Empresa chinesa de partilha de bicicletas Ofo em risco de falência
Empresa "unicórnio" entrou em Portugal há cerca de um ano. (...)

Empresa chinesa de partilha de bicicletas Ofo em risco de falência
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-12-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Empresa "unicórnio" entrou em Portugal há cerca de um ano.
TEXTO: A empresa chinesa de partilha de bicicletas Ofo, que tem operação em Portugal, está com "imensos problemas" de liquidez e a considerar declarar insolvência, revelou hoje o fundador da empresa. "Os problemas de liquidez da empresa agravaram-se", escreveu Dai Wei, fundador da empresa, numa carta aos funcionários, citada pela imprensa. "Já pensei inúmeras vezes (. . . ) dissolver a empresa e declarar insolvência", afirmou. As firmas chinesas de partilha de bicicletas, incluindo a Ofo e a rival Mobike, revolucionaram nos últimos anos o transporte nas cidades do país, ao distribuir mais de 20 milhões de bicicletas. Fundada em 2014, a Ofo angariou já mais de 2, 2 mil milhões de dólares (1, 9 mil milhões de euros) junto dos investidores, e expandiu as suas operações além-fronteiras. A empresa entrou em Portugal em Outubro do ano passado, disponibilizando 50 bicicletas em Cascais. Na altura, este foi 16º mercado internacional, numa estratégia de rápido crescimento global, depois de Espanha (Madrid). De acordo com o gabinete de imprensa da Câmara de Cascais, a empresa já não está presente no concelho desde Abril/Maio, depois de não se ter integrado no sistema de mobilidade integrada da vila. “Houve um período de testes, mas não funcionou”, afirmou ao PÚBLICO o gabinete de imprensa. A ideia da empresa era expandir-se para locais como Lisboa, através também de bicicletas eléctricas, onde estava a começar a apostar. Poucos meses antes, em Julho, a empresa tinha feito uma ronda de financiamento através da qual angariou 700 milhões de dólares junto de investidores como o gigante chinês do comércio electrónico Alibaba. Em entrevista ao PÚBLICO, Zhang Yanqi, responsável de operações da empresa e um dos seus fundadores, garantiu na altura que o modelo de negócio era lucrativo, e que essa era uma razão para o sucesso junto dos investidores, com várias rondas de financiamento num curto espaço de tempo. Ao todo, tinha na altura uma frota própria de mais de 10 milhões de bicicletas espalhadas por 180 (com destaque para a China). A empresa é considerada uma startup "unicórnio", com avaliação superior a mil milhões de dólares, mas incapaz agora de cumprir com encargos mensais de 25 milhões de dólares (22 milhões de euros) em salários. "Durante este ano, sofremos imensos problemas de liquidez: devolver os depósitos aos usuários, pagar dívidas aos fornecedores. De forma a manter a empresa a funcionar, por cada renminbi [moeda chinesa] investido tínhamos que ganhar três", descreveu. As notícias sobre a debilidade da firma levaram milhões de utilizadores do aplicativo a pedir o reembolso dos seus depósitos, de 99 yuan (12, 5 euros), que a empresa está agora a tentar processar. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Dai Wei atribuiu as dificuldades da empresa ao facto de "não ser capaz de avaliar correctamente as mudanças externas, a partir do ano passado". A rival Mobike foi comprada em Abril deste ano pela gigante chinesa de entrega de comida ao domicílio Meituan, por 3, 7 mil milhões de dólares (mais de 3, 2 mil milhões de euros), enquanto outro competidor, o Bluegogo, entrou em falência no ano passado, mas foi comprado pela empresa de transporte privado Didi Chuxing, a Uber chinesa. A Didi está também entre os investidores da Ofo. A Ofo está ainda sob pressão dos fornecedores: em Setembro, a empresa foi processada por um fabricante de bicicletas por falhar pagamentos superiores a 10 milhões de dólares.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Novas taxas agravam tensão comercial entre EUA e China
Washington anuncia taxa adicional de 10% sobre mais produtos chineses. Pequim pede "regresso à racionalidade". (...)

Novas taxas agravam tensão comercial entre EUA e China
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.136
DATA: 2018-07-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: Washington anuncia taxa adicional de 10% sobre mais produtos chineses. Pequim pede "regresso à racionalidade".
TEXTO: O cenário de guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos, parece cada vez mais inevitável. O Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaça agora cobrar mais direitos aduaneiros, com uma taxa adicional de 10% sobre um leque ainda mais vasto de produtos chineses, num valor total de mais de 200 mil milhões de dólares por ano (cerca de 170 mil milhões de euros). Pequim reage com dureza prometendo tomar “medidas quantitativas e qualitativas” contra o que qualifica como “uma pressão extrema" e "chantagem”. Trump promete agravar ainda mais a cobrança de direitos aduaneiros se a China retaliar, aplicando ainda mais taxas para cobrar 200 mil milhões de dólares em cima dos 200 mil milhões que pediu na segunda-feira à noite para serem identificados. Num comunicado emitido esta terça-feira, Trump insiste em definir a atitude da China como “inaceitável”, defendendo a aplicação de medidas para que a China “abra o mercado aos bens dos Estados Unidos e aceite uma relação comercial mais equilibrada”. O Presidente Trump ressalva que tem uma boa relação com o Presidente chinês, Xi Jinping, mas argumenta que não pode permitir que outros países se aproveitem dos EUA. Esta escalada de tensões já está a ter reflexos no mercado de acções: na China, a bolsa de Xangai caiu a pique, no valor mais baixo desde Junho de 2016; também as outras bolsas asiáticas estão em queda, registando os valores mais baixos dos últimos seis meses, avança a Bloomberg. O porta-voz do Governo chinês, Geng Shuang, pediu aos Estados Unidos na manhã desta terça-feira um "regresso à racionalidade", considerando que estas medidas prejudicam toda a gente: os Estados Unidos, a China, e o mundo. A taxa de 10% anunciada pelo Governo norte-americano soma-se à taxa anteriormente anunciada de 25%, aplicada sobretudo em bens industriais e agrícolas; agora, esta taxa é alargada a outros produtos, como brinquedos, ferramentas ou t-shirts. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Foi na semana passada que a administração Trump deu a conhecer a aplicação de uma primeira taxa de 25% para arrecadar 50 mil milhões de dólares (43 mil milhões de euros). Um comunicado divulgado pela Casa Branca acusava a China de “roubo de propriedade intelectual”, justificando a imposição das taxas como uma forma de proteger a economia dos EUA, com base na ideia de que a China tem beneficiado de um desequilíbrio nas trocas comerciais – acusações que o porta-voz do Governo chinês diz serem “infundadas”. Pequim sempre garantiu que não iria assistir de forma impávida e que responderá sempre com taxas próprias sobre produtos norte-americanos. E respondeu ao anúncio da semana passada com a promessa de aplicação de uma taxa de 25% em produtos dos EUA, para arrecadar o mesmo montante de 50 mil milhões de dólares, incluindo produtos agrícolas e da indústria — foi em resposta a esta taxa chinesa que os Estados Unidos decidiram avançar com uma nova taxa. “Os Estados Unidos deram início a uma guerra comercial e infringiram as regulações do mercado”, lê-se numa nota do Ministério do Comércio chinês. Por outro lado, a administração Trump disse na segunda-feira que, com a retaliação, a China estava a “ameaçar as empresas, trabalhadores e agricultores norte-americanos que não fizeram nada de mal”.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Xi em Portugal: Pequim destaca cooperação com Lisboa em países terceiros
Lisboa tem insistido na inclusão de uma rota atlântica no projecto chinês Nova Rota da Seda, o que permitiria ao porto de Sines ligar as rotas do Extremo Oriente ao Oceano Atlântico, beneficiando do alargamento do canal do Panamá. (...)

Xi em Portugal: Pequim destaca cooperação com Lisboa em países terceiros
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-11-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Lisboa tem insistido na inclusão de uma rota atlântica no projecto chinês Nova Rota da Seda, o que permitiria ao porto de Sines ligar as rotas do Extremo Oriente ao Oceano Atlântico, beneficiando do alargamento do canal do Panamá.
TEXTO: A China enalteceu a “cooperação activa” com Portugal em países terceiros, em África e na América Latina, nas vésperas da visita do Presidente Xi Jinping que tem como objectivo "levar a parceria estratégica para um novo nível". Xi Jinping vai estar em Portugal nos dias 4 e 5 de Dezembro. Trata-se da primeira visita oficial de um chefe de Estado chinês a Lisboa desde 2010, e acontece a três meses do 40. º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre Lisboa e Pequim. Numa conferência de imprensa nesta sexta-feira, o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Chao, lembrou que Portugal e a China têm cooperado "a tivamente" na América Latina e África, através do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, estabelecido em Macau em 2003. Portugal é um “membro importante” da União Europeia e tem "tradicionalmente influência" na América Latina e África, disse Wang Chao. O vice-ministro revelou que os líderes dos dois países vão "trocar opiniões" sobre as relações bilaterais, as relações entre a China e a UE e questões internacionais e regionais de "interesse comum". "O Presidente Xi, com os líderes portugueses, vai elevar para um novo nível o futuro desenvolvimento da Parceria Estratégica Global China e Portugal". Lembrando que as visitas de alto nível se intensificaram nos últimos anos, o vice-ministro chinês considerou que a cooperação nas áreas economia, comércio e cultura produziram "resultados frutíferos". "As duas partes responderam juntas à crise financeira e aos desafios internacionais; a cooperação no campo do investimento alcançou grandes progressos, com benefícios tangíveis para ambos os países", disse. Wang Chao lembrou que Portugal foi o primeiro país da UE com que a China estabeleceu uma "parceria azul". Os dois países assinaram, em 2017, um plano de acção, visando colaborarem na investigação e em projectos comerciais no âmbito da economia do mar. Wang Chao considerou ainda que Portugal tem "respondido positivamente" à iniciativa chinesa da Nova Rota da Seda, projecto de infraestruturas internacional que inclui a construção de uma malha ferroviária intercontinental, novos portos, aeroportos ou centrais eléctricas que se destinam a criar uma ligação entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e Sudeste Asiático. Lisboa tem insistido na inclusão de uma rota atlântica no projecto chinês, o que permitiria ao porto de Sines ligar as rotas do Extremo Oriente ao Oceano Atlântico, beneficiando do alargamento do canal do Panamá. Wang Chao revelou que os dois países vão emitir um comunicado conjunto com os "resultados da visita e consensos importantes", e que serão assinados acordos de cooperação no domínio da cultura, educação, infraestruturas, tecnologia, recursos hídricos, finanças e energia. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Desde a crise financeira global, em 2008, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China manteve altas taxas de crescimento económico, aumentando a quota no Produto Interno Bruto global de 6% para quase 16%. O país asiático tornou-se, no mesmo período, um dos principais investidores em Portugal, ao comprar participações em grandes empresas das áreas da energia, seguros, saúde e banca, enquanto centenas de particulares chineses compraram casa em Portugal à boleia dos vistos 'gold'. A delegação de Xi Jinping, que terá em Lisboa a sua última visita de Estado deste ano, inclui Yang Jiechi, membro do Gabinete Político do Comité Central do Partido Comunista Chinês, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Conselheiro de Estado, Wang Yi, e o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, o órgão máximo de planeamento económico do país, He Lifeng, disse à agência Lusa fonte do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Vistos gold: investimento chinês cai, turco mais que duplica
O investimento turco através destes vistos aumentou 148% nos primeiros oito meses do ano, chegando aos 69,4 milhões de euros. (...)

Vistos gold: investimento chinês cai, turco mais que duplica
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2018-10-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O investimento turco através destes vistos aumentou 148% nos primeiros oito meses do ano, chegando aos 69,4 milhões de euros.
TEXTO: O investimento chinês captado através dos vistos gold caiu 24% entre Janeiro e Agosto em termos homólogos, para 194, 3 milhões de euros, enquanto o de origem turca mais que duplicou para 69, 4 milhões de euros. De acordo com os dados fornecidos pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), nos primeiros oito meses do ano foram atribuídos 348 autorizações de residência para actividade de investimento (ARI) a cidadãos de nacionalidade chinesa, num total de 194, 3 milhões de euros, uma redução de 24% face a igual período de 2017. Nos primeiros oito meses do ano passado, foram concedidos 450 vistos gold a cidadãos de nacionalidade chinesa, num total de 256, 5 milhões de euros. A China, a par do Brasil, África do Sul, Rússia e Turquia, é uma das cinco nacionalidades com maior expressividade no âmbito da concessão de "vistos dourados", como também são conhecidos estes instrumentos de captação de investimento. O investimento turco em Portugal tem vindo a aumentar, tendo o valor mais do que duplicado (148%) nos primeiros oito meses do ano, face ao período homólogo de 2017, para 69, 4 milhões de euros (129 ARI). No caso do Brasil, até Agosto foram concedidos 108 ARI, num total de 86, 7 milhões de euros, menos 41, 8% que um ano antes. O investimento proveniente de África do Sul recuou 47% para 22, 8 milhões de euros, tendo sido concedidos 41 ARI. Também o investimento oriundo da Rússia recuou até Agosto — redução de 202% —, para 20, 3 milhões de euros e 32 ARI. No ano passado, o número de ARI atribuídos a cidadãos de nacionalidade russa tinha sido igual (32), mas o valor do investimento superior (28 milhões de euros). O investimento captado através dos vistos gold subiu 33% em Agosto, face a igual período de 2017, para 45, 7 milhões de euros e aumentou 75% face a Julho. Em termos acumulados — desde que os vistos gold começaram a ser atribuídos, em 8 de Outubro de 2012, até Agosto último —, o investimento total captado ascende a quase quatro mil milhões de euros (3. 967. 108. 844, 37 euros), dos quais cerca de 370 milhões por via da transferência de capital e aproximadamente 3, 6 mil milhões pela aquisição de bens imóveis. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento, foram atribuídos 6. 498 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1. 526 em 2014, 766 em 2015, 1. 414 em 2016, 1. 351 em 2017 e 945 em 2018. Em termos acumulados, foram concedidos 6. 141 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 345 por transferência de capital, e 12 pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho. A China lidera a lista de ARI atribuídas (3. 936 até Agosto), seguida do Brasil (581), África do Sul (259), Turquia (236) e Rússia (227).
REFERÊNCIAS:
Entidades SEF
Autoridades chinesas atribuem colisão fatal de comboios a sinalização deficiente
Uma série de “falhas sérias de sinalização” causaram a colisão fatal de dois comboios de alta velocidade na China no passado fim-de-semana na província de Zhejiang, foi hoje anunciado por um instituto estatal ferroviário do país, assumindo “toda a responsabilidade” pelo acidente que causou a morte a 39 pessoas. (...)

Autoridades chinesas atribuem colisão fatal de comboios a sinalização deficiente
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-07-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma série de “falhas sérias de sinalização” causaram a colisão fatal de dois comboios de alta velocidade na China no passado fim-de-semana na província de Zhejiang, foi hoje anunciado por um instituto estatal ferroviário do país, assumindo “toda a responsabilidade” pelo acidente que causou a morte a 39 pessoas.
TEXTO: O sistema “não passou a luz verde para vermelha” e os funcionários da linha “não perceberam que algo estava errado”, indicou o director do Instituto nacional de Pesquisa e Design de Sinalização e Comunicações Ferroviárias, An Lusheng, apresentando desculpas públicas pelo acidente. “[O instituto] assume todas as responsabilidades, aceita todas as punições devidas e atribuirá zelosamente a culpabilidade aos responsáveis”, é garantido em comunicado da organização, citado pela agência noticiosa estatal Xinhua, numa raríssima assumpção pública de responsabilidades por parte de organizações do Estado na China. A colisão ocorreu quando um comboio de alta velocidade embateu contra a traseira de um outro que se encontrava parado na mesma linha, sobre um viaduto próximo da cidade de Wenzhou, devido a um corte de energia. O embate, que os media estatais inicialmente atribuíram a uma “falha tecnológica”, fez seis carruagens descarrilarem e quatro caírem de uma altura entre 20 e 30 metros, com um balanço de 39 vítimas mortais e mais de 200 feridos. O Presidente chinês, Wen Jiabao, visitou hoje o local do acidente – numa mostra clara da apreensão do Governo chinês face à vaga de críticas e ira pública que se seguiu à colisão – garantindo a realização de uma “investigação transparente” e que os responsáveis pelo mesmo serão “severamente punidos”. “O desenvolvimento do país é feito para o povo, sendo por isso da maior importância a protecção da vida das pessoas”, frisou o chefe de Estado, explicando que a sua deslocação a Wenzhou só agora aconteceu porque se encontrava “acamado” devido a doença, que não especificou. Este acidente, que ocorre quatro anos após a entrada em funcionamento dos comboios de alta velocidade na China – um dos projectos de maior aposta de Pequim na mostra de desenvolvimento nacional – gerou uma enorme vaga de desconfiança sobre os ambiciosos planos de expansão ferroviária em curso no país. “Depois deste acidente ter acontecido, a sociedade expressou muitas desconfianças sobre a causa do mesmo e sobre a forma como foi gerido”, concedeu o Presidente, sublinhando que “é necessário ouvir as opiniões públicas, tratá-las com seriedade e dar uma explicação responsável”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave doença chinês
À quinta noite, a calma regressou às cidades inglesas
A noite de ontem passou-se sem grandes incidentes depois de quatro noites de tumultos, violência e pilhagens em Londres e outras cidades como Birmingham, onde a morte de três jovens, muçulmanos de origem asiática, fez temer um aumento das tensões raciais. (...)

À quinta noite, a calma regressou às cidades inglesas
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.150
DATA: 2011-08-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: A noite de ontem passou-se sem grandes incidentes depois de quatro noites de tumultos, violência e pilhagens em Londres e outras cidades como Birmingham, onde a morte de três jovens, muçulmanos de origem asiática, fez temer um aumento das tensões raciais.
TEXTO: Mas ninguém arriscava dizer se a calma geral da noite de ontem era o reinício de alguma normalidade ou uma trégua na maior violência das últimas décadas em cidades inglesas - não só Londres mas Birmingham, Manchester ou Gloucester. “Negros, asiáticos, brancos – vivemos todos na mesma comunidade, porque temos de nos matar uns aos outros?”, perguntava Tariq Jahan, cujo filho foi um dos três mortos num atropelamento enquanto aparentemente tentavam defender um local no meio do caos em Birmingham. “Dêem um passo em frente se querem perder os vossos filhos; senão, acalmem-se e vão para casa, por favor”, disse Tariq Jahan, citado pela agência britânica Reuters. A polícia investiga vários incidentes e muitos crimes dos últimos dias, e o foco está também na lenta reacção das autoridades na resposta à violência. A polícia está ainda a ser criticada por ter deixado passar uma versão errada da morte de Mark Duggan, um homem afro-caribenho morto a tiro pela polícia. As autoridades começaram por dizer que teria disparado contra a polícia, uma versão em que ninguém que o conhecia acreditou e que levou a protestos contra a sua morte que depois degeneraram em violência nos motins da primeira noite. Parlamento interrompe pausa de VerãoO Parlamento vai hoje reunir-se, interrompendo as férias, por ordens do primeiro-ministro britânico, David Cameron. O chefe do Executivo, que ontem prometeu uma resposta firme à violência, está sob escrutínio. Não só pela demora na reacção aos motins como pelo que muitos vêem como questões políticas que estarão na base da violência. Cameron apresentou os actores dos tumultos como criminosos oportunistas e violentos, mas muitos têm apontado a ligação entre os acontecimentos e os cortes do Governo. Líderes comunitários têm vindo a chamar a atenção para os efeitos destes cortes recentes numa sociedade já muito desigual, com ainda menos serviços públicos à disposição e uma grande taxa de desemprego juvenil. Depois de cenas de pilhagens e violência impunes – o autor de um blogue sobre um dos incidentes violentos (http://motowns. blogspot. com/2011/08/im-no-writer. html) notava que cerca de metade das pessoas que viu envolvidas em pilhagens tinham a cara descoberta, atribuindo o facto tanto a “estupidez” como a algum sentimento de impunidade graças à falta de intervenção das autoridades. Entretanto, foram detidas mais de mil pessoas. Entre as que começaram a ser ouvidas em tribunal estavam um funcionário de uma escola, um trabalhador de uma ONG e uma criança de onze anos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte trabalhador escola violência filho tribunal homem comunidade criança desemprego morto
140 caracteres contam uma história em chinês
A China é o país com mais internautas do mundo e com a censura mais apertada na Internet. O Twitter é banido, mas há alternativas e os sites de microblogues têm conhecido um crescimento alucinante. (...)

140 caracteres contam uma história em chinês
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: A China é o país com mais internautas do mundo e com a censura mais apertada na Internet. O Twitter é banido, mas há alternativas e os sites de microblogues têm conhecido um crescimento alucinante.
TEXTO: O Weibo é o mais popular e nos dias que se seguiram à colisão de dois TGV no país, em Julho, muitos media internacionais serviram-se das mensagens ali publicadas para perceberem o que pensavam os chineses. "O Weibo está a criar uma arena muito mais livre do que os media tradicionais. O Weibo já é uma força massiva e é demasiado grande para poder ser encerrado", disse à Reuters Wang Keqin, jornalista de investigação chinês. Depois do acidente de comboio, os media tradicionais começaram por seguir o guião oficial. Mas o que se escrevia em sites como o Weibo levou-os a arriscar irem mais longe, isto até ter chegado uma ordem expressa para limitarem a cobertura do acontecimento. O Weibo é em tudo semelhante ao Twitter e até tem mais-valias, como mostrar as fotos e os vídeos na página principal, ao mesmo tempo que os comentários se alinham debaixo de cada entrada, como num blogue tradicional. De resto, serve para escrever mensagens até um máximo de 140 caracteres, o que "em chinês chega para contar uma história", disse um dos 400 trabalhadores do Weibo à rádio espanhola Cadena Ser. Muito mais do que nos regimes árabes, onde ferramentas como o Twitter foram essenciais para marcar protestos e organizar a revolta espontânea, o Governo chinês desenvolveu um sistema tecnicamente sofisticado de censura e controlo do discurso. Rebecca MacKinnon, especialista em controlo de Internet na China do think tank New America Foundation, calcula em dezenas de milhares (ou centenas de milhares) os burocratas dedicados à censura. Há dezenas de organizações que se ocupam do mesmo, desde o Gabinete de Informação do Conselho de Estado à Administração para a Rádio e Televisão. Ao mesmo tempo, as empresas que oferecem serviços de Internet têm departamentos onde vigiam o conteúdo publicado e avaliam o que é ou não inaceitável. Mas o Weibo não pára de crescer e Wang Keqin tem muito a agradecer-lhe. Há dois anos, a polícia estava a persegui-lo para o impedir de investigar um caso de violação que envolvia responsáveis municipais. A notícia chegou ao Weibo e as autoridades da província de Badong foram inundadas de telefonemas a avisar que Wang não devia ser ferido ou detido. "Eles ficaram esmagados. Foi uma espécie de onda de pressão. O Weibo salvou-me dessa vez e eu tenho-o usado para salvar outras pessoas. "
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
A grande muralha digital chinesa
Há duas grandes muralhas na China: uma de pedra e outra digital. Esta barreira censória limita os movimentos online dos cerca de 500 milhões de utilizadores de Internet no país, mas a China continua empenhada em manter esta edificação virtual de pé. (...)

A grande muralha digital chinesa
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.266
DATA: 2011-08-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Há duas grandes muralhas na China: uma de pedra e outra digital. Esta barreira censória limita os movimentos online dos cerca de 500 milhões de utilizadores de Internet no país, mas a China continua empenhada em manter esta edificação virtual de pé.
TEXTO: Pequim dá emprego a milhares de pessoas para estas bloquearem páginas Web, publicarem mensagens favoráveis ao governo e apagarem as opiniões desfavoráveis às autoridades em fóruns online. O mais recente ataque das autoridades chinesas contra a liberdade de expressão online deu-se contra o Weibo, um site de microblogging - semelhante ao Twitter - que conta com mais de 200 milhões de utilizadores registados. Foram publicadas nesta rede social algumas mensagens contendo acusações directas às autoridades (nomeadamente contra a venda de bolsas de sangue doado pelos cidadãos) e por isso o governo chinês exigiu que o Weibo fechasse as contas “acusatórias”. O secretário do Partido Comunista para Pequim, Liu Qi, visitou na semana passada a sede da Sina Corporation, proprietária do Weibo, onde - citado pela agência noticiosa Xinhua - declarou que as empresas de Internet “devem impedir a difusão de informação falsa e prejudicial”. Estas declarações foram repetidas à agência espanhola EFE por uma fonte governamental identificada apenas por Hu e que considera “necessário e prioritário” controlar as manifestações de ponham “em perigo a estabilidade, progresso e avanço da China”. Ontem mesmo, a Xinhua pedia, em comunicado, às companhias de Internet para aumentarem os seus esforços para limparem os sites do “cancro” dos rumores. “A Internet é um importante veículo de informação social, civilização e progresso. Os rumores estragam a Rede e são um cancro perigoso”, afirma o comunicado. “Inventar rumores é uma doença social e a difusão de rumores na Internet supõe uma grande ameaça social (. . . ) Para cultivar uma Internet sã, deveremos erradicar o solo em que crescem os rumores”, acrescenta o mesmo documento. Em resumo: o governo chinês quer forçosamente controlar os sites da chamada Web 2. 0, mas teme que o fecho generalizado deste tipo de vias de comunicação cause manifestações descontroladas, pelo que prefere pôr a pressão do lado das empresas que fornecem este tipo de serviços. Gao Feng, um sociólogo de Pequim, descreve a situação em termos de censura online: “A China pretende controlar todos e cada um dos movimentos e opiniões dos seus habitantes. É algo impossível e, por muita censura que se aplique à Internet, vão sempre surgir novas vias de comunicação”, indicou o cidadão à EFE. O caso de Weibo é o último de uma longa lista que começou em 1996 com a “Regulação Temporal para a Gestão da Informação na Internet”, directiva aprovada pelo Conselho de Estado que se tornou permanente e que foi sendo actualizada ao ritmo de crescimento da Internet. Centelhas de revoltaDe acordo com Fang Binxing, o “pai” da Grande Muralha chinesa à Internet livre, este sistema está a ser aplicado actualmente de duas maneiras: uma primeira de forma preventiva (impedindo o acesso livre a sites como o Facebook, o Youtube e o Twitter) e outra circunstancial, executada consoante as necessidades do momento e a situação social e política, indica ainda a EFE. “É necessário controlar o que é publicado na Internet e saber quem é a fonte. De facto, muitos países como os EUA, a Coreia do Sul e alguns países da UE têm gestores de controlo de conteúdos”, afirmou Fang Binxing ao jornalista da EFE Javier Ibañez. Precisamente por causa deste “paternalismo censório”, muitos internautas chineses, especialmente os mais jovens, têm falta de confiança nos meios de comunicação oficiais, a ponto de - por vezes - darem mais credibilidade àquilo que lêem em blogues ou redes sociais, ainda que proceda de fonte desconhecida, do que àquilo que diz o governo. Nos últimos meses têm sido cada vez mais frequentes os esforços do governo chinês para evitar o desassossego social, evitando por exemplo qualquer menção à chamada “Primavera Árabe”, temendo um contágio.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Cai Shangjun fez fogo em Veneza
Um grande filme chinês na competição, era o filme-surpresa desta edição: People Mountain People Sea, de Cai Shangjun. Fez fogo. (...)

Cai Shangjun fez fogo em Veneza
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um grande filme chinês na competição, era o filme-surpresa desta edição: People Mountain People Sea, de Cai Shangjun. Fez fogo.
TEXTO: Os "filmes-surpresa" da competição de Veneza, o ritual de revelar um título apenas no dia da sua exibição, tem sido um pequeno festival (asiático) dentro do festival. "Still Life", de Jia Zhang-ke, chegou ao Leão de Ouro em 2006. "Lola", de Brillante Mendoza, foi o filme da comoção desse ano (e fez os espectadores que tinham saído irados da exibição de "Kinatay" no Festival de Cannes, meses antes, reconciliarem-se com o filipino). "The Ditch", de Wang Bing (2010), foi um filme-choque. Aonde chegará "People Mountain People Sea", de Cai Shangjun, o "filme-surpresa" da edição de 2011? Para já, a sessão em que a imprensa o viu ficou marcada por uma ameaça de incêndio na sala. Algum pânico, gente a sair às escuras, sessão interrompida (o júri, Darren Aronofsky a presidir, David Byrne e os outros, entretanto, já se tinha volatilizado quando as luzes se acenderam). E o cheiro a queimado. Que é - e isso torna a coisa mais impressionante - o próprio "cheiro" do filme: tudo está carbonizado em "People Mountain People Sea", as relações familiares e afectivas e a justiça social. Leia mais no PÚBLICO e na edição online exclusiva para assinantes até 10 de Setembro.
REFERÊNCIAS:
Mais duas imolações pelo fogo para denunciar a repressão chinesa no Tibete
Um dia depois de uma freira budista se ter imolado pelo fogo, e morrido, um activista tibetano recorreu esta sexta-feira à mesma forma de protesto em frente à embaixada da China em Nova Deli. (...)

Mais duas imolações pelo fogo para denunciar a repressão chinesa no Tibete
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-11-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um dia depois de uma freira budista se ter imolado pelo fogo, e morrido, um activista tibetano recorreu esta sexta-feira à mesma forma de protesto em frente à embaixada da China em Nova Deli.
TEXTO: A polícia impediu que Sherab TseDor, de 25 anos, sofresse mais do que queimaduras superficiais nas pernas. O activista ainda fez passar às autoridades indianas uma nota sobre a repressão chinesa nas zonas de presença tibetana. Na véspera, no Sudoeste da China, uma freira tornou-se na 11ª pessoa a imolar-se. Qiu Xiang, de 35 anos, incendiou as suas vestes numa estrada de Dawu, na província de Sichuan, noticiou a agência estatal Xinhua, citando o governo local. A freira era da vila de Tongfoshan, adiantou a agência, que afirmou não serem claras as razões da sua acção. Mas segundo a International Campaign for Tibet (ICT), com sede em Londres, antes de se pegar fogo, “ela lançou um apelo à liberdade religiosa e ao regresso do Dalai Lama [líder espiritual dos tibetanos] ao Tibete”, comentou à AFP Kate Saunders, daquela associação. A Xinhua noticiou mais tarde que as primeiras conclusões do inquérito policial ao incidente indicavam que a imolação “foi organizada pela clique do Dalai Lama, que programou uma série de imolações nos últimos meses com motivações separatistas”. O Sudoeste da China, onde existe uma forte presença da etnia tibetana, tornou-se o centro da contestação contra o poder de Pequim na região autónoma do Tibete. Desde Março que nove monges, ou antigos monges, e duas freiras budistas optaram por esta forma de protesto, que em pelo menos seis casos resultou na morte dos manifestantes. A última tinha decorrido na semana passada, em Ganzi, próximo de Aba, o local onde já se deram oito imolações. Qiu é a segunda mulher a recorrer a esta forma de protesto. Mas a repressão das autoridades não tem diminuido, antes pelo contrário. Aba está rodeada de polícias e o acesso à Internet foi restringido. Alguns media ocidentais indicam que vários suspeitos de apoiar os activistas desapareceram. A China tem administrado o Tibete com mão-de-ferro desde que ocupou o território, em 1950, levando ao êxodo nove anos mais tarde, para a Índia, do Dalai Lama. Esta sexta-feira, as autoridades de Pequim afirmaram que o líder tibetano, que acusam de separatista, deveria pronunciar-se contra as imolações. Não condenar estas acções “e incitar a que outras lhes seguiam desafia a consciência comum e a moral da humanidade”, comentou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pela AFP.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte mulher