Jornalista detido por facilitar acesso de adepto ao balneário inglês
Um jornalista britânico foi detido na Cidade do Cabo sob acusação de ter facilitado a entrada de um adepto no balneário da Inglaterra no final da partida entre os ingleses e a Argélia, informou a Polícia sul-africana nesta terça-feira. (...)

Jornalista detido por facilitar acesso de adepto ao balneário inglês
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um jornalista britânico foi detido na Cidade do Cabo sob acusação de ter facilitado a entrada de um adepto no balneário da Inglaterra no final da partida entre os ingleses e a Argélia, informou a Polícia sul-africana nesta terça-feira.
TEXTO: As imagens do circuito interno de televisão do estádio Green Point demonstraram que Simon Wright, que trabalha para o jornal inglês "Sunday Mirror", teria ajudado Pavlos Joseph a chegar ao balneário. "Temos razões para acreditar que foi um incidente organizado com o propósito de colocar em causa a segurança do Campeonato do Mundo e, possivelmente, obter algum benefício", afirmou o porta-voz da polícia, Bekhi Zele, em conferência de imprensa em Pretória. O jornalista entrevistou Pavlos Joseph no final do jogo e as declarações do adepto foram reproduzidas por jornais de todo o mundo. "Enquanto a polícia sul-africana procurava Pavlos sem saber sequer seu nome, o invasor tomava o pequeno-almoço tranquilamente com o Sunday Mirror", escreveu Wright no dia seguinte ao incidente. O adepto também foi detido e terá que comparecer amanhã em audiência convocada pela justiça sul-africana.
REFERÊNCIAS:
Cidades Pretória
Polícia confirma assalto a instalações da FIFA em Joanesburgo
O comissário nacional da polícia sul-africana confirmou hoje que as instalações da FIFA em Joanesburgo foram alvo de um assalto, durante o qual foram furtadas sete réplicas da Taça do Mundo de futebol e várias camisolas. (...)

Polícia confirma assalto a instalações da FIFA em Joanesburgo
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: O comissário nacional da polícia sul-africana confirmou hoje que as instalações da FIFA em Joanesburgo foram alvo de um assalto, durante o qual foram furtadas sete réplicas da Taça do Mundo de futebol e várias camisolas.
TEXTO: Garantindo que a polícia está a proceder a investigações sobre o assalto, sobre o qual não entrou em detalhes, o general Bekhi Cele revelou ainda que, desde o início do torneio, em 11 deste mês, foram detidas 316 pessoas por furtos e outros crimes envolvendo participantes ou turistas. Entre os detidos, figuram 207 sul-africanos e 109 estrangeiros de várias nacionalidades, a maioria dos quais (11) de origem etíope. Nove argelinos, oito britânicos, seis cidadãos de Moçambique e igual número do Zimbabué, Estados Unidos e Paquistão encontram-se entre os detidos, disse Cele, que provocou uma gargalhada geral ao afirmar tratar-se das “Nações Unidas do crime”. O comissário nacional referiu que muitos dos crimes foram facilitados por negligência das vítimas, que deixam telemóveis e computadores portáteis em estádios e hotéis fora da sua vista. Trinta e três pessoas foram detidas por venderem bilhetes falsos em torno dos estádios, concluiu o comissário Cele.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime assalto
Irá a Espanha de Del Bosque travar a máquina goleadora de Joachim Löw e alcançar a sua primeira final?
Retrato fiel do Barcelona de Guardiola, a selecção espanhola está ainda longe de reproduzir na África do Sul um dos princípios basilares do sucesso da equipa catalã: a veia goleadora. Este tem sido um fundamento exclusivo de outra equipa europeia, candidata improvável ao estatuto de matador-mor no extremo meridional africano. Precisamente a Alemanha, com quem irá discutir esta noite o lugar na final com a Holanda. No total, apontou 13 golos em cinco encontros, numa média de 2,6 por partida. Mais do dobro da formação ibérica (6). (...)

Irá a Espanha de Del Bosque travar a máquina goleadora de Joachim Löw e alcançar a sua primeira final?
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.125
DATA: 2010-07-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Retrato fiel do Barcelona de Guardiola, a selecção espanhola está ainda longe de reproduzir na África do Sul um dos princípios basilares do sucesso da equipa catalã: a veia goleadora. Este tem sido um fundamento exclusivo de outra equipa europeia, candidata improvável ao estatuto de matador-mor no extremo meridional africano. Precisamente a Alemanha, com quem irá discutir esta noite o lugar na final com a Holanda. No total, apontou 13 golos em cinco encontros, numa média de 2,6 por partida. Mais do dobro da formação ibérica (6).
TEXTO: Pode teorizar-se que a ausência de Messi, peça fundamental do xadrez do Barcelona, restringe a contabilidade da "Furia" espanhola, mas a julgar pela conta pessoal do jovem argentino no Mundial, de onde saiu sem qualquer golo na carteira, dir-se-ia que existe uma dependência recíproca entre o avançado e a sua casa adoptiva espanhola. Mesmo sem Messi, e apesar do registo relativamente modesto do adversário nas redes contrárias, o seleccionador alemão não desvaloriza o potencial da equipa de Del Bosque, apontada no arranque do torneio como um dos principais candidatos à conquista de um inédito Mundial. "A Espanha é uma equipa muito bem trabalhada, com jogadores do Real Madrid e do Barcelona, muito completa. Para mim, é favorita. Não tem um Messi, tem vários. Além disso, comete poucos erros", salientou Joachim Löw na antecipação da meia-final. Para o treinador, o segredo da vitória poderá passar pelo talento das duas equipas no centro do terreno: "No duelo entre Xavi e Iniesta e Schweinsteiger e Khedira pode estar a chave da partida. "Sólidas têm estado as duas formações no capítulo defensivo, tendo sofrido apenas dois golos cada. Um dos quais originou a surpreendente derrota que cada uma das selecções ostenta no currículo sul-africano: os espanhóis na primeira jornada da fase de grupos, frente à Suíça; os alemães na segunda ronda com a Sérvia. "Este vai ser um encontro equilibrado, de posses largas [de bola]. Eles [Alemanha] têm um bom contra-ataque, elaboração, uma boa defesa e boas individualidades", analisou Vicente Del Bosque, sintetizando: "Somos duas equipas diferentes. Eles são mais directos e verticais e nós elaboramos mais. Têm jogadores de muita qualidade, como Lahm, Schweinsteiger, Klose, Özil. . . , que marcam a diferença. Há um bom trabalho feito desde a base. "Elogios de BeckenbauerUnânime é que a Mannschaft de Löw foge ao estereótipo do futebol germânico, como já admitiu Franz Beckenbauer. "A Alemanha nunca jogou desta maneira, está a surpreender toda a gente. Tem agora boas hipóteses de vencer o Mundial. Löw teve a coragem de dar oportunidades aos mais novos", sublinhou o antigo "capitão" e ex-seleccionador, considerado o melhor jogador alemão de sempre. Apesar do favoritismo espanhol nas vésperas do Mundial, a derrota na estreia contra a Suíça acabou por moderar o entusiasmo, com a equipa a ser obrigada a acautelar-se na fase de grupos para garantir o apuramento na derradeira jornada. O mesmo aconteceu à Alemanha, que entrou de rompante na prova, com uma goleada frente à Austrália. Os sérvios travaram a máquina ofensiva, apesar da grande exibição dos homens de Löw. Se os espanhóis continuaram sem deslumbrar na fase seguinte, com vitórias por 1-0 nos jogos com Portugal e Paraguai, os alemães provaram frente a rivais fortes que eram um óbvio candidato à final de Joanesburgo, no dia 11. Duas inesperadas goleadas arrumaram definitivamente os sonhos da Inglaterra (4-1) e Argentina (4-0), duas selecções bem cotadas para saírem vitoriosas da África do Sul. E tudo isto sem a estrela maior da companhia, Michael Ballack, que se lesionou ao serviço do Chelsea. Notícia corrigida às 13h11
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano
Moçambique: Quase metade da população vive em pobreza extrema
Apesar do cenário relativamente invejável ao nível da estabilidade política, Moçambique continua a ser, mesmo para os padrões africanos, um país onde a pobreza domina. (...)

Moçambique: Quase metade da população vive em pobreza extrema
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento -0.14
DATA: 2010-09-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Apesar do cenário relativamente invejável ao nível da estabilidade política, Moçambique continua a ser, mesmo para os padrões africanos, um país onde a pobreza domina.
TEXTO: De acordo com os cálculos das Nações Unidas, 46, 8 por cento da população moçambicana enfrenta condições de vida que não atingem o mínimo considerado necessário para fugir à pobreza extrema. Este número, definido pela ONU como o Índice de Pobreza Humana, coloca Moçambique no 127. º lugar em 135 países analisados. Atrás apenas estão países como o Afeganistão, Serra Leoa ou Guiné. A contribuir para este lugar estão resultados muito negativos em indicadores como a possibilidade de usar água potável, um privilégio que apenas 42 por cento dos moçambicanos têm. É verdade que a economia moçambicana tem conseguido registar nos últimos anos ritmos de crescimento elevados, muitas vezes acima de cinco por cento, beneficiando especialmente da chegada de investimento estrangeiro. No entanto, sem petróleo, crescimentos ainda mais fortes que ajudariam a reduzir o enorme diferencial de riqueza existente não têm sido conseguidos. O PIB per capita de Moçambique ainda é de 1083 dólares (em paridade dos poderes de compra), um valor que é quase três vezes menos que a média do continente africano e quatro vezes menos que o registado pelos vizinhos da África do Sul.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Cinco finalistas do BESPhoto são de Portugal, Angola, Moçambique e Brasil
Cinco candidatos seleccionados de quatro países lusófonos representados: Portugal, Brasil, Angola e Moçambique. Assim determinou o júri do Prémio BESPhoto 2011, na primeira edição aberta aos artistas de expressão português no Brasil e Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) desde que o prémio foi lançado em 2004. (...)

Cinco finalistas do BESPhoto são de Portugal, Angola, Moçambique e Brasil
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cinco candidatos seleccionados de quatro países lusófonos representados: Portugal, Brasil, Angola e Moçambique. Assim determinou o júri do Prémio BESPhoto 2011, na primeira edição aberta aos artistas de expressão português no Brasil e Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) desde que o prémio foi lançado em 2004.
TEXTO: Esta sétima edição adquire estatuto internacional também pela itinerância. Os cinco escolhidos vão apresentar, pela primeira vez, o seu trabalho na Pinacoteca de São Paulo (em Julho e Agosto de 2011) depois da habitual exposição no Museu Colecção Berardo em Lisboa, entre 14 de Março e 13 de Junho. Depois das mostras, será anunciado o vencedor. O prémio terá um valor pecuniário (40 mil euros) superior ao habitual. Ao angolano Kiluanje Kia Henda (Luanda, 1979), escolhido pelo “trabalho desenvolvido em torno da sua experiência da história recente de Angola”, juntam-se, os portugueses Carlos Lobo (Guimarães, 1974) de quem o júri realça “a precisão da sua abordagem à fotografia da paisagem urbana” e Manuela Marques, notada pela “sua poética da intimidade expressa em diversos projectos”. Mas integram também o grupo final o moçambicano Mário Macilau (Maputo, 1984), do qual o júri refere “a qualidade da sua representação do panorama social e cultural de Moçambique” e o brasileiro Mauro Restiffe (São José do Rio Pardo, 1970), escolhido pelo “uso que faz da tradição da história da fotografia na tomada de paisagens contemporâneas”. O júri é composto pelo curador, crítico de arte e professor Delfim Sardo, por Portugal, Bisi Silva, a curadora e fundadora-directora do Centro de Arte Contemporânea de Lagos, na Nigéria, por África, e pelo Brasil o curador e crítico de arte Ivo Mesquita. A selecção dos candidatos foi feita a partir de exposições e edições realizadas em suporte fotográfico no último ano.
REFERÊNCIAS:
Bento XVI denuncia perseguição a cristãos e pede reciprocidade na tolerância religiosa
Bento XVI denunciou o “ostracismo e a perseguição” de que são vítimas em vários países os cristãos convertidos e pediu “reciprocidade” das outras religiões na tolerância religiosa. A afirmação foi feita ao final da manhã, durante o encontro com líderes religiosos, incluído na visita do Papa ao Reino Unido. (...)

Bento XVI denuncia perseguição a cristãos e pede reciprocidade na tolerância religiosa
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-09-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Bento XVI denunciou o “ostracismo e a perseguição” de que são vítimas em vários países os cristãos convertidos e pediu “reciprocidade” das outras religiões na tolerância religiosa. A afirmação foi feita ao final da manhã, durante o encontro com líderes religiosos, incluído na visita do Papa ao Reino Unido.
TEXTO: Este segundo dia da viagem, o mais intenso e diversificado, ficou marcado por declarações em direcções diversas. O Papa Ratzinger fez questão de defender o lugar da religião na vida pública, pediu aos jovens que sejam os futuros santos do século XXI e referiu a necessidade de um ambiente “seguro” para a educação dos mais novos, numa referência aos casos de pedofilia que têm abalado a Igreja. A alusão de Ratzinger foi feita no colégio Santa Maria de Twickenham, em Londres, onde se encontrou com estudantes de escolas católicas. Conta a Reuters que, enquanto a caravana de Bento XVI chegava e se ouviam hinos e canções religiosas no interior da escola, algumas centenas de pessoas gritavam, no exterior, palavras de ordem como “O Papa deve resignar” e “Vergonha”. Falando aos estudantes, Bento XVI manifestou a esperança de que, entre aqueles que o escutavam, estivesse “algum dos futuros santos do século XXI”. E, aos professores, manifestou a importância de assegurar “um ambiente seguro para as crianças”. Os bispos britânicos foram mais céleres e decididos na hora de lidar com os abusos do clero do que os colegas de países como a Irlanda ou os Estados Unidos, nota a Reuters. Diante do mesmo auditório, o Papa referiu ainda a necessidade de a ciência não ignorar a “dimensão religiosa e ética da vida”, sob pena de se tornar “perigosa” – e, do mesmo modo, a religião não deve ignorar a ciência, para não ficar “limitada”, disse. De manhã, no encontro com 200 líderes religiosos de confissões tão diversas como judeus, muçulmanos, hindus ou sikhs – religiões com comunidades bem representativas no Reino Unido –, Bento XVI pediu o respeito pela “liberdade de seguir a própria consciência sem sofrer o ostracismo ou a perseguição, mesmo se alguém se converte de uma religião a outra”. A mensagem, num país onde também os católicos já foram perseguidos, era sobretudo dirigida a situações actuais como a Índia ou de alguns países do Médio Oriente, onde os cristãos têm sido vítimas de perseguição ou marginalização. “Penso em particular nas situações existentes em certas partes do mundo, onde a cooperação e o diálogo entre as religiões exigem o respeito mútuo, a liberdade de praticar a sua própria religião e de tomar parte em actos de culto públicos”, afirmou. O momento simbólico mais importante desta visita terá sido a oração conjunta ao final da tarde, com o arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, na abadia de Westminster. Na sua intervenção prévia, o Papa referiu os “notáveis progressos” do último século na reaproximação entre diferentes igrejas cristãs, mas admitiu que há ainda muito “por fazer”. Bento XVI pediu ainda que os cristãos sejam capazes de ter uma atitude comum: “Numa sociedade cada vez mais indiferente ou mesmo hostil à mensagem cristã, todos estamos obrigados a dar uma explicação convincente da alegria e da esperança que há em nós”, disse.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola educação perseguição vergonha
Obama continua popular entre os negros americanos
O Presidente perdeu o estado de graça, mas não entre os afro-americanos. "Se ele falhar, falhamos como um todo", diz Donald Betts. (...)

Obama continua popular entre os negros americanos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.216
DATA: 2010-11-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente perdeu o estado de graça, mas não entre os afro-americanos. "Se ele falhar, falhamos como um todo", diz Donald Betts.
TEXTO: U Street, o coração negro de Washington, não é só Duke Ellington, que aqui nasceu. Também é Donald Betts, que deixou o Tennessee há meia década, marchou com Martin Luther King, e abriu a Ponytails Shoe Repair no número 1003. Numa das paredes desta loja de reparação de calçado, há dezenas de fotografias de afro-americanos famosos. Sammy Davis Jr. Colin Powell. Condoleezza Rice. O actor Bill Cosby. É mais do que um mural de orgulho negro. São, ou foram, seus clientes. Donald Betts diz-se "abençoado". Mas o rosto mais repetido nestas paredes é o de Barack Obama, que nunca mandou reparar os seus sapatos na Ponytails. Confiante na sua própria fama de sapateiro, Donald acredita que ele virá um dia. "Eu trato dos sapatos dos agentes dos Serviços Secretos que acompanham o presidente. Eles dizem-me que ele há-de vir, só não dizem quando, que é para ser surpresa. " Tudo o que é polícia na cidade manda reparar os sapatos na Ponytails, bem como o mayor, advogados e médicos. "Tenho a certeza de que, no meio desses advogados e tudo o resto, ele já ouviu falar de mim. E a sogra dele arranja o cabelo três portas abaixo nesta rua. " Onde quer que se olhe dentro da loja, Obama sorri aquele sorriso. Um calendário de 2009 mostra o casal Barack e Michelle Obama abraçados ao lado de Martin Luther King e Coretta Scott King, e a frase: "The Dream Realized" ("O Sonho Realizado"). A primeira página do Washington Post do dia 5 de Novembro de 2008, a manhã a seguir às eleições, com a manchete: "Obama faz história". Um Obama de cartão em tamanho real. Uma fotografia da tomada de posse. "Tenho 76 anos e nunca pensei que estaria vivo para ver isto", diz Donald Betts, sulcos de tranças envolvendo a cabeça como uma carapaça. Só a barba é branca. Numa altura em que o Presidente americano parece ter perdido o seu estado de graça e a sua popularidade caiu em praticamente todos os segmentos da população - democratas, independentes, jovens, brancos, latinos -, os negros continuam solidamente fiéis a Obama. Em Agosto, uma sondagem da Gallup dava-lhe uma taxa de aprovação de 88 por cento entre os afro-americanos, contra 38 por cento na população branca. Lembram-se das T-shirts que toda a gente usou em 2008? Hoje só se vêem em negros. "Todos nós queremos que ele tenha sucesso. Porque, se ele falhar, nós falhamos como um todo", diz Donald. "A primeira coisa que vão gritar é: "Bem, vocês tiveram um Presidente, e ele falhou, portanto acabou-se. ""Os que preferem não verO que é que Donald pensa das críticas que têm dominado a actuação de Obama?"Eram de esperar. Eles não estavam preparados para isto. " Eles? "Os republicanos e todos aqueles que lhe dão má imprensa. Ainda há muitos obstinados que preferem não ver o que aconteceu. Mas têm de perceber que ele não causou isto, ele herdou o défice. Eles não andaram a dizer o mesmo sobre Bush. Foi Bush que deixou este país num tumulto. Ele [Obama] está a tentar endireitar as coisas. E não pode fazer isso em dois anos. Nem em quatro anos - Bush fez estragos durante oito anos. "Estará a comunidade afro-americana mais disposta a dar o benefício da dúvida ao Presidente por ele ser negro?Segundo Cheryl Contee, co-fundadora do blogue Jack & Jill Politics, "existe muita projecção" na Primeira Família, que "é como outras famílias que os afro-americanos podem conhecer". E todos sabemos que quando um familiar é criticado "corremos imediatamente em sua defesa". "Há esta noção de: "Ei, vocês estão a ser muito duros com esta pessoa, não sabem a história toda, deixem-me dizer-vos o que sei. " Acho que é por isso que vemos esta consistência estatística no apoio ao Presidente. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave negro comunidade
Sul do Sudão já decidiu futuro independente
Urnas encerraram ontem. Resultados finais de votação que deve determinar independência da região e divisão do maior país africano devem ser conhecidos no início de Fevereiro (...)

Sul do Sudão já decidiu futuro independente
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Urnas encerraram ontem. Resultados finais de votação que deve determinar independência da região e divisão do maior país africano devem ser conhecidos no início de Fevereiro
TEXTO: O que George Emmanuel fez ajuda a explicar a elevada taxa de participação no referendo sobre a independência do Sul do Sudão, que ontem chegou ao fim: uma viagem de seis dias de autocarro desde El-Obeid, no Norte, até Juba, para poder votar. À entrada do último dia do escrutínio, iniciado no passado domingo, mais de 80 por cento dos eleitores tinham votado. "Vim votar para a secessão", dizia ontem Emmanuel à AFP, sem esconder um sentido de voto que se pressente esmagadoramente maioritário entre os sudaneses do Sul, chamados a decidir sobre a manutenção da unidade com o Norte, que historicamente os marginalizou e reprimiu, ou a independência. Os dados da comissão referendária, que qualificou o processo de "pacífico", indicavam que até anteontem tinham votado 3, 25 milhões dos mais de 3, 9 milhões de inscritos, uma participação que ultrapassava os 80 por cento - bem acima dos 60 por cento necessários para validar o referendo. "É um excelente resultado, à luz de todas as normas internacionais. Vi outras eleições neste país e posso dizer que este escrutínio foi o mais pacífico, o mais organizado e o mais tranquilo", disse o presidente da comissão, Mohamed Ibrahim Khalil, numa conferência de imprensa na capital do Sul, Juba. No Sul, tinham votado até ao último dia do referendo 3. 135. 000 pessoas, o que representa 83 por cento dos eleitores. No Norte, o número de naturais do Sul que se tinham pronunciado era de 62 mil, uma participação de 53 por cento, e, no estrangeiro, o número de votantes era de 55 mil, correspondentes a 80 por cento. Depois de uma enorme afluência nos primeiros dias, e de grandes filas de eleitores, os jornalistas viram ontem assembleias de voto praticamente desertas. Uma hora antes do encerramento das urnas, segundo a AFP, um bispo da igreja episcopal de Juba, Paul Yugusuk, soprou a "última trombeta", uma espécie de vuvuzela cor-de-laranja, coberta por uma bandeira do Sul do Sudão, região semi-autónoma desde 2005. "É um sinal para mostrar que não é apenas o fim do voto, mas o fim da escravatura, da opressão e o começo da nossa liberdade", declarou. A convicção geral é de que a opção independentista triunfará, pelo que a única dúvida parece ser a dimensão da vitória da secessão. Nas eleições de Abril do ano passado, os ex-rebeldes sulistas, que durante mais de duas décadas combateram o Governo de Cartum, obtiveram 93 por cento. Ainda que até lá possam ser conhecidos alguns dados preliminares, os resultados definitivos só deverão ser conhecidos no início de Fevereiro. Apesar do clima geral de tranquilidade, o referendo fica também marcado por actos de violência que provocaram a morte de, pelo menos, 55 pessoas. Os casos mais graves foram a violência entre os dinka ngok sulistas e os misseriya nortistas, tribos rivais na região de Abyei - onde devia ter ocorrido um referendo paralelo sobre a pertença ao Norte ou ao Sul -, e o ataque a uma caravana de sulistas na província nortenha de Kordofan-Sul, que provocou dez mortes. Êxodo para o SulO referendo e a perspectiva de independência estão a atrair muitos sulistas que viviam no Norte, predominantemente árabe e islâmico, à sua região de origem, mais vincadamente africana e maioritariamente cristã e animista. O chefe de operações humanitárias das Nações Unidas no Sudão, Georg Charpentier, disse ontem à imprensa que cerca de 180 mil pessoas voltaram já ao Sul e que, até ao fim do ano, o número pode ultrapassar o meio milhão. "Esperamos pelo menos 500. 000 a 600. 000 pessoas", afirmou, citado pela AFP.
REFERÊNCIAS:
Étnia Dinka
"Ainda não temos uma democracia consolidada em Cabo Verde"
O líder do maior partido da oposição acha que Cabo Verde não tem uma "democracia consolidada, muito longe disso". No rescaldo das eleições legislativas de domingo, Carlos Veiga, presidente do MpD (Movimento para a Democracia), faz acusações graves ao partido vencedor, o PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde), e ao seu líder, José Maria Neves, e questiona o papel das missões de observadores. (...)

"Ainda não temos uma democracia consolidada em Cabo Verde"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O líder do maior partido da oposição acha que Cabo Verde não tem uma "democracia consolidada, muito longe disso". No rescaldo das eleições legislativas de domingo, Carlos Veiga, presidente do MpD (Movimento para a Democracia), faz acusações graves ao partido vencedor, o PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde), e ao seu líder, José Maria Neves, e questiona o papel das missões de observadores.
TEXTO: O que é que correu mal nesta eleição?Vamos debater isso entre nós. Algumas coisas dizem respeito a nós mesmos, outras dizem respeito a todo o ambiente que existe. Foi um combate desigual. De um lado, todos os recursos do Estado à disposição e apoios de outro tipo; e do outro lado, do nosso lado, uma tentativa de criar, de inovar, de apresentar as coisas de forma objectiva. Numa sociedade que é muito vulnerável, e em que a consciência democrática não é forte, o sistema acaba por funcionar desta forma, mas pensamos que é preciso continuar a lutar para que a cultura democrática melhore substancialmente. Vai ocupar o lugar de deputado?Claro. Esse é o compromisso que eu assumi desde o início. Já fui deputado antes. Vou fazê-lo com todo o prazer e com toda a força para, na oposição, defender os valores, as propostas que fizemos e que acreditamos que são melhores. Continuamos a pensar que, se se mantiver a política actual, o país vai passar por momentos bastante difíceis e as pessoas, sobretudo os mais pobres, vão passar por momentos terríveis e o país não se vai desenvolver. Vai continuar também à frente do MpD?Pelo menos até à próxima convenção vou continuar. Que é quando?Em 2012, depois das autárquicas. Como interpreta a declaração do líder do PAICV de que vai abrir o Governo à sociedade civil, a independentes?Estamos aqui para ver. Não tem sido a prática do PAICV. Mas se o fizer. . . creio que seria uma boa solução. Estamos aqui para ver, é preciso que sejam de facto pessoas verdadeiramente independentes. Nós tivemos essa experiência nos anos 90, ela funcionou bem. Mas é sobretudo necessário reforçar as instituições democráticas. Penso que essa é que é a questão fundamental, porque essas instituições estão muito frágeis. Viu-se agora no período das eleições: a Comissão Nacional de Eleições não esteve presente em situações em que devia estar, instituições como a polícia foram cúmplices de actos públicos de compra de votos, não há um Tribunal Constitucional a funcionar - ele está criado na Constituição desde 1999, [mas] não há vontade política -, o Tribunal da Praia foi cercado pela polícia durante várias horas e não houve nenhuma consequência. As instituições estão extremamente fragilizadas em Cabo Verde. O mais importante é reforçar e consolidar as instituições e estar aberto a consensos, ir ao Parlamento para o debate com a oposição, ouvir a oposição. . . Isso é que é importante. O seu futuro político, já disse, passa pela Assembleia e pela liderança do MpD. E a um prazo um pouco mais longo. Que desafios se lhe podem colocar?O meu percurso político individual é irrelevante. Entrei na política por gosto, saí quando quis, voltei a entrar quando achei que era necessário, estarei enquanto considerar que sou necessário. No dia em que eu entender que já não tenho nenhuma utilidade, saio tranquilamente. O problema não é o meu percurso nem o meu futuro, o problema é o que é importante para a democracia em Cabo Verde. E acha que dentro de cinco anos o seu contributo ainda será importante?Vou trabalhar para que daqui a cinco anos, de facto, a situação esteja muito diferente [para que] o povo cabo-verdiano seja menos vulnerável a um conjunto de práticas que não abonam a democracia. Nessa altura, faria a avaliação se sou útil ou não. Os observadores da União Africana consideraram as eleições justas, transparentes. . . Eles vieram cá na véspera.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura tribunal
Protesto pouco participado pode criar nova diâmica em Angola
Um protesto contra o regime angolano e o Presidente José Eduardo dos Santos, convocado anonimamente pela Internet para a madrugada de ontem em Luanda, teve pouca adesão e levou à detenção temporária de 17 pessoas, entre as quais três jornalistas e o seu motorista. Ainda que tenha tido uma expressão pública diminuta, pode ter criado uma nova dinâmica e aberto uma "caixa de Pandora", como disse um dos angolanos ouvidos pelo PÚBLICO. (...)

Protesto pouco participado pode criar nova diâmica em Angola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 5 | Sentimento -0.02
DATA: 2011-03-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um protesto contra o regime angolano e o Presidente José Eduardo dos Santos, convocado anonimamente pela Internet para a madrugada de ontem em Luanda, teve pouca adesão e levou à detenção temporária de 17 pessoas, entre as quais três jornalistas e o seu motorista. Ainda que tenha tido uma expressão pública diminuta, pode ter criado uma nova dinâmica e aberto uma "caixa de Pandora", como disse um dos angolanos ouvidos pelo PÚBLICO.
TEXTO: As cerca de uma dúzia de pessoas que, na noite de domingo para segunda-feira, se concentraram na Praça 1. º de Maio, essencialmente poetas e músicos, disseram a um primeiro polícia que as abordou que estavam a organizar uma actividade cultural, contou um dos detidos, o repórter luso-angolano Pedro Cardoso, do semanário Novo Jornal. O grupo incluía o rapper Brigadeiro Mata Frakux, que tinha apelado à adesão ao protesto, e - segundo o site Clube-K - os músicos e activistas Janguinda, Firmino Costa, Tony K, Mona Dya Kidi, Dalio Kandé, Ronalda e Cláudia. Era cerca de meia-noite e meia. Não desmobilizaram. Uns cinco minutos depois, foram rodeados por dezenas de elementos da Polícia de Intervenção e da Polícia Militar, que os identificaram e lhes revistaram mochilas, onde encontraram folhetos sobre protestos pacíficos. Os jornalistas explicaram que se encontravam a trabalhar, mas os polícias retorquiram-lhes que estavam "em conluio com os manifestantes" e foram igualmente levados para o Comando Provincial de Luanda, onde foram interrogados. A jornalista Ana Margoso, também detida, contou à Lusa que lhe foi perguntado várias vezes: "Por que é que está revoltada com o sistema?". Todos acabaram por ser libertados, ontem de manhã. A convocatória, influenciada pela contestação no Norte de África, corria há cerca de três semanas na Internet. "Em toda Angola, vamos marchar com cartazes exigindo a saída do Ze Du, seus ministros e companheiros corruptos", referia o apelo, assinado por Agostinho Jonas Roberto dos Santos, designação que junta nomes dos líderes dos três movimentos independentistas angolanos ao do actual Presidente. A generalidade da oposição formal, designadamente a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), que durante décadas combateu o partido do poder, demarcou-se da acção. Apesar do carácter pouco consistente da iniciativa, o regime reagiu com nervosismo. Alguns dirigentes fizeram declarações intimidatórias e no sábado o MPLA (Movimento para a Libertação de Angola), que governa Angola desde a independência, em 1975, organizou acções de apoio ao Governo, incluindo uma marcha que reuniu milhares em Luanda. À margem dos partidosAinda que não tivesse tido adesão significativa, o apelo ao protesto contra Eduardo dos Santos "nos últimos dias dominava as conversas todas, passou da Internet, chegou aos bairros penetrou na sociedade angolana, é um movimento novo", disse ontem Pedro Cardoso. "Mais do que a manifestação em si, deu a perceber às pessoas que podem reivindicar, que há espaço para isso. "O escritor angolano José Eduardo Agualusa considera que "se criou uma dinâmica que pode ou não crescer e que em grande medida se criou por má gestão do regime, que não soube gerir de forma correcta e cabeça fria" e tornou uma apelo anónimo "num facto político". Agualusa sublinha que a iniciativa decorreu "à margem de qualquer partido" e considera que o poder de Luanda "devia ter reconhecido o direito à manifestação e ter protegido os manifestantes", mas "reagiu como reagem os regimes totalitários". O escritor dirigiu há dias, juntamente com o professor universitário e activista cívico Fernando Macedo, uma carta aberta a Eduardo dos Santos em que pedem ao líder angolano que "reinicie de forma séria o processo de democratização e "se retire da Presidência da República e do MPLA o mais depressa possível". Para o jornalista e activista anticorrupção Rafael Marques, que desde o início duvidou da consistência da iniciativa, o apelo ao protesto tratou-se de "um golpe de publicidade que quase descambou em problemas maiores porque o MPLA reagiu de forma incompreensível". O partido governamental pode mesmo "ter aberto a caixa de Pandora, porque agora todo o mundo fala em manifestações. Criou-se um clima de discussão que em princípio não será favorável ao regime", disse.
REFERÊNCIAS:
Tempo Maio