Cúpula é mais europeia numa Igreja Católica cada vez mais do Sul
Uma hierarquia mais europeia e mais italiana para uma Igreja Católica que se situa cada vez mais no Sul do mundo. Este será o quadro que resulta do consistório que decorre durante este fim-de-semana no Vaticano e que se inicia nesta sexta-feira, com uma reunião entre o Papa Bento XVI e os cardeais, incluindo já os 22 nomeados. (...)

Cúpula é mais europeia numa Igreja Católica cada vez mais do Sul
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.166
DATA: 2012-02-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma hierarquia mais europeia e mais italiana para uma Igreja Católica que se situa cada vez mais no Sul do mundo. Este será o quadro que resulta do consistório que decorre durante este fim-de-semana no Vaticano e que se inicia nesta sexta-feira, com uma reunião entre o Papa Bento XVI e os cardeais, incluindo já os 22 nomeados.
TEXTO: A cerimónia formal de investidura dos "príncipes da Igreja", como eram designados, será amanhã durante uma missa na Praça de S. Pedro do Vaticano, com a entrega do anel e do barrete cardinalícios. No domingo, haverá uma outra celebração de homenagem dos cardeais ao Papa. Com estas nomeações, conhecidas em Janeiro, Bento XVI parece ter cedido alguma iniciativa ao seu secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, que tem estado no centro de várias polémicas recentes - como protagonista ou como visado (ver texto na página ao lado). No início do seu pontificado, conta-se que, quando o então secretário de Estado do Vaticano, cardeal Angelo Sodano, apresentou uma lista de nomes possíveis para o cardinalato, o Papa terá respondido: "Eu decido. "Desta vez, talvez porque Bento XVI começa a registar algum cansaço físico, tudo indica que, perante os nomes conhecidos, o actual secretário de Estado terá tido um forte peso na escolha: há sete italianos e dez responsáveis da Cúria Romana, o organismo que funciona como Governo da Igreja Católica. Este consistório marca também um outro factor: a partir de hoje, a maioria de cardeais que podem votar num futuro conclave (68 num total de 125) terá sido já nomeada por Bento XVI, que assim influenciará decisivamente a escolha do seu sucessor. Apesar de, durante alguns anos, o anterior Papa, João Paulo II, ter promovido um importante movimento de internacionalização da Cúria, essa tendência ainda não é definitiva. E, com o alemão Joseph Ratzinger, a europeização voltou a acentuar-se. A partir deste consistório, a maioria dos eleitores num futuro conclave para escolha do sucessor de Bento XVI serão predominantemente europeus (67). Destes, Itália esmaga com 30 cardeais, havendo ainda seis alemães. Por contraste, a Europa apenas representa hoje 24% dos 1, 2 mil milhões de católicos do mundo. O paradoxo é que este colégio de consultores - e eleitores - do Papa é cada vez mais europeu e ocidental numa altura em que o catolicismo pende cada vez mais para o Sul - seja geográfico ou político. E, mesmo sabendo que a escolha de um Papa não tem como primeiro critério a geografia, um leque de escolhas mais restrito ou mais alargado faz diferença. Evangelização do OcidenteNos Estados Unidos está o segundo maior grupo nacional de cardeais eleitores (12). No outro prato da balança, há apenas 22 cardeais latino-americanos (dos quais seis brasileiros), 11 africanos e nove asiáticos. Segundo os dados de 2009 do Anuário Estatístico da Igreja Católica, metade dos católicos do mundo estão na América (com a maior parte na América Latina), enquanto a Ásia tem quase 11% e a África pouco mais de 15% (ver infografia). O peso da Europa e do Ocidente no colégio de cardeais não é estranho às convicções e prioridades do Papa, que insiste na ideia da "nova evangelização" do continente europeu. Ao ser eleito, em 2005, para suceder a João Paulo II, Ratzinger escolheu o nome do santo patrono da Europa. E, ao anunciar os novos cardeais, em Janeiro, afirmou: "A civilização ocidental parece ter perdido o norte e navega à vista, mas a Igreja, graças à palavra de Deus, vê através da bruma. " Sinal desta prioridade absoluta à Europa e ao Ocidente é o facto de, entre os 22 novos cardeais, apenas três serem não-ocidentais: o brasileiro João Braz de Aviz - que, no entanto, preside no Vaticano à Congregação dos Religiosos -, o indiano George Alencherry e John Tong Hon, de Hong Kong.
REFERÊNCIAS:
Tempo Janeiro
Passos Coelho diz que Portugal é “um mar de oportunidades”
Primeiro-ministro lembrou, de visita ao Chile, que o país é "um verdadeiro mercado de mercados" e "um elo privilegiado entre continentes, regiões e países". (...)

Passos Coelho diz que Portugal é “um mar de oportunidades”
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-01-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeiro-ministro lembrou, de visita ao Chile, que o país é "um verdadeiro mercado de mercados" e "um elo privilegiado entre continentes, regiões e países".
TEXTO: O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou este sábado que Portugal representa “um mar de oportunidades” para os mercados da América Latina e das Caraíbas, por ser uma ponte entre continentes e regiões. Numa intervenção na IV Cimeira Empresarial União Europeia/América Latina e Caraíbas (UE/CELAC), em Santiago do Chile, o primeiro-ministro referiu as energias renováveis, as comunicações móveis e a banda larga e a construção como alguns dos sectores que “poderão representar oportunidades apelativas e concretas para os empresários e investidores” latino-americanos e caribenhos. “Quais são os contributos que Portugal tem para oferecer ao desenvolvimento do mercado latino-americano e das Caraíbas?”, perguntou Passos Coelho, dando a resposta em seguida: “Antes de mais, Portugal é um dos poucos países que mantêm simultaneamente ligações políticas, comerciais, económicas, culturais e linguísticas com todas as regiões e economias emergentes do globo”. O primeiro-ministro acrescentou que Portugal está “integrado em diversas redes institucionais” que o tornam “numa ponte de ligação entre a Europa e a América Latina e Caraíbas, por um lado, e, simultaneamente, entre essas duas regiões e os continentes africano e asiático”, destacando a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). De acordo com Passos Coelho, “dessa perspectiva, Portugal é, conjuntamente com cada um dos países dessa comunidade, um verdadeiro mercado de mercados” e “representa um mar de oportunidades e um elo privilegiado entre continentes, regiões e países diversos”. No início do seu discurso, o primeiro-ministro mencionou que “é na América Latina e Caraíbas, tal como em África e na Ásia, que estão actualmente os países com maiores índices e maior potencial de crescimento” e defendeu que “é preciso saber retirar consequências” dessa realidade. “Pelas múltiplas oportunidades existentes, a região é uma prioridade também do meu Governo. Aliás, desde o início do meu mandato há pouco mais de ano e meio, esta é a minha terceira deslocação à América do Sul”, afirmou. Segundo o primeiro-ministro, “verifica-se hoje uma atenção redobrada no sentido de a Europa se abrir ao mundo e estabelecer novas parcerias económicas, comerciais e políticas”, e Portugal e Espanha contribuíram para isso. Passos Coelho assinalou que a Europa e a América Latina “atravessam ciclos económicos muito diversos”, com a última numa “forte dinâmica de crescimento” e a primeira “empenhada em sair de um ciclo de abrandamento, em alguns casos mesmo de recessão”. Contudo, no seu entender, esses ciclos “são em muitos aspectos complementares” e, se forem aproveitados, podem mesmo “reforçar as dinâmicas de crescimento sustentável que seja gerador de emprego dos dois lados do Atlântico”. Pedro Passos Coelho chegou a Santiago na sexta-feira à noite e tem regresso a Lisboa previsto para o início da tarde de domingo. O primeiro-ministro encontra-se no Chile para participar na Cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia/Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (UE/CELAC), acompanhado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
REFERÊNCIAS:
Pele clara dos europeus deve-se a mutação genética há mais de 30 mil anos
Mudança permitiu uma melhor adaptação a ambientes com menos radiação ultravioleta, depois da saída da espécie de África. (...)

Pele clara dos europeus deve-se a mutação genética há mais de 30 mil anos
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.287
DATA: 2013-10-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mudança permitiu uma melhor adaptação a ambientes com menos radiação ultravioleta, depois da saída da espécie de África.
TEXTO: Uma mutação genética ocorrida há entre 30. 000 e 50. 000 anos, depois da saída do Homo sapiens de África, pode ser a causa de os europeus terem a pele clara, segundo uma investigação coordenada por Santos Alonso, da Universidade do País Basco. Feito com base em mais de 1000 pessoas de diferentes zonas de Espanha, o estudo foi publicado na revista Molecular Biology and Evolution. Os autores do trabalho explicam que o facto do ser humano ter uma pele mais ou menos escura e uma determinada cor de cabelo é definido, em parte, pelo gene MC1R, cuja evolução no Sul da Europa foi estudada pela equipa e onde ainda hoje é dominante. Este gene, que regula a síntese da melanina, que pigmenta a pele, é muito mais diversificado nas populações euro-asiáticas do que nas africanas. Os investigadores calculam que a mutação, associada à pele clara e aos cabelos louros ou ruivos, surgiu há 30. 000 a 50. 000 anos, ou seja, depois da saída de África do Homo sapiens e que a mudança pode ter sido muito benéfica para a adaptação ao novo ambiente, dado que a pele clara facilita a síntese da vitamina D, o que é necessário num meio onde a radicação ultravioleta é menor, em comparação com África. “Os nossos dados reforçam esta ideia, mas deve continuar-se a investigar”, disse Santos Alonso, citado pela agência espanhola EFE. No entanto, esta mutação também está associada a uma maior susceptibilidade ao melanoma, o tipo de cancro de pele mais perigoso. “A vitamina D é necessária para o crescimento, é muito importante para a mineralização óssea adequada e o desenvolvimento do esqueleto, enquanto o melanoma é uma doença que aparece no período pós-reprodutivo”, disse a investigadora Saioa Lopez, da equipa. “A evolução parece favorecer a despigmentação à custa de um maior risco de sofrer de melanoma”, referiu a investigadora, considerando ser este “o preço a pagar para garantir a sobrevivência da [nossa] espécie”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave doença estudo espécie
Baixar, proteger e aguardar. Está preparado para um sismo?
Protecção Civil convida pessoas e organizações a participarem no exercício, marcado para a próxima sexta-feira. (...)

Baixar, proteger e aguardar. Está preparado para um sismo?
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.2
DATA: 2013-10-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Protecção Civil convida pessoas e organizações a participarem no exercício, marcado para a próxima sexta-feira.
TEXTO: A data: sexta-feira, 11 de Outubro, às 11h10. O desafio: parar tudo o que estiver a fazer para executar os três gestos básicos de autoprotecção em caso de sismo. A proposta é da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) para lembrar que os sismos, ao contrário deste exercício, não têm hora marcada. A iniciativa, designada A Terra Treme, dura apenas um minuto. É o tempo suficiente para treinar a resposta a um sismo: baixar-se sobre os joelhos, proteger-se debaixo de uma mesa ou de uma cama, por exemplo, e esperar até que o tremor de terra acabe. Pode ser feito individualmente ou em grupo, em qualquer lugar. Estes três gestos são apenas um dos sete passos a dar antes, durante e após a ocorrência de um sismo. No seu boletim mensal, a ANPC lembra os restantes. Primeiro, identificar e minimizar riscos em casa, fixando os objectos que podem soltar-se e cair, tendo um extintor à mão e explicando às crianças o que fazer nestas situações. Importante é também elaborar um plano de emergência para que todos saibam como agir em caso de sismo e ter à mão um kit com os objectos básicos para utilizar nestes casos. Outros passos são conhecer os pontos fracos do edifício onde se mora, trabalha ou estuda. Cuidar dos mais vulneráveis e saber o que não fazer durante e após um sismo, e respeitar as indicações das autoridades são as outras recomendações. A Terra Treme é uma iniciativa inspirada no exercício norte-americano ShakeOut, que vai ao encontro das propostas inscritas no Quadro de Acção de Hyogo 2005-2015, assinado por 168 Estados-membros das Nações Unidas, com medidas para a redução de catástrofes. A ANPC quer envolver o maior número possível de pessoas e organizações neste exercício, pedindo que todos os participantes se inscrevam no site criado para o efeito. Por se encontrar perto da fronteira entre as placas euroasiática e africana, e por existirem várias falhas activas junto à costa, Portugal está sujeito ao risco sísmico. Não é preciso recuar muito no tempo para o relembrar: quase todos os dias são registados sismos de fraca intensidade no território continental e nas ilhas. No seu boletim mensal, a ANPC lembra outros terramotos mais intensos: o que abalou o Faial (Açores) em 1998, o da Terceira (Açores) em 1980, outro em 1969 sentido no Algarve, ou o que foi sentido em Benavente em 1909. E ainda o terramoto de 1755, o maior de sempre registado na Europa, com magnitude estimada em 8, 75 na escala de Richter.
REFERÊNCIAS:
Tempo Outubro
Milhares de pessoas manifestaram-se em Maputo contra raptos e guerra
Marcha foi organizada pela Liga dos Direitos Humanos, em conjunto com outras organizações da sociedade civil e confissões religiosas, numa reacção à instabilidade que Moçambique vive. (...)

Milhares de pessoas manifestaram-se em Maputo contra raptos e guerra
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: Marcha foi organizada pela Liga dos Direitos Humanos, em conjunto com outras organizações da sociedade civil e confissões religiosas, numa reacção à instabilidade que Moçambique vive.
TEXTO: Milhares de pessoas participaram, nesta quinta-feira de manhã, numa manifestação pacífica em Maputo, em protesto contra a onda de raptos e a ameaça de guerra em Moçambique, acusando o Governo de estar “mudo” e a polícia de “corrupção”. Na Beira, onde há dias foi assassinado um rapaz de 13 anos que tinha sido raptado, decorreu também uma manifestação que, segundo o correspondente da RDP África, reuniu mais de um milhar de pessoas. A marcha foi promovida pela Liga dos Direitos Humanos, tal como a de Maputo, em conjunto com a Associação Muçulmana de Sofala. “Pela primeira vez, estamos a marchar contra o nosso Governo. Temos um líder-chefe que deve cuidar de cada um de nós. Não deve existir nenhuma diferença no tratamento de cada moçambicano”, gritou, para milhares de pessoas presentes, Mohamed Asif, da organização do protesto, na manifestação de Maputo. A “Marcha pela paz e contra os raptos” em Maputo foi organizada pela Liga, em conjunto com outras organizações da sociedade civil e confissões religiosas, numa reacção à onda de raptos e ao clima de instabilidade político-militar que Moçambique atravessa. A actual tensão faz a população recear um regresso à guerra civil vivida entre 1976 e 1992. A actividade económica na cidade de Maputo está nesta quinta-feira a funcionar a meio gás, o que indicia a solidariedade de muitos empresas - encerradas total ou parcialmente - com a manifestação. “Depois de terem sido raptadas a toda a hora, as pessoas são deixadas em pânico, apesar de a guerra já estar a acontecer. Isto é pior do que a Líbia. As pessoas não vão viver nunca: com todos os chefes vamos ter de passar por guerras? Não estamos para isso. Estamos para a paz”, disse Mohamed Asif, em declarações à agência Lusa. “É uma manifestação contra o Governo (moçambicano) porque nós exigimos os nossos direitos que não estão a ser cumpridos”, acrescentou. Trajando camisolas brancas ou vermelhas, com frases como “abaixo a violência, o racismo, a corrupção, os raptos”, os manifestantes concentraram-se, ao início da manhã, junto à estátua de Eduardo Mondlane, seguindo em direcção à Praça da Independência. “Abaixo a polícia corrupta, abaixo o Governo mudo, abaixo o racismo”, gritaram os manifestantes. Os raptos têm visado famílias com posses, descritas na comunicação social e no discurso oficial como “moçambicanos de origem asiática” – conceito repudiado pelos manifestantes. “Cidadãos de origem asiática não existem, existem cidadãos moçambicanos”, contrapôs Asif. “Os raptores usam as telefonias móveis para intimidar o povo moçambicano e, mesmo assim, as telefonias continuam surdas. Os raptores usam os bancos para transferências bancárias ilícitas e, mesmo assim, os bancos estão surdos”, gritou-se na manifestação. O raptos de cidadãos para conseguir resgates não é novidade em Moçambique – há casos desde 2009 – mas acentuou-se nos últimos meses, nos principais centros urbanos. Só na semana passada, em Maputo, onde o fenómeno assume maiores proporções, foram registados pelo menos cinco. Na Beira ocorreram quatro casos desde o início do ano, segundo a RDP África. Os manifestantes que, nesta quinta-feira, saíram à rua na segunda cidade do país pediram uma "investigação séria" aos raptos e apelaram ao Governo e ao principal partido da oposição, a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), para que encontrem formas de ultrapassar a tensão político-militar. Uma das vozes críticas do modo como o Governo está a lidar com a onda de raptos é a de Graça Machel, mulher do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel. “Os cidadãos não se encontram na forma como o Estado está a responder aos raptos”, disse, citada pelo jornal O País. O director da Polícia de Investigação Criminal de Maputo, Januário Cumbabe, foi esta semana exonerado devido à onda de raptos. Apesar de ter sido substituído juntamente com outro quadros de direcção, o afastamento deve-se, segundo o jornal Notícias, à incapacidade que a polícia tem demonstrado para responder ao fenómeno. O primeiro julgamento por raptos em Moçambique chegou também esta semana ao fim no início. O tribunal judicial de Maputo condenou seis pessoas a 16 anos de cadeia, pelo sequestro de sete moçambicanos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos guerra humanos violência tribunal mulher racismo social pânico
Morreu Malik Bendjelloul, o realizador que nos devolveu Rodriguez
Com À Procura de Sugar Man, vencedor do Óscar para melhor documentário em 2013, o sueco contou uma das mais incríveis histórias da folk norte-americana. (...)

Morreu Malik Bendjelloul, o realizador que nos devolveu Rodriguez
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Com À Procura de Sugar Man, vencedor do Óscar para melhor documentário em 2013, o sueco contou uma das mais incríveis histórias da folk norte-americana.
TEXTO: Realizador, produtor, guionista, montador e ilustrador de À Procura de Sugar Man, o documentário sobre Sixto Rodriguez que venceu o Óscar da categoria em 2013, o sueco Malik Bendjelloul foi encontrado morto em sua casa, em Estocolmo, nesta terça-feira. Tinha 36 anos. O cineasta suicidou-se, confirmou o seu irmão, Johar Bendjelloul, ao jornal sueco Aftonbladet, nesta quarta-feira. “Ele estava deprimido já há algum tempo”, disse. “A vida nem sempre é fácil. Fiquei junto a ele até ao fim”, lamentou Johar Bendjelloul, acrescentando que este é um período difícil e que não sabe como geri-lo. Segundo a Associated Press, citada pelos media internacionais, as autoridades suecas não encontraram indícios de crime. Antes das declarações do irmão do realizador, já a porta-voz da polícia local, Pia Glenvik, tinha dito à agência noticiosa, sem especificar a causa da morte, que o corpo foi encontrado ao fim do dia desta terça-feira. Bendjelloul estreou-se cedo, aos 12 anos, como actor numa série da estação pública sueca, a SVT. Estávamos em 1990. Mais tarde, estudou jornalismo na Universidade Lineu de Kalmar, no Sul da Suécia, país onde nasceu a 4 de Setembro de 1977, filho de um pai médico e de uma mãe dedicada às artes da pintura e da tradução. Voltou então à SVT, como repórter, emprego que acabou por deixar para trás para viajar pelo mundo. Estava na Cidade do Cabo quando ouviu falar pela primeira vez de Sixto Rodriguez, figura de culto da folk norte-americana que apareceu na cena musical de Detroit no final da década de 1960, gravou dois discos no início da década seguinte – que viriam, sem que ele o soubesse, a ser a banda sonora da resistência contra o apartheid na África do Sul –, voltou uns anos depois e pouco depois desapareceu. Teria morrido?Havia quem dissesse que sim, que Rodriguez se tinha suicidado em palco. Ou que tinha morrido com uma overdose. Nada de provas, nada de notícias nos jornais. Mas como poderiam os sul-africanos, que contavam entre si estes rumores, acreditar que o autor das canções que sabiam de cor não era falado em lugar algum? Quando descobriram Rodriguez vivo, convidaram-no para um concerto e receberam-no em delírio. Era 1998. No entanto, só depois de Bendjelloul ter decidido ir à procura de Sixto Rodriguez de câmara em punho é que o resto do mundo, à parte a África do Sul e a Austrália – onde as composições do norte-americano eram também muito apreciadas por um conjunto de melómanos –, ficou a conhecer a incrível história do músico que passou quatro décadas em lugar nenhum. À Procura de Sugar Man estreou-se em Sundance, em Janeiro de 2012, a data em que Rodriguez renasceu para a cultura popular e em que o seu nome – e, especialmente, os seus dois álbuns, Cold Fact (1970) e Coming from Reality (1971) – começou a espalhar-se pelo mundo. O documentário seguiu depois para vários festivais, chegou a algumas salas comerciais e foi, finalmente, nomeado para o Óscar que acabou por vencer. A estatueta dourada (e o Bafta, e o prémio da Guilda dos Produtores da América, entre outros prémios que também ganhou) abriu novas portas ao filme, sobretudo nos mercados europeu e asiático. Portugal foi um dos países com estreia pós-Óscar, em Junho do ano passado. No entanto, antes de o filme ser exibido nas salas nacionais, os portugueses tinham a banda sonora disponível nas lojas. Malik Bendjelloul, que deixa como legado este único filme, dizia que era “a melhor banda sonora de todos os tempos”. Com Catarina Moura
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Étnia Asiático
Suspeitas de suborno atingem Mundial de futebol do Qatar
A 11 dias do início do Campeonato do Mundo organizado pelo Brasil, a FIFA é abalada com suspeitas de corrupção em torno do Mundial 2022, entregue ao Qatar (...)

Suspeitas de suborno atingem Mundial de futebol do Qatar
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DATA: 2014-06-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A 11 dias do início do Campeonato do Mundo organizado pelo Brasil, a FIFA é abalada com suspeitas de corrupção em torno do Mundial 2022, entregue ao Qatar
TEXTO: Cinco milhões de dólares terão sido pagos, em subornos, por Mohamed Bin Hammam, presidente da Confederação Asiática de Futebol e membro executivo da FIFA; que regula o futebol mundial, para garantir que a organização do Mundial 2022 fosse entregue ao Qatar. A notícia é avançada neste domingo pelo jornal britânico Sunday Times, que diz ter obtido registos de milhões de documentos – emails, cartas e certificados de pagamento/transferências bancárias – que alegadamente suportam a acusação feita contra Bin Hammam, que chegou a anunciar, em 2011, a sua candidatura à sucessão do suíço Joseph Blatter na presidência da FIFA, intenção abandonada depois de ter sido acusado por suborno no âmbito dessa candidatura. Aliás, a FIFA acabou por banir Bin Hammam de todos os organismos de futebol depois de investigar essas acusações. Agora, diz o Sunday Times, os documentos obtidos mostram que Bin Hammam, de 65 anos, fez lobby em favor da candidatura do Qatar ao Mundial 2022, facto que sempre tinha sido negado pelo próprio. Diz o jornal, que deu a ver os documentos à estação de televisão BBC, que não só isso era verdade como também a campanha de lobbying começou pelo menos um ano antes da decisão da FIFA, anunciada a 2 de Dezembro de 2010. Estados Unidos, Austrália, Coreia do Sul e Japão foram os outros países candidatos a essa organização, mas acabaram derrotados. Além disso, haverá ainda provas de pagamentos feitos por Hammam a responsáveis africanos para supostamente comprar o apoio à candidatura do Qatar. A estratégia passaria por garantir os votos de quatro representantes do continente africano com direito a voto na matéria. Questionado pelo Sunday Times, um filho de Hammam recusou-se a fazer comentários, diz a BBC. No mesmo trabalho de investigação publicado neste domingo, o jornal alega ter provas de que Bin Hammam pagou cerca de 300 mil euros em despesas feitas por um outro membro do comité executivo da FIFA, representante da Oceania, Reynald Temarii, do Tahiti. Este não pôde votar na altura, por se encontrar suspenso. Temarii tinha sido afastado pela própria FIFA por alegadamente ter solicitado dinheiro em troca do seu voto a responsáveis da candidatura dos EUA ao Mundial 2022. As despesas legais decorrentes desse processo que levou à suspensão de Temarii terão sido suportadas por Hammam, refere o Sunday Times. O recurso apresentado por Temarii não lhe permitiu votar a favor do Qatar mas teve, pelo menos, o efeito de travar a entrada do substituto David Chung, que teria votado na candidatura rival da Austrália, afirma o mesmo jornal britânico. Outro caso nebuloso sobre o qual emergem agora supostas provas mais consistentes dizem respeito à ligação de Hammam a um ex-vice-presidente da FIFA, Jack Warner, da federação de Trinidad e Tobago e responsável da conferedação das Caraíbas. Diz o jornal que tem provas de que Hammam transferiu para Warner mais de 1, 6 milhões de dólares para Warner, que acabou de resto afastado do cargo por se ter provado que ajudou Hammam a subornar outros responsáveis caribenhos na tentativa de de se fazer eleger para a presidência da FIFA. As suspeitas em torno da entrega do Mundial 2022 ao Qatar não são novas, havendo há muito uma investigação em curso. Aliás, na próxima segunda seria suposto o responsável do inquérito, Michael Garcia, encontrar-se em Omã com o comité organizador do Qatar, reunião que que poderá ter influenciado o momento da publicação destas informações. A pressão para que se reveja a atribuição daquele campeonato ao Qatar também pode aumentar, face às informações vindas agora a público.
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Entidades EUA
Chocolates Imperial entram nas lojas Walmart no Brasil
Empresa portuguesa faz parceria “promissora” na África do Sul. (...)

Chocolates Imperial entram nas lojas Walmart no Brasil
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Empresa portuguesa faz parceria “promissora” na África do Sul.
TEXTO: A Imperial acaba de entrar na rede de lojas Walmart Brasil, depois de ter obtido classificação máxima num conjunto de auditorias exigidas pela multinacional norte-americana, na vertente de responsabilidade social e food defense. Manuela Tavares de Sousa, presidente executiva da empresa (CEO), disse ao PÚBLICO que “a entrada directa na rede de lojas da Walmart no Brasil, pela sua dimensão, eleva as expectativas da empresa, podendo incrementar fortemente as vendas neste mercado”. “Apesar de não poder adiantar qual a dimensão que o negócio poderá ter, acredito que será certamente muito relevante”, adiantou a CEO da histórica marca de chocolates nacionais. O grupo retalhista possui no Brasil mais de 550 lojas, de vários formatos, entre as quais se destacam a Walmart, o Big, o Bompreço, a Mercadorama, a Nacional e a Sam's Club. O Brasil é o segundo maior mercado externo da empresa do Grupo RAR, representando cerca de 10% do total das exportações. A empresa portuguesa, que vende para mais de 45 países, registou no primeiro semestre do ano um crescimento nas vendas de 8%, face a igual período do ano passado. Segundo a empresa, o crescimento já alcançado “supera significativamente a evolução registada pelo mercado português”, no mesmo período. A empresa, que é líder no mercado português em várias categorias de produtos, através das marcas Regina, Jubileu, Pantagruel e Pintarolas, registou um crescimento nas vendas para o mercado nacional de 10%, face a igual período do ano passado. Em 2013, a Imperial registou um volume de negócios que ultrapassou os 25 milhões de euros, com cerca de um quarto desse volume realizado no mercado externo. Depois de uma aposta agressiva para entrar em novas geografias, a empresa diz estar agora a apostar na consolidação dos mercados onde está presente. Entre os que já são relevantes, mas que podem ser ainda mais, Manuela Tavares de Sousa refere “a África Austral, com destaque para Angola e Moçambique, onde a Imperial já detém uma posição de liderança na grande maioria das categorias de produtos com as marcas Regina, Pintarolas, Pantagruel e Jubileu”. Só o mercado angolano deverá representar 1, 3 milhões de euros este ano, o que corresponde a 20% do volume de exportações da empresa, adianta a gestora. Para consolidar este mercado, a empresa de Vila do Conde acaba de criar em Angola uma equipa de reposição e de merchandising. “Esta estrutura local de acompanhamento do ponto de venda é muito recente, mas já conduziu a resultados muito positivos, com uma receptividade muito favorável por parte dos nossos clientes e o reforço da presença das nossas marcas, com o consequente aumento do volume de negócios”, adianta a CEO da Imperial. Na África do Sul, considerado “um mercado estratégico”, a Imperial acaba de estabelecer um acordo com uma empresa local, com cobertura nacional, que deverá potenciar a introdução permanente dos produtos da Imperial nas principais cadeias de distribuição – nomeadamente, a Shoprite, a Chekers, a Pick & Pay e a Spar, entre outras. “Acredito que este negócio possa, rapidamente, ganhar uma dimensão relevante”, adianta Manuela Tavares de Sousa, acrescentando que “o volume de vendas para o mercado sul-africano pode rapidamente ultrapassar o milhão de euros, no primeiro ano”. No último quadrimestre deste ano, está prevista uma encomenda de 10 contentores, com praticamente todas as marcas da Imperial, adiantou. Mercados a crescerEntre outros mercados que estão a revelar crescimentos interessantes para empresa, a gestora destaca a Colômbia, o Peru e a Venezuela, assim como vários mercados europeus – nomeadamente Espanha, Itália e países de leste (Ucrânia, República Checa e Eslováquia). Na Europa, a CEO destaca o caso da Polónia que, admite, “pode vir a tornar-se um mercado de grande dimensão”. Neste momento a Imperial está em negociações com os principais interveniente no mercado, nomeadamente, a Biedronka, a maior rede retalhista do país (detida pela Jerónimo Martins), com quem já concretizou algumas operações e, ainda, com vários outros retalhistas de grande dimensão. A estratégia passa pela “aposta alargada a todas as cadeias de retalho, como lojas hard discount, lojas de conveniência e outras de posicionamento mais premium”. Na Índia, “o processo ainda está numa fase embrionária, dado que as alterações sucessivas da legislação em termos de rotulagem têm sido um entrave no desenrolar deste dossier”, esclarece a gestora, adiantando, no entanto, que “apesar das limitações existentes, está neste momento a sair a primeira encomenda-teste para uma das maiores cadeias de distribuição de supermercados da Índia”. Na China, a entrada também está a ser feita devagar: “Estamos presentes em algumas cadeias de supermercados, mas ainda muito aquém do potencial do mercado”, adianta Manuela Tavares de Sousa, salvaguardando que, “apesar de todas as potencialidades do mercado asiático, a China não tem sido uma prioridade para a Imperial”.
REFERÊNCIAS:
Étnia Africano Asiático
E se o sismo de ontem tivesse sido em terra?
Se o sismo ocorrido na madrugada de ontem ao largo de Portugal continental, a cerca de 100 quilómetros a sudoeste do cabo de São Vicente, tivesse sido em terra, teria havido danos? Sim, é a resposta peremptória dos especialistas em sismologia. (...)

E se o sismo de ontem tivesse sido em terra?
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2009-12-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Se o sismo ocorrido na madrugada de ontem ao largo de Portugal continental, a cerca de 100 quilómetros a sudoeste do cabo de São Vicente, tivesse sido em terra, teria havido danos? Sim, é a resposta peremptória dos especialistas em sismologia.
TEXTO: E têm um exemplo na ponta da língua em que baseiam esta especulação científica: o sismo de 1909, com o epicentro em Benavente. Tanto este sismo como o que ocorreu às 1h37 de ontem tiveram a mesma magnitude de seis na escala de Richter. Ou seja, libertaram a mesma energia durante a ruptura da crosta terrestre (é isso que faz a terra tremer), sendo considerados como moderados a fortes. "O sismo de 1909 dá uma ideia do que o sismo de hoje [ontem] podia ter sido. Provocou dezenas de mortos e muitos danos", refere Fernando Carrilho, director do Departamento de Sismologia do Instituto de Meteorologia (IM). "Se tivesse sido em terra, temos o exemplo do sismo de 1909, com a destruição completa das zonas habitadas em Benavente e Salvaterra de Magos", diz também o geofísico José Fernando Borges, do Centro de Geofísica de Évora. Enquanto o abalo de ontem não matou ninguém nem provocou danos materiais, o de 23 de Abril de 1909, quando eram 17h05, deixou parte do Ribatejo arrasado e foi sentido em todo o país. Também Samora Correia e Santo Estêvão ficaram destruídas. Um testemunho de quem viveu essa catástrofe, referido num trabalho do Museu Municipal de Benavente, dá bem conta da violência do fenómeno, que não deixou uma única casa sem necessidade de reparações na vila: "Tinha acabado de jantar e, conforme os meus hábitos, deitara-me um pouco a ler os jornais. Pouco depois das cinco horas senti uma violenta sacudidela, tão grande que me pareceu que a casa se partia. Vim a rolar no meio do quarto. Levantei-me de um salto. Em seguida senti outro estremeção mais forte e foi então que tive a noção exacta do que era um abalo de terra. Vejo as paredes fenderem-se de alto a baixo. Os vidros das janelas fazem-se em estilhas. Ouço um ruído enorme, seco, profundo, um estrondo subterrâneo que não se descreve. " Assim que esta testemunha do sismo mais destruidor do século XX em Portugal continental fugiu para a rua, viu a sua casa ruir. "Na minha frente outras casas se desmoronam. Nuvens colossais de poeira elevam-se nos ares. Sinto-me asfixiado. Quero fugir e não posso. " Só na vila, no momento da catástrofe, morreram 30 pessoas e 38 ficaram feridas, segundo o museu. Na madrugada de ontem, a crosta terrestre rompeu-se suficientemente longe da costa para que a tragédia passasse ao lado. Mas muitos foram aqueles que sentiram o chão a mexer-se, de norte a sul. Durante a manhã, mais de duas mil pessoas já tinham preenchido o inquérito que o IM tem na Internet sobre os efeitos sentidos. O sismo foi sentido à volta de oito segundos, embora a duração dependa de factores como o tipo de solos, construção ou altura dos edifícios. Há relatos que vão até aos dez segundos. Foi mais sentido no Algarve. Na escala modificada de Mercalli (que mede os estragos num determinado sítio, indo de I a XII), a intensidade atingida em Lagos e Portimão foi V. Tal significa que o sismo sentiu-se mesmo na rua, que acordou as pessoas, agitou líquidos em repouso, derrubou pequenos objectos, fez abrir e fechar portas e parou ou acelerou relógios de pêndulo. Para Lisboa, a intensidade foi IV, mas é provável que suba para V nalguns locais, refere Carrilho. Perto da costa causa danosA zona onde ocorreu o sismo, a uma profundidade de 30 quilómetros no interior da crosta, é uma velha conhecida dos cientistas pela sua actividade sísmica. Ali, na margem Oeste e Sul de Portugal continental fica a fronteira entre as placas tectónicas euroasiática e africana. E elas estão em colisão, à velocidade de quatro milímetros por ano, o que gera sismicidade. Falhas tectónicas activas não faltam naquela zona - como a Ferradura, a sul do epicentro do sismo, ou a do Marquês de Pombal, a noroeste. Mas é prematuro associar uma destas falhas ao sismo, que teve uma certa profundidade. "Pode haver uma falha pré-existente em profundidade e não haver vestígios à superfície. Esta zona é de grande complexidade tectónica", diz Fernando Carrilho. Sismos como o que destruiu Lisboa em 1755 - com 8, 7 e 8, 8 de magnitude, um dos maiores de que há memória na Terra - foram gerados naquela região. "Os principais sismos que afectaram o nosso território tiveram praticamente todos origem nesta zona", resume Carrilho. Com a magnitude que atingiu, o sismo de ontem é o maior desde o de 1969, com magnitude entre 7, 3 e 7, 8 e também no mar, na mesma região de fronteira de placas. Apesar da energia libertada então, não houve danos de relevo, à excepção de algumas casas danificadas no Algarve. Outro exemplo de um sismo em terra (ou perto) com danos é o de 1998, nos Açores. Também com magnitude seis, e epicentro a menos de dez quilómetros do Faial, matou oito pessoas e feriu 150. Mas um sismo como o de ontem não tem de ser em terra para causar destruição. "Um sismo de magnitude seis a 20 quilómetros da costa já seria capaz de provocar danos", sublinha Carrilho. "A libertação dessa quantidade de energia numa zona mais próxima das populações teria um impacto maior. Com a distância, a energia sísmica diminui. " Também José Borges não hesita em responder que a 20 quilómetros haveria danos: "Seguramente que sim. "
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violência
Argentina goleia Coreia do Sul por 4-1
A selecção da Argentina goleou esta tarde a Coreia do Sul por 4-1, no arranque da segunda jornada do Grupo B do Mundial 2010. (...)

Argentina goleia Coreia do Sul por 4-1
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-06-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: A selecção da Argentina goleou esta tarde a Coreia do Sul por 4-1, no arranque da segunda jornada do Grupo B do Mundial 2010.
TEXTO: O homem do jogo foi o atacante do Real Madrid Gonzalo Higuaín, com três golos marcados, tornando-se no terceiro jogador argentino a alcançar este feito em toda a história dos Mundiais de futebol. O marcador mexeu pela primeira vez com um golo na própria baliza do sul-coreano Chuyoung, aos 17 minutos. O segundo golo da Argentina – o primeiro de Higuaín – chegou aos 33’. A Coreia do Sul conseguiu reduzir ainda na primeira parte, aos 45+1’, por intermédio de Chuyoung, que desta vez marcou na baliza certa. O resultado final foi estabelecido na segunda parte, com mais dois golos de Higuaín, aos 76’ e aos 80’. A Argentina lidera o Grupo B, com seis pontos em dois jogos, depois de vitórias frente à Nigéria (1-0) e Coreia do Sul (4-1). A selecção asiática tem três pontos, resultantes da vitória na primeira jornada sobre a Grécia (2-0). Grécia e Nigéria perderam os respectivos jogos inaugurais e defrontam-se esta tarde em Bloemfontein.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem