados pelo ébola
Presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública diz que Portugal é um país de baixo risco e defende que o fundamental é controlar o vírus em África. Já houve um caso suspeito em Portugal que deu negativo. Linha Saúde 24 está preparada para responder a dúvidas. (...)

Médicos de saúde pública aconselham adiamento de viagens para países afectados pelo ébola
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-09 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140809170215/http://www.publico.pt/1665896
SUMÁRIO: Presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública diz que Portugal é um país de baixo risco e defende que o fundamental é controlar o vírus em África. Já houve um caso suspeito em Portugal que deu negativo. Linha Saúde 24 está preparada para responder a dúvidas.
TEXTO: Portugal está em alerta e tem um plano de contingência para lidar com eventuais casos de ébola, apesar de não haver situações confirmadas desta doença no país. Quinta-feira à noite surgiu um caso de uma doente que apresentava sintomas suspeitos, mas que, afinal, se revelou negativo para o vírus que está a assustar as autoridades sanitárias em todo o mundo. Foi a subdirectora-geral de Saúde, Graça Freitas, que relatou o caso da doente que “cumpria critérios” para ser observada pelas autoridades de saúde, em entrevista à SIC Notícias ao final desta tarde de sexta-feira. “As suspeitas não se confirmaram”, explicou a médica. De resto, a Direcção-Geral da Saúde (DGS), em conjunto com outros organismos, já desenvolveu e testou “há muito tempo” um plano “para [outras] doenças biológicas” que vai sendo “actualizado”. Até à data, portanto, “não se verificou nenhum caso da doença em Portugal, importado ou autóctone”, frisava a DGS num comunicado divulgado também nesta sexta-feira, no qual esclarecia que se mantêm as orientações de segurança adiantadas há uma semana. Foi apenas constituído “um dispositivo de coordenação” para Portugal - que se mantém em alerta e que, em caso de necessidade, mobilizará e activará recursos “adequados a cada situação”, seguindo as recomendações temporárias ao abrigo do Regulamento Sanitário Internacional. Sublinhando que as viagens internacionais para os países afectados pelo surto do ébola não estão proibidas, Graça Freitas, que assina o comunicado, recomenda mesmo assim que os cidadãos considerem viajar “apenas em situações essenciais”, por uma questão de precaução. "Na Europa, Portugal constitui um país de baixo risco, porque não tem muitos imigrantes dos países de risco, como acontece coma a França e o Reino Unido", destaca o presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Mário Jorge Santos. “A primeira barreira deve ser feita pelas companhias aéreas, no momento do check-in. Se algum caso suspeito for detectado a bordo de um avião, o comandante tem a obrigação de lançar um alerta para que haja um dispositivo preparado para receber o doente na pista, quando o avião aterra", defendeu Mário Jorge Santos. O médico entende também que, se não houver uma necessidade imperiosa, o melhor é adiar as viagens" para os países afectados. Graça Freitas já tinha garantido esta semana que, apesar de não haver restrições às viagens de e para países da África Ocidental por causa do ébola, as pessoas são controladas pelo pessoal dos aeroportos e companhias aéreas. As tripulações das companhias aéreas estão treinadas para detectar quaisquer sinais de doença ou de alarme, asseverou. Lembrando que o vírus não se transmite através do ar, mas sim dos fluídos corporais, Mário Jorge Santos disse ao PÚBLICO que "a melhor forma de combater a doença é controlando-a em África", não só por uma questão de solidariedade, mas porque "esta é também a melhor forma de nos protegermos". Recordando que a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) está preparada para responder, aconselhar e encaminhar quem necessitar de esclarecimentos suplementares ou orientação específica, a DGS acrescenta no comunicado que estão previstas medidas de repatriação dos cidadãos que possam ter estado expostos ao vírus. O plano inclui ainda o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), o laboratório de referência em Portugal que está em estado de “prontidão permanente” e tem capacidade para fazer os despistes do vírus do ébola que os hospitais solicitarem, como disse à Lusa o director, Fernando Almeida. As colheitas para analisar a presença, ou não, do vírus do ébola são enviadas para o INSA que, por enquanto, não alterou o seu plano de contingência, tendo-se limitado a aumentar os contactos com a DGS. Também o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem equipas específicas que receberam formação, além de material com um grau de protecção elevado para actuar no socorro e transporte de casos suspeitos até aos hospitais de referência escolhidos para atender estes casos. Nestes hospitais - o Curry Cabral e o Dona Estefânia, em Lisboa, e o São João, no Porto - não estão previstas, por enquanto, grandes alterações. “O nosso plano estava estabelecido, continua com os mesmos parâmetros para responder a casos suspeitos ou de doença”, diz Carlos Alves, infecciologista e coordenador da Unidade de Prevenção e Controlo de Infecção do Hospital de São João. O hospital portuense tem vindo a preparar-se para responder a uma eventual procura de casos suspeitos ou de doença desde Março, tendo já comprado algum material de protecção.
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Palavras-chave doença
Reservas de sangue são suficientes e não há operações adiadas
Instituto do Sangue e da Transplantação assegura que as 12 mil unidades de sangue actualmente guardadas bastam para as necessidades. (...)

Reservas de sangue são suficientes e não há operações adiadas
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Instituto do Sangue e da Transplantação assegura que as 12 mil unidades de sangue actualmente guardadas bastam para as necessidades.
TEXTO: Os actuais níveis das reservas de sangue são suficientes e não há “qualquer razão para alarme, o que ocorreria apenas se se tivesse registado o adiamento de alguma cirurgia”, garante o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Hélder Trindade. As reservas do tipo de sangue AB- chegavam esta sexta-feira para apenas mais quatro dias. O limite que faz “soar o alarme é de cinco dias”, mas aquele responsável assegura que “não há perigo”. É que os portadores de sangue AB- podem receber sangue O-, conhecido como o de dador universal. A baixa nas reservas de sangue é também, para Hélder Trindade, normal nesta altura de férias, razão pela qual o instituto tem brigadas móveis instaladas pelo país para recolher mais dádivas. O instituto teve esta sexta-feira equipas em Aveiro, Coimbra, Faro, Lisboa, Santarém, Setúbal, Viseu e Évora. “Os fins-de-semana são sempre de abaixamento das reservas, que depois aumentam à segunda-feira”, explicou o mesmo responsável. Em caso de alarme, aquela entidade envia de imediato mensagens automáticas aos seus dadores habituais, solicitando a sua colaboração. De qualquer forma, existem de momento 12 mil unidades de sangue guardadas, 5. 500 das quais no instituto. “Em 2012, tínhamos apenas nove mil a nível nacional e não houve problemas durante o Verão”, conta Hélder Trindade. Entre o ano passado e este ano, as dádivas de sangue “diminuíram cerca de 10%, seguindo uma tendência que já sentimos há três anos”, aponta. O presidente do Instituto Português do Sangue explica que a redução do número de dadores se deve “ao aumento da emigração entre a população jovem, ao envelhecimento da população que fica, que deixa de ter condições para doar sangue, e à crise”. As dificuldades financeiras “impedem as pessoas de terem condições para se deslocarem aos hospitais e muitas até ficam sem disposição para continuar a doar”. Mas ao mesmo tempo que se verifica uma diminuição das colheitas, existe também uma “diminuição do consumo”, assinala o mesmo responsável.
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Palavras-chave consumo
BE e PCP dizem que Passos fala numa economia que não existe
Bloquista Pedro Soares acusa primeiro-ministro de "mentir" aos portugueses. Comunista Margarida Botelho fala na descrição de um país "que ninguém sente nas suas vidas. (...)

BE e PCP dizem que Passos fala numa economia que não existe
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-16 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140816170320/http://www.publico.pt/1666662
SUMÁRIO: Bloquista Pedro Soares acusa primeiro-ministro de "mentir" aos portugueses. Comunista Margarida Botelho fala na descrição de um país "que ninguém sente nas suas vidas.
TEXTO: PCP e Bloco de Esquerda consideram que Passos Coelho falou, na festa do PSD no Algarve, de uma economia que não existe. Margarida Botelho, da comissão política do PCP, acusou Passos Coelho de ter feito, no discurso na sexta-feira, na Festa do Pontal, em Quarteira, "uma descrição do país que ninguém sente nas suas vidas" e de "ameaçar com novos cortes e avanços" sobre os direitos dos trabalhadores. "Quando Passos Coelho diz que está a meio do percurso, então este caminho, que significou desemprego e emigração, tem de ser interrompido o mais depressa possível", afirmou Margarida Botelho, defendendo que os portugueses não podem permitir que o Governo "complete os seus planos". A dirigente comunista acusou ainda o Governo de querer continuar um percurso de cortes salariais e de direitos dos trabalhadores. "A partir do momento em que [Passos Coelho] afirma que esta é metade do caminho, quer dizer que vai continuar este percurso e sabemos o caminho que vai continuar a fazer", disse aos jornalistas na sede do PCP, em Lisboa. Sobre o desafio lançado pelo líder do PSD ao PS para um acordo sobre a reforma da Segurança Social antes das eleições de 2015 com o "contributo dos socialistas", Margarida Botelho afirmou: "O PSD saberá porque fez essa proposta ao PS. Mas, se olharmos para os últimos anos, podemos ver muitos momentos em que PSD, PS e CDS se entenderam para reformas profundamente negativas da segurança social". A membro da comissão política do PCP reafirmou que o Governo não conta com o seu partido para "nenhuma reforma que signifique mais cortes nas pensões ou mais discriminação dos jovens trabalhadores", defendendo que a segurança social deve ser publica e garantir a segurança "de todos" os trabalhadores. Passos iniciou campanha eleitoral, diz BETambém o BE acusou Passos Coelho de mentir aos portugueses na festa do Pontal, acrescentando que o primeiro-ministro iniciou na sexta-feira a campanha eleitoral para as eleições legislativas de 2015. "Pedro Passos Coelho desta vez interrompeu as férias mas para animar um comício partidário. Abriu a campanha eleitoral e começou por mentir aos portugueses", afirmou o membro da Comissão Política do BE Pedro Soares, no Porto. Segundo Pedro Soares, Passos Coelho "falou de uma economia que não existe, disse-se empenhado em combater os privilégios quando todos nós sabemos que injectou milhares de milhões de euros num banco com graves problemas provocados pela ganância dos seus administradores, mentiu sobre a Segurança Social, tentou lançar jovens contra reformados, filhos contra pais, quando todos nós sabemos que a sua política, a política deste Governo, tem sido contra uns e contra outros". "Em relação a uns, manda-os emigrar e afunda-os na precariedade, em relação a outros, tudo faz para cortar nas suas reformas e pensões", sustentou o bloquista. O BE entende que, "agora, [Passos Coelho] demonstrou-o ontem, só tem uma preocupação: é posicionar-se, é preparar-se para as legislativas de 2015, é criar a ilusão aos portugueses de que está tudo bem e só o pode fazer mentindo".
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Seguro recusa desafio de Passos mas promete apresentar reforma da Segurança Social antes das eleições
Líder do PS lança contra-desafio ao primeiro-ministro, para que aceite uma comissão de inquérito ao caso BES. (...)

Seguro recusa desafio de Passos mas promete apresentar reforma da Segurança Social antes das eleições
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.016
DATA: 2014-08-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Líder do PS lança contra-desafio ao primeiro-ministro, para que aceite uma comissão de inquérito ao caso BES.
TEXTO: António José Seguro anunciou este sábado que o PS rejeita o desafio de Passos Coelho para um entendimento sobre a reforma da Segurança Social, mas prometeu apresentar, antes das próximas eleições legislativas, as "linhas gerais" da sua reforma ao sistema. “O desafio do primeiro-ministro não pode ser levado a sério”, começou por considerar Seguro, acrescentando que “compromissos desta natureza têm de ser feitos no início, e não no fim da legislatura”. Por outro lado, lembrou que “o Governo já anunciou três reformas da Segurança Social, incluindo duas comissões”, mas não concluiu nenhuma. Por isso, apesar de dizer “não ao primeiro-ministro”, o actual líder do PS anunciou que os socialistas “tomarão a iniciativa e apresentarão, antes das próximas eleições legislativas, as linhas gerais da sua reforma”. Com o mar ao fundo, em mangas de camisa preta, Seguro levantou o véu sobre quais serão. Em primeiro lugar, recusou a ideia, defendida pelo Governo, de plafonamento das contribuições da Segurança Social, porque isso conduz a um “sistema para ricos e outro para pobres”. Coisa diferente, sustentou, mas sem explicar, “é o plafonamento do valor das pensões”, o que sugere que os contribuintes possam descontar mais do que aquilo que lhes é exigido para receberem posteriormente uma pensão mais elevada, sem saírem do próprio sistema. O segundo pilar que apontou é a “prioridade ao crescimento da economia para garantir a sustentabilidade das funções sociais do Estado”. Aqui, apontou contradições ao Governo lembrando que, “em Maio, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, ao falar da reforma do Estado, afirmou que só podia haver uma reforma da Segurança Social quando a economia estivesse a crescer dois por cento, o que não acontece”. Por último, Seguro afirmou que o PS é favorável “a um acelerar da convergência dos regimes de pensões”. “Uma reforma destas exige estudos, relatórios e debate, tem de ser feita às claras, e nós não conhecemos os do Governo”, salientou. Comissão de inquérito ao BES, já!Questionado pelos jornalistas sobre as declarações de Passos Coelho alusivas à falta de ética entre política e negócios, Seguro mostrou-se “surpreendido”. “O primeiro-ministro tem de dizer aos portugueses o que sabe sobre o caso BES”, incitou. E lançou-lhe um contra-desafio: “O PSD tem de aceitar a comissão de inquérito ao caso BES, às ligações ao Grupo Espírito Santo e à Portugal Telecom e outros relacionamentos entre o sistema financeiro, económico e político”. Para o líder do PS, este é “um caso da democracia”, e como tal “não pode prescrever. Pelo seu lado, lembrou que os socialistas já apresentaram no Parlamento um projecto de lei que prevê a suspensão de contagem de prazos em casos como este. Por fim, Seguro assinalou que o discurso de Passos Coelho mostra que, “a um ano de eleições, só está a pensar já na sua reeleição”, mas mostrou-se confiante de que os portugueses “não voltarão a dar-lhe a sua confiança”. Costa lembra reforma de 2007Enquanto isso, nos Açores, o outro candidato à liderança do PS, António Costa, considerava que a sustentabilidade da Segurança Social não exige cortes nas pensões, mas a criação de emprego, acrescentando que o primeiro-ministro não apresentou uma proposta de reforma. "Este Governo está esgotado nas suas soluções e aquilo que o primeiro-ministro disse sobre a reforma da Segurança Social não é uma proposta de reforma, o que ele vê como reforma são o corte das pensões e esta ideia que tem que nós temos de escolher entre o futuro dos nossos filhos e o presente das nossas mães", frisou. Para António Costa - que falava em declarações aos jornalistas na ilha do Faial, onde apresentou a sua candidatura aos socialistas açorianos -, o que põe em causa a sustentabilidade do sistema da Segurança Social não é o valor das actuais pensões, mas "a crise económica". "Só o desemprego e a emigração, por perda de salários e por perda de contributos, criaram uma fragilidade de 8 mil milhões de euros", frisou. O candidato à liderança do PS salientou que foi feita uma "grande reforma" da Segurança Social durante a governação socialista "muito elogiada em Portugal e em toda a União Europeia, como a reforma que mais contribuiu para a sustentabilidade futura do sistema". Nesse sentido, defendeu que é necessário "estabilizar as pensões de hoje e ir acompanhando no futuro, na Concertação Social", para que se crie "um equilíbrio positivo entre a política de rendimentos, entre a sustentabilidade do sistema e o crescimento económico".
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Mais de 36.500 pessoas já se inscreveram como simpatizantes do PS
Em pleno Agosto, a campanha interna do PS arrefeceu no terreno. Mas na internet já mais de 33 mil pessoas formalizaram a sua vontade em votar nas primárias de 28 de Setembro, além de 3500 que o fizeram presencialmente. Com a ajuda, em alguns casos, das bancas móveis de angariação de assinaturas. (...)

Mais de 36.500 pessoas já se inscreveram como simpatizantes do PS
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.5
DATA: 2014-08-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em pleno Agosto, a campanha interna do PS arrefeceu no terreno. Mas na internet já mais de 33 mil pessoas formalizaram a sua vontade em votar nas primárias de 28 de Setembro, além de 3500 que o fizeram presencialmente. Com a ajuda, em alguns casos, das bancas móveis de angariação de assinaturas.
TEXTO: A pouco mais de um mês das eleições primárias para o candidato a primeiro-ministro do PS, a campanha de António José Seguro e António Costa está, neste momento, quase de férias. Os candidatos, que andam no terreno desde Junho, aproveitam para retemperar forças. Mas vão-se contando espingardas pelo país. E vai crescendo o número de simpatizantes inscritos para as eleições de 28 de Setembro: são já 36. 500, revelou este domingo ao PÚBLICO o presidente da comissão eleitoral, Jorge Coelho. A maioria dos não-militantes que querem votar nas directas formalizou a sua intenção via internet: cerca de 33 mil, contra 3500 que o fizeram presencialmente, junto de estruturas do partido por todo o país. Em alguns casos, com a ajuda dos voluntários que, em bancas móveis, fazem propaganda por António Costa ao mesmo tempo que distribuem fichas de inscrição de simpatizantes. Esta é uma originalidade da campanha do presidente da Câmara de Lisboa. Primeiro nos mercados da capital, estes postos móveis foram aparecendo um pouco por todo o país, aproveitando maiores concentrações de pessoas, seja no centro de Viseu, na praça Giraldo em Évora, ou na Feira do Marisco, em Olhão. A candidatura do actual secretário-geral parece apostar mais nas sessões de esclarecimento e nas acções de António José Seguro. Mas, neste meio de Agosto, também estas são esporádicas, com o líder de férias no litoral alentejano. António Costa também reduziu a actividade, mas ainda este fim de semana esteve nos Açores, onde conta com um apoio de peso: Carlos César, o histórico dirigente regional. Até 12 de Setembro, dia em que termina o prazo para inscrição de simpatizantes, é provável que este número ainda aumente. Depois será tempo para organizar e fechar os cadernos eleitorais, dos quais constam já os mais de 90 mil militantes do PS, tenham ou não quotas em dia. Bancas de rua no centro de ViseuÉ à porta do Mercado 2 de Maio, na Rua Formosa, em Viseu, que a candidatura de Apoio a António Costa vai, em pleno Agosto, mobilizando simpatizantes para as eleições primárias do PS a 28 de Setembro. Entre a estátua de Aquilino Ribeiro e a entrada para a praça da autoria de Siza Vieira, quem está na banca de rua vai metendo conversa com quem passa. Primeiro explica-se em que consiste o processo eleitoral, depois de que forma as pessoas podem participar e, por fim, é entregue uma ficha de inscrição. A mensagem: “É em nós que recai a escolha do primeiro-ministro de Portugal”. Para Alexandre Azevedo Pinto, responsável pela candidatura de António Costa na cidade de Viseu, a banca cumpre “bem a sua função”. “A maior parte das vezes até são as pessoas que nos abordam para tirar dúvidas como o local onde podem votar, se o podem fazer também nas juntas de freguesia, se sendo militante sem as quotas em dia pode à mesma ir votar”. Mais ou menos esclarecidos, alguns dos transeuntes levados pela curiosidade aproximam-se da banca, perguntam quais as propostas do candidato e acabam por levar a ficha de inscrição. “Eu levo-a, mas não quer dizer que me vá inscrever”, admite uma cidadã. As estratégias de recensear simpatizantes vão-se pensando e concretizando consoante a disponibilidade e a pertinência. A Candidatura de Apoio a António Costa, por exemplo, tinha inicialmente definido colocar uma banca de rua à porta da Feira de S. Mateus por onde passam, diariamente, milhares de pessoas, mas optaram por não seguir este caminho, pelo menos para já, uma vez que “a maioria das pessoas é emigrante e não estará em Portugal a 28 de setembro”. Mas, ainda assim, não há festa popular onde os apoiantes não estejam. “Quem não é visto não é lembrado”, avisa um militante. Para ir ao encontro de eleitores mais jovens, os socialistas, à semelhança do que António Costa tem feito em Lisboa, percorrem as zonas dos bares de Viseu. “Temos de tentar chegar a este público diferente que anda arredado do circuito político, muitas vezes por nossa própria culpa que não estamos presentes”, sublinha Alexandre Azevedo Pinto. Mais discreta, a candidatura de apoio a António José Seguro tem como estratégia, para já, a de recensear os independentes que concorreram nas últimas eleições pelo PS, através de sessões de esclarecimento. “Nos vários concelhos, estamos a estimular as pessoas a realizarem a sua inscrições electronicamente”, explica José Junqueiro, deputado na Assembleia da República, apoiante de José Seguro e porta-voz da campanha. “Para já estamos apenas a concentrar-nos nos esclarecimentos”. A maioria das dúvidas colocadas referem-se a quem pode votar a 28 de setembro e se com esta forma de eleição é garantida a equidade. Em resposta, José Junqueiro esclarece que “neste processo não há fantasmas, nem conspirações para inquinar cadernos eleitorais”. E remata: “Não são os filiados que dão as maiorias ou as minorias”.
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CDS aposta em “jovens quadros” num ano em que o PS suspendeu a Universidade de Verão
De Castelo de Vide à Quinta da Atalaia, o arranque do ano político terá na mão mais um acórdão do Tribunal Constitucional. Depois de uma pausa de Verão, Bloco de Esquerda pode aquecer a três meses da convenção do partido. (...)

CDS aposta em “jovens quadros” num ano em que o PS suspendeu a Universidade de Verão
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.1
DATA: 2014-08-20 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140820170208/http://www.publico.pt/1666114
SUMÁRIO: De Castelo de Vide à Quinta da Atalaia, o arranque do ano político terá na mão mais um acórdão do Tribunal Constitucional. Depois de uma pausa de Verão, Bloco de Esquerda pode aquecer a três meses da convenção do partido.
TEXTO: Este Verão só não pode escolher o PS. Envolvidos na disputa pela liderança interna, os socialistas suspenderam a habitual Universidade de Verão. De resto, o PCP celebra 38 anos de Festa do Avante, o PSD cumpre a tradição em Castelo de Vide e o BE escolhe Évora para o seu Fórum Socialismo. A novidade da reentrée política é a estreia do CDS com uma “Escola de Quadros” num hotel em Peniche. Com as eleições primárias do PS marcadas para 28 de Setembro, as campanhas dos dois Antónios marcarão o reinício do ano político socialista. Já esta quinta-feira as moções de António José Seguro e António Costa estarão finalizadas. Nesse mesmo dia, o Tribunal Constitucional anuncia a sua decisão sobre os cortes salariais dos funcionários públicos e pensões. O veredicto promete aquecer o fim-de-semana político, que terá o seu momento alto logo no dia seguinte com a subida ao palco de Pedro Passos Coelho na habitual festa do Pontal, no Algarve. No calçadão de Quarteira, outra vez a dois meses da conclusão do próximo Orçamento do Estado, o primeiro-ministro já subirá ao palco com ao acórdão do Constitucional na mão. Dependendo do seu teor, assim será o discurso do chefe do Governo. No ano passado, à espera de uma decisão do Constitucional, Passos carregou na pressão: “Qualquer decisão constitucional não afectará simplesmente o Governo. Afectará o país. Esses riscos existem, eu tenho que ser transparente. Se esse risco se concretizar, alguns dos objectivos terão que andar para trás”. Com uma espécie de rentrée em dose dupla, os sociais-democratas mais jovens são depois chamados a Castelo de Vide, entre 1 e 7 de Setembro, para a habitual Universidade de Verão do PSD. Rui Tavares é, este ano, o político “mais à esquerda” convidado para debater com Miguel Poiares Maduro. Uma espécie de duelo ideológico sobre se ainda faz sentido traçar uma fronteira entre direita e esquerda. O fundador do Livre e ex-eurodeputado estará do lado do “sim”, enquanto o ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional apresentará argumentos a favor do “não”. Quem também ruma a Castelo de Vide é o socialista António Vitorino, numa lista de convidados que integra os governantes Maria Luís Albuquerque e Moreira da Silva ou o sociólogo António Barreto. A “semana académica” dos jovens quadros do PSD encerra com o discurso de Passos Coelho. É com uma “Escola de Quadros” que o CDS se estreia este ano na organização de um encontro de militantes. Entre 11 e 14 de Setembro, os centristas reunir-se-ão num hotel em Peniche para assinalar os 40 anos do partido. “Sessões, por um lado, de formação dos nossos quadros mais jovens e, por outro, que assinalam os 40 anos do CDS, com pessoas do partido e externas ao partido”, confirma o dirigente Diogo Feio, que para já não quis adiantar quem serão os convidados. “O que é a essência do CDS, o seu lugar estratégico na política portuguesa, a sua política de alianças com o PSD e com o PS, como os outros partidos vêem o CDS, a sua relação com a democracia cristã e a Constituição” são alguns dos temas que marcarão os painéis de debate, aqui enumerados pelo ex-eurodeputado. O líder Paulo Portas encerrará os trabalhos com um discurso aos militantes e, claro, ao país. Submarinos a meter águaÀ esquerda, os comunistas cumprem a tradição com a Festa do Avante!, na quinta da Atalaia, Seixal. São 38 anos desde a primeira edição, este ano entre 5 e 7 de Setembro. Com a promessa "do maior comício político realizado em Portugal", no final todos os caminhos vão dar ao palco 25 de Abril, para ouvir o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa. Até lá há concertos, exposições, artesanato e gastronomia, a par de uma série de debates que vão do 25 de Abril “valeu e valerá sempre a pena” até à precariedade laboral, desemprego, emigração, abandono escolar, cultura e ciência. A três meses da convenção do partido, o BE chega a Évora para o que pode ser um reinício político difícil, fragilizado com os resultados eleitorais e com a saída recente da dirigente Ana Drago, acrescida da desvinculação da corrente fundadora Fórum Manifesto. A rentrée Fórum Socialismo, desta vez de 29 a 31 de Agosto, inclui dezenas de painéis com temas muito variados, da austeridade às alterações climáticas. Mas o debate interno não passará incólume. Logo a abrir, um dos coordenadores do partido dirá “do que é que a esquerda não pode abdicar”, enquanto no dia seguinte o líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, falará sobre o “BES, autópsia a um saque”. A socialista Ana Gomes será a convidada de peso a quem caberá explicar porque é que “Os submarinos não param de meter água”, enquanto o economista João Ferreira do Amaral se dedicará ao tema “E se tivermos de sair do euro?”
REFERÊNCIAS:
Comunidade Vida e Paz oferece refeições a 2500 sem abrigo
Cerca de 2500 sem abrigo e famílias extremamente pobres vão participar entre hoje e domingo na Festa de Natal da Comunidade Vida e Paz, onde será oferecida uma refeição. (...)

Comunidade Vida e Paz oferece refeições a 2500 sem abrigo
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.1
DATA: 2009-12-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de 2500 sem abrigo e famílias extremamente pobres vão participar entre hoje e domingo na Festa de Natal da Comunidade Vida e Paz, onde será oferecida uma refeição.
TEXTO: A Comunidade Vida e Paz, que através de 550 voluntários leva todas as noites “uma palavra amiga”, comida e agasalhos aos sem-abrigo de Lisboa, realiza entre hoje e domingo, numa das cantinas da Universidade de Lisboa, a 21. ª Festa de Natal com os sem-abrigo. Com o apoio do exército português, 1100 voluntários vão preparar mais de quatro mil refeições para cerca de 2500 sem abrigo e famílias extremamente pobres, disse o presidente da Comunidade Vida e Paz, Jorge Santos. O responsável destacou o elevado número de voluntários, sublinhando que são de todas as classes sociais e religiões e que vão trabalhar para uma festa católica dos sem abrigo. As refeições que vão ser confeccionadas nos próximos três dias resultam de donativos de empresas e pessoas particulares, adiantou. A Comunidade Vida e Paz, instituição particular de solidariedade social, tem a sua área de actuação junto dos sem brigo que dormem nas ruas de Lisboa e arredores. Com 20 anos, a instituição sem fins lucrativos apoia diariamente cerca de 900 sem-abrigo e famílias extremamente carenciadas através do apoio de rua de 550 voluntários, que fazem visitas nocturnas e levam roupa e comida. Mas, “mais do que distribuir alimentos”, o objectivo é conversar com os sem abrigo e motivá-los “a mudar de vida”, afirmou Jorge Santos. Além do apoio de rua, a Comunidade Vida e Paz presta actualmente auxílio a 250 sem abrigo que estão em recuperação nas várias unidades da instituição. “Ajudamos os sem abrigo a sair da toxicodependência, alcoolismo e a reintegrá-los na sociedade”, sublinhou, adiantando que anualmente a Comunidade Vida e Paz reintegra na sociedade entre 90 a 100 sem abrigo. Jorge Santos disse que estão contabilizados cerca de 1600 sem abrigo em Lisboa, sendo aproximadamente 60 por cento toxicodependentes, 20 por cento alcoólicos e os restantes de foro mental e desempregados. O responsável disse também que nos últimos anos têm surgido imigrantes entre os sem abrigo, essencialmente oriundos dos países da Europa de Leste, África e Brasil. A falta de emprego e de uma estrutura familiar de apoio leva estes imigrantes para as ruas, explicou. Leite e pão são as principais carências da instituição, tendo em conta que são distribuídos todas as noites 200 litros e que e são oferecidas 1000 sandes. A comunidade tem ainda como ambição angariar fundos para as obras da futura sede que ficará instalada em Chelas num edifício oferecido pela Câmara Municipal de Lisboa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave comunidade social alimentos
Putin reconhece o governo interino golpista do Quirguistão
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ofereceu esta manhã a ajuda da Rússia à líder do governo interino formado na véspera no Quirguistão, na sequência de violentos protestos populares, virtualmente selando o destino de derrube do Presidente, Kurmanbek Bakiev. (...)

Putin reconhece o governo interino golpista do Quirguistão
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-04-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ofereceu esta manhã a ajuda da Rússia à líder do governo interino formado na véspera no Quirguistão, na sequência de violentos protestos populares, virtualmente selando o destino de derrube do Presidente, Kurmanbek Bakiev.
TEXTO: "É importante que a conversa que [Putin e a ex-ministra quirguize dos Negócios Estrangeiros, Roza Otunbaeva] tiveram foi feita com ela na qualidade de chefe do governo de confiança nacional", precisou o porta-voz do primeiro-ministro russo, Dmitri Peskov. Putin e Otunbaeva – a qual assegurou "controlar totalmente a situação no país" – falaram esta manhã por telefone. Um par de horas antes Roza Otunbaeva, que fora mandatada na véspera a chefiar o governo interino saído da presente crise política, anunciara que o chefe de Estado do Quirguistão está no Sul do país a tentar reunir forças e recusa demitir-se. “O Presidente está a tentar consolidar o seu eleitorado para continuar a defender a sua posição”, anunciou esta antiga chefe da diplomacia da empobrecida ex-república soviética, em conferência de imprensa, pela manhã, no edifício do Parlamento. “Mas a oposição insiste que ele tem que apresentar a demissão”, sublinhou Otunbaeva, que fora aliada de Bakiev quando este foi conduzido ao poder, em 2005, pela revolta popular que ganhou o nome de "revolução das túlipas". Na véspera, Otunbaeva anunciara já que estava a liderar o governo interino, o qual se manterá em funções por “meio ano, período durante o qual será feita uma proposta de Constituição e criadas as condições para a realização de eleições [presidenciais] livres e justas”. Bakiev encontra-se na sua cidade natal, Jalalabad, na região Sul do Quirguistão, desde que fugiu na véspera da capital, Bichkek, quando os protestos se transformaram em verdadeiras batalhas campais dos manifestantes com a polícia e o exército. Mais de 60 mortos em BichkekOs líderes da oposição quirguize anunciaram ontem o derrube do Governo, ao fim de um dia de muito violentos protestos em várias cidades, com epicentro em Bichkek, onde morreram pelo menos 68 pessoas e mais de 500 ficaram feridas. Os protestos, que tinham dado os primeiros sinais ainda na terça-feira com um levantamento popular em Talas, no noroeste, junto à fronteira com o Cazaquistão, emergiram da profunda frustração latente no país devido ao que a oposição descreve como a “corrupção e nepotismo” existente no regime crescentemente autocrático de Bakiev. Mais de um terço dos cerca de cinco milhões de quirguizes (uma população maioritariamente muçulmana) vive abaixo do limiar de pobreza e o país não é dotado de abundantes recursos, dependendo sobretudo das remessas enviadas pelos imigrantes na vizinha Rússia. Mas é particularmente importante do ponto de vista estratégico, dado o seu posicionamento geográfico, bem no coração da Ásia Central: os Estados Unidos possuem uma base não muito longe da capital, em Manas, que tem vindo a servir de apoio aos esforços de guerra no Afeganistão e, a pouco mais de uma centena de quilómetros, também a Rússia opera uma importante base integrada no seu sistema de defesa antimíssil. Não menos influente no rumo do Quirguistão está a China, com um pé bem assente na economia do país. Já esta manhã, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, anunciou em Viena que vai fazer seguir prontamente para o Quirguistão o enviado especial eslovaco Jan Kubis, para monitorizar a situação no terreno. Ban Ki-moon avançou ainda que a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa vai igualmente enviar um representante para aquela antiga república soviética. NATO suspende voos de ManasApreensiva com os protestos e a crise política no território, a NATO anunciou esta manhã que estão suspensos os voos de abastecimento para a coligação internacional a combater no Afeganistão feitos a partir da base aérea de Manas. Pela mesma razão, alguns dos aviões estacionados na base – arrendada aos Estados Unidos desde 2001 – foram transferidos para outros locais. “Estas medidas não têm impacto significativo nas operações nem no apoio logístico [das tropas] no Afeganistão”, esclareceu fonte da NATO, o tenente-coronel Tadd Sholtis, citado pela agência noticiosa britânica Reuters. A embaixada norte-americana em Bichkek informou entretanto, porém, que a base de Manas "está ainda a funcionar". "E não creio que haja planos para mudar isso", avançou também à Reuters a porta-voz da missão diplomáticaA oposição quirguize veio comprometer-se já esta manhã, de resto, a manter o contrato com os Estados Unidos respeitante ao uso de Manas – a qual, no início do ano passado, foi foco de alguma tensão entre Washington e Moscovo na luta por influência geopolítica nesta ex-república soviética. O clima turbulento no país levou o vizinho Uzbequistão a fechar as suas fronteiras com o Quirguistão: "A passagem de pessoas e bens, e todas as formas de transporte estão suspensas", anunciou o porta-voz dos serviços de fronteiras uzbeque, Dzhoodar Isakonov. Notícia actualizada às 11h00
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO