Dalai Lama defende atribuição do Nobel da Paz a opositor ao regime chinês
O Dalai Lama criticou a dificuldade do regime chinês em “apreciar a diferença de opiniões” e a oposição expressa por Pequim à atribuição do prémio Nobel da Paz ao dissidente Liu Xiaobo. (...)

Dalai Lama defende atribuição do Nobel da Paz a opositor ao regime chinês
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Dalai Lama criticou a dificuldade do regime chinês em “apreciar a diferença de opiniões” e a oposição expressa por Pequim à atribuição do prémio Nobel da Paz ao dissidente Liu Xiaobo.
TEXTO: Em declarações aos media japoneses, o exilado líder espiritual tibetano insistiu que “a única forma de salvar todas as pessoas da China” é através da construção de uma sociedade aberta e transparente. A China reagiu na passada sexta-feira de forma extremamente azeda à entrega do Nobel da Paz a Liu Xiaobo – detido na China, e que o comité norueguês descreveu como o “maior símbolo” da luta pelos direitos humanos naquele país. Para Pequim o opositor é “um criminoso” e a atribuição do prémio uma “obscenidade”, pondo em risco as relações da China com a Noruega. Hoje mesmo, os media estatais chineses reiteravam as críticas, avaliando que o Nobel de Liu Xiaobo expressa os receios do Ocidente face à emergência económica da China. “A atribuição do Nobel da Paz ao dissidente Liu Xiaobo não é mais do que uma nova expressão do preconceito [do Ocidente em relação ao Pequim] e por trás está um medo extraordinário do crescimento da China e do modelo económico chinês”, era afirmado no muito popular tablóide chinês "Global Times".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos medo chinês
Dissidente chinês Liu Xiaobo pediu à mulher para receber o Nobel da Paz em seu nome
O opositor chinês Liu Xiaobo, que se encontra preso, pediu à mulher que viaje à Noruega para receber em seu nome o prémio Nobel da Paz, que lhe foi atribuído pela academia na semana passada. (...)

Dissidente chinês Liu Xiaobo pediu à mulher para receber o Nobel da Paz em seu nome
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-10-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: O opositor chinês Liu Xiaobo, que se encontra preso, pediu à mulher que viaje à Noruega para receber em seu nome o prémio Nobel da Paz, que lhe foi atribuído pela academia na semana passada.
TEXTO: “Ele disse-me ter esperança que me seja permitido viajar para receber o prémio por ele. Mas acho que vai ser muito difícil”, afirmou Liu Xia, em declarações feitas por telefone à agência noticiosa britânica Reuters. A mulher do dissidente e activista dos direitos humanos, que se encontra actualmente submetida a um regime de detenção domiciliária, não crê que o regime de Pequim – profundamente desagradado com a atribuição do Nobel ao dissidente – lhe dê luz verde para a deslocação à Noruega, onde a cerimónia de entrega do Nobel está agendada para 10 de Dezembro. Para Pequim, a escolha de Liu Xiaobo, “um criminoso que cumpre uma sentença de prisão”, como Nobel da Paz constitui “uma falta de respeito pelo sistema legal” chinês, sublinhou já hoje o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu, reiterando o tom de azedume com que a China tem vindo a expressar-se ao longo dos últimos dias sobre esta questão.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos mulher prisão chinês
Manifestantes pedem libertação de Liu Xiaobo à passagem de Presidente chinês em Paris
Membros da organização Repórteres Sem Fronteiras e da Amnistia Internacional manifestaram-se esta manhã, em Paris e Nice, a pedir a libertação do Prémio Nobel Liu Xiaobo. Na capital, os manifestantes gritaram palavras de ordem à passagem do Presidente chinês Hu Jintao, de visita a França até amanhã. (...)

Manifestantes pedem libertação de Liu Xiaobo à passagem de Presidente chinês em Paris
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Membros da organização Repórteres Sem Fronteiras e da Amnistia Internacional manifestaram-se esta manhã, em Paris e Nice, a pedir a libertação do Prémio Nobel Liu Xiaobo. Na capital, os manifestantes gritaram palavras de ordem à passagem do Presidente chinês Hu Jintao, de visita a França até amanhã.
TEXTO: “Libertem Liu Xiaobo” - o slogan simples foi gritado por cerca de 20 membros da organização não governamental (ONG) de defesa da liberdade de imprensa, quando o cortejo presidencial de Hu Jintao percorria a Avenida dos Campos Elísios, à chegada ao Arco do Triunfo, em Paris. Os manifestantes ergueram guarda-chuvas brancos onde se lia esta inscrição em inglês, em referência ao dissidente chinês e Nobel da Paz de 2010, preso desde o ano passado por "incitamento à subversão” na China. Enquanto gritavam as palavras de ordem, a polícia interveio rápida e energicamente, descreve a AFP. Confiscaram os guarda-chuvas e identificaram “vários” manifestantes, denuncia a ONG no seu site. A revista "Nouvelle Observateur" fala, no seu site, na interpelação de quatro membros e de um outro militante chinês. “O objectivo era tentar que o Presidente Hu Jintao percebesse o nome de Liu Xiaobo, quando passasse por nós”, comentou à televisão da Reuters o secretário-geral dos Repórteres Sem Fronteiras, Jean-François Julliard. Hu Jintao dirigia-se ao túmulo de um soldado desconhecido para cumprir um ritual protocolar tradicional nas visitas de Estado a França. Também em Nice, onde Hu Jintao volta a reunir-se esta tarde com o seu homólogo francês, Nicolas Sarkozy, foram assinalados, logo de manhã, protestos a favor da libertação do Nobel da Paz por parte de 50 pessoas, a maioria membros da Amnistia Internacional. As ONG acusam Sarkozy de colocar os interesses económicos para as empresas francesas acima dos direitos humanos, já que o encontro entre os dois líderes se realiza para celebrar megacontratos comerciais. China pede boicote à cerimónia do NobelAinda ontem, enquanto em França se assinalava o primeiro dia de visita do Presidente chinês, fontes diplomáticas na embaixada chinesa em Oslo diziam à AFP ter enviado uma carta às delegações de outros países a pedir “de forma mais ou menos implícita” para não estarem presentes na cerimónia de entrega do Nobel a Liu Xiaobo, a 10 de Dezembro na capital norueguesa. Foi o caso da embaixada da Suécia em Oslo, a quem foi explicada “a posição chinesa” e pedido que não fizesse nada “que pudesse destabilizar a China”, declarou ao “Le Monde” o número dois da representação, Olof Huldtgren. “Não nos disseram explicitamente para não participar na cerimónia do Nobel, mas, se for lido nas entrelinhas, torna-se demasiado claro”, assumiu.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos chinês
Mais de uma centena de cidadãos chineses saúdam chegada de Hu Jintao
Mais de uma centena de cidadãos chineses aguardam em frente ao Mosteiro dos Jerónimos a chegada do presidente chinês, Hu Jintao, exibindo bandeiras e faixas com mensagens em chinês a saudar o chefe de Estado. (...)

Mais de uma centena de cidadãos chineses saúdam chegada de Hu Jintao
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.433
DATA: 2010-11-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mais de uma centena de cidadãos chineses aguardam em frente ao Mosteiro dos Jerónimos a chegada do presidente chinês, Hu Jintao, exibindo bandeiras e faixas com mensagens em chinês a saudar o chefe de Estado.
TEXTO: Nesta manifestação de apoio a Jintao, vêem-se também bandeiras chineses e algumas portuguesas, bem como balões de todas cores. Em Belém, uma manifestação promovida pela Amnistia Internacional-Portugal de desagrado pelas violações dos direitos humanos na China juntava, à mesma hora, cerca de duas dezenas de pessoas. Os manifestantes empunham cartazes com fotografias de presos políticos e lamentam que tenham sido impedidos de se manifestar num local de passagem de Hu Jintao. Na sexta-feira, porém, o Governo Civil de Lisboa proibiu a concentração em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, alegando tratar-se de uma “contramanifestação”, tendo o protesto sido transferido para Belém. O Presidente da República Popular da China, Hu Jintao, chegou hoje a Portugal para uma visita de dois dias cerca das 16h00, dirigindo-se aos Jerónimos onde vai depositar uma coroa de flores no Túmulo de Luís Vaz de Camões, seguindo depois para o Palácio de Belém onde se encontrará com o Presidente da República, Cavaco Silva.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos concentração
Mark Zuckerberg insiste em levar o Facebook aos chineses
O Facebook pode ter 500 milhões de membros registados em todo o mundo, mas falta-lhe entrar num mercado que lhe permitiria, em potência, conquistar outros tantos milhões de utilizadores: a China. A rede social está bloqueada neste país desde 2009. Precisamente para entender como poderá penetrar no mercado chinês, o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, viajou esta semana para aquele país asiático. (...)

Mark Zuckerberg insiste em levar o Facebook aos chineses
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Facebook pode ter 500 milhões de membros registados em todo o mundo, mas falta-lhe entrar num mercado que lhe permitiria, em potência, conquistar outros tantos milhões de utilizadores: a China. A rede social está bloqueada neste país desde 2009. Precisamente para entender como poderá penetrar no mercado chinês, o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, viajou esta semana para aquele país asiático.
TEXTO: A primeira visita de Zuckerberg na China foi ao rival da Google: o motor de busca Baidu. Apesar de a viagem do americano ao país estar envolta em secretismo, as agências noticiosas locais revelaram uma fotografia do encontro de Zuckerberg com Robin Li, o fundador do Baidu, que ultrapassa largamente o Google em número de visitantes. Zuckerberg, que recentemente foi considerado a Pessoa do Ano pela revista “Time”, levou consigo a namorada Priscilla Chan e ambos almoçaram com Li, que já conheciam oficialmente desde o ano passado. Apesar de não se saber exactamente de que falaram, sabe-se porém que o encontro não teve nada a ver com ofertas públicas de aquisição. Foi o próprio director das comunicações internacionais do Baidu, Kaiser Kuo, que anunciou via Twitter que esses rumores eram “largamente exagerados”. “Vá lá, pessoal: o Robin e o Mark já se conhecem há algum tempo. O interesse do Mark na China é bem conhecido. Mantenham as especulações reais”. Qual é então o interesse de Mark pela China? Os perfis potenciais dos cerca de 500 milhões de chineses com acesso à Internet, o que equivale a cerca de metade da população total. É o país com maior número de internautas em todo o mundo e, para o Facebook, um enorme universo que importa conquistar. Qual o problema? A censura levada a cabo pelas autoridades chineses aos conteúdos que os utilizadores procuram e partilham uns com os outros e que poderá minorar em muito o impacto que o Facebook venha a ter na China. Não é possível deixar de fora 1, 6 mil milhões de pessoas?Não é segredo nenhum que Mark Zuckerberg - que está a aprender mandarim - está determinado em expandir o Facebook para a Ásia. Num discurso, em Outubro passado, na Universidade de Stanford, Zuckerberg disse que se a sua empresa conseguisse expandir-se na Coreia do Sul, no Japão e na Rússia, que passaria em seguida a focar as suas atenções na China, no final de 2011. Mas pode ser mais fácil meter a China no Facebook do que o Facebook na China, onde o site está bloqueado desde o ano passado. Outros gigantes tecnológicos americanos já tentaram lutar contra a censura imposta pelo governo chinês e perderam o braço-de-ferro. No início deste ano, a Google decidiu redireccionar as buscas chinesas para os seus servidores instalados em Hong Kong, fora da esfera de vigilância das autoridades, mas acabou - poucos meses depois - por voltar atrás na sua decisão e regressar às leis impostas na China continental. Outro dos desafios enfrentados por Zuckerberg reside no facto de na China já existirem duas populares redes sociais - Kaixin e Renren - que, juntas, aglutinam 80 milhões e 150 milhões de utilizadores registados, respectivamente, de acordo com o “The Guardian”. Porém, apesar das dificuldades, Zuckerberg permanece confiante: “A nossa teoria é que, se conseguirmos provar que nós - enquanto empresa ocidental - podemos ter sucesso num lugar onde nenhum outro país teve, então poderemos começar a pensar nas parcerias certas que precisaríamos de estabelecer para termos sucesso na China nos nossos termos”. “Como vamos conseguir ligar o mundo inteiro se deixarmos de fora 1, 6 mil milhões de pessoas?”, questionou Zuckerberg.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Centenas de crianças chinesas com sintomas de envenenamento por chumbo
Um grupo de mais de 200 crianças chinesas, entre os nove meses e 16 anos, foram testadas ao longo do último mês com sintomas de suspeito envenenamento por chumbo dada a proximidade das suas casas de fábricas de pilhas. (...)

Centenas de crianças chinesas com sintomas de envenenamento por chumbo
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-01-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um grupo de mais de 200 crianças chinesas, entre os nove meses e 16 anos, foram testadas ao longo do último mês com sintomas de suspeito envenenamento por chumbo dada a proximidade das suas casas de fábricas de pilhas.
TEXTO: Depois de análises feitas a três crianças em Gaohe, província de Anhui, no leste do país, que indicaram a presença de elevados níveis de chumbo no sangue, as autoridades conduziram um rastreio a mais de outras 280 – e um número acima das 200 deu resultados positivos de envenenamento. Pelo menos 24 estão hospitalizadas. Uma das crianças registava um nível de 330, 9 microgramas de chumbo por litro de sangue, sendo o parâmetro de 100 microgramas considerada já o suficiente para causar um impacto negativo no desenvolvimento cerebral infantil. Foram já entretanto encerradas as duas fábricas tidas como responsáveis, que se localizam a menos de 500 metros de distância de zonas residenciais – à revelia da lei de protecção ambiental – é hoje avançado pela agência noticiosa Xinhua. Uma destas unidades fabris fica separada dos bairros residenciais por não mais do que uma estrada, era avançado. “Podemos concluir que o envenenamento foi causado pela poluição de chumbo proveniente das fábricas de pilhas”, avaliou o director do departamento pediátrico do hospital da província de Anhui, Zhang Gong, citado pelas agências noticiosas. O envenenamento por chumbo, que normalmente ocorre de forma lenta com a prolongada exposição a pequenas quantidades da substância tóxica, pode danificar várias partes do organismo, incluindo os sistemas nervoso, digestivo, renal e reprodutivo, e ainda provocar tensão alta, anemia e convulsões. O ministro chinês do Ambiente instara no passado recente a medidas urgentes de protecção para resolver os casos frequentes de envenenamento devido à poluição industrial no país que têm causado uma maciça contestação pública – incluindo o de envenenamento por chumbo, no ano passado, de mais de 600 crianças.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei chinês infantil
Polícia chinesa dispersa protestos pró-democracia e solidariedade com o mundo árabe
A polícia chinesa dispersou uma centena de pessoas que se juntou em Pequim, depois de apelos a protestos pró-democracia inspirados na contestação no mundo árabe, segundo a agência Reuters. (...)

Polícia chinesa dispersa protestos pró-democracia e solidariedade com o mundo árabe
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: A polícia chinesa dispersou uma centena de pessoas que se juntou em Pequim, depois de apelos a protestos pró-democracia inspirados na contestação no mundo árabe, segundo a agência Reuters.
TEXTO: Os pequenos protestos em Pequim e Xangai acabaram por ser a prova da determinação das autoridades chinesas em não permitir mesmo desafios tépidos ao regime. Mensagens colocadas na Internet apelavam a protestos em 13 cidades; em todas foi ordenada uma grande presença policial para dissuadir os manifestantes. Em Pequim, cerca de 100 pessoas juntaram-se em frente a um restaurante McDonald's, na rua de Wangfujing, situada a poucos metros da praça Tiananmen, onde decorreram as célebres manifestações pela democracia em 1989, confirmou a agência de notícias chinesa Xinhua. “Estou a tentar fazer algo pelo meu país, mostrar o meu poder”, disse um estudante universitário à Reuters. A multidão era uma mistura de manifestantes e curiosos atraídos pela presença de polícia e jornalistas. Enquanto em Pequim não parecia ter havido detenções nas manifestações, em Xangai pelo menos três jovens foram levados pela polícia. Dois manifestantes idosos diziam estar a protestar contra a falta de justiça do sistema legal chinês: “Prendem pessoas indiscriminadamente e batem-lhes”, queixou-se uma das manifestantes mais velhas. “Que direitos humanos temos? Nenhum. Nem podemos andar. Nem sequer podemos falar”, queixou-se um homem que também não se quis identificar. As autoridades chinesas vêm a restringir buscas em sites de microblogging semelhantes ao Twitter que tenham a ver com a agitação no Médio Oriente: não era possível efectuar buscas por “Egipto” e agora também não por “jasmim” (como ficou conhecida a revolução tunisina). Activistas detidosAssim que se começou a espalhar a notícia de que manifestantes estavam nas ruas, diversos dissidentes políticos e activistas foram levados pela polícia. “Muitos defensores dos direitos humanos foram levados nos últimos dias, alguns estão em prisão domiciliária e sem contactos com o exterior”, indicou à AFP o advogado Ni Yulan. Pelo menos 15 activistas e defensores dos direitos humanos chineses estão em parte incerta, numa altura em que circulam petições online apelando à mobilização nas ruas contra o regime comunista chinês, que tem apertadas leis de censura contra os conteúdos na Internet, indica a AFP. “Instamos os desempregados e as vítimas de despejos forçados a participarem em manifestações, a gritarem slogans e a procurarem a liberdade, a democracia e as reformas políticas que ponham fim a esta regra do partido único”, podia ler-se numa dessas petições online, citada pela AFP. Estas mensagens – muitas delas tendo origem no estrangeiro, em sites mantidos por activistas políticos chineses – apelavam a manifestações em Pequim, Xangai, Guangzhou e noutras dez grandes cidades. Os manifestantes foram instados a gritar slogans como “Queremos comida”, “Queremos trabalho”, “Queremos Justiça”, “Viva a Liberdade” e “Viva a Democracia”. Trata-se do primeiro protesto na China desde as manifestações por democracia e melhores condições de vida que estão a decorrer nos países árabes e que já provocaram a queda dos governos da Tunísia e do Egipto. “Ao levar isto tão a sério, a polícia está a mostrar o quão preocupada está com o facto de a Revolução de Jasmim poder influenciar a estabilidade social”, disse Li Jinsong, um advogado perito em direitos humanos. Notícia actualizada às 14h55
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes
Primeiro-ministro chinês defende reformas políticas
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, rejeitou qualquer comparação entre a situação política no seu país e o mundo árabe, onde alastra a contestação aos regimes autocráticos, embora insistindo que Pequim deve avançar com reformas políticas – uma declaração que o coloca em dissonância com sectores mais conservadores do regime. (...)

Primeiro-ministro chinês defende reformas políticas
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, rejeitou qualquer comparação entre a situação política no seu país e o mundo árabe, onde alastra a contestação aos regimes autocráticos, embora insistindo que Pequim deve avançar com reformas políticas – uma declaração que o coloca em dissonância com sectores mais conservadores do regime.
TEXTO: “Temos seguido de perto as turbulências em certos países do Norte de África e do Médio Oriente”, mas “não há qualquer analogia entre a China e estes países”, respondeu o primeiro-ministro, na já habitual conferência de imprensa que se segue ao encerramento da sessão anual da Assembleia chinesa. Receando protestos idênticos aos registados naquela região e aos tímidos apelos à revolta que circularam na Internet, o regime chinês apertou o controlo sobre os media e deteve inúmeros activistas políticos. Nos últimos anos, tem também investido cada vez mais nos serviços de segurança interna, com os gastos a superarem este ano, e pela primeira vez, os previstos para o sector da Defesa, adiantou o "Financial Times". Wen reconhece, porém, alguma razão para o descontentamento e, de novo, voltou a defender reformas “institucionais”. “Sem uma reestruturação política a reestruturação económica não será bem-sucedida e os progressos que fizemos perder-se-ão”, avisou. Declarações que o colocam em aparente contradição com o presidente do parlamento, Wu Bangguo, que ainda na semana passada afastou o cenário de reformas políticas, alegando que poriam em causa as conquistas económicas da última década. Alterações graduaisNo entanto, o primeiro-ministro não explicou que reformas tem em mente e sublinhou que qualquer alteração será introduzida “gradualmente”. A BBC sublinha que se tornou habitual dirigentes chineses prometerem um sistema mais “democrático” – e Wen tem sido um dos mais disponíveis a falar sobre o assunto – quando na realidade se referem a meras alterações na organização do sistema que há 60 anos governa o país. Ainda assim, a estação britânica adianta que o primeiro-ministro foi um pouco mais longe, ao admitir eleições directas para alguns níveis da administração. “Se queremos responder aos descontentamentos das pessoas temos que deixar as pessoas supervisionar e controlar o governo. ” Noutro sinal de que está atento aos sinais de contestação, o primeiro-ministro sublinhou a necessidade de desacelerar a subida dos preços, em particular dos bens alimentares. “A inflação é como um tigre, quando se liberta é difícil voltar a pô-lo dentro da jaula”, afirmou, prometendo ainda a “transformação do modelo de desenvolvimento” que combata as crescentes desigualdades económicas. Wen Jiabao deverá abandonar a chefia do Governo dentro de dois anos e, segundo alguns peritos, estas declarações são um sinal de que pretende deixar a sua marca no legado político do país, acrescenta a BBC.
REFERÊNCIAS:
Obra de Zhang Xiaogang é a peça de arte chinesa mais cara de sempre
Uma obra do pintor surrealista e simbolista chinês Zhang Xiaogang foi leiloada pela Sotheby’s, tendo sido arrematada pelo valor de 79 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 7,4 milhões de euros), quantia recorde num leilão de arte contemporânea chinesa. (...)

Obra de Zhang Xiaogang é a peça de arte chinesa mais cara de sempre
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-04-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma obra do pintor surrealista e simbolista chinês Zhang Xiaogang foi leiloada pela Sotheby’s, tendo sido arrematada pelo valor de 79 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 7,4 milhões de euros), quantia recorde num leilão de arte contemporânea chinesa.
TEXTO: “Lasting Love Forever” (1988), pintura a óleo sobre tela composta por três painéis, foi uma das 105 obras vendidas pelo coleccionador belga Guy Ullens num leilão da Sotheby's em Hong Kong. “Uma obra monumental com qualidade de museu que define o período de vanguarda chinês”, assim foi qualificada a obra “Lasting Love Forever”, por Evelyn Lin, director da Sotheby's of Contemporary Asian Art. O anterior recorde de arte chinesa estava situado em 75 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 7 milhões de euros), atingido pela obra “Mask” (série número seis de 1996) do artista Zeng Fanzhi’s, leiloada em 2008. Neste leilão outros valores superaram em muito as expectativas estimadas, a obra de Zhang Peili ultrapassou em nove vezes a estimativa inicial de venda e foi leiloada por 23 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 2 milhões de euros). Também a obra “Mão Tsé-Tung: P2”, de Wang Guangyi, vendida por 19 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 1, 7 milhão de euros) e "Two People Under A Light", de Geng Jianyi, vendida por 18 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 1, 6 milhões de euros) superaram os valores esperados. No total o leilão rendeu 427 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de 40 milhões de euros), valor que excedeu em muito a estimativa de pré-venda que rondava os 130 milhões de dólares de Hong Kong (12 milhões de euros). "Desde o início do leilão eclodiram batalhas na licitação [das obras] entre os presentes na sala e os telefonemas provenientes de todo o mundo", disse Lin à AFP. Os preços das obras de arte chinesa têm subido nos últimos anos, justificando o último estudo avançado pelo Artprice. com, que revelou que a China ultrapassou pela primeira vez os Estados Unidos e o Reino Unido, posicionando-se agora na primeira posição no que diz respeito ao mercado da arte. Notícia corrigida às 13h46
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave estudo chinês
Artista chinês Ai Weiwei foi detido por “suspeita de crimes económicos”
O governo chinês explicou que a detenção do artista e activista Ai Weiwei se deve a “suspeita de crimes económicos”. Um dos mais famosos artistas chineses contemporâneos foi detido no domingo no aeroporto de Pequim. Várias vozes internacionais condenam o sucedido, defendendo que esta detenção está relacionada com razões políticas. (...)

Artista chinês Ai Weiwei foi detido por “suspeita de crimes económicos”
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.1
DATA: 2011-04-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: O governo chinês explicou que a detenção do artista e activista Ai Weiwei se deve a “suspeita de crimes económicos”. Um dos mais famosos artistas chineses contemporâneos foi detido no domingo no aeroporto de Pequim. Várias vozes internacionais condenam o sucedido, defendendo que esta detenção está relacionada com razões políticas.
TEXTO: O Ministério das Relações Exteriores da China confirmou que as “autoridades estão a investigar Ai Weiwei de acordo com a lei, por suspeita de crimes económicos”. O porta-voz do ministério, Hong Lei - que não deu mais informações sobre o assunto, mas fez questão de sublinhar que o caso “não tem nada a ver com direitos humanos ou liberdade de expressão”. Contudo, a família do artista defende que ele é vítima inocente de uma “caça às bruxas”. A condenação por “crimes económicos é um absurdo, porque a forma como ele foi levado e desapareceu mostra que não é um caso desse género”, explicou a irmã mais velha de Weiwei, Gao Ge, por telefone à Reuters. O activista chinês não contactou a família desde que foi detido e a mãe afirma que as autoridades ainda “não comunicaram [à família] porque é que ele foi detido ou onde está”. Vários activistas dos direitos humanos e governos internacionais já vieram condenar a China pela detenção do activista. O dissidente chinês tem uma vasta carreira internacional no campo das artes, tendo sido um dos responsáveis pelo projecto do estádio dos Jogos Olímpicos de 2008 em Pequim conhecido por Ninho de Pássaro. É também activista, lutando contra a censura e restrições políticas do governo chinês. Entre as acções de protesto contam-se o apoio a Liu Xiaobo – dissidente chinês e Prémio Nobel da Paz em 2010 que se encontra actualmente preso - e a recolha de nomes de crianças soterradas após um terramoto na província de Sichuan em 2008: uma campanha online onde procurou expor a má construção das escolas devido a questões de corrupção. Ai Weiwei foi detido no domingo pelas autoridades chinesas, quando se preparava para apanhar um avião para Hong Kong. A detenção deu-se quando Weiwei passava pela zona da alfândega no aeroporto de Pequim. Um dos seus assistentes, que não quis ser identificado, disse aos jornalistas que o artista foi escoltado por dois funcionários, mas não ficou imediatamente claro se teria sido detido ou simplesmente impedido de embarcar. O jornal britânico "Guardian" explica que esta detenção do artista surge numa altura em que as autoridades chinesas estão a lançar uma operação contra activistas e dissidentes que os movimentos de defesa dos direitos humanos classificam como a pior da última década. Pelo menos 23 pessoas foram detidas e há cerca de uma dezena de desaparecidos, refere o jornal.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos lei humanos campo género chinês