China disponibiliza-se para ajudar Europa a ultrapassar crise da dívida
Vice-primeiro ministro chinês doce hoje que o país “ajudará UE a combater a crise da dívida soberana”. Olli Rehn, Comissário Europeu para os Assuntos Económicos, agradeceu o apoio. (...)

China disponibiliza-se para ajudar Europa a ultrapassar crise da dívida
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-12-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Vice-primeiro ministro chinês doce hoje que o país “ajudará UE a combater a crise da dívida soberana”. Olli Rehn, Comissário Europeu para os Assuntos Económicos, agradeceu o apoio.
TEXTO: A terceira Cimeira de Diálogo de Alto Nível Econonómico e Social China-UE ficou marcada por uma palavra de apoio da China em relação aos países europeus que enfrentam uma crise da dívida. Wang Qishan, vice-primeiro ministro do Governo chinês, afirmou que a União Europeia (UE) “tomou medidas para responder activamente” às dificuldades, acrescentando que “espera que as medidas produzam resultados rapidamente e que levem a uma recuperação estável das economias”. O responsável avançou ainda que a China “tomou medidas concretas para ajudar alguns Estados-membros da UE”. E, na sequências destas declarações, o Financial Times avançou a notícia de que vai continuar a comprar dívida pública a países com dificuldades de financiamento, citando fontes anónimas. Recorde-se que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, esteve recentemente no país para convencer os investidores chineses a comprar dívida portuguesa. UE aplaude apoio chinêsEm reacção às intenções anunciadas por Wang Qishan, o Comissário Europeu para os Assuntos Económicos afirmou, durante uma conferência de imprensa à margem da cimeira, que os 27 membros da UE “apreciam” o apoio chinês aos seus esforços “para salvaguardar a estabilidade do sistema financeiro” europeu. Olli Rehn realçou que a China “é uma potência económica cada vez mais importante”, escusando-se a esclarecer qual o montante de títulos europeus que o país já comprou. “Essa informação não foi fornecida”, respondeu aos jornalistas. com Lusa
REFERÊNCIAS:
Entidades UE
Maior grupo privado de automóveis da China paga 1,49 mil milhões de euros pela Volvo
A chinesa Geely efectuou o maior negócio de sempre deste país no sector automóvel (...)

Maior grupo privado de automóveis da China paga 1,49 mil milhões de euros pela Volvo
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: A chinesa Geely efectuou o maior negócio de sempre deste país no sector automóvel
TEXTO: A necessidade de uns é uma oportunidade para outros. A Ford queria desfazer-se da marca Volvo, já que necessita de liquidez, e os chineses da Zhejiang Geely, a maior construtora privada de automóveis da China, querem continuar a crescer, associando-se a uma marca de prestígio. As duas partes reuniram-se hoje para oficializar o negócio, concretizando uma aquisição que marca o arranque da semana. Depois de a Ford ter comprado a Volvo por 6, 4 mil milhões de dólares (4, 77 mil milhões de euros), agora vendeu a marca de origem sueca por cerca de dois mil milhões de dólares (perto de 1, 49 mil milhões de euros). Os sindicatos dos trabalhadores da Volvo, que representam 22 mil pessoas e acabaram por aprovar o negócio no sábado, manifestaram-se inicialmente contra a venda, com base no que dizem ser os planos de expansão demasiado vagos e possíveis despedimentos. No entanto, os obstáculos acabaram por ser ultrapassados, e o presidente da Geely, Li Shufu, concretizou a maior aquisição do seu país no mercado automóvel. De acordo com declarações de Li Shufu, a empresa ficará com uma estrutura independente do resto do grupo, mantendo mesmo a sua gestão na Suécia. Uma das razões para esta estratégia é que, desta forma, a empresa mantém-se perto dos seus fornecedores habituais. Conhecida por fabricar automóveis baratos, como o Merrie Star, a Geely tem apostado numa mudança de imagem. Nos últimos anos já começou a contratar estúdios de design, como o alemão Rucker e o italiano Pininfarina, para desenvolver os seus modelos, e tem apostado em projectos de investigação e desenvolvimento (I&D). A ideia é desenvolver modelos de consumo mais eficientes, de menor impacto ambiental e com mais alta tecnologia.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave consumo
Exportações americanas para a China cresceram 31,7 por cento em 2010
As exportações dos Estados Unidos para a China subiram 31,7 por cento em 2010, mas o défice norte-americano aumentou (26,5 por cento), somando 181.270 milhões de dólares, segundo contas divulgadas hoje na imprensa chinesa. (...)

Exportações americanas para a China cresceram 31,7 por cento em 2010
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: As exportações dos Estados Unidos para a China subiram 31,7 por cento em 2010, mas o défice norte-americano aumentou (26,5 por cento), somando 181.270 milhões de dólares, segundo contas divulgadas hoje na imprensa chinesa.
TEXTO: O excedente comercial chinês é um dos temas da visita que o Presidente Hu Jintao inicia hoje aos Estados Unidos, e que a imprensa oficial chinesa está a descrever como “histórica” e “épica”. O investimento norte-americano na China cresceu 17, 9 por cento nos primeiros onze meses de 2010, para 2640 milhões de dólares, e “as empresas dos Estados Unidos estabelecidas no país são uma das principais causas do défice”, diz o China Daily. “A China não tem intenção de manter um grande excedente comercial com os EUA”, afirmou o director-geral do departamento para a América e para a Oceânia do ministério chinês do Comércio, He Ning. Segundo aquele responsável, a China quer “encorajar as importações de produtos americanos”, mas Washington deve “aliviar as restrições às exportações de alta tecnologia para a China e ao investimento chinês nos Estados Unidos”. Pelas estatísticas chinesas, as exportações norte-americanas para a China em 2010 somaram 102. 000 milhões de dólares, enquanto as importações atingiram 283. 300 milhões de dólares. Estados Unidos e China são as duas maiores economias do mundo. A administração norte-americana reclama uma acentuada valorização do yuan face ao dólar, alegando que a moeda chinesa está “artificialmente subavaliada” para favorecer as exportações da China.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
China aperta vigilância à entrada de investimento estrangeiro na economia
É a resposta de Pequim aos entraves à penetração de empresas chinesas no Ocidente. Uma nova entidade vai avaliar a entrada de capitais estrangeiros. (...)

China aperta vigilância à entrada de investimento estrangeiro na economia
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento -0.12
DATA: 2011-02-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: É a resposta de Pequim aos entraves à penetração de empresas chinesas no Ocidente. Uma nova entidade vai avaliar a entrada de capitais estrangeiros.
TEXTO: Aproveitar a expansão da economia chinesa e o crescimento de um dos maiores mercados do mundo deverá passar a ser ainda mais difícil para as empresas internacionais. A China anunciou ontem que irá criar uma nova entidade com o objectivo de avaliar de forma sistemática as aquisições de empresas nacionais por parte de capitais estrangeiros. Uma equipa, formada por membros de diversas áreas do Governo, irá verificar se os potenciais investimentos directos estrangeiros a realizar no país não colocam em risco a "segurança nacional". Os investimentos na indústria militar, agricultura, energia e outros recursos, infra-estruturas chave, sistemas de transporte e tecnologias serão os principais visados pela reforçada avaliação que passará a ser feita. De acordo com o comunicado ontem divulgado pela autoridades, "os diversos departamentos deverão elevar o sentido de responsabilidade para guardar segredos comerciais e de Estado, para salvaguardar efectivamente a segurança nacional". Com esta entidade, a China dá um sinal claro aos países que já bloquearam a entrada de empresas chinesas nos seus mercados alegando questões de segurança de que está disposta a responder na mesma moeda. Há já, noutros países, estruturas semelhantes à agora criada pela China. A Austrália tem uma agência encarregue de analisar as consequências das tentativas de aquisição de firmas por parte de capitais estrangeiros e que, durante os últimos anos, já vetou, em diversas ocasiões, a entrada de empresas chinesas em sectores como o da exploração de minérios. É verdade que, no passado recente, mesmo sem a existência da entidade agora criada, as autoridades chinesas já tinham dado sinais claros de estarem atentas à forma como os investidores estrangeiros entravam no país. Em 2009, Pequim bloqueou a tentativa de entrada da Coca-Cola no produtor de bebidas chinês Huiyuan Juice Group, naquela que seria a maior aquisição por parte de uma empresa estrangeira na história da economia chinesa. Nessa altura, o ministro do Comércio justificou a decisão, alegando que a operação, que envolvia montantes da ordem dos 1600 milhões de euros, levaria a uma redução da concorrência no mercado de bebidas. Outros negócios bloqueados foram, em 2008, a compra do grupo de construção Xugong pelos norte-americanos da Carlyle ou a entrada dos russo da Evraz na empresa do sector de metais Delong. No entanto, esta nova iniciativa revela a importância cada vez maior que está a ser dada pelos diversos governos à protecção dos recursos nacionais. Com o petróleo, minérios e bens alimentares a verem os seus preços dispararem no mercado devido à expectativa de um aumento da procura muito superior ao da oferta, têm-se repetido as tentativas de realizar megaoperações de aquisição e fusão envolvendo empresas de vários pontos do Globo. A China tem estado, neste capítulo, particularmente activa, uma vez que a mudança muito rápida dos hábitos de consumo da sua população está a exigir um reforço acelerado da utilização de recursos energéticos, alimentares e minerais. A China, no entanto, tem encontrado uma forte resistência à entrada de capitais, que são geralmente controlados directa ou indirectamente pelas autoridades chinesas, por parte de diversos Estados onde estão instaladas as empresas que tentam adquirir. Esta resposta de Pequim faz também crescer as expectativas de que o processo de globalização acelerada a que se tem vindo a assistir na economia mundial possa vir a ser travado pela adopção, nas maiores potências mundiais, de medidas de carácter proteccionista. Foi isso que aconteceu na Grande Depressão. Pode repetir-se agora.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave consumo chinês
À frente da China já só estão os EUA na lista das maiores economias
A China deverá chegar ao final do ano como a segunda maior economia do planeta, ultrapassando a do Japão e ficando atrás apenas dos Estados Unidos. As previsões já o indicavam, mas ontem foram conhecidos os dados do PIB japonês no segundo trimestre, que ficou um pouco atrás do chinês, tornando-se agora quase certo que no final de 2010 cairá para a terceira posição. (...)

À frente da China já só estão os EUA na lista das maiores economias
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A China deverá chegar ao final do ano como a segunda maior economia do planeta, ultrapassando a do Japão e ficando atrás apenas dos Estados Unidos. As previsões já o indicavam, mas ontem foram conhecidos os dados do PIB japonês no segundo trimestre, que ficou um pouco atrás do chinês, tornando-se agora quase certo que no final de 2010 cairá para a terceira posição.
TEXTO: O PIB nominal do Japão no segundo trimestre do ano foi de 1, 2883 biliões (milhões de milhões) de dólares, face a 1, 3369 biliões da China, segundo dados não ajustados das variações sazonais. O valor do PIB (produto interno bruto) japonês apresentou assim um crescimento real de apenas 0, 1 por cento (ver caixa) e, atendendo a que as taxas de crescimento na China têm sido muito superiores às japonesas, espera-se que no final deste ano ultrapasse de vez a dimensão da economia japonesa. Este feito, há muito previsto, terá uma forte carga simbólica, pois o Japão é há décadas a segunda maior economia do mundo, bastante à frente da alemã. Agora, o marco seguinte para a China deverá ser destronar os EUA e tornar-se a maior economia do mundo. Poderá ainda levar mais de uma década, ou talvez nem tanto, dependendo de vários factores. A ultrapassagem do Japão pela China "é um marco do seu papel crescentemente dominante na economia global", disse Eswar Prasad, da Brookings Institution e antigo chefe da divisão da China no FMI, citado pela agência Bloomberg. O PIB da China já tinha ultrapassado o do Japão no último trimestre de 2009, mas isso deveu-se em parte a aspectos sazonais, pois a sua economia tende a acelerar no final do ano, lembrava ontem o The Wall Street Journal. Depois foi ultrapassada de novo pelo Japão no primeiro trimestre deste ano, que mesmo com os dados decepcionantes entre Abril e Junho se manteve como a segunda maior economia do mundo no conjunto do primeiro semestre. A ultrapassagem do Japão pela China em termos de dimensão económica expressa em dólares vem na sequência de um processo que se iniciou há mais 30 anos, com uma mudança de política económica do regime, que em 1978 (com Deng Xiaoping na liderança) decidiu orientar-se para o mercado, com a abertura ao investimento externo e comércio internacional. O país tem apresentado taxas de crescimento anuais da ordem dos dez por cento há pelo menos uma década, tendo sido o seu crescimento determinante para fazer o mundo sair da recessão global que viveu no ano passado. O PIB anual da China, que ronda os cinco biliões (milhões de milhões) de dólares americanos, está no entanto ainda muito atrás do dos EUA, que roça os 15 biliões. Mas, com as taxas de crescimento actuais nos dois países (que poderão não se manter, mas que por enquanto não dão sinais de arrefecer. . . ), alcançaria o dos EUA em menos de década e meia. A evolução do posicionamento da China entre as principais economias mundiais tem sido espectacular, com o produto chinês a saltar do décimo lugar em 1990 (com 390 mil milhões de dólares), atrás do Brasil e muito atrás das principais economias europeias (ver infografia), para sexto no ano 2000 (com 1, 2 biliões de dólares), à frente da Itália, do Canadá e do Brasil. Para este ano, a previsão do FMI é de 5, 36 biliões, face a 5, 27 biliões do Japão e 14, 8 dos EUA. É também importante lembrar que nas listagens internacionais, feitas por Estados, a economia da União Europeia nunca aparece contabilizada em conjunto, mas apenas país a país. As principais economias europeias aparecem ainda entre as maiores do mundo, mas com tendência para ceder posições para os grandes países emergentes. No entanto, no conjunto, quer a UE quer a zona euro só por si representam a segunda maior economia do planeta. A China tem feito o seu percurso de crescimento e desenvolvimento muito à base da mão-de-obra barata, que alimentou uma indústria exportadora com custos baixos, mas após a crise internacional desencadeada há dois anos assiste-se a uma maior aposta na dinamização da procura interna (ver texto ao lado). As suas taxas de crescimento anual foram sempre superiores a sete por cento ao ano desde 1991, tendo chegado a superar os 14 por cento. Na década que agora termina, andaram entre 8, 3 e 11, 6 por cento. Neste cenário, as estimativas do FMI para 2015 colocam o país com um PIB nominal de 9, 44 biliões (milhões de milhões) de dólares, o que representa mais de metade dos 18, 25 biliões previstos para os EUA. A posição exacta da China no ranking mundial depende, naturalmente, do critério adoptado. A utilização do PIB como medida da economia tem sido crescentemente questionada, mas continua a prevalecer. Mas, mesmo sem sair do âmbito do PIB, quando se entra em conta com as paridades de poder de compra (PPC), um método que ajusta o PIB ao poder de comprar em cada país e que assim dá uma medida menos imprecisa da quantidade de bens e serviços produzidos, a situação é substancialmente diferente. De acordo com os dados do FMI, considerando este indicador, a dimensão da economia da China (9, 71 biliões de dólares) representará este ano mais do dobro da do Japão, o qual ultrapassou já em 2001, e representará dois terços dos 14, 8 biliões de dólares PPC dos Estados Unidos. Outro aspecto que não costuma ser tido em conta é o da forte subavaliação da moeda chinesa, de que se queixam muito os EUA, e que, se for corrigida, poderá dar um novo empurrão que aproxime substancialmente a dimensão da economia chinesa da americana, quando expressa em dólares, ou que a ponha mesmo à frente desta nos próximos anos, se consideradas as paridades de poder de compra. . . Apesar de toda esta pujança, o PIB por habitante é ainda muito baixo na China, que continua a ser vista globalmente como um país em desenvolvimento, apesar de parecer em vias de se tornar uma superpotência económica e de ter regiões que se apresentam como grandes plataformas de prosperidade mundial. O valor de 3700 dólares/habitante do ano passado representou menos de um décimo dos 39, 7 mil do Japão e dos 56, 4 mil dos EUA. Em Portugal, o PIB por habitante foi de 21. 400 dólares.
REFERÊNCIAS:
Wen Jiabao promete mais cinco anos de forte crescimento na China
O primeiro-ministro chinês está preocupado com a ameaça da inflação, mas garante que a segunda maior economia mundial vai continuar a crescer a um ritmo elevado durante pelo menos os próximos cinco anos. (...)

Wen Jiabao promete mais cinco anos de forte crescimento na China
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.433
DATA: 2011-03-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro chinês está preocupado com a ameaça da inflação, mas garante que a segunda maior economia mundial vai continuar a crescer a um ritmo elevado durante pelo menos os próximos cinco anos.
TEXTO: No discurso realizado ontem no parlamento - na versão chinesa do "Estado da Nação", Wen Jiabao traçou os seus planos de política económica para os próximos cinco anos. No curto prazo, a grande prioridade irá estar no controlo da inflação. "Recentemente, os preços cresceram bastante rápido e as expectativas de inflação subiram. Este é um problema para o bem-estar da população e afecta a estabilidade social. Devemos, por isso, fazer do controlo do nével geral de preços a nossa grande prioridade", afirmou. Recentemente, as autoridades chinesas começaram a tomar medidas, como a subida das taxas de juro e valorização da divisa, que permitam uma desaceleração da inflação. Ainda assim, o primeiro ministro chinês confia que controlar a inflação não impeça a manutenção de um ritmo de crescimento forte. "Há uma enorme procura potencial no mercado, a oferta de fundos é ampla e o nível educacional e ciêntifico da população está a crescer", lembrou Wen Jiabao, justificando desse modo a sua previsão de uma continuação nos próximos anos de um ritmo de crescimento elevado que já permitiu à economia chinesa, em 2010, ultrapassar o Japão na lista das maiores economias do Mundo.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social chinês
Cerimónia do Nobel foi uma “farsa política”, responde a China
Pequim reagiu à atribuição simbólica do Nobel da Paz ao académico chinês Liu Xiaobo logo que terminou a cerimónia em Oslo, falando em “farsa política” que não representa o desejo da “maioria dos povos do mundo”. (...)

Cerimónia do Nobel foi uma “farsa política”, responde a China
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento -0.2
DATA: 2010-12-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Pequim reagiu à atribuição simbólica do Nobel da Paz ao académico chinês Liu Xiaobo logo que terminou a cerimónia em Oslo, falando em “farsa política” que não representa o desejo da “maioria dos povos do mundo”.
TEXTO: “Especialmente os países em desenvolvimento” discordam da escolha de Liu como o galardoado com a escolha do Comité norueguês, justificou, em comunicado, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Jiang Yu. Em Oslo, o presidente norueguês do Comité, Thorbjorn Jagland, dedicou grande parte do discurso a pedir a democratização da China e a abertura ao Ocidente. Jiang Yu respondeu com a repetição do discurso de descredibilização do Nobel intensificado por Pequim nos últimos dias. A farsa política de que fala “não quebrará, de nenhum modo, a resolução e a confiança do povo chinês”. Pelo contrário, a posição chinesa “ganhou a compreensão e o apoio de mais de cem países e importantes organizações internacionais”, escreve, citado pela agência Efe. Por isso, a China não se vai desviar de contestar a utilização do prémio como arma de ingerência “nos assuntos internos” e na “soberania judicial chinesa”. Internamente, a China tem procurado que a cerimónia do Nobel passe o mais despercebida nos media nacionais. Esta sexta-feira, as Nações Unidas falavam em 20 activistas detidos e outras 120 detenções domiciliárias e restrições de movimentos para o exterior do país a próximos de Liu – que está preso desde Dezembro de 2009. A mulher, Liu Xia, ficou em prisão domiciliária e proibida de falar com os media desde que lhe foi anunciar o Nobel da Paz à prisão.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher prisão chinês
China detém activistas e bloqueia acesso aos media antes da entrega do Nobel da Paz
A China mantém o tom de desafio em relação à cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz a Liu Xiaobo, que decorre hoje em Oslo, sem a presença do dissidente chinês, garantindo que "a grande maioria" dos países do mundo irá boicotá-la. As Nações Unidas dizem ter informação de que Pequim deteve, pelo menos, 20 activistas e tenta bloquear o acesso aos media ocidentais. (...)

China detém activistas e bloqueia acesso aos media antes da entrega do Nobel da Paz
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: A China mantém o tom de desafio em relação à cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz a Liu Xiaobo, que decorre hoje em Oslo, sem a presença do dissidente chinês, garantindo que "a grande maioria" dos países do mundo irá boicotá-la. As Nações Unidas dizem ter informação de que Pequim deteve, pelo menos, 20 activistas e tenta bloquear o acesso aos media ocidentais.
TEXTO: Há ainda relatos de 120 detenções domiciliárias, restrições para viajar e outros actos de intimidação enumerados pela BBC. Também a casa de Liu Xiaobo, onde se encontra a mulher, Liu Xia, em prisão domiciliária, na capital chinesa, está a ser vigiada esta sexta-feira por forças das autoridades, descreveu o correspondente da estação britânica Damian Grammaticas, presente no local. Ontem, Pequim garantia que grande parte dos países do mundo iria boicotar a cerimónia de entrega do galardão em Oslo. Já a Noruega disse que um terço dos convidados recusou o convite, entre eles nações com grandes laços comerciais com a China e países que recusam a pressão ocidental para a defesa dos direitos humanos. A China anunciou ainda o “Prémio de Paz Confúcio”, atribuído ao antigo vice-presidente taiwanês Lien Chan – mas o gabinete do galardoado disse nada saber sobre esta atribuição. Na cerimónia, o prémio foi dado em nome de Lien a uma criança de seis anos, Zeng Yuhan, pela “paz e o futuro”. Pequim afirmou que não pretendia concorrer com a Noruega, e que o Prémio Confúcio não era uma alternativa ao Nobel, mas que tinha sim o objectivo de “promover a paz do mundo numa perspectiva oriental”. A China manteve, no entanto, o tom de desafio ao Nobel pelo prémio da paz ter sido entregue ao dissidente Liu Xiaobo, considerado “um criminoso” por Pequim, que está detido desde o ano passado por onze anos de “actividades subversivas”. O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Jiang Yu, afirmou que a cerimónia está condenada ao “fracasso”, e criticou as tentativas “ocidentais” de “imposição de valores”. O presidente do Comité Nobel, Thorbjoern Jagland, disse pelo seu lado que a atribuição do prémio ao dissidente chinês não era um protesto contra Pequim: “É um sinal para a China de que seria muito importante para o seu futuro combinar desenvolvimento económico com reformas políticas e apoio para aqueles que combatem por direitos humanos básicos. ”O Instituto Nobel anunciou que 19 dos países convidados - entre 65 embaixadas presentes em Oslo - recusaram o convite. A Ucrânia e as Filipinas, inicialmente incluídas entre os ausentes, vão comparecer na cerimónia, e a Argentina, que estava contabilizada nos presentes, não deverá marcar presença. O Sri Lanka também deverá boicotar a cerimónia, assim como Rússia, Sérvia, Iraque, Afeganistão e Cuba. “Estamos muito felizes que dois terços das embaixadas em Oslo vão assistir” à cerimónia, congratulou-se Thorbjoern Jagland. Vários países e organizações de direitos humanos criticaram a China não só por manter Liu preso como por impedir os seus amigos e família de assistirem à cerimónia de hoje em Oslo. Notícia actualizada às 10h30
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos mulher prisão criança chinês
Para ser amigo da China, Facebook não exclui censura
O Facebook está banido da China, mas um executivo da empresa disse ao Wall Street Journal que o site poderá vir a “bloquear algum conteúdo em alguns países”, o que ajudaria a rede social a chegar ao mercado chinês. (...)

Para ser amigo da China, Facebook não exclui censura
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Facebook está banido da China, mas um executivo da empresa disse ao Wall Street Journal que o site poderá vir a “bloquear algum conteúdo em alguns países”, o que ajudaria a rede social a chegar ao mercado chinês.
TEXTO: “Ocasionalmente, somos postos em posições desconfortáveis porque estamos agora a permitir muita, talvez, liberdade de expressão, em países que nunca a experimentaram antes”, disse David Conner, um inexperiente executivo do Facebook (tem 25 anos, idade frequente na cúpula da empresa) que trabalha como agente de lobby em Washington (nos EUA, é frequente as empresas gastarem muito dinheiro em lobby, mas o Facebook até é poupado, comparado com grandes tecnológicas: segundo dados apurados pelo Wall Street Journal, o Facebook gastou no ano passado 240 mil euros, enquanto o Google gastou 3, 6 milhões e a Microsoft, 4, 7 milhões). A empresa não confirmou as declarações de Conner. “Neste momento, estamos a estudar a China, mas ainda não tomámos nenhuma decisão sobre se, ou como, vamos fazer a aproximação”, declarou, também citada pelo Wall Street Journal, a directora do Facebook para a comunicação internacional. Nos últimos tempos, tornaram-se evidentes as ambições do Facebook de entrar no mercado chinês. A China é o país com o maior número de cibernautas do mundo, mas é também dos que tem uma das mais fortes políticas de cibercensura e o que tem o mais sofisticado sistema de controlo da informação que circula na Internet. O Facebook e o Twitter são ambos proibidos no território. O fundador da rede social, Mark Zuckerberg, anunciou recentemente estar a aprender chinês. “Estou a tentar perceber a língua, a cultura, o estado de espírito. É uma parte tão importante do mundo. Como é possível ligar o mundo inteiro se deixamos de fora mil milhões de pessoas?”, questionou Zuckerberg, durante uma conferência numa universidade americana. A imprensa chegou a noticiar, com base num ocmunicado posto online e que entretanto foi retirado, que o Facebook estaria a tentar uma parceria com o Baidu, o motor de busca chinês que é líder de mercado naquela região. Mas o negócio não terá ido avante. No ano passado, o Google resolveu deixar de prestar serviços para os cibernautas na China, depois de acusar Pequim de ter violado contas de utilizadores do Gmail. A empresa passou a direccionar os cibernautas para um motor de busca em Hong Kong, que tem regras mais flexíveis.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
A última exposição em vida de Ren Hang
Em plena eclosão criativa e mediática, o fotógrafo chinês Ren Hang morreu prematuramente. Censurado pelas autoridades do seu país, foi no exterior que criou culto com imagens que celebravam uma sexualidade livre. Em Amesterdão, no museu FOAM, está patente a sua última exposição. (...)

A última exposição em vida de Ren Hang
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 5 Homossexuais Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-03-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em plena eclosão criativa e mediática, o fotógrafo chinês Ren Hang morreu prematuramente. Censurado pelas autoridades do seu país, foi no exterior que criou culto com imagens que celebravam uma sexualidade livre. Em Amesterdão, no museu FOAM, está patente a sua última exposição.
TEXTO: Encontrava-se naquele momento do seu percurso em que era nítido que ia explodir artisticamente. Não que o fotógrafo chinês Ren Hang (1987- 2017) fosse um desconhecido. Mas dir-se-ia que 2017 tinha tudo para ser o ano da consagração. Os meios de comunicação falavam dele assiduamente pelas fotos onde celebrava uma sexualidade livre, desprovida de convenções, com jovens nus interagindo com animais ou objectos do quotidiano. No mundo da arte era celebrado mas também na moda e na cultura pop lhe prestavam atenção. A editora Taschen havia publicado há semanas um volume dedicado à sua obra, algo que não é muito comum para um jovem artista de 29 anos. E em Janeiro o influente museu FOAM de Amesterdão havia inaugurado a exposição Naked, que estará ali patente até 12 de Março. E de repente, a 24 de Fevereiro, soube-se que havia morrido. A um mês de completar 30 anos, em Berlim, onde se encontrava em trabalho, suicidou-se atirando-se do vigésimo oitavo andar de um prédio. A notícia deixou o mundo da arte perplexa, como aconteceu com o compatriota Ai Weiwei, um dos artistas vivos mais influentes, que o apadrinhou. Sabia-se que sofria de depressão. Falava disso com candura, em curtas anotações, onde expunha obsessões e crises existenciais nas plataformas da Internet ou nas redes sociais. “Todos os anos tenho o mesmo desejo: morrer cedo. Espero que isso seja verdade este ano”, escreveu em Janeiro na rede social Weibo. A editora Taschen enviou, antes da sua morte, uma nota de imprensa que o descrevia assim: “É um rebelde atípico, magro, tímido por natureza e propenso a episódios de depressão. ”Tinha imensos seguidores. E a sua morte prematura poderá muito bem gerar um efeito de maior interesse pelo trabalho que deixou. Há dias uma massa de pessoas fazia uma fila para entrar no museu FOAM, em Amesterdão, apesar da chuva. Lá dentro, um espaço labiríntico, magnificamente concebido, acolhe várias exposições de fotografia, como a do japonês Hiroshi Sugimoto, mas a que desperta o maior interesse é a de Ren Hang, disposta num espaço que parece uma pequena biblioteca, com fotos de jovens nus, com gansos, serpentes, peixes ou flores, rodeadas por livros. Existe qualquer coisa de surrealista no que os nossos olhos vislumbram, mas também de experiência poética. Existe quem se demore a fixar algumas das fotos mais icónicas e até quem deixe tulipas debaixo delas, forma de homenagear o artista naquela que acaba por ser a última exposição que concebeu em vida, a par de outra exposição que está em Estocolmo no museu Fotografiska. Nas suas fotos, as raparigas têm invariavelmente a pele branca, o cabelo preto e os lábios pintados de vermelho. Poder-se-ia pensar em encenação, mas ele foi dizendo sempre que as suas sofisticadas composições correspondiam ao sabor do momento. Não havia um ideário estético definido. Mas a verdade é que a intersecção entre corpos nus, animais e os diversos espaços – o telhado de um edifício, um lago, uma floresta ou uma impessoal banheira – acabam por criar o mesmo tipo de ambiente, projectando ideias de juventude, liberdade, idílio ou romance. Nas suas composições de corpos na floresta ou na montanha e nos seus estudos das formas masculinas e femininas, não existem leituras de cariz político ou sexual, mas há nas suas imagens desejo de rebelião. Parece não haver um antes e um depois. Apenas aquele momento. Os protagonistas, as paisagens melancólicas, a natureza e o corpo humano adoptando formas esculturais. “Não creio que a nudez seja desafiante – é algo comum a todas as pessoas”, dizia há dois anos. “Gosto de pessoas nuas e gosto de sexo”, acrescentava. “Utilizo apenas a nudez pelo realismo e sentido de presença. ”Também escrevia poemas. E tal como nas fotos os temas andavam em torno da sexualidade, da identidade, do corpo, bem como do amor e da morte. Preferia fotografar amigos do que modelos profissionais, argumentando que isso lhe dava maior liberdade nas composições, que nem sempre eram as mais ortodoxas, com corpos por vezes em posições desconfortáveis. Na China, os seus livros não eram publicados. Foi preso várias vezes. Viu exposições suas serem censuradas e blogues da sua autoria serem encerrados pelas autoridades chinesas. Não viam com bons olhos o “conteúdo sexual” das suas fotos. “As ideias políticas das minhas imagens não têm absolutamente nada que ver com a China”, defendia-se ele, recusando a ideia de que faria arte politizada, ao mesmo tempo que afirmava: “[É] a política chinesa que se empenha em criar obstáculos ao meu trabalho. ”Nasceu a 30 de Março de 1987, em Jilin, na província chinesa de Changchum e aprendeu a fotografar sozinho enquanto estudava Publicidade na faculdade. Desde os 17 anos que residia em Pequim, sabendo que ali o seu trabalho nunca seria validado. Era no exterior que as suas imagens eram enaltecidas. Ao longo de cinco anos concretizou 20 exposições individuais e participou em 70 colectivas em países como os EUA, França, Israel ou Portugal (na galeria Barbados de Lisboa), ao mesmo tempo que viu serem publicadas várias edições monográficas do seu trabalho. Mas esse reconhecimento que foi crescente nunca o tranquilizou. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Não era apenas o mundo interior que o conflituava. Os acontecimentos políticos globais também. “O êxito? Não sei o que significa”, dizia recentemente, acrescentando que “gostava que a vida corresse sem sobressaltos, suavemente”. Os seus desejos não se cumpriram. Depois de uma trajectória meteórica que o levou a obter o reconhecimento do mundo da arte, da indústria editorial, do universo da moda e da cultura pop – chegou a colaborar com o cantor Frank Ocean na fanzine Boys Don’t Cry –, deu-se a sua morte prematura, em plena eclosão criativa e mediática. Em Amesterdão está patente a sua última exposição em vida, mas tudo indica que ainda iremos ouvir falar muito dele nos próximos anos. A sua obra visual impactante e a sua morte prematura podem muito bem servir para o nascimento de uma lenda contemporânea.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE