Organizações pedem ao MP para agir perante discurso de ódio de Mário Machado
SOS Racismo, Movimento Alternativa Socialista e outras organizações denunciam utilização de rede social russa e de fórum online para “incentivar ao ódio e à violência contra minorias étnicas”. (...)

Organizações pedem ao MP para agir perante discurso de ódio de Mário Machado
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento -0.8
DATA: 2019-05-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: SOS Racismo, Movimento Alternativa Socialista e outras organizações denunciam utilização de rede social russa e de fórum online para “incentivar ao ódio e à violência contra minorias étnicas”.
TEXTO: Depois de terem sido banidos do Facebook e do Instagram no início do ano, o líder de extrema-direita Mário Machado e o seu movimento Nova Ordem Social passaram a utilizar a rede social russa VKontakte (VK) para fazer publicações xenófobas e islamofóbicas, como noticiava a revista Sábado no domingo. Agora, um conjunto de associações pede ao Ministério Público para instaurar “um processo penal" a Machado e que “investigue” as plataformas usadas pelo activista de extrema-direita. Segundo um comunicado emitido esta quarta-feira, o líder do Nova Ordem Social tem usado a rede social russa e um fórum online pertencente ao movimento para “exprimir livremente a sua ideologia neonazi e supremacista, para poder livremente incentivar ao ódio e à violência contra minorias étnicas”. O comunicado é assinado por 17 organizações, incluindo a SOS Racismo, o Colectivo Andorinha, o partido MAS (Movimento Alternativa Socialista), a Frente Unitária Antifascista, os UCR – Ultras Contra o Racismo e os núcleos antifascistas de Braga, Porto e Feira. “Não aceitamos fechar os olhos perante este tipo de actos, sobretudo quando são cometidos por um criminoso que já foi condenado por crimes idênticos contra a humanidade e lidera um movimento que se exprime principalmente através de um fórum [do movimento], no qual não é raro ver publicações abertamente fascistas, racistas, xenófobas e supremacistas”, consideram as organizações. E acrescentam que, perante o perigo da extrema-direita para a “liberdade e valores democráticos”, é precisa uma “união de todas as forças partidárias e movimentos cívicos”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Mário Machado, por seu turno, alude precisamente à liberdade que a plataforma russa lhe oferece para se exprimir. “Tivemos de nos reorganizar no VK, onde estamos mesmo à vontade. Dá para publicar o que queremos, sem censurar certas expressões”, explicava à Sábado Machado, admitindo o teor xenófobo de algumas publicações. O ex-líder da Frente Nacional e do movimento skinhead PHS, antigo militante do PNR e actual líder da Nova Ordem Social, já esteve preso durante uma década pela prática de crimes de discriminação racial, coacção agravada, posse ilegal de arma e ofensa à integridade física qualificada. Foi ainda condenado por tentativa de extorsão no âmbito de outro processo.
REFERÊNCIAS:
André Ventura diz que não estará “ao lado” de “racistas ou da extrema-direita”
André Ventura, cabeça de lista da coligação Basta, recusa sentar-se ao lado de partidos racistas e de extrema-direita no Parlamento Europeu. Mas quer mais poder para os Estados e controlo das fronteiras da UE. (...)

André Ventura diz que não estará “ao lado” de “racistas ou da extrema-direita”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.080
DATA: 2019-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: André Ventura, cabeça de lista da coligação Basta, recusa sentar-se ao lado de partidos racistas e de extrema-direita no Parlamento Europeu. Mas quer mais poder para os Estados e controlo das fronteiras da UE.
TEXTO: O líder do Chega, André Ventura, é cabeça de lista da coligação Basta, formada pelo Partido Popular Monárquico, Partido Cidadania e Democracia Cristã e Democracia 21.
REFERÊNCIAS:
Marcas POPULAR
Sul-africano acordou na morgue
Um homem de 50 anos acordou numa morgue sul-africana, assustando os funcionários que julgaram tratar-se de um fantasma. O homem só foi retirado do local depois de terem sido chamados os serviços de emergência médica. (...)

Sul-africano acordou na morgue
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um homem de 50 anos acordou numa morgue sul-africana, assustando os funcionários que julgaram tratar-se de um fantasma. O homem só foi retirado do local depois de terem sido chamados os serviços de emergência médica.
TEXTO: A família do homem presumiu que ele estaria morto quando, no sábado à noite, não o conseguiram despertar, e contactaram uma morgue privada numa pequena vila chamada Libode. O homem passou quase 24 horas na morgue, disseram à agência Sapa os serviços de saúde locais. Depois de sair da morgue, o homem foi visto pelos médicos que o trataram por desidratação. Os médicos colocaram-no sob observação e concluíram que ele estava estável. Este caso já fez com que os serviços de emergência tenham pedido aos cidadãos que contactem os médicos antes de ligarem a agências funerárias.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem morto
Violência entre comunidades mata cerca de 50 pessoas na Nigéria
Cerca de meia centena de pessoas foram mortas este fim-de-semana em confrontos entre comunidades do sudeste da Nigéria. (...)

Violência entre comunidades mata cerca de 50 pessoas na Nigéria
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cerca de meia centena de pessoas foram mortas este fim-de-semana em confrontos entre comunidades do sudeste da Nigéria.
TEXTO: “Um grupo de habitantes da comunidade de Ezza atacou membros da comunidade vizinha de Ezilo, devido a uma disputa de terras”, declarou um porta-voz do governo do Estado de Ebonyi, citado pela AFP. Os confrontos, ocorridos no sábado, estão ligados a um litígio que remonta a 2008 e não têm relação com a violência desencadeada no Natal pela seita islâmica Boko Haram, principalmente contra igrejas cristãs, que provocou também cerca de meia centenas de mortes. A violência sectária levou o Presidente Goodluck Jonathan a decretar, no sábado, o estado de emergência em alguns estados do nordeste e centro-oeste do país. Jonathan comparou a Boko Haram a um tumor mortal, que prometeu destruir. Os bispos católicos apelaram no mesmo dia ao Presidente para recorrer a especialistas estrangeiros que ajudem as forças de segurança na sua luta contra a seita islâmica. A comunidade cristã ameaçou já recorrer à auto-defesa se a violência continuar.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência comunidade
Primeiro-ministro turco diz que lei francesa sobre genocídio arménio é "abertamente racista"
A lei que transforma em crime a negação do genocídio arménio aprovada ontem pelo Senado francês é "abertamente discriminatória e racista", afirmou hoje o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan. Este genocídio foi cometido pelo Império Otomano, de que a Turquia é herdeira, contra cidadãos arménios durante a I Guerra Mundial. (...)

Primeiro-ministro turco diz que lei francesa sobre genocídio arménio é "abertamente racista"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: A lei que transforma em crime a negação do genocídio arménio aprovada ontem pelo Senado francês é "abertamente discriminatória e racista", afirmou hoje o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan. Este genocídio foi cometido pelo Império Otomano, de que a Turquia é herdeira, contra cidadãos arménios durante a I Guerra Mundial.
TEXTO: A França já tinha anteriormente reconhecido estas mortes . - entre um milhão e 1, 5 milhões como genocídio. Mas esta nova lei - que deverá ser assinada pelo Presidente Nicolas Sarkozy até ao final de Fevereiro - prevê que qualquer pessoa que negue a existência deste massacre poderá enfrentar um ano de prisão e o pagamento de uma multa no valor de 45 mil euros. A Turquia reconhece ter havido um massacre, mas não de mais de 500 mil pessoas. Os analistas consideram que esta decisão da câmara alta do Parlamento francês (a câmara baixa já tinha dado luz verde a esta lei no mês passado) abre um grave incidente diplomático entre França e Turquia, ambos membros da NATO. O embaixador turco em Paris, Tahsin Burcuoglu, indicou que este voto poderá causar uma “ruptura total” nas relações entre Paris e Ancara. Por seu lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco divulgou um comunicado em que se pode ler que esta decisão é “um exemplo de irresponsabilidade” e uma medida “fortemente criticada” por Ancara. “A Turquia vê-se obrigada a tomar todos os passos necessários contra esta disposição injusta que reduz os valores humanos básicos e a consciência pública a zero”, indica ainda o mesmo comunicado. O Governo turco argumenta que aquilo que aconteceu no leste da Turquia em 1915-16 deverá ser deixado para a avaliação dos historiadores, indica a BBC, e que a nova lei francesa irá limitar o direito à liberdade de expressão. França tem laços históricos fortes com a Arménia e estima-se que vivam em território francês cerca de meio milhão de cidadãos arménios. Este país, por seu lado, já apelidou esta lei de “histórica”. “Este dia ficará escrito em ouro, não apenas na história da amizade entre os povos arménio e francês, mas também nos anais da história da protecção dos direitos humanos”, disse o ministro arménio dos Negócios Estrangeiros, Edward Nalbandian. Na semana passada o Presidente Sarkozy tinha escrito a Erdogan dizendo que a França também reconhece o “sofrimento do povo turco” nos últimos anos do Império Otomano.
REFERÊNCIAS:
Entidades NATO
Angolanos já estão a votar nas segundas eleições nacionais desde o fim da guerra
Os angolanos começaram a votar esta manhã para eleger o novo Parlamento, num sufrágio de onde sairá também a escolha do Presidente – ao abrigo da nova Constituição, em vigor desde 2010. É a segunda vez que o país tem eleições nacionais desde o fim dos 27 anos de guerra civil, em 2002. (...)

Angolanos já estão a votar nas segundas eleições nacionais desde o fim da guerra
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0
DATA: 2012-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os angolanos começaram a votar esta manhã para eleger o novo Parlamento, num sufrágio de onde sairá também a escolha do Presidente – ao abrigo da nova Constituição, em vigor desde 2010. É a segunda vez que o país tem eleições nacionais desde o fim dos 27 anos de guerra civil, em 2002.
TEXTO: O grande favorito é o MPLA, o partido do chefe de Estado incumbente, José Eduardo dos Santos, de 70 anos, no poder há 33 anos e que se espera venha a renovar o mandato, para mais cinco anos. As eleições presidenciais directas em Angola foram, com a nova Constituição, substituídas por um sistema em que o líder da lista do partido vencedor das legislativas é automaticamente designado Presidente. em 2008, o MPLA venceu as eleições com 82% dos votos. As cerca de dez mil assembleias de voto estão abertas desde as 7h até às 18h e são esperadas as primeiras projecções ao longo do fim-de-semana, com os resultados definitivos da formação do novo Parlamento (de 220 deputados) mais o Presidente a serem anunciados apenas na próxima semana. Membros de topo da UNITA, principal partido da oposição, expressaram já preocupações com a falta de transparência no sufrágio e a “confusão” no processo de voto. O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, chegou a instar mesmo ao adiamento do sufrágio, sustentando que as autoridades eleitorais “não fizeram nada para corrigirem os problemas” que o partido antecipara e para os quais alertara. Impugnação, interrupçãoO líder da UNITA, Isaías Samakuva, avisou logo após ter votado em Talatona, cidade a 20 quilómetros de Luanda, que o seu partido vai apresentar uma queixa para impugnar o sufrágio, devido "às muitas irregularidades". "A Comissão Nacional Eleitoral não entregou credenciais a mais de dois mil dos delegados do nosso partido para observarem o sufrágio, e isso faz com que a UNITA não pode assegurar a veracidade dos resultados da votação em mais de mil mesas apenas na província de Luanda", denunciou. No momento em que a Televisão Pública Angola (TPA) transmitia em directo as declarações de Samakuva, houve uma interrupção do sinal. Esta falha do sinal afectou também a transmissão de outras estações de televisão e rádio que se encontravam em directo a partir da assembleia de voto onde o líder da UNITA falava à imprensa, como a Emissora Católica de Angola. A Comissão Nacional de Eleições nega, porém, existirem quaisquer problemas, mas horas antes da abertura das urnas repetiam-se já casos em que milhares de eleitores – dos 9, 7 milhões inscritos – não sabiam ao certo onde votar e muitos mais não conseguiam encontrar os seus nomes nos cadernos eleitorais. O controlo do MPLA sobre as instituições de Estado, assim como da maior parte dos media no país, deu claras vantagens ao partido no poder na disputada das eleições com a Unita e mais sete outras coligações e partidos, estes de menor expressão. A campanha, que decorreu ao longo de um mês, foi geralmente pacífica e sem incidentes, com a excepção da detenção, ontem, de uma dezena de membros do partido CASA-CE, quando estes tentaram entrar na sede da Comissão nacional de Eleições exigindo que lhes fosse dadas autorizações para poderem observar o sufrágio nas assembleias de voto. Notícia actualizada às 11h20
REFERÊNCIAS:
Cidades Luanda
Polícia dispersa concentração não autorizada de mineiros sul-africanos
A polícia sul-africana dispersou esta quarta-feira uma concentração não autorizada de mineiros, junto a uma mina de platina do grupo Amplats, em Rustenburg, no Norte. (...)

Polícia dispersa concentração não autorizada de mineiros sul-africanos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-09-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: A polícia sul-africana dispersou esta quarta-feira uma concentração não autorizada de mineiros, junto a uma mina de platina do grupo Amplats, em Rustenburg, no Norte.
TEXTO: Balas de borracha, gás lacrimogéneo e granadas atordoantes foram os meios usados pela polícia para dispersar um número não especificado de trabalhadores das minas que se tinham concentrado numa zona de barracas, junto a uma mina da empresa anglo-americana. “A polícia preveniu as pessoas que a concentração era ilegal”, disse à AFP um porta-voz da polícia. “Recusaram dispersar”, acrescentou. A mesma fonte não dispunha de qualquer informação sobre eventuais feridos. A Amplats, que fechou provisoriamente as minas em Rustenburg, ameaçou despedir todos os trabalhadores que não se apresentassem ao trabalho esta quarta-feira. Noutra empresa mineira da região, a britânica Lonmin, os trabalhadores aceitaram na terça-feira, ao fim de seis semanas de greve, os aumentos salariais propostos e devem retomar o trabalho amanhã. A 16 de Agosto, nas minas da Lonmin em Marikana foram mortas 45 pessoas, entre as quais 24 baleadas pela polícia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave concentração ilegal
Paris desmente libertação da família francesa raptada nos Camarões
Depois de indicações inciais de que os três adultos e quatro crianças teriam sido encontrados "sãos e salvos", os governos de França e da Nigéria desmentem a sua libertação (...)

Paris desmente libertação da família francesa raptada nos Camarões
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-02-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois de indicações inciais de que os três adultos e quatro crianças teriam sido encontrados "sãos e salvos", os governos de França e da Nigéria desmentem a sua libertação
TEXTO: Os sete reféns franceses pertencentes à mesma família que foram raptados na terça-feira no norte dos Camarões afinal não foram libertados. Ao início da manhã de quinta-feira, uma fonte militar camaronesa disse à AFP que a família teria sido encontrada com vida pelas autoridades nigerianas na localidade de Dikwa, no norte da Nigéria. Paris desmente. “Os reféns estão sãos e salvos e estão nas mãos das autoridades nigerianas”, disse essa fonte militar camaronesa à AFP. “Eles foram encontrados abandonados numa casa em Dikwa”, localidade situada a uma centena de quilómetros da fronteira com o Níger. O governo francês desmentiu a informção, não entrando em pormenores, até porque podem estar a decorrer manobras militares para conseguir a libertação dos reféns. Os militares nigerianos também desmentem a mesma informação que chegou a ser dada como certa por algumas televisões francesas. A família foi raptada na terça-feira quando estava a regressar à capital Yaounde, vinda do Parque Natural de Waza, no Norte dos Camarões, perto da fronteira com a Nigéria. Pai, mãe, tio e quatro filhos com 12, dez, oito e cinco anos de idade, segundo uma fonte diplomática na região citada pela AFP, foram capturados “por homens em motorizadas na localidade de Dadanga, perto da fronteira com a Nigéria”. É sobre o grupo terrorista e com ligações ao radicalismo islâmico Boko Haram que recaem as suspeitas da autoria do rapto.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens rapto
“Somos todos macacos”. E somos todos espontâneos?
Afinal, há uma campanha publicitária por trás do gesto de Dani Alves comer a banana racista que lhe atiraram. (...)

“Somos todos macacos”. E somos todos espontâneos?
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.6
DATA: 2014-04-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Afinal, há uma campanha publicitária por trás do gesto de Dani Alves comer a banana racista que lhe atiraram.
TEXTO: A atitude, tão inesperada quanto incisiva, colheu elogios vindos de todas as partes do mundo: Dani Alves pegou na banana que lhe tinha sido atirada como insulto racista e comeu-a, prosseguindo o jogo como se nada tivesse acontecido. E não demorou até que a campanha #somostodosmacacos, lançada por Neymar, incendiasse as redes sociais. Milhares de pessoas associaram-se espontaneamente ao movimento mas, segundo revelou nesta terça-feira a revista brasileira Veja, houve uma campanha publicitária por trás do gesto de Dani Alves. Os autores defendem-se, sublinhando que o principal objectivo foi alcançado: demonstrar que o racismo é um sentimento absurdo. Tudo começou no final de Março, quando o Barcelona foi jogar ao terreno do rival Espanyol. Um adepto do Espanyol terá atirado uma banana para insultar Neymar e Dani Alves. Os dois internacionais brasileiros não se aperceberam disso, mas alguns dias depois, em conversa, ironizavam sobre a situação: “[Neymar] brincou que se tivesse visto a banana, a teria comido”, contava Dani Alves. A conversa entre os dois não passou disto. Mas Neymar procurou ajuda profissional junto da agência de publicidade Loducca. “Neymar e seu pai me procuraram para dizer que precisavam se posicionar em relação às manifestações racistas. Queriam resolver isso de uma forma que colocasse a mensagem do Neymar de maneira forte. E decidimos trabalhar a ideia de que a melhor maneira de acabar com o preconceito é tirar a força dele e fazer com que a pessoa não repita o acto. Foi aí que criamos #somostodosmacacos. A ideia era começar com o Neymar comendo a banana e isso se tornar um movimento”, admitiu Guga Ketzer, sócio da agência, à revista Veja. “Aí, quando o Dani [Alves] comeu a banana, soltámos a campanha. Não foi combinado. O Neymar ia comer, mas como foi o Dani, maravilha também”, explicou o publicitário, sublinhando que o importante foi o envolvimento espontâneo das pessoas. “Eles abriram a discussão e colocaram as coisas de uma forma que fez as pessoas discutirem o assunto”, acrescentou. O facto de a campanha ter começado com o impulso de uma agência publicitária não desvaloriza o movimento, disse ainda Guga Ketzer: “Tentar desmerecer o movimento pelo facto de ter uma agência por trás é tão preconceituoso quanto o adepto que lança a banana. Por que não podemos ajudar com uma ideia? Não é uma campanha para vender nada. Fizemos conforme a necessidade do Neymar de mostrar que o racismo é uma situação completamente absurda. E deu certo”, concluiu. T-shirts da polémicaO objectivo da agência de publicidade Loducca não foi vender nada. Mas há quem esteja a tentar tirar partido do movimento gerado para fazer negócio. O apresentador de televisão brasileiro Luciano Huck lançou uma linha de t-shirts com o slogan “Somos todos macacos”, mas as reacções foram muito negativas. As acusações a Huck de estar a lucrar com todo o incidente sucedem-se. As camisolas custam 69 reais (22, 5 euros). Vários utilizadores citados pelo portal Terra contestavam também o facto de no site de Huck não aparecerem modelos negros a promover as t-shirts em causa: “Grande campanha de combate ao racismo de um site que não tem modelos negras ou negros”, apontou Henrique Kopittke. “No site só tem modelos brancos, está bem bonita essa diversidade mesmo”, ironizou André Braga.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda racismo racista
Obikwelu e o "caso" Nelson Évora: “Nunca pensei que acontecesse em Portugal”
Atleta estava no grupo barrado à porta da discoteca Urban Beach, em Lisboa. Évora queixa-se de ter sido vítima de racismo. (...)

Obikwelu e o "caso" Nelson Évora: “Nunca pensei que acontecesse em Portugal”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 10 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-04-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Atleta estava no grupo barrado à porta da discoteca Urban Beach, em Lisboa. Évora queixa-se de ter sido vítima de racismo.
TEXTO: O atleta Francis Obikwelu, que fazia parte do grupo dos 16 que iam celebrar os 30 anos de Nelson Évora na noite de 19 de Abril na discoteca Urban Beach e barrado à porta apesar de terem mesa reservada, classificou de “mentira” uma das justificações do presidente do conselho de administração do Grupo K, Paulo Dâmaso, proprietário da discoteca. Dâmaso disse à Lusa que o porteiro da discoteca não permitiu que o grupo entrasse porque “havia uma ou duas pessoas que estavam desenquadradas em termos do ambiente que é normal no Urban Beach”. Ao PÚBLICO, Obikwelu respondeu: “Isso é mentira, é brincar com a cara das pessoas. ” E contou que o filho do treinador João Ganço na altura falou com um dos responsáveis da discoteca, que lhe justificou a decisão de não os deixar entrar por “serem demasiados pretos” – tal como Nelson Évora relatou. “Não reagimos. Fomos a outra discoteca”, lembrou Obikwelu. Apesar de já ter sofrido episódios de discriminação em Portugal, Obikwelu diz, porém, que a resposta que ouviu o chocou, foi “uma coisa que nunca pensei que acontecesse neste país”. E acrescenta: “É triste estarmos no século XXI e que as pessoas ainda possam pensar coisas destas”. Na segunda-feira, o campeão olímpico (Pequim 2008) e campeão mundial (Osaka 2007) do triplo salto publicou na sua página de Facebook um post em que contava o episódio: “Na noite de 19 de Abril os meus amigos fizeram-me uma surpresa e levaram-me para a discoteca Urban Beach. Éramos um grupo de 16 pessoas com mesas pré-reservadas e não é que somos surpreendidos pelos responsáveis daquele espaço público. Porquê? ‘Demasiados pretos no grupo!!!’”, escreveu. No post tinha uma fotografia onde aparecia a segurar uma banana, um símbolo do combate ao racismo que se tornou viral com a campanha #somostodosmacacos, lançada pelo futebolista brasileiro Neymar no Twitter. “Estarei a exagerar ou foi mesmo racismo?”, questionava. “Mais de metade” do grupo com quem se passou o episódio relatado era formado por atletas que representam Portugal internacionalmente, como Francis Obikwelu, Naide Gomes, Carla Tavares, Susana Costa e Rasul Dabó. Entretanto, Paulo Dâmaso comentou no Facebook de Évora ter sido surpreendido com a publicação “no mural da sua página do Facebook de uma foto com conotação xenófoba, com o objectivo de denunciar uma alegada situação de ‘racismo’, supostamente praticada por um funcionário do Urban Beach”. E acrescentava: “Confesso a nossa incredulidade no que refere à situação que relata, pois não existe qualquer tipo de instruções por parte da administração da empresa para excluir seja quem for por razões raciais, políticas, religiosas ou outras. (…) Temos igualmente alguma dificuldade em entender o propósito de fazer publicamente essa acusação infundamentada, uma semana após a suposta ocorrência. ” No final, porém, referiam que se o que Évora relatou fosse verdade pediam “desculpas”. Nelson Évora não quer fazer mais comentários sobre o caso, segundo a sua agente disse ao PÚBLICO.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho racismo discriminação