Um diplomata do bem
Kofi Annan foi um arauto do multilateralismo e um promotor da paz global. Não por acaso, foi-lhe atribuído o Prémio Nobel, simbolizando a confiança que o mundo depositava naquele que foi o primeiro secretário-geral de origem africana da organização. (...)

Um diplomata do bem
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.7
DATA: 2018-08-19 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20180819194144/https://www.publico.pt/n1841405
SUMÁRIO: Kofi Annan foi um arauto do multilateralismo e um promotor da paz global. Não por acaso, foi-lhe atribuído o Prémio Nobel, simbolizando a confiança que o mundo depositava naquele que foi o primeiro secretário-geral de origem africana da organização.
TEXTO: Era um homem que projectava serenidade. Kofi Annan, que agora desaparece, tinha uma postura e um leve e constante sorriso que logo criavam um excelente ambiente para as conversas que tinha com os seus interlocutores. Quando nos falava, olhando-nos sempre nos olhos, transmitia confiança e inspirava seriedade. Recordo bem a primeira conversa que com ele tive, comigo acabado de chegar a Nova Iorque. Falou-me logo de Timor e, com simpatia, dos seus interlocutores portugueses nesse processo: Jorge Sampaio, António Guterres e Jaime Gama. A diplomacia portuguesa e a coerência da nossa política externa mereciam grande respeito a Kofi Annan, que tinha mantido uma forte relação de amizade com o meu antecessor, António Monteiro, a qual tinha sido muito importante para todo o delicado processo timorense, em especial ao tempo em que Portugal integrou o Conselho de Segurança. Devo-lhe, também, pessoalmente, algumas atitudes de forte simpatia, que nunca esquecerei. Quando assumi funções na ONU, em 2001, a principal questão que se nos colocava era garantir, por parte dos cinco membros permanentes daquele Conselho, o financiamento com vista a manter em Timor-Leste as forças militares que acompanhavam o processo de transição. Annan era um “aliado” nosso nesse esforço. A “arte” de qualquer secretário-geral da ONU é conseguir levar à prática a agenda na base da qual foi escolhido, e a que depois dá substância e coerência no cargo, conseguindo para ela o apoio do Conselho de Segurança. Se este último apoio falhar, em especial por parte dos cinco membros permanentes, o trabalho do SG fica totalmente comprometido. Kofi Annan cedo percebeu que o êxito da independência de Timor-Leste dependia da eficácia que só o completo acompanhamento internacional do processo poderia assegurar. Sérgio Vieira de Mello era o seu homem no terreno e, com Portugal e alguns outros parceiros “like-minded”, ele soube criar as condições para, com realismo e sentido da medida, assegurar esse apoio. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Annan viveu tempos muito diferentes à frente da ONU. Com Richard Hallbrook como representante na ONU da administração Clinton, Annan foi capaz de transmitir à organização o dinamismo e a esperança que se consubstanciaram na Cimeira do Milénio. A chegada de George W. Bush à Casa Branca representou uma completa reversão na atitude americana, que iria ter o seu auge na invasão do Iraque, sem mandato internacional - um desafio à legitimidade que a própria ONU representava. Kofi Annan foi um arauto do multilateralismo e um promotor da paz global. Não por acaso, foi-lhe atribuído o Prémio Nobel, simbolizando a confiança que o mundo depositava naquele que foi o primeiro secretário-geral de origem africana da organização. Com a desaparição de Kofi Annan, Portugal perde um grande amigo na cena internacional. Uma grande figura de bem, um excelente diplomata, um homem de boa vontade a quem a paz e a segurança internacional muito ficam a dever.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Um cut de valor acrescentado para Figueiredo
Eagle no 17 garante presença na fase final do South African Open; ficam em prova 70 dos 240 jogadores iniciais (...)

Um cut de valor acrescentado para Figueiredo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Eagle no 17 garante presença na fase final do South African Open; ficam em prova 70 dos 240 jogadores iniciais
TEXTO: Eliminados Filipe Lima e Stephen Ferreira, Pedro Figueiredo foi o único português a seguir em frente para o fim-de-semana no South African Open, nos campos Firethorn e Bushwillow (ambos de Par 71) do Randpark Golf Club, em Joanesburgo. Ainda que mesmo no limite, é um cut de valor acrescentado para “Figgy”, já o que field da prova – e é por isso que se joga em dois percursos – ultrapassa em muito o número de referência habitual, que pode ser situado em 156 participantes. Na maior cidade sul-africana estiveram à partida 240 jogadores, apurando-se para a fase final os 70 primeiros e empatados, que nesta sexta-feira foram mesmo só 70, já que houve 14 jogadores no 57. º lugar, todos com 140 (-2), entre eles Pedro Figueiredo, aqui a jogar o seu segundo torneio como Membro do European Tour, na sequência do 23. º lugar empatado no último domingo no Afrasia Bank Mauritius Open. Ontem, após uma volta inaugural de 67 (-4) no Bushwillow, o atleta do Sport Lisboa e Benfica estava nos 17. ºs, a uma pancada dos nove jogadores que partilhavam o 8. º lugar. Hoje jogou no mais difícil Firethorn e marcou 73 (+1), caindo 39 posições na tabela. O ponto alto da segunda volta foi o eagle salvador no 17. Com dois birdies e um bogey, fizera -1 no primeiros nove buracos; porém, fez quatro bogeys e um duplo bogey contra apenas um birdie entre os buracos 10 e 16, perdendo assim cinco pancadas para o Par, para logo recuperar duas ao assinalar um 3 no penúltimo e depois fechar com par. Filipe Lima registou uma significativa subida de 57 lugares ao marcar hoje 69 (-2) no Bushwillow (72 ontem no Firethorn, pelo que somou 141, -1), terminando a prova prematuramente nos 71. ºs, a uma pancada do apuramento. Já Stephen Ferreira caiu 28 posições para os 101. ºs. , com 143 (70-73), +1. O sul-africano Charl Schwartzel, vencedor do Masters de 2011, marcou 63 no Bushwillos e é o novo líder com 130 (-12), Madalitso Muthiya manteve o segundo lugar mas agora está isolado com 131 (63-68) ) e no terceiro lugar, com 132, está o anterior comandante, o também sul-africano Louis Ooshtuizen (62-70), da África do Sul, empatado com o compatriota Zander Lombard (64-68) e o norte-americano Kurt Kitayama, vencedor na última semana nas Maurícias. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O resto da prova realiza-se apenas no Firethorn, com Figueiredo a sair pelas 9h30 locais do buraco 10, num grupo com o francês Gregory Bourdy e o australiano David Gleeson. Veja mais em www. golftattoo. com
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Detido ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar
Vasco Brazão foi detido ao final da tarde desta segunda-feira, depois de aterrar em Lisboa vindo da República Centro Africana, onde se encontrava em missão. É o nono arguido da investigação à devolução do material roubado em Tancos. (...)

Detido ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento -0.05
DATA: 2018-12-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vasco Brazão foi detido ao final da tarde desta segunda-feira, depois de aterrar em Lisboa vindo da República Centro Africana, onde se encontrava em missão. É o nono arguido da investigação à devolução do material roubado em Tancos.
TEXTO: O ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar, o major Vasco Brazão, foi detido esta segunda-feira no âmbito da investigação ao reaparecimento do material roubado em Tancos. A informação, avançada pela SIC Notícias, foi confirmada ao PÚBLICO por fonte da Polícia Judiciária civil e pelo advogado do militar, Ricardo Sá Fernandes. Vasco Brazão, que coordenava a investigação ao assalto aos paióis de Tancos dentro da PJ Militar, foi detido ao final da tarde desta segunda-feira, depois de aterrar em Lisboa vindo da República Centro Africana, onde se encontrava em missão. A detenção já "estava prevista", refere o advogado. Este domingo, vários meios de comunicação social noticiaram que chegaria apenas na terça-feira, mas a sua vinda terá sido antecipada. O militar deverá ser interrogado por um juiz de instrução criminal esta terça-feira, adiantou ao PÚBLICO fonte da Polícia Judiciária civil. Vasco Brazão é o nono arguido da Operação Húbris, que investiga o alegado esquema montado entre a PJ Militar, militares da GNR de Loulé e o presumível assaltante dos paióis para recuperar as armas furtadas em Junho do ano passado. O caso está a ser investigado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo da Polícia Judiciária. No domingo, Vasco Brazão deixou uma confissão na sua conta pessoal do Facebook, mostrando-se arrependido: “Não sou criminoso nem tão pouco os meus camaradas de armas o são. Somos militares. Cumprimos ordens. Estamos prontos para morrer na defesa e na salvaguarda dos interesses nacionais. Somos formados assim. A salvaguarda dos interesses nacionais é sempre superior aos interesses individuais. Tenho um misto de sentimentos. Estou arrependido mas de consciência tranquila", escreveu.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR PJ
IGAI abre inquérito à actuação da PSP no caso da jovem agredida por segurança
Inspecção-Geral da Administração Interna entende que se terão verificado infracções disciplinares neste caso. (...)

IGAI abre inquérito à actuação da PSP no caso da jovem agredida por segurança
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.1
DATA: 2018-12-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Inspecção-Geral da Administração Interna entende que se terão verificado infracções disciplinares neste caso.
TEXTO: A Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu esta sexta-feira um inquérito para investigar a actuação de agentes da PSP do Porto no caso da jovem colombiana Nicol Quinayas, agredida por um segurança na noite de São João, a 24 de Junho. O inquérito foi aberto porque a IGAI entende que se terão verificado infracções disciplinares neste caso, apurou o PÚBLICO. O processo de averiguação interna que decorria no Núcleo de Deontologia do Comando da PSP do Porto, que já tinha “natureza disciplinar”, como a IGAI salientara ao PÚBLICO, é assim integrado no inquérito aberto pela IGAI, que chama assim a investigação do caso para a sua tutela. A IGAI, que tem competência disciplinar sobre a PSP, já tinha instaurado um primeiro processo de natureza administrativa para perceber se haveria matéria para proceder ao inquérito e para monitorizar o processo que decorria na PSP. Em causa estará a suspeita de violação do dever de zelo pelo facto de pelo menos dois polícias não terem detido o segurança da Sociedade dos Transportes Colectivos do Porto (STCP) em flagrante delito, nem perguntado à vítima se queria apresentar queixa. Além disso, está a ser investigado o facto de os agentes terem registado em auto de notícia a agressão a Nicol Quinayas apenas três dias depois da ocorrência e já depois de a jovem ter feito queixa pessoalmente na esquadra. A seguir aos acontecimentos, a jovem colombiana de 21 anos, que vive desde criança em Portugal, queixou-se que os agentes que se deslocaram à zona da paragem de autocarros do Bolhão, onde estava a ser agredida por um segurança da empresa 2045, não a tinham ouvido. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Quando os agentes da PSP chegaram ao local, terão visto o segurança da empresa que faz a fiscalização dos autocarros da STCP ainda com os joelhos em cima do corpo da jovem, a imobilizar-lhe o braço. Esta situação ficou gravada num vídeo que circula na Internet. No mesmo, vê-se sangue no chão. Seis testemunhas que estiveram no local disseram ao PÚBLICO que não foram identificadas pela polícia. Todos – Francisca Monteiro, Pedro Silva, Cassiano Ferreira, Tânia e Daniela e uma jovem de 15 anos que não quis ser identificada – confirmaram que o fiscal agrediu Nicol da forma como esta descreveu, com socos. E confirmaram que os agentes da PSP chegaram ao local enquanto o fiscal estava com os joelhos por cima de Nicol, ou seja, terão dado conta de que havia uma agressão. Esta sexta-feira, a empresa 2045 informou, por email, ao PÚBLICO que "desde o início e até à conclusão do inquérito [para averiguar o que se passou] o segurança em questão está preventivamente suspenso de toda actividade profissional". Questionada diversas vezes desde a ocorrência sobre se o segurança tinha sido suspenso de funções, até agora a 2045 não tinha respondido. A STCP disse, logo na semana da mediatização do caso, que até à conclusão da investigação dos factos o segurança não estaria a trabalhar para si. Com Joana Gorjão Henriques
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
De Coimbra a Cabo Verde: como chegou Pedro Lopes aos finalistas do “Jovem Político” do ano
Quis o destino e a vontade que a vida de Pedro Lopes tomasse direcções poéticas. Secretário de Estado do Governo cabo-verdiano, o jovem segue o caminho que o pai tentou no arquipélago africano. Agora, é o “único lusófono” na corrida ao prémio “Jovem Político” do ano da One Young World. Mas deixa os reconhecimentos de lado: o que importa é trazer a juventude à política. (...)

De Coimbra a Cabo Verde: como chegou Pedro Lopes aos finalistas do “Jovem Político” do ano
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.1
DATA: 2018-12-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quis o destino e a vontade que a vida de Pedro Lopes tomasse direcções poéticas. Secretário de Estado do Governo cabo-verdiano, o jovem segue o caminho que o pai tentou no arquipélago africano. Agora, é o “único lusófono” na corrida ao prémio “Jovem Político” do ano da One Young World. Mas deixa os reconhecimentos de lado: o que importa é trazer a juventude à política.
TEXTO: O percurso de Pedro Lopes não se faz só caminhando. Há um oceano que se estende feito tapete aos desígnios da vida do jovem político de 32 anos. Nessas ondas, há duas palavras a rimar, além-mar: Portugal e Cabo Verde. Mesmo com a homofonia habitual posta de lado, nos versos que escreve e que continua a apontar, o nome dos dois países é quase sempre concordante. O mergulho “mais importante e de maior responsabilidade” da sua vida já foi dado: é o secretário de Estado para a Inovação e Formação Profissional no Governo cabo-verdiano. “Fui convidado sem qualquer experiência ou afiliação partidária anterior”, explica, com orgulho, através de uma vídeochamada transcontinental. Pedro Lopes está só no começo, mas o esforço empregue nesta jornada já valeu a nomeação para os primeiros prémios da One Young World na categoria de "Jovem Político do Ano". A organização tem como conselheiros figuras como Bill Clinton, Bob Geldof, Meghan Markle ou Justin Trudeau — algumas das “maiores inspirações a nível político” para Pedro Lopes. Os cinco vencedores serão anunciados “na cimeira que acontecerá em Haia, de 17 a 20 de Outubro”. São 19 os candidatos de várias partes do mundo, com caminhos e realidades diferentes. “Para mim, foi surreal estar nomeado, ainda para mais como o único representante lusófono”, recorda, atirando de seguida alguns nomes que, como ele, trazem uma lufada de ar fresco ao mundo político: Bogolo Kenewendo, 31 anos, ministra do Investimento, Comércio e Indústria do Botswana, ou Elise Stefanik, 34, a mais jovem mulher a ser eleita para o Congresso dos EUA. A lista contempla jovens líderes dos 22 aos 35 anos. Se é bom ver o trabalho reconhecido? “Sim, é, mas não faço o trabalho para ser nomeado, e ainda nem fez um ano desde que estou nesta posição no governo”. Para o Secretário de Estado cabo-verdiano, o que de melhor há nesta nomeação é “a força e o impulso que pode dar a outros jovens para seguirem a política”, cujo afastamento começa a preocupar as altas entidades governamentais a nível global. “Não podemos fazer só activismo social pelo Facebook – temos de perceber como estamos envolvidos das decisões sociais do país”, afirma, acrescentando um ponto que tem muito de seu: “O que é preciso é ter jovens interessados na política e não só envolvidos em organizações partidárias, mas ambos são importantes”. Trocou essa impressão com Barack Obama no primeiro programa de liderança em África da Fundação Obama, em Junho passado, para o qual foi seleccionado pelo antigo Presidente dos EUA. “Disse-me que a juventude, por mais alienada que possa estar, vai ser sempre afectada pela política”. Para além disso, foi um dos protagonistas de uma série de entrevistas da Forbes, a “30 Under 30”, que incidiu sobre jovens líderes que apostam na causa da energia e da sustentabilidade. - É o membro mais jovem do Governo de Cabo-Verde;- Organizador do primeiro TEDx de Cabo Verde;- Organizador do African Inovation Summit;- Fundador da Geração B-Bright, uma organização juvenil cabo-verdiana;- Vencedor do prémio “Somos Cabo Verde – Os melhores do Ano” de 2017, na categoria de Inovação e Empreendedorismo;- Um dos seleccionados para o programa YALI;- O MIPAD colocou-o na lista das Pessoas Mais Influentes no Mundo de Descendência Africana abaixo dos 40 anos. - Membro eleito do Conselho Consultivo de Jovens Líderes Africanos da África OcidentalLer a história de alguém que foi convidado para um alto cargo governamental sem experiência prévia pode causar suspeita, mas as linhas que o jovem político foi escrevendo ajudam a desfocar a imagem que engana. É que Pedro Lopes construiu, sozinho, um currículo cujos pontos ligam vários países – mas mantenhamos Portugal e Cabo Verde na memória, que já lá vamos. Licenciou-se em Relações Internacionais em Coimbra, mas decidiu reunir “conhecimentos profissionais e de vida” para trilhar as vicissitudes que já se pareciam adivinhar. Trabalhou por Portugal e Espanha, chegou a Itália à boleia de um “programa de mobilidade juvenil europeu”. Ainda se tornou mestre e pós-graduado no Reino Unido. Para além disso, e por cá, esteve sempre “envolvido em associações estudantis e no associativismo”. Isto até chegar a Cabo Verde, porque tinha de ser Cabo Verde – já lhe estava no sangue. Há mais: “Fui para Cabo Verde para organizar o African Inovation Summit, que teve cerca de 500 convidados, algo em grande para Cabo Verde”, recorda. Os desafios discutidos fizeram com que “o bichinho pela inovação começasse aí, por causa dos problemas ligados à seca”. Depois, o TEDx na capital, Praia. É o primeiro organizador do evento naquele país, com um orçamento “à volta dos cem mil euros”, conseguindo erguer um evento à escala “do Porto ou de Lisboa”. Para Pedro Lopes, é destas acções que se ergue um “Cabo Verde 2. 0”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O pai veio de lá para estudar em Coimbra, na década de 80. “Não havia universidades em Cabo Verde, mas hoje há muitas, felizmente!”, avisa. Depois, conheceu a mãe de Pedro Lopes. A Sul havia um país “muito jovem”, com poucos anos volvidos desde a independência de 1975. “O objectivo do meu pai era voltar para o país e ajudar a edificar a identidade cabo-verdiana pós-independência”, explica. Não voltou, mas contribuiu na mesma, indirectamente: Cabo Verde estava lá, na sua casa, mesmo sem existir “uma comunidade muito grande em Coimbra”. “Cresci com o meu pai a passar a cultura cabo-verdiana para mim, aprendi a falar crioulo e fui sempre de férias para Cabo Verde”, explica. Por isso, só fazia sentido voltar à terra que os “pais e avós cabo-verdianos ajudaram a construir, numa sociedade democrática e pacífica”. Hoje, Pedro Lopes acredita num país que se estenda para lá da água que circunda cada ilha. Quer que Cabo Verde “dê mais saltos”, que aposte na inclusão social e na capacidade do “capital humano cabo-verdiano”. “Há um potencial enorme, especialmente no que diz respeito à diáspora”, garante. “Para isso”, insiste, “é necessário trazer os jovens para a política”. O Secretário de Estado acredita que o percurso se faz a duas velocidades, citando Kofi Annan, falecido em Agosto último: “Nunca somos demasiado novos para liderar nem demasiado velhos para aprender”. Pedro Lopes já lidera, e quer continuar a aprender. “Por Cabo Verde, o país que o meu pai quis que eu soubesse que também era meu. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Deputadas portuguesas dizem "não!" a Bolsonaro
Candidato brasileiro junta deputadas do Bloco, do PEV e do PS numa fotografia com hashtag #EleNão. (...)

Deputadas portuguesas dizem "não!" a Bolsonaro
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-11-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Candidato brasileiro junta deputadas do Bloco, do PEV e do PS numa fotografia com hashtag #EleNão.
TEXTO: Dezoito parlamentares portuguesas aceitaram o repto lançado pelo Bloco de Esquerda e juntaram-se, nos Passos Perdidos do Palácio de São Bento, numa fotografia conjunta contra a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência do Brasil. Joana Mortágua, Catarina Martins (do Bloco) e Edite Estrela (do PS) são três das parlamentares que ocupam a primeira fila da fotografia à qual ficou associada a hashtag "#EleNão". Num dos dois cartazes que Mortágua segura lê-se ainda: "Lute como Marielle". Nas outras filas estão as socialistas Sónia Fertuzinhos e Isabel Moreira, a ecologista Heloísa Apolónia e a bloquista Mariana Mortágua, entre outras. A fotografia foi tirada esta quarta-feira à tarde, no final do debate quinzenal, a pretexto da visita da activista Mónica Tereza Benício, viúva de Marielle Franco, a vereadora brasileira assassinada em Março, no Rio de Janeiro, com quatro tiros na cabeça. O Bloco lançou o desafio a todos os grupos parlamentares. Rita Rato, do PCP, não pôde estar presente no momento da fotografia, mas foi cumprimentar a activista às galerias do hemiciclo.
REFERÊNCIAS:
Governo autoriza CGD a vender participações em Espanha e África do Sul
Banco público já pode alienar duas participadas nos mercados espanhol e sul-africano, foi hoje aprovado em Conselho de Ministros. Com as duas operações de venda, CGD encaixa 565 milhões de euros (...)

Governo autoriza CGD a vender participações em Espanha e África do Sul
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Banco público já pode alienar duas participadas nos mercados espanhol e sul-africano, foi hoje aprovado em Conselho de Ministros. Com as duas operações de venda, CGD encaixa 565 milhões de euros
TEXTO: O Governo aprovou hoje a proposta do Abanca Corporación Bancaria para a compra de 99, 79% do espanhol Banco Caixa Geral. Na mesma reunião, a oferta da Capitec Bank Limited aoo grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) sobre a totalidade da sul-africana Mercantile Bank Holdings Limited foi igualmente aceite. "Foram aprovadas as resoluções que seleccionam as propostas da Abanca Corporación Bancaria e da Capitec Bank Limited, tendo em vista, respectivamente, a aquisição de 99, 79% do capital social da sociedade Banco Caixa Geral (Espanha) e a aquisição de 100% do capital social da sociedade Mercantile Bank Holdings Limited (África do Sul), concretizando o processo de alienação da totalidade das acções detidas pela Caixa Geral de Depósitos" (CGD) naquelas empresas, refere o comunicado do Conselho de Ministros emitido esta quinta-feira, 22 de Novembro. "Ambas as resoluções dão, assim, resposta a um dos compromissos assumidos pelo Estado no âmbito do processo de recapitalização da CGD", lê-se no comunicado. Mais pormenores sobre esta operação “serão comunicados pela Caixa Geral de Depósitos” durante esta tarde, adiantou o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Antunes, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião. A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai encaixar 565 milhões de euros com a venda das participações que detém no espanhol Banco Caixa Geral e no sul-africano Mercantile Bank Holdings Limited, de acordo com comunicado da instituição financeira. Em comunicado, a CGD refere que a "participação na Mercantile Bank Holdings será alienada por um preço global de 3. 200 milhões de rands sul-africanos, cerca de 201 milhões de euros (considerando uma taxa de câmbio euro/rand de 15, 9) e a participação no Banco Caixa Geral S. A. será alienado por um preço global de 364 milhões de euros". As duas operações totalizam assim cerca de 565 milhões de euros, à taxa de câmbio actual. Pela aquisição de 99, 79% do Banco Caixa Geral em Espanha, o Abanca vai pagar 364 milhões de euros à CGD, avançou, por sua vez, a instituição financeira espanhola em comunicado separado. “O acordo global implica pagar um preço de 364 milhões de euros, resultante da aplicação de um múltiplo de cerca de 0, 65 ao ‘book value’ da entidade adquirida”, refere o Abanca. O Abanca afirma que a compra “incrementa em 7. 000 milhões de euros” o volume de negócios do grupo, “permite subir uma posição no ranking de entidades espanholas em termos de património líquido, ascendendo à sétima posição, e dois níveis na classificação do sector por activos, situando-o no oitavo lugar”. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A integração do Banco Caixa Geral permitirá também ao Abanca complementar a sua rede comercial, “expandindo a sua actividade nas províncias espanholas e reforçando a sua presença em outras onde já opera”. O negócio do Banco Caixa Geral está “quantificado em 3. 446 milhões de crédito, 2. 950 milhões de euros em depósitos de clientes e 389 milhões em activos sob gestão”, segundo a informação divulgada pelo Abanca. (Actualizado com valor total do encaixe para a CGD)
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Polónia terá parte da bancada encerrada no jogo com Portugal
O comité disciplinar da UEFA puniu a federação polaca devido a cânticos racistas na partida com a Itália da Liga das Nações. (...)

Polónia terá parte da bancada encerrada no jogo com Portugal
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento -0.25
DATA: 2018-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O comité disciplinar da UEFA puniu a federação polaca devido a cânticos racistas na partida com a Itália da Liga das Nações.
TEXTO: A Polónia vai ter de fechar uma parte da bancada no encontro frente a Portugal, na segunda jornada da Liga das Nações de futebol, devido ao comportamento dos adeptos, anunciou nesta segunda-feira a UEFA. O comité disciplinar da UEFA decidiu punir a federação polaca com o encerramento parcial de uma bancada devido a cânticos racistas na partida com a Itália (1-1), na primeira ronda da nova competição. De acordo com o comunicado do órgão, o castigo deverá ser cumprido no próximo encontro em casa em competições da UEFA, que vai acontecer em 11 de Outubro, frente a Portugal. Além do encerramento de parte da bancada, que deverá corresponder a 1. 000 lugares, a federação polaca terá ainda de pagar 2. 000 euros pelo uso de material pirotécnico por parte dos seus adeptos.
REFERÊNCIAS:
Tempo Outubro
“Falta de prova médica” não indica inexistência de tortura, diz comité europeu
Polícias foram condenados por agressões, mas o tribunal descartou que fosse tortura, tratamento cruel ou degradante. Nem sempre estes deixam marcas físicas, diz Comité Antitortura do Conselho da Europa ao PÚBLICO. (...)

“Falta de prova médica” não indica inexistência de tortura, diz comité europeu
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2019-06-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Polícias foram condenados por agressões, mas o tribunal descartou que fosse tortura, tratamento cruel ou degradante. Nem sempre estes deixam marcas físicas, diz Comité Antitortura do Conselho da Europa ao PÚBLICO.
TEXTO: A falta de prova “médica não significa que não houve tortura ou tratamento desumano, cruel ou degradante”, diz o representante do Comité Antitortura do Conselho da Europa, Patrick Müller, contactado pelo PÚBLICO. “Há determinado tratamento cruel, desumano e degradante que não deixa marcas físicas visíveis”, explica.
REFERÊNCIAS:
Continentes Europa
França vai devolver obras de arte ao Benim
É a primeira operação de restituição de arte africana desenvolvida pelo governo Macron, após a elaboração de um relatório sobre condições de devolução de obras às antigas colónias francesas. (...)

França vai devolver obras de arte ao Benim
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: É a primeira operação de restituição de arte africana desenvolvida pelo governo Macron, após a elaboração de um relatório sobre condições de devolução de obras às antigas colónias francesas.
TEXTO: O presidente francês Emmanuel Macron comunicou esta sexta-feira que a França irá devolver ao Benim 26 obras de arte que estão no Museu de Quai Branly, em Paris, e que foram solicitadas pelas autoridades daquele país africano. Esta é a primeira operação de restituição de arte africana desenvolvida por Macron depois de ter recebido um relatório sobre as condições de devolução de obras às antigas colónias francesas. Durante a colonização do Benim, várias obras de arte foram levadas para França. Após sangrentos combates em 1892, o general Alfred-Amédée Dodds retirou as peças em questão do palácio real do antigo Reino do Daomé. Agora serão devolvidas e expostas como parte de um ambicioso projecto que as autoridades locais montaram para os museus do país. Além das obras, Macron afirmou que porá à disposição daquele país toda a experiência das equipas de conservação que trataram das obras até agora. O presidente francês também propôs desenvolver no primeiro trimestre do ano que vem uma parceria entre Europa e África para elaborar uma nova lista de obras artísticas e desenvolver uma politica de troca de peças. Esta sexta-feira Macron recebeu as conclusões do relatório feito pelos professores Felwine Sarr, do Senegal, e Bénédicte Savoy, da França. O estudo foi encomendado pelo presidente para concretizar o projecto de criar, dentro cinco anos, as condições adequadas para a restituição permanente ou temporária de todo o património africano que os museus franceses detêm. Neste momento estão a ser estudadas diferentes opções de restituição, exposição, troca, empréstimo, depósito e cooperação de obras, para que os museus franceses realizem levantamentos de todas as obras africanas que conservam. A acção desenvolvida pelo governo francês tem vindo a lançar o debate noutros países que tiveram domínios coloniais, como é o caso de Portugal.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano