Mais de 400 baleias morrem na costa da Nova Zelândia
As autoridades neozelandesas estão a tentar salvar cerca de 100 baleias-piloto que encalharam mas ainda estão vivas. (...)

Mais de 400 baleias morrem na costa da Nova Zelândia
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.318
DATA: 2017-02-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: As autoridades neozelandesas estão a tentar salvar cerca de 100 baleias-piloto que encalharam mas ainda estão vivas.
TEXTO: Centenas de baleias morreram durante a madrugada desta sexta-feira, na Nova Zelândia, depois de terem ficado encalhadas em Farewell Spit, uma remota língua de areia em Golden Bay, na Ilha do Sul. O Departamento de Conservação da Natureza neozelandês (DOC, na sigla inglesa) contabilizou 416 baleias-piloto encalhadas no local. De acordo com o Guardian, mais de 70% tinham morrido até ao início da manhã desta sexta-feira. Uma equipa do DOC está, neste momento, a tentar salvar as cerca de 100 baleias que ainda estão vivas. Os funcionários neozelandeses e os cerca de 500 voluntários que rumaram ao local conseguiram que quase todos os animais sobreviventes se soltassem do banco de areia pelas 10h30 (hora local), altura em que a maré estava alta. No entanto, durante a tarde, cerca de 90 baleias voltaram a dar à costa. Agora, o DOC e os voluntários tentam manter as baleias vivas até à próxima maré alta, prevista para o meio-dia de sábado. Peter e Ana Wiles foram dois dos primeiros voluntários a chegar ao local e descreveram o que encontraram ao Fairfax New Zealand: várias baleias mortas a flutuar, com as barrigas brancas à superfície, e o som discreto dos sobreviventes. "Foi uma das coisas mais tristes que já vi, tantas criaturas sencientes perdidas na costa", disse Peter Wiles. Durante a manhã, o DOC pediu a potenciais voluntários que faltassem ao trabalho e à escola e se dirigissem, de imediato, para Farewell Spit, relata o Fairfax New Zealand. Pediu, também, que trouxessem toalhas, lençóis e baldes, para conseguirem manter os animais frios, húmidos e calmos. O responsável pela equipa do DOC, Andrew Lamason, disse ao Guardian que este foi o maior grupo de baleias que deram à costa em Golden Bay. A zona é propícia a incidentes deste género, por causa das águas pouco profundas, mas normalmente registam-se casos isolados de uma ou duas baleias. Por ano, o DOC recebe em média 85 alertas para animais encalhados. Lamason explica ainda que é normal que as baleias que dão à costa uma vez voltem ao mesmo local. Como são animais sociais, não gostam de se afastar do resto do grupo. "Estamos a tentar levá-las para o mar, guiando-as, mas elas não aceitam indicações, vão para onde querem. A menos que tenham um conjunto de líderes fortes que decidam ir para o mar, as baleias restantes vão tentar manter-se com o grupo na praia", disse ao Guardian. Apesar de ser um acontecimento comum, o responsável alerta as pessoas mais sensíveis para que se mantenham longe da praia. A tarefa de voluntário, nestas situações, é emocionalmente desgastante: "Só conseguimos lidar com voluntários robustos, não com aqueles que vão colapsar, o que acontece com bastante frequência”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Os corpos das 300 baleias mortas que ainda se encontram na praia serão encaminhados para o alto mar, mas, neste momento, a prioridade da equipa é manter as restantes baleias vivas. As causas deste incidente, como noutros do género, não são claras. Há vários factores que potenciam esta situação, como a idade e a saúde de animais particularmente vulneráveis que se perdem e dão à costa. Neste caso, no entanto, e dadas as dimensões, o mais provável é tratar-se de um erro de navegação do grupo, que se aproximou da costa para encontrar comida ou para evitar cruzar-se com predadores como as orcas. De acordo com os dados do Project Jonah, um grupo que se foca no salvamento das baleias, a Nova Zelândia soma um dos maiores números de cetáceos encalhados: em média, 300 baleias e golfinhos dão à costa a cada ano. Este é o terceiro maior incidente do tipo na história da Nova Zelândia. Em 1918, 1000 baleias deram à costa nas Ilhas Chatham e, em 1985, 450 deram à costa na Ilha da Grande Barreira, ao largo de Auckland. E só em 1840, mais de 5000 baleias e golfinhos deram à costa na Nova Zelândia, de acordo com os registos históricos do DOC. Em 2012, 22 animais morreram, nas mesmas condições, também em Farewell Spit.
REFERÊNCIAS:
No tripé de Afonso Chaves, tanto cabia o teodolito como a câmara fotográfica
A obra fotográfica do naturalista açoriano Francisco Afonso Chaves combina a curiosidade do cientista e a sensibilidade de um artista. Na segunda de uma trilogia de exposições sobre um legado até agora desconhecido, o Museu de História Natural, em Lisboa, mostra uma rara fusão entre arte e ciência. (...)

No tripé de Afonso Chaves, tanto cabia o teodolito como a câmara fotográfica
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2017-02-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A obra fotográfica do naturalista açoriano Francisco Afonso Chaves combina a curiosidade do cientista e a sensibilidade de um artista. Na segunda de uma trilogia de exposições sobre um legado até agora desconhecido, o Museu de História Natural, em Lisboa, mostra uma rara fusão entre arte e ciência.
TEXTO: O teodolito foi mais do que um companheiro de estrada para os trabalhos de campo de Francisco Afonso Chaves (1857-1926). Este instrumento de precisão óptico tornou-se uma presença regular nas fotografias captadas pelo naturalista açoriano, como se fosse um personagem em nome próprio, que não só era utilizado para medir a natureza, mas também para dizer que a ciência se podia fundir com ela. O grande e pesado tripé de madeira que tantas vezes serviu para sustentar aquele aparelho (auxiliar de saberes tão diversos como a geodesia, a navegação, a construção civil, a agricultura ou a meteorologia) também serviu amiúde para segurar uma câmara fotográfica. O que quer dizer que ao longo de quase três décadas, na viragem do século XIX para o XX, Afonso Chaves tanto procurou a exactidão da ciência, como a estética e a conceptualização da fotografia. Não é de estranhar, por isso, que um enorme tripé armado com um teodolito seja uma presença marcante na segunda parte de A Imagem Paradoxal, a exposição consagrada à obra fotográfica pioneira de Francisco Afonso Chaves, que pode ser vista a partir de hoje no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUNHAC), em Lisboa, até 28 de Maio. Depois da exposição inaugural no Museu do Chiado (concentrada na revelação das múltiplas facetas fotográficas de um autor praticamente desconhecido em Portugal e que pode ainda ser vista até 26 de Fevereiro), neste segundo tomo (o terceiro é nos Açores a partir de 23 de Março), a atenção dos comissários Victor dos Reis e Emília Tavares centrou-se nas diferentes valências do seu trabalho como naturalista, particularmente no impulso decisivo que deu ao desenvolvimento da meteorologia e naquela que é considerada uma “rara” interacção fusão entre arte e ciência à época em Portugal. Como se a presença (e a imponência) do tripé científico-fotográfico na sala não bastasse, a primeira série de imagens apresentadas (Ilha de S. Jorge) ajuda a afastar quaisquer dúvidas sobre as virtudes da ligação entre a “curiosidade do cientista” e “a sensibilidade do fotógrafo” tão presentes em Afonso Chaves. Na primeira imagem, surgem os três pés de madeira altivos, registados de baixo para cima, ainda sem nada, nem ninguém (apenas paisagem açoriana, com uma igreja ao fundo). Na imagem seguinte, aparece um homem. E na terceira fotografia, já são dois homens. As fotografias de Afonso Chaves costumam estar bem legendadas (numeração, localização, data) e é comum serem complementadas pelos dados científicos obtidos nos equipamentos. Mas depois de cumprida essa tarefa que procura a precisão, o olhar do cientista parece deixar-se guiar pelas emoções. Na mesma série de São Jorge, surgem fotografias como a que mostra três crianças a brincar com uma prancha de madeira na água da Lagoa Pequena da Caldeira de Santo Cristo. Ou a que mostra a textura do cascalho a desaparecer na planura da água da mesma Lagoa Pequena (sempre com uma igreja ao fundo). E aqui não há só a virtude da composição e da “oportunidade fotográfica”, mas o sentido narrativo e a vontade de afirmar o trabalho científico como um campo poroso e receptivo à visita da criatividade, do encanto e do deslumbramento. Victor dos Reis, que com Emília Tavares guiou uma visita para o PÚBLICO, fala com entusiasmo deste conjunto porque é — entre outros de um espólio de cerca de sete mil imagens quase só registadas no processo de estereoscopia — representativo da tese de que Francisco Afonso Chaves conseguiu erguer uma obra fotográfica com “enorme valor estético” e que ultrapassa a sua natureza meramente técnica ou puramente instrumentaldocumental. “[Na Lagoa Pequena, Afonso Chaves] começa com um tipo de fotografia de puro registo, que será completada em diário, onde surgem medições, horas. . . mas, depois disso, começa logo a divagar. Nesta série, são mais as fotografias de paisagem do que as que se podem considerar como instrumentos de trabalho. ”Apesar do aturado trabalho de investigação que ao longo dos últimos anos Victor dos Reis (presidente da Faculdade de Belas Artes de Lisboa) tem dedicado ao naturalista-fotógrafo açoriano, a extensão e alcance da sua obra (na fotografia e na ciência) ainda está por balizar. E a prova disso surgiu nos meses que antecederam a produção desta exposição, quando em locais diferentes apareceram mais documentos e fotografias da sua autoria. Só no Observatório Astronómico de Lisboa foram descobertos 17 documentos (entre cartas, desenhos, relatórios e esquemas) e 21 fotografias (quase todas positivos), das quais quatro são inéditas. E a cereja no topo do bolo: três pequenas caixas de madeira para o envio por correio de fotografias estereoscópicas em vidro, esquema que Victor dos Reis desconhecia em Afonso Chaves e que o leva a acreditar que terá sido usado para mandar imagens para outros dos seus correspondentes nacionais e internacionais, que se contam às centenas, entre os quais reputados cientistas e futuros prémios Nobel. Todos estes documentos estão expostos no MUNHAC, onde foram incluídos vários instrumentos de medição, balões meteorológicos e espécimes de animais da colecção do Museu da rua da Escola Politécnica, que dialogam com muito do conteúdo das fotografias de Afonso Chaves. Para Emília Tavares, esta descoberta é demonstrativa dos tentáculos que o trabalho do naturalista açoriano foi ganhando: “Há aqui um lado rizomático na obra dele que é surpreendente. Não é muito comum alguém ser tão abrangente como ele foi. ”A exposição no MUNHAC está organizada segundo três grandes grupos. No primeiro, “Observar”, revelam-se os instrumentos e as infra-estruturas que à época serviam para a observação da natureza e dos fenómenos atmosféricos. Aparecem vários postos meteorológicos nos Açores, que o próprio ajudou a fundar, e os que visitou no estrangeiro. É aqui que aparelhos como o teodolito assumem uma persona e uma “pose” dialogante com a imensa paisagem açoriana. Não sendo um retratista regular, Afonso Chaves também experimentou este género, sobretudo com os cientistas seus pares vindos de todo mundo. No núcleo “Registar, Fotografar e Mapear” vemos as várias utilizações que deu à fotografia estereoscópica, um suporte ideal para um visionamento “imersivo e demonstrativo” do seu trabalho de campo. Neste núcleo foram incluídas aquelas que são talvez as imagens mais divulgadas de Afonso Chaves, que mostram vários momentos da caça da baleia. Em 1890, a revista Journal de l’Anatomie et de la Physiologie. . . publicou um artigo assinado por G. Pouchet e Francisco Afonso Chaves, no qual se descrevem estas imagens “como as primeiras fotografias científicas do cachalote”, científicas porque dão a escala através de um homem em cima do animal morto (mais de dez anos depois, a Illustração Portugueza reproduziria parte dessas imagens). É neste núcleo que está uma das séries mais intrigantes de toda exposição, a que mostra a cabeça de um peixe “enfeitada” com o que parecem ser barbatanas, aquilo que Victor dos Reis classificou como “um exercício de ironia sobre a categoria natureza-morta”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Por último, o núcleo “Arquivar” revela o prazer da viagem e o gozo em registar a maneira como os museus de história natural organizavam e apresentavam em público as suas colecções. E até aqui, num mundo aparentemente enfadonho de salas cravadas de espécimes inertes, a sensibilidade fotográfica de Afonso Chaves vem ao de cima. Como quando aproxima a câmara aos frascos de éter, abstraindo o seu conteúdo cheio de seres difíceis de identificar. Ou quando “tropeça” numa misteriosa estátua amputada de braços e pernas, “perdida” num jardim de Londres, uma imagem capaz de nos causar estranheza e repulsa. Seja onde for, seja sobre o que for, as fotografias de Afonso Chaves parecem sempre capazes de nos provocar. E, a avaliar pelo muito de extra-científico desta exposição, não é de excluir que tenha sido essa a sua intenção.
REFERÊNCIAS:
“O rio Douro foi o local que idealizei para correr numa prova destas”
Duarte Benavente, o único piloto português no Mundial de Fórmula 1 em Motonáutica, garante que está mais competitivo, mas lamenta a falta de apoio??. (...)

“O rio Douro foi o local que idealizei para correr numa prova destas”
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duarte Benavente, o único piloto português no Mundial de Fórmula 1 em Motonáutica, garante que está mais competitivo, mas lamenta a falta de apoio??.
TEXTO: Há 16 anos que voa baixinho sobre mares e rios a bordo do seu barco com perto de 400 cavalos que compete no Campeonato Mundial de Fórmula 1 em Motonáutica. Aos 44 anos, Duarte Benavente é o único português a participar num dos mais espectaculares e emocionantes desportos aquáticos, em que os barcos atingem cerca de 250km/h e os pilotos estão sujeitos a forças G superiores a 4. 5, e assume um papel decisivo no regresso, em Agosto, da competição a Portugal, que terá pela primeira vez as margens do rio Douro como cenário. Estreou-se no Campeonato do Mundo de F1 de Motonáutica em 1999 e é actualmente o terceiro piloto mais experiente da competição. Em que ponto está a sua carreira?Está numa fase excelente, de conjugação de experiência com, ainda, uma boa capacidade física. Com as dificuldades que vou tendo todos os anos, as coisas têm que acontecer mais espaçadas no tempo e tem que ser tudo planeado, ao longo de três ou quatro épocas. Com o equipamento e experiência que tenho, estou numa fase onde, penso, vou conseguir voltar a disputar os lugares cimeiros. O francês Philippe Chiappe, actual campeão do Mundo, venceu o primeiro título aos 52 anos. Ainda tem algum tempo para superá-lo. Sim, mas ele está numa excelente forma física. É um desportista, um atleta de alta competição. De outra forma, não sei se teria conseguido. A motonáutica, nesse aspecto, não se assemelha à Fórmula 1 em automóveis. Embora seja um desporto que exige muito do corpo dos pilotos, consegue-se competir, desde que se esteja em boa forma física, até aos 55 anos. Num barco que atinge velocidades que se aproximam dos 250km/h e onde os pilotos estão sujeitos a forças G superiores a 4. 5, cada corrida é um enorme desafio mental. É preciso ter espírito competitivo. Gosto da competição directa, de velocidade. Estou certo que 99% dos meus colegas pensam como eu. É isso que nos faz ter esta vida. Nestes 16 anos de F1, subiu cinco vezes ao pódio, mas continua sem vitórias. O que falta?Falta ter na altura certa o equipamento certo. Há equipas que se quiserem trocar tudo de uma prova para a outra, seja staff ou equipamentos, fazem-no. Eu não tenho essa possibilidade. Sei que tenho o respeito de todos os pilotos a quem já ganhei corridas em outras categorias. Com as mudanças que estou a introduzir na minha equipa, o objectivo de chegar às vitórias passará a ser realizável. Para além de piloto, é proprietário da F1 Atlantic Team, uma das nove equipas do Mundial. O que lhe dá mais dores de cabeça? Comandar o barco ou a equipa?Estar no barco não me dá dores de cabeça. É um prazer e um privilégio. A equipa também não me tem dado. O que me dá dores de cabeça é ter que explicar este projecto às pessoas e viver num país onde não existe abertura para ele. Estamos num país onde tudo o que é publicidade está centralizado em um ou dois desportos e é isso que me deixa desiludido. Quantas pessoas trabalham na F1 Atlantic Team e qual o orçamento anual da equipa?Tirando a equipa da China, de Abu Dhabi e do Qatar, em que os pilotos e toda a estrutura são pagos, nas restantes cada piloto tem o seu staff. No caso da F1 Atlantic Team, o segundo piloto é responsável pelo pagamento de todo o orçamento da sua parte. No fundo, são duas equipas dentro de uma, mas é evidente que trabalhamos em conjunto e delineamos os mesmos objectivos. Os orçamentos não são idênticos, mas andam na ordem dos 100 mil euros por piloto. A partir da próxima corrida, que será em Junho, a F1 Atlantic Team terá o apoio oficial do construtor da CTIC China Team, equipa do actual campeão do Mundo. O que vai mudar?Esse construtor só tem essa equipa a correr com ele e foi-me proposto ficar a trabalhar com eles, visto que queriam ter mais um piloto competitivo para analisarem dados e terem um melhor feedback sobre a evolução dos barcos. Com este acordo, os barcos, que têm actualmente um custo brutal, serão adquiridos por mim ao preço do material e o construtor vai acompanhar-nos durante o ano fazendo o desenvolvimento e alterações que achar serem necessárias. Esta ligação vai dar-me muitas vantagens. Terá agora o equipamento certo no momento certo?Será mais um passo que me vai tornar mais competitivo, mas ainda não me coloca ao nível das equipas de ponta, que trabalham com orçamentos de 500 a 600 mil euros por ano. Não é tudo, mas ajuda muito. O Philippe Chiappe tem um dos três melhores engenheiros de motores do mundo e tem um sueco a trabalhar em exclusivo na preparação das hélices. Tem algumas vantagens que eu ainda não consigo ter. É um passo em frente, mas há uma diferença que não desaparece apenas com a troca do barco.
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Palavras-chave ajuda corpo
Trabalhadores da Saúde querem fazer greve a 15 de Maio
Grupo de manifestantes ocupou instalações do ministério, em Lisboa, e exige reunir-se com o ministro Paulo Macedo. (...)

Trabalhadores da Saúde querem fazer greve a 15 de Maio
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DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Grupo de manifestantes ocupou instalações do ministério, em Lisboa, e exige reunir-se com o ministro Paulo Macedo.
TEXTO: A Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas vai entregar na terça-feira um pré-aviso de greve nacional de 24 horas dos trabalhadores da saúde para o dia 15 de Maio. Segundo o dirigente sindical Luís Pesca, esta foi uma das decisões já tomadas pelos trabalhadores que estão desde as 15h desta segunda-feira concentrados na entrada do Ministério da Saúde, em Lisboa. Entre as exigências que motivam a marcação da greve está a reposição das 35 horas de trabalho semanal e a criação de carreira de técnico auxiliar de saúde. Cerca de três dezenas de trabalhadores da saúde ocuparam pelas 15h a entrada do Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir a marcação de reunião com o ministro Paulo Macedo. Luís Pesca, da federação, disse à Lusa que foi enviada no dia 17 deste mês uma carta ao ministro a exigir a marcação de uma reunião, tendo Paulo Macedo remetido para a secretaria de Estado, que até hoje não deu qualquer resposta. Os trabalhadores pretendem manter-se na entrada do Ministério da Saúde até que haja uma resposta por parte do governante. Com o objetivo de insistir no pedido de reunião, os sindicalistas entregaram esta segunda-feira no ministério uma nova carta em que pedem a Paulo Macedo uma reunião "com carácter de urgência". Questionado sobre se a marcação de uma reunião será motivo para retirar a greve prevista para 15 de Maio, o sindicalista Luís Pesca disse que isso só ocorrerá se o ministério "cumprir todas as exigências". Além da reposição das 35 horas semanais e da criação da carreira de técnico auxiliar de saúde, as reivindicações dos trabalhadores passam pela criação do suplemento de risco, penosidade e insalubridade e pela valorização das carreiras de técnico de diagnóstico e terapêutica e técnico superior de saúde. O sindicato pretende ainda discutir com Paulo Macedo o processo de municipalização da saúde.
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Tempo Maio
IMI progressivo penaliza proprietários e prejudica investimento
Operadores sublinham que medida afasta investimento e influenciará outros sectores da economia, como turismo e comércio de rua (...)

IMI progressivo penaliza proprietários e prejudica investimento
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DATA: 2016-06-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Operadores sublinham que medida afasta investimento e influenciará outros sectores da economia, como turismo e comércio de rua
TEXTO: Marc Barros e Fernanda CerqueiraA anunciada intenção do Governo introduzir taxas progressivas no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) deve conduzir ao fim do Imposto de Selo (IS) sobre casas de luxo. A progressividade deverá entrar em vigor com o Orçamento do Estado para 2017, o que significa que se aplicará ao IMI a pagar em 2018, por referência ao ano anterior. Atualmente, os proprietários de imóveis com afetação habitacional, cujo Valor Patrimonial Tributário (VPT) seja igual ou superior a um milhão de euros, são tributados anualmente, em sede de Imposto do Selo (IS), à taxa de 1% sobre o respetivo VPT. Esta tributação em sede de IS poderá ser extinta e, em sua substituição, estes contribuintes passarão a estar sujeitos apenas às taxas progressivas do IMI dentro dos novos escalões que venham a ser definidos. O modelo de progressividade que o Governo está a estudar não é ainda conhecido em pormenor, mas aponta para uma taxa que crescerá em função do número de imóveis detidos pelo mesmo proprietário, incluindo não apenas prédios de habitação e serviços, mas também terrenos para construção e rústicos. Desta forma, as novas taxas de IMI progressivas serão tanto mais elevadas quanto mais elevado o VPT. No Programa de Estabilidade 2016-2020, enviado no início do mês de maio para Bruxelas, o Executivo expressamente afirma querer introduzir “um mecanismo de progressividade na tributação direta do património imobiliário”, tendo por referência “o património imobiliário global detido” pelo contribuinte. Vários especialistas em fiscalidade alertam para o risco de se estarem a introduzir “distorções” no que diz respeito à capacidade contributiva dos sujeitos passivos. Isto porque, mesmo tratando-se de bens de diminuto valor, o cômputo global do património pode representar um montante que determine a aplicação de uma taxa mais pesada e que se refletirá num acréscimo do IMI. Os pormenores sobre a solução técnica final a implementar não são conhecidos, sendo que, abordado sobre o tema, Fernando Rocha Andrade, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, disse apenas que “há trabalhos internos sobre o assunto”. As perspetivas apontam para que o modelo de progressividade entre em vigor com o Orçamento do Estado para 2017 e se aplique no imposto referente a esse ano e a pagar em 2018. Perigo de instabilidade fiscalNum momento em que o setor imobiliário dá sinais de recuperação, a notícia de novas alterações fiscais deixou um sentimento de insegurança entre os operadores do mercado. Atualmente, as taxas de IMI para os prédios urbanos (incluindo os terrenos para construção) variam entre 0, 3% e 0, 45%, sendo que a fixação da taxa a aplicar dentro deste intervalo é feita por cada Município. Na perspetiva do presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, Luís Menezes Leitão, esta “é mais uma medida irresponsável e pouco pensada do governo”, que “levará seguramente ao desvio para outros produtos”. Na sua opinião, “o imobiliário é um elemento essencial da poupança dos portugueses, mas ultimamente tem vindo a ser sujeito a uma multiplicação de tributos”. O IMI progressivo “é mais uma medida altamente penalizadora para o sector”. Aliás, prossegue, “temos sido confrontados com imensos proprietários que já não conseguem pagar o IMI aos valores atuais, até porque em muitos casos os prédios foram mantidos com rendas congeladas. Muitas pessoas perderam os seus imóveis em virtude de dívidas fiscais, não tendo sido por acaso que agora o Parlamento quis limitar as execuções por essas dívidas”. Por seu turno, Paulo Silva, presidente da Associação de Empresas de Consultoria e Avaliação (ACAI) e Managing Director da Aguirre Newman, extrai duas leituras sobre a introdução da taxa progressiva de IMI: “O reforço da falta de estabilidade da política fiscal e a “caça aos ricos”, negligenciando a atratividade que Portugal tem apresentado à captação de capitais estrangeiros”. A introdução do IMI progressivo pode até provocar outras ondas de choque, alerta Hugo Santos Ferreira, secretário-geral da APPII – Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários: “A medida agora proposta afetará seguramente o mercado imobiliário, que estava a dar sinais de retoma e com isso a influenciar positivamente outros sectores da economia, com o turismo e o comércio de rua”. E acrescenta que “no orçamento do Estado para 2016 já se tinha agravado seriamente o IMI nos imóveis de comércio, indústria e serviços, sustentando-se que a habitação seria poupada, pretendendo-se agora afinal atacar também o segmento habitacional”, afirmou. Reflexos sobre investimentoOs reflexos sobre o investimento serão outra consequência desta medida, estima Menezes Leitão: “Nenhum investidor acredita num sector em que os impostos mudam todos os dias sem qualquer justificação para tal. O investimento privado no imobiliário vai ser assim posto em causa”. Na medida em que apresenta um aumento dos encargos com a propriedade, “é claramente penalizadora para os proprietários”, refere Paulo Silva. “Quanto ao afastamento de novos investidores, tudo tem a ver com uma relação custo beneficio e avaliação do impacto do custo marginal que possa acarretar a tributação, podendo conduzir a um desvio de investimento, sobretudo a médio/longo prazo, para outros veículos fiscalmente mais atrativos”. Este responsável não escamoteia “a questão ideológica que está subjacente”, mas “parece-me estarmos também na presença de um comportamento obsessivo de andar a tentar matar a galinha dos ovos de ouro”. O presidente da ALP sustenta que os privados “desviarão as suas poupanças para outros produtos onde não existe qualquer tributação do seu património. E com isso não há qualquer viabilidade económica na reabilitação urbana. Sabendo-se que só em Lisboa são precisos 8000 milhões de euros para reabilitar todos os imóveis degradados, pode-se imaginar o prejuízo que isso vai causar ao país”, conclui. Hugo Santos Ferreira vai mais longe: “Desengane-se que pense que a reabilitação urbana já é uma aposta ganha. Há que consolidar, dando estabilidade ao seu regime legal e fiscal e perspetivas de rentabilidade e de sustentabilidade aos seus projetos”. A introdução de uma taxa progressiva de IMI trará “um retrocesso considerável” à reabilitação urbana e ao mercado do arrendamento, assegura. “Não haverá nenhum investidor ou promotor imobiliário que continuará a adquirir imóveis nos centros das cidades, com vista à sua reabilitação e posterior arrendamento, dando assim vida às cidades, se for castigado. A carga fiscal no sector já é elevadíssima, aumentá-la ainda mais apenas desincentivará, primeiro, os investidores que já cá estão a adquirir mais imóveis para reabilitar e, segundo, os novos investidores que agora estavam a olhar muito atentamente para o mercado nacional”, conclui. “Mais um problema para a banca”A banca poderá ver-se a braços com um novo problema, estima Hugo Santos Ferreira. “Caso esta medida venha a ser aprovada, os bancos verão novamente as suas carteiras de imóveis aumentar de volume, em virtude de novas dações em cumprimento por não pagamento dos financiamentos deste tipo de imóveis de segunda habitação”. Isto porque, prevê, “muitos serão os portugueses que, não conseguindo mais manter as suas casas de férias, de segunda habitação, de fim-de-semana, ou até de investimento (muitos dos proprietários, neste caso, preparavam-se agora para arrancar com obras de reabilitação e de colocação destes imóveis no mercado do arrendamento), não terão outra solução se não entregá-las aos bancos”.
REFERÊNCIAS:
Tempo Maio
Pestana assegura gestão do hotel A Brasileira
Futura unidade hoteleira no centro do Porto terá 90 quartos e obras de reconversão devem arrancar no início do Verão (...)

Pestana assegura gestão do hotel A Brasileira
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2016-06-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Futura unidade hoteleira no centro do Porto terá 90 quartos e obras de reconversão devem arrancar no início do Verão
TEXTO: O hotel que vai nascer no emblemático edifício do café A Brasileira, na Rua Sá da Bandeira, no Porto, abrirá portas no final do próximo ano, devendo as obras de transformação daquele emblemático edifício da baixa portuense arrancar já no início deste verão. A futura unidade hoteleira, propriedade do empresário António Oliveira, ex-selecionador nacional de futebol, vai beneficiar de uma parceria de apoio à gestão celebrada entre aquele empresário e o grupo Pestana, integrando os canais de distribuição daquele grupo hoteleiro nacional. O edifício do antigo café histórico da Cidade Invicta será recuperado e transformado numa unidade de cinco estrelas, preservando as características da fachada e a imagem das salas do rés-do-chão com a sua traça original, num projeto desenvolvido pela equipa de arquitetura do Gabinete APPEL, liderado pelo arquiteto Ginestal Machado. A Brasileira ganha uma nova vida e novas valências adaptadas à contemporaneidade da cidade eleita melhor destino europeu. Projeto recupera origensLocalizado na Rua Sá da Bandeira, o hotel terá 90 quartos, incluindo quatro suites, wine bar, health club, ginásio e um pátio interior com um jardim vertical. O restaurante, com capacidade para mais de uma centena de pessoas, mantém-se fiel ao desenho original do arquiteto Januário Godinho. O espaço do antigo café será também reaberto, pretendendo fazer relembrar o seu slogan original: “O melhor café é o da Brasileira”. Segundo José Roquette, Chief Development Officer do Pestana Hotel Group, “acreditamos na vitalidade do destino Porto. Para o sucesso de todos é fundamental que a política de ligações aéreas se mantenha, e que a promoção do destino continue a ser dinâmica”, refere. Esta será a terceira unidade, na cidade do Porto, inserida no portefólio do Pestana Hotel Group, juntando-se “A Brasileira” ao Pestana Vintage Porto Hotel & World Heritage Site, e ao Pestana Palácio do Freixo Pousada & National Monument, unidades das quais o PHG é proprietário. Recorde-se que o Pestana Hotel Group detém e gere 87 unidades em Portugal e no estrangeiro, bem como seis campos de golfe, dois casinos, três empreendimentos de imobiliário turístico, 13 empreendimentos Vacation Club, uma companhia de aviação charter e um operador turístico. Na hotelaria, o seu principal negócio, o grupo opera com três marcas: Pestana Hotels & Resorts, Pestana Collection Hotels e Pestana Pousadas de Portugal, cuja gestão da rede assumiu em 2003. Presente em 15 países, tem cerca de 11. 000 quartos disponíveis na Europa, África e América e cerca de sete mil colaboradores. Em 2015 as receitas atingiram os 400 milhões de euros.
REFERÊNCIAS:
Cidades Porto
Há burros e danças de fogo na Ajuda, em Lisboa
Autarquia quer apostar na organização de animações para promover o comércio local. (...)

Há burros e danças de fogo na Ajuda, em Lisboa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2016-06-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Autarquia quer apostar na organização de animações para promover o comércio local.
TEXTO: No próximo dia 24 de Junho, a Calçada da Ajuda é invadida por bancas de artesanato e artistas e artesãos medievais. Chapéus de palha, bolos e pães de lenha, asas de frango com pau de loureiro, consultas de vidência, vinho quente, trabalhos em serapilheira e até danças com fogo - uma promessa de regresso a tempos remotos nestas “Lojas ao Luar”. Para além do comércio tradicional medieval e dos habituais comes e bebes, existirão encenações de rua, concertos de percussão, pinturas faciais e piscinas de bolas. Mas há mais: passeios de burro e até alimentação de cabras e galinhas, sob supervisão de um pastor. Para quem quiser participar no espírito medieval, a organização disponibiliza a possibilidade de aluguer ou compra de fatos fiéis à época. A iniciativa é da Junta de Freguesia da Ajuda e da Associação de Comerciantes que pretende “promover o comércio local” através de “novas estratégias de animação e divulgação”.
REFERÊNCIAS:
Porquê o ataque permanente e injusto aos médicos?
O Ministério da Saúde tem conduzido uma campanha de descredibilização dos médicos para procurar ocultar a sua responsabilidade na desorganização e diminuição da capacidade de resposta do SNS aos legítimos direitos dos doentes. (...)

Porquê o ataque permanente e injusto aos médicos?
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-01-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Ministério da Saúde tem conduzido uma campanha de descredibilização dos médicos para procurar ocultar a sua responsabilidade na desorganização e diminuição da capacidade de resposta do SNS aos legítimos direitos dos doentes.
TEXTO: A 30 de Dezembro, o principal título de primeira capa do PÚBLICO era 720 euros por dia ainda não atraíram médicos ao hospital Amadora-Sintra e o título interior afirmava Amadora-Sintra ainda não conseguiu contratar médicos mesmo a 30 euros por hora. A maioria das pessoas apenas lê títulos e os jornalistas, que são pessoas informadas e inteligentes, sabem que ambos os títulos mentem, pelo que a intenção de enganar as pessoas é explícita e deliberada. Efectivamente, o texto nunca refere que esse valor é pago às empresas intermediárias e não aos médicos, que recebem muito menos. Por outro lado, para o leitor comum, um dia de trabalho são oito horas, não 24 horas de trabalho intenso, complexo, sob enorme pressão e sem possibilidade de erro. Na verdade, o que o médico recebe, descontado o lucro da empresa intermediária e depois de impostos, são cerca de 288 euros por 24 horas de um trabalho seguido, stressante e extenuante, montante a que ainda tem de deduzir as suas despesas. Qualquer mecânico ganha muito mais e com muito menos trabalho, cansaço e responsabilidade!A 31 de Dezembro, outro jornal diário escolheu para principal título da capa Farmacêuticas gastam 60 milhões com médicos. O título mente descaradamente, pois, no texto do artigo, correctamente, já se fala também, como receptores desses apoios, em sociedades científicas, associações de doentes, farmacêuticos, estudos de investigação, etc. Então, porque é que o jornal pretendeu, deliberadamente, passar a mensagem, para quem apenas lê títulos nos escaparates e para os que vêem apenas a primeira página (nomeadamente em todas as televisões), de que o financiamento era exclusivamente para médicos, alimentando subliminarmente, de forma potenciada, a ideia de promiscuidade entre indústria e médicos?Estes são dois exemplos bem concretos e recentes de como, regularmente, saem notícias na comunicação social cujos títulos são construídos propositadamente para, junto da opinião pública, afectar a dignidade e honorabilidade de todos médicos. A quem serve este comportamento de alguma comunicação social? Apenas ao Ministério da Saúde, cujos assessores de imprensa, principescamente remunerados, têm conduzido uma campanha de descredibilização dos médicos para procurar ocultar a responsabilidade do ministério na desorganização e diminuição da capacidade de resposta do SNS aos legítimos direitos dos doentes. As situações reportadas sobre a enorme congestão das urgências hospitalares são perfeitamente terceiro-mundistas e inaceitáveis. Há doentes que morrem sem a devida assistência. A notícia do PÚBLICO ignora completamente a grave responsabilidade do Ministério da Saúde em não permitir que o Hospital Amadora-Sintra tivesse contratado atempadamente os profissionais de que necessitava para responder ao previsível maior afluxo de doentes, até porque permitiu o encerramento dos centros de saúde vários dias seguidos. Além de que não é na véspera de períodos festivos que se tenta desesperadamente contratar médicos, certamente com a sua vida já programada de forma diferente, e o preço/hora real de um médico em serviço de urgência, um dos trabalhos mais exigentes de qualquer profissão, é absurdamente baixo!O PÚBLICO omitiu ainda as causas profundas da permanente desorganização e congestão das urgências hospitalares, o que não acontecia até há poucos anos, apesar de o ministério dizer que há cada vez mais médicos no SNS. A que se deve esta contradição, afinal? Precisamente às medidas erradas, contraproducentes e de má gestão tomadas por este Ministério da Saúde! Nomeadamente a redução do tempo de abertura dos centros de saúde, os bloqueios à Reforma dos Cuidados de Saúde Primários, o facto de os hospitais estarem proibidos de contratar directamente médicos em prestação de serviços e de os contratos com as empresas, completamente protegidas pelo Senhor Ministro, não conterem cláusulas de salvaguarda dos dias festivos. As falhas das empresas já se arrastam impunemente há anos e, apesar de repetidamente avisado pela Ordem dos Médicos, só agora é que o ministro da Saúde vem dizer para a comunicação social que vai aplicar multas. . . O outro jornal diário ignorou completamente que se não fossem os apoios da indústria farmacêutica, que são legais e transparentes, a actualização e investigação científica dos médicos e outros profissionais seria gravemente afectada, com prejuízo dos doentes, para além de que as sociedades científicas e associações de doentes teriam praticamente de fechar as portas, porque o Ministério da Saúde não assume as suas obrigações e não disponibiliza quaisquer apoios significativos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos social
Ao trocarem prisioneiros, Washington e Havana trocaram símbolos
Os dois países libertaram presos que eram acusados de espionagem. (...)

Ao trocarem prisioneiros, Washington e Havana trocaram símbolos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-12-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os dois países libertaram presos que eram acusados de espionagem.
TEXTO: Mais do que uma troca de prisioneiros, houve uma troca de símbolos entre Cuba e os Estados Unidos para marcar o anúncio do restabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. O trabalhador humanitário Alan Gross e os três cubanos acusados de espionagem tinham-se tornado cavalos de batalha na guerra ideológica entre os dois países. Mas houve lugar também para surpresas, como a libertação de um outro cidadão cubano, informador dos serviços secretos norte-americanos, cuja identidade não foi revelada, mas que estava preso há 20 anos e é um verdadeiro herói para os espiões americanos: “Forneceu uma ajuda fundamental para identificar e travar vários operacionais da espionagem cubana nos EUA, que levou a uma série de condenações”, afirmou James Clapper, director nacional dos serviços secretos americanos. Em causa está a condenação de Ana Belén Montes, ex-analista dos serviços de espionagem, condenada em 1993 por passar informações a Cuba, e pelo ex-funcionário do Departamento de Estado Walter Myers e a sua mulher, Gwendolyn Myers, detidos em 2009. Já Gerardo Hernández, Antonio Guerrero e Ramón Labañino (também conhecido como Luis Medina, um nome falso) eram nomes tão conhecidos em Cuba que bastava designá-los pelo primeiro nome. Faziam parte do grupo dos “Cinco Cubanos”, presos em 1998 em Miami e condenados por espionagem em 2001. Os seus rostos estão espalhados por todo o lado em Havana, para que ninguém se esquecesse deles. Estavam presos injustamente, de acordo com o Comité Internacional para a Liberdade dos 5 Cubanos, que fazia uma ampla companha na Internet e no Facebook. Dois tinham já sido libertados pelos EUA, mas os três restantes cumpriam penas pesadas, acima de 20 anos de prisão. Gerardo Hernández, tido como o líder do grupo e considerado culpado de conspirar para cometer homicídio, boicotando dois aviões usados por um grupo de exilados cubanos anticastristas, foi condenado a duas penas perpétuas. A concentrar todas as atenções esteve Alan Gross, o norte-americano de 65 anos que estava preso em Cuba há cinco anos e cuja saúde piorou muito durante o seu cativeiro: perdeu 50kg, parte da visão do olho direito, e sofria de dores nas costas e nas pernas. Trabalhava para uma empresa que tinha um contrato com a USAid, a agência norte-americana para o desenvolvimento internacional, para distribuir computadores e equipamentos de telecomunicações por satélite junto da comunidade judaica em Cuba – ele próprio é de religião judaica. Mas foi preso em Dezembro de 2009, e condenado em 2011 a 15 anos de prisão, por actos contra a independência e a integridade do Estado cubano e por participação em actos subversivos. O caso de Gross tinha-se tornado dramático – tinha chegado a ameaçar suicidar-se. Mas apesar de se ter tornado um peão na guerra fria entre Havana e Washington, o seu ressentimento não é contra os cubanos. “Quero expressar o meu maior respeito e admiração pelas pessoas de Cuba. De forma alguma os cubanos comuns são responsáveis [pela minha prisão]. Dói-me ver como são tratados pelos dois governos [EUA e Cuba]”, afirmou. Nestas negociações, a diplomacia do Vaticano teve um papel fundamental – como costuma ter, aliás, quando há esforços para a libertação de presos políticos cubanos. Sem que se saiba mais pormenores, tanto Barack Obama como Raúl Castro, aliás, agradeceram ao Papa Francisco nos seus discursos.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Em pó ou em spray: 18% dos ovos consumidos são transformados
Segurança alimentar faz com que hotéis, restaurantes e pastelarias não usem ovos no seu estado natural e prefiram versões industriais, em pó ou spray. Sector vale, no global, 150 a 200 milhões de euros em Portugal. (...)

Em pó ou em spray: 18% dos ovos consumidos são transformados
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-04-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Segurança alimentar faz com que hotéis, restaurantes e pastelarias não usem ovos no seu estado natural e prefiram versões industriais, em pó ou spray. Sector vale, no global, 150 a 200 milhões de euros em Portugal.
TEXTO: Na cozinha de um hotel, não se partem ovos para fazer omeletes para o pequeno-almoço dos hóspedes. A bola de Berlim que come na praia, muito provavelmente, também não terá sido confeccionada com ovo no seu estado natural. Tal como os croissants vendidos nas pastelarias não são pincelados com gema batida antes de ir ao forno. Usa-se, antes, ovo em spray, pronto a usar. Pelas contas da Internacional Egg Commission, em Portugal 18% dos ovos consumidos são derivados de ovo. Na União Europeia, a média é 25%, mas chega aos 50% em Itália onde o consumo de produtos com ovo (massas, por exemplo) é elevado. Em França, 30% dos ovos consumidos não têm casca, nem vem em caixas de cartão com seis divisões. “As questões de segurança alimentar, nomeadamente a salmonella, levaram a que estes derivados passassem a ter peso no consumo”, diz Amândio Santos, presidente da Portugal Foods e membro do comité da Internacional Egg Commission que, até amanhã, reúne em Lisboa 300 congressistas. O ovo pasteurizado em pó, desidratado por atomização, por exemplo, é vendido em pacotes de 25 quilos pela empresa Derovo, que em Portugal concentra este negócio. Com validade prolongada, mais fácil de transportar, é uma solução usada pela hotelaria e restauração. Também se vendem baldes de ovos de galinha já cozidos em salmoura (que contém água, sal e reguladores de acidez como ácido cítrico, ácido acético). “A procura mundial de ovo tem crescido enormemente porque a população cresce tal como o consumo de proteína. E a proteína do ovo é das mais económicas em comparação com outras. Os países com aumento de população são os que registam maior aumento do consumo de ovo, como nas regiões da Ásia, América Latina e África. E a industrialização da produção permite oferecer esta proteína a um custo muito interessante”, diz Amândio Santos, acrescentando que o ovo em estado natural é o “grande impulsionador” desta tendência. Portugal é auto-suficiente em ovos mas tem um dos consumos percapita mais reduzidos: 165 contra 240 em Espanha, ou 380 no México e 385 no Japão. “É um sector que está modernizado em termos de exploração e que investir 70 milhões de euros nos últimos cinco anos para assegurar o bem-estar animal e hoje apresenta uma situação de segurança alimentar”, diz o responsável. O negócio vale no total entre 150 a 200 milhões de euros por ano e a produção cresceu 6% nos últimos 12 meses. “O sector tem um pouco mais de seis milhões de galinhas e há uma dúzia de empresas que dominam o sector. No total, deveremos ter umas 80 empresas”, adianta ao PÚBLICO. A China é o maior produtor do mundo, mas em termos individuais ganha o México, com 28 milhões de galinhas. Só os membros da Internacional Egg Commission representam um volume de facturação na ordem dos 60. 000 milhões de euros por ano.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave consumo animal