Teatro Thalia e arte gráfica do DocLisboa nomeados para os Prémios do Museu do Design de Londres
A recuperação do Teatro Thalia, do atelier de Gonçalo Byrne e de Barbas Lopes Arquitectos, está nomeado na categoria Arquitectura. A identidade gráfica do DocLisboa, pelo designer Pedro Nora, na categoria Grafismo. (...)

Teatro Thalia e arte gráfica do DocLisboa nomeados para os Prémios do Museu do Design de Londres
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-17 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20130117160326/http://www.publico.pt/cultura/noticia/sfsfsf-1580753
SUMÁRIO: A recuperação do Teatro Thalia, do atelier de Gonçalo Byrne e de Barbas Lopes Arquitectos, está nomeado na categoria Arquitectura. A identidade gráfica do DocLisboa, pelo designer Pedro Nora, na categoria Grafismo.
TEXTO: Os 90 trabalhos nomeados em sete categorias (para além das duas já referidas, Digital, Moda, Mobiliário, Produto e Transportes) serão apresentados numa exposição no Museu do Design de 20 de Março a 7 de Julho. Em Abril serão anunciados os vencedores em cada uma das categorias, e um vencedor geral. Dois projectos portugueses estão entre os nomeados pelo Museu do Design de Londres para os Prémios de Design 2013, anunciados ontem: a recuperação do Teatro Thalia, em Lisboa, do atelier de arquitectura de Gonçalo Byrne e de Barbas Lopes Arquitectos (categoria Arquitectura); e a identidade visual do festival de cinema de documentário DocLisboa, da autoria de Pedro Nora (categoria Grafismo), designer e autor de banda desenhada, nascido em 1977 em Vila Nova de GaiaEntre os nomeados na categoria de Arquitectura destacam-se nomes como o de Renzo Piano, com o edifício The Shard, e Zaha Hadid, com os edifícios Galaxy Soho e Liquid Glacial Table. O Teatro Thalia, situado junto ao Jardim Zoológico de Lisboa, é um edifício de meados do século XIX, usado para representações de óperas, e que se encontrava em ruínas há décadas. A recuperação agora feita, e que mantém sinais da destruição no interior, permite que o teatro seja novamente utilizado como sala para espectáculos, conferências ou exposições. O trabalho de Pedro Nora, por sua vez surge ao lado do de Anish Kapoor (Zumtobel Annual Report), do de Irma Boom, responsável pela nova identidade gráfica do Rijksmuseum, que reabre este ano, ou do de John Morgan, que fez o mesmo para a Bienal de Veneza. O arquitecto Diogo Seixas Lopes, da Barbas Lopes Arquitectos, co-autor da recuperação do Teatro Thalia, reage com natural satisfação à nomeação. “O significado primeiro, e mais pessoal, é sentir o nosso trabalho, o do Gonçalo Byrne, da Patrícia [Barbas] e o meu, reconhecido”, diz. “Também é para isto que as instituições [como o Design Museum] servem”, acrescenta, explicando: “Sentimos que há instituições que têm a capacidade de observar o que não está imediatamente ao alcance”. A recuperação do Teatro Thalia, assinala, “é uma obra periférica tendo em conta o resto dos nomes da lista. Só através dos meios institucionais, [o júri] pode saber que existia. Depois, teve a força suficiente para se poder nomear. ”A obra, uma encomenda do agora Ministério da Educação e Ciência, então Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, quando dirigido por Mariano Gago, está inserida “numa tradição da disciplina da arquitectura portuguesa dos últimos quarenta anos”. Define Seixas Lopes: “Uma materialidade muito táctil, o montar em função do que encontrámos naquele lugar. ” A encomenda sugeria a preservação da ruína do edifício que, estando em pé há século e meio, se encontrava em risco de colapso. Foi esse o ponto de partida. A solução, o “encapsular a ruína em betão”, deixa uma leitura. “A posteriori”, salvaguarda o arquitecto, “há um valor alegórico, o pensar que o teatro foi um lugar de fausto, de luxo e de festas que ruiu, mas que apesar de tudo teve uma segunda oportunidade”. O espaço estará agora vocacionado para uso privado do Ministério, mas Seixas Lopes espera que “através da salvaguarda da memória aquele vazio seja capaz de criar uma espécie de pressão para o seu uso público”. A acústica e a disposição espacial tornam-no adequado para as mais diversas utilizações. “Pode servir como estúdio de televisão, para passerelle, para uma missa ou um tribunal, como espaço para concertos”, destaca, revelando que o artista plástico João Onofre, por exemplo, já terá apresentado propostas para utilizar futuramente o teatro. Nomeado para a categoria Grafismo, Pedro Nora diz que pretendeu criar para o Doc Lisboa 2012 uma “imagem que espelhasse descontinuidade com a identidade desenvolvida nos anos anteriores. ” O designer, ainda que “satisfeito pelo reconhecimento e visibilidade” que a nomeação lhe proporciona a si e ao festival, relativiza-a. Considera “gratificante” apresentar-se num “contexto internacional e ao lado de colegas que muito prezo”, mas entende a nomeação “como um incentivo suplementar, em especial para a criação da identidade da edição 2013 do festival”. No cartaz que elaborou, bem como nos restantes elementos criados para o festival, são centrais imagens de rochas. Estas, explica, remetem para a ideia de ilhas. “Entendi que cada pedra poderia simbolizar um cineasta e consequentemente a sua singularidade, resistência e afirmação”. Reunindo todas aquelas ilhas dispersas, nasce um “arquipélago de singularidades”, um “espaço de afirmação cultural colectiva”. É isso que Nora entende que o cinema, “e em particular o cinema documental”, pode ser.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal educação espécie
Lima ajudou o Benfica a eliminar o detentor da Taça
O avançado brasileiro contribuiu com dois golos e uma assistência para a goleada dos “encarnados” em Coimbra. O jogo ficou sentenciado na primeira meia-hora. Segue-se o Paços de Ferreira nas meias-finais. (...)

Lima ajudou o Benfica a eliminar o detentor da Taça
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O avançado brasileiro contribuiu com dois golos e uma assistência para a goleada dos “encarnados” em Coimbra. O jogo ficou sentenciado na primeira meia-hora. Segue-se o Paços de Ferreira nas meias-finais.
TEXTO: A Taça de Portugal vai mudar de mãos. Com uma expressiva vitória (0-4) em Coimbra, que já estava muito bem encaminhada antes de estarem decorridos dez minutos, o Benfica acabou rapidamente com as esperanças da Académica de renovar o título obtido na temporada anterior. O clube de Lisboa qualificou-se sem problemas para as meias-finais, fase em que vai defrontar o Paços de Ferreira, a duas mãos. Lima, como tem acontecido esta época contra os “estudantes”, foi a grande figura dos “encarnados”, pois fez a assistência para Ola John inaugurar o marcador e marcou ele próprio os dois golos seguintes. Tudo antes de se cumprir a primeira meia hora de jogo no Estádio Cidade de Coimbra. Salvio fixou o resultado na segunda parte. Em relação ao “onze” que no domingo tinha empatado com o FC Porto na Luz, Jorge Jesus fez três alterações: Garay, Maxi Pereira e Gaitán saíram para dar a vaga a Luisão, André Almeida e Ola John. Artur, aplaudido pelos adeptos benfiquistas no aquecimento, que lhe perdoaram o erro contra os portistas, manteve-se na baliza, destacando-se num remate de João Real na segunda metade. Mas o guarda-redes que teve de estar mais atento ao jogo foi Peiser. O francês passou uma boa parte do primeiro tempo a ver a bola passar por si. Cardozo, com um minuto de jogo, rematou e só um corte perto da linha de baliza de João Dias — com a bola ainda a bater no ferro — evitou o golo visitante. Mas apenas por quatro minutos. Depois de um cruzamento da direita, Lima passou para John e este, à entrada da área, fez o 0-1, marcando pela segunda vez com a camisola do Benfica. O holandês também fez uma exibição muito positiva. No lance de perigo seguinte, aos 9’, as “águias” voltaram a facturar. O golo de Lima, na sequência de um canto e após assistência de Matic, deixou o jogo praticamente sentenciado. O Benfica estava muito bem e a Académica muito mal, com o meio-campo incapaz de estender o jogo e de impedir a progressão do adversário, e com a defesa a não conseguir acertar nas marcações. E com o encontro nestes termos, Lima voltou a mostrar que a Académica é o seu adversário preferido desde que se mudou de Braga para Lisboa. Aos 27’, lançado por um toque de cabeça de Enzo Pérez, fez um bonito chapéu a Peiser, o seu 15. º golo esta temporada — e o 5. º contra a Académica. O primeiro remate de perigo da equipa da casa só surgiu no minuto seguinte, através de Marinho. Cardozo falhou depois o quarto golo, mas o Benfica, que procura a primeira final da Taça de Portugal desde 2005, tinha o apuramento garantido antes do intervalo. Na segunda parte, os locais revelaram mais intenção e qualidade, mas as “águias”, que não perdem qualquer jogo no terreno da Académica desde 1973, controlaram os acontecimentos. Lima tentou o hat-trick num livre, mas foi Salvio o autor do quarto golo, numa jogada individual, antes de Kardec e Nico Gaitán desperdiçarem o 5-0. Depois de eliminar Freamunde, Moreirense, Desp. Aves e Académica, o Benfica irá agora discutir uma vaga na final com o Paços de Ferreira. O trajecto da Académica terminou mais cedo do que na época passada.
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Partidos LIVRE
O que precisamos de saber para combater a perda de biodiversidade
Uma equipa internacional de peritos, liderada por um português, propõe uma lista de parâmetros indispensáveis à boa monitorização das alterações da diversidade da vida na Terra. (...)

O que precisamos de saber para combater a perda de biodiversidade
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma equipa internacional de peritos, liderada por um português, propõe uma lista de parâmetros indispensáveis à boa monitorização das alterações da diversidade da vida na Terra.
TEXTO: Na próxima semana, em Bona, Alemanha, no primeiro plenário da Plataforma Intergovernamental para a Biodiversidade e os Serviços dos Ecossistemas (IPBES), o português Henrique Miguel Pereira e colegas de mais uma dezena de países vão apresentar a lista das “variáveis essenciais da biodiversidade” que, afirmam, é preciso medir para estudar a evolução da biodiversidade global e contrariar o seu declínio. E nesta sexta-feira, na revista Science, estes cientistas explicam como definiram as cerca de 30 variáveis. O IPBES, criado pela ONU em 2010, inspira-se no Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) das Nações Unidas. O IPCC definiu 50 variáveis essenciais do clima — e o IPBES vai agora fazer o mesmo. Porém, o estudo da biodiversidade apresenta problemas mais complexos do que o do clima, disse ao PÚBLICO Henrique Miguel Pereira, do Centro de Biologia Ambiental da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que tem desempenhado um papel pioneiro no IPBES. “Qualquer país, mesmo o mais pobre, tem pelo menos, no aeroporto, uma estação meteorológica, mas na biodiversidade há menos recursos. ”Mas por que é que, apesar de existir uma base de dados com toda a informação disponível (o Global Biodiversity Information Facility ou GBIF), a monitorização global da evolução das espécies animais e vegetais é, ainda hoje, inexequível? Porque persistem regiões inteiras sobre as quais não há praticamente dados nenhuns de alterações da biodiversidade. “Mesmo com todos os dados que temos, há lacunas incontornáveis. ”Só em 2009-2010 é que os peritos perceberam o problema. “Foi uma primeira epifania”, diz o cientista, que vinha falando disso há anos, sem conseguir convencer os seus colegas. Henrique Miguel Pereira foi de facto o primeiro “a chamar a atenção para a falta de dados”, num artigo publicado em 2006 na revista Trends in Ecology & Evolution — e era, desde 2009, o coordenador do grupo de monitorização das espécies terrestres do GEO BON (Group on Earth Observations Biodiversity Observation Network). A estratégia agora apresentada na Science consiste em concentrar os esforços, não na descoberta de novas espécies, mas no estudo da evolução de um conjunto de espécies já conhecidas, “repetindo, nos mesmos locais, as medições que foram feitas há 30 a 40 anos”, diz o investigador. Para mais, cada país tem aplicado o seu próprio esquema de monitorização, tornando igualmente impraticável a integração dos resultados. A definição de variáveis essenciais, aplicáveis a todas as iniciativas locais, irá resolver este problema. Uma das variáveis é a diversidade genética. Uma outra, talvez a mais essencial, é o número de elementos de cada espécie. Para fazer essa contagem, os cientistas esperam a participação de “cidadãos-cientistas” — amadores da observação das aves ou das borboletas, por exemplo. Uma prova da eficácia da participação cidadã, frisa Henrique Miguel Pereira, tem sido o recenseamento na Europa, desde os anos 1980, das espécies comuns de aves (Pan-European Common Bird Indicator) — no qual participam 25 países europeus, incluindo Portugal. Ficou-se assim a saber que, em três décadas, o número de indivíduos de cada espécie diminuiu para menos de metade. O que poderá ter um grande impacto ambiental, uma vez que “os serviços que as aves prestam ao ecossistema serão afectados”, diz o cientista. A lista das variáveis ainda não está fechada, mas Henrique Miguel Pereira espera reunir consenso em Bona — e tê-la pronta no fim do ano. Notícia corrigida às 9h50 de 18. 01. 2013. Correcção diz respeito ao cargo que Henrique Miguel Pereira ocupava em 2009, referido no quarto parágrafo.
REFERÊNCIAS:
Partidos PAN
Cinema: o que aí vem
Escolhas de Jorge Mourinha, Luís Miguel Oliveira e Vasco Câmara (...)

Cinema: o que aí vem
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Escolhas de Jorge Mourinha, Luís Miguel Oliveira e Vasco Câmara
TEXTO: Matteo Garrone à porta do Big BrotherÉ bonito ver Matteo Garrone driblar o grotesco em Reality, que chega para a semana: menos um filme sobre o Big Brother do que sobre o que se passa na cabeça de uma personagem que sonha com a entrada na casa e conforma a sua "realidade" a essa obsessão. Nada a ver com o filme de denúncia. Investe em aproximar-se de uma família napolitana, num balanço delicado que luta para ser estabelecido. Ouve-se uma voz selvagem e frágil, fantasiosa e apocalíptica: a de um património que construíram Risi, Monicelli ou Fellini. Willis, Schwarzenegger e Stallone ainda estão para as curvasO calendário junta os três nomes-chave do cinema de acção dos anos 1980 no primeiro trimestre do ano. Primeiro, é Bruce Willis, o único que tem mantido carreira regular, de regresso para o quinto episódio da saga de John McClane, agora sob a direcção do irlandês John Moore: Die Hard - Nunca É um Bom Dia para Morrer chega às salas portuguesas a 14 de Fevereiro. No final do mês, será a vez de Arnold Schwarzenegger, terminadas as suas aventuras políticas, retomar a sua carreira de vedeta, no papel de um xerife às voltas com um cartel de droga em The Last Stand, primeira realização americana do coreano Kim Jee-Woon. Finalmente, em Março, é Stallone com Bullet in the Head, dirigido por um outro veterano, Walter Hill. A perplexidade segundo Paul Thomas AndersonEra o regresso mais aguardado de um cineasta americano nos últimos anos - mas, uma vez desvendado ao mundo em Veneza 2012, O Mentor, de Paul Thomas Anderson, deixou os observadores perplexos mais do que rendidos. A história de um veterano da Segunda Guerra Mundial que se rende à filosofia de um guru new-age modelado no fundador da Cientologia L. Ron Hubbard perdeu lentamente o seu favoritismo para a temporada dos Oscares à medida que os críticos coçavam a cabeça a tentar perceber o que é O Mentor. Mas aquele que é um dos mais intrigantes filmes americanos recentes precisa de tempo para revelar o seu charme malsão. Estreia (se não houver mais atrasos) a 7 de Fevereiro. Hitchcock em grandeCoincidindo com a consagração de Vertigo, Hitchcock é redescoberto como personagem de cinema. Hitchcock, de Sasha Gervasi, relata a rodagem de Psico como uma visita guiada aos fantasmas pessoais de Alfred - mas não passa da anedota. Anthony Hopkins dá corpo (e muita maquilhagem) ao velho perverso, fazendo dele um bonequinho de desenhos animados, uma criança grande e razinza. Helen Mirren é Alma Reville (a mulher de Hitch), Scarlett Johansson faz de Janet Leigh (a actriz de Psico). Estreia a 7 de Fevereiro. Por essa altura Psico será reposto em sala, pelo mesmo distribuidor de Vertigo. Vinterberg e a emasculação do homem escandinavoÉ um filme que nada nos diz de novo sobre a forma como a mentira se espalha como um vírus numa pequena cidade - um quarentão está a refazer a sua vida e a relação com o filho, quando começa a espalhar-se o rumor de que abusou sexualmente de crianças. Será um tipo de ficção preparada para problematizar um "caso da vida". Mas The Hunt começa por ser um susto. . . pelas crianças, sempre as vítimas a proteger e aqui sempre capazes da mentira. Depois, é filmado em estado de agitação pelo contacto com a intimidade. O actor Mads Mikkelsen prestou-se a ser cúmplice de Vinterberg na subversão da sua persona hipermasculina: o retrato do emasculado "homem escandinavo". Chega em Abril. Coreia em Hollywood2013 parece ser o ano em que o flirt de Hollywood com o cinema da Coreia do Sul chega a vias de facto. Não só porque será este ano que chega às salas o muito falado remake de Old Boy, de Park Chan-Wook, entregue aos bons cuidados de Spike Lee (estreia americana em Outubro). É, sobretudo, porque é o ano em que dois dos realizadores mais falados da nova vaga coreana assinam as suas estreias americanas. Park Chan-wook, ele mesmo de Old Boy e Thirst, atira-se aos prazeres do melodrama gótico em Stoker, com Matthew Goode como o misterioso parente afastado de Nicole Kidman e Mia Wasikowska (estreia americana em Março, sem data para Portugal). Por seu lado, Kim Jee-woon (Doce Tortura, Eu Vi o Diabo) dirige Arnold Schwarzenegger no policial The Last Stand (estreia em Fevereiro). Portugueses rarosCom a produção parada há mais de um ano, não devem ser muitos os filmes portugueses que há para estrear em 2013. Um deles é A Última Vez que Vi Macau, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, documentário macaense atravessado pela memória do film noir, ou talvez vice-versa, film noir atravessado, como uma assombração, pelos cenários da Macau contemporânea. Estreia ainda sem data. Outro português para estes primeiros meses é Quarta Divisão, de Joaquim Leitão (28 de Fevereiro). É uma história centrada no desaparecimento de um miúdo de nove anos, e o mínimo que desejamos é que Leitão recupere a forma de 20, 13, . Di Caprio e Gosling: as diferençasEm comum, têm o passado de actores-criança, o talento de gestão de carreira e o aspecto de ai-Jesus sentimental. Boas notícias para as fãs, os dois vão passar o ano a aparecer nos écrãs. Di Caprio chega primeiro, dia 24, com o seu vilão de opereta no Django Libertado de Tarantino; em Maio, vamos vê-lo a dar corpo ao Jay Gatsby de Scott Fitzgerald na adaptação 3D de O Grande Gatsby por Baz Luhrmann; até ao final do ano, será o reencontro com Scorsese para The Wolf of Wall Street, baseado na história do corretor da bolsa Jordan Belfort. Gosling não lhe ficará atrás: começa o ano como um dos polícias da Los Angeles dos anos 1940 em Força Anti-Crime, de Ruben Fleischer (7 de Fevereiro), antes de seguir para duas "dobradinhas" com realizadores que lhe deram papéis icónicos. Primeiro, Derek Cianfrance, de Blue Valentine - Só Tu e Eu, como um motociclista em apuros com a lei em The Place Beyond the Pines (estreia americana em Março). Depois, será a vez de Nicolas Winding Refn (Drive - Duplo Risco), para quem será um detective ligado ao boxe tailandês em Only God Forgives, do qual se fala para Cannes em Maio. Wong Kar-Wai regressaÉ um dos regressos que mais deixa os cinéfilos a salivar em 2013: Wong Kar-wai, cinco anos depois da aventura americana de O Sabor do Amor, retorna a Hong Kong e ao wu xia pian que lhe inspirou Ashes of Time para The Grandmaster, a história do mestre de artes marciais que ensinou Bruce Lee. A estreia terá lugar em Fevereiro no Festival de Berlim, onde vão também iniciar carreiras europeias os novos filmes de dois veteranos indie americanos: Gus van Sant (Promised Land, escrito e interpretado por Matt Damon e John Krasinski) e Noah Baumbach (Frances Ha, comédia co-escrita com e interpretada pela sua nova musa e companheira Greta Gerwig). Encontros imediatos com Carlos ReygadasPost Tenebras Lux começa com crianças a certificarem a existência do mundo que está a ser criado: "Árvores! Burros! Cães!". Podia ser os Encontros Imediatos do Terceiro Grau, onde um miúdo se extasiava com os Toys! Toys! do espaço É isso, encontros imediatos com o inconsciente de Reygadas, com fantasmas de home movie, pesadelo mexicano e até um diabo extraterrestre. Há dois mundos em contacto e em choque, em Post Tenebras Lux, o da cidade e o do campo, num movimento de aniquilação. Reygadas diz que o filme lhe saiu "directamente do inconsciente", das profundezas da infância e das imagens de pesadelos que a sociedade do seu país inculcou. Estreia em AbrilCantet no femininoO que fazer a seguir a uma Palma de Ouro? Talvez fugir para outro continente. Foi o que fez o francês Laurent Cantet: depois de A Turma, foi à América do Norte adaptar, de Joyce Carol Oates, Foxfire: Confessions of a Girl Gang. Atraído pela aventura de rebeldia e reafirmação de um grupo de adolescentes, na América dos anos 50, que Oates descreve; fascinado pelo trabalho com jovens estreantes, como se aplicasse noutro contexto os métodos que utilizou com os intérpretes de A Turma. Bigelow ainda em guerraKathryn Bigelow apresenta o seu primeiro filme depois do Óscar ganho com The Hurt Locker, e continua às voltas com as consequências do 11 de Setembro. Depois da Guerra do Iraque, Zero Dark Thirty conta a caçada a Osama Bin Laden, num projecto que teve que ser parcialmente alterado depois de Bigelow ter sido ultrapassada pela realidade (já a produção ia avançada quando Obama veio à televisão dizer que tinha apanhado Osama). Jessica Chastain encabeça o elenco, no papel de uma investigadora da CIA. No papel, Zero Dark Thirty tem tudo para ser tão bom como o melhor que Bigelow já fez. A 17 de Janeiro saberemos. O velho Sr. LincolnÉ um dos favoritos para os óscares, e em Portugal estreia a 31 de Janeiro. Spielberg atira-se a um dos grandes símbolos dos EUA: Abraham Lincoln. E tem, claro, que se haver com a sombra dos maiores entre os maiores: Griffith e Ford, autores de insuperáveis elegias lincolnianas. O mais curioso é o modo como faz esse reconhecimento (abrindo numa hipótese de raccord sonoro com o final do Young Mr Lincoln de Ford), trabalhando o filme em tom quase reverencial, e abandonando a grandiloquência balofa de Cavalo de Guerra. Está longe de ser uma obra-prima. Mas desde que Spielberg passou a ir todas (ele é Tintim, ele é a I Guerra, ele é Lincoln) é capaz de ser o seu filme mais visível. A árvore de MalickTerrence Malick agora não pára. To the Wonder é o rapidíssimo sucessor de A Árvore da Vida, e nunca Malick tinha sido tão lesto com um novo filme. Mas não está a ser um sucesso, e a passagem em Veneza deixou (quase) toda a gente desapontada. Vai estrear nos EUA em Abril, e ainda não tem data para Portugal. Carrie século XXIKimberley Peirce, a realizadora de Boys Don't Cry, é a improvável responsável pelo remake de um dos mais "icónicos" filmes de terror dos anos 70: Carrie, de Brian de Palma. Chloe Grace Moretz não parece mal escolhida para o papel que foi de Sissy Spacek, e a mãe (Piper Laurie no original) é agora Julianne Moore. Ver-se-á em Março (estreia americana) o que sai daqui.
REFERÊNCIAS:
Neve fecha algumas estradas em todo o interior Norte do país
Na A24 os limpa-neves estão a tentar manter desbloqueado o troço que liga Castro Daire a Lamego. (...)

Neve fecha algumas estradas em todo o interior Norte do país
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-22 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20130122160318/http://www.publico.pt/1581611
SUMÁRIO: Na A24 os limpa-neves estão a tentar manter desbloqueado o troço que liga Castro Daire a Lamego.
TEXTO: A neve que tem caído um pouco por todo o interior do Norte e Centro do país já começou a afectar as acessibilidades, segundo os vários Centros Distritais de Operações de Socorro (CDOS) contactados pelo PÚBLICO. No distrito de Viana do Castelo, a neve que caiu no concelho de Melgaço levou ao corte das Estradas Municipais (EM) 202 e 202-3 que ligam a vila de Melgaço a Lamas de Mouro e a Castro Laboreiro, respectivamente. Em Ponte da Barca, apesar da neve que tem caído com alguma intensidade, ainda se circula com normalidade, informou o CDOS de Viana do Castelo. Em Bragança, as estradas mais condicionadas pela neve são a Estrada Nacional (EN) 103, entre Vinhais e Rebordelo, bem como a 308, entre Bragança e Dine, a 316, entre o Zoio e Ousilhão, ambas na serra da Nogueira, a 201, no Alto da Serra da Luz, entre Cicouro e Ifanes, no concelho de Miranda do Douro. A EN 315 foi também bastante afectada pela neve, em particular no troço entre Sambade e Afândega da Fé, referiu o CDOS de BragançaEm Vila Real, as EM 312, em Lordelo, e a 304 em Campeã estão encerradas, bem como a EN 15, em Murça, e a EN 311 que liga Boticas a Salto, segundo o CDOS de Vila Real. O IP4 esteve fechado entre as 10h e as 11h da manhã desta terça-feira, tendo já sido reaberto. Em Viseu, são também várias as estradas afectadas. As estradas nacionais cortadas são a EN 321, que liga Castro Daire a Cinfães, e a EN 329, entre Touro e Moimenta da Beira. Relativamente às estradas municipais do distrito, as EM 563-1 entre Bigorne e Resende, a EM 554 entre São Cipriano, Resende e Bigorne e a EM 1039, entre Porto da Nave, Alvite e Moimenta da Beira, a EM entre Nacomba e o Carapito, a EM 515-2 entre Chavães e Sendim, em Tabuaço, estão fechadas ao trânsito. Também com condicionamento e em processo de salga por quatro limpa-neves estão a A24, no troço que liga Castro Daire a Lamego, e a EN 2 que liga as mesmas localidades, informou o CDOS de Viseu. Na Guarda, estão fechadas todas as estradas do maciço central, como as EN 339 e EM 338, que ligam a Covilhã a Seia e a Manteigas. Há condicionamento no concelho do Sabugal, bem como na EN 226, que liga Trancoso a Ponte do Abade, referiu o CDOS da Guarda.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave touro
Eurogrupo vai "estudar problemas" potenciais de aumento dos prazos dos empréstimos a Portugal
Vítor Gaspar pediu mais tempo para pagar os empréstimos de Portugal e diz que recebeu "afirmações de apoio e suporte" dos parceiros. (...)

Eurogrupo vai "estudar problemas" potenciais de aumento dos prazos dos empréstimos a Portugal
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-22 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20130122160318/http://www.publico.pt/1581556
SUMÁRIO: Vítor Gaspar pediu mais tempo para pagar os empréstimos de Portugal e diz que recebeu "afirmações de apoio e suporte" dos parceiros.
TEXTO: Os ministros das Finanças da zona euro aceitaram nesta segunda-feira estudar a possibilidade de prolongar os prazos fixados para o reembolso dos empréstimos do fundo europeu de estabilidade financeira (EFSF) a Portugal, na linha do que acordaram em Novembro para a Grécia. A promessa, por enquanto sem detalhes, foi feita a pedido do ministro português, Vítor Gaspar, que argumentou com o facto de Portugal estar a cumprir as metas de consolidação orçamental com que se comprometeu no programa de ajustamento que acompanha os empréstimos europeus. Esta posição foi concertada com o ministro irlandês das finanças, Michael Noonan, que reivindicou o mesmo tratamento. Segundo Gaspar, o pedido recebeu "afirmações de apoio e suporte" dos parceiros. Jean-Claude Juncker, que nesta segunda-feira presidiu pela última vez ao eurogrupo depois de oito anos no cargo, limitou-se por seu lado a afirmar que os 17 ministros pediram à Comissão Europeia e ao grupo de trabalho que prepara as suas reuniões mensais para "estudarem todos os problemas relacionados com a extensão das maturidades" dos empréstimos do EFSF a Portugal e Irlanda. No caso de Portugal, estes empréstimos ascendem a 26 mil milhões de euros do total de 78 mil milhões do programa de ajuda externa. Gaspar repetirá o pedido nesta terça-feira à totalidade dos 27 ministros das Finanças da União Europeia (UE) para a fatia no valor de outros 26 mil milhões de euros que é assegurada pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSM) garantido pelo orçamento comunitário. O resto da ajuda externa a Portugal é fornecido pelo FMI. O pedido do ministro português será feito igualmente em nome da Irlanda, que, por assumir actualmente a presidência semestral rotativa da UE – e ter, em consequência a responsabilidade de conduzir a reunião desta terça-feira – tem um dever de neutralidade que não lhe permite assumir posições especificamente nacionais. Gaspar não entrou em detalhes sobre os novos prazos pretendidos pelo Governo ou sobre a possibilidade de a medida ser retroactiva, uma vez que a maior parte dos empréstimos já foi desembolsada. As duas questões estão precisamente entre os temas que terão de ser analisados durante "as próximas semanas", explicou, considerando possível que o eurogrupo discuta a questão na sua reunião mensal de Março. O ministro limitou-se a explicar que o Governo quer sobretudo evitar a concentração "muito considerável" de "re-financiamentos" previstos nos anos de 2014 a 2016, a que se seguirá um novo "pico" em 2021. Estes "picos" resultam das maturidades fixadas no início do programa, em Maio de 2011, explicou. Na altura, os prazos médios foram fixados em 7 anos e meio, antes de serem prolongados para o dobro na cimeira europeia de Julho de 2011 no quadro de uma decisão nesse sentido acordada para a Grécia. Em Novembro passado, os ministros decidiram novo prolongamento das maturidades para o reembolso dos empréstimos gregos para uma duração média de 30 anos. O Governo disse na altura, e no seguimento de uma "gaffe" cometida por Juncker – que depois deu o dito por não dito – que Portugal também queria ser contemplado com esta e outras medidas então acordadas para a Grécia, invocando o princípio da igualdade de tratamento entre todos os países sob programa de ajuda que, em seu entendimento, ficou consagrado na cimeira de Julho de 2011. A Alemanha recusou terminantemente esta possibilidade. Wolfgang Schäuble, o seu ministro das Finanças, aconselhou, aliás, na altura Portugal a evitar comparações com a Grécia, que permanece a ovelha negra da zona euro. Gaspar precisou, no entanto, que os pedidos português e irlandês de extensão das maturidades dos seus empréstimos se destina a "garantir a sustentabilidade do acesso pleno" dos dois países ao mercado da dívida para assegurar o seu financiamento, que os dois Governo querem conquistar o mais depressa possível. Neste contexto, "é importante para nós (. . . ) diluir e diferir" os compromissos financeiros "ao longo do tempo", afirmou. O facto de os dois países estarem a cumprir as metas dos respectivos programas, leva o ministro a esperar que poderá "contar com este apoio" do eurogrupo, vincou. Como previsto, Juncker, ministro das Finanças do Luxemburgo desde 1989 e simultaneamente primeiro ministro desde 1995, foi substituído nesta segunda-feira na presidência do eurogrupo pelo ministro holandês Jeroen Dijsselbloem, o único candidato ao posto, que recebeu o apoio de todos os países, com excepção da Espanha, em sinal de protesto pela recusa de um candidato nacional a um posto no Banco Central Europeu.
REFERÊNCIAS:
Telhados vivos
Em Lisboa, edifícios com coberturas de vegetação estão pouco disseminados, mas existem nalguns locais emblemáticos. (...)

Telhados vivos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em Lisboa, edifícios com coberturas de vegetação estão pouco disseminados, mas existem nalguns locais emblemáticos.
TEXTO: Na Avenida do Padre Cruz, em direcção ao Campo Grande, em Lisboa, sobressai um prédio coberto de verde, como se tivesse um jardim suspenso. A imagem é tão diferente que nos obriga a chegar perto para perceber se é cobertura viva ou pintura. Qual terá sido a ideia dos arquitectos para cobrir integralmente um prédio com vegetação? Como conseguirão manter tal estrutura? Terá sido pelo aspecto paisagístico? Será sustentável?Em Lisboa, estas coberturas de edifícios estão pouco disseminadas, mas existem nalguns locais emblemáticos, como os jardins da Gulbenkian ou mesmo o Jardim das Oliveiras, no Centro Cultural de Belém. Usufruem-se, exige-se cuidado, limpeza, mas não se sabe o que custam ou como se mantêm. O elevado investimento necessário para a implementação de coberturas ajardinadas é um dos principais argumentos contra esta solução paisagista. Pelo contrário, os benefícios ambientais e estruturais são sempre esquecidos e nunca contabilizados. Do ponto de vista global para o ecossistema urbano, a presença de telhados verdes aumenta o sequestro de carbono, facilita a circulação atmosférica e, consequentemente, dispersa o calor acumulado das cidades. Absorve a poluição atmosférica, filtrando o ar e permitindo reduzir as doenças alérgicas respiratórias. Aumenta a retenção da água das chuvas, impedindo as escorrências fortes e os riscos de inundação. Contribui ainda para a diversificação de nichos ecológicos, devolve a natureza à cidade, aumentando a diversidade vegetal e animal. Para os edifícios, tem papel relevante, porque permite um isolamento acústico, reduz as oscilações de temperatura, prolongando a vida útil da estrutura e, consequentemente, os gastos de manutenção. Este tipo de coberturas faz com que os edifícios fiquem menos sujeitos às agressões atmosféricas, criem um sistema de impermeabilização e, como atenuam os extremos de temperatura, permitem a redução significativa do consumo energético. O edifício junto à Avenida do Padre Cruz, em Lisboa, sede da empresa MSF (Moniz da Maia, Serra e Fortunato, Empreiteiros, SA), é uma estrutura modelar e modular. Isto é, serve de modelo para evidenciar que é possível, em plena cidade de Lisboa, construir-se um edifício cujas paredes e telhado estão cobertos de vegetação. É modular porque se trata de peças de puzzle que se ajustam e se podem substituir de acordo com a necessidade de renovação. A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) pretende desenvolver um estudo-piloto experimental, instalando uma cobertura extensiva de 150 metros quadrados. Este primeiro projecto pretende ser emblemático. Por um lado, mostra que a FCUL está disposta a contribuir para a maior sustentabilidade. Por outro, possibilita o desenvolvimento de projectos de investigação em parceria com a empresa NeoTurf. Desenvolver e testar novos substratos, experimentar novas plantas e monitorizar a relação entre substrato e eficiência térmica no interior dos edifícios são alguns dos desafios propostos. O tipo e a espessura dos substratos usados são fundamentais. Isto porque a limitação funcional de adaptação de um edifício à implantação de um telhado vivo é a sustentação. Usam-se, preferencialmente, materiais leves e reciclados. Novos substratos podem ser “redescobertos” na natureza, como as crostas onde, por exemplo, líquenes e briófitos podem crescer. O desafio é conseguir oferecer um tipo de vegetação que necessite entre três a cinco centímetros, o que constitui um ganho de investimento para o mesmo benefício ambiental. As espécies vegetais mais usadas estão dependentes de rega para criar uma cobertura verde permanente. Exigem elevada manutenção e investimento. Mas podem ser substituídas por plantas mediterrânicas, que oferecem elevada economia de água, contribuindo para a maior diversidade de espécies e de habitats. Há toda a necessidade de educar, de explicar às pessoas que, no Verão, como nos campos, não é a cor verde que impera, mas antes um mosaico de verdes e de castanhos. É uma perspectiva sustentável de ecologia urbana. Portugal carece de normas legais para este tipo de coberturas e não possui uma política ambiental urbana que incentive promotores e diversifique o mercado. Este é um trabalho que requer uma equipa multidisciplinar, como a que se pretende desenvolver e que pode culminar na criação de um documento normativo de referência. Portugal necessita de diversificar o mercado e inovar a oferta sem reproduzir o que se faz lá fora. A capacidade de produzir ciência, tecnologia e inovação é um elemento central da universidade. A sua ligação a empresas e a transmissão de conhecimentos adquiridos em prol da sociedade são os novos paradigmas assumidos, com vista a aumentar o nível de conhecimento dos profissionais da área. Maria Amélia Martins-Loução é professora catedrática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo consumo estudo animal
Polícia prende três suspeitos por incêndio em discoteca onde morreram mais de 230 pessoas
Falta de saídas de emergência e tentativa de impedir que clientes abandonassem recinto antes de pagarem terá agravado a tragédia. Foi o incêndio que mais mortes provocou no Brasil desde 1961. (...)

Polícia prende três suspeitos por incêndio em discoteca onde morreram mais de 230 pessoas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.225
DATA: 2013-01-29 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20130129160317/http://www.publico.pt/1582340
SUMÁRIO: Falta de saídas de emergência e tentativa de impedir que clientes abandonassem recinto antes de pagarem terá agravado a tragédia. Foi o incêndio que mais mortes provocou no Brasil desde 1961.
TEXTO: A polícia anunciou esta segunda-feira a detenção do dono da discoteca e dois membros da banda que actuava no espaço de diversão da cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde, na madrugada de domingo, um incêndio matou mais de 230 pessoas – os dados oficiais mais recentes referem 231. O Estado de São Paulo escreveu que a maioria das vítimas não foi atingida pelas chamas, pois 90% morreram asfixiadas. A promotora criminal de Santa Maria, Waleska Flores Agostini, tinha já dito que estava a analisar o caso desde domingo à tarde, pondo a hipótese de prisão do dono da discoteca. Um dos proprietários da discoteca Kiss terá confirmado à polícia que o Plano de Prevenção de Combate de Incêndios estava caducado, adiantou o jornal Zero Hora. Um dos responsáveis pela investigação, Sandro Meinerz, disse ao Estado de São Paulo que os membros da banda podem ser indiciados por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. O mesmo jornal adianta que uma das vítimas será um dos elementos da banda que actuava no recinto. É que uma das hipóteses avançadas como possível causa do incêndio, que começou entre as 2h e as 3h de domingo, é o lançamento de fagulhas por um engenho pirotécnico usado por um dos elementos da banda Gurizada Fandangueira, que actuava no recinto fechado – onde o uso desse género de dispositivos é proibido. O fogo terá sido provocado pelas fagulhas e começado na espuma de isolamento acústico do estabelecimento, no tecto. “Teve gente que morreu a um metro da saída”, contou ao Zero Hora um dos sobreviventes, Eduardo Buriol, 22 anos. Segundo o estudante, a saída estava obstruída por uma mesa. Outros testemunhos indicam que as portas não estavam totalmente abertas, o que terá feito aumentar o número de mortos. A tragédia terá sido, segundo o Estado de São Paulo, o resultado de uma série de erros: da falta de saídas de emergência e de sinalização à tentativa de seguranças para impedirem a saída de clientes antes de pagarem a conta. O incêndio na discoteca da cidade universitária de Santa Maria que causou também cerca de uma centena de feridos – 127 segundo os números mais recentes, dezenas em estado grave –, é, segundo a imprensa brasileira, o incêndio mais mortal desde 1961, quando 503 pessoas morrerem num circo em Niterói, no Rio de Janeiro. Ao todo, refere o jornal Folha de São Paulo, 82 pessoas continuam internadas em hospitais em Santa Maria e outras 39 foram transferidas para Porto Alegre. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, 20% dos feridos tiveram queimaduras consideradas graves, que correspondem a mais de 30% do corpo. A maioria sofreu intoxicação respiratória.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homicídio prisão género corpo circo
Última chamada de embarque para a Antárctida
A campanha de 2012-2013 à Antárctida tem esta terça-feira um dos pontos altos, com a partida de um avião, alugado pelo Programa Polar Português, de Punta Arenas, no Sul do Chile, para a ilha do Rei Jorge, um dos principais pontos de entrada no Sul. Transportará a última leva de cientistas da campanha portuguesa deste ano. As alterações climáticas dominam os trabalhos. (...)

Última chamada de embarque para a Antárctida
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: A campanha de 2012-2013 à Antárctida tem esta terça-feira um dos pontos altos, com a partida de um avião, alugado pelo Programa Polar Português, de Punta Arenas, no Sul do Chile, para a ilha do Rei Jorge, um dos principais pontos de entrada no Sul. Transportará a última leva de cientistas da campanha portuguesa deste ano. As alterações climáticas dominam os trabalhos.
TEXTO: Antárctida, mais Sul do que isto não há. É para lá, para a ilha do Rei Jorge, que partem esta terça-feira ao final da tarde (se o tempo deixar) os últimos cientistas da campanha antárctica portuguesa deste ano. E é de lá que Pedro Pina e Lourenço Bandeira têm escrito as suas crónicas lusas do Sul. “Quem manda aqui é o tempo, que nos obrigou a ficar na base”, relatou um destes dias Pedro Pina, quando os ventos fortes e o nevoeiro o impediram de sair da base sul-coreana de King Sejong e ir para o terreno, com Lourenço Bandeira, captar imagens de alta resolução com um pequeno avião autónomo. “Mas dias como este permitem-nos descansar. Partilhamos uma sala com um escritor sul-coreano, que está aqui a escrever um livro. Não conseguimos perceber que tipo de livro é. Ele não fala inglês, mesmo nada, e nós não conseguimos ler os caracteres coreanos no ecrã do computador dele. . . ” Quando entraram na segunda semana de estadia na base sul-coreana, Lourenço Bandeira contou, no diário de campanha no site do Programa Polar Português (Propolar, em http://www. propolar. org), que se aperceberam de duas coisas: “A primeira é que o reportório de aviso musical das refeições não é nada variado: Journey, Metallica, Queen, Adele e. . . música clássica (ainda) desconhecida. A segunda é que, por muito boa que seja a comida coreana, já nos apetecia um bacalhau à Brás (e sem picante, por favor!). ”A base sul-coreana dá para uma enorme baía e do lado de lá daquela água toda agora descongelada no Verão austral, mas que no Inverno congelará, concentra-se grande parte da agitação da ilha do Rei Jorge, no arquipélago das Shetland do Sul. Ou não fosse esta ilha um dos locais mais habitados da Antárctida e uma dos principais pontos de chegada à região, por se encontrar ali um aeródromo, uma base aérea, uma povoação (a Vila Las Estrellas), todos chilenos, e ainda bases científicas do Chile, da Rússia e China e, um pouco mais longe, do Uruguai ou Argentina, além da da Coreia do Sul. É nesse aeródromo, duas horas e meia depois da partida de Punta Arenas, no Sul do Chile, que aterrará um avião comercial fretado pelo Propolar, representando a segunda vez que Portugal organiza uma campanha antárctica com logística própria. Em vez de os cientistas portugueses se limitarem a ser convidados nas bases de outros países e só dependerem da sua boleia para lá chegarem, como acontecia até 2011, este voo, pago com cerca de cem mil euros atribuídos pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, também contribuirá para o esforço colectivo de investigação no continente branco. Não só transportará a última leva cientistas desta campanha, iniciada em Novembro, com as equipas desde então a seguirem para vários destinos na Península Antárctica, mas também levará investigadores de outros países. Uma vez na ilha do Rei Jorge, irão para várias bases na ilha e até noutras, como fará Gonçalo Vieira, do Centro de Estudos Geográficos (CEG) da Universidade de Lisboa e coordenador do Propolar, que viajará depois de barco para as ilhas Livingston e Deception, também nas Shetland do Sul. No regresso a Punta Arenas ainda hoje, o avião trará mais portugueses que têm estado na Antárctida, como Pedro Pina, além de equipas de outros países. Alterações climáticas dominam trabalhosO que estudam os portugueses? O solo que congela; os peixes que não congelam e como se adaptarão ao aquecimento global; os poluentes que chegam até tão longe; o clima passado; a cartografia de grande resolução de áreas livres de gelo; os polvos e as lulas que alimentam pinguins e albatrozes e como as alterações climáticas influenciam isso; ou os turistas que procuram estes destinos e o impacto que têm aí. Ao todo, 20 cientistas participaram nesta campanha, em nove projectos, frisa Gonçalo Vieira. Pedro Pina e Lourenço Bandeira, do Instituto Superior Técnico, têm testado um avião não tripulado que capta imagens para avaliar a evolução de uma paisagem marcada pelas alterações climáticas e pelo degelo. Pedro Pina contava como os voos tinham corrido bem e que a qualidade das imagens dava para identificar “cada líquen, pequeno musgo ou pedra”. A primeira equipa no terreno voltou a Portugal ainda antes do Natal, com 250 quilos de sedimentos na mala para reconstituir o clima de outros tempos da Antárctida, depois de 23 dias a furar o gelo de lagos da ilha de Livingston — e, pelo meio, Marc Oliva, do CEG, e os colegas tiveram de arranjar maneira de proteger as tendas das investidas dos elefantes-marinhos. . . cavando uma trincheira no gelo. A propósito de gelo, a equipa de Gonçalo Vieira vai prosseguir os estudos iniciados há mais de uma década sobre o solo permanentemente congelado, ou permafrost, que o aquecimento global está a derreter. Com António Correia (Universidade de Évora) e Ana Salomé, do CEG, Gonçalo Vieira vai recolher dados e fazer a manutenção de equipamentos, como termómetros, deixados em buracos a fazer registos todo o ano. As observações da equipa portuguesa têm contribuído para uma rede mundial de monitorização do permafrost. Além disso, nesta campanha vão fazer um levantamento no terreno das zonas com líquenes, musgos e neve, para comparação com imagens de satélite e a sua validação. Até Março, quando a equipa de Gonçalo Vieira regressar a Portugal e a expedição deste ano terminar, pode-se ir sabendo das suas peripécias científicas, ilustradas por muitas fotografias como aconteceu até aqui, no diário de campanha no site do Propolar.
REFERÊNCIAS:
Tempo Março Novembro
Bastonário dos Advogados acusa juízes de “terrorismo de Estado”
António Marinho e Pinto aconselha advogados a retirar dos “escritórios quaisquer documentos ou objectos que possam incriminar” os clientes. (...)

Bastonário dos Advogados acusa juízes de “terrorismo de Estado”
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: António Marinho e Pinto aconselha advogados a retirar dos “escritórios quaisquer documentos ou objectos que possam incriminar” os clientes.
TEXTO: O bastonário da Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto, acusou nesta quarta-feira, na sessão solene de abertura do ano judicial, alguns juízes de tomarem decisões que constituem “um acto de terrorismo de Estado”. “Quando um juiz de direito emite um mandado de busca em branco quanto ao seu objecto, ou seja, uma ordem para apreender todos os documentos e objectos que se encontrem no escritório de um advogado e que possam constituir prova contra os seus clientes, incluindo os computadores pessoais e profissionais do advogado, isto é um acto de terrorismo de Estado”, afirmou. E logo depois fez uma advertência aos advogados: “Retirem dos vossos escritórios quaisquer documentos ou objectos que possam incriminar os vossos clientes, pois correm o risco de um juiz ir lá apreendê-los para os entregar à acusação”. O Governo foi o primeiro alvo do discurso inflamado do bastonário da Ordem dos Advogados, que acusou o executivo liderado por Passos Coelho de insensibilidade, de ter uma agenda oculta ideológica e de levar a uma política que passa pela “aniquilação dos direitos de quem vive só do seu trabalho”, pela “destruição do Estado social” e por um “ajuste de contas com os valores e conquistas mais emblemáticas da revolução do 25 de Abril”. Contra o “negócio” das arbitragensO bastonário denunciou ainda a “fraude em que se consubstanciam certas pretensas formas de justiça”. “A justiça faz-se nos tribunais com juízes e advogados independentes e com procuradores e não em centros de mediação ou julgados de paz”, afirmou Marinho e Pinto. O bastonário alongou-se ainda a denunciar o “negócio” das arbitragens em Portugal. “O Estado tem a obrigação de resolver soberanamente os litígios entre empresas e não remetê-las para essa gigantesca farsa que são chamados tribunais arbitrais, que em muitos casos não passam de meros instrumentos para legitimar verdadeiros actos de corrupção”, sublinhou. E acrescentou: “Finge-se uma divergência ou outro pretexto qualquer como um atraso no pagamento do inflacionado preço para que o caso vá parar ao dito tribunal”. Qual será a decisão de um tribunal “em que os juízes foram substituídos por advogados escolhidos e pagos – principescamente, aliás – pelo corrupto e pelo corruptor?”, perguntou. E, logo em seguida, respondeu: “É óbvio que proferirá a sentença pretendida por ambos e obrigará o Estado ao cumprimento integral da prestação que o corrupto e o corruptor haviam acordado entre si”. Uma forma encapotada, disse, de “prejudicar o próprio Estado”.
REFERÊNCIAS: