Juiz federal russo morto à queima-roupa no centro de Moscovo
O juiz federal russo Eduard Tchuvachov foi morto esta manhã a tiro, à saída de casa, no centro de Moscovo, no que as autoridades suspeitam ter sido um homicídio contratado. (...)

Juiz federal russo morto à queima-roupa no centro de Moscovo
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.06
DATA: 2010-04-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O juiz federal russo Eduard Tchuvachov foi morto esta manhã a tiro, à saída de casa, no centro de Moscovo, no que as autoridades suspeitam ter sido um homicídio contratado.
TEXTO: A vítima foi baleada à queima-roupa no peito e também na cabeça, com o chamado “kontrolni vistrel” – o tiro de controlo, marca habitual dos assassinos contratados – quando descia as escadas do bloco de apartamentos em que vivia, às 8h50 locais (5h50 em Portugal), é precisado no site da procuradoria-geral russa. Os investigadores suspeitam à cabeça de grupos neo-nacionalistas no país, evocando que Tchuvachov é o juiz que condenou em Fevereiro passado nove membros do grupo fascista russo autodenominado “Lobos Brancos”, em penas até aos 23 anos de prisão pelos homicídios de 11 imigrantes oriundos de países da Ásia Central, muitos mortos a golpes de bastões e matracas. Apoiando-se em declarações de testemunhas, a polícia procura um suspeito descrito como “um homem de aparência eslava, entre os 25 e 30 anos, que envergava um boné preto, blusão preto e calças de ganga azuis”, era avançado pela agência noticiosa russa RIA Novosti. Tchuvachov, de 47 anos, ia hoje começar a analisar um processo contra Vladimir Belachev, uma muito controversa figura na Rússia e antigo responsável pelo departamento de combate ao crime organizado do Ministério do Interior, acusado de envolvimento na destruição à bomba de duas estátuas nos arredores de Moscovo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime prisão homem
Apanhem David Cameron, se conseguirem
A campanha eleitoral britânica entrou na recta final e o ritmo dos três maiores partidos é agora frenético. Numa tentativa para consolidar a liderança nas sondagens - insuficiente ainda para uma maioria absoluta -, David Cameron quebrou uma convenção estabelecida e revelou os seus planos para os primeiros cem dias em Downing Street. O gesto irritou os adversários e o Partido Trabalhista avisou que é um erro que lhe "pode custar caro" no dia das eleições. (...)

Apanhem David Cameron, se conseguirem
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: A campanha eleitoral britânica entrou na recta final e o ritmo dos três maiores partidos é agora frenético. Numa tentativa para consolidar a liderança nas sondagens - insuficiente ainda para uma maioria absoluta -, David Cameron quebrou uma convenção estabelecida e revelou os seus planos para os primeiros cem dias em Downing Street. O gesto irritou os adversários e o Partido Trabalhista avisou que é um erro que lhe "pode custar caro" no dia das eleições.
TEXTO: Em dia de feriado (o primeiro dos dois bank holidays de Maio), a calma que se vivia ontem no centro de Londres contrastava com a velocidade imposta aos líderes partidários pela incerteza do desfecho eleitoral de quinta-feira. Depois de na véspera ter percorrido dez círculos no Sul de Londres ameaçados por conservadores ou liberais-democratas, o primeiro-ministro trabalhista, Gordon Brown, fretou um helicóptero para visitar várias localidades no Leste do país e ainda assim conseguir estar num fórum de organizações da sociedade civil em Westminster, onde discursou depois dos seus adversários. Cameron decidiu elevar a fasquia, anunciando que vai estar em campanha, durante 24 horas seguidas, entre a noite de hoje e o final do dia de amanhã, para "garantir uma maioria forte" no Parlamento. "Há uma enorme quantidade de coisas a fazer. Nunca tive nada de convencido e não é agora que vou ter", garantiu. O líder conservador respondia à chuva de críticas de que foi alvo depois de no domingo ter revelado, em detalhe, o que fará nos primeiros meses como primeiro-ministro. Em entrevista à BBC, disse que no dia seguinte às eleições "terá já começado a arregaçar as mangas" e criado um "gabinete de guerra" para coordenar as operações no Afeganistão. Na abertura do Parlamento, acrescentou, o seu executivo terá pronto um vasto programa legislativo, concretizando algumas das principais promessas da campanha. Até Junho apresentará um orçamento de emergência para começar a reduzir o défice. Cameron negou estar a "antecipar-se à escolha dos eleitores", mas apenas a alertar para os méritos de um Governo forte. A alternativa, um Parlamento dividido, conduzirá apenas "a confusão e discussões" que poderão adiar as soluções. Mas as suas palavras não caíram bem entre os adversários. Nick Clegg acusou-o de estar à espera de "ser levado para o n. º 10" de Downing Street. "Pois bem, tenho uma mensagem para ele: neste país o poder não se herda, tem de se merecer", afirmou o líder dos Liberais Democratas, aludindo às raízes aristocráticas de Cameron. "Nestes dias em que toda a gente fala na Grécia, há uma palavra grega boa para ele, hybris (presunção)", reagiu Denis MacShane, ex-secretário dos Assuntos Europeus, numa conferência com jornalistas estrangeiros. MacShane entende que Cameron "cometeu um erro estratégico ao pensar arrogantemente que já está no poder". Isso, disse, "pode custar-lhe caro". A imprensa não escondia a surpresa da nova estratégia dos tories, tanto mais que as sondagens continuam a deixar quase tudo em aberto. "Cameron deitou fora as precauções" e "caminha sobre a ténue linha que divide a necessidade de mostrar que está preparado para governar e [. . . ] o dar a entender que já ganhou", escrevia o Times. "Ele não está apenas a medir as cortinas de Downing Street, está já a pendurar os quadros", escreveu a articulista Jacquie Ashley no Guardian, considerando precipitada o "anúncio da morte do Labour". A boa notíciaMas ontem à tarde os conservadores receberam uma boa notícia: uma sondagem da Reuters revelou que os tories podem chegar à maioria absoluta, elegendo acima de 326 deputados. Esta é a primeira vez que o estudo - em 57 círculos onde o Labour ganhou em 2005 por uma maioria reduzida - chega a tal conclusão. No entanto, o instituto Ipsos-Mori alerta que "um terço dos inquiridos ainda admite mudar o sentido de voto". Por outro lado, uma vitória clara dos conservadores está dependente de um bom resultado nos círculos detidos pelos lib-dem e "as sondagens a nível nacional indicam que é mais provável o partido perder lugares para os centristas do que o contrário", escreveu o "Times". Os partidos estão, por isso, a acelerar. "O céu é o limite", afirmou ontem Clegg, recebido com euforia em círculos nos subúrbios de Londres. E Brown garantiu que não se deixa impressionar pelas sondagens que deixam o Labour em terceiro: "Sou o homem mais optimista do país, porque tenho um plano para o futuro". Na recta final, os trabalhistas apostam tudo na destruição de argumentos dos rivais. Ontem, Peter Mandelson, ministro da Economia e principal estratego do partido, atacou os lib-dem dizendo que "algumas das suas propostas, como a de amnistiar os imigrantes ilegais, são uma anedota". E MacShane avisou que, "se Cameron vencer, o Reino Unido terá muitos problemas com os seus parceiros europeus", depois de se ter comprometido a recuperar competências que foram transferidas para Bruxelas. "Não vejo como o vai conseguir sem rever o Tratado de Lisboa e não creio que os outros países estejam interessados", explicou aos jornalistas o dirigente trabalhista, céptico quanto à possibilidade de Cameron adoptar uma abordagem pragmática após as eleições: "Se o fizer, o partido vai odiá-lo".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte guerra homem estudo
David Cameron procura coligação improvável com Nick Clegg
As "eleições mais importantes de uma geração" deixaram o Reino Unido em suspenso. Pela primeira vez em 36 anos, os britânicos acordaram da noite eleitoral sem saber quem será o próximo primeiro-ministro e os analistas acreditam que o desfecho mais provável será a realização de novas eleições no prazo de um ano. Sem maioria absoluta, David Cameron propôs ontem um acordo a Nick Clegg, que, apesar do resultado decepcionante para os liberais-democratas, está agora na posição de "fazedor de reis". (...)

David Cameron procura coligação improvável com Nick Clegg
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.5
DATA: 2010-05-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: As "eleições mais importantes de uma geração" deixaram o Reino Unido em suspenso. Pela primeira vez em 36 anos, os britânicos acordaram da noite eleitoral sem saber quem será o próximo primeiro-ministro e os analistas acreditam que o desfecho mais provável será a realização de novas eleições no prazo de um ano. Sem maioria absoluta, David Cameron propôs ontem um acordo a Nick Clegg, que, apesar do resultado decepcionante para os liberais-democratas, está agora na posição de "fazedor de reis".
TEXTO: "Os eleitores britânicos falaram, mas as palavras saíram engasgadas", escreveu Simon Jenkins na edição on-line do Guardian, quando era já certo que os conservadores tinham ficado aquém dos 326 deputados necessários para controlar a Câmara dos Comuns. Os resultados finais - divulgados a meio da tarde de ontem, após a recontagem pedida em alguns círculos - deram aos tories 306 lugares, mais 97 do que nas últimas legislativas e a uma confortável distância dos trabalhistas (258). Não foi a vitória que Cameron ambicionava, mas, como ele próprio deixou claro, foi o "maior aumento de deputados conseguido pelo partido em 80 anos", superior ao que em 1979 levou Margaret Thatcher ao poder. Apesar de o desfecho ser previsível, jornalistas e comentadores não escondiam ontem algum desconcerto com a situação, que o país não vivia desde 1974. E o cenário tornou-se ainda mais incerto depois de o primeiro-ministro, Gordon Brown, ter regressado pela manhã a Downing Street. Um gesto simbólico que reforçava aquilo que os principais dirigentes trabalhistas repetiram durante a noite eleitoral: à falta de uma maioria absoluta de qualquer dos partidos, o primeiro-ministro deveria manter-se em funções e procurar formar um "Governo estável". "Esta foi uma eleição caótica, com um resultado caótico", resumiu ao PÚBLICO Jonathan Tonge, professor de Ciência Política da Universidade de Liverpool, acrescentando que, "à falta de um claro vencedor, os políticos britânicos terão de fazer algo a que não estão habituados - um acordo com os partidos adversários". As atenções viraram-se por isso para Nick Clegg, o líder dos lib-dem, que ontem de manhã "admitiu estar decepcionado" com os resultados. O protagonismo conseguido com os debates na televisão e o entusiasmo dos seus comícios valeram aos liberais-democratas mais algumas dezenas de milhares de votos, só que "o partido caiu novamente na emboscada do voto útil" que toma conta da política britânica "sempre que há eleições renhidas", explicou Tonge. Entendimento difícilMas o sabor amargo da decepção - os centristas perderam cinco dos 62 deputados que tinham em Westminster - depressa se tornou menos importante do que o novo papel que lhes é atribuído por um Parlamento dividido. Um protagonismo que ficou claro quando Clegg, de regresso a Londres, reafirmou que a prioridade na formação do Governo deveria ser dada ao partido "que ganhou mais votos e elegeu mais deputados". "É por isso que eu penso que cabe agora aos conservadores mostrarem que são capazes de governar em nome do interesse nacional", anunciou. Pouco depois de Clegg ter mostrado as suas cartas, Cameron abriu também o jogo. Numa declaração lida à imprensa, admitiu liderar um executivo minoritário, mas disse que os problemas económicos do país aconselham um "Governo mais forte e estável" e convidou os centristas a juntarem-se aos conservadores. Não falou abertamente numa coligação, mas sublinhou que os "programas dos dois partidos têm muitas áreas onde é possível chegar a acordo" e, numa demonstração de abertura, admitiu discutir a reforma do sistema eleitoral britânico - o trunfo que os lib-dem procuram há décadas para mudar um sistema eleitoral que prejudica os partidos mais pequenos. Depois de uma primeira conversa ao telefone, Cameron e Clegg anunciaram ontem à tarde ter chegado a acordo para "continuar a discutir os planos para uma reforma política e económica". Mas, apesar da pressa colocada nas negociações pelos conservadores - preocupados com a possibilidade de os mercados reabrirem segunda-feira ainda sem Governo formado -, os lib-dem só devem dar uma resposta oficial depois da reunião do novo grupo parlamentar, prevista para hoje. Mas se a hipótese de uma coligação agrada à City, receosa de que um executivo minoritário seja incapaz de tomar as medidas necessárias para reduzir o défice, o acordo pode ser difícil de vender aos centristas, tradicionalmente mais próximos do Labour. E as palavras de compromisso ouvidas ontem não convencem os analistas, tendo em conta a distância que separa os dois partidos, seja sobre a União Europeia ou a imigração (dois temas que Cameron excluiu ontem das negociações) seja sobre a reforma eleitoral. Tonge admite que Cameron aceite referendar a questão, desde que não esteja em causa um sistema proporcional - "isso significaria que o partido dificilmente poderia voltar a governar sozinho e isso é intolerável para os tories". Simon Lee, professor de Política da Universidade de Hull, notou também que o líder conservador prometeu apenas a criação de "uma comissão interpartidária" para estudar o assunto. "Ou Clegg desiste da reforma constitucional com que se apresentou a estas eleições ou não haverá coligação ou acordo", disse à Reuters. Essa é a esperança que mantém Gordon Brown em Downing Street. O ainda primeiro-ministro disse "respeitar a decisão de Clegg" e adiantou que os adversários devem ter o "tempo necessário" para negociarem. Mas adiantou que, se as negociações falharem, está pronto a discutir com os lib-dem "a retoma da economia" e a "reforma eleitoral". Juntos, os dois partidos têm mais deputados do que os conservadores, mas ainda insuficientes para a maioria absoluta, o que os obrigaria a procurar alianças com as formações mais pequenas. Tonge descarta, por isso, um acordo: "Politicamente seria mais fácil, mas para os eleitores seria sempre uma coligação de perdedores". Cenários que tornam mais provável a realização de novas eleições a breve prazo. "Qualquer Governo que seja formado nos próximos dias não será capaz de formar uma maioria estável nos Comuns. Por isso é provável nova eleição no Outono ou na Primavera de 2010", escreveu Peter Riddell no Times. "Tudo o resto é incerto".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração
Clegg tem apoio total dos lib-dem para negociar coligação
Conservadores e liberais-democratas retomam este domingo as negociações iniciadas sexta-feira sobre um eventual acordo de Governo, depois de os lib-dem de Nick Clegg terem passado o sábado a discutir a que pode ser a primeira coligação no Reino Unido desde a II Guerra Mundial. (...)

Clegg tem apoio total dos lib-dem para negociar coligação
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.35
DATA: 2010-05-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Conservadores e liberais-democratas retomam este domingo as negociações iniciadas sexta-feira sobre um eventual acordo de Governo, depois de os lib-dem de Nick Clegg terem passado o sábado a discutir a que pode ser a primeira coligação no Reino Unido desde a II Guerra Mundial.
TEXTO: Os deputados do partido de Clegg, o terceiro mais votado nas eleições de quinta-feira, “apoiaram completamente” a estratégia do líder, o qual defende que os tories, como força mais votada, com 306 deputados mas aquém de uma maioria absoluta, devem tentar formar Governo. Citado pela BBC, o negociador David Laws disse que os lib-dem estão determinados a cumprir a sua parte numa solução de governo “estável”. As palavras são do final da tarde de hoje, depois de os deputados terem discutido a proposta de coligação feita na véspera pelo líder conservador, David Cameron, o qual sublinhou a urgência de uma solução devido à gravidade da situação económica. Mas nas afirmações da manhã os lib-dem declaravam querer evitar precipitações. “Vamos agir com prudência, mas não vamos trair os nossos princípios”, disse Simon Hughes, outro dos negociadores, lembrando que os lib-dem são um “partido progressista de centro-esquerda”. O papel britânico na União Europeia e a imigração são temas em que os partidos divergem. Depois da reunião dos deputados lib-dem estava previsto ainda para ontem um encontro do “executivo federal”. Um acordo de governo deverá ter a aprovação de três quartos dos membros de cada um dos dois órgãos, o que pode ser difícil, segundo politólogos citados pela AFP. Um fonte tory admitiu que um eventual entendimento não deve acontecer antes deste domingo, dia em que se realiza uma reunião de eleitos conservadores. A fórmula de um acordo parlamentar, em vez de uma coligação formal, não estará também, segundo a Reuters, afastada. A coligação suscita reservas em qualquer das forças. O Guardian noticiava ontem que Cameron pediu ao ex-primeiro-ministro conservador John Major para sensibilizar os lib-dem e acalmar a ala mais à direita dos Conservadores. “Se este é o preço para assegurar que temos estabilidade para lidar com os problemas económicos, então penso que é o caminho que devemos seguir”, afirmou o antigo chefe do Governo, citado pela Sky News. As prioridades dos lib-dem são, como Nick Clegg lembrou, a reforma do sistema fiscal, a educação, a recuperação económica e a mudança de um sistema eleitoral que favorece conservadores e trabalhistas e penaliza os restantes partidos. Isso mesmo foi lembrado por cerca de um milhar de manifestantes, que este sábado se reuniram frente ao edifício onde se encontravam os deputados, gritando: “Voto justo, agora. ” Clegg, que durante a manhã esteve com Cameron e o líder trabalhista Gordon Brown, nas cerimónias que assinalaram o final da II Guerra Mundial, saiu durante momentos da reunião para lhes dizer, segundo a BBC, que a reforma eleitoral “foi uma das razões” porque foi para a política. Indispensável para a formação de um governo estável, o apoio dos 57 eleitos lib-dem é também cobiçado pelos trabalhistas, que elegeram apenas 258 parlamentares mas, pela voz de Brown, primeiro-ministro em funções, já se declararam dispostos a conversar com Clegg, caso os contactos com os conservadores fracassem. No que toca à reforma eleitoral, o que Brown tem para oferecer é mais sedutor do que a discussão do assunto proposta pelos tories: um referendo sobre um “sistema eleitoral mais justo”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave guerra imigração educação
Cameron e Clegg prometem "mudança sísmica e histórica" da política britânica
Primeiro-ministro e o seu "vice" selaram acordo nos jardins de Downing Street prometendo estabilidade. Lib-dem conseguiram várias cedências dos tories e cinco pastas ministeriais. (...)

Cameron e Clegg prometem "mudança sísmica e histórica" da política britânica
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeiro-ministro e o seu "vice" selaram acordo nos jardins de Downing Street prometendo estabilidade. Lib-dem conseguiram várias cedências dos tories e cinco pastas ministeriais.
TEXTO: Uma aliança histórica ou um casamento de conveniência destinado ao fracasso? Ainda ninguém tem a resposta para a pergunta que domina o Reino Unido desde que, terça-feira à noite, conservadores e liberais-democratas selaram um inédito acordo de coligação. David Cameron, o novo primeiro-ministro, falou ontem numa "mudança sísmica e histórica" da política britânica, mas os analistas questionam-se sobre quanto tempo irá durar a anunciada coesão. O ambiente em Londres era ontem de distensão, após cinco dias de poucas palavras e intensas negociações à porta fechada. A primeira conferência de imprensa do novo Governo - agora de aparência bicéfala - foi a imagem da descontracção, com Cameron a trocar anedotas e a tratar pelo primeiro nome Nick Clegg, o líder dos lib-dem. "Não se via nada assim desde a primeira cimeira entre Tony Blair e George W. Bush", escreveu Nick Robinson, editor de política da BBC, comparando a aparição nos jardins de Downing Street a uma "troca de votos" entre recém-casados. "Este será um governo unido pelo objectivo central de dar ao país a liderança forte e determinada de que precisa a longo prazo", assegurou o novo primeiro-ministro, quando era já conhecida a maioria dos ministros do novo executivo. Os tories asseguraram os principais ministérios (Finanças, Negócios Estrangeiros, Defesa e Interior), mas os lib-dem ficam com cinco pastas (incluindo a da Economia, atribuída ao veterano Vincent Cable) e Nick Clegg, enquanto vice-primeiro-ministro, terá como pelouro a reforma do sistema político e eleitoral. Mercados aliviadosNa City londrina respirava-se já de alívio: a valorização da libra e a boa prestação da bolsa davam a bênção à união forjada na noite anterior. O agrado foi maior face à prioridade assumida pelos dois partidos no combate ao défice público. Tal como estava previsto no programa eleitoral dos conservadores, o novo executivo compromete-se a apresentar, no prazo de 50 dias, um "orçamento de emergência" com cortes de seis mil milhões de libras a aplicar já este ano. "Nenhum Governo da era moderna recebeu tão terrível herança", admitiu Cameron. Clegg confirmou que terão de ser adoptadas medidas difíceis "para reconstruir a economia", mas tranquilizou os seus apoiantes, garantindo que este será também um "governo radical e reformador". E não eram apenas as palavras dos líderes que indicavam a vontade de compromisso. A imprensa britânica destacava ontem o muito que os dois partidos tinham caminhado para chegar a acordo. "Esta é uma coligação de fazer cair o queixo", admitiu Michael White, director adjunto do Guardian. Às cinco pastas cedidas aos lib-dem, os tories anexaram várias cedências, acolhendo no programa de Governo mais de uma dezena de propostas dos centristas. "Ofereceram-nos coisas antes mesmo de as termos pedido", confessou um dos negociadores ao Financial Times. Em troca, os lib-dem desistiram de algumas medidas emblemáticas - o imposto sobre as mansões, a adesão ao euro na actual legislatura ou a legalização de imigrantes clandestinos - e prometeram abster-se em temas fracturantes, como os benefícios fiscais aos casais ou o financiamento das universidades. Mas mesmo depois de Cameron ter dito que ambos os partidos estão dispostos a esquecer as divergências da campanha e "a engolir sapos", os analistas avisam que a coesão poderá ser difícil de manter. É entre os lib-dem que os riscos de divisões são maiores: muitos militantes, entre eles vários ex-dirigentes, não escondem que preferiam um acordo com os trabalhistas e consideram contranatural uma aliança com um partido tradicionalista e antieuropeu. Outros alertam que o partido irá ser duramente penalizado nas próximas eleições - seja por forçar a queda do Governo, seja por apoiar as anunciadas medidas de austeridade. Clegg, muito popular no partido pela forma como conduziu a campanha, conseguiu terça-feira o apoio da "esmagadora maioria" dos deputados e da direcção do partido. "Resta saber se a disciplina parlamentar vai resistir à elevada carga emocional" dos debates que se avizinham, disse à AFP Victoria Honeyman, professora de Política da Universidade de Leeds. Direita critica CameronE os riscos não são menores entre os conservadores. Num artigo escrito ontem no Guardian, Tim Montgomerie, fundador do site ConservativeHome e uma das vozes mais influentes da ala direita do partido, lembrou que, se não tivesse sido a "desadequada campanha" de Cameron, os tories teriam evitado as penosas cedências a que agora se vêem obrigados. A coligação minimiza as hipóteses de sucesso de uma revolta interna (Cameron dispõe agora de 363 deputados, mais 37 do que a maioria absoluta), mas é ainda incerto até que ponto conseguirá impor a disciplina partidária quando forem votadas algumas das medidas mais incómodas, como o referendo à reforma eleitoral. "Os próximos seis meses serão determinantes para construir a confiança" entre os parceiros de coligação, conclui John Curtice, politólogo da Universidade de Strathclyde, ouvido pela AFP. Se isso não acontecer, avisou Robinson, Clegg e Cameron podem acabar como os pares românticos casados à pressa em Las Vegas e que "acordam no dia seguinte a pensar como acabaram com alguém que mal conhecem e sem saber se a família lhes vai perdoar".
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Palavras-chave casamento
Pior desastre aéreo da última década na Índia provoca 158 mortos
Um avião novo, um piloto experiente, uma pista renovada e boa visibilidade. Mas algo correu terrivelmente mal quando, esta manhã, o Boeing 737-800 da Air India Express aterrou no aeroporto de Mangalore, no sul da Índia. Pouco depois de tocar o solo, o piloto perdeu o controlo do aparelho, que acabou por cair numa ravina, incendiando-se. Dos 166 ocupantes, apenas oito sobreviveram. (...)

Pior desastre aéreo da última década na Índia provoca 158 mortos
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento -0.5
DATA: 2010-05-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um avião novo, um piloto experiente, uma pista renovada e boa visibilidade. Mas algo correu terrivelmente mal quando, esta manhã, o Boeing 737-800 da Air India Express aterrou no aeroporto de Mangalore, no sul da Índia. Pouco depois de tocar o solo, o piloto perdeu o controlo do aparelho, que acabou por cair numa ravina, incendiando-se. Dos 166 ocupantes, apenas oito sobreviveram.
TEXTO: Os passageiros, todos indianos, regressavam do Dubai, um dos principais destinos de emigração da população local. A chegada estava prevista para as 6h00 (1h30 em Lisboa). “Ao aterrar, o avião mudou subitamente de direcção e atingiu qualquer coisa. Incendiou-se e caímos [pela ravina]. Quando olhei para cima vi uma abertura e saí por ali”, contou Krishna, um dos sobreviventes, já no hospital. Ao chegarem ao local, os bombeiros não acreditaram que alguém tivesse conseguido sair com vida — do Boeing reconhecia-se apenas a cauda e as chamas consumiam depressa o que restava dos destroços, espalhados ao longo de uma encosta densamente arborizada. “Não tinha esperança de sobreviver, mas sobrevivi. O avião partiu-se em dois e eu consegui saltar”, relatou Pradeep, que se pôs rapidamente a salvo das chamas. As autoridades anunciaram que oito pessoas foram resgatadas com vida, três em estado grave, mas algumas fontes disseram que um dos feridos não resistiu — informação que não foi confirmada pelo Governo. O resgate dos corpos, muitos deles carbonizados, foi concluído já durante a noite, horas depois de ter sido anunciada a descoberta uma das caixas negras. A Direcção Geral de Aviação Civil ordenou a imediata abertura de um inquérito ao acidente, o pior registado na Índia desde 1996, quando dois aviões colidiram em pleno voo, nas imediações de Nova Deli, matando 346 pessoas. A Boeing e Air India Express, subsidiária para voos low-cost da companhia de bandeira indiana, vão colaborar nas investigações ao acidente, ainda sem explicações. “Segundo as primeiras observações, o aparelho tocou o solo e perdeu o controlo na pista de aterragem”, adiantou o ministro da Aviação Civil, Praful Patel, explicando que os destroços estavam a 600 metros do fim do alcatrão. Alguns sobreviventes contam ter ouvido um barulho, semelhante à explosão de um pneu, logo após a aterragem. Outros disseram que o avião terá embatido “em alguma coisa” antes de cair na ravina. O chefe da autoridade aeroportuária, V. P. Agrawal, revelou que a tripulação “não enviou qualquer sinal de alerta” e confirmou que a visibilidade era boa no momento da aterragem. E o ministro acrescentou que o piloto, de nacionalidade sérvia, era muito experiente e já tinha aterrado “umas 20 vezes” em Mangalore — uma pista que, garantiu, “cumpre todos os requisitos” de segurança. Mas quem aterra com frequência na zona descreve outro cenário. “É uma experiência assustadora quando o avião se aproxima da pista”, contou ao Hindustan Times o jornalista Satya Narayan, explicando que o aeroporto está situado num planalto. “Dá para sentir o avião em esforço para garantir que não sai da curta pista e cai nas ravinas que o rodeiam”, relatou. Em 2006, foi construída uma pista maior, mas a zona de segurança adjacente é, segundo alguns peritos, inferior ao recomendado. O acidente mancha o registo de segurança da aviação indiana, sem acidentes graves na última década, e promete colocar sob maior pressão a Air India, confrontada já com a feroz concorrência dos privados, num sector em rápido crescimento. Recentemente o Governo injectou mais de mil milhões de dólares na companhia aérea, com a condição de que esta equilibrasse as suas contas. “A atenção vai centrar-se inevitavelmente no desempenhado da empresa e se em algum momento a segurança foi sacrificada em nome da sobrevivência”, escreveu o Wall Street Journal.
REFERÊNCIAS:
Cidades Lisboa Nova Deli
Penas suspensas para inspectores do SEF acusados de protecção a bares de alterne
O Tribunal de São João Novo, no Porto, condenou hoje dois inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a penas entre 18 meses e quatro anos de cadeia, suspensas por iguais períodos, por protegerem bares de alterne a troco de bebidas e favores sexuais. (...)

Penas suspensas para inspectores do SEF acusados de protecção a bares de alterne
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Tribunal de São João Novo, no Porto, condenou hoje dois inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a penas entre 18 meses e quatro anos de cadeia, suspensas por iguais períodos, por protegerem bares de alterne a troco de bebidas e favores sexuais.
TEXTO: O colectivo de juízes deu como provada parte da acusação contra os dois agentes do órgão de polícia criminal especializado em questões de imigração. O mais penalizado foi o inspector Agostinho Teixeira, condenado por um único crime continuado de corrupção passiva para acto ilícito e por outro, igualmente continuado, de violação de segredo de funcionário. Agostinho Teixeira estava acusado da prática de 20 crimes de corrupção passiva para ato ilícito e três de violação de segredo por funcionário. Já Sérgio Medeiros, inspector adjunto do SEF - que estava acusado de 11 crimes de corrupção passiva e dois de abuso de poder -, foi condenado por um único crime de corrupção passiva, na forma continuada. Uma terceira pessoa arguida do processo, Josiane Dantas, relações públicas num bar de alterne, foi condenada a 14 meses de prisão, suspensa por igual período, pela prática de um crime de angariação de mão de obra ilegal, já que aliciou três compatriotas a viajarem para Portugal a fim de trabalharem no estabelecimento que representa. O tribunal censurou particularmente o comportamento de Agostinho Teixeira, que considerou ter-se aproveitado da “necessidade e susceptibilidade” de cidadãs “indefesas”, por estarem ilegais em Portugal, para satisfazer os seus “caprichos”. “Os senhores são agentes de autoridade. A sociedade espera de vós um comportamento exemplar”, disse a juíza-presidente do colectivo, dirigindo-se aos dois inspectores do SEF. O advogado dos dois arguidos, Vítor Lima Ferreira, admitiu recorrer do acórdão, ainda que se revelasse satisfeito por os seus clientes terem sido condenados “apenas” por um conjunto de três crimes, quando estavam acusados de um total de 36. Vítor Lima Ferreira interpretou o acórdão com um “sinal” a todos os inspectores do SEF no sentido de que a sociedade não lhes tolera comportamentos suspeitos. “Mas não estou propriamente disposto a aceitar que os meus clientes sirvam de alerta”, acrescentou. Os factos centraram-se em bares de alterne do Porto e ocorreram entre 2001 e 2006. O Ministério Público sustentava que os dois inspectores do SEF usavam o seu estatuto para frequentar bares de alterne onde prometiam avisar sobre operações de fiscalização do SEF a troco de bebidas grátis e favores sexuais. Durante o julgamento, os inspectores do SEF admitiram que frequentavam bares de alterne, mas negaram os crimes imputados, enquanto Josiane optou por não prestar declarações.
REFERÊNCIAS:
Entidades SEF
Israel detém 480 activistas pró-palestinianos
Quarenta e cinco dos 686 passageiros que seguiam nas embarcações atacadas pelo Exército israelita já foram expulsos ou estão prestes a sê-lo. Há 480 detidos numa prisão a Sul de Israel e os restantes serão transferidos do porto de Ashdod para a prisão. (...)

Israel detém 480 activistas pró-palestinianos
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quarenta e cinco dos 686 passageiros que seguiam nas embarcações atacadas pelo Exército israelita já foram expulsos ou estão prestes a sê-lo. Há 480 detidos numa prisão a Sul de Israel e os restantes serão transferidos do porto de Ashdod para a prisão.
TEXTO: “Um total de 686 passageiros estavam a bordo das embarcações interceptadas e, destes, 45 estão em vias de expulsão”, afirmou à rádio militar israelita Yossi Edesltein, alto funcionário do Ministério do Interior de Israel. O Ministério irlandês dos Negócios Estrangeiros Micheal Martin condenou a detenção "inaceitável" de sete cidadãos irlandeses, reclamando a sua libertação "imediata e sem condições". Entre os cidadãos já expulsos ou prestes a sê-lo encontra-se a Prémio Nobel da Paz da Irlanda do Norte Mairead Corrigan e vários políticos, incluindo deputados de diferentes países europeus. Hospitalizadas continuam 45 pessoas, a maioria de nacionalidade turca. A Turquia anunciou o envio de três aviões com equipamento médico para repatriar 20 cidadãos feridos no raide que matou dez pessoas na frota que levava ajuda humanitária à Faixa da Gaza. Os feridos de maior gravidade foram retirados em helicópteros das embarcações. Os que a correspondente do jornal espanhol “El País” viu chegar ao hospital de Bazilai, na localidade de Ashkelon, vinham “vendados e rodeados por dezenas de polícias de fronteira que foram mobilizados em todos os hospitais da costa israelita”Israel diz que os passageiros eram originários de 38 países: muitos, como Marrocos, a Argélia, o Paquistão, sem relações diplomáticas com Israel. Os detidos serão os activistas que, depois de desembarcarem à força no porto de Ashdod, a 35 quilómetros da Faixa, recusaram regressar de forma voluntária aos seus países – são todos convidados a assinar um documento de deportação. A partir daí Israel passa a considerá-lo imigrantes ilegais e é nesse estatuto que são detidos, explica o “El País”. Deverão ser expulsos 72 horas depois de serem presentes a um juiz, acrescenta a AFP. Detido está também Kamal Khatib, presidente da mais importante organização de árabes israelitas, uma comunidade de 1, 3 milhões de pessoas que apelou à realização de uma greve geral e de uma jornada de manifestações. O Governo da Grécia anunciou que seis dos 36 gregos que estavam nos barcos já chegaram a Atenas. Duas embarcações gregas também participavam na iniciativa. A embarcação mais visada pelo assalto foi o navio turco Mavi Marmara. Notícia actualizada às 10h40
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes
NATO: Israel deve libertar “imediatamente” os civis e as embarcações
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, defendeu que Israel deve libertar de imediato os mais de 500 civis que permanecem detidos dos perto de 700 que seguiam nas embarcações atacadas quando tentavam chegar a Gaza. (...)

NATO: Israel deve libertar “imediatamente” os civis e as embarcações
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, defendeu que Israel deve libertar de imediato os mais de 500 civis que permanecem detidos dos perto de 700 que seguiam nas embarcações atacadas quando tentavam chegar a Gaza.
TEXTO: “Junto a minha voz aos apelos das Nações Unidas e da União Europeia na defesa de um inquérito rápido, imparcial, credível e transparente sobre o incidente” que causou a morte a pelo menos nove pessoas, quatro delas turcas, e deixou feridas algumas dezenas, disse Rasmussen num comunicado publicado no fim de uma reunião dos embaixadores da NATO pedida pela Turquia. “Em primeiro lugar, peço a libertação imediata dos civis e dos barcos detidos por Israel”, disse ainda Rasmussen. Algumas dezenas de activistas que seguiam nas embarcações que transportavam 10 mil toneladas de ajuda para a Faixa de Gaza já foram deportadas para os seus países. Mas muitos recusaram assinar os papéis de expulsão e, segundo Israel, são considerados imigrantes ilegais. Estão detidos e estarão a ser interrogados, diz a AFP. A ONU considera que a interpelação destas pessoas, em águas internacionais, não tem base legal. O ministro irlandês dos Negócios Estrangeiros, Michael Martin, condenou a detenção “inaceitável” de setes cidadãos irlandeses: "Estas sete pessoas não entraram em Israel ilegalmente; foram antes capturadas em águas internacionais, transportadas para Israel e convidadas a assinar documentos que confirmam que entraram no país ilegalmente. É completamente inaceitável”. Vários países têm pedido a libertação dos seus cidadãos. De acordo com as autoridades israelitas, havia nos navios pessoas de 38 nacionalidades. A Turquia tem 380 cidadãos detidos e o principal alvo do ataque israelita foi um barco de bandeira turca. Os Repórteres Sem Fronteiras pediram por seu turno a lista de jornalistas detidos durante o ataque à frota de embarcações turcas e gregas. A organização disse ter contabilizado 15 jornalistas estrangeiros que “ainda não conseguimos contactar directamente”. Ambiente tensoPara além da NATO, esteve reunido o Conselho de Direitos Humanos da ONU. Dos dois encontros chegam descrições de um ambiente tenso. No Conselho da ONU não foi possível aprovar qualquer resolução, o que só deverá acontecer amanhã: os membros tentarão “preservar o consenso”, disse à AFP um diplomata, pelo que o texto nunca pedirá sequer um inquérito internacional, “uma linha vermelha que Israel não aceitará”. Sem Israel à mesa, na NATO o principal confronto aconteceu entre a Turquia, país que se considera directamente visado pelo assalto dos comandos e que já acusou Israel de “terrorismo de Estado”, e os Estados Unidos, que têm recusado condenar Israel. O mesmo já acontecera nas 12 horas que o Conselho de Segurança da ONU passou reunido: a declaração final saída dessa reunião condena o ataque, mas não o Governo israelita, como pretendia Ancara. Para além da Turquia, também a Noruega terá apresentado uma posição especialmente severa no encontro da Aliança Atlântica. Oslo já chamara o embaixador israelita e a ministra da Educação, Kristin Halvorsen, que lidera o Partido Socialista, pediu a todos os países para “seguirem a posição da Noruega que exclui o comércio de armas com Israel”. Ataque de um EstadoEm Washington para conversações com a secretária de Estado, Hillary Clinton, o chefe da diplomacia da Turquia assumiu o descontentamento do seu país face à recusa de uma verdadeira condenação a Israel por parte da Casa Branca. “Alguns dos nossos aliados não estão prontos para condenar as acções israelitas. Esperamos solidariedade absoluta. Não devia ser uma escolha entre a Turquia e Israel. Devia ser uma escolha entre o certo e o errado”, defendeu o ministro Ahmet Davutoglu“Psicologicamente, este ataque é como o 11 de Setembro para a Turquia porque os cidadãos turcos foram atacados por um Estado, não por terroristas, com uma intenção, [depois de] uma decisão clara de líderes políticos desse Estado”, disse ainda o responsável turco.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU NATO
Milhares de adeptos receberam Selecção nacional em Magaliesburg
Foram milhares os adeptos que receberam esta manhã a Selecção nacional em Magaliesburg, com bandeiras e camisolas com as cores de Portugal. (...)

Milhares de adeptos receberam Selecção nacional em Magaliesburg
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foram milhares os adeptos que receberam esta manhã a Selecção nacional em Magaliesburg, com bandeiras e camisolas com as cores de Portugal.
TEXTO: A equipa aterrou no aeroporto de Joanesburgo às 10h00 locais (09h00 em Lisboa) e seguiu de autocarro até Magaliesburg. Milhares de pessoas, entre eles muitos imigrantes portugueses que viajaram de Joanesburgo, quiseram receber os jogadores à entrada do hotel. O primeiro treino da Selecção na África do Sul está marcado para as 16h15 (15h15 em Lisboa).
REFERÊNCIAS:
Cidades Lisboa