Costa duro com Dijsselbloem: declarações são “racistas, xenófobas e sexistas”
Primeiro-ministro defende o afastamento do ministro holandês da liderança do Eurogrupo. (...)

Costa duro com Dijsselbloem: declarações são “racistas, xenófobas e sexistas”
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 9 | Sentimento -0.29
DATA: 2017-03-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeiro-ministro defende o afastamento do ministro holandês da liderança do Eurogrupo.
TEXTO: O primeiro-ministro português defendeu nesta quarta-feira o afastamento do holandês Jeroen Dijsselbloem da presidência do Eurogrupo na sequência de declarações sobre os países do sul da Europa que considerou "absolutamente inaceitáveis" e "muito perigosas". "A Europa só será credível com um projecto comum no dia em que o senhor Djisselblom deixe de ser presidente do Eurogrupo e haja um pedido de desculpas claro, relativamente a todos os países e povos que foram profundamente ofendidos por estas declarações", acentuou António Costa, em declarações feitas à margem da segunda edição do Football Talks, que decorre no centro de congresso do Estoril até 24 Março. O chefe do executivo português comentava declarações feitas por Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças holandês e presidente do Eurogrupo, numa entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, publicada no domingo, na qual afirmou: "Como social-democrata, considero a solidariedade um valor extremamente importante. Mas também temos obrigações. Não se pode gastar todo o dinheiro em mulheres e álcool e, depois, pedir ajuda". Para António Costa, estas declarações representam o perigo do populismo na Europa. "Estas declarações do senhor Jeroen Dijsselbloem são absolutamente inaceitáveis. São também muito perigosas, porque demonstram bem qual é o perigo do populismo e que o populismo não está só naqueles que tem coragem de assumir que o são. Está também naqueles que aparecem com pele de cordeiro, porque fazem discursos que são racistas, xenófobos e sexistas, como o discurso do senhor Dijsselbloem", sustentou. Na terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, já tinha pedido, a partir de Washington, o afastamento do presidente do Eurogrupo, que recusou pedir desculpa pelas suas declarações.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda social mulheres
Rumo do crescimento africano vai passar a ser analisado duas vezes por ano
Reuniões anuais e de Primavera do FMI vão verificar se a região subsariana está a conseguir dar os passos certos para um crescimento inclusivo e sustentável. (...)

Rumo do crescimento africano vai passar a ser analisado duas vezes por ano
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Reuniões anuais e de Primavera do FMI vão verificar se a região subsariana está a conseguir dar os passos certos para um crescimento inclusivo e sustentável.
TEXTO: A conferência África Rising, que terminou nesta sexta-feira em Maputo, Moçambique, encerrou com uma declaração conjunta onde fica estabelecido que os ministros africanos e governadores dos bancos centrais vão debater com os responsáveis do FMI, nas reuniões anuais e de Primavera desta organização, os progressos feitos para que haja um crescimento mais inclusivo e sustentável. Este objectivo, de acordo com a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, passa por uma forte aposta nas infra-estruturas, na melhoria da governação das instituições e nas pessoas, através da educação e da criação de postos de trabalho, com destaque para os jovens e para as mulheres. Além disso, é necessário mais transparência e desenvolver formas de financiamento mais alargadas, face ao investimento necessário para a região. Ao mesmo tempo, Lagarde sublinhou que o FMI tem de adequar a sua capacidade de resposta e de apoio às necessidades dos diferentes países da África subsariana. “Não pode ser uma solução de tamanho único”, disse. No painel final, que se realizou nesta sexta-feira de manhã, Winnie Byanyima, directora executiva da Oxfam Internacional, chamou a atenção para o problema da evasão fiscal e dos fluxos de capital ilícito. Os governos, afirmou, perdem em impostos, a vários níveis, mais do que os 98 mil milhões de dólares anuais que se estima serem necessários para desenvolver as infra-estruturas que a região precisa. “Dava para pagar tudo isso e ainda havia troco”, sublinhou. Se tal não acontece, é devido à corrupção, à carência de meios das autoridades fiscais e à falta de técnicos para negociar melhor os contratos de exploração de recursos naturais. No que diz respeito à corrupção, Bob Collymore, directivo executivo da Safaricom, afirmou que se são precisos dois para dançar esta música, porque são as empresas quem convida os governos para dançar. ”O tema da corrupção é tratado pelo FMI com pezinhos de lã”, afirmou. Em resposta, Lagarde negou essa imagem. “Quando nos defrontamos com uma situação de corrupção no desenho de um programa, dizemos que, se não percebemos o fluxo do dinheiro em termos orçamentais, ou divulgam a informação ou interrompemos a relação”. “É preciso transparência, fundamental para erradicar a corrupção, porque assim os media e sociedade civil podem perceber o que é verdade ou não”, afirmou Lagarde. O jornalista viajou a convite do FMI
REFERÊNCIAS:
Entidades FMI
De Londres à Jamaica e à pesca na Nigéria, eis os finalistas do Man Booker 2015
Dois britânicos, duas norte-americanas, o primeiro jamaicano e o segundo nigeriano na shortlist do mais importante prémio literário britânico. (...)

De Londres à Jamaica e à pesca na Nigéria, eis os finalistas do Man Booker 2015
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 Animais Pontuação: 9 Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dois britânicos, duas norte-americanas, o primeiro jamaicano e o segundo nigeriano na shortlist do mais importante prémio literário britânico.
TEXTO: Os não-britânicos continuam a dominar a shortlist do prémio literário Man Booker nesta sua segunda edição anual aberta a todos os escritores de língua inglesa. Pelo caminho ficou já, o que é considerado uma surpresa, a norte-americana Marilynne Robinson, que já venceu o prémio Pulitzer. Os seis finalistas foram conhecidos esta terça-feira em Londres e há primeiros romances e vigésimas obras na lista. Os finalistas do importante prémio literário britânico, que em 2013 anunciou a sua expansão para escritores de todas as nacionalidades desde que tenham publicado originalmente a sua obra em inglês e que tenham edição no Reino Unido, vão do Reino Unido à Nigéria, passando pela Jamaica e pelos EUA. São então finalistas os romances Satin Island, do britânico Tom McCarthy, A Brief History of Seven Killings, a terceira obra do jamaicano Marlon James, The Fishermen, o primeiro romance do professor nigeriano de Literatura, Escrita Criativa e Inglês Chigozie Obioma, ou The Year of the Runaways, a recém-publicada segunda obra do britânico Sunjeev Sahota. As duas únicas mulheres na lista de finalistas do Man Booker 2015 são as norte-americanas Anne Tyler com A Spool of Blue Thread e a Hanya Yanagihara com A Little Life. Tyler recebeu já o Pulitzer pela sua obra, a vigésima, que versa sobre quatro gerações de uma família e Yanagihara tem sido muito elogiada pelo retrato de corações partidos nas relações de quatro recém-licenciados nesta sua segunda obra. Tom McCarthy e o “antropólogo empresarial” que criou para o seu romance passado na Londres actual, está pela segunda vez na shortlist do Booker (a primeira foi em 2010 com o romance C). Em 2015, há então também o britânico Sunjeev Sahota, que escreve sobre os imigrantes indianos a trabalhar e a viver numa cidade do Reino Unido. Atribuído anualmente desde 1969, o mais importante galardão literário da língua inglesa até 2013 só premiou escritores do Reino Unido, irlandeses, do Zimbabwe ou de países da Commonwealth. Agora tem apenas dois finalistas britânicos como finalistas depois de em 2014 terem sido três os britânicos e dois os americanos na lista – um dos principais temores e críticas feitos à mudança das regras no Booker foi que os pesos-pesados da literatura e mercado americanos eclipsassem os restantes autores. Este ano, apesar da contabilidade feita às nacionalidades mostrar equilíbrio, o júri confirma que quatro destes autores residem e trabalham nos EUA. Marlon James é o primeiro jamaicano a chegar a esta fase do prémio e escreve sobre a violência dos gangues e uma tentativa de assassinato de Bob Marley e o nigeriano Obioma, o segundo do seu país a ser nomeado, romanceia o confronto de quatro irmãos, durante a gazeta às aulas para ir pescar, com a profecia de um louco no seu país natal. Ambos leccionam em universidades norte-americanas. O vencedor, nome anunciado a 13 de Outubro em Londres, receberá mais 50 mil libras (71. 500 euros) e será escolhido por um júri encabeçado por Michael Wood, professor na Universidade de Princeton. O júri elogiou esta manhã a “variedade de estilos de escrita, de herança cultural e origens literárias dos escritores” finalistas – há “um extraordinário espectro de abordagens à ficção” e estão “em fases muito diferentes das suas carreiras”, destacou Wood. De fora ficaram então a irlandesa Anne Enright (The Green Road) e a americana Marilynne Robinson (Lila, acabado de editar em Portugal pela Presença), dois dos nomes mais consagrados entre os 13 semi-finalistas anunciados no final de Julho. Para trás ficaram ainda Did You Ever Have a Family, de Billy Clegg, The Moor's Account, da americana de origem marroquina Laila Lalami, Sleeping on Jupiter, da indiana Anuradha Roy, e The Chimes, da neozelandesa Anna Smail. O vencedor de 2014 foi o australiano Richard Flanagan com The Narrow Road to the Deep North (A Senda Estreita para o Norte Profundo, editado em Portugal pela Relógio d’Água).
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Reportagem: xenofobia e racismo crescem entre os jovens russos
Moscovo é uma cidade de parques e avenidas arborizadas, e os seus habitantes gostam de passear ao ar livre. Mesmo no Inverno, os enormes parques cobertos de neve nunca estão vazios. Jovens sentam-se em bancos de jardim, passeiam em grupos ou patinam no gelo. Quando surge uma nesga de sol, verdadeiras multidões surgem de todo o lado, para uns momentos de festa. "São períodos raros, a que Pushkin chamou "horas de ouro"", diz Ekaterina, citando o poeta nacional russo. "São as horas mais belas neste país, fazem-nos sentir orgulho de ter nascido aqui." (...)

Reportagem: xenofobia e racismo crescem entre os jovens russos
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.1
DATA: 2012-03-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Moscovo é uma cidade de parques e avenidas arborizadas, e os seus habitantes gostam de passear ao ar livre. Mesmo no Inverno, os enormes parques cobertos de neve nunca estão vazios. Jovens sentam-se em bancos de jardim, passeiam em grupos ou patinam no gelo. Quando surge uma nesga de sol, verdadeiras multidões surgem de todo o lado, para uns momentos de festa. "São períodos raros, a que Pushkin chamou "horas de ouro"", diz Ekaterina, citando o poeta nacional russo. "São as horas mais belas neste país, fazem-nos sentir orgulho de ter nascido aqui."
TEXTO: Ekaterina tem 23 anos, está a terminar um mestrado em Relações Internacionais. Pensa que não terá dificuldades em encontrar emprego quando concluir os estudos, acredita no desenvolvimento e prosperidade da Rússia, mas acha que um dos principais problemas do país são os imigrantes. "Conheço uma família que alugou um quarto da casa a um imigrante do Cazaquistão. Passado um mês, sem que pudessem fazer nada, já não era só aquela pessoa, mas uns 20 familiares dela que viviam no quarto. E a polícia não pode agir, porque diz que eles têm direito de fazerem o que querem. "Ekaterina apoia Vladimir Putin, porque o considera o único candidato presidencial capaz de unir a Rússia, mas o seu político preferido é Vladimir Jirinovski, líder do nacionalista Partido Liberal Democrático. "É o único político carismático, que sabe o que diz e cativa as pessoas quando fala. Principalmente os jovens. Faz-nos sentir amor pela Rússia, e coloca correctamente o problema da imigração, que deveria ser controlada. "Sergei, 30 anos, programador informático, também vê na imigração um dos problemas do país, e por isso não apoia Putin. Tem até participado nas manifestações contra ele. "Putin representa a corrupção e a traição à pátria", diz. "Está a vender o país aos interesses estrangeiros. Submete-se aos Estados Unidos, não protege a Rússia e os russos das outras potências, das outras raças, das outras religiões. "Sergei considera que a cidade de Moscovo está a ser perigosamente invadida por estrangeiros. "Dantes podíamos passear à vontade num parque, mulheres e crianças saíam sozinhas, sem medo. Hoje, há zonas da cidade onde os verdadeiros russos estão em perigo. São guetos de outras raças, onde os russos nem podem entrar. Não considero isso correcto. A Rússia deve ser para os russos. "Esse é um dos slogans gritado nas várias manifestações nacionalistas que têm sido organizadas nos últimos anos. Principalmente na de 4 de Novembro do ano passado, onde estiveram pelo menos 7 mil pessoas, incluindo Sergei. Segundo várias sondagens credíveis, entre 50% e 60% dos russos concordam com essa palavra de ordem - "A Rússia para os russos". Mas na manifestação foi também gritado "Rússia livre! Poder russo!", "Imigrantes hoje, ocupantes amanhã!", "Morte aos judeus!" e "Desporto! Saúde! Nacionalismo!""Não tenho nada contra os imigrantes, desde que eles cumpram as regras da Rússia, falem a língua, se adaptem à nossa cultura", diz a moderada Ekaterina. Já o mais radical Sergei está convencido de que toda a criminalidade da Rússia é cometida por imigrantes. "Crimes violentos, violações, coisas desumanas", precisa. O "bronzeado" dos negros"Há raças menos desenvolvidas. Toda a gente sabe isso. As pessoas no Tajiquistão têm uma cultura menos avançada do que a nossa. Os negros são inferiores. Por que é que nos EUA, apesar de todas as leis de igualdade, eles são mais pobres e constituem a maioria da população das prisões?"Em Moscovo, alguns spas que querem promover os seus solários colocaram à porta um rapaz negro (geralmente recrutados entre os estudantes africanos que precisam de um emprego em part-time) com um letreiro ao peito dizendo: "Adquiri aqui o meu bronzeado. "Nos trabalhos menos qualificados, como a recolha do lixo, é comum ver pessoas de etnia mongol, ou do Cáucaso, serem maltratados pelos seus superiores. Todos os anos, imigrantes dessas etnias, principalmente das repúblicas ex-soviéticas da Ásia Central, são assassinados às centenas em Moscovo e São Petersburgo. Em muitos jovens russos, o discurso contra os imigrantes está ligado ao da grandeza da Rússia. Com várias nuances e graus de radicalismo, é uma espécie de ideologia que, segundo vários analistas, domina o país.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
SOS Racismo acusa Polícia Municipal de Lisboa de xenofobia
A Polícia Municipal de Lisboa deu parecer negativo à realização de arraiais populares na zona do Martim Moniz, sustentando que este espaço é problemático em termos de segurança, sendo frequentado por pessoas de tez negra, toxicodependentes e pessoas que se prostituem. A denúncia é feita em comunicado pela associação SOS Racismo, entidade que pretendia realizar na zona do Martim Moniz, durante o mês de Junho, a 6ª edição da Festa da Diversidade, uma iniciativa que já decorreu no local no ano passado e que a organização descreve como tendo sido um estrondoso sucesso, sem que se tivessem registado qualquer tipo... (etc.)

SOS Racismo acusa Polícia Municipal de Lisboa de xenofobia
MINORIA(S): Migrantes Pontuação: 6 Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2004-06-11 | Jornal Público
TEXTO: A Polícia Municipal de Lisboa deu parecer negativo à realização de arraiais populares na zona do Martim Moniz, sustentando que este espaço é problemático em termos de segurança, sendo frequentado por pessoas de tez negra, toxicodependentes e pessoas que se prostituem. A denúncia é feita em comunicado pela associação SOS Racismo, entidade que pretendia realizar na zona do Martim Moniz, durante o mês de Junho, a 6ª edição da Festa da Diversidade, uma iniciativa que já decorreu no local no ano passado e que a organização descreve como tendo sido um estrondoso sucesso, sem que se tivessem registado qualquer tipo de problemas. Este ano, contudo, a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) não permitiu que a iniciativa tivesse lugar no Martim Moniz, tendo justificado a decisão com o facto da realização do Euro 2004 aconselhar o afastamento das actividades culturais do centro da cidade, segundo o SOS Racismo. Contudo, ao ter conhecimento do ofício da Polícia Municipal, a organização acredita que os verdadeiros argumentos prendem-se com a simples presença da população imigrante e com os medos racistas daquela força. No comunicado enviado à EGEAC, o sub-intendente Almeida Rodrigues, comandante da Polícia Municipal, desaconselha a realização de uma iniciativa que poderia criar novos problemas de segurança "numa zona já de si problemática devido aos seus frequentadores, descritos como pessoas de tez negra, toxicodependentes e pessoas que se prostituem. O documento afirma também que os usos e costumes de origem daqueles frequentadores "terá trazido ainda mais promiscuidade àquela zona. O texto tece ainda considerações sobre os princípios étnicos destes frequentadores, que diz alimentarem uma atitude de inconformidade face aos agentes da autoridade, que já resultou em confrontos físicos. Instado pela TSF a clarificar estas afirmações, o sub-intendente Almeida Rodrigues rejeitou qualquer atitude racista, afirmando que a referência a pessoas de tez negra visou apenas especificar qual o tipo de pessoas que circulam maioritariamente naquela zona e que podem trazer problemas. Questionado sobre as referências aos usos e costumes dos frequentadores do Martim Moniz, o responsável policial afirmou: Se continuarmos a pôr música só africana, vamos chamar mais africanos para esse local. Logo, isso vai trazer, em princípio, problemas se não houver elementos de segurança naquela zona. Perante esta atitude, o SOS Racismo vai apresentar queixa à Comissão Para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial, tendo solicitado aos partidos políticos com assento parlamentar que se pronunciem sobre esta questão. Estas afirmações, descritas num documento oficial, são gravíssimas e a Câmara Municipal de Lisboa não pode permitir que um comandante abertamente racista e xenófobo se mantenha à frente dos serviços da Polícia Municipal, lê-se no comunicado da organização, que pediu já uma audiência com o presidente da Câmara Municipal, Pedro Santana Lopes.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave racismo igualdade racista negra imigrante discriminação
Sites chineses apagam marca de moda Dolce & Gabbana devido a anúncio "racista"
Os criadores de moda já pediram desculpa, mas os erros – considerados ofensas culturais – sucedem-se e arriscam perder o mais importante mercado de luxo do mundo. (...)

Sites chineses apagam marca de moda Dolce & Gabbana devido a anúncio "racista"
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 Africanos Pontuação: 9 | Sentimento -0.06
DATA: 2018-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os criadores de moda já pediram desculpa, mas os erros – considerados ofensas culturais – sucedem-se e arriscam perder o mais importante mercado de luxo do mundo.
TEXTO: Os produtos da marca de moda Dolce & Gabbana foram retirados das plataformas de venda online na China devido à controvérsia provocada por uma série de anúncios considerados racistas. Num dos anúncios, uma modelo chinesa tenta, com dificuldade, comer massa e pizza com pauzinhos, ao mesmo tempo que um narrador introduz uma sugestão sexual ao perguntar: "É muito grande para ti?"Na China, a campanha foi considerada insultuosa, e a marca italiana cancelou um desfile de moda marcado para quarta-feira, em Xangai, depois de modelos e celebridades chinesas terem ameaçado abandonar a marca devido à polémica. E depois de no site da marca terem surgido publicações de teor racista – atribuídas a Stefano Gabbana. "Pedimos desculpa por qualquer transtorno causado por essas publicações falsas. Temos o maior respeito pela China e pelo povo chinês", disse a marca, explicando que o seu site foi pirateado e que as mensagens atribuídas a Gabbana são falsas. Porém, na quinta-feira, as principais plataformas de vendas online na China anunciaram o boicote à marca de luxo, apesar do pedido de desculpas. A empresa de comércio online Secco anunciou que deixa de vender produtos da marca. "Isto é uma questão de racismo e a Secco não pode trabalhar com uma companhia sem integridade e moral", disse um porta-voz citado pelo Financial Times. A Yoox Net-a-Porter, a maior plataforma de comércio de luxo do mundo online, fez o mesmo, apesar de manter as vendas da marca no portal fora da China. Outras importantes plataformas de comércio online na China também retiraram os produtos da marca italiana – a Alibaba, por exemplo, não se pronunciou, mas as buscas não mostram qualquer produto da marca dos criadores Domenico Dolce e Stefano Gabbana à venda. Desconhece-se ainda o impacte que a polémica terá nas lojas da marca na China. Nesta sexta-feira, a marca emitiu um segundo pedido de desculpas, com o jornal de Hong Kong The South China Morning Post a publicar um vídeo de Domenico Dolce a pedir que este "mal-entendido sobre a cultura chinesa" fosse perdoado. Alina Ma, da empresa de marketing Mintel, disse à BBC que a campanha publicitária da Dolce & Gabbana deixou os consumidores chineses confusos e com a ideia de que a marca não os percebe. "Os consumidores chineses querem uma marca que os conheça, que os faça sentir importantes", disse Ma, comentando o impacte que a rejeição da marca na China pode ter. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A China é crucial para este tipo de empresas. Um relatório deste ano da consultora Bain & Company, citado pela BBC, diz que o mercado de luxo cresceu 22% este ano na China. "Se eles conseguirem mostrar, e de forma sincera, que conhecem o consumidor chinês, que querem conhecer o mercado chinês, podem dar a volta a isto", concluiu Ma. Porém, não é a primeira vez que a Dolce & Gabbana gera polémica na China. Em Abril, a marca lançou uma campanha no Weibo (o Twitter chinês) mostrando pessoas muito pobres a andar em bairros antigos de Pequim, em contraste com modelos antes de um desfile de moda Dolce & Gabbana. Foram acusados de estar a propagar uma ideia estereotipada da China em vez de mostrar a modernidade do país.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura racismo sexual chinês racista
Angolanos chumbam venda da operação polaca do BCP
O BCP já não vai vender o polaco Bank Millennium, uma operação que chegou a ser anunciada, e defendida, pela actual administração presidida por Carlos Santos Ferreira. A mudança de posição poderá ter a ver com a entrada de novos accionistas no BCP, mas também alegadas discordâncias entre grandes accionistas que se opunham à venda da instituição polaca, considerada a jóia da coroa e que compensava os maus resultados da actividade doméstica. (...)

Angolanos chumbam venda da operação polaca do BCP
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 9 | Sentimento -0.5
DATA: 2011-12-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O BCP já não vai vender o polaco Bank Millennium, uma operação que chegou a ser anunciada, e defendida, pela actual administração presidida por Carlos Santos Ferreira. A mudança de posição poderá ter a ver com a entrada de novos accionistas no BCP, mas também alegadas discordâncias entre grandes accionistas que se opunham à venda da instituição polaca, considerada a jóia da coroa e que compensava os maus resultados da actividade doméstica.
TEXTO: A iniciativa surge depois da gestão liderada por Santos Ferreira "concluir" que esta é a melhor opção" e a que "melhor defende" os interesses "dos accionistas", segundo comunicado enviado à CMVM. No final do primeiro semestre, o BCP alterara a sua estratégia de crescimento, ao informar que ia abandonar o mercado polaco, que, então, na óptica da administração, estava esgotado. Santos Ferreira comunicou que iria reorientar o seu investimento internacional para os países lusófonos: Angola, Moçambique e Brasil. Na altura, a opção foi interpretada como uma tentativa de ganhar dinheiro rapidamente e também de cortar com as linhas de internacionalização delineadas pelo fundador Jardim Gonçalves. Fonte do BCP explicou que a mudança de estratégia, que passa agora por manter o Bank Millennium, se deveu à entrada de novos accionistas, nomeadamente os que têm sido referidos na imprensa, de origem brasileira e chinesa, e para quem o mercado polaco é atractivo. Já outras fontes da instituição, entre elas de accionistas, disseram ao PÚBLICO que a decisão de não vender o Bank Millennium se ficou a dever a instruções enviadas por Luanda. Na quinta-feira passada, decorreu uma reunião do conselho geral e superior onde estão sentados os maiores investidores, como a petrolífera angolana, Sonangol, e a InterOceânico (têm cerca de 15%), holding de capitais portugueses e africanos, e onde o tema foi discutido. Também Joe Berardo, com 4, 5%, discordava da alienação do activo polaco, considerado o mais rentável do grupo e a jóia da coroa. Este negócio era defendido pelo CFO, e vice-presidente, António Ramalho, que chegou a manter contactos institucionais com bancos interessados em ficar com as acções do Bank Millennium, avaliado pelos analistas em cerca de 900 milhões de euros. O Bank Millennium, nos primeiros nove meses do ano, teve lucros de 85, 1 milhões de euros, mais 60% face ao período homólogo de 2010. No mesmo período, o resultado líquido acumulado do BCP caiu 72, 7%, para 59, 4 milhões de euros, penalizado pelo provisionamento da dívida pública grega em 136, 1 milhões. No curto prazo, o BCP tem pela frente questões relevantes por resolver: necessidades adicionais de reforço de imparidades (em Junho a troika detectou necessidades adicionais de 381 milhões de euros); lidar com os riscos associados à operação grega, quer em termos da dívida pública helénica (está a ser negociado um perdão de 50%), quer em termos do seu investimento local que é afectado pelo risco país. Ao vir a público comunicar que não vai deixar a Polónia, o que gerava fundos, o BCP deu um sinal de que já decidiu pedir ajuda ao Estado para colocar os níveis de capital nos patamares exigidos pela troika.
REFERÊNCIAS:
Entidades TROIKA
Nem a tristeza sul-africana pára a festa no Gugulethu
São eles e uma bola num cemitério. Indiferentes à pobreza que os rodeia, aos cheiros intensos e aos jazigos ali ao lado, os miúdos do Gugulethu jogam à bola. (...)

Nem a tristeza sul-africana pára a festa no Gugulethu
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: São eles e uma bola num cemitério. Indiferentes à pobreza que os rodeia, aos cheiros intensos e aos jazigos ali ao lado, os miúdos do Gugulethu jogam à bola.
TEXTO: Não querem saber dos jogos Inglaterra-Eslovénia e Estados Unidos-Argélia, que decorrem àquela hora. "Prefiro jogar a ver os jogos", diz ao PÚBLICO Yanga, de 17 anos, o porta-voz dos rapazes que neste fim de tarde jogam no caminho lateral do enorme cemitério de Gugulethu, uma township (bairro pobre), a 20 quilómetros da Cidade do Cabo. Durante o regime do apartheid, os negros não podiam viver na cidade e foram confinados a townships, onde hoje se acumulam barracas de lata, casas modestas, lixo e muitas bancas de venda de fruta. No Gugulethu (que significa "o nosso orgulho", em xhosa), há água e electricidade. As portas entreabertas de algumas casas deixam perceber que há televisões sintonizadas nos jogos de futebol. Não é, pois, por falta de TV que os miúdos preferem estar a jogar do que a ver o Mundial. É mesmo por puro gozo, embora saibam muito bem o que se tem passado no campeonato. "Os 'Bafana bafana' foram eliminados e agora torço pela Argentina", diz Yanga, que gosta de Messi e Tévez, dois jogadores que também já foram meninos num bairro pobre da Argentina. Ao lado da pobreza e dos miúdos, o Gugulethu também tem sítios para turista ver. Como um bar transformado em atracção turística. As grades separam a rua do espaço da clientela. Os seguranças estão à porta e lá dentro há mais estrangeiros do que sul-africanos, embora todos concentrados nas mesmas coisas: a cerveja, o churrasco e os modernos ecrãs de televisão em que passam os jogos. Mbyelo, Xolisa e Themz são três amigos sul-africanos. Estão sentados com um pack de cervejas à frente e já decidiram quem apoiam, agora que a África do Sul foi eliminada. Mbyelo, de 22 anos, prefere o Brasil. "Foram campeões cinco vezes e têm os melhores jogadores do mundo", diz este funcionário do aeroporto, que ontem trocou a camisola dos "Bafana bafana" pela dos Orlando Pirates, o clube do coração. Xolisa, um estudante de 30 anos, vai torcer pela Argentina e Themz, de 38, apoia o Gana, enquanto a equipa africana estiver em prova, e depois vira-se para a Espanha, porque joga "bonito". Os sul-africanos ainda estão a digerir a eliminação dos "Bafana bafana", embora se sintam orgulhosos da sua equipa. "Caíram com dignidade", diz Xolisa, repetindo as manchetes dos jornais sul-africanos de ontem. Mas nem só a África do Sul está fora do Mundial. O primeiro campeonato do mundo em solo africano está a ser uma desilusão para as equipas do continente: das seis que iniciaram a prova, apenas o Gana se qualificou para os oitavos-de-final e a Costa do Marfim tem poucas hipóteses. "Os jogadores jogam individualmente e querem brilhar. E as equipas trocam muito de treinador", diz Mbyelo, numa análise igual à de Roger Milla, antigo jogador camaronês, que ontem criticou a falta de disciplina e preparação das selecções africanas. Mesmo sem África do Sul e quase sem equipas africanas, o Mundial não acabou. Os sul-africanos já estão a escolher novas selecções e garantem que apoiam o Mundial até ao final. "É o nosso sonho", sublinha Themz. "A festa continua até ao fim. "
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Manifestação contra medidas "racistas" do Governo francês em Lisboa e Porto
"Direitos Humanos sim!" A frase, gritada por cerca de 70 pessoas, ecoou hoje junto à embaixada de França, em Lisboa, numa manifestação a favor dos direitos humanos e contra a política de expulsão de ciganos que está a ser aplicada pelo Governo francês. (...)

Manifestação contra medidas "racistas" do Governo francês em Lisboa e Porto
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 Ciganos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: "Direitos Humanos sim!" A frase, gritada por cerca de 70 pessoas, ecoou hoje junto à embaixada de França, em Lisboa, numa manifestação a favor dos direitos humanos e contra a política de expulsão de ciganos que está a ser aplicada pelo Governo francês.
TEXTO: De acordo com Maria José, professora universitária e elemento da organização, "não se pode ficar indiferente" face às recentes decisões tomadas em França. "Achei que Portugal também não podia ficar fora desta onda de solidariedade", acrescentou. Lisboa e Porto alertaram para o tema, reunindo mais de uma centena de pessoas. "Estamos aqui em nome da igualdade de oportunidades, mas também para mostrar indignação face às medidas instituídas", disse. Claire Healy, uma das muitas pessoas presentes junto à embaixada, não podia deixar de comparecer. "Sabemos o que acontece quando existem leis contra uma etnia. É perigoso, e pode ter consequências muito graves", afirmou a investigadora de migrações, acrescentando que o Governo francês está a dar um passo "em direcção ao passado", ideia partilhada por todos os presentes. Para Manuel Carlos Silva, também professor universitário, França tomou decisões "xenófobas e racistas". Actos considerados "muito graves", que exigem "que se faça algo". José Quintino, mediador sociocultural de etnia cigana, juntou-se à manifestação para apoiar a sua comunidade, com quem trabalha "directamente". "O essencial é dar-lhes oportunidades! Integrar em vez de expulsar!", explicou o jovem. Para Maria José, o Governo francês está "a começar pelos mais fracos", e se não existir uma reacção, "depressa chegará a outros grupos". Para João Teixeira Lopes, também membro organizador da iniciativa, o essencial é "não ficar em silêncio". "Não aprendemos nada com os erros que foram cometidos no passado", acrescentou. De acordo com João Teixeira Lopes, o Porto contou com cerca de 50 pessoas na iniciativa e Lisboa reuniu cerca de 70 pessoas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave comunidade igualdade
Palavras de ordem nos uniformes motivam novos processos contra detidos angolanos
“À falta de factos que possam sustentar a acusação e a longa prisão, acho que se começam a inventar crimes”, afirma advogado de defesa. Nos primeiros três dias do julgamento foram ouvidos apenas dois dos 17 arguidos. (...)

Palavras de ordem nos uniformes motivam novos processos contra detidos angolanos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.136
DATA: 2015-11-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: “À falta de factos que possam sustentar a acusação e a longa prisão, acho que se começam a inventar crimes”, afirma advogado de defesa. Nos primeiros três dias do julgamento foram ouvidos apenas dois dos 17 arguidos.
TEXTO: Cinco dos 15 activistas angolanos que estão ser julgados em Luanda pela acusação de rebelião e atentado contra o Presidente, José Eduardo dos Santos, são agora alvo de processos-crime por terem surgido em tribunal com palavras de ordem escritas nos uniformes prisionais – disse esta quarta-feira ao PÚBLICO um dos advogados de defesa. Fotos da primeira sessão do julgamento mostram inscrições nas roupas de alguns. “Nenhuma ditadura impedirá o avanço de uma sociedade para sempre”, lia-se, por exemplo, entre outras frases, nas costas de um. Nas de outro, por baixo da palavra “Recluso”, podia ler-se: “do Ze Dú”, uma referência a José Eduardo dos Santos. Os novos processos são justificados por “danos em propriedade do Estado” e são uma iniciativa da procuradora do caso que começou a ser julgado no início da semana no Tribunal Provincial de Luanda, disse o advogado Luís Nascimento. “À falta de factos que possam sustentar a acusação e a longa prisão, acho que se começam a inventar crimes”, afirmou. Um vídeo que não fazia parte do processo, com o qual o arguido Manuel Chivonde Nito Alves foi confrontado na terça-feira, reforça a opinião do advogado. Trata-se de uma pequena entrevista de menos de três minutos que o activista deu em Maio, numa iniciativa sobre direitos humanos, no Brasil. “É um vídeo que o próprio juiz diz ter encontrado e diz considerar um facto notório”, afirmou Luís Nascimento, estranhando que tenha sido o juiz a juntar esse dado processo. No vídeo, disponível no You Tube, Nito Alves, o mais jovem dos arguidos, 19 anos, refere-se a José Eduardo dos Santos como “bandido, meliante”. Nos três primeiros dias do julgamento foram ouvidos apenas dois arguidos – Nito Alves e Hitler Jessy Tshikonde, 25 anos. “Com este ritmo somos capazes de demorar um mês”, afirma o advogado da equipa de defesa de 12 dos 15 detidos, entre eles Luaty Beirão, que esteve 36 dias em greve de fome. Para além dos detidos há duas acusadas em liberdade. Boa parte das perguntas feitas aos arguidos já ouvidos incidem sobre as reuniões que o grupo vinha mantendo – a maior parte das detenções ocorreu numa dessas reuniões, a 20 de Junho. A acusação e o juiz têm procurado também que os acusados digam “quem é o ditador”. Também esta quarta-feira, outro dos advogados de defesa, Walter Tondela, anunciou, citado pelo site Rede Angola, que vai fazer uma participação por crime de ofensa corporal, queixando-se de agressão e ferimentos provocados por choques eléctricos, na terça-feira, ao arguido Mbanza Hamza, nome por que é conhecido Afonso Matias. Na origem do caso estará a reclamação dos activistas de melhores condições na cela do tribunal onde aguardam enquanto não são chamados à sala de audiências. O porta-voz dos serviços prisionais, Menezes Kassoma, negou que arguidos sob detenção tenham sido agredidos. “O recluso Mbanza Hamza tentou trazer uma parte do colchão da prisão para esta instituição que é o tribunal e, felizmente, ele foi impedido. Em função desta situação, negava-se a descer da viatura para entrar para a cela e foi persuadido a entrar”, disse, citado pelo site. Logo na terça-feira, um dos advogados de defesa, Zola Ferreira, denunciou, em declarações à rádio Voz da América, maus-tratos a detidos – “ouvimos gritos que nos preocuparam”, disse. Ferreira manifestou a intenção de apresentar um protesto junto do juiz. Ameaças a jornalistasUma equipa do Rede Angola destacada para a cobertura do caso – o que só no primeiro dia foi possível fazer na sala de audiências – foi, também esta quarta-feira, ameaçada por um grupo de pessoas que se tem concentrado nas proximidades do tribunal desde o início do julgamento, na segunda-feira. Os jornalistas disseram ter sido impedidos pelos membros do grupo, que envergam t-shirts brancas com a frase “Justiça sem Pressão”, de fotografarem as suas movimentações. Afirmaram que foram cercados por cerca de meia centena e obrigados por quatro deles a eliminar imagens que tinham captado. Em declarações anteriores, membros do grupo disseram que não pertencem a qualquer partido e estão a manifestar solidariedade aos serviços judiciais em nome da sociedade civil e a declararem a sua oposição a pressões. No momento em que ameaçaram os repórteres disseram ter autoridade para actuar daquela forma.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime direitos humanos tribunal prisão fome maus-tratos