As escolhas individuais dos críticos de dança
Os melhores espectáculos de 2014 para os críticos Luísa Roubaud, Paula Varanda e Tiago Bartolomeu Costa. (...)

As escolhas individuais dos críticos de dança
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os melhores espectáculos de 2014 para os críticos Luísa Roubaud, Paula Varanda e Tiago Bartolomeu Costa.
TEXTO: Luísa Roubaud1. - Fica no Singelo, de Clara Andermatt (14 e 15 de Dezembro, Teatro Viriato, Viseu; 24 e 25 Janeiro, Culturgest, Lisboa; 6 de Fevereiro, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães; 6 e 7 de Julho, Teatro Nacional São João, Porto / FITEI / Dancem!; 13 de Junho, Fundação Eugénio de Almeida, Évora / Festival Lá Fora; 25 de Setembro, Teatro Virgínia, Torres Novas / Festival Materiais Diversos); 5 de Dezembro, Cine-Teatro de Estarreja)2. - Passo, de Ambra Senatore (8 de Maio, Teatro Viriato, Viseu; 10 de Maio, Centro Cultural de Belém, Lisboa)3. - Rising, de Aakash Odedra, Akram Khan, Sidi Larbi Cherkaoui e Russel Maliphant (14 e 15 de Novembro, Centro Cultural de Belém, Lisboa)4. - Desh, de Akram Khan (5 e 6 de Dezembro, Centro Cultural de Belém, Lisboa)5. - Sem um tu não pode haver um eu. . . , de Paulo Ribeiro (23 de Novembro de 2013, Teatro Viriato, Viseu; 28 e 29 de Março, Centro Cultural de Belém, Lisboa; 30 de Maio, Teatro Nacional São João, Porto / FITEI / Dancem!)6. - Grind, de Jefta van Dinther, (14 de Fevereiro, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães / GuiDance)7. - Transposition#2, de Emmanuel Gat, pelo Ballet de Lorraine (8 de Fevereiro, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães / GuiDance)8. - MM, de Ludvig Daae (7 de Fevereiro, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães / GuiDance)9. - Puto Gallo Conquistador, de Tamara Cubas (5 e 6 de Setembro, Fundação Calouste Gulbenkian / Próximo Futuro)10. - A Mary Wigman Dance Evening, de Fabian Barba (25 de Setembro, Teatro Virgínia, Torres Novas / Festival Materiais Diversos)Paula Varanda1. - Built to Last, de Meg Stuart (30 e 31 de Janeiro, Teatro Maria Matos, Lisboa)2. - Puto Gallo Conquistador, de Tamara Cubas (5 e 6 de Setembro, Fundação Calouste Gulbenkian / Próximo Futuro)3. - Pindorama, de Lia Rodrigues (28 a 30 de Maio, Culturgest, Lisboa / Alkantara Festival; 1 de Junho, Auditório de Serralves, Porto / Serralves em Festa)4. - Partita 2, de Anne Teresa de Keersmaeker, Boris Charmatz e Amandine Beyer (13 e 14 de Maio, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa / Alkantara Festival)5. - Desh, de Akram Khan (5 e 6 de Dezembro, Centro Cultural de Belém, Lisboa)6. - Lídia, de Paulo Ribeiro, pela Companhia Nacional de Bailado (7 a 16 de Novembro, Teatro Camões, Lisboa)7. - Ai Ai Ai, de Marcelo Evelin (25 de Janeiro, Auditório de Serralves, Porto)8. - In the Fall the Fox, de Sónia Baptista (13 a 22 de Novembro, Cão Solteiro Teatro, Lisboa / Festival Temps d'Images)9. - Hierarquia das Nuvens, de Rui Horta (10 e 11 de Outubro, Culturgest, Lisboa; 18 de Outubro, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães; 24 de Outubro, Teatro Virgínia, Torres Novas; 8 de Novembro, Cineteatro Curvo Semedo, Montemor-o-Novo)10. - Território, de Joana Providência, pelas Comédias do Minho (15 a 25 de Outubro, ACE / Teatro do Bolhão, Porto; 5 e 6 de Dezembro, Culturgest, Lisboa)Tiago Bartolomeu Costa1. - Grind, de Jefta van Dinther, (14 de Fevereiro, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães / GuiDance)2. - Fica no Singelo, de Clara Andermatt (14 e 15 de Dezembro, Teatro Viriato, Viseu; 24 e 25 Janeiro, Culturgest, Lisboa; 6 de Fevereiro, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães; 6 e 7 de Julho, Teatro Nacional São João, Porto / FITEI / Dancem!; 13 de Junho, Fundação Eugénio de Almeida, Évora / Festival Lá Fora; 25 de Setembro, Teatro Virgínia, Torres Novas / Festival Materiais Diversos); 5 de Dezembro, Cine-Teatro de Estarreja)3. - Passo, de Ambra Senatore (8 de Maio, Teatro Viriato, Viseu; 10 de Maio, Centro Cultural de Belém, Lisboa)4. - Transposition#2, de Emmanuel Gat, pelo Ballet de Lorraine (8 de Fevereiro, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães / GuiDance)5. - MM, de Ludvig Daae (7 de Fevereiro, Centro Cultural Vila Flor, Guimarães / GuiDance)6. - Rising, de Aakash Odedra, Akram Khan, Sidi Larbi Cherkaoui e Russel Maliphant (14 e 15 de Novembro, Centro Cultural de Belém, Lisboa)7. - Sem um tu não pode haver um eu. . . , de Paulo Ribeiro (23 de Novembro de 2013, Teatro Viriato, Viseu; 28 e 29 de Março, Centro Cultural de Belém, Lisboa; 30 de Maio, Teatro Nacional São João, Porto / FITEI / Dancem!)
REFERÊNCIAS:
Iñarritu a abrir, Ann Hui a fechar, Oliveira fora de concurso: Veneza anuncia a programação
Entre 27 de Agosto e 6 de Setembro, 71ª edição (...)

Iñarritu a abrir, Ann Hui a fechar, Oliveira fora de concurso: Veneza anuncia a programação
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Entre 27 de Agosto e 6 de Setembro, 71ª edição
TEXTO: Filme de abertura em competição, Birdman, de Alejandro González Iñarritu, filme de encerramento, The Golden Era, de Ann Hui, a trazer de volta ao Festival de Veneza uma veterana, a cineasta de Hong Kong, que em 2011 mostrou que tinha ainda um delicadíssimo fôlego, assinando um dos filmes mais bonitos dessa edição, A Simple LifeEntre um e outro título, entre 27 de Agosto e 6 de Setembro, desenrola-se a programação da 71ª edição do Festival de Veneza, que acaba de ser anunciada. Em competição, sujeitos à apreciação de um júri presidido pelo compositor Alexandre Desplat: 3 Coeurs, de Benoît Jacquot, 99 Homes, de Ramin Bahrani, Anime Nere, de Francesco Munzi, The Cut, que Fatih Akin retirou à última hora da selecção de Cannes invocando "razões pessoais", Le Dernier Coup de Marteau, de Alix Delaporte, Tales, da iraniana Rakhshan Bani-E'temad, Il Giovane Favoloso, de Mario Martone, Good Kill, de Andrew Niccol, Hungry Hearts, de Saverio Costanzo, Loin des Hommes, de David Oelhoffen, Manglehorn, de David Gordon Green, com Al Pacino, Fires on the Plain, de Shinya Tsukamoto, A Pigeon Sat on a Branch Reflecting on Existence, de Roy Andersson, The Postman's White Nights, de Andrei Konchalovsky, La Rancon de la Gloire, de Xavier Beauvois, Red Amnesia, de Wang Xiaoshuai, Sivas, de Kaan Müjdeci, o Pasolini, de Abel Ferrara (personagem, o realizador italiano, que Ferrara permite que se compare com o Dominique Strauss-Kahan/Mr. Devereaux de Welcome to New York: são figuras de solidão e heresia, como disse já Abel) e The Look of Silence, de Joshua Oppenheimer, que continua a experiência iniciada em The Act of Killing, filme que abria espaço aos carrascos do genocídio na Indonésia de 1965 para repetirem os gestos dos seus crimes: agora tudo se equilibra, Oppenheimer abre espaço à memória e à história das vítimas. Se olharmos para a selecção fora de competição, o bouquet faz efeito: o novo de Manoel de Oliveira, a curta O Velho do Restelo, em que, segundo a sinopse disponibilizada, o cineasta reúne num banco de jardim do século XXI Dom Quixote (Ricardo Trepa), Luís Vaz de Camões (Luís Miguel Cintra) Teixeira de Pascoaes (Diogo Dória) e Camilo Castelo Branco (Mário Barroso), Words with Gods, projecto de grupo (Guillermo Arriaga, Emir Kusturica, Amos Gitai. Mira Nair, Warwick Thornton, Hector Babenco, Bahman Ghobadi, Hideo Nakata, Alex de la Iglesia), She’s Funny That Way, de Peter Bogdanovich (comédia escrita pelo realizador e por Louise Stratten, que foi sua mulher e que é irmã da malograda Dorothy Stratten, em tempos musa do cineasta americano), Olive Kitteridge, de Lisa Cholodenko, Burying the Ex, de Joe Dante, In the Basement, em que Ulrich Seidl, depois da trilogia Paraíso, entra pelos segredos das caves austríacas, ou a versão longa de Nyphomanic Volume II. Na secção Horizontes, Hong Sangsoo, Josh e Ben Safdie (Heaven Knows What, híbrido de ficção e documentário resultante do encontro no metro entre osirmãos cineastas e uma street kid); na secção Giornate degli Autori, os novos de Laurent Cantet (Retour a Ithaque, filme escrito com o romancista cubano Leonardo Padura) ou Christophe Honoré. Recebrão Leões de Ouro para as respectivas carreiras o documentarista Frederick Wiseman e Thelma Schoonmaker, montadora de Martin Scorsese, com quem colaborou pela primeira vez em 1967, em Who’s That Knocking at my Door, e que se manteve fiel à obra do cineasta a partir de 1980, com O Touro Enraivecido - para além disso, o que foi decisivo para o encontro entre os dois e pelo toque de Thelma no cinema de Martin, a montadora foi companheira de Michael Powell, cineasta muito amado pelo realizador de Goodfellas e cuja influência no italo-americano é profunda (foi dele, já agora, a sugestão a Scorsese para filmar O Toiro Enraivecido a preto e branco, considerando que o vermelho das luvas de boxe vermelhas de Robert de Niro "produzia um efeito estranho", como contou Schoonmaker ao PÚBLICO em 1990, quando veio abrir o ciclo que a Cinemateca Portuguesa dedicou nessa altura ao realizador de Os Sapatos Vermelhos).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher touro
Há uma sex party numa praia em Cannes. E o amor?
Depardieu como corpo cuja história passa agora a ser contada também pelo cinema de Ferrara. Jacqueline Bisset a querer fugir do cheiro desse homem. Eles são e não são Dominique Strauss-Kahn e Anne Sinclair em Welcome to New York. Um filme brutal e triste sobre… o amor. (...)

Há uma sex party numa praia em Cannes. E o amor?
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depardieu como corpo cuja história passa agora a ser contada também pelo cinema de Ferrara. Jacqueline Bisset a querer fugir do cheiro desse homem. Eles são e não são Dominique Strauss-Kahn e Anne Sinclair em Welcome to New York. Um filme brutal e triste sobre… o amor.
TEXTO: O presente do cinema já é assim: uma tenda de praia, uma banda sonora vinda do exterior, tecno a encher de vazio a noite que ainda não é de Verão ou Aloe Blacc a pedir “I need a dollar dollar, a dollar is what I need hey hey” - um dum lado, outro do outro, uma mix espontânea made in Croisette a servir de banda sonora forçada a um filme que se vê não numa sala de cinema mas dentro de uma barraca. O barulho do mar na areia já nem acrescenta poesia à impressão distópica, não sacode o sabor a noite de fim. Esta experiência da decadência na Nikki Beach de Cannes serve, contudo, às mil maravilhas o cinema de Abel Ferrara, cujo filme anterior, aliás, 4. 44, Último Dia na Terra, era sobre o fim do mundo. É do novo Ferrara que se fala aqui. O ecrã dentro da tenda oferece de borla aos jornalistas convidados video on demand. Aloe Blacc, Gnarls Barkley e o tecno, que saem das outras barracas na Croisette, vão acompanhar como ruído de feira Welcome to New York, filme que passa com som a rebentar para poder existir no meio da febre de sábado à noite. À mesma hora, os espectadores franceses podiam ver o filme nos seus ecrãs caseiros, por sete euros. É assim, com o video on demand, que a distribuidora Wild Bunch escolhe distribuir o filme – uma produção americana – em França, contornando a obrigatoriedade legal francesa de ter de passar por sala antes de chegar às plataformas online que também disponibilizam Welcome to New York em outros territórios. A estratégia é chegar num curto espaço de tempo ao maior número de espectadores. E é assim que enquanto decorre o Festival de Cannes se encena uma sessão especial, como se fosse numa sala de cinema mas afinal é apenas uma tenda de praia iluminada para fazer sombras, que se encena um lançamento para pouco mais de uma centena de jornalistas, seguido de um encontro com o realizador e os actores, Gérard Depardieu e Jacqueline Bisset. Que haverão de falar sempre com ruído de discoteca em fundo. Para já há uma “sex party” dentro da tenda. O som do exterior abafa o ronco de animal exaurido de Depardieu quando este tenta enfiar o pénis na boca de uma empregada de hotel forçando-a com um “Sabe quem eu sou?”. Ele é Devereaux, homem que chegou ao topo de uma instituição financeira e a partir daqui só pode ser candidato presidencial em França. Ele é uma personagem de ficção a partir de Dominique Strauss-Kahn, o antigo líder do FMI acusado em Maio de 2011 de violar uma empregada de quarto de um hotel nova-iorquino. Sexo a três, sexo em grupo, gelado, champanhe, os órgãos sexuais das call girls russas expostos e Depardieu a ensaiar até palavras na língua das suas compatriotas (desde 2013 que é também cidadão do país de Putin). Apesar de protegido com o seu robe de chambre dá a ver um corpo de dimensão “porcina”, como escreveu um jornal francês que elogiou, aliás, a coragem do actor. Quando mais tarde Devereaux é preso no aeroporto, onde apanhava o avião de regresso a Paris, e inicia a sua caminhada judicial, sendo despojado dos seus objectos pessoais e obrigado a mostrar que não há nada escondido no corpo, a nudez de Gérard é aí integral. Tal como o é a fria tristeza de Devereaux, o seu desprezo e desinteresse pelos outros, a sua solidão. É impossível que não se interponha nesse momento nas imagens a memória do jovem Depardieu nu entre os arranha-céus de Nova Iorque no Adeus Macho, de Marco Ferreri (1978), que foi a plenitude de uma sensualidade. Dessa forma, não é só Devereaux que é uma personagem do universo de Abel Ferrara, Depardieu também passa a sê-lo. Uma das coisas mais bonitas deste filme de uma solidão extrema é ele documentar o encontro entre um realizador e um actor gigantesco e acrescentar algo de essencial à história desse corpo. Sobre as sequências de sexo, na primeira parte do filme, o actor explica no encontro com os jornalistas porque é que não há porno ali. O gesto vale tudo: levanta o braço como um falo firme, diz que não há nada disso em Welcome to New York. O que não torna as coisas mais fáceis para um actor, assegura. Há qualquer coisa de “triste e de violento”, explica, nisso de simular o sexo e fingir prazer. É feliz o porno, então. Bernardo Bertolucci terá sido um dos primeiros a ver o filme, e sobre essas cenas terá dito: “Parece um filme de Andy Warhol” – ou seja, é aquilo que é e apenas isso. Depardieu dá a entender, ainda assim, que foram essas cenas a razão por que o filme não foi apresentado de forma mais oficial em Cannes: os programadores pediram cortes a Ferrara, que se recusou a fazê-los. Há mais do que ironia quando se refere a Cannes, concretamente ao delegado geral do festival, Thierry Fremaux, atirando com a coragem de outros tempos em que filmes de Marco Ferreri, Antonioni, Duras ou Pialat escandalizaram e puderam ser apupados.
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Entidades FMI
Passos convida empresários japoneses para as privatizações nos transportes
Primeiro-ministro diz que Portugal pode tornar-se "uma das nações mais competitivas do mundo". (...)

Passos convida empresários japoneses para as privatizações nos transportes
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeiro-ministro diz que Portugal pode tornar-se "uma das nações mais competitivas do mundo".
TEXTO: O primeiro-ministro defendeu nesta sexta-feira, perante empresários japoneses, que as privatizações oferecem “oportunidades de investimento”, nomeadamente nos transportes, enalteceu a “resiliência” e a “previsibilidade” do país, que considerou poder tornar-se “uma das nações mais competitivas do mundo”. “Creio que há excelentes razões para as empresas japonesas continuarem a investir em Portugal. O actual processo de privatizações em Portugal oferece uma série de oportunidades de investimento que as empresas japonesas poderão considerar, nomeadamente na área dos transportes”, afirmou Pedro Passos Coelho. Falando em Tóquio perante dezenas de empresários, associados da Keidanren, uma associação empresarial nipónica, o chefe de Governo quis assegurar “que Portugal, como mostrou nos últimos anos, tem uma resiliência política e social muito grande e que esse é um factor distintivo" quando se compara "a economia portuguesa com outras economias, mesmo no espaço europeu”. “A minha convicção é de que saberemos manter nos anos mais próximos essa grande resiliência, com uma grande previsibilidade política, económica e social”, afirmou Passos Coelho, na sede da entidade que engloba 1281 empresas japonesas, 129 associações industriais e 47 organizações económicas regionais. O governante acentuou que “tudo isto, associado aos grandes esforços de reforma económica" que o país tem concretizado, "apontará para que Portugal possa ser realmente uma das nações mais competitivas do mundo, com grande dinamismo, grande abertura à inovação e com grande potencial de crescimento económico”, sublinhou. Na sua intervenção num pequeno-almoço de trabalho com os empresários japoneses, Passos Coelho afirmou que “em 2014 foi já possível começar a ver os positivos resultados das reformas” levadas a cabo pelo Governo. O chefe do Executivo sublinhou que essas reformas “exigiram do povo português elevados sacrifícios”, que, reiterou, “os portugueses suportaram sem pôr em causa a paz social”. Quando falou das oportunidades de investimento, o primeiro-ministro português referiu-se também ao sector agroalimentar e ao das pescas, nos quais já existem “importantes investimentos japoneses”, que podem ser ampliados, nomeadamente na região do Alqueva, uma “área de produção frutícola muito boa e que tem hoje condições de irrigação incomparáveis”. A chamada “economia azul” foi outro dos sectores apontados por Passos Coelho, referindo que “a desejada extensão dos limites da plataforma continental abrirá perspectivas de investimento, por exemplo, nos recursos de fundo marinho, nomeadamente na exploração de minério”. A exploração de concessões portuárias, designadamente de terminais de contentores, foi outra das oportunidades de potencial interesse mencionadas. A sustentar as suas afirmações, o primeiro-ministro apresentou uma série de dados económicos, como o decréscimo dos juros da dívida, a amortização antecipada ao Fundo Monetário Internacional ou o aumento das exportações, assinalando os níveis de desemprego como excessivamente altos. No pequeno almoço estiveram presentes representantes de mais de 20 empresas, entre as quais a Mitsubishi, Toshiba, Murabeni, Sako, BNP Paribas Japan, Nomura, Toyota ou Sumitomo Life Insurance. De seguida, o primeiro-ministro encontrou-se com responsáveis da congénere japonesa da agência portuguesa para o investimento AICEP, a JETRO, na sede da qual interveio na abertura do seminário sobre crescimento verde, com o tema “smart cities, smart solutions”. Nessa intervenção, Passos Coelho considerou que “a área da mobilidade eléctrica é incontornável” para os dois países, sublinhando o “forte investimento do Governo japonês” no sector e os “importantes avanços realizados ao nível da inovação, da indústria de produção destes veículos e dos desenvolvimentos já atingidos, nomeadamente no segmento das baterias”. Pires de Lima diz que “é natural” interesse do JapãoO ministro da Economia português considerou que é natural que empresas do Japão se interessem pelas privatizações em curso em Portugal, designadamente da CP Carga e da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF). “O Governo tem dois projectos de privatização em curso, a TAP e as concessões de transportes em Lisboa, acabou de aprovar no Conselho de Ministros de quinta-feira a privatização de mais duas empresas muito ligadas à engenharia e aos transportes, a EMEF e a CP Carga, e é natural que empresas de todo o mundo, e também do Japão, se possam interessar por estas privatizações”, afirmou António Pires de Lima, em declarações aos jornalistas.
REFERÊNCIAS:
Pinguins têm o genoma descodificado
Duas espécies de pinguins, símbolos da Antárctida, viram alguns dos seus segredos genéticos revelados. (...)

Pinguins têm o genoma descodificado
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Duas espécies de pinguins, símbolos da Antárctida, viram alguns dos seus segredos genéticos revelados.
TEXTO: Uma equipa internacional de cientistas sequenciou os genomas do pinguim-imperador e do pinguim-de-adélia, analisando como estas duas espécies emblemáticas da Antárctida se adaptaram ao longo dos tempos às mudanças climáticas. Popularizado em 2005 pelo documentário A Marcha dos Pinguins – no original, La Marche de L'Empereur, realizado pelo francês Luc Jacquet –, o pinguim-imperador é o maior e mais pesado de todas as espécies de pinguins. Tem quase 1, 20 metros de altura e uma faixa alaranjada muito característica junto dos ouvidos. Já o pinguim-de-adélia, cujo nome deriva da Terra de Adélia, uma região da Antárctida, tem a cabeça e dorso negros e peito branco e concorre na categoria de peso-pluma. As duas espécies vivem exclusivamente naquela região do globo. A equipa, liderada por Cai Li, do Instituto de Genómica de Pequim (BGI), China, concluiu que os pinguins surgiram na Terra há cerca de 60 milhões de anos. Publicados na revista científica GigaScience, de acesso livre, os resultados deste estudo mostram ainda que as populações de pinguins-de-adélia aumentaram rapidamente há cerca de 150 mil anos, devido a um aquecimento climático. Mais tarde, há cerca de 60 mil anos, essas populações sofreram uma diminuição de 40%, durante um período glaciar. Em contrapartida, as populações de pinguins-imperadores mantiveram-se estáveis, o que no entendimento dos investigadores sugere que esta espécie está mais bem adaptada às condições glaciares, conseguindo por exemplo proteger os seus ovos e incubá-los com os pés, evitando que congelem quando as temperaturas são muito baixas. Estes diferentes modelos de evolução na história das duas populações de pinguins poderão dar indicações sobre os impactos das alterações climáticas no futuro. “Por exemplo, o facto de os pinguins-imperadores não terem tido a mesma explosão populacional do que os pinguins-de-adélia no período de aquecimento significa que o aquecimento global [da Terra] pode ser uma desvantagem para eles”, explica Cai Li, citado num comunicado do grupo editorial BioMed Central, que edita a revista GigaScience. “Isso deve ser tido em consideração nos esforços de conservação na Antárctida. ”Conhecer o metabolismo das espéciesOs investigadores concentraram-se particularmente no metabolismo dos lípidos nas duas espécies de pinguins, revelando adaptações diferentes no decurso da sua evolução. Identificaram oito genes implicados no metabolismo dos lípidos no pinguim-de-adélia e três no pinguim-imperador. O armazenamento de gordura é muito importante para os pinguins, para poderem resistir ao frio e sobreviver longos períodos de jejum – que pode ir até quatro meses nos pinguins-imperadores. Os cientistas também exploraram genes ligados à formação das penas, que são muito peculiares nos pinguins: curtas, rígidas e densas, para minimizar a perda de calor, e impermeáveis. Esses genes estão relacionados com a produção de beta-queratinas, proteínas que compõem até 90% as penas. Além disso, a equipa identificou 17 genes ligados às asas atrofiadas dos pinguins, que lhes servem para “voar” na água. Um desses genes, o EVC2, apresenta um grande número de mutações em comparação com outras aves. Nos seres humanos, há mutações no gene EVC2 que são responsáveis pela síndrome de Ellis-van Creveld, uma doença rara e que se manifesta nomeadamente por uma redução do tamanho dos ossos longos (os braços e as pernas são pequenos) e um peito estreito. “Os pinguins têm uma evolução distinta em relação a outras espécies de aves. Não podem voar, têm pele e penas especializadas, asas degeneradas e vivem num ambiente frio no qual as outras aves não conseguem sobreviver”, diz outro elemento da equipa, Guojie Zhang, da Universidade de Copenhaga, Dinamarca, no mesmo comunicado. “A genética comparativa é uma ferramenta poderosa que mostra a base molecular destas mudanças evolutivas e como os organismos lidam com as condições a que são expostos. O nosso estudo revelou vários destes segredos para as duas espécies de pinguins. ”
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Partidos LIVRE
Eles fotografaram a sua ideia de família e nela tanto cabem avós como campos de futebol
Utentes de instituição de apoio a deficientes mentais de Braga fotografaram a sua ideia de família e levam as imagens em digressão pela cidade. (...)

Eles fotografaram a sua ideia de família e nela tanto cabem avós como campos de futebol
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Utentes de instituição de apoio a deficientes mentais de Braga fotografaram a sua ideia de família e levam as imagens em digressão pela cidade.
TEXTO: Apenas as mãos permanentemente escondidas dentro do blusão denunciam o desconforto de Pedro Oliveira. O resto da sua expressão é de entusiasmo enquanto aponta para as fotografias do pavilhão gimnodesportivo de Gualtar. Foi ele quem as fez. Aquele é o pedaço mais importante da sua vida: guarda as chaves do espaço, ajuda a garantir a sua limpeza e ainda dá uma ajuda nos treinos das equipas juvenis de futsal que ali treinam. “Eu já tinha fotografado, mas nunca assim”, conta. O telemóvel que usa habitualmente tem uma câmara digital que costuma usar para tirar fotografias no dia-a-dia. Mas desta vez as imagens foram feitas com câmaras analógicas, usando rolos a preto e branco. Pedro tem 36 anos e é utente do Centro de Actividades Ocupacionais da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Braga. Com outros sete colegas protagoniza “Fazedores de Nós”, uma exposição de fotografia que inaugurou na semana passada no Hospital de Braga uma digressão por vários espaços da cidade. A intenção é mostrar a um maior número de pessoas o trabalho nascido para os Encontros da Imagem, o mais importante festival de fotografia do país, realizado anualmente na cidade, durante o Outono. A última edição do festival tinha como tema o Amor e a Família e por isso os utentes da instituição de apoio à deficiência fotografaram as suas famílias ou o que de mais familiar têm nas suas vidas, como o pavilhão de futsal de Pedro. Fernandes Flores, 40 anos, fotografou o prédio onde viveu com a mãe, o café que costumavam frequentar e o jardim onde iam juntas passear. Luís Mário Duarte, 38 anos, apontou a câmara para o campo de futebol junto da sua casa, num bairro de Braga. Eurico Prata, 30 anos, é um dos mais jovens. Proveniente de uma freguesia rural do concelho vizinho de Amares, está diariamente na APPACDM de Braga. Para o seu projecto fotográfico levou alguns dos colegas a sua casa, onde fotografou a avó de 97 anos, os pais e o cão da família, Tico, “um guloso”. Foi a sua primeira experiência como fotógrafo e agora não quer parar. “Já disse à professora que quero fazer mais vezes”. A primeira participação no festival bracarense “abriu portas”, conta Emília Martins, responsável pela Educação Visual na instituição bracarense, que espera agora poder tornar frequente a participação no evento. Para já, a exposição pensada para os Encontros de Imagem começou uma itinerância por vários espaços de Braga, que foi sempre uma das intenções do projecto. “É enriquecedor, dá-lhes autoestima e potencia o trabalho que eles fazem”, diz a professora e artística plástica. Durante os Encontros da Imagem lançou um desafio público à comunidade bracarense para que a exposição pudesse ser recebida noutros locais. A primeira resposta veio do Hospital de Braga. “O hospital não é só um espaço de doentes, é um espaço de encontro”, defende a directora de comunicação daquela unidade de saúde, Elisabeth Ferreira, de quem partiu o convite. As fotografias de “Fazedores de Nós” ocupam desde quarta-feira o corredor central do novo edifício do hospital inaugurado em 2011 e por ali pode ser visto por médicos, enfermeiros, utentes do hospital ou apenas por curiosos, até ao final do mês. A ideia de implementar a fotografia na APPACDM de Braga foi de Emília Martins. Numa instituição como este “temos que estar sempre a inovar”, porque os utentes “são muito exigentes”, conta. A maioria deles passa praticamente todo o seu tempo dentro da instituição e “não gosta” de estar sempre a fazer o mesmo tipo de coisas. Foi assim que, durante várias semanas no Verão passado, receberam a visita de Miguel Oliveira, que os ensinou a fotografar usando máquinas analógicas com rolos a preto e branco e lhes deu também noções de revelação de fotografia. Este fotógrafo dá aulas de fotografia e faz formação em fotografia analógica no Cincelube de Guimarães, mas esta foi a primeira colaboração com uma instituição como a APPACDM. “Não foi mais fácil, nem mais difícil, foi diferente”, diz. Da experiência, guarda uma impressão muito forte: a “crueza” com que todos fotografaram. “Os fotógrafos andam sempre a esconder coisas. Eles não. Se há dor, fotografam. Se há alegria, fotografam”.
REFERÊNCIAS:
Estátua de bronze furtada em Alcochete já foi recuperada
A estátua que representa um forcado que se encontrava em Alcochete foi encontrada pela polícia e será restituída em breve. (...)

Estátua de bronze furtada em Alcochete já foi recuperada
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A estátua que representa um forcado que se encontrava em Alcochete foi encontrada pela polícia e será restituída em breve.
TEXTO: A estátua em bronze de um forcado que tinha sido furtada em Alcochete, junto à praça de touros, foi recuperada na madrugada desta quinta-feira, anunciou a GNR. "A estátua foi localizada esta noite, pelas 03h00, nos terrenos de uma antiga fábrica, relativamente próxima do local do furto, pelos Bombeiros de Alcochete, durante a realização de uma prova de orientação", referiu fonte da GNR. A estátua de Hélder Antoño, antigo forcado dos Amadores de Alcochete, que morreu na arena quando tinha 21 anos, é considerada um símbolo do concelho, tendo sido feita em tamanho real. A peça foi furtada na madrugada de terça-feira. "Foram de imediato desenvolvidas diligências de investigação no sentido de serem identificados os seus autores e, principalmente, recuperar a estátua, cujo valor simbólico para a população de Alcochete é manifestamente superior ao seu valor material", acrescentou a guarda. A estátua foi transportada para as instalações da GNR, onde será entregue ao seu legal representante.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Brincar aos deuses em Veneza com Al Pacino
Al Pacino esteve no Festival de Cinema de Veneza para apresentar dois filmes, Manglehorn e The Humbling, e deu duas conferências de imprensa este sábado. Todos correram para ouvi-lo falar (...)

Brincar aos deuses em Veneza com Al Pacino
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Al Pacino esteve no Festival de Cinema de Veneza para apresentar dois filmes, Manglehorn e The Humbling, e deu duas conferências de imprensa este sábado. Todos correram para ouvi-lo falar
TEXTO: Se a presença de Al Pacino no Festival de Veneza – a dobrar, Manglehorn, de David Gordon Green, em competição, The Humbling, de Barry Levinson, fora de concurso – já deu para lembrar aforismos de Federico Fellini - “o cinema é o modo mais directo de entrar em competição com Deus”-, é porque o actor é visto num lugar próximo da divindade. Em versão rock star, óculos espelhados, cabelo e t-shirt a espetarem para vários sítios. Todos a correr para ouvi-lo falar - coisa fora do vulgar: duas conferências de imprensa este sábado, intervaladas no espaço de uma hora. Embora o próprio se tenha lembrado a meio de uma delas, quando interrompeu o seu fluxo de consciência, que provavelmente não estaria a responder a qualquer pergunta. Mas falou. Foram generosos monólogos interiores, porque reconfortaram quem estava à espera da voz, sobre cães e gatos, sobre o Actor’s Studio, que lhe deu vida e lhe deu os sapatos que ele não tinha, sobre os actores de teatro, a sua memória e a exaustão de repetirem muitas vezes a mesma personagem, sobre Hollywood que ele nunca soube o que era, embora no passado, hoje já não, tenha sido uma comunidade de ideias artísticas, e, enfim, sobre a depressão – se alguma vez passou por esse estado Al, 74 anos, não sabe, porque não sabe o que a depressão é. A depressão veio à baila por causa das personagens que interpreta nos dois filmes: um traço comum ao actor de The Humbling e ao serralheiro de Manglehorn é o facto, embora os níveis de neurose e de alucinação de cada um não sejam comparáveis, de atravessarem um momento das suas vidas em que o passado não lhes permite acreditar, em que fazem contas às oportunidades perdidas. The Humbling adapta uma obra de Philip Roth mas tem na memória um momento icónico da alucinação do actor no momento do envelhecimento que é The Dresser, peça de Ronald Harwood que em 1983 foi adaptada ao cinema por Peter Yates, com Albret Finney e Tom Courtnay; o outro resultou de um encontro casual entre David Gordon Green e Pacino, que fez o fã, o realizador, reparar que os gestos do actor eram os mesmos de Panic in Needle Park e O Espantalho (Jerry Schatzberg, 1971, 1973), e quis escrever um veículo para isso. Há outra coisa em comum: de alguma forma as duas personagens deixaram partir das suas vidas a crença no divino e nesse lugar colocaram-se a elas próprias, reinando sobre os outros e criando o seu mundo. São figuras exauridas, assaltadas pelo medo existencial, as que encontramos agora. Mas são figuras que no passado criaram uma terra de ninguém à sua volta que os protegeu e afastou do mundo. É esse também o efeito-Pacino nestes filmes: como se à volta houvesse terra queimada a proteger o actor de qualquer interferência ou comunicação, são "filmes de ninguém", submissos - com Manglehorn, por exemplo, David Gordon Green está já no sítio dos filmes das tardes de domingo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave comunidade medo cães
Cais do Ginjal em Almada vedado após capotamento de um carro
Chão do paredão desabou e um veículo quase caiu ao rio, com um casal e um bebé no interior. Autoridades dizem que o perigo estava sinalizado. (...)

Cais do Ginjal em Almada vedado após capotamento de um carro
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DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Chão do paredão desabou e um veículo quase caiu ao rio, com um casal e um bebé no interior. Autoridades dizem que o perigo estava sinalizado.
TEXTO: O paredão do cais do Ginjal, em Cacilhas, Almada, foi vedado ao trânsito e aos peões depois de, no sábado, o chão ter desabado e um carro ter caído na margem do rio, com um casal e um bebé no interior. A informação foi dada à Lusa pela Polícia Marítima, que esteve no local após o acidente, juntamente com a Capitania do Porto de Lisboa, a Administração do Porto de Lisboa e a Protecção Civil do Município de Almada. "Vedámos totalmente o trajecto para impedir a passagem a viaturas e peões", disse à Lusa o Comandante Cruz Gomes, da Polícia Marítima, referindo-se ao paredão (um caminho estreito, onde só passa um carro de cada vez) que fica junto ao cais do Ginjal. Ao início da tarde de sábado, um carro atravessava o paredão, quando o chão desabou. O veículo caiu e capotou, ficando pendurado junto à margem do rio, onde ainda se encontrava ao início da tarde de domingo por ter sido impossível retirá-lo. A iminente queda do carro dentro do rio pode constituir também um perigo para a navegação, o que levou as autoridades a "tomar medidas para que tal não aconteça", disse o comandante Cruz Gomes. A zona foi sinalizada e o carro foi preso com um cabo e uma bóia, para que fique à superfície e seguro, caso caia totalmente, acrescentou. O condutor do carro acidentado, Nuno Caetano, contou à Lusa que tinha ido passear com a mulher e a filha a Cacilhas, zona que não conheciam, e procuravam um restaurante. "Estavam várias pessoas e carros na estrada junto ao paredão e, de repente, o chão desabou, o carro caiu e capotou. Os segundos que passaram, desde a queda do veículo até eu conseguir libertar o cinto de segurança e tirar a minha filha da cadeira, foram, sem dúvida, o pior momento da minha vida. Por um milagre, felizmente conseguimos sair do carro apenas com pequenos arranhões", contou. Nuno Caetano diz que nenhuma das entidades presentes no local conseguiu retirar o carro: por terra, a Protecção Civil não autorizava que um reboque com grua se aproximasse, com receio de que pudesse desabar mais terreno, e por mar o Porto de Lisboa enviou um barco grua mas não conseguiu aproximar-se da costa, por o mar ser pouco profundo naquela zona e o chão ser de pedra. O relato é confirmado pelo comandante Cruz Gomes, que adianta que só depois de o carro cair à água é que poderá ser puxado por um barco. Nuno Caetano disse ter sido informado pela Protecção Civil da existência de um sinal de trânsito proibido no início da rua - uma informação confirmada ao PÚBLICO por uma fonte municipal -, mas garante que a única sinalética existente no local informava da proibição de estacionar e de que se tratava de uma rua sem saída. O homem reconhece que havia um gradeamento a vedar a passagem de carros naquele local mas garante que as grades apenas vedavam uma parte do paredão, "permitindo a passagem de veículos sem nenhuma sinalética, havendo inclusivamente um carro estacionado no final desta estrada", disse. Segundo a Polícia Marítima, a zona tinha de facto uma vedação a proibir a passagem de viaturas, mas que terá sido ignorada por este condutor. Quanto à alegada inexistência de sinal a proibir o trânsito, o comandante Cruz Gomes explicou tratar-se de uma "zona onde passa muita gente e que está muito vandalizada", pelo que a sinalética que é lá colocada é sistematicamente retirada ou derrubada. Além do perigo de desabamento de mais terreno, visto que existem mais buracos no paredão, há também indicação de perigo de derrocada dos edifícios e muros contíguos, pertencentes a uma antiga fábrica de conserva de peixe, a antiga Companhia Portuguesa de Pesca, que se encontra completamente abandonada e degradada. Em 2011, a Câmara de Almada apresentou o estudo prévio do plano de pormenor para aquela zona, que prevê a requalificação do espaço público, bem como a construção de complexos habitacionais e de um mercado. No entanto, o terreno e as construções existentes são propriedade privada e a concretização do plano de pormenor depende da iniciativa deste privado, que será um empresário madeirense. Ao todo, a área a intervencionar tem 84. 430 metros quadrados. O Cais do Ginjal é uma zona com vista privilegiada para Lisboa, mas enfrenta o fantasma da degradação há décadas.
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Trabalhadores de bingo em Almada fazem greve por salários em atraso
Sindicato diz que ordenados estão a ser pagos em parcelas, situação que se arrasta há um ano. (...)

Trabalhadores de bingo em Almada fazem greve por salários em atraso
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DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sindicato diz que ordenados estão a ser pagos em parcelas, situação que se arrasta há um ano.
TEXTO: Os cerca de 25 trabalhadores do Bingo do Ginásio Clube do Sul em Almada estão em greve nesta quarta-feira devido a atrasos no pagamento dos salários, problema que se arrasta há um ano, diz o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústria de Alimentação Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab). À porta do bingo, os funcionários gritam: “Queremos os nossos salários!”. António Barbosa, dirigente do Sintab, garante que a empresa não está a pagar aos trabalhadores a tempo e horas, “situação insustentável para os trabalhadores e suas famílias”. “Esta situação arrasta-se há um ano, os subsídios são pagos, mas a prestações. A administração diz que a empresa Pefaco vai ficar com o bingo e pagar tudo o que está para trás, mas há seis meses que os trabalhadores ouvem isto e nada se passa”, afirma. O PÚBLICO tentou, sem sucesso, obter esclarecimentos junto da direcção do bingo de Almada. Esta sala chegou a ter 70 trabalhadores (de acordo com o Sintab) e é uma das nove que a Pefaco quer explorar em Portugal. O negócio já foi autorizado pela Autoridade da Concorrência, mas ainda não recebeu o aval do Governo. A empresa tem sede em Espanha e operações em países como o Congo, Costa do Marfim ou Ruanda. No total, quer passar a gerir as salas de jogo do Bingo de Coimbra, Almada, Nazaré, Olhão, Setúbal, Odivelas, Belenenses, Benfica e Boavista. António Barbosa diz que os bingos continuam a ter clientes, mas há menos dinheiro a entrar. “Sabemos que o país em geral está numa situação complicada e estas empresas vivem das pessoas comuns que usam este tipo de diversão. A população está sem dinheiro e é mais complicado”, diz. De acordo com os dados mais recentes da Associação Portuguesa de Bingos, em 2014 as vendas das 16 salas a operar em território nacional atingiram os 46 milhões de euros, um aumento de 3% em comparação com 2013. A entrada de novos prémios (como o Prémio Acumulado de Linha ou o Prémio Sala) ajudou a facturação a crescer. Contudo, há seis anos, os bingos vendiam 85 milhões de euros.
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