Chama-se olinguito e é o primeiro carnívoro descoberto na América em 35 anos
Animal tinha sido confundido em zoos com uma espécie semelhante. (...)

Chama-se olinguito e é o primeiro carnívoro descoberto na América em 35 anos
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.25
DATA: 2013-08-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Animal tinha sido confundido em zoos com uma espécie semelhante.
TEXTO: Ao abrir uma das muitas gavetas com peles e ossos de animais de um museu de história natural em Washington, o zoologista Kristofer Helgen deparou-se com o que pensou de imediato ser uma espécie não identificada. Dez anos de investigação depois, o olinguito é o primeiro carnívoro a ser descoberto em 35 anos no continente americano. "As peles eram de um vermelho intenso e quando olhei para os crânios, não reconheci a anatomia. Era diferente de todos os animais semelhantes que já tinha visto e de imediato pensei que poderia ser uma espécie nova para a ciência”, recorda, à BBC Helgen, que é curador de mamíferos no Museu de História Natural do Instituto Smithsonian, nos EUA. O olinguito é um mamífero carnívoro, que come insectos, mas sobretudo fruta. A classificação deve-se não ao facto de comer carne, mas de ser um animal da ordem Carnivora, onde também se incluem os felinos, cães e ursos, por exemplo. O olinguito pertence à mesma família dos guaxinins. Tem cerca de 35 centímetros de comprimento (o que o torna no animal mais pequeno daquela família) e vive em florestas na Colômbia e no Equador. O nome científico é Bassaricyon neblina, numa referência às florestas que habita e onde a neblina é frequente, mas também ao facto de ter estado anos escondido dos olhares da ciência. A existência da nova espécie foi determinada comparando a anatomia e o ADN com espécies semelhantes. Embora só agora tenha sido classificado como espécie, a comunidade científica já tinha tido contacto com o olinguito – mas confundira-o com outro animal. Os investigadores encontraram sinais de que vários zoológicos já tinham tido olinguitos, mas julgavam tratar-se de olingos, um mamífero semelhante. Entre outras diferenças, os olingos têm o pelo acinzentado. Num dos casos, nos anos 1960, o zoo do Instituto Smithsonian recebeu uma fêmea adulta, depois de os responsáveis terem tentado, sem sucesso, que procriasse com os restantes olingos. O caso ficou então por explicar. Depois das comparações e análises genéticas, Helgen organizou expedições com outros investigadores às florestas do Equador para tentar encontrar olinguitos no seu habitat natural. Numa delas, os cientistas avistaram criaturas que poderiam ser exemplares vivos da nova espécie, mas não estavam certos. Por isso, recorreram a um caçador, que disparou sobre um deles, conta a revista do Instituto Smithsonian, que classifica este procedimento como sendo um “último recurso” entre biólogos. A observação do animal capturado comprovou que a existência, na habitat natural, da espécie identificada em laboratório. Desde então, os cientistas identificaram quatro sub-espécies de olinguito.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Os gatos que caçam os ratos do Hermitage agora são estrelas da corte imperial russa
Já tinham pinturas, livros e um dia em sua honra. Agora foram retratados com roupas de época para a revista de um dos museus mais antigos e importantes do mundo. (...)

Os gatos que caçam os ratos do Hermitage agora são estrelas da corte imperial russa
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Já tinham pinturas, livros e um dia em sua honra. Agora foram retratados com roupas de época para a revista de um dos museus mais antigos e importantes do mundo.
TEXTO: O Museu Hermitage arranjou mais uma forma de celebrar os seus gatos, personagens secundárias na história centenária de um dos maiores museus do mundo, mas guardiões essenciais da integridade das suas obras de arte perante a ameaça dos ratos que vivem no edifício. A Hermitage Magazine publicou pinturas digitais de seis dos gatos do Palácio de Inverno. Nestes retratos de Eldar Zakirov, os felinos assumem o papel de empregados da corte imperial russa. Serão cerca de 70 os felinos que trabalham todos os dias no museu russo entre 2000 funcionários humanos. A série de seis retratos digitais comissariada pela Hermitage Magazine é apenas a mais recente homenagem ao papel dos gatos no palácio: a imperatriz Isabel I viu neles uma boa maneira de proteger as obras de arte das pragas de ratos e ratazanas. Até hoje, os gatos continuam a ter essa função no Hermitage e têm até um dia que lhes é dedicado, 27 de Março. “Os gatos tornaram-se uma parte muito importante da vida do Hermitage e uma das suas lendas mais significativas”, disse em 2010 o director do museu Mikhail Piotrovsky a propósito do dia dos gatos do Hermitage, em que os visitantes são convidados a conhecer estes guardiões felinos. A série Hermitage Cats é da autoria de Eldar Zakirov, um artista plástico de 30 anos a viver no Uzebaquistão cujo site mostra as suas experiências com a arte digital no retrato de humanos, do fantástico ou de. . . yorkshire terriers. A revista do museu fez-lhe uma encomenda inédita: “Esta é a primeira vez que [os gatos do Hermitage] são representados desta maneira, na tradição do retrato holandês”, disse Zorina Myskova, editora da revista, ao New York Times. Os seis gatos (parte de um grupo que é mais extenso) foram seleccionados pela encarregada dos gatos do museu de São Petersburgo, Maria Haltunen, que já escreveu o livro para crianças Hermitage Cats save the day, mais tarde convertido em musical infantil ao som do jazz de Chris Brubeck. As roupas que os felinos envergam nas imagens foram também criteriosamente escolhidas pelo curador do museu da secção de traje russo. Neste conjunto de imagens, o gato que é conhecido pelos corredores do Hermitage como Kuzma ganhou o título de "Empregado da Corte do Hermitage". Há ainda o "Mensageiro da Corte" ou o "Aprendiz de Confeiteiro", entre outros títulos. Inspirado nas técnicas de retratistas russos do século XVIII e XIX, como Orest Kiprensky ou Ilya Repin, Eldar Zakirov disse ao New York Times que se tentou manter o mais próximo possível da verdadeira identidade destes animais, notando “as suas características individuais: as manchas do seu focinho, a forma das orelhas, o comprimento do pêlo”. Nas redes sociais e na web em geral, as imagens e vídeos de gatos costumam ser razão para muitas partilhas e estas pinturas digitais de gatos aperaltados já estão a percorrer esse caminho. Ao New York Times, Zakirov disse que a partir deste trabalho já está a receber convites para retratar outros gatos e acrescenta que “esta ideia vai ter continuidade”, apontando para a possibilidade destes trabalhos não ficarem pelas páginas da Hermitage Magazine. Notícia corrigida às 17h06: alteração do título de Isabel I
REFERÊNCIAS:
Bruxelas diz a Madrid que cobrar taxa em Gibraltar seria ilegal
Durão Barroso contacta Mariano Rajoy e pede diálogo entre Espanha e Reino Unido. (...)

Bruxelas diz a Madrid que cobrar taxa em Gibraltar seria ilegal
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.5
DATA: 2013-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Durão Barroso contacta Mariano Rajoy e pede diálogo entre Espanha e Reino Unido.
TEXTO: O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, pediu ao primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que as autoridades espanholas “respeitem o direito da União Europeia” na sua disputa com o Reino Unido por causa de Gibraltar. Barroso terá mesmo informado Rajoy que a ideia de Espanha cobrar uma taxa por cada veículo que pretendesse atravessar para Gibraltar, seria ilegal. Esta ideia foi expressa pelo ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, mas não houve ainda qualquer proposta formal. “A comissão espera que estes dois Estados-membros dialoguem entre si como membros da União Europeia. Também lhes cabe a eles encontrar uma solução e superar os obstáculos", declarou o porta-voz Olivier Bailly, confirmando o telefonema com Rajoy. Barroso tinha falado na sexta-feira por telefone com o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Os telefonemas foram “semelhantes”, disse o porta-voz, no sentido de apelar ao respeito da lei e ao diálogo. No entanto, na conversa com Rajoy, Barroso falou da missão técnica que a UE vai enviar ao local e que examinará os controlos na fronteira, que o Reino Unido se queixa de serem demasiado demorados em retaliação pela construção de um recife por parte das autoridades gibraltinas. Este recife impede a pesca por embarcações espanholas. Espanha diz que os controlos são demorados por causa do contrabando. Este domingo, um protesto de pescadores espanhóis acabou com gritos e um embate ligeiro com um dos navios patrulha da Marinha britânica, mas tudo não passou de uma escaramuça.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Partidos contam gastar cerca de 9,6 milhões na campanha autárquica, muito abaixo de 2009
PS prevê gastar 1,3 milhões de euros, CDU um pouco acima. (...)

Partidos contam gastar cerca de 9,6 milhões na campanha autárquica, muito abaixo de 2009
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: PS prevê gastar 1,3 milhões de euros, CDU um pouco acima.
TEXTO: Os partidos prevêem gastar pouco mais de 9, 6 milhões de euros na campanha para as autárquicas deste ano, valor claramente abaixo do orçamentado em 2009, quando as despesas estimadas por PS e PSD somavam mais de 50 milhões. De acordo com os orçamentos de campanha entregues na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), entre a esquerda com representação parlamentar os orçamentos para as eleições de 29 de Setembro não apresentam grandes variações de valores, com os socialistas a preverem gastar 1, 3 milhões de euros. A coligação da CDU (PCP, Partido Ecologista "Os Verdes" e Intervenção Democrática) apresentou um orçamento um pouco superior, de 1, 4 milhões de euros. O Bloco de Esquerda, que nos documentos enviados para a ECFP não apresenta um orçamento global, preferindo a apresentação discriminada dos orçamentos para as campanhas dos 121 municípios onde concorre, estima gastar, segundo Pedro Soares, membro da comissão nacional autárquica, cerca de um milhão de euros. O PSD e o CDS-PP apresentam orçamentos claramente abaixo destes números, 395 mil euros e 98 mil euros, respectivamente, mas estes valores não são directamente comparáveis com os dos restantes partidos, uma vez que não incluem os municípios onde concorrem em coligação. Assim, nas campanhas para os 77 municípios onde sociais-democratas e democratas-cristão concorrem em coligação, os dois partidos prevêem gastar perto de 2, 3 milhões de euros. Para os 15 municípios onde a coligação PSD/CDS-PP concorre também aliada a outras forças políticas mais pequenas o orçamento é de cerca de 1, 5 milhões de euros. Entre estes 15 municípios está a câmara de Lisboa, onde o orçamento da coligação PSD/CDS-PP/MPT é de 343 mil euros. Para os municípios onde o PSD concorre em coligação, mas sem o CDS-PP, o orçamento é de cerca de 911 mil euros. Para os municípios onde o CDS-PP concorre em coligação, mas sem os sociais-democratas, o orçamento apresentado é de cerca de 55 mil euros. O PS só irá concorrer em coligação para os municípios do Funchal e de Câmara de Lobos, tendo apresentado um orçamento para essas duas campanhas de 250 mil euros. Entre os partidos sem representação parlamentar que concorrem às autárquicas, o que prevê gastar mais é a Nova Democracia (PND), com 40. 000 euros apenas destinados a um município (Sintra), a que se somam duas coligações com o Partido Popular Monárquico (PPM) e o Partido Pro Vida (PPV), em Cascais e Lisboa, campanhas onde os três partidos se associam a movimentos de cidadãos e prevêem gastar no total quase 300 mil euros. Seguem-se o Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) , que estima despesas na ordem dos 30 mil euros, e o Partido Trabalhista Português (PTP), que conta gastar 29. 500 euros nas autárquicas de 29 de Setembro, concentrando grande parte das despesas nos cinco municípios a que concorre na Madeira. Já o Movimento Partido da Terra (MPT) conta gastar 21. 900 euros, segue-se o PPM (10. 680 euros), o PCTP-MRPP (7500 euros), o Partido Nacional Renovador (PNR), com 6660 euros de despesas previstas, e o PPV, que estima gastar 3000 euros na única campanha autárquica a que concorre sozinho (Faro) e igual valor em coligação com o PPM em Guimarães. Em 2009, o PS apresentou um orçamento de 30, 5 milhões de euros para a campanha das autárquicas, enquanto o orçamento global do PSD só para os municípios em que concorreu sozinho era de 21, 9 milhões de euros. De acordo com os orçamentos de campanha então entregues na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, só o conjunto dos partidos com assento parlamentar mais a CDU (PCP/PEV/ID) estimavam gastar mais de 66, 1 milhões de euros. A CDU (PCP/PEV/ID) contava gastar 10, 2 milhões de euros nas autárquicas, enquanto o BE e o CDS-PP estimavam gastar cerca de 1, 9 milhões de euros cada um. No site da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos estão igualmente disponíveis os orçamentos das campanhas das candidaturas apresentadas por movimentos de cidadãos.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PAN PSD MPT PPM PCP BE PEV Intervenção Democrática
Morreu o Sapal, o mais jovem golfinho do Sado
Cria tinha poucas semanas de vida. Corpo vai ser submetido a uma necrópsia para apurar as causas da morte. (...)

Morreu o Sapal, o mais jovem golfinho do Sado
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cria tinha poucas semanas de vida. Corpo vai ser submetido a uma necrópsia para apurar as causas da morte.
TEXTO: Poucos dias depois de ter sido visto pela primeira vez a nadar junto às fêmeas do grupo de golfinhos-roazes do Sado, o Sapal foi encontrado morto na sexta-feira passada. A cria recém-nascida era o mais jovem elemento da população que conta agora com 26 golfinhos. Ainda tinha a barbatana dorsal ligeiramente dobrada, devido ao tempo (12 meses) passado no útero da mãe, a Ligeiro. Foi ela que deu o alerta na sexta-feira à tarde. “Vimos a mãe a tentar manter a cria à superfície, a fazer o ritual da morte”, como se estivesse a empurrá-la para a ajudar a respirar, descreve Pedro Narra, da empresa Vertigem Azul, que faz observação de golfinhos no Sado. Os rituais continuaram até ao dia seguinte, conta, descrevendo um cenário “triste”, que “parecia um funeral”. O irmão do Sapal acompanhava a mãe enquanto esta tentava em vão reanimar a cria. Por volta do meio-dia, os técnicos da Reserva Natural decidiram retirar da água o corpo do golfinho, que deverá agora ser submetido a uma necrópsia, para apurar as causas da morte. O problema é que, regra geral, "os resultados demoram a aparecer e são quase sempre inconclusivos", lamenta Pedro Narra. “Os sons emitidos pela mãe ouviam-se fora de água”, recorda. A Ligeiro ficou perto da embarcação até não poder mais . “No dia seguinte apareceu o Asa, acho que ouviu os sons e veio ao funeral”, acredita o responsável da Vertigem Azul. O Asa voltou ao estuário onde já foi uma estrela – há 14 anos foi içado por um helicóptero da Força Aérea, resgatado de um esteiro onde tinha ficado preso, tudo filmado pelas câmaras de televisão. Como ele, voltaram também outros dois roazes que já não eram vistos desde Junho. “Já só falta o Guilhas. ”Não é a primeira vez que morre uma cria no estuário do Sado, onde se encontra a única população de golfinhos residente em Portugal. Mas cada caso é visto com preocupação por quem acompanha e chama pelo nome os roazes-corvineiros [Tursiops truncatus]. O Sapal teria poucas semanas de vida – foi visto pela primeira vez no dia 7 – e as crias recém-nascidas são muito sensíveis, tal como as mães. “É como uma mulher que dá à luz, se tem um momento de stress pode perder o leite. Eles têm que mamar e o stress é prejudicial”, lembra Pedro Narra. Durante o Verão não faltam barcos no estuário à procura dos golfinhos. Às embarcações com licença marítimo-turística somam-se os barcos de recreio de particulares. E nem sempre se respeitam as normas do regulamento: por exemplo, manter uma distância de 30 metros em relação ao grupo de golfinhos mais próximo, não ficar mais do que 30 minutos junto aos animais e não exceder a sua velocidade de deslocação. Há também quem se queixe da falta de fiscalização por parte das autoridades marítimas. Quando deu a notícia do nascimento do Sapal, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) lembrava que as primeiras semanas são cruciais para a sobrevivência dos golfinhos, pelo que “não é desejável que um grande número de embarcações permaneça nas proximidades do grupo”. O ICNF pedia ainda que as observações de cetáceos, uma das actividades que mais atrai os turistas ao Sado, na região de Setúbal, fossem dirigidas a outros roazes nos próximos tempos. Contactado nesta segunda-feira pelo PÚBLICO, o ICNF confirmou a morte do Sapal e o ritual descrito por Pedro Narra: "o corpo do roaz estava a ser transportado pela progenitora que se afastava sistematicamente das embarcações que se tentavam aproximar. "
REFERÊNCIAS:
Ambição ou exploração? A polémica após a morte de um estagiário do Bank of America
Moritz Erhardt, 21 anos, trabalhou praticamente 72 horas seguidas. Foi encontrado morto na casa de banho da residência onde vivia em Londres. (...)

Ambição ou exploração? A polémica após a morte de um estagiário do Bank of America
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Moritz Erhardt, 21 anos, trabalhou praticamente 72 horas seguidas. Foi encontrado morto na casa de banho da residência onde vivia em Londres.
TEXTO: Moritz Erhardt, 21 anos, típico estagiário de um banco de renome que quer chegar longe no mundo financeiro. Mais de doze horas de trabalho, noites em branco, nada que a ambição em conseguir uma carreira de sucesso não supere. Mas no dia 15 de Agosto, a ambição terá perdido a batalha quando Erhardt, a estagiar no Bank of America em Londres, foi encontrado morto. Tinha trabalhado praticamente 72 horas seguidas, três dias, das 9h às 6h do dia seguinte. A relação entre a morte e o excesso de horas de trabalho está ainda a ser investigada. Enquanto não há conclusões tenta-se estabelecer responsabilidades. Erhardt foi demasiado ambicioso ou o banco foi negligente?Este não era o primeiro estágio de Moritz Erhardt. O jovem alemão, que tinha sido estudante de intercâmbio na Stephen M. Ross School of Business, da Universidade de Michigan, já tinha estagiado na Morgan Stanley e no Deutsche Bank, entre outras instituições financeiras. A sua passagem de sete semanas pelo Bank of America Merril Lynch (BAML), em Londres, estava a dias de terminar. Quando morreu - o corpo foi encontrado na casa de banho do dormitório onde residida temporariamente -, tinha trabalhado três dias seguidos. Até ao último dia de trabalho tinha deixado uma impressão muito positiva entre colegas estagiários e a empresa que o escolhera para mostrar o seu melhor. No seu blogue a confirmação de que queria ir longe. Afirmava ser “altamente competitivo e de natureza ambiciosa", características que terá alimentado devido às expectativas que a família tinha quanto ao seu futuro. A causa da morte de Erhardt ainda não foi divulgada. A única informação dada aos jornalistas é que o jovem terá sofrido um ataque epiléptico e que estão a ser realizadas análises para determinar se estava sob efeito de alguma substância na altura da morte. A Scotland Yard, responsável pela investigação, confirmou, por sua vez, citada pelo Guardian, que a morte não está a ser tratada como suspeita. Uma “superestrela” com futuro promissorUm dos colegas de estágio descreveu-o como uma “superestrela”, “muito popular”, destinado a “ser grande”. “Trabalhava muito e era muito focado. Trabalhamos habitualmente 15 horas por dia ou mais e não havia alguém mais trabalhador do que ele”, confessou em declarações ao jornal Evening Standard. Segundo o Financial Times, em Agosto, os estagiários do BAML recebiam uma média de 2700 libras mensais (3100 euros). A popularidade é sublinhada também pelo Bank of America, que através do porta-voz, John McIvor, descreveu Erhardt como “um estagiário altamente activo” e “com um futuro promissor”. Num comunicado emitido após a morte, o BAML prestou condolências à família. Questionada sobre as horas de trabalho exercidas pelos estagiários, a empresa manteve-se em silêncio. “Recebemos os nossos estagiários ao longo do Verão, a principal razão para isso é a grande oportunidade para os estagiários ficarem a conhecer-nos melhor enquanto organização e para nós conhecermos também melhor os nossos estagiários”, afirmou o porta-voz. Através deste processo, que o banco sublinha ser uma parte importante para o programa de recrutamento, o banco escolhe aqueles que serão os chamados “banqueiros juniores”. “É melhor do que realizar entrevistas cara-a-cara”. O BAML garante que durante o estágio os jovens recebem apoio através de mentores e do departamento de recursos humanos. Mercado de trabalho pode forçar situações limiteBanqueiros ouvidos pelo Financial Times admitem horários acima das 12 horas diárias mas para os quadros das empresas. Um desses responsáveis diz que os quadros “têm de trabalhar como cães” mas os “estagiários não podem fazer longas horas de trabalho por serem considerados muito inexperientes”. A questão de o estágio ser o método mais usado para recrutar novos quadros é usada por outros banqueiros em declarações ao jornal. “Os estágios não são pensados para serem uma loja de doces nem para provocar em alguém um sentimento terrível”, defende uma das fontes consultadas. A Intern Aware, uma organização britânica que defende os direitos dos estagiários, considera que o papel dos recursos humanos é muito importante nesta questão. Para o co-director da Intern Aware, Ben Lyons, cabe a esse departamento “garantir que os jovens são acompanhados e as suas necessidades vigiadas de perto”. A organização defende que se alterem as políticas dos recursos humanos e “os funcionários sejam avaliados não sobre o número total de horas que são capazes de trabalhar, mas pela qualidade do trabalho que são capazes de produzir". A hipótese de a ambição poder levar a que se ultrapassem limites é também levantada por Chris Roebuck. Este professor de liderança na Cass Business School, que já ocupou lugares de direcção no departamento de recursos humanos em banco internacionais, afirma que, “por razões relacionadas com a ambição individual ou com o actual mercado de trabalho, as pessoas estão desesperadas em arranjar um emprego”. É aqui que a questão da exploração no trabalho se coloca. “Alguns empregadores estão a explorar esse facto, forçando as pessoas a ultrapassar o limite do que faz sentido para a sua saúde ou para uma perspectiva de negócio”, argumenta Roebuck ao Financial Times. A organização britânica Finance Interns, que oferece aconselhamento a estudantes ou licenciados quando entram no mercado de trabalho, utiliza a palavra “escravatura” para descrever a forma como os jovens são tratados quando entram em algumas empresas do mundo financeiro. Um porta-voz da organização explica que as recompensas muitas vezes oferecidas aos estagiários, como despesas pagas em viagens ou em divertimento nocturno, podem levá-los ao excesso. “É uma fachada gloriosa. Mas quando estamos a trabalhar são 24 horas por dia, durante 12 semanas. Seis dias e meio por semana. Trabalhamos no fim-de-semana e talvez nos dêem a tarde de domingo”, exemplifica.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte trabalhador humanos ataque corpo morto cães escravatura
Agricultores da Póvoa de Varzim recebem milhão e meio por causa do mau tempo
Temporal de Janeiro causou elevados prejuízos em mais de cem explorações agrícolas. (...)

Agricultores da Póvoa de Varzim recebem milhão e meio por causa do mau tempo
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento -0.43
DATA: 2013-08-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Temporal de Janeiro causou elevados prejuízos em mais de cem explorações agrícolas.
TEXTO: Mais de 100 agricultores da Póvoa de Varzim afectados pelo mau tempo de Janeiro vão receber um total de 1, 5 milhões de euros de apoio no âmbito do PRODER, revelou esta quarta-feira o Governo. O Ministério da Agricultura e do Mar, em resposta à Lusa, indicou que os produtores afectados pelas intempéries de Janeiro tiveram de apresentar as candidaturas aos apoios para restabelecimento do potencial produtivo entre 8 de Março e 8 de Abril, tendo sido apresentadas um total de 107, das quais 101 foram aprovadas e 88 se encontram já em execução. Ainda de acordo com o Ministério da Agricultura e do Mar, 12 das candidaturas estão em fase de celebração de contrato, enquanto outros dois casos “se encontram por decidir”, sendo que o “investimento envolvido nas candidaturas aprovadas do concelho da Póvoa de Varzim corresponde a cerca de 1, 5 milhões de euros”. A 1 de Março deste ano, o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, assinou um despacho com o objetivo de conceder “um apoio à reconstituição ou reposição do potencial produtivo das explorações, no que se refere a animais, plantações plurianuais, estufas e estufins, equipamentos e infraestruturas agrícolas situados nas mesmas, que tenham sido danificados na sequência das fortes intempéries ocorridas em 19 e 20 de Janeiro de 2013”. O montante total do apoio disponibilizado então foi de 15 milhões de euros, sendo concedido “sob a forma de incentivo não reembolsável [correspondente] a 75% do valor do investimento elegível”. Em Janeiro, o mau tempo destruiu centenas de estufas localizadas no município da Póvoa de Varzim, tendo causado prejuízos estimados em cerca de cinco milhões de euros. Na altura, rajadas de vento varreram cerca de 150 hectares de terrenos onde estavam localizados 400 produções agrícolas das quais dependiam mais de 10 mil pessoas.
REFERÊNCIAS:
Tempo Janeiro Abril Março
Cinecoa estreia em Portugal nova curta de Teresa Villaverde: Amapola
O festival de cinema no interior do país quer estar fora do que é habitual: não tem secção competitiva e escolhe cineastas "pouco homenageados". (...)

Cinecoa estreia em Portugal nova curta de Teresa Villaverde: Amapola
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.068
DATA: 2013-08-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: O festival de cinema no interior do país quer estar fora do que é habitual: não tem secção competitiva e escolhe cineastas "pouco homenageados".
TEXTO: Teresa Villaverde apresenta a curta-metragem encomendada pelo Festival de Veneza 2013 Amapola em ante-estreia nacional no festival de cinema Cinecoa. Este é um dos destaques da programação do festival que acontece em Vila Nova de Foz Côa entre os dias 10 e 13 de Outubro, apresentado esta terça-feira em conferência de imprensa. Amapola é a resposta da realizadora ao desafio lançado pela 70ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza: criar uma curta com cerca de um minuto e meio que reflicta sobre o futuro do cinema, para ser integrada no projecto Venice 70 - Future Reloaded. A curta terá estreia mundial nesta edição do festival de Veneza, entre os dias 28 de Agosto e 7 de Setembro. João Trabulo, director do festival, destacou ao PÚBLICO a vontade do Cinecoa apresentar programação fora do contexto daquilo que se faz nos restantes festivais e por isso “não ter, por exemplo, uma secção competitiva” e “apresentar Teresa Villaverde, que não é homenageada em Portugal como deveria”. A decisão de dar a ver em Portugal pela primeira vez a curta Amapola tem como objectivo ter nesta mostra todo o trabalho da realizadora, incluindo o mais recente. “Provavelmente será a primeira retrospectiva da Teresa Villaverde organizada em Portugal”, disse João Trabulo na conferência de imprensa. A secção Focus deste festival é dedicada à realizadora de 47 anos que começou a sua carreira com A Idade Maior, em 1991, e fez desde então filmes como Três irmãos (1994), Mutantes (1998), Transe (2006) ou, o seu último, Cisne (2011). Na terceira edição do Cinecoa, homenageia-se mais uma vez um clássico, já que o festival sempre quis estar ligado ao património cinematográfico, disse António Rodrigues, curador do festival. A homenagem é a Luís Buñuel - Viva Buñuel! exibe sete filmes do realizador desde os primeiros como Cão Andaluz (1929), passado por Nazarin (1958) ou Bela de Dia (1967). Um dos mais famosos filmes mudos surrealistas, L’Age d’Or (1930), é também projectado com o acompanhamento musical ao vivo de Jozef Van Wissem, o músico compositor da banda sonora original de Only Lovers left alive, de Jim Jarmusch, nomeado para a Palma de Ouro deste ano, em Cannes. Buñuel terá ainda duas exposições dedicadas à sua vida e obra: uma no Museu do Douro, sobre o seu trabalho no méxico, entre 1947 e 1965, outra no Museu do Côa, sobre a sua vida familiar. Para além do filme-concerto dedicado a Buñuel, há um outro que apresentaI O Navegante, de Buster Keaton, apresentado ao som do contrabaixo de Carlos Bica e do piano de João Paulo Esteves da Silva, na sessão de abertura, no dia 10, no Auditório Municipal de Foz de Côa, onde acontecem todas as outras projecções. Antes do início do festival na vila do interior, em Outubro, o Cinecoa organiza no Porto e em Lisboa, entre 9 e 15 Setembro, uma retrospectiva da obra do cineasta canadiano Denis Côté, vencedor do prémio Alfred Bauer este ano em Berlim, com o filme Vic & Flo Saw Bear. Neste panorama sobre a sua obra estão todos os seus filmes, com excepção deste último. Este ciclo de preparação para o festival traz projecções de filmes como Les États Nordiques (2005), Elle veut le chaos (2008), Curling (2010) ou Bestiaire (2012) à Cinemateca, em Lisboa, e ao Museu Soares dos Reis e bar e cinema Passos Manuel, no Porto. “Esta é a primeira vez que é possível ter uma visão global da sua obra em Portugal”, diz Luís Miguel Oliveira, programador da Cinemateca.
REFERÊNCIAS:
A fotografia com telemóvel também recebe prémios
60 países participaram na sexta edição dos prémios de fotografia com iPhone e um dos premiados é Daniel Fonseca, do Porto. (...)

A fotografia com telemóvel também recebe prémios
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: 60 países participaram na sexta edição dos prémios de fotografia com iPhone e um dos premiados é Daniel Fonseca, do Porto.
TEXTO: Haverá entre os concorrentes alguns profissionais, mas isso não é condição para participar. O maior critério é ter um tipo muito específico de telemóvel: o iPhone Photography Awards (IPPAWARDS) é uma competição de fotografias feitas com iPhone. Depois dos resultados de 2013 revelados, em que um português foi premiado, este concurso está já a receber candidaturas até Março para a sétima edição. Foi o nova-iorquino Kenan Aktulun que teve a ideia quando viu a forma como os seus amigos usavam este telemóvel. Fundou o IPPAWARDS em 2008, sem qualquer ligação à Apple, a empresa do iPhone. “Tive a ideia quando reparei que o iPhone mudou os comportamentos dos seus utilizadores. De repente, todos os meus amigos que tinham um iPhone andavam a tirar fotografias como telemóvel”, disse Kenan ao PÚBLICO por e-mail. O concurso, em que participaram este ano concorrentes de 60 países, está dividido por 16 categorias que nos lembram o tipo de fotografias que vemos em redes sociais como o Instagram: comida, pôr-do-sol, animais, flores. Mas também há espaço para a arquitectura ou notícias e eventos. A escolha destas categorias está relacionada com aquilo que Kenan reconhece como os motivos mais fotografados com este telemóvel. Sem revelar números, o fundador desta competição diz que este ano, as categorias mais concorridas foram paisagem, natureza e crianças. A única participação portuguesa premiada com um primeiro lugar concorreu à secção natureza morta: Daniel Fonseca, natural do Porto, ganhou o primeiro prémio na edição deste ano. A fotografia que enviou mostra um estendal visto por baixo e foi captada em Guimarães, em Agosto de 2012, durante a Capital Europeia da Cultura. “Numa das praças estava uma instalação que utilizava estas camisas e achei um efeito visualmente tão interessante que não resisti a fotografar e processar a foto”, disse ao PÚBLICO por e-mail. Para além da fotografia vencedora, enviou outras 9. As regras do concurso permitem que por pessoa sejam enviadas no máximo 10 fotografias, sendo que, há um valor a pagar na inscrição – para a edição de 2014, o envio de 10 fotografias significa o pagamento de 27, 5 dólares (cerca de 20 euros). Para Daniel Fonseca, o resultado foi um primeiro prémio e duas menções honrosas, uma também na categoria de natureza morta, com uma fotografia tirada no Algarve, a chapéus-de-sol amarelos abertos no chão, outra na categoria de arquitectura, com uma imagem da ponte de Portimão. “Acho que é uma excelente forma de divulgar o nosso país a todo o mundo e mostrá-lo de uma forma muito moderna”, diz Daniel, que aproveita o iPhone não só para fotografar mas também para alterar as fotos com filtros, o que é permitido pelo concurso, desde que seja feito apenas através de aplicações iPhone. Cerca de 60% das fotografias enviadas para o IPPAWARDS foram alteradas com estas aplicações. Para Kenan Aktulun, aplicar um filtro no iPhone no momento em que se fotografa faz parte da maneira como o fotógrafo se sente em relação àquele instante. “Não permitimos fotografias corrigidas no computador porque quando alteramos as imagens posteriormente já estamos com um estado de espírito diferente”, explica o fundador. “Adoro a sua versatilidade e possibilidade de facilmente fazer filtros sobre filtros e, assim, criar um resultado único, dificilmente repetível (nem mesmo por mim mesmo)”, diz Daniel que, sendo fotógrafo amador, começou a apaixonar-se pela fotografia há cerca de 10 anos, quando comprou a sua primeira máquina digital. Em 2012, com o seu iPhone descobriu a iPhonography, a fotografia feita com estes telemóveis. Tal como Daniel, apesar de haver muitas participações de profissionais, a maioria dos participantes são apenas “pessoas que adoram capturar momentos com o seu iPhone”, conta Kenan. “A minha Nikon e o conjunto de lentes que tenho dá-me algumas possibilidades técnicas que não consigo ter no iPhone. O facto de ter sempre o iPhone comigo, a sua simplicidade de utilização, as aplicações para trabalhar as fotos e a possibilidade de as partilhar imediatamente (incluindo até a informação do preciso local em que foram tiradas) é algo que me fascina”, diz Daniel que, ainda assim, não consegue dizer que prefere a fotografia com o telemóvel. Para Kenan Aktulun a beleza das fotografias tiradas com iPhone não está na sua qualidade, até porque, confessa, as que recebe para o concurso nem sempre são as melhores. “É a recordação de um momento que tem algum tipo de significado e a que por alguma razão ficamos ligados emocionalmente. É essa a razão por que a iPhonography está a crescer e milhões de pessoas partilham as suas fotos todos os dias. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura morta
Parque de campismo e hotel da Covilhã evacuados
Fogo na Serra da Estrela já consumiu uma extensa área de mato e floresta. Não há habitações em risco. (...)

Parque de campismo e hotel da Covilhã evacuados
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-08-24 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20130824160259/http://www.publico.pt/1603870
SUMÁRIO: Fogo na Serra da Estrela já consumiu uma extensa área de mato e floresta. Não há habitações em risco.
TEXTO: O violento incêndio que lavra no Parque Natural da Serra da Estrela desde a madrugada de sexta-feira obrigou neste sábado à evacuação do Parque de Campismo do Pião e do Hotel Varanda dos Carqueijais, ambos na Covilhã. A informação foi avançada à Lusa pelo oficial de ligação da GNR, capitão Luís Patrício, que explicou que se tratou de uma “medida de precaução". O Parque de Campismo, onde estavam 200 pessoas, foi evacuado às 6h. Duas horas depois, também o hotel foi evacuado, procedendo-se à retirada de 50 pessoas. As autoridades tiveram também de cortar a estrada número 339, que liga a Covilhã à Serra da Estrela. Segundo a agência Lusa, este fogo já consumiu uma extensa área de mato e floresta, tendo também ardido uma casa que se encontrava devoluta. No entanto, não há habitações ameaçadas. Durante a noite, os bombeiros da Covilhã receberam várias doações de mantimentos, feitas por civis, que entregaram leite, fruta e água no quartel. Ao meio-dia, mantinham-se 260 operacionais no combate a uma frente activa. O incêndio na Serra do Caramulo, em Tondela (Viseu), que chegou a estar dominado na manhã de sexta-feira, reacendeu-se durante a tarde e era, ao início deste sábado, o que envolvia mais meios no combate às chamas. Às 12h, o fogo tinha duas frentes activas, combatidas por 287 bombeiros, apoiados por 81 veículos. Os bombeiros já pediram meios aéreos para ajudar no combate, dificultado pelo vento. O fogo em Tondela, que lavra desde a madrugada de quarta-feira e já provocou um morto e nove feridos, e o da Covilhão são apenas dois dos seis grandes incêndios activos neste sábado, às 14h30. Em Chaves já ardeu mais do que em 2012Segundo a página de Internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), estão activos dois incêndios no concelho de Chaves (Vila Real), em Santo António de Monforte e em Calvão, que deflgraram nesta sexta-feira à noite. A combater as chamas no terreno estão quase 150 bombeiros e meia centena de viaturas, auxiliados por quatro meios aéreos. Durante a noite as chamas ameaçaram habitações, tendo mesmo queimado alguns quintais, jardins, anexos e uma casa florestal desactivada. A autoestrada 24 chegou a estar cortada ao trânsito. No entanto, durante o dia de sexta-feira, outros fogos atingiram este concelho. O presidente da Câmara de Chaves, João Batista, disse à Lusa que em cerca de 24 horas já arderam mais hectares naquele concelho do que em todo o ano passado. João Batista disse ainda que considera que terá de ser investigado o “número de ocorrências que deflagraram quase ao mesmo tempo, a hora e o espaço temporal em que ocorreram”. Ainda no distrito de Vila Real, segundo a ANPC, há um outro incêndio activo desde as 16h de sexta-feira, em Torneiros/Beça, concelho de Boticas, que mobiliza 100 bombeitos, 30 veículos e dois meios aéreos. O grande incêndio que afetou o distrito na sexta-feira, o de Soutelinho do Mezio que começou em Vila Pouca de Aguiar e se alastrou ao concelho de Vila Real, queimando alguns anexos, palheiros e até animais, foi dominado cerca das 04h. Em Viana do Castelo, deflagrou às 10h15 um incêndio no concelho de Arcos de Valdevez, na zona de Ponte de Ervideira - Pedroso, que por volta das 14h tinha uma frente activa, combatida por 37 bombeiros. Acompanhe o trabalho especial do PÚBLICO sobre incêndios e florestas e consulte as previsões do site de meteorologia do PÚBLICO.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR