Santander e Fosun entre os cinco candidatos na corrida à compra do Novo Banco
As propostas de aquisição têm que ser apresentadas até ao final de Junho. Há mais um candidato chinês e duas companhias de origem norte-americana. (...)

Santander e Fosun entre os cinco candidatos na corrida à compra do Novo Banco
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-12-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: As propostas de aquisição têm que ser apresentadas até ao final de Junho. Há mais um candidato chinês e duas companhias de origem norte-americana.
TEXTO: O banco espanhol Santander, os chineses da Fosun e da Anbang Insurance e os norte-americanos da Apollo Global Management e da Cerberus passaram à terceira fase do concurso de venda do Novo Banco, que herdou os activos bons do BES. O Banco de Portugal convidará agora as cinco entidades seleccionadas a apresentar as suas propostas vinculativas para aquisição do terceiro banco português, que revelou prejuízos superiores a 4000 milhões de euros no ano passado. Em comunicado emitido esta sexta-feira ao final do dia, a entidade liderada por Carlos Costa informou que na sequência da análise das sete propostas não vinculativas que recebeu com vista a uma eventual aquisição do Novo Banco, apenas cinco foram seleccionadas. Embora o supervisor não tenha mencionado nomes, sabe-se que o BPI foi eliminado, por ter avançado com uma oferta insuficiente. Pelo caminho, na fase anterior, ficaram diversas outras instituições, como o Bank of China (que já opera em Portugal, mas terá desistido), o Banco Popular e o BBVA. O processo de venda do Novo Banco, actualmente presidido por Eduardo Stock da Cunha, começou com uma lista de 17 entidades interessadas, mas 12 acabaram por não seguir em frente. Agora, a partir do próximo dia 20, inicia-se um processo de due-diligence (análise aprofundada) no Novo Banco, após o qual as cinco entidades serão convidadas a apresentar propostas vinculativas, com base num caderno de encargos que definirá os procedimentos a seguir nesta fase - que pode envolver varias rondas de contactos. Só depois estarão em condições de avançar com uma oferta final de valor vinculativa que terá de chegar às autoridades até ao final de Junho. A quarta fase, de pré-selecção das propostas, implicará uma negociação e a decisão final caberá ao Banco de Portugal, assessoreado pelo BNP Paribas. O preço será o factor decisivo para a escolha do comprador, seguindo-se depois outros critérios, como a estratégia para desenvolver o banco e os impactos no sector, em termos de concorrência. O Banco de Portugal explicou que a selecção foi antecedida de audiências prévias, ao abrigo do qual as entidades não seleccionadas nos termos de decisão preliminar dispuseram de um período de dez dias úteis para se pronunciarem sobre o sentido dessa decisão. Impactos negativosAs ofertas não vinculativas terão oscilado entre mais de 2000 milhões e mais de 4000 milhões de euros. De acordo com o Expresso Diário, o Santander terá avaliado o Novo Banco à volta de 2500 milhões de euros, enquanto um dos candidatos chineses colocou a fasquia acima dos 4000 milhões. Caso o valor de venda do Novo Banco não chegue aos 4900 milhões de euros aplicados no capital do banco - algo que é dado como bastante provável -- o montante em falta será pago pelas instituições financeiras, através do Fundo de Resolução. Os bancos com maior dimensão serão os mais atingidos, como o BCP, BPI e CGD. O banco público, aliás, já sofreu os impactos do colapso do grupo GES, tal como outras duas instituições financeiras, o Montepio e o Banif. A CGD, no entanto, tem omitido o impacto da sua exposição ao GES. Na divulgação das contas referentes ao ano passado, o banco público, presidido por José de Matos (ex-Banco de Portugal), reportou apenas que a rentabilidade foi afectada negativamente “pelo reconhecimento de custos de imparidades associadas à exposição ao Grupo Espírito Santo”. Conforme já escreveu o PÚBLICO, a exposição do banco público, antes do colapso do GES, era da ordem dos 300 milhões de euros. Ao todo, as provisões e imparidades da CGD foram de 950 milhões, mas o valor referente ao GES fica escondido no meio deste montante global. Em 2014, a CGD teve um prejuízo de 348 milhões de euros. Quanto ao Montepio, o impacto da exposição ao GES ficou perto dos 140 milhões de euros. Sem mencionar valores exactos, a instituição mutualista presidida por Tomás Correia fala de um “reconhecimento de imparidades relacionadas com exposições relevantes, no montante de 140 milhões, nas quais se inclui a exposição ao Grupo Espírito Santo”, através, segundo dados recolhidos pelo PÚBLICO, da Rioforte. O impacto do GES é, no entanto, o responsável pela esmagadora maioria deste factor negativo. Em 2014, o Montepio teve um prejuízo de 187 milhões de euros. Já no caso do Banif, que teve um resultado líquido negativo de 295 milhões no ano passado, a instituição presidida por Jorge Tomé é a mais transparente nas informações sobre os impactos negativos do GES. O banco, nas suas contas anuais, revela que a imparidade provocada pelo GES resultou num custo não recorrente de 80, 4 milhões de euros. Com Luís Villalobos
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Tempo Junho
Alcoutim: negócio da China com o sol do Algarve
Chineses e britânicos avançam com investimento de 200 milhões de euros, sem recurso a subsídios, para alimentar uma cidade duas vezes maior do que Faro. (...)

Alcoutim: negócio da China com o sol do Algarve
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-03-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Chineses e britânicos avançam com investimento de 200 milhões de euros, sem recurso a subsídios, para alimentar uma cidade duas vezes maior do que Faro.
TEXTO: O sol do Algarve, descobriram os chineses, não serve só para “bronzear” a pele. No interior do concelho de Alcoutim, na aldeia de Vaqueiros, o grupo CTIEC – China Triumph International Engineering, em parceria com a empresa We LinK, do Reino Unido, vai investir 200 milhões de euros num parque de produção de energia solar – com capacidade para abastecer uma cidade de 130 mil habitantes, duas vezes o tamanho de Faro. O projecto terá uma capacidade de produção instalada de 220 megawatts (MW). O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, salientou durante a apresentação deste projecto fotovoltaico que o grupo, liderado por Peng Shou, está a fazer no Algarve “o maior investimento que esta empresa está a fazer em todo o mundo”. Mas o mais significativo, sublinhou o ministro, é a mudança de paradigma na produção energética: “Este é o maior parque solar não subsidiado – e o primeiro de uma série de investimentos que esta empresa quer realizar em Portugal”. Peng Shou adiantou que, durante a manhã, reuniu em Lisboa com o primeiro-ministro, António Costa, não adiantando pormenores sobre a conversa. À hora do almoço esteve com o ministro da Economia, autarcas e parceiros do negócio, a seguir regressou a Londres. As obras do parque solar arrancam no próximo mês de Abril, prevendo-se que num prazo de dois anos fiquem concluídas. A infra-estrutura ocupa uma área de cerca de 80 hectares, inserida numa propriedade com a área de 1300 hectares. O parque solar coincide, numa extensão de quatro quilómetros, com a trajectória da Via Algarviana – a rota pedestre que atravessa o Algarve, de Alcoutim a Sagres, pelo interior. Durante a discussão do estudo de impacto ambiental, a associação Ambientalista Almargem levantou algumas dúvidas relacionadas com os impactos do projecto, pelo eventual afastamento dos turistas que gostam de apreciar a paisagem no seu estado natural. “O Ministério do Ambiente não atendeu às nossas preocupações, nem sequer deu resposta”, declarou ao PÚBLICO o dirigente da Almargem, João Santos. O ambientalista defende “a importância de serem encontradas medidas minimizadoras” para o projecto. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Por seu lado, o presidente da câmara de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, salientou que os 60 postos de trabalho que irão ser criados “são muito bem-vindos, num concelho que vive o problema da desertificação, por falta de empregabilidade”. No Reino Unido, a CTIEC desenvolve vários projectos na área das energias renováveis. “Estou certo que, aqui, a produção de energia eléctrica, a partir do solar, pode ser quatro ou cinco vezes maior, esta zona do sul do país é muito favorecida pelo Sol”, disse o ministro da Economia. Caldeira Cabral entende que Portugal pode ser um país competitivo na área das energias renováveis: “Tem um potencial muito forte, que durante muitos não foi aproveitou – porque a tecnologia não permitia, ou porque não houve uma aposta nesse sentido”. No futuro, o desenvolvimento deste sector irá “traduzir-se em redução de custos na produção de electricidade, de forma competitiva, não subsidiada”, afirmou.
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Palavras-chave estudo
Pequim aposta no investimento para contrariar quebra da economia
Economia reforça sinais de abrandamento, forçando as autoridades chinesas a regressar a uma estratégia que produza resultados imediatos. (...)

Pequim aposta no investimento para contrariar quebra da economia
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.2
DATA: 2015-09-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Economia reforça sinais de abrandamento, forçando as autoridades chinesas a regressar a uma estratégia que produza resultados imediatos.
TEXTO: Com os sinais de abrandamento da economia a tornarem-se cada vez mais evidentes e a bolsa a insistir na tendência de queda, as autoridades chinesas apostam em mais investimento público como forma de estimular a economia. De acordo com a agência Reuters, Pequim decidiu retirar das mãos das autoridades locais do país todo o dinheiro que tinha sido alocado aos seus orçamentos mas que não foi usado. O Governo central pretende utilizar este dinheiro para realizar mais investimentos públicos em infra-estruturas. Em causa, segundo a Reuters, estão mais de um bilião (um milhão de milhões) de iuans, um valor correspondente a cerca de 138 mil milhões de euros. As autoridades locais utilizaram menos dinheiro do que aquele que tinham disponível porque evitaram avançar com grandes projectos de investimento numa altura em que o combate à corrupção se tornou uma prioridade para a liderança chinesa. Mas agora, com o abrandamento da economia a preocupar, as autoridades em Pequim estão decididas em injectar este dinheiro na economia o mais rápido possível e a forma de o fazer é centralizando as decisões de investimento. A Comissão para o Desenvolvimento e Reforma, a entidade encarregue do planeamento económico na China, aprovou esta segunda-feira dois projectos de construção de estradas com um valor próximo dos 900 milhões de euros, em mais um sinal da pressa chinesa em relançar o investimento público. A urgência é o resultado dos mais recentes desenvolvimentos na economia e nos mercados financeiros chineses. Na semana passada, vários indicadores económicos, especialmente o da produção industrial, vieram reforçar os receios de que a economia esteja a crescer a um ritmo mais lento do que aquilo que são os objectivos do Governo. A meta de crescimento de 7% este ano parece estar fortemente ameaçada. Nos mercados, esta segunda-feira, o índice que reúne as 300 principais empresas da bolsa de Shangai caiu 1, 97%, revelando que o clima de incerteza continua a dominar entre os investidores. Depois de dois anos de fortes subidas, o mercado accionista chinês registou uma queda próxima de 40% desde o passado mês de Junho. Perante estes dados, as autoridades chinesas parecem querer realizar um reacerto da estratégia económica que tinham delineado para os próximos anos. Pequim ambicionava, com a aplicação de reformas estruturais destinadas à liberalização da economia, fazer com que a China ficasse menos dependente das exportações e do investimento público, os dois grandes motores de crescimento das últimas décadas. A aposta era agora o aumento sustentável do consumo e do investimento privado, com uma maior flexibilização da taxa de câmbio e uma gestão mais prudente das finanças públicas. Perante a recente crise, as autoridades parecem hesitar entre a manutenção do ímpeto reformista e a necessidade de um estímulo de curto prazo para a economia. No fim-de-semana, foi divulgada a já há muito antecipada reestruturação do sector público empresarial chinês, que inclui a possibilidade de investimento privado em alguns sectores. As medidas anunciadas foram contudo vistas como uma desilusão por aqueles que defendem mudanças mais radicais na estrutura da economia chinesa.
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Palavras-chave consumo chinês
Vendas mundiais de smartphones sobem 9% no primeiro trimestre de 2017
Os clientes preferem gastar mais dinheiro em telemóveis mais avançados com mais funcionalidades, mas quem mais ganha são as fabricantes chinesas. (...)

Vendas mundiais de smartphones sobem 9% no primeiro trimestre de 2017
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.25
DATA: 2017-05-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os clientes preferem gastar mais dinheiro em telemóveis mais avançados com mais funcionalidades, mas quem mais ganha são as fabricantes chinesas.
TEXTO: As pessoas estão a comprar cada vez mais smartphones, mas as fabricantes de topo – por enquanto, a Samsung e Apple – continuam a perder mercado face a marcas chinesas mais recentes. No primeiro trimestre de 2017, foram vendidos cerca de 380 milhões de aparelhos em todo o mundo. Trata-se de um aumento de 9, 1% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a empresa de consultoria Gartner que, num relatório divulgado esta terça-feira, acrescenta que os consumidores optam cada vez mais pela compra de aparelhos mais avançados e com mais funcionalidades. A tendência leva a que várias empresas estejam a aumentar o preço de venda dos dispositivos, mas quem mais ganha são as fabricantes chinesas, como a Huawei, a Oppo e a Vivo, que comercializam telemóveis de topo a preços mais acessíveis. Juntas, as três marcas chinesas já representam 24% do mercado, mais 3% do que a sul-coreana Samsung, que ocupa o topo da lista com uma quota de 20, 7% do mercado (o equivalente a 78 milhões de unidades vendidas). “As três maiores fabricantes chinesas de smartphones estão a guiar as vendas com os seus preços competitivos, e telefones de qualidade equipados com funcionalidades inovadoras”, explica o director de investigação da Gartner, Anshul Gupta. Embora a Samsung, seguida da Apple com 13, 7% do mercado, continue a ocupar o topo da lista, as vendas têm vindo a baixar de ano para ano. No primeiro trimestre de 2017, a Samsung e a Apple verificaram um decréscimo de 3, 1% e 1% nas respectivas quotas de mercado. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Já a Huawei – que se posiciona firmemente no terceiro lugar da tabela – vendeu mais 5320 unidades em relação ao mesmo período de 2016. A Oppo vendeu mais 94, 6% de telemóveis este trimestre em relação ao ano passado. O sistema operativo Android tem uma quota de 86% do mercado, ao passo que o iOS, da Apple, fica com 13%. Também nesta terça-feira, a Apple anunciou uma nova colaboração com a Nokia virada para a área da saúde. O acordo põe fim a uma série de litígios sobre a patente original de vários produtos das empresas, que se arrastavam em tribunal há quase uma década, e foca-se "na exploração de uma colaboração sobre iniciativas digitais relacionadas com a saúde”. Os detalhes do acordo mantêm-se confidenciais, mas sabe-se que a Nokia vai fornecer produtos e serviços de infra-estrutura de rede para a Apple que, por sua vez, volta a vender os produtos de saúde digital da Nokia nas suas lojas.
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Sob o olhar de Pequim, Hong Kong começa a escolher novo líder
Arrancou o processo de nomeação dos candidatos a chefe executivo, que os sectores pró-democracia consideram ser apenas uma confirmação das preferências do regime chinês. (...)

Sob o olhar de Pequim, Hong Kong começa a escolher novo líder
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.136
DATA: 2017-02-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Arrancou o processo de nomeação dos candidatos a chefe executivo, que os sectores pró-democracia consideram ser apenas uma confirmação das preferências do regime chinês.
TEXTO: Hong Kong começa esta terça-feira a escolher os candidatos ao cargo de chefe executivo do território. O processo é muito criticado pelos sectores pró-democracia e independentistas que o consideram uma imposição dos nomes mais convenientes para Pequim. Até 1 de Março, a comissão eleitoral vai manifestar o seu apoio às várias pré-candidaturas à chefia do governo de Hong Kong, mas não há muita margem quanto ao desfecho deste procedimento. A comissão é composta por cerca de 1200 elementos seleccionados de um grupo de 230 mil eleitores e que têm um mandato de cinco anos. É este grupo restrito que tem direito a voto num território com mais de sete milhões de habitantes. De acordo com a lei básica, este colégio eleitoral – que é responsável tanto por aprovar as candidaturas como pela eleição final do chefe executivo, marcada para 23 de Março – junta representantes que devem reflectir os vários grupos de interesse da sociedade de Hong Kong, incluindo dirigentes de associações económicas e industriais, sindicatos e grupos sociais e ainda os 70 deputados do Conselho Legislativo. “Os membros da comissão eleitoral não protegem nada mais do que os seus interesses próprios. Como podem representar os interesses do povo de Hong Kong?”, questionava Stone Shek, um engenheiro de 49 anos, citado pela AFP. Os favoritos para chegarem à liderança do executivo local são dois ex-dirigentes governamentais, ambos conotados com a linha de Pequim. Carrie Lam, ex-secretária-chefe para a Administração, tem uma longa carreira na burocracia de Hong Kong e liderou também a Secretaria do Desenvolvimento. A ausência de um passado fora da administração pública do território é uma das grandes críticas feitas pela oposição a Lam e deu azo a alguns episódios caricatos. Um dos privilégios dos titulares de pastas ministeriais é a atribuição de residências oficiais em alguns dos locais mais exclusivos de Hong Kong. Para se candidatar à chefia do executivo, Lam teve de apresentar no mês passado a sua demissão do governo e, por isso, deixou a sua casa oficial. Ao lembrar as dificuldades de regresso à vida civil, Lam contou que, quando faltou o papel higiénico na sua nova casa, foi de táxi até à sua antiga residência oficial para se abastecer. O episódio, contado pela BBC, deu origem a uma onda de gozo nas redes sociais e nos círculos da oposição de Hong Kong, onde, ao contrário da China, não existem limitações à liberdade de expressão. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O principal adversário de Lam é o ex-secretário das Finanças John Tsang, considerado mais próximo dos grupos pró-democráticos e mais popular. A imprensa local chegou a divulgar notícias de que o Governo chinês tentou dissuadir Tsang de concorrer às eleições, mas o candidato referiu um aperto de mão dado pelo Presidente, Xi Jinping, durante o encontro do G-20 em Huangzhou no ano passado como “um dos factores” que o levaram a avançar. No final, é de sinais deste género que a escolha do próximo líder governamental de Hong Kong está dependente. “Muita gente, incluindo os candidatos, percebe a importância e está mesmo impaciente para que Pequim ‘abençoe’ a sua escolha para acabar com a incerteza”, escreve no South China Morning Post a colunista Tammy Tam. Porém, avisa, “qualquer apoio explícito nesta altura pode ser criticado como qindian, ou unção, por Pequim”. É precisamente este tipo de jogo político que levou para as ruas de Hong Kong milhares de pessoas durante várias semanas em 2014, durante os protestos que ficaram conhecidos como a “revolução dos guarda-chuvas”. Numas eleições com desfecho previsível, a incerteza está na forma como vão as ruas reagir a este processo.
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Palavras-chave lei género chinês
Coreia do Norte tem mais armas nucleares do que se pensava, avisa Pequim
Especialistas chineses dizem que programa nuclear norte-coreano já poderá ter construído 20 ogivas e calculam que armamento pode duplicar já no próximo ano. EUA apanhados de surpresa. (...)

Coreia do Norte tem mais armas nucleares do que se pensava, avisa Pequim
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.166
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Especialistas chineses dizem que programa nuclear norte-coreano já poderá ter construído 20 ogivas e calculam que armamento pode duplicar já no próximo ano. EUA apanhados de surpresa.
TEXTO: A capacidade nuclear da Coreia do Norte pode estar bem acima daquilo que os Estados Unidos estimavam. Esta é a conclusão de alguns dos principais especialistas chineses, que revela igualmente uma crescente preocupação da parte de Pequim em relação à potencial ameaça representada pelo seu aliado. A Coreia do Norte pode já ter desenvolvido 20 ogivas nucleares, assim como dispor de capacidade para transformar urânio para fins militares de forma a duplicar o actual arsenal durante o próximo ano, de acordo com o Wall Street Journal, que falou com representantes norte-americanos que se reuniram com especialistas chineses em Fevereiro. As novas projecções de Pequim contrastam com a desvalorização normalmente dada pelo Pentágono em relação às capacidades nucleares de Pyongyang. Em Outubro, o Exército norte-americano revelou ter conhecimento de que a Coreia do Norte poderia desenvolver um míssil nuclear com um raio de alcance que abrange a costa Oeste dos EUA. Porém, os responsáveis militares não acreditam que o míssil tenha sido testado e que, portanto, “a probabilidade de ser eficaz é muito baixa”, segundo comandante das forças norte-americanas na Coreia do Sul, o general Curtis Scaparrotti. Segundo as últimas estimativas dos EUA, a Coreia do Norte teria actualmente entre dez a 16 ogivas nucleares. Tradicionalmente, as projecções chinesas eram mais baixas do que as norte-americanas, mas desde 2010 que têm sido alinhadas e há já dois anos que as ultrapassaram, lembra o WSJ. A reunião onde os novos cálculos foram revelados teve a presença de técnicos e especialistas chineses e norte-americanos, mas nenhum representante do Governo dos EUA. Siegfried Hecker, um professor da Universidade de Stanford e que foi director do Laboratório de Los Álamos – onde a bomba atómica foi desenvolvida nos anos 1940 – liderou a equipa de especialistas norte-americanos no encontro e disse ter ficado surpreendido com as estimativas chinesas, as mais elevadas de que já teve conhecimento. "Eles acreditam, tendo em conta o que sabem agora, que os norte-coreanos têm capacidade suficiente de urânio enriquecido para serem capazes de produzir oito ou dez bombas de urânio altamente enriquecido por ano", disse Hecker. Considerado como um dos principais especialistas norte-americanos sobre o programa nuclear norte-coreano, Hecker acreditava que o regime liderado por Kim Jong-un não tivesse mais do que 12 ogivas actualmente. Fontes próximas do assunto disseram ao WSJ que membros do Governo norte-americano também se surpreenderam com as novas estimativas. A perspectiva de que a Coreia do Norte tenha um arsenal nuclear superior ao que era antecipado causa receios na região, sobretudo entre a Coreia do Sul e o Japão – alvos constantes de ameaças por Pyongyang. Como signatários de tratados de defesa mútua com os EUA, um ataque a qualquer um destes países obrigaria os Estados Unidos a garantir a sua defesa. O diálogo diplomático entre Washington e Pyongyang está suspenso desde 2012, altura em que a Coreia do Norte realizou um teste com um míssil de longo alcance. Desde então, a estratégia norte-americana tem sido a de pressionar a China a utilizar os seus canais diplomáticos privilegiados com a Coreia do Norte para dissuadir o regime de desestabilizar a região.
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Entidades EUA
Ai Weiwei "vai" a Alcatraz – é um dos acontecimentos da rentrée
A partir do seu estúdio em Pequim, o artista chinês vai intervir em quatro áreas da antiga prisão federal. (...)

Ai Weiwei "vai" a Alcatraz – é um dos acontecimentos da rentrée
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A partir do seu estúdio em Pequim, o artista chinês vai intervir em quatro áreas da antiga prisão federal.
TEXTO: Os dias da prisão domiciliária de Ai Weiwei já lá vão, assim como os quase três meses que passou numa cela permanentemente iluminada – entre 3 de Abril e 22 de Junho de 2011, o artista chinês esteve detido por suspeita de evasão fiscal (foi pelo menos esse o eufemismo usado pelas autoridades do seu país) –, mas quatro anos depois ainda não é possível dissociá-lo dessa saga que o tornou um herói global. Até porque, para todos os efeitos, Ai Weiwei continua a não ser um homem livre: está impedido de sair da China, agora por suspeita de "outros crimes", incluindo pornografia, bigamia e câmbio ilegal de moeda estrangeira.
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Partidos LIVRE
Ai Weiwei inspira-se no escândalo do leite contaminado e faz mapa da China com latas de leite
Artista dissidente chinês usa latas de leite para denunciar incapacidade de Pequim para garantir segurança do alimento para bebés, e fenómeno da corrida ao leite em pó em Hong Kong (...)

Ai Weiwei inspira-se no escândalo do leite contaminado e faz mapa da China com latas de leite
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Artista dissidente chinês usa latas de leite para denunciar incapacidade de Pequim para garantir segurança do alimento para bebés, e fenómeno da corrida ao leite em pó em Hong Kong
TEXTO: Um enorme mapa da China desenhado com latas de leite em pó é a última criação do artista dissidente chinês Ai Weiwei. A obra, que é mostrada numa exposição em Hong Kong inaugurada esta sexta-feira, inspira-se no escândalo do leite contaminado com o produto químico industrial melamina, que matou seis crianças em 2008 e deixou 300 mil doentes. Baby Formula 2013 é o título da obra que usa 1815 latas de sete marcas de leite em pó para bebé para desenhar o mapa da China, cobrindo um espaço de 10x8 metros, relata a agência AFP. “Esta peça está relacionada com vários problemas”, explica Ai Weiwei à AFP. “Um é a recente proibição de os residentes na China continental comprarem leite em pó [em Hong Kong] para levarem para casa; outro é por que é que os residentes do continente vinham a Hong Kong comprar leite em pó”. Depois do escândalo de 2008 com o leite em pó – e da repetição de escândalos de segurança alimentar, incluindo outro com um produtor chinês de leite para bebés, no ano passado, cujo leite estava contaminado com produtos que reconhecidamente provocavam o cancro, diz a Reuters – muitos chineses procuram marcas importadas para alimentar os seus filhos. Um dos sítios aonde se vão abastecer é a Hong Kong, embora na Austrália os clientes chineses também estejam a ser culpados por uma falta de leite para bebés nos supermercados e nas farmácias. Em alguns países europeus estão também a registar-se faltas pontuais, adianta a AFP. A China é, “de longe”, o maior mercado de leite para bebé, diz o grupo de defesa e investigação sobre consumo Euromonitor, citado pela agência noticiosa francesa. As licenças de maternidade são bastante limitadas, por isso as taxas de amamentação são baixas, de apenas 28%, de acordo com um relatório da UNICEF, e o marketing das marcas de leite para bebé é bastante agressivo. Mas Hong Kong não está a apreciar esta procura intensa por parte dos chineses da continente: a 1 de Março, entrou em vigor uma lei que impede os visitantes de levar mais do que 1, 8 quilos de leite para bebé. Há multas de 500 mil dólares de Hong Kong (50 mil euros) para quem tentar traficar maiores quantidades para fora da ex-colónia britânica. “Um país como este consegue pôr um satélite no espaço, mas não consegue pôr uma tetina de biberão segura na boca de uma criança. Isto é completamente absurdo”, disse Ai Weiwei à Reuters. “Isto é uma ausência fundametal de garantia de alimentação. As pessoas têm de se deslocar a outra região para a obter. É um fenómeno completamente absurdo”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei consumo criança chinês
O que se passa com António Costa?
Tudo indica que elogiar os progressos do país num casino cheio de chineses tenha prejudicado mais Costa do que os atrasos de pagamento à Segurança Social prejudicaram Passos Coelho. (...)

O que se passa com António Costa?
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Tudo indica que elogiar os progressos do país num casino cheio de chineses tenha prejudicado mais Costa do que os atrasos de pagamento à Segurança Social prejudicaram Passos Coelho.
TEXTO: Uma notícia de ontem do Jornal de Negócios, apoiada no barómetro da Aximagem de Março, afirmava que o Partido Socialista estava a cair nas sondagens pelo sexto mês consecutivo. A queda acumulada atinge já os quatro pontos percentuais: o PS está agora com 36, 1% das intenções de voto e a soma dos votos de PSD e CDS colocam os dois partidos a apenas 1, 1% dos socialistas, bem dentro da margem de erro. Pior do que isso: embora a sondagem da Aximagem tenha já sido realizada após as notícias das desventuras de Passos Coelho com a Segurança Social, a verdade é que António Costa dá um trambolhão no índice de popularidade superior ao do primeiro-ministro. Ou seja, tudo indica que elogiar os progressos do país num casino cheio de chineses tenha prejudicado mais Costa do que os atrasos de pagamento à Segurança Social prejudicaram Passos Coelho. Mas isso não explica tudo. No final do mês passado, quando se completaram os primeiros 100 dias de Costa à frente do PS, o Observador fez uma pequena entrevista de balanço a Ferro Rodrigues, que admitiu as dificuldades que o partido estava a ter em passar a sua mensagem. E justificou-as de duas formas. Primeiro: “Quando três comentadores das televisões em canal aberto são dois ex-líderes do PSD — só o Morais Sarmento é que não foi — estamos numa situação um pouco estranha do ponto de vista da comunicação. ” É a velha estratégia de culpar os mensageiros pela falta de qualidade da mensagem — um argumento absurdo tendo em conta a boa imprensa (que começa agora a passar) de António Costa. O segundo argumento é, contudo, bem mais interessante, e é curioso ter sido proferido tão claramente por Ferro Rodrigues, quando ainda há cinco meses ele estava a tecer loas a José Sócrates em plena Assembleia da República, garantindo nessa altura à comunicação social que o PS “não é o Partido Comunista da União Soviética, que eliminava pessoas das fotografias”. Hoje, o discurso rodou 180 graus, e Ferro Rodrigues daria tudo para rasgar o álbum 2005-2011 de uma ponta à outra. Palavras do actual líder parlamentar do PS ao Observador: “O PS tem uma situação bastante infeliz com o facto de o antigo primeiro-ministro estar em prisão preventiva, uma situação que causa evidentemente grandes dificuldades. ”Ai causa, causa. E é bom que alguém do topo da hierarquia do PS tenha a lucidez de afirmar isso de forma tão explícita, após tanta romaria a Évora. Aliás, a declaração de Ferro Rodrigues tem certamente uma dupla intenção: justificar o presente mas também prevenir o futuro. Daqui até ao Outono há mais do que tempo para surgirem notícias que comprometam o PS muito para além de Sócrates. A ser verdade o que anda a ser publicado, não é possível que a manipulação de concursos estatais e o forrobodó das obras públicas possam ter sido realizados sem uma razoável teia de cumplicidades. E se mais suspeitas caírem em cima dos socialistas até às eleições, tudo pode vir a ser posto em causa. Parte do que se passa com António Costa tem, pois, a ver com a dificuldade de renovação do PS e com uma maior proximidade aos socráticos do que aquela que António José Seguro tinha. Com Costa vieram demasiadas caras antigas, demasiados assessores antigos, demasiada tralha socrática — e o que seria um trunfo em Outubro transformou-se num pesadelo a partir da noite de 21 de Novembro de 2014. O que se passa com António Costa é isto: o peso do passado está a comprometer o seu futuro. E a procissão ainda vai no adro.
REFERÊNCIAS:
Rio Ave quer garantias da Fosun para assumir SAD
Venda de Ederson é trunfo que afasta carácter urgente de entrada do investidor chinês, reforçando posição vila-condense nas negociações. (...)

Rio Ave quer garantias da Fosun para assumir SAD
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento -0.15
DATA: 2017-06-02 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20170602173324/https://www.publico.pt/n1774252
SUMÁRIO: Venda de Ederson é trunfo que afasta carácter urgente de entrada do investidor chinês, reforçando posição vila-condense nas negociações.
TEXTO: O Rio Ave, que deverá a curto prazo propor aos sócios a passagem do regime vigente de Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) para Sociedade Anónima Desportiva (SAD), está a negociar com a Fosun, consórcio chinês associado a Jorge Mendes (Gestifute), as contrapartidas indispensáveis para a entrada dos donos do Wolverhampton no capital social do emblema vila-condense. O líder do Rio Ave, António de Silva Campos, e o presidente da Assembleia-Geral, Mário de Almeida, pronunciaram-se recentemente sobre a premência de um investimento que permita ao clube de Vila do Conde continuar no pelotão da frente de uma Liga em que, além do Rio Ave, só Paços de Ferreira e Tondela não constituíram uma SAD, único modelo que permite a participação de investidores. Prestes a concluir o mandato, que termina antes do final do ano, António da Silva Campos tem uma decisão para tomar. Apesar de tudo, o cenário é hoje menos dramático do que no início da época. A percentagem da venda do guarda-redes Ederson ao Manchester City vem reforçar a posição negocial do Rio Ave, que já apresentou proposta à Fosun a dar conta das garantias necessárias para avançar com o negócio. Desde logo o valor global, superior aos cerca de 10 milhões propostos pelos chineses. Para além dos 30% da transferência de Ederson, o Rio Ave tem legítimas expectativas de encaixar mais alguns milhões em transferências, nomeadamente do croata Krovinovic. Verbas que permitem, inclusive, adiar o processo caso a Fosun não ofereça as contrapartidas exigidas, quer nas verbas a canalizar anualmente para o clube (formação), quer no desenvolvimento e modernização das infra-estruturas, quer ainda num valor compensatório que garanta uma transição, sem sobressaltos, para uma gestão tradicional no caso de o investidor se desinteressar e afastar do projecto. Antes desse passo, porém, o Rio Ave terá primeiro que sensibilizar os sócios, cuja convocatória para uma Assembleia Geral Extraordinária está iminente.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social chinês