Balotelli ouve cânticos racistas em treino da selecção italiana
Federação italiana declarou que incidente é “inaceitável”. (...)

Balotelli ouve cânticos racistas em treino da selecção italiana
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Federação italiana declarou que incidente é “inaceitável”.
TEXTO: Depois dos jogos, são os treinos a servirem de palco a manifestações de racismo no futebol. Mario Balotelli foi alvo de insultos racistas durante o treino da selecção italiana esta quarta-feira, perto de Florença. A polícia teve mesmo de intervir por causa de um grupo de miúdos que estavam a entoar cânticos racistas, segundo a Associated Press. O jogador do AC Milan disse, na sequência do sucedido, que “apenas em Roma ou em Florença é que se ouvem este tipo de coisas”. O seleccionador italiano, Mario Prandelli, desvalorizou o incidente, dizendo não ter ouvido o que foi dito. “Tudo o que ouvi foram os aplausos”, disse Prandelli, citado pela AFP. Por seu lado, a Federação Italiana de Futebol considerou “inaceitável” o comportamento dos adeptos. “Tratou-se de um incidente isolado de pessoas que não deviam ter estado lá, mas é inaceitável”, afirmou o presidente Giancarlo Abete. Ciro Immobile, colega de Balotelli na Squadra Azzurra, disse que acontecimentos desta natureza o entristecem. “Sou de Nápoles e ouvir os adeptos a cantarem ‘lavem-nos com lava do Monte Vesúvio’ não é algo agradável. Felizmente, o Mario ignorou e continuou com o treino, mas nós, como jogadores, devíamos fazer mais para acabar com isto”, disse o jogador que alinha no Torino. Esta não é, de resto, a primeira vez que o próprio Balotelli é alvo de insultos racistas. Para além de já ter acontecido em jogos da Serie A, o avançado protagonizou um incidente deste cariz durante um jogo contra o FC Porto, no Estádio do Dragão, enquanto representava o Manchester City, que terminou com a aplicação de uma multa ao clube português pela UEFA.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave racismo
Real Madrid castigado pela UEFA por racismo
Campeões europeus alvo de encerramento parcial do seu estádio no primeiro jogo europeu da próxima época. (...)

Real Madrid castigado pela UEFA por racismo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.2
DATA: 2014-05-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Campeões europeus alvo de encerramento parcial do seu estádio no primeiro jogo europeu da próxima época.
TEXTO: O estádio do Real Madrid vai ser encerrado parcialmente, na sequência de um castigo da UEFA por causa de incidentes racistas protagonizados pelos adeptos merengues durante as meias-finais da Liga dos Campeões. Os detentores do título europeu vão disputar o primeiro jogo no Santiago Bernabéu na Liga dos Campeões 2014-15 com dois sectores encerrados, avançam vários jornais desportivos espanhóis, que citam um comunicado da UEFA. A decisão, ao abrigo do artigo 14. º do Regulamento Disciplinar da UEFA, implica que nos dois sectores encerrados, o 120 e o 122 (localizados atrás de uma das balizas), seja exibida uma faixa com a frase “Não ao racismo”. Em causa está o jogo entre o Real Madrid e o Bayern Munique na capital espanhola, a 23 de Abril, na primeira mão das meias-finais da Liga dos Campeões, em que foram registados incidentes racistas. A UEFA não revelou que tipo de incidentes ocorreram. O organismo que tutela o futebol europeu lembrou que “todas as formas de comportamentos racistas consideram-se sérias ofensas contra as regulações disciplinares e são punidas severamente”. A nova normativa relativa ao racismo, que entrou em vigor a 1 de Junho de 2013, veio endurecer as sanções por comportamentos deste tipo. A UEFA tem reiterado nos últimos tempos que está empenhada em combater as manifestações de racismo no futebol europeu. O final desta época foi marcado por diversos incidentes em alguns dos principais campeonatos, com destaque para a Liga espanhola, onde por duas semanas consecutivas ocorreram dois episódios. Na sequência dos acontecimentos que envolveram, primeiro, o jogador do Barcelona Dani Alves e, depois, o atleta senegalês do Levante, Pape Diop, o presidente da UEFA, Michel Platini, mostrou-se “indignado” e pediu tolerância zero para comportamentos do género. Esta temporada, o CSKA Moscovo foi sancionado pela UEFA pelo comportamento dos seus adeptos durante um jogo da Liga dos Campeões frente à equipa checa do Viktoria Plzen. A formação russa irá jogar o próximo jogo europeu à porta fechada e terá de pagar uma multa de 50 mil euros. As sanções previstas pelo Regulamento Disciplinar da UEFA para casos de racismo vão desde o encerramento parcial até ao fecho total do estádio e uma multa de 50 mil euros, para as reincidências.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave racismo género
Obama defende "uma aliança entre iguais” com o continente africano
Na cimeira que decorrer em Washington, o Presidente dos EUA anunciou um pacote de investimentos no valor de mais de 14 mil milhões de dólares em África. (...)

Obama defende "uma aliança entre iguais” com o continente africano
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na cimeira que decorrer em Washington, o Presidente dos EUA anunciou um pacote de investimentos no valor de mais de 14 mil milhões de dólares em África.
TEXTO: Num editorial publicado pela imprensa norte-americana para coincidir com a primeira cimeira EUA-África, que está a decorrer em Washington, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou que o seu país tem uma “obrigação moral” de apoiar o progresso e desenvolvimento dos países africanos, onde “milhões de pessoas ainda têm de viver com a miséria diária da pobreza extrema e conflitos violentos, e com a injustiça da fome e da doença”. Mas tem, também, que “pensar de maneira diferente sobre o continente, pôr de lado estereótipos antigos, e responder ao desejo dos africanos de uma aliança entre iguais”. Por outras palavras, Obama defendeu que chegou o momento de alterar o relacionamento económico entre os EUA e o continente africano, do actual modelo assente na cooperação e ajuda ao desenvolvimento, para uma nova fase baseada em trocas comerciais mutualmente benéficas. E nesse sentido, no arranque do fórum económico que marcou o segundo dia de trabalhos, o Presidente fez saber que uma série de companhias americanas acabam de assinar um compromisso para a execução de projectos no valor de mais de 14 mil milhões de dólares em África. Tratam-se de investimentos nos sectores da energia, construção, agricultura, distribuição, banca e serviços financeiros e tecnologia de informação, enumerou uma nota divulgada pela Casa Branca. Entre as cerca de 100 empresas interessadas estão, por exemplo, a General Electrics, IBM, Wal-Mart, Citigroup e Ford Motor Company. “Os projectos fortalecem a presença económica dos EUA em África, e contribuem para o crescimento económico que promove empregos e prosperidade, tanto num lado como no outro”, refere o comunicado. Obama é o anfitrião dos mais de 50 chefes de Estado, delegados governamentais e representantes do sector empresarial e da sociedade civil de quase todos os países de África, que viajaram para os EUA para discutir o futuro do continente — tanto do ponto de vista dos mercados e desenvolvimento, como das instituições e democracia. Numa das sessões de trabalho com vários dirigentes empresariais norte-americanos, o antigo Presidente Bill Clinton considerou que os Estados Unidos continuam sem aproveitar a maré do potencial económico africano, e instou os empreendedores a estudar a lição e investir no continente. “Temos de nos chegar à frente, e apanhar a China e a União Europeia, que foram mais espertas do que nós”, concordou o ex-mayor de Nova Iorque e magnata dos media, Michael Bloomberg.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
"Também hoje estou orgulhoso de ser africano"
Nem a morte de Zenani Mandela ensombrou uma tarde de futebol, união e liberdade: "A festa continua" (...)

"Também hoje estou orgulhoso de ser africano"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.4
DATA: 2010-06-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Nem a morte de Zenani Mandela ensombrou uma tarde de futebol, união e liberdade: "A festa continua"
TEXTO: Karim, 76 anos, Elaais, 40, e Amir, 11, avançaram pelos corredores do monumental Soccer City de mãos dadas. Três gerações de uma família sul-africana com barbas brancas e compridas, com lágrimas nos olhos e com uma palavra em comum. "Inacreditável". "Felizmente", só dois deles viveram o fim do Apartheid. Felizmente, os três poderão viver o "sonho" do Mundial. "Muito mais do que um jogo de futebol", como sublinhou Karim, que ontem até podia ser o porta-voz de uma nação orgulhosa. "Ser livre, ter o meu pai e o meu filho aqui ao meu lado e estar prestes a assistir a este capítulo da história é algo que não esperava. Acontece uma vez na vida", juntou Elaais. A contagem decrescente teve esse efeito. Desta vez, pela primeira vez em Joanesburgo desde o tal Mundial de râguebi, o cartaz anunciava mais do que um simples jogo. "Traz lágrimas aos meus olhos", referiu Howard Berchowitz. "Reúne toda a gente, brancos, negros, todos iguais. Também hoje estou muito orgulhoso de ser africano. Estamos aqui para celebrar o futebol", afirmou Mark, com 16 anos durante as primeiras eleições livres na África do Sul. "Morava numa quinta, um negro era meu irmão. Sempre falei zulu. Os meus pais não admitiam a segregação. Nas cidades a questão era mais evidente". O dia teria sido perfeito se aquele remate de Mphela, sobre o minuto 90, não tivesse esbarrado no poste. O dia teria sido ainda mais perfeito se o dia 11 de Junho de 2010 - e a festa na véspera - não tivesse ficado associado ao trágico acidente de viação que vitimou Zenani Mandela, a bisneta de 13 anos de Mandela que há sensivelmente um ano pegou na Taça das Confederações que ia ser entregue ao Brasil. O dia não foi perfeito, mas a festa tem que continuar. "O espírito de Mandela está no Soccer City", lançou Joseph Blatter, no seu discurso, referindo-se à "tragédia" que assolou "a família Mandela" e que obrigou Nelson Mandela a falhar mais um momento histórico do seu sonho. "Tentou estar connosco", sublinhou o presidente Jacob Zuma, que repetiu "este é o Mundial africano!" perante cerca de 85 mil adeptos eufóricos. "A festa continua", dissera pouco antes ao PÚBLICO Danny Jordaan, presidente do Comité Organizador do Mundial, sem saber muito bem como reagir perante um pesadelo e perante um sonho que também é seu. "Os nossos pensamentos estão com ele [Mandela], mas a vida é assim. A festa continua, seria esse o seu desejo. Esperámos muitos anos, demasiados anos por este momento. Foi muito difícil chegar até aqui". E sorriu. A festa já era imparável. "Vamos ganhar só por 1-0 por respeito aos anfitriões, mas não vamos ter compaixão", alertara Antony "Septiembre Negro", um dos muitos adeptos mexicanos com máscara de "lucha libre". "Um empate fica super-bem às duas equipas", atirou Juan Pablo "Rey Misterio", acabadinho de chegar da Cidade do México. "Está muito frio e nota-se que há muito pouca segurança, mas as pessoas são amáveis. Já nos perdemos e oferecemos uma garrafa de tequilha às pessoas que nos ajudaram", completou Paco "Blue Demon". Carlos Calderon ?"El Santo" tem a frase do dia: "Os sul-africanos são bons a dançar, mas não são nada de especial a jogar à bola". Cá fora, um turbilhão à volta de Shakira. Quem vai ganhar o Mundial, Shakira? "Não tenho uma bola de cristal". No interior do Soccer City desenha-se o continente africano com uma manta de retalhos, aproximam-se os povos. A selecção africana subiu ao relvado pouco depois. Os jogadores vinham todos a cantar.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Crónica do jogo: Aventura africana termina nos pés de Villa e na estratégia de Queiroz
Portugal derrotado com golo milimetricamente em fora-de-jogo. Ronaldo passou ao lado do Mundial. Táctica de contenção não resultou e só Eduardo se superou. (...)

Crónica do jogo: Aventura africana termina nos pés de Villa e na estratégia de Queiroz
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-06-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Portugal derrotado com golo milimetricamente em fora-de-jogo. Ronaldo passou ao lado do Mundial. Táctica de contenção não resultou e só Eduardo se superou.
TEXTO: David Villa ganhou a Cristiano Ronaldo, Xavi a Raul Meireles, Vicente Del Bosque a Carlos Queiroz. A Espanha foi melhor do que Portugal em quase toda a linha, seguindo para os quartos-de-final do Mundial 2010, com a confiança reforçada. A selecção portuguesa regressa a casa com o objectivo mínimo cumprido, mas também com o sabor amargo de não ter explorado o facto de ter um dos melhores jogadores do mundo. Cristiano Ronaldo não chegou a ser uma mais-valia neste Mundial, particularmente contra a selecção do país onde trabalha. A estratégia de contenção de Carlos Queiroz só funcionou realmente na segunda metade da primeira parte, única altura em que Portugal conseguiu incomodar Casillas. A falta de risco e o fracasso individual de alguns jogadores (Simão, Ronaldo, Danny) conduziram a equipa portuguesa a uma derrota inevitável frente a um adversário com melhor futebol nos pés, apesar de não ter hoje o brilho do Euro 2008. A Espanha entrou em campo no dia em que passavam exactamente dois anos sobre o título europeu, que devolveu a confiança a uma selecção toldada pelos fantasmas das derrotas passadas. E a equipa de Del Bosque, atormentada pela derrota frente à Suíça, entrou a todo o gás e só não marcou porque Eduardo voltou a mostrar que está em excelente forma. Com o meio-campo português baralhado com as marcações e os espanhóis a explorarem o flanco defendido por Ricardo Costa, o ainda (e por pouco tempo) guarda-redes do Sporting de Braga evitou o golo do adversário por três vezes em sete minutos: primeiro a Torres (2’) e depois a Villa (3’ e 7’). O início do encontro podia ter sido catastrófico, tal a forma como a selecção portuguesa não se entendeu com as marcações ao meio-campo espanhol e a incapacidade de contra-atacar. Cristiano Ronaldo demorou dez minutos a tocar na bola e quando o fez saiu um cruzamento mal medido, exemplo de um jogador demasiado ansioso e que pretende jogar sozinho contra todo o mundo. A selecção espanhola, no entanto, tem grande respeito (para não dizer temor) ao avançado do Real Madrid e foi assim que Portugal se libertou, quando Ronaldo levou toda a defesa para a esquerda e abriu espaço para Tiago rematar e pôr a nu a intranquilidade de Casillas, que defendeu mal a bola e quase dava oportunidade de Hugo Almeida inaugurar o marcador (20’). Este lance marcou uma primeira fronteira no jogo, mostrando que ambas as equipas têm um cobertor curto, insuficiente para tapar ao mesmo tempo as pernas e a cabeça. A Espanha ataca bem, mas dá espaço nas costas da defesa. Portugal, quando defende todo atrás, fica sem gente e poder de fogo na frente, escondendo boa parte do talento que tem. Ronaldo voltaria a testar a intranquilidade de Casillas, que não segurou a bola num livre do companheiro no Real Madrid (29’). Até ao intervalo, Portugal teve a sua melhor fase, explorando as deficiências da defesa espanhola. Hugo Almeida (39’) e Tiago (43’) desperdiçaram boas oportunidades para concretizar um golo e dar razão à estratégia de contra-ataque de Queiroz. O jogo teve um segundo momento de fronteira, esse bem mais decisivo. Aos 58’, Queiroz tirou Hugo Almeida e lançou Danny. A mensagem de contra-ataque era levada ao limite. A equipa recuou e a Espanha não perdoou. Em poucos minutos, ameaçou marcar – Llorente acertou no guarda-redes português (60’) e Villa quase tirou tinta ao poste (61’) – e marcou mesmo. Isolado na esquerda, numa jogada em que o carrossel espanhol encontrou espaço na defesa portuguesa, o avançado do Barcelona fez o seu quarto golo no Mundial 2010 (e sétimo em Campeonatos do Mundo). Eduardo sentiu pela primeira vez neste Mundial a dura missão de ir buscar a bola ao fundo da baliza, embora levando na cabeça a ideia de que o golo espanhol foi em fora-de-jogo – e as imagens televisivas confirmaram isso mesmo. O golo de Villa colocou um ponto final na eliminatória, porque Portugal não mostrou capacidade de reacção. Sem assumir nenhum risco, Queiroz trocou Pepe por Pedro Mendes e Simão por Liedson, rendendo-se às evidências de que esta Espanha é melhor. Ricardo Costa ainda viu o vermelho e Deco ficou no banco e assim se despediu da selecção, num encontro em que Ronaldo passou ao lado jogo. Não houve explosão de Cristiano no Mundial. E assim terminou uma série de 19 jogos sem perder. E assim acaba a aventura africana. Sem vergonha, mas também sem brilho.
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Partidos LIVRE
Ditador africano promete reformas para garantir adesão à CPLP
O Presidente Teodoro Obiang anunciou uma reforma das instituições do seu país, de modo a conseguir uma maior credibilidade no palco internacional. (...)

Ditador africano promete reformas para garantir adesão à CPLP
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente Teodoro Obiang anunciou uma reforma das instituições do seu país, de modo a conseguir uma maior credibilidade no palco internacional.
TEXTO: O controverso Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, há três décadas à frente da Guiné Equatorial, tem vindo nas últimas semanas a tentar melhorar a sua reputação, para que ainda este mês possa entrar em pleno na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A VIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP vai decorrer no dia 23 de Julho em Luanda. Por um milhão de dólares (789. 000 euros) por ano, o Presidente contratou como seu assessor de imagem o advogado norte-americano Lanny J. Davis, que foi conselheiro especial do ex-Presidente Bill Clinton. Tendo-se deslocado no fim de Junho à Cidade do Cabo, Obiang (como é mais conhecido) disse ali que tenciona proceder a uma série de reformas durante a próxima década, com o apoio da União Africana (UA), da qual espera aliás vir a ser no próximo ano eleito presidente. Ao discursar naquela cidade sul-africana, prometeu que os incomensuráveis rendimentos do petróleo do seu país vão ser usados a favor de um povo muito carenciado; e disse que irá convidar o Comité Internacional da Cruz Vermelha a estudar as acusações de que o seu regime viola os direitos humanos. "O meu país é democrático", insistiu, quando confrontado com as notícias de que grande parte dos rendimentos obtidos com a exploração do petróleo e do gás natural têm ido parar a contas bancárias no estrangeiro. Mas Davis já lhe explicou, segundo o jornal The New York Times, que as votações oficiais que tem tido, sempre acima dos 95 por cento, deixam muitas dúvidas quanto à espécie de democracia que se pratica no país. "Quero fazer com que o meu país seja como os Estados Unidos, nos seus valores", teria dito o Presidente ao seu novo assessor, colaborador do senador Joe Lieberman. O Brasil está com eleObiang já se congratulou pelo facto de uma das potências emergentes, o Brasil, lhe ter confirmado esta semana que apoia a entrada da Guiné Equatorial como membro de pleno direito da CPLP. O apoio surgiu no comunicado conjunto divulgado no fim de uma visita efectuada a Malabo pelo Presidente Lula da Silva. "O Presidente da República da Guiné Equatorial depositou as suas esperanças no sentido de que esta se torne membro de tal comunidade na próxima cimeira, a ser realizada no próximo dia 23 de Julho em Luanda", lê-se no comunicado. País de língua oficial espanhola e ultimamente também francesa, a antiga colónia de Madrid terá agora de adoptar como terceira língua o português para que as suas pretensões se tornem viáveis. Menos expansivo do que Lula sobre a possibilidade da entrada da Guiné Equatorial na CPLP mostrou-se na quarta-feira o Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires: "Eu tenho uma visão pragmática da vida. Já tenho 50 anos de vida política. . . "Quanto ao Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, interrogado pelo PÚBLICO sobre a entrada efectiva da antiga colónia espanhola na comunidade lusófona, limitou-se a comentar: "É bem-vinda a participação da Guiné Equatorial e de qualquer outro país mais como observador da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. "Tanto a presidência da Guiné-Bissau como o Ministério português dos Negócios Estrangeiros não responderam a solicitações do PÚBLICO para se pronunciarem sobre as pretensões de Teodoro Obiang. No entanto, já em Agosto de 2008, numa entrevista ao Jornal de Negócios, o ministro Luís Amado explicava que "a diplomacia portuguesa tem de estar cada vez mais ao serviço da economia, das empresas e dos produtos nacionais". Seja na Líbia ou na Guiné Equatorial, onde o erro foi ter chegado "tarde de mais". A promoção dos interesses económicos de Portugal na Guiné Equatorial foi, aliás, o tema principal da visita oficial de dois dias que o chefe da diplomacia portuguesa efectuou a Malabo há pouco mais de dois meses.
REFERÊNCIAS:
Responsável de ONG sul-africana recebeu diamantes de Naomi Campbell
O antigo responsável por uma ONG de Nelson Mandela, Jeremy Radcliffe, afirmou que recebeu diamantes em bruto da supermodelo Naomi Campbell. (...)

Responsável de ONG sul-africana recebeu diamantes de Naomi Campbell
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O antigo responsável por uma ONG de Nelson Mandela, Jeremy Radcliffe, afirmou que recebeu diamantes em bruto da supermodelo Naomi Campbell.
TEXTO: Radcliffe fez esta declaração aos media no dia seguinte ao testemunho da própria Campbell no tribunal especial que julga, em Haia, os crimes cometidos na Serra Leoa. A modelo reconheceu ter recebido “pequenas pedras de aspecto sujo” de dois homens após um jantar com Nelson Mandela em que estava presente o antigo líder da Libéria Charles Taylor, em 1997. O responsável da ONG que recebeu os diamantes disse que está disponível para testemunhar em Haia, segundo a estação de televisão britânica BBC. Esta questão é importante porque Taylor é acusado de de assassínio, violações e escravidão sexual em crimes de guerra na vizinha Serra Leoa, em que terá dirigido os rebeldes da Frente Revolucionária Unida (RUF) que cometeram todo o tipo de atrocidades, dando-lhes armas e munições em troca de diamantes. O ex-Presidente da Libéria nega, no entanto, ter tido acesso a diamantes em bruto. O responsável afirmou que devolveu agora os diamantes às autoridades. “Não quero ter a organização envolvida em algo que possa ser ilegal. ” A polícia sul-africana já confirmou que recebeu os diamantes.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens guerra tribunal sexual assassínio ilegal
Somália: 30 mortos no ataque da Al-Shabab a um hotel de Mogadíscio
Combatentes islamistas da Al-Shabab mataram 30 pessoas num ataque a um hotel da capital somali, Mogadíscio. Pelo menos seis das vítimas eram deputados. (...)

Somália: 30 mortos no ataque da Al-Shabab a um hotel de Mogadíscio
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-08-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Combatentes islamistas da Al-Shabab mataram 30 pessoas num ataque a um hotel da capital somali, Mogadíscio. Pelo menos seis das vítimas eram deputados.
TEXTO: No edifício costumam encontrar-se figuras do Governo de transição e outros políticos. De onde, a existência de uma série de deputados entre os mortos. Esta acção espectacular verificou-se depois de os combatentes daquela milícia islâmica terem decretado uma guerra “maciça” contra aquilo a que chamaram “os invasores”, tendo atacado já ontem quartéis em alguns bairros da capital. Pelo menos 29 civis foram mortos em combates entre tropas governamentais apoiadas pela União Africana (UA) e combatentes da Al-Shabab, neste último surto de violência, disseram médicos. Houve uma pausa nos combates durante a noite e hoje de manhã a violência prosseguiu, tendo as equipas médicas entretanto assistido 98 feridos numa série de bairros. O xeque Ali Mohamoud Rage, porta-voz da Al-Shabab, tinha dito ontem que estava a principiar uma nova guerra contra “os invasores”, aparente referência aos 6000 soldados da UA que se encontram no país para apoiar as forças governamentais. Esta intensificação da luta verifica-se alguns dias depois de centenas de soldados ugandeses terem começado a chegar à capital da Somália, para fortalecer o contingente da UA. O Uganda anunciou no mês passado que pretendia enviar 1200 soldados para território somali, a juntar aos 6000 que já lá se encontravam, no âmbito da missão africana (AMISOM). A milícia islamista Al-Shabab, que tem estado a combater o frágil Governo de transição desde o início de 2007, reivindicou recentemente a responsabilidade pelos atentados bombistas que no Uganda mataram mais de 70 pessoas que estavam a assistir pela televisão aos jogos do Mundial de Futebol, disputado na África do Sul. O grupo tem dito que vai continuar a atacar no Uganda e no Burundi, enquanto esses países não retirarem as tropas que disponibilizaram para a AMISOM. A Somália está sem uma administração central desde há quase 20 anos. Agora a Al-Shabab controla partes significativas do país, enquanto outras entidades se instalaram noutras zonas. Os Estados Unidos e outros países afirmam que a Al-Shabab está associada à rede terrorista Al-Qaeda, de Osama bin Laden. Mais de 21. 000 somalis já foram mortos em combate desde o início da inssurreição islamista, um milhão e meio de pessoas tiveram de abandonar as suas casas e quase meio milhão procurou refúgio noutros países.
REFERÊNCIAS:
Entidades UA
O maior país africano poderá partir-se em dois
Votação que se inicia no próximo domingo pode ditar nascimento de um novo país, em Julho. O Presidente do Sudão, Al-Bashir, promete respeitar decisão de eleitores do Sul. Fracasso poderia fazer regressar a guerra. (...)

O maior país africano poderá partir-se em dois
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Votação que se inicia no próximo domingo pode ditar nascimento de um novo país, em Julho. O Presidente do Sudão, Al-Bashir, promete respeitar decisão de eleitores do Sul. Fracasso poderia fazer regressar a guerra.
TEXTO: Na praça principal de Juba, a poeirenta capital do Sul do Sudão, há um relógio que conta os dias, horas e minutos que faltam: hoje está-se a uma semana do início do referendo que, todos os sinais o dizem, deverá ditar a divisão em dois do maior país africano. "Por vezes passo por lá para me lembrar", confessou, sem esconder a excitação, Morri Francis, estudante e jornalista de uma rádio católica local, num blogue da agência humanitária Cafod. "Agora sinto que sou muito importante e influente no país. Agora mal posso esperar pela histórica data: 9 de Janeiro de 2011", escreveu, depois de se ter recenseado. O referendo sobre a autodeterminação do Sul, a realizar entre os próximos dias 9 e 15, é o ponto-chave do acordo que, em 2005, pôs fim a duas décadas de uma guerra que matou pelo menos dois milhões de pessoas. Os sudaneses do Sul, predominantemente cristão e animista, vão decidir se permanecem unidos ao Norte islâmico, ou optam pela secessão e dão forma a um novo Estado com um tamanho semelhante ao da Península Ibérica. Seria o primeiro a nascer em África desde que, em 1993, a Eritreia se separou da Etiópia. Salva Kiir, Presidente do Sul do Sudão e vice-chefe de Estado, chegou a dizer a enviados do Conselho de Segurança da ONU que, se o Norte procurasse perturbar a votação, o Sul, autónomo desde o acordo de paz, organizaria o seu próprio referendo. Mas pelo menos os receios de um adiamento parecem afastados. O embaixador português António Monteiro, um dos três membros do painel designado pelo secretário-geral da ONU para acompanhar o processo eleitoral, faz uma avaliação positiva e acredita que não será necessário mudar a data do referendo, um cenário que, se não fosse justificado por razões técnicas, "só iria aumentar a intranquilidade". "O passo mais importante era o registo eleitoral. Não era fácil. Havia dúvidas sobre a colaboração das autoridades. Correu bem. De forma pacífica, com muito poucas objecções. Tivemos poucas reclamações, poucos recursos, que podem ficar esclarecidos até ao início da votação", disse ao PÚBLICO. Uma das grandes dúvidas tem sido saber se o Presidente sudanês, Omar al-Bashir, acusado de genocídio e crimes contra a humanidade na região do Darfur, estará disposto a prescindir de um quarto do território, onde se concentra 80 por cento da produção petrolífera. Há perto de um ano, afirmou que seria o primeiro a reconhecer uma eventual independência do Sul. E na semana passada proferiu novas palavras de apaziguamento: prometeu "ajudar" a "construir" um país "irmão", "seguro e estável", se for essa a escolha dos mais de três milhões de eleitores. "Agora dizemos aos nossos irmãos do Sudão-Sul: "A bola está do vosso lado e a decisão é vossa. Se escolherem a unidade, sejam bem-vindos, e se escolherem a secessão, bem-vindos sejam"", disse, citado pela AFP. Secessão é "provável"Para que o país se divida, e em Julho nasça um novo Estado, a opção independentista deve ter a maioria dos votos, mas terão que ir às urnas pelo menos 60 por cento dos inscritos. Os observadores prevêem o triunfo da opção secessionista, cenário também já tido como "provável" pelos responsáveis políticos em Cartum. "Todos os esforços para manter a unidade com o Sul fracassaram, a secessão do Sul tornou-se provável", reconheceu à AFP um influente colaborador de Bashir, Nafie Ali Nafie. "Se estiverem atentos, verão que mais de 80 por cento da população já manifestou a sua preferência", afirmou Anne Itto, vice-secretária-geral dos ex-rebeldes sulistas do SPLM, Movimento Popular de Libertação do Sudão, que controla o Governo autónomo com sede em Juba, subscrevendo a ideia de que "a unidade não se tornou atraente" para os eleitores. Nas rádios locais da região, as canções pró-secessão multiplicam-se.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Nigéria prepara-se para escolher novo Presidente
Os eleitores nigerianos já começaram a votar naquelas que são consideradas as primeiras presidenciais credíveis em décadas. O actual Presidente Goodluck Jonathan lidera a corrida. (...)

Nigéria prepara-se para escolher novo Presidente
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 9 | Sentimento 0.136
DATA: 2011-04-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os eleitores nigerianos já começaram a votar naquelas que são consideradas as primeiras presidenciais credíveis em décadas. O actual Presidente Goodluck Jonathan lidera a corrida.
TEXTO: Pode ser um exemplo para o resto dos países africanos, escrevia a Reuters. Mas o escrutínio ficará também marcado por duas bombas que explodiram e criaram o pânico na cidade de Maiduguri, no Nordeste da Nigéria. As urnas abriram às 8h00 locais (mesma hora em Lisboa) e as filas para votar começaram a formar-se logo de manhã. A corrida opõe Goodluck Jonathan ao seu principal rival Muhammadu Buhari, um muçulmano do Norte com fama de disciplinador. Entre as duas dezenas de candidatos incluem-se ainda Nuhu Ribadu, ex-chefe da luta contra a corrupção, e o governador do estado de Kano, Ibrahim Shekarau. “Saímos cedo porque chegou a altura do Norte. Sabemos que Buhari pode mudar as vidas da nossa população, mudar os níveis de vida”, comentou à agência Salisu Yahaya, um funcionário público de 35 anos que estava na fila para a mesa de voto em Daura. Desde o fim do regime militar, em 1999, que este país de 155 milhões de habitantes (o mais populoso de África) não conseguia organizar umas presidenciais livres e transparentes, deixando muitos nigerianos com dúvidas sobre os benefícios da democracia. Mas as legislativas relativamente bem sucedidas de há uma semana – consideradas como credíveis pelos observadores – conseguiram trazer uma nova confiança na votação, apesar de episódios de violência. E desta vez, a adesão dos eleitores parece ter sido até maior. Com 53 anos, Jonathan lidera as sondagens. Cristão do Sul, antigo professor de Zoologia, nasceu numa família de fabricantes de canoas. O actual Presidente concorre com o apoio do Partido Democrata Popular, formação de onde têm saído todos os vencedores das presidenciais desde 1999 (todos os escrutínios foram marcados por violência e fraudes). Herdou o cargo há um ano com a morte do seu antecessor, Umaru Yar’Adua, quando cumpria o seu primeiro mandato. Jonathan está a ser acusado por habitantes do Norte de estar a quebrar o acordo não escrito para a rotação de poder entre o Sul e o Norte, de onde é originário Buhari. Alguns analistas prevêem que Buhari, de 69 anos, não será fácil de derrotar, já que goza de grande popularidade naquela região da Nigéria. O general governou o país com mão-de-ferro entre 1984 e 1985 e tenta conseguir a presidência do país pela terceira vez.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte violência pânico