Descoberta, no céu austral, uma série de galáxias anãs a orbitar a Via Láctea
Este tipo de galáxias, muito pouco luminosas, poderá ser a chave para perceber o que é a misteriosa matéria escura e como se formam as galáxias. (...)

Descoberta, no céu austral, uma série de galáxias anãs a orbitar a Via Láctea
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Este tipo de galáxias, muito pouco luminosas, poderá ser a chave para perceber o que é a misteriosa matéria escura e como se formam as galáxias.
TEXTO: Duas equipas independentes de cientistas, uma de cada lado do Atlântico, acabam de anunciar a descoberta de uma série de objectos celestes que, ao que tudo indica, são “galáxias anãs” em órbita à volta da nossa galáxia, a Via Láctea. Parte dos resultados foram obtidos na Universidade de Cambridge (Reino Unido) e publicados esta terça-feira na revista Astrophysical Journal, onde os autores descrevem a detecção de nove objectos “candidatos” e concluem que três deles são claramente galáxias anãs. As galáxias anãs são as galáxias mais pequenas que se conhecem. Normalmente, orbitam galáxias de maiores dimensões – e podem conter apenas uns milhares de estrelas, ao passo que uma galáxia média como nossa Via Láctea contém… centenas de milhares de milhões de estrelas, explica a Universidade de Cambridge em comunicado. Os modelos cosmológicos convencionais prevêem a existência de centenas de galáxias anãs à volta da Via Láctea, mas o problema é que elas são quase impossíveis de detectar devido ao seu diminuto tamanho e fraca luminosidade. Uma característica particularmente interessante das galáxias anãs é que elas contêm apenas 1% de matéria visível e 99% de “matéria escura” – que, como o seu nome indica, é invisível e só pode ser detectada através da gravidade que exerce sobre outros corpos. Ora a matéria escura, cuja natureza permanece misteriosa, representa, também segundo os modelos cosmológicos actuais, cerca de 25% de toda a matéria e energia do Universo. Daí que o estudo das galáxias anãs possa permitir confirmar a existência da matéria escura, lê-se no mesmo comunicado. “As galáxias anãs são a derradeira fronteira para testarmos as nossas teorias da matéria escura”, diz Vasili Belokurov, um dos co-autores da equipa de Cambridge. “Precisamos de as encontrar para determinar se a nossa visão do cosmos faz sentido. ”Estes cientistas utilizaram no seu trabalho os dados recolhidos no âmbito do Levantamento da Energia Escura (Dark Energy Survey ou DES) – um projecto de cinco anos que começou há um ano e cujo objectivo é fotografar uma grande fatia do céu austral da Terra com um nível de pormenor sem precedentes, explica pelo seu lado um comunicado do Fermilab, nos EUA, ao qual pertence a segunda equipa a apresentar agora os seus resultados. “A grande quantidade de matéria escura nas galáxias-satélite da Via Láctea representa um resultado significativo tanto para a astronomia como para a física”, frisa Alex Drlica-Wagner, do Fermilab, que liderou naquele laboratório a análise dos resultados deste primeiro ano de funcionamento do DES. Olho de linceA ferramenta principal do DES, cujas observações estão disponíveis publicamente, é a chamada Câmara de Energia Escura. Com uma resolução de 570 megapíxeis, é a máquina fotográfica “mais potente do mundo, capaz de ver galáxias situadas a até 8000 milhões de anos-luz da Terra”. Construída e testada no Fermilab, possui cinco lentes de formas muito precisas (a maior das quais com quase um metro de diâmetro) que foram concebidas e fabricadas no University College de Londres. E encontra-se actualmente instalada num telescópio de quatro metros do Observatório Inter-Americano de Cerro Tololo, nos Andes chilenos. Até aqui, várias dezenas de galáxias anãs tinham sido descobertas no céu do Hemisfério Norte em 2005 e 2006. E desde então – mais nada. Agora, a descoberta aconteceu no Hemisfério Sul, numa região situada entre a Grande Nuvem e a Pequena Nuvem de Magalhães, as duas maiores e mais célebres galáxias anãs que orbitam a Via Láctea. Os objectos agora descobertos são mil milhões de vezes menos luminosos do que a nossa galáxia e possuem um milionésimo da massa da Via Láctea. “O facto de termos encontrado um grupo tão grande de galáxias-satélite numa área tão pequena do céu foi completamente inesperado”, diz Sergei Koposov, que liderou o estudo britânico. “Não conseguia acreditar no que estava a ver”. “Estudos anteriores do céu austral não tinham detectado grande coisa, portanto não estávamos à espera de dar com este tesouro”, salienta por seu lado Belokurov. A mais próxima das galáxias anãs agora descobertas encontra-se a 97. 000 anos-luz de nós – isto é, a meio-caminho entre a Terra e as Nuvens de Magalhães –, na direcção da constelação do Retículo (a Rede). A mais longínqua e luminosa situa-se a 1, 2 milhões de anos-luz, na direcção da constelação de Erídano (o Rio). E segundo a equipa de Cambridge, está a ser “sugada” pela nossa galáxia. “Estes resultados são muito enigmáticos”, acrescenta o co-autor Wyn Evans, de Cambridge. “Talvez tenham começado por ser satélites das Nuvens de Magalhães que a seguir foram ejectados pela interacção entre a Grande Nuvem e a Pequena Nuvem. Ou talvez tenham pertencido a um gigantesco grupo de galáxias que – ao mesmo tempo que as Nuvens de Magalhães – tem estado a cair para dentro da nossa Via Láctea. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
António Pelarigo: fadistices com alma
Sempre cantou o fado, mas evitava-o como profissão porque tinha a sua vida. Agora, aos 61 anos, gravou enfim “o” disco. E fê-lo como se já tivesse gravado cem. (...)

António Pelarigo: fadistices com alma
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DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sempre cantou o fado, mas evitava-o como profissão porque tinha a sua vida. Agora, aos 61 anos, gravou enfim “o” disco. E fê-lo como se já tivesse gravado cem.
TEXTO: O nome não será estranho a muita gente, mas até agora havia muito poucas gravações suas. António Pelarigo, 61 anos, deambula pelo fado com devoção há décadas mas tem deixado cair muitas hipóteses (e algumas bem sérias foram) de gravar discos ou de se tornar fadista profissional. Tinha a sua vida, a sua família, o seu trabalho, o resto era apenas amor ao canto. Fadistices, como ele diz, com uma ponta de ironia e sem menosprezo. Até que um vizinho ribatejano o convenceu agora a gravar. Músico, também com uma editora, insistiu e ele cedeu. O vizinho é José Cid e o disco chama-se António Pelarigo. Tal como ele. “Eu sou de uma aldeia piscatória, descendente de avieiros, pescadores. E os pescadores todos cantam, mesmo quando estão zangados cantam, lá na labuta deles. ” António Pelarigo fala do passado com à-vontade. Nascido no Ribatejo, a 30 de Maio de 1953 (embora no seu BI conste 30 de Agosto, ficou essa data para não pagarem multa pelo atraso no registo), a sua mãe cantava em casa, canções da época. O pai nem por isso. O resto ouvia na rádio: “Tenho mais cinco irmãos e todos cantávamos um bocadinho. Nunca mais me esqueço de um programa que havia na Rádio Ribatejo com discos pedidos, à hora do almoço, onde se ouviam os fadistas e os cançonetistas que estavam na moda e também os já consagrados, como o Alfredo Marceneiro, a Amália, a Hermínia. ” Nessa época tinha ele uns 14 anos. “Depois fui percebendo mais, ouvindo mais, e a primeira vez que cantei em público, acompanhado à guitarra e à viola, tinha 19, 20 anos. Foi na Golegã, numa festa de anos de um padre ou uma coisa assim. ” A partir daí entrou em dois concursos na Feira do Ribatejo. “No primeiro fui eliminado mas no segundo fui à final e fiquei em terceiro lugar. ”Por essa altura ele era caixeiro-viajante, estava muito tempo no Porto, e certo dia, teria ele uns 22 anos, os patrões convidaram-no para ir a uma casa de fados. “Era a Madrugada, a casa mais antiga do Porto, pelo menos era essa a informação que eu tinha na altura. A primeira vez que eu lá cantei, o dono da casa convidou-me logo para fazer parte do elenco. Até disse que se eu lá ficasse tratava de gravar um disco comigo rapidamente. Mas eu ia em trabalho, era de Santarém, já era casado e não dava para estar ali. Isto foi em 1976-77. ”Oportunidades perdidasE voltou a Santarém. Deambulando por aquilo a que ele chama “fadistices”, encontros onde o fado é pretexto para reuniões de amigos. “Até que conheci o João Ferreira-Rosa numa dessas fadistices na Feira do Ribatejo, uns meses antes de ele reabrir o Embuçado. Ouviu-me, convidou-me logo para ir para lá — e eu também não fui. Porque tinha trabalho e tinha a minha vida. ” Mas ia até Lisboa, sem compromissos de assiduidade nem contratos. E conheceu no Embuçado muita gente ligada ao fado e fez amigos, fadistas e músicos. Foi isso que o levou, há uns anos, a gravar dois fados num projecto colectivo. Chamava-se João Ferreira-Rosa Convida à Fadistice e saiu só em cassete. “Foi uma produção do Jorge Fernando, com o Alcino Frazão e o Pedro Veiga, que infelizmente já cá não estão. ” Nessa altura, António Pelarigo ainda não tinha 30 anos. “Logo aí a Discossete [a editora desse trabalho] interessou-se por mim para gravar. E eu não gravei. Depois apareceu a Valentim de Carvalho, onde eu assinei contrato. O Jorge Fernando era lá produtor, mas depois saiu e as coisas perderam-se um pouco. Eu não tinha ninguém que me tratasse do repertório e fui deixando passar. Até que, ao fim de quatro anos, recebi uma carta da Valentim a perguntar como é que era possível um indivíduo ter um contrato e nunca mais aparecer. E pediram-me para ir lá com o meu repertório. Como não tinha repertório, gravei com a ajuda de um amigo meu uns fadinhos e lá fui com a cassete. Escreveram-me a depois a dizer que o repertório não se coadunava com a minha voz. E ficámos por ali. ”Não foi o único episódio deste género na sua vida. Um dia o fadista Carlos Zel contactou-o a dizer que “os indivíduos da CBS” estavam interessados em gravar com ele. “Estava todo contente: ‘já viste, saiu-te o totoloto!’ E eu lá vim, de Santarém. Mas nesse dia o senhor que representava a CBS cá em Portugal não apareceu. Fiquei desiludido e voltei para Santarém. No dia seguinte telefonou-me o Carlos Zel a dizer que o senhor já estava lá. E eu respondi: pois agora já não vou. Depois arrependi-me, claro. ” Depois destas histórias gravou um disco em 1995, para a Discossete, Negro Xaile, e começou até a gravar para outra editora, com a qual assinou contrato mas sem consequências de futuro. Fado de “alma honesta”Até que José Cid, seu vizinho e seu conhecido há trinta anos, que já o tinha tentado convencer a gravar para a Polygram na altura em que ele assinou com a Valentim, insistiu numa gravação actual. “Temos que fazer o disco”. Muitas fadistices depois, lá o fizeram. E o resultado são 12 temas onde a voz de António Pelarigo soa como se sempre a tivéssemos ouvido e fizesse já parte da nossa memória colectiva. Em temas assinados por Rosa Lobato Faria, João Ferreira-Rosa, José Cid, Maria Luísa Baptista, Paulo de Carvalho ou por ele próprio (Senhora da paz), a voz que caldeou nas “fadistices” revela uma alma de fado antigo e intemporal, moldando cada palavra a que dá vida. Hoje o seu disco chega às lojas e dia 23 vai apresentá-lo em Santarém, no Convento de São Francisco, pelas 21h30, com João Ferreira-Rosa e José Cid como convidados. Ele diz: “O fado põe a nossa alma honesta. Porque é a nossa vida, a nossa passagem, a nossa alma. ” Ouçam-no e avaliem. .
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda negro género
Morreu Aurora Bernárdez, a viúva e herdeira da obra de Julio Cortázar
A esta tradutora de grandes autores mundiais deve-se a redescoberta da obra do escritor argentino a partir dos anos 90 (...)

Morreu Aurora Bernárdez, a viúva e herdeira da obra de Julio Cortázar
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DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A esta tradutora de grandes autores mundiais deve-se a redescoberta da obra do escritor argentino a partir dos anos 90
TEXTO: Aurora Bernárdez, viúva do escritor argentino Julio Cortázar e grande divulgadora da sua obra depois da morte dele, morreu neste sábado num hospital de Paris, a cidade onde vivia desde a juventude. Tinha 94 anos, e sofrera no dia anterior um AVC que lhe provocou uma queda, que viria a ser fatal. Apesar de se ter divorciado de Cortázar nos anos 70, Aurora é a figura feminina mais importante da vida do autor, sobretudo pelo empenho que colocou na recuperação da obra deste, num período em que esta se encontrava em risco de cair no esquecimento. Os jornais de Espanha e da América Latina que noticiaram a sua morte descrevem-na como uma mulher de grande cultura – foi tradutora de autores como Gustave Flaubert, William Falkner, Vladimir Nabokov, Albert Camus, Italo Calvino, Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir – e de uma grande alegria. Filha de pais espanhóis, Aurora Bernárdez nasceu já em Buenos Aires, onde estudou Literatura e onde conheceu Cortázar na década de 50 do século passado. O escritor Mario Vargas Llosa tornou-se amigo de ambos nessa altura, e descreve-os assim: “Nunca deixei de me maravilhar com o espectáculo que era ouvir conversar e ver Aurora e Julio juntos. Todos os outros pareciam estar a mais. Tudo o que diziam era inteligente, culto, divertido, vital. Muitas vezes pensei: ‘Não podem ser sempre assim. Estas conversas são ensaiadas em casa, para deslumbrar os interlocutores […]. A perfeita cumplicidade, a secreta inteligência que parecia uni-los era algo que eu admirava e invejava no casal, tanto quanto a sua simpatia, o seu compromisso para com a literatura e a generosidade para com todo o mundo, e sobretudo para os aprendizes como eu. ”Começaram a viver juntos em Paris, onde acabaram por casar, dedicando-se ao trabalho de tradução, com o qual ganhavam dinheiro suficiente para fazer viagens. Cortazar começou então a escrever Histórias de Cronópios e de Famas (1962), o ambicioso romance experimental Rayuela (1963, editado em Portugal pela Cavalo de Ferro com o título O Jogo do Mundo - Rayuela), a que se seguiria Todos os fogos o fogo (1966). Com o dinheiro ganho com as traduções conseguiram comprar um velho pavilhão na Place du Général Beuret, em Paris, que remodelaram, e onde Aurora viveu até à sua morte. Uma viagem a Cuba nos anos 60, e a divergência dos olhares de ambos sobre a realidade da ilha (o entusiasmo dele contrastando com a desilusão dela), podem explicar o início do afastamento do casal, que acabaria por se separar em 1968. Cortázar viveu depois com a escritora lituana Ugné Karvelis, que era a sua agente na editora Gallimard, e mais tarde veio a casar com a escritora e fotógrafa canadiana Carol Dunlop, com quem escreveu Los autonautas de la cosmopista (1983). Mas a amizade com Aurora continuou sempre sólida e profunda, e depois da morte de Dunlop, em 1982, que deixou o escritor mergulhado numa profunda depressão, foi ela quem permaneceu ao lado de Cortázar durante os dois anos que ele ainda viveu. Cortázar morreu a 12 de Fevereiro de 1984, de leucemia (embora haja outras teorias sobre as causas da morte, nomeadamente a de que teria sido infectado com o vírus da sida devido a uma transfusão de sangue, e que teria depois infectado Carol Dunlop) deixando Aurora como única herdeira da sua obra. A partir daí, com a ajuda da amiga e editora Carmen Balcells, a tradutora deu um novo fôlego ao trabalho de Cortázar. O El País recorda que foi ela que “com uma constância que se deve ao amor, nunca interrompido, retomou nos anos 90 a presença de Cortázar nas livrarias, reeditou livros que voltaram a ter vida, e resgatou do esquecimento manuscritos perdidos ou edições que já não se encontravam […]. ”Entre as novas edições ligadas a Cortázar da responsabilidade de Aurora Bernárdez encontram-se a correspondência, em cinco volumes, e um dicionário biográfico ilustrado, Cortázar de la A a la Z. Un álbum biográfico, editado pela Alfaguara no início deste ano em que se comemorou o centenário do escritor. Em 2009, lançara com a mesma editora Papéis Inesperados, uma compilação de textos inéditos de Cortázar que encontrara num móvel da sua casa em Paris.
REFERÊNCIAS:
CDS pisca olho ao PSD ao propor eliminação total da sobretaxa do IRS até 2019
Assunção Cristas diz que programa ainda não foi validado pelo partido e que PSD ainda não foi informado. Mas mostra flexibilidade na questão fiscal, um sinal de aproximação ao parceiro de coligação (...)

CDS pisca olho ao PSD ao propor eliminação total da sobretaxa do IRS até 2019
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DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Assunção Cristas diz que programa ainda não foi validado pelo partido e que PSD ainda não foi informado. Mas mostra flexibilidade na questão fiscal, um sinal de aproximação ao parceiro de coligação
TEXTO: Depois de uma guerrilha com o PSD, nos últimos anos, para fazer baixar a sobretaxa do IRS, o CDS-PP agora prevê que a eliminação só seja concretizada no prazo de uma legislatura, ou seja, até 2019. Um sinal de aproximação que o partido de Paulo Portas parece dar ao seu parceiro de coligação. Mas desse assunto, a vice-presidente do partido e directora do gabinete de estudos não quis falar. Esta sexta-feira, em conferência de imprensa sobre o estado da arte do programa do CDS, Assunção Cristas, traçou seis objectivos que estão a ser trabalhados pelo partido, independentemente do teor do acordo de coligação que vier a ser assinado com o PSD. “Vamos trabalhar com afinco para chegar ao final da legislatura sem sobretaxa IRS e o IRC com uma taxa competitiva”, afirmou. Dentro do Governo de coligação, os centristas foram muito críticos do “enorme aumento de impostos” aplicado pelo Governo, defenderam insistentemente que a sobretaxa tem um carácter “excepcional” e que “aconteceu num determinado momento, por uma determinada circunstância”. Um dos últimos episódios dessa batalha decorreu na preparação do Orçamento do Estado para 2015, em que o líder do CDS-PP e vice-primeiro-ministro se bateu por uma descida da sobretaxa de IRS (3, 5%) já para este ano, mas que acabou por falhar. Resultou num crédito fiscal para 2016, que será devolvido aos contribuintes se houver um excedente de receita. É também no combate à fraude e evasão fiscal que o CDS se apoia para conseguir cumprir a meta de eliminar faseadamente a sobretaxa do IRS. Já noutras matérias, a proposta eleitoral dos centristas é ambiciosa: crescimento económico a atingir 3% e o desemprego a baixar para um dígito, até ao final da próxima legislatura. Quanto ao IRC, Assunção Cristas esclareceu que a descida prevista situa-se entre os 19% e os 17%, e que serão estes os valores em causa. Outro dos objectivos anunciados é o de Portugal ter um crescimento económico a rondar os 3%, também numa previsão faseada na próxima legislatura. Nesse sentido, os grupos de trabalho do CDS vão centrar-se em áreas como a fiscalidade, concorrência, energia, captação do investimento directo estrangeiro, e redução de custos de contexto. Com este ritmo de crescimento, os centristas prevêem um desemprego abaixo dos 10%, com um “dígito” apenas, até ao final da legislatura, apontou a ministra da Agricultura, sem concretizar um número. Um objectivo para o qual o partido está a trabalhar nas áreas de investimento, em políticas activas de emprego, fiscalidade, além de ser facilitado pelo crescimento económico previsto. A inversão da quebra da natalidade e o apoio aos idosos são outras das linhas do esboço do programa eleitoral do CDS, repescando assim duas bandeiras do partido antes de 2011 quando estava na oposição. No momento em que o CDS dá conta dos trabalhos de preparação do programa, ainda está indefinido o acordo de coligação pré-eleitoral com o PSD. Questionada sobre se o CDS já informou o seu parceiro no Governo sobre os avanços nos trabalhos das propostas do partido, Assunção Cristas limitou-se a dizer que “ainda não houve uma validação política” pelos órgãos do CDS e que, por isso, "ainda não houve qualquer contacto" com o PSD. Com ou sem acordo de coligação, "o CDS tal como o PSD está a fazer o seu trabalho de casa” para ter “boas ideias para um programa autónomo ou conjunto”. A vice-presidente refutou a ideia de que as propostas apresentadas pareçam desligadas de quatro anos de governação da qual o CDS fez parte. E deu o exemplo do crédito fiscal, que foi adoptado para a sobretaxa do IRS, e a proposta da eliminação até ao final da legislatura, 2019. As soluções têm que ser vistas à luz do fim de um “período de grande constrangimento” e o início de um “período de normalidade e de crescimento sustentável”, afirmou. O CDS conta ter todos os relatórios dos grupos de trabalho prontos em Maio. Será um programa “mais ambicioso”, e “diferente”. “Mal seria se assim não fosse”, concluiu.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
Algarve investe mais dois milhões a “engordar” praias de Lagoa e Albufeira
Manter a praia de Quarteira custa seis milhões de euros. Ao fim de dez anos desaparece a areia, volta tudo ao mesmo. E a construção de esporões, dizem os especialistas, não é alternativa. (...)

Algarve investe mais dois milhões a “engordar” praias de Lagoa e Albufeira
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DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Manter a praia de Quarteira custa seis milhões de euros. Ao fim de dez anos desaparece a areia, volta tudo ao mesmo. E a construção de esporões, dizem os especialistas, não é alternativa.
TEXTO: O Algarve vive um dilema: deixar cair livremente as arribas ou investir milhões para retardar o efeito da erosão? A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) tem em curso mais uma operação de alargamento de seis praias nos concelhos de Lagoa e Albufeira — um investimento superior a dois milhões de euros. A cada Inverno que se aproxima crescem os receios sobre os avanços do mar mas isso não impede que se continue a querer construir empreendimentos nas zonas de risco. A praia de Quarteira, por exemplo, beneficiou de uma recarga de areias há quatro anos para se manter, que foram sugadas do mar. Das toneladas de detritos que foram depositados ao longo da costa, numa extensão de cerca de quatro quilómetros, já desapareceu 45%. Agora, e à semelhança do que foi feito em 2010 em seis praias do concelho de Loulé — Vale do Lobo, Dunas Douradas, Vale Garrão, Forte Novo, Almargem e Loulé Velho, está a decorrer mais uma recarga de areia em Lagoa. O processo de realimentação para que as praias fiquem com uma largura de cerca de 40 metros começou no final de Agosto na Praia Nova, junto ao promontório de Nossa Senhora da Rocha (Lagoa), prevendo-se que dentro de um a dois dias termine o trabalho na praia da Cova Redonda, passando depois às praias da Coelha e do Castelo, em Albufeira. A operação deverá estar concluída até Novembro. Na fase final, são as praias de Benagil e Carvoeiro (Lagoa), as beneficiadas. Mas será esta a solução? A principal fonte de alimentação das praias, recordou o director regional da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Sebastião Teixeira, “são as arribas, que caem de forma natural”. Só que este processo natural leva um tempo que não se coaduna com as exigências dos interesses ligados ao turismo, que reclamam a consolidação das arribas. Uma exigência que levou o Instituto da Água, há cerca de 15 anos, a tomar uma medida polémica no concelho de Albufeira: mandou forrar as arribas da praia dos Pescadores a betão, e pintar o cimento de cor amarelada. A justificação para a intervenção foi a “salvaguarda das pessoas e bens”. Por causa deste dilema, realizou-se recentemente em Quarteira um debate sobre “Que futuro para o Algarve, sem praias?” O tema veio a propósito da apresentação do projecto Change — um estudo coordenado pela investigadora Luísa Schmidt, do Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa, que visa analisar os problemas de natureza social e ambiental na linha de costa, tendo-se focado em três casos — Caparica (Almada), Barra-Vagueira (Aveiro) e Quarteira. O que se deve então fazer para manter as praias: construir esporões ou fazer a recarga artificial do areal? “O problema não está no tipo de intervenção”, responde Alveirinho Dias, especialista em dinâmica costeira. O problema, sublinha, “está no ordenamento do território — construiu-se em zonas de risco”. No mesmo sentido, Luísa Schmidt chamou a atenção para os casos da Caparica e Vagueira (Aveiro) — uma questão que, disse, “exige monitorização”, tendo presente que “há um preço a pagar” para mitigar os erros urbanísticos. No caso de Quarteira, observou Sebastião Teixeira, “sabe-se que, de dez em dez anos, é preciso investir seis milhões de euros para manter a praia”. O presidente da junta de freguesia, Telmo Pinto, perplexo, comentou: “Estamos dependentes do turismo, e sem praia não há turistas”. Da plateia, uma das convidadas para o debate defendeu a necessidade de prosseguir com a construção de mais esporões, a nascente, sugerindo que essa poderia ser a solução a replicar por toda a costa. O director regional da APA discordou: “Podia resolver-se um caso pontual, mas deslocava-se-se o problema para outro síto”, disse. No mesmo sentido, ao PÚBLICO, Alveirinho Dias, afirmou: “Há mais de meio século que se conhece o resultado da construção de esporões — os problemas do litoral não estão relacionados com a dinâmica costeira, o problema está na ocupação do território em zonas de risco”.
REFERÊNCIAS:
Ambientalistas preocupados com as escolhas de Juncker para a Comissão Europeia
Carta enviada ao novo presidente fala em "despromoção" e "retrocesso" das políticas ambientais. (...)

Ambientalistas preocupados com as escolhas de Juncker para a Comissão Europeia
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Carta enviada ao novo presidente fala em "despromoção" e "retrocesso" das políticas ambientais.
TEXTO: Os ambientalistas europeus temem o pior na sua área com a escolha nova equipa da Comissão Europeia liderada por Jean-Claude Juncker. Numa carta ao novo presidente da Comissão, que substituirá Durão Barroso em Novembro, dez organizações ambientalistas de âmbito europeu manifestam “graves preocupações” com as escolhas de Juncker, alegando que elas revelam “um sério rebaixamento do ambiente” e o risco de um retrocesso em políticas já estabelecidas. A carta é subscrita, entre outras, pela Greenpeace, Amigos da Terra, WWF, European Environmental Bureau e Climate Action Network. Uma das suas principais preocupações é a junção da pasta do ambiente – hoje exclusivamente a cargo de um comissário – com a dos assuntos marítimos e das pescas. Isto, segundo o documento, “representa uma clara despromoção das questões ambientais na ordem de prioridades políticas”. Jean-Claude Juncker escolheu para liderar esta pasta o maltês Karmenu Vella, que não tem experiência conhecida nesta área. Malta tem sido criticada por várias organizações por permitir a caça de milhares de aves migratórias na Primavera, uma prática proibida na União Europeia mas ali permitida devido a um regime de excepção. Os ambientalistas dizem que Vella, uma vez nomeado comissário, estará em boa posição para alterar a legislação europeia em favor daquela prática. Os ambientalistas não gostaram também da indicação do espanhol Miguel Arias Cañete para liderar a pasta do clima, agora unida à da energia, junção também que inquieta as organizações que assinam a carta. Cañete tem sido apontado como tendo “ligações” ao mundo dos combustíveis fósseis, detendo acções de companhias do sector petrolífero. Na nova comissão de Juncker, o trabalho de 20 comissários estará subordinado à coordenação de sete vice-presidentes. A pasta do clima e da energia estará sob a tutela directa da vice-presidência para união energética. Isto pode significar, segundo os ambientalistas, “que a acção climática está subordinada a considerações do mercado energético”. A carta tem o apoio da associação portuguesa Quercus, que é membro de duas federações que a assinam. Em Portugal, a Quercus chegou a adoptar posições distintas das que estão agora no documento. Aplaudiu, por exemplo, a junção do ambiente com a agricultura e o mar no início do Governo de Pedro Passos Coelho e também a união posterior do ambiente com a energia. Nuno Sequeira, presidente da Quercus, diz que no primeiro caso a ideia não deu certo. “Depois de dois anos, o ambiente acabou por ser engolido pela agricultura”, afirma. Quanto ao clima e a energia, Sequeira entende que, num momento em que a Europa tem grandes desafios à frente quanto à sua política climática, “seria muito importante haver uma divisão clara”. O desenvolvimento sustentável, a eficiência de recursos, a economia verde, nada disso está nos mandatos dos vice-presidentes, alerta a carta dos ambientalistas europeus. Isto significa que a comissão “vai trabalhar com base no paradigma ultrapassado do crescimento económico”, completa o documento.
REFERÊNCIAS:
No sábado há caça às hastes na Tapada de Mafra
Veados e gamos perdem as hastes na Primavera e os visitantes podem ajudar a encontrá-las. (...)

No sábado há caça às hastes na Tapada de Mafra
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Veados e gamos perdem as hastes na Primavera e os visitantes podem ajudar a encontrá-las.
TEXTO: O exercício tem um nível de dificuldade semelhante ao da série infanto-juvenil “Onde está o Wally”, mas o desafio é outro: em vez de tentar encontrar um rapaz vestido com camisola e gorro às riscas vermelhas e brancas no meio de uma multidão, o objectivo é encontrar hastes de veados caídas no meio da floresta, na Tapada Nacional de Mafra. A tarefa, garantem os biólogos, não é fácil. No próximo sábado, os visitantes da Tapada podem participar na “Caça às Hastes”, uma iniciativa que aproveita o início do desmoque (queda das hastes dos veados e dos gamos), que ocorre sempre na Primavera, para atrair mais turistas à floresta. “Não é tarefa fácil encontrar as hastes, mas é uma actividade muito divertida, porque pode cair só a esquerda e os animais têm ainda a direita na cabeça e as hastes podem cair em qualquer lado do mato, por isso os visitantes vão poder sair dos trilhos e percorrer os locais por onde andam os animais", explica à Lusa a bióloga Margarida Gago, da Tapada. Os animais “ficam envergonhados” quando perdem uma das hastes e costumam bater com a outra nos arbustos para que ela se solte. Segundo Margarida Gago, as hastes "caem primeiro aos mais velhos e os jovens permanecem mais tempo com elas, por isso, nesta altura, percebe-se que quem manda ou quem come primeiro são os mais jovens e não os mais velhos e há aqui uma troca de papéis. Como as hastes estão em crescimento, também não há lutas". Depois de analisadas pelos biólogos, as hastes podem ser adquiridas pelos visitantes, podendo ser usadas como cabides, para decoração de casas mais rústicas, para fazer cabos de navalhas ou servirem de suplemento alimentar a outros animais. E há hastes para todos os gostos: ramificadas no caso dos veados e espalmadas no caso dos gamos. Por terem uma cor semelhante à do solo e aspecto parecido com os galhos das árvores, as hastes são difíceis de encontrar mas é através da sua recolha que os biólogos estudam a população de cervídeos existente na mata, que ronda as duas centenas no caso dos gamos e meia centena de veados. As fêmeas estão em maioria. Os interessados podem inscrever-se nesta actividade, que dura duas horas, através do email geral@tapadademafra. pt. A participação custa cinco euros por pessoa ou 17 euros por família (dois adultos e duas crianças até aos 12 anos). Em 2014, a Tapada aumentou em mais de 18% o número de visitantes, tendo sido visitada por cerca de 51 mil pessoas, contra as 43 mil de 2013. Este aumento deve-se a uma estratégia para atrair visitantes à "floresta encantada", proporcionando actividades que captem diferentes tipos de turistas durante todo o ano. A oferta de novas experiências aos visitantes, como ateliês de apicultura, percursos de geocaching, ensino de treino de uma ave de rapina como se fosse um falcoeiro ou observação de aves, num total de 20 actividades diferentes, contribuiu também para esse aumento.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aves
Romance de estreia de Ana Margarida de Carvalho ganha Grande Prémio da APE
História que cruza a geração dos resistentes ao fascismo com a que cresceu em democracia, Que Importa a Fúria do Mar foi eleito por unanimidade entre mais de uma centena de romances. (...)

Romance de estreia de Ana Margarida de Carvalho ganha Grande Prémio da APE
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.4
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: História que cruza a geração dos resistentes ao fascismo com a que cresceu em democracia, Que Importa a Fúria do Mar foi eleito por unanimidade entre mais de uma centena de romances.
TEXTO: Que Importa a Fúria do Mar, de Ana Margarida de Carvalho, venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), tendo sido escolhido por unanimidade, entre os 107 livros admitidos a concurso, por um júri composto por José Correia Tavares, Annabela Rita, Cândido Oliveira Martins, José Manuel de Vasconcelos, Teresa Carvalho e Vergílio Alberto Vieira. Romance de estreia da autora, a acção de Que Importa a Fúria do Mar (Teorema, 2013) inicia-se em 1934, após a célebre revolta operária de 18 Janeiro desse ano, na Marinha Grande, e parte de uma cena em que um homem lança um maço de cartas da janela de um comboio, esperando que alguém as faça chegar à mulher para quem foram escritas. O homem, que se chama Joaquim, foi detido na sequência da revolta de 1934 e irá integrar a leva de prisioneiros políticos que inaugura o campo do Tarrafal, em Cabo Verde. Muitos anos depois, Joaquim será entrevistado por uma jornalista, Eugénia, na qual se adivinha um alter-ego da autora, que trabalha actualmente na revista Visão, e que já tinha uma longa carreira na imprensa (reconhecida com vários prémios) quando se aventurou a escrever o seu primeiro romance. Após ter estado entre os finalistas do prémio LeYa, Que Importa a Fúria do Mar ganhou agora o da APE, no valor de 15 mil euros, um prémio estreado em 1982 com A Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires, e entre cujos anteriores vencedores se conta também o pai da Ana Margarida Carvalho, o romancista Mário de Carvalho, premiado em 1994 pelo romance Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde. Entrevistada para o PÚBLICO por Isabel Lucas, por ocasião do lançamento de Que Importa a Fúria do Mar, um livro que cruza a geração dos resistentes ao fascismo com a que já iniciou a sua vida adulta em democracia, Ana Margarida Carvalho falava com entusiasmo do prazer que fora experimentar a “imensa liberdade na forma” que a ficção permite, por contraste com a escrita jornalística, mas mostrava também um desarmante, e hoje cada vez mais raro, espírito autocrítico, afirmando, por exemplo, que ficava contente se as pessoas gostavam do livro, mas que lhe parecia “cheio de imperfeições”, e que evitava relê-lo para não ver alguns “erros de principiante” que achava ter feito. E quantos escritores confessariam como ela, sem rebuço, que gostam de dicionários e escrevem com eles por perto? A sorte de autora foi não ter sido chamada a julgar em causa própria, ou teria ganho na mesma o prémio da APE, mas não decerto por unanimidade. Prémios Pen ClubeTambém o Pen ClubePortuguês anunciou esta quinta-feira os prémios PEN para obras publicadas em 2013, cujos júris optaram por escolher dois vencedores ex aequo em todas as categorias à excepção da de Ensaio, conquistada pelo livro Para que Serve a História? (Tinta-da-China), do historiador Diogo Ramada Curto, também crítico do PÚBLICO. Gastão Cruz e Golgona Anghel dividiram o prémio de poesia, respectivamente com Fogo (Assírio & Alvim) e Como Uma Flor de Plástico na Montra de Um Talho (Assírio & Alvim), e o de narrativa foi atribuído ex aequo a Ana Luísa Amaral, por Ara (Sextante) e Bruno Vieira Amaral, pelo romance As Primeiras Coisas (Quetzal). Também na categoria de primeiras obras, o prémio foi dividido, consagrando Ensaio sobre o Pensamento Estético de Adorno (Vendaval), de João Pedro Cachopo, e o livro de poemas Cinza (Tinta da China), de Rosa Oliveira. João David Pinto-Correia, Fernando Martinho e Pedro Eiras compuseram o júri de poesia, Maria João Cantinho, Paula Morão e Nuno Crespo o de ensaio, e o de narrativa incluiu Teresa Salema, Vítor Viçoso, Filipa Melo. O prémio para primeiras obras é atribuído por elementos dos júris das categorias anteriores.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo mulher homem cães
Pratos à base de catacuzes, espargos e carrasquinhas abrem o apetite em Alvito
Fim-de-semana gastronómico promove pratos tradicionais do Alentejo, confeccionados com estas ervas aromáticas. (...)

Pratos à base de catacuzes, espargos e carrasquinhas abrem o apetite em Alvito
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Fim-de-semana gastronómico promove pratos tradicionais do Alentejo, confeccionados com estas ervas aromáticas.
TEXTO: Pratos à base de catacuzes, espargos e carrasquinhas vão abrir o apetite e enriquecer ementas de dez restaurantes no concelho de Alvito (Beja) neste fim-de-semana, numa iniciativa gastronómica dedicada às ervas tradicionalmente usadas na cozinha alentejana. Esta iniciativa, promovida pela Câmara de Alvito, faz parte do ciclo gastronómico "As Ervas da Baronia", que pretende promover a gastronomia alentejana à base de ervas típicas da região e dinamizar o sector da restauração e a economia do concelho. Açorda de catacuzes com bacalhau ou queijo, migas de espargos com carne de alguidar e cozido de grão com carrasquinhas são alguns dos manjares que os apreciadores de ervas aromáticas poderão degustar durante o fim-de-semana nos restaurantes aderentes. A iniciativa inclui também o 1. º Workshop "Ervas de Comer", no sábado, no mercado municipal da vila, onde especialistas da Escola Profissional de Alvito vão confeccionar pratos à base de catacuzes, espargos e carrasquinhas. O ciclo "As Ervas da Baronia" inclui três iniciativas gastronómicas ao longo do ano. Além desta, decorre uma segunda em Junho, dedicada às beldroegas, enquanto a terceira está agendada para Outubro, dedicada aos poejos, coentros e hortelãs.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola carne
PSD preocupado com baixos caudais no Tejo e com o açude de Abrantes
Deputados de Santarém questionaram o Ministério do Ambiente sobre o tema e querem apurar responsabilidades sobre a morte de uma tonelada de peixes na semana passada. (...)

PSD preocupado com baixos caudais no Tejo e com o açude de Abrantes
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Deputados de Santarém questionaram o Ministério do Ambiente sobre o tema e querem apurar responsabilidades sobre a morte de uma tonelada de peixes na semana passada.
TEXTO: Os deputados do PSD eleitos por Santarém questionaram nesta sexta-feira o Ministério do Ambiente sobre a "escassez do caudal" do rio Tejo "ao longo do distrito" e sobre a "operacionalidade da escada 'passa peixe' do açude" de Abrantes. No conjunto de perguntas dirigidas ao ministro Jorge Moreira da Silva, os deputados do PSD enumeram os vários problemas que têm vindo a público nos últimos tempos: "escassez do caudal" no Tejo, "aparentes variações" do caudal do rio ao longo do distrito de Santarém; "morte de cerca de uma tonelada de peixes" junto ao açude de Abrantes e "falta de manutenção" deste equipamento que, na opinião dos deputados, "alterou significativamente as condições naturais do curso de água". "Segundo vários populares, pescadores e ambientalistas, ter-se-á registado um elevado número de mortes de peixes na última semana (de 30 de Março a 4 Abril) por razões ainda desconhecidas", sublinham. Esta situação foi confirmada à Lusa pelo vereador responsável pelo Ambiente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, segundo o qual o nível do caudal do rio Tejo estava "extraordinariamente baixo" naquela altura. "Deve ter existido uma descarga acentuada de água por parte de uma barragem, que fez com que a água entrasse na escada 'passa peixe', seguido de um abaixamento repentino, o que levou a que os peixes ficassem ali reféns e sem água, acabando por morrer", advogou o autarca. Na reunião de executivo da Câmara de Abrantes, realizada nesta terça-feira, Manuel Valamatos reiterou a preocupação com os baixos caudais do rio, tendo admitido a existência de "alguns problemas" de operacionalidade nas comportas da escada 'passa peixe', situação que atribuiu a "actos de vandalismo". O deputado Duarte Marques, um dos subscritores das perguntas enviadas ao Governo, disse à Lusa estar "preocupado com a situação descrita", razão que sustenta o conjunto de questões dirigidas ao ministro do Ambiente. "Esta nossa iniciativa pretende aferir responsabilidades neste processo onde morreu uma tonelada de peixe, responsabilizar quem não efectuou a respetiva manutenção do açude, que acreditamos ser responsabilidade da autarquia de Abrantes, e saber que diligências tomou a Agência do Ambiente para fiscalizar a situação", destacou. "Caso se confirme a falta de manutenção no açude, ou da eficiência do mesmo, considera o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia existir enquadramento no PT 2020 [novo programa de financiamentos com fundos comunitários] ou no próprio Orçamento de Estado para as autoridades competentes corrigirem os eventuais erros existentes?", perguntam os deputados. Duarte Marques disse ainda que, quanto ao caudal do rio Tejo, o PSD quis "alertar oficialmente o Ministro do Ambiente, saber se Espanha está a violar o acordo, e pressionar o Governo para intervir junto da EDP e do Governo espanhol para encontrar uma solução que normalize o caudal do Tejo".
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD