Empresário chinês detido por rapto fica em prisão preventiva
O empresário chinês anteontem detido pela Policia Judiciária (PJ) do Porto, na sequência do rapto e sequestro de uma concidadã, vai ficar em prisão preventiva. A decisão do juiz e instrução criminal de Vila do Conde foi conhecida a meio da tarde, altura em que a PJ dava a conhecer ter detido os dois indivíduos, igualmente de nacionalidade chinesa, envolvidos no caso. (...)

Empresário chinês detido por rapto fica em prisão preventiva
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: O empresário chinês anteontem detido pela Policia Judiciária (PJ) do Porto, na sequência do rapto e sequestro de uma concidadã, vai ficar em prisão preventiva. A decisão do juiz e instrução criminal de Vila do Conde foi conhecida a meio da tarde, altura em que a PJ dava a conhecer ter detido os dois indivíduos, igualmente de nacionalidade chinesa, envolvidos no caso.
TEXTO: O rapto foi concretizado no dia 25 de Janeiro, quando a vítima se dirigia para a sua residência, na zona de Vila do Conde. Antes de ter sido encarcerada num apartamento em vila Nova de Famalicão, foi amordaçada e atada a um árvore em lugar ermo, onde terá igualmente sido ameaçada de morte, caso o seu marido não procedesse ao pagamento de uma alegada dívida ao raptor. Depois de uma denúncia da família, a PJ conseguiu localizar anteontem a mulher, tendo na altura procedido à detenção principal suspeito. Os dois homens ontem detidos, um com 17 e outro com 41 anos, terão colaborado no rapto. O mais novo é filho do empresário, que agora fica em prisão preventiva, e terá desempenhado a tarefa de vigia à sequestrada ao longo dos nove dias de cativeiro. Ambos serão amanhã apresentados ao juiz, para que lhes sejam fixadas as medidas de coação. Ao que apuraram as autoridades policiais, a quantia exigida pelo raptor ao marido da vítima, também ele chinês, resultava de dívidas de jogo clandestino, actividade normalmente conotada com a actuação das famosas máfias orientais. A PJ procura apurar agora se este é um episódio isolado ou se enquadra na actividade daquele tipo de organizações. Este será também o primeiro caso em que as autoridades portuguesas deslindam um caso de criminalidade grave no seio da comunidade chinesa em Portugal. Sinal de que algo de muito grave se estaria a passar, foi o facto de o caso ter sido denunciado pelos familiares da vítima à polícia portuguesa, uma atitude praticamente inédita numa comunidade que se rege por rigorosos códigos de ética e que sempre procura resolver internamente todos os diferendos.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Dívidas de jogo na origem de rapto e sequestro de comerciante chinesa
É a primeira detenção por suspeita de actos criminosos graves praticados entre a comunidade chinesa em Portugal, mas para as autoridades policiais não é ainda seguro tratar-se de actividades enquadradas na actuação de alguma das famosas máfias orientais ou apenas de um acto isolado e de contornos particulares. (...)

Dívidas de jogo na origem de rapto e sequestro de comerciante chinesa
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-02-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: É a primeira detenção por suspeita de actos criminosos graves praticados entre a comunidade chinesa em Portugal, mas para as autoridades policiais não é ainda seguro tratar-se de actividades enquadradas na actuação de alguma das famosas máfias orientais ou apenas de um acto isolado e de contornos particulares.
TEXTO: Ontem, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou a "detenção de um cidadão estrangeiro" como presumível autor de crimes de rapto e sequestro. Trata-se de um homem de 43 anos, de nacionalidade chinesa, tal como a vítima, uma mulher com 41 anos que tinha sido raptada na noite de 25 de Janeiro "quando regressava apeada à sua residência", na zona de Vila do Conde. Segundo o comunicado da PJ, a mulher foi "violentamente introduzida" na viatura do suspeito e, depois de aproximadamente uma hora de viagem, "foi ameaçada de morte, amordaçada e amarrada a uma árvore" em lugar ermo. Foi depois levada para Vila Nova de Famalicão, onde o suspeito "a colocou sob sequestro num apartamento", tendo anteontem sido libertada por elementos da Judiciária do Porto. Na altura foi também detido o suspeito, que só hoje será levado à presença do juiz de instrução criminal de Famalicão para a competente fixação de medidas de coacção. Ao que o PÚBLICO apurou, por detrás de tudo está a tentativa de cobrança de dívidas de jogo, actividades que tocam no mais profundo dos códigos de conduta dos cidadãos daquela comunidade oriental. O caso assume contornos inéditos para a polícia portuguesa, sendo a primeira vez que a Judiciária deslinda um situação que diz respeito às relações entre chineses residentes no nosso país. Numa comunidade marcada pelo silêncio, pelo secretismo e por severos códigos de conduta que a levam a encontrar resolução para os problemas apenas no plano interno, os investigadores procuram agora perceber se este é apenas um caso isolado ou se trata antes de uma manifestação da actuação das famosas máfias orientais. É que, apesar de os envolvidos se dedicarem oficialmente a actividades comerciais, a violência e a severidade da actuação do suspeito estão apenas ligadas a dívidas de jogo, actividade que é normalmente explorada pelas organizações mafiosas. E se as dívidas de jogo são questões de absoluta honra entre os chineses, muito mais grave será o facto de alguém procurar as autoridades para a resolução deste tipo de problemas. Foi isso que aconteceu neste caso, com o alerta a ter sido dado pelos familiares da vítima, facto que, para os investigadores, foi indicativo de que algo de muito grave se passaria. O PÚBLICO falou com o líder da Associação dos Comerciantes Chineses, Y Ping Show, que começou por dizer que este é um caso de "explicação difícil". Afirmando tratar-se de pessoas "amigas e conhecidas" que mantinham negócios entre si, deixou entender tratar-se de empréstimos ligados ao jogo. "Quando uma pessoa empresta dinheiro, a outra é obrigada a pagar", disse. Quanto ao rapto e sequestro, parece ver a situação mais como uma garantia de pagamento ou, como disse, "guarda de reserva". O habitual porta-voz dos chineses residentes em Portugal disse ainda que, nestes casos, "não fica bem meter a polícia". Porque pode "dar a entender que se trata de organizações mafiosas", coisa que, dá a indicar, não passa de uma espécie de mito.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Ai Weiwei dança "Gangnam Style" para provocar o Governo chinês
O cavalo imaginário que pôs meio mundo a dançar o "Gangnam Style" foi agora substituído por outro cavalo imaginário, carregado de simbologia contra o Governo chinês. O artista e dissidente Ai Weiwei pegou no êxito do sul-coreano PSY e transformou-o numa provocação ao regime de Pequim. (...)

Ai Weiwei dança "Gangnam Style" para provocar o Governo chinês
MINORIA(S): Animais Pontuação: 5 Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-10-26 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20121026151848/http://www.publico.pt/1568749
SUMÁRIO: O cavalo imaginário que pôs meio mundo a dançar o "Gangnam Style" foi agora substituído por outro cavalo imaginário, carregado de simbologia contra o Governo chinês. O artista e dissidente Ai Weiwei pegou no êxito do sul-coreano PSY e transformou-o numa provocação ao regime de Pequim.
TEXTO: Se o original já é mais do que uma simples receita pop para invadir as pistas de dança e os tops internacionais – com uma mensagem sobre a alegada opulência e futilidade do estilo de vida dos jovens ricos de Seul –, o que dizer de uma versão feita por um dos mais emblemáticos opositores do regime de Pequim?O vídeo, partilhado pelo próprio artista na sua conta no Twitter, tem como título "Caonima Style" – uma referência a um animal imaginário, semelhante a uma alpaca, criado em 2009 para protestar contra a censura na Web e usado para provocar o regime chinês. O nome "Caonima" (literalmente "cavalo de lama e erva") é um jogo de palavras com a expressão "cao ni ma", que numa tradução livre do mandarim para o inglês ganha a conotação de "motherfucker" (é mais forte do que o português "filho da mãe", mas não é fácil encontrar uma expressão com a mesma carga). A primeira vez que Ai Weiwei usou o Caonima para se expressar foi em 2009, quando publicou um auto-retrato, nu, com um boneco a tapar-lhe as partes genitais. O título dessa fotografia é "Caonima a tapar o centro", que pode também ser interpretado como uma ofensa ao Comité Central do Partido Comunista Chinês. O "Caonima Style" de Ai Weiwei inclui excertos do vídeo original (que já ultrapassou os 530 milhões de visualizações no YouTube) e imagens com o próprio artista e amigos a imitarem a coreografia do sul-coreano PSY. Ainda antes do primeiro minuto do vídeo, Ai Weiwei tira um par de algemas do bolso e agita-as no ar, numa referência aos quase três meses em que esteve detido, entre Abril e Junho de 2011. Ai Weiwei, de 55 anos, é uma presença recorrente nas notícias devido à oposição às autoridades chinesas – a sua detenção, no ano passado, motivou protestos um pouco por todo o mundo. Após a sua libertação, o artista e activista continuou a ser vigiado e está impedido de sair do país. Há duas semanas, em declarações ao PÚBLICO, considerou "intolerável" a atribuição do Nobel da Literatura ao seu compatriota Mo Yan, que é visto pelos dissidentes como um autor alinhado com o regime.
REFERÊNCIAS:
Morreu a menina chinesa de dois anos atropelada e ignorada por 18 pessoas
A menina chinesa de dois anos que foi atropelada duas vezes e ignorada por 18 pessoas que passaram perto do corpo, acabou por não resistir aos ferimentos e morreu no hospital. (...)

Morreu a menina chinesa de dois anos atropelada e ignorada por 18 pessoas
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 12 Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-10-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: A menina chinesa de dois anos que foi atropelada duas vezes e ignorada por 18 pessoas que passaram perto do corpo, acabou por não resistir aos ferimentos e morreu no hospital.
TEXTO: O incidente remonta a 13 de Outubro. A criança de dois anos foi atropelada duas vezes seguidas numa estrada perto da loja do pai. As imagens do incidente ficaram registadas nas câmaras de vigilância de um estabelecimento que ficava perto do local do atropelamento e chocaram o mundo, já que 18 pessoas passaram pela menina, que estava deitada no chão coberta de sangue, sem prestarem qualquer auxílio. Nenhum dos condutores que a atropelou parou e várias pessoas passaram ao lado do corpo olhando e seguindo em frente. Entretanto, a polícia chinesa já deteve os condutores das duas carrinhas que atropelaram a menina, na cidade de Foshan, no sul da província de Guangdong – que estuda neste momento uma lei que obrigue os cidadãos a prestarem auxílio em situações como esta (à semelhança do que acontece, por exemplo, na legislação portuguesa). Só uma empregada da limpeza que veio trazer o lixo da loja é que socorreu a menina – o que provocou um intenso debate sobre as mudanças que a sociedade chinesa está a sofrer. No entanto, segundo fonte hospitalar citada pela BBC, desde o dia do acidente que a criança se encontrava em coma, com prognóstico muito reservado, tendo entrado em morte cerebral, declarando-se o óbito. Já a AFP, que também cita fontes hospitalares, adiantou que a menina morreu devido a uma “falência orgânica generalizada”. No Weibo, o equivalente chinês à rede social Twitter, a história continua a ser o tópico mais citado, tendo já chegado quase aos cinco milhões de mensagens e gerado uma campanha online com o slogan “Acabe com a apatia”. Da mesma forma, Chen Xianmei, de 58 anos, a única pessoa que parou para ajudar a menina, tornou-se uma heroína e um símbolo de que o país ainda pode recuperar alguns valores e resistir à ambição económica. Também o Global Times, um jornal em língua inglesa pertencente a um grupo do órgão central do Partido Comunista Chinês, descreve que “um egoísmo sem escrúpulos está a crescer na China”, considerando-o “suficientemente devastador para abalar os fundamentos da moralidade”. O mesmo jornal defende que, “nos últimos anos, o egoísmo tem sido largamente tolerado e até cultivado por alguns chineses, sendo mesmo visto como um instrumento ideológico para quebrar os tradicionais valores do colectivismo”. Uma ideia corroborada por vários comentários na Internet. “Esta sociedade está gravemente doente. Mesmo os cães e os gatos não deveriam ser tratados assim”, lê-se num deles.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte lei social criança corpo chinês cães
Bispos preocupados com excesso de trabalhadores chineses em Angola
A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé manifestou o receio de que a excessiva importação de mão-de-obra chinesa leve ao desemprego de milhares de angolanos. (...)

Bispos preocupados com excesso de trabalhadores chineses em Angola
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 3 Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-08-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé manifestou o receio de que a excessiva importação de mão-de-obra chinesa leve ao desemprego de milhares de angolanos.
TEXTO: Reunida em Luanda no fim de Julho, a Comissão Episcopal de Justiça e Paz pediu "maior ponderação e moderação no crédito chinês, para que o mesmo não seja tão excessivo que sobrecargue as gerações vindouras". Aquela mesma comissão católica recomendou ao Governo e ao Parlamento de Angola que melhorem a fiscalização das obras feitas com investimentos públicos, "dado o acelerar de obras céleres, mas frágeis, que são um desperdício de recursos e um risco para os seus utentes". Construído em 2006 por uma empresa chinesa, o Hospital Geral de Luanda teve de ser encerrado no mês passado, pois estava a ameaçar ruína e denotava grandes defeitos de fabrico. A obra custara oito milhões de dólares (seis milhões de euros), obtidos pelo Estado angolano através de uma linha de crédito do Governo chinês. Era uma das muitas grandes infraestruturas construídas no país por empresas chinesas, às quais têm sido atribuídos pelas autoridades muitos contratos de construção. A partir de 2004, a China passou a abrir linhas de crédito especialmente destinadas a Luanda e a enviar muitos milhares de trabalhadores para Angola. Em pouco mais de uma década, passaram de algumas centenas a pelo menos 40. 000, havendo mesmo quem já fale em perto de 100. 000. A China é hoje o principal financiador da reconstrução angolana, com empréstimos e apoios feitos em troca do fornecimento, sobretudo, de petróleo. Mas algumas vozes, como agora a Comissão Episcopal de Justiça e Paz, têm-se levantado contra o que consideram ser um excesso de mão-de-obra chinesa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave chinês
Eurico Brilhante Dias: "Num momento agudo para Portugal foram os chineses que vieram a jogo"
O secretário de Estado da Internacionalização critica os parceiros europeus e deixa elogios à China. Mais: o Estado tenciona mesmo avançar com a emissão de dívida em moeda chinesa. (...)

Eurico Brilhante Dias: "Num momento agudo para Portugal foram os chineses que vieram a jogo"
MINORIA(S): Africanos Pontuação: 2 Asiáticos Pontuação: 12 | Sentimento 0.116
DATA: 2018-12-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: O secretário de Estado da Internacionalização critica os parceiros europeus e deixa elogios à China. Mais: o Estado tenciona mesmo avançar com a emissão de dívida em moeda chinesa.
TEXTO: Mais investimento de empresas chinesas é bem-vindo, realça Eurico Brilhante Dias, em entrevista ao PÚBLICO e à Renascença que pode ouvir hoje a partir das 12h. Portugal, explicou, quer "diversificar as fontes, reduzir risco e ter mais actores com títulos de dívida portuguesa" e, por isso, pode estar para breve novidades sobre emissão de títulos da dívida na moeda chinesa de que Mário Centeno fala desde 2016. Aproximam-se duas visitas muito importantes do ponto de vista político e económico: os presidentes de Angola e da China vêm a Lisboa. Esteve recentemente em Angola, a acompanhar a visita do primeiro-ministro português, numa visita considerada histórica por ambas as partes. Já é possível sentir efeitos dessa visita nas relações económicas entre os dois países?A visita do primeiro-ministro foi há muito pouco tempo mas foram tomadas decisões importantes para as empresas que produzirão efeitos proximamente. Um foi o alargamento da linha de financiamento com garantia de Estado, que tem expressão no Orçamento do Estado. O segundo foi a assinatura da convenção para evitar a dupla tributação. A linha entrará em vigor com o OE?O OE considera esse alargamento. Uma das principais questões nessa visita de António Costa era a regularização das dívidas a empresas portuguesas, uma questão em que o Estado português não é parte, mas funciona como mediador. O ministro das Finanças angolano apareceu mesmo no seminário económico para se comprometer com um apuramento da dívida até este mês de Novembro. Esse apuramento e certificação da dívida está feito?Os sinais são positivos. Há uma grande vontade do governo angolano em prosseguir esse trabalho. Temos que esperar pela visita do Presidente João Lourenço. Falou-se de um conjunto de valores diferentes. . . Portugal tinha estimativa de 500 milhões de euros. Angola fazia contas a menos. Isso pode induzir as pessoas em erro, criar a ideia de que há uma grande divergência. Este é um assunto entre o Estado angolano e as empresas portuguesas. Não é dívida do Estado angolano ao Estado português. Esses contratos foram desenvolvidos na moeda local, o kwanza, que sofreu uma forte desvalorização face ao euro e dólar. Várias facturas foram emitidas ao longo do tempo e ao longo desta desvalorização do kwanza. É preciso saber a que relação euro-kwanza é feito o pagamento: se é em função do valor actual ou do original aquando da emissão das facturas. Temos que ser cautelosos. Há empresas que consideram também que são credoras de juros, outras de trabalhos a mais e juros. Como viu as declarações do Presidente angolano em entrevista ao Expresso a dizer que não quer comerciantes, mas investidores portugueses?É perfeitamente natural. As autoridades nacionais têm sublinhado que gostariam de empreender um movimento de diversificação da economia angolana. Procuram investimento estrangeiro para, tal como nós, desenvolver o seu país. Nessa mesma entrevista, o Presidente angolano diz que espera que Portugal ajude Angola a repatriar o capital que Luanda reclama. Portugal vai ajudar?Essa é uma questão essencialmente angolana. Consideramos que os parceiros angolanos são importantes para o nosso país. Portugal tem mais de 5700 exportadores para Angola. Tivemos quase 10 mil exportadores para Angola há cinco anos. É um mercado incontornável para os pequenos e médios exportadores nacionais, não é só para os grandes. A Sonangol tenciona diminuir a participação na Galp e no Millenium BCP. Que efeitos pode ter na economia portuguesaEsse é um assunto accionista e o Estado português não é accionista. Esperemos para ver. Mas trata-se de uma retracção ao mesmo tempo que Portugal espera mais investidores portugueses em Angola. Isso tem a ver com as prioridades económicas de Angola e como quer reafectar os seus recursos. Depois do Presidente de Angola, virá o Presidente chinês, cuja Estado, através de empresas como a Fosun ou a CTG, tem capacidade de decisão em sectores estratégicos da nossa economia como a energia. Sente-se confortável por ser outro Estado a dominar um sector tão vital para os cidadãos e para as empresas?Temos que fazer um bocadinho de história para perceber por que razão têm posições tão importantes. Quando Portugal assinou o memorando [com a troika] comprometeu-se com as instituições europeias a um conjunto de alienações de participações sociais do Estado. Era importante ter tido fluxo de capitais de outros países europeus mas a verdade é que nesse momento agudo foi um conjunto de empresas chinesas que veio e investiu. É por isso que nem sempre vejo com muito gosto que alguns parceiros [europeus] não entendam este investimento chinês quando naquele momento não vieram a jogo. Portugal é um país aberto, é um país-plataforma de investimento. Ando a vender este país pelo mundo fora falando desta enorme capacidade de sermos plataforma na Europa, para África e para a América Latina. Há espaço e vontade para aprofundar relação com a China?Claro que há espaço. A China é um player global. Do ponto de vista discursivo, os temas que dizem respeito a investimento e comércio em muitos aspectos têm base comuns com coisas que o Governo também diz: a defesa do multilateralismo, do comércio internacional e o investimento estrangeiro. Outro negócio que Portugal pode ter em vista com a China é a compra de divida. Essa hipótese chegou a ser falada nos temos do último Governo Sócrates…. Agora seria uma boa alternativa, sobretudo tendo em conta a instabilidade que a Itália pode vir a trazer para a zona euro e em especial para os países do sul da Europa?Temos hoje a possibilidade e a flexibilidade, que estamos progressivamente a trabalhar, mas isso é um tema que é essencialmente do ministro das Finanças, de emitir dívida que não seja apenas em euro, mas também em renminbi. Isso é uma possibilidade que proximamente poderia ter desenvolvimentos, mas esperaremos os próximos passos. Pela visita do Presidente chinês?Esse tema poderá ser aludido mas não é necessariamente um tema para ser tratado neste momento. O Governo português já no passado preparou e trabalhou essa possibilidade e deve ser feito com cautela entre o Ministério das Finanças, o IGCP, e a prazo isso poderá acontecer. Pode ser uma boa fonte de diversificação de clientes da dívida portuguesa. Isso para nós é um elemento interessante. A República Popular da China gostaria de tornar a sua moeda uma moeda de concurso internacional que pudesse também ser reserva de valor. Sabemos o papel central que tem o dólar como moeda e reserva de valor e como o euro sempre se posicionou como alternativa de reserva de valor. É normal e natural que a China também o queira fazer. Na dívida, Portugal tem interesse em diversificar as fontes, reduzir risco e ter mais actores com títulos de dívida portuguesa. E como vê o mercado europeu, nestes tempos de Brexit e de turbulência italiana?Sou um europeísta romântico. O Brexit é um mau momento mas tenho que respeitar. Tenho que sublinhar os aspectos positivos como a enorme capacidade dos 27 se mostrarem unidos e actuarem como um bloco. Para Portugal, é melhor haver um acordo do que não haver acordo nenhum. Outro mercado muitas vezes considerado estratégico para Portugal é o brasileiro. A eleição de Bolsonaro pode trazer mudanças?É cedo para dizer se vai haver mudanças ou não. Portugal tem mais de 1600 exportadores para o Brasil. . . É um mercado muito fechado, muito proteccionista. É um mercado do Mercosul. Não me ficaria bem fazer uma declaração peremptória de que é um mercado proteccionista. É um mercado que, pelo menos, podia ser mais aberto! O Brasil é um mercado muito importante para as empresas portuguesas. Estará no top 10 dos países para onde Portugal exporta. O que é que gostávamos? De poder ter um relacionamento com o Brasil que aprofundasse as relações económicas e comerciais e que tivéssemos oportunidade de aumentar as exportações. Uma das formas de cativar investimento usada pelo anterior governo foram os vistos gold. Este governo introduziu alterações mas estes continuam a ser usados sobretudo para o imobiliário, como mudar a situação?Desde o início, Portugal captou um pouco mais de 4 mil milhões de euros de investimento. Estão construídos de uma forma que ou existem e são competitivos e temos que garantir que possam ter instrumentos em que sejam plasmados. Se olharmos para modelos semelhantes, o imobiliário está lá sempre. Para a maioria dos investidores, é mais simples comprar uma casa do que ter um processo de construção de uma fábrica ou uma empresa. Não quero dizer que o sistema induz, mas a barreira a ultrapassar com o imobiliário é mais fácil do que ir por outro caminho. Não devemos ver o investimento imobiliário dos vistos gold como um investimento final. Ficaria frustrado se aquelas pessoas compram uma casa e não investem mais nada. Elas têm potencial para fazer outros investimentos no país. É obrigação do Governo acompanhá-las e transformar aqueles 4 mil milhões de euros em algo que gere emprego. Foi um dos dirigentes mais próximos de António José Seguro, mas acabou por ir para o governo Costa. O PS é um partido pacificado e rendido a António Costa?Isso do rendido é uma expressão muito derrotada. Pacificado, sem dúvida. O PS tem uma argamassa fundamental que é a forma como olha a sociedade portuguesa. Podemos ter divergências. As primárias foram um momento de divergência muito acentuada e profunda e até excessivamente fulanizada. O dr. António Costa sublinhou várias vezes que não tínhamos divergência programática significativa, mas diferenças de personalidade, de protagonistas. Concorda com o seu ministro, Augusto Santos Silva, que nos disse que um novo acordo à esquerda tem de implicar compromissos em termos de política internacional e europeia?O meu caro chefe é um homem muito hábil. O programa do PS é um programa de desenvolvimento do país em que a pertença ao espaço europeu e à NATO é marcante desde a génese deste partido, desde 1973. É normal que programaticamente sublinhemos que as nossas opções estão assentes nestes dois projectos. Acha que será possível continuar assim sem uma maioria absoluta?Até agora foi possível e essa pergunta deve ser endossada em primeiro lugar ao PCP e ao BE. O BE teve há pouco tempo a sua convenção e manifestou desejo de ir para o Governo - não conheço nenhum partido que entre nas eleições e diga o nosso objectivo é perder e não ser Governo. A pergunta seguinte deveria ser: quanto à reestruturação da dívida como foi apresentada em 2015? Isso continua a ser um objectivo programático e central ou já tem uma posição mais próxima da do PS? E em relação ao projecto da União Económica Monetária? O euro é a nossa moeda ou Portugal deve em alguma circunstância abandonar o euro?Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Acha que o PS dobrou o PCP e o BE?Não, não acho. Pergunto isto porque o país pode ter um orçamento quase zero com o apoio do PCP e BE. Nunca vi nenhum deles manifestar um amor ardente pelo défice orçamental. Nunca ouvi nenhum discurso de Jerónimo de Sousa ou de Catarina Martins defendendo entusiasticamente que o país devia ter era défice. É legítimo que qualquer partido queira ser Governo e queira ter o maior número possível de votos. Acha que o PS devia pedir claramente a maioria absoluta, como defendeu Assis no congresso?Pedir maioria absoluta soa às vezes um bocadinho de chantagem perante o eleitorado: "Eu preciso de uma maioria absoluta!". As pessoas votam em programas e o PS deve dizer aos portugueses que quer ter mais força para poder implementar aquele que é o seu programa. Na noite eleitoral, veremos que solução é que os portugueses querem. A maioria absoluta é, muitas vezes, associada à ideia de poder absoluto. Não é isso sequer que está em causa. O PS, sem prejuízo do resultado que tiver, terá que continuar a conversar no Parlamento como o PEV, PCP, BE, PAN e também com o PSD e CDS. Agora, é legítimo que ambicionemos que mais portugueses votem PS.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PAN PSD PCP BE PEV
Célebre advogado chinês impedido de se encontrar com Merkel
É advogado de alguns dos mais célebres dissidentes chineses e por isso foi convidado para um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, de visita a Pequim. Mas as autoridades não o deixaram sair do escritório. (...)

Célebre advogado chinês impedido de se encontrar com Merkel
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 10 | Sentimento 0.25
DATA: 2012-02-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: É advogado de alguns dos mais célebres dissidentes chineses e por isso foi convidado para um encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, de visita a Pequim. Mas as autoridades não o deixaram sair do escritório.
TEXTO: Mo Shaoping defende o Nobel da Paz Liu Xiaobo e o advogado Gao Zhisheng, entre outros opositores, jornalistas e praticantes da seita Falun Gong. “Fui convidado na segunda-feira para falar com a chanceler sobre a situação judicial na China e do fardo dos advogados”, explicou à AFP. Mas ontem, no dia marcado para a recepção na embaixada, a polícia impediu-o de lá chegar. “Passaram cerca de três horas no meu escritório. Não deram qualquer justificação legal para me impedir de sair, mas não me deixaram sair”, afirmou à AFP. Segundo Mo, as autoridades afirmaram que ele não tinha o direito de participar no encontro por preocupações com a estabilidade social que antecedem o Congresso do Partido Comunista que, no próximo Outono, vai nomear os sucessores dos mais altos actuais dirigentes do país. A AFP interrogou a embaixada alemã, que não quis comentar. Mo chegou a encontrar-se, em Outubro, com o novo embaixador dos EUA, Gary Locke. Mas já não teve autorização para uma reunião com Alain Juppé, ministro francês dos Negócios Estrangeiros, ou com diplomatas alemães, holandeses ou de uma delegação da União Europeia. Merkel chegou a Pequim na quinta-feira para uma visita de três dias à China, e durante uma conferência de imprensa com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, realçou a importância da liberdade de expressão e da liberdade na Internet. Partiu hoje para o Sul, Cantão, onde pediu um encontro com jornalistas do grupo Nanfang, conhecido pelas suas posições reformistas, que lhe foi negado pelas autoridades, adianta à AFP uma fonte da delegação alemã.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Portugueses vivem sonho asiático na Indonésia
As exportações portuguesas para a Indonésia duplicaram num ano, com cada vez mais empresários a olharem para a chuva de oportunidades no gigante do Sudeste Asiático. (...)

Portugueses vivem sonho asiático na Indonésia
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 10 | Sentimento 0.068
DATA: 2012-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: As exportações portuguesas para a Indonésia duplicaram num ano, com cada vez mais empresários a olharem para a chuva de oportunidades no gigante do Sudeste Asiático.
TEXTO: A aposta na Indonésia surgiu por acaso no percurso da Vicort, que produz máquinas para colheita florestal e que, perante a crise, se viu obrigada a virar-se para outros mercados. No ano passado, um amigo atraiu à empresa o embaixador da Indonésia em Portugal, Albert Matondang, que sugeriu o desenvolvimento de uma máquina para a colheita da palma. A partir daí, e “devido ao trabalho que a embaixada fez”, foi “fácil” encontrar um parceiro local e estabelecer contactos com potenciais clientes, recorda Miguel Ferreira, director-geral da empresa de Castelo Branco, frisando que nos primeiros 15 dias na Indonésia conseguiu mais do que em seis meses no Brasil. Em Outubro, a empresa deslocou uma equipa de técnicos à Indonésia para testar uma máquina inovadora para a colheita da cássia em áreas pantanosas e em cinco dias foi possível obter resultados. “A opinião final do nosso cliente é extremamente positiva”, acrescenta. “O compromisso era que se a máquina operasse convenientemente seria efectuada uma encomenda significativa de máquinas, o que ainda não aconteceu”, conta, realçando que na Indonésia “as decisões são demoradas”. Neste mercado, é importante “ter cuidado com o parceiro que se escolhe e, acima de tudo, estar preparado para que as coisas não corram bem logo à partida”, adverte. O director-geral da Vicort mostra-se confiante de que a encomenda será formalizada ainda este ano, até porque está programada uma visita de técnicos para darem formação nas próxima semanas. Se o negócio for avante, a empresa portuguesa espera vir a vender 100 a 150 máquinas por ano, passando a Indonésia a ser o seu mercado “número um”. Desbravar o mercado
REFERÊNCIAS:
Tempo Outubro
Festival de Locarno: chinês Li Hongqi recebe Leopardo de Ouro
O filme “Han Jia” (“Férias de inverno”), do chinês Li Hongqi, recebeu ontem à noite o Leopardo de Ouro, o principal prémio do 63.º Festival de Locarno, no valor de cerca de 67 mil euros. (...)

Festival de Locarno: chinês Li Hongqi recebe Leopardo de Ouro
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 10 | Sentimento 0.15
DATA: 2010-08-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: O filme “Han Jia” (“Férias de inverno”), do chinês Li Hongqi, recebeu ontem à noite o Leopardo de Ouro, o principal prémio do 63.º Festival de Locarno, no valor de cerca de 67 mil euros.
TEXTO: O Prémio Especial do júri distinguiu “Morgen” de Marian Crisan, uma co-produção franco-romeno-magiar. A curta-metragem “A History of Mutual Respect”, do português Gabriel Abrantes em parceria com Daniel Schmidt, foi distinguida com o Leopardo de Ouro para curtas. Os dois realizadores repartem o valor pecuniário de cerca de 7500 euros. A película filmada em Portugal e no Brasil foi distinguida na secção “Leopardo de Amanhã”, que tinha como júri o realizador argentino Lisandro Alonso (presidente), a produtora francesa Sylvie Pialat, a atriz francesa Nina Meurisse, o realizador português Miguel Gomes, e o realizador romeno Corneliu Porumboiu. Denis Côté, por “Curling” (do Canadá) recebeu o Prémio para o Melhor Realizador, no valor de 22 mil euros. Emmanuel Bilodeau de “Curling” foi distinguido com o Leopardo para o Melhor Actor, enquanto Jasna Duricic, recebeu o Leopardo para a Melhor Actriz pelo seu desempenho em “Beli Beli Svet” de Oleg Novkovic, uma co-produção servo-germano-sueca. O Leopardo para o Cineasta do Presente, Prémio da Fundação George, foi para a realizadora francesa Emmanuelle Demoris, pelo filme “Paraboles”. O Prémio Especial do Júri nesta categoria foi para Verena Parável e JP Sniadecki realizadores da co-produção franco-norte-americana, “Foreign Parts”. Esta dupla de realizadores recebe ainda o Leopardo para a Melhor Obra-Prima. Nesta categoria Kitao Sakurai é distinguido com uma Menção Especial, pelo filme “Aardvark”, uma co-produção norte-americano-argentina. O júri do Leopardo para a melhor Obra-Prima foi constituído pelo programador do festival, o crítico e realizador britânico Tony Rayns, o jornalista português Francisco Ferreira, e o crítico helvético de cinema Christian Jungen. Adam Traynor, por “Ivory Tower”, uma co-produção canadiano-francesa recebe uma Menção Especial do júri. Nesta categoria o júri foi constituído pela actriz italiana Anita Caprioli, a realizadora alemã Maren Ade, o realizador belga Joachim Lafosse, tendo sido presidido pelo crítico argentino Eduardo ‘Quintin’ Antin.
REFERÊNCIAS:
Prisioneiros chineses obrigados a jogar online constantemente
Um ex-prisioneiro num campo de trabalho e correcção chinês, Liu Dali, narrou ao “The Guardian” como os guardas o obrigavam a trabalhos manuais forçados durante o dia e a jogar jogos online durante a noite. O dinheiro virtual que era conquistado durante estas sessões era depois trocado por dinheiro real. (...)

Prisioneiros chineses obrigados a jogar online constantemente
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 10 | Sentimento -0.10
DATA: 2011-05-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um ex-prisioneiro num campo de trabalho e correcção chinês, Liu Dali, narrou ao “The Guardian” como os guardas o obrigavam a trabalhos manuais forçados durante o dia e a jogar jogos online durante a noite. O dinheiro virtual que era conquistado durante estas sessões era depois trocado por dinheiro real.
TEXTO: No campo os computadores nunca estavam desligados. Os prisioneiros estavam constantemente a jogar jogos como o “The World of Warcraft”. A prática de conquista de créditos e de valores virtual online, conhecida por “gold farming” [qualquer coisa como “agricultura de ouro”], é muito comum na China, onde se estima que 100 mil pessoas se dediquem a esta actividade em todo o país. Liu Dali, de 54 anos, esteve detido durante três anos no campo de trabalho Jixi, na província de Heilongjiang. “Os chefes da prisão faziam mais dinheiro forçando os prisioneiros a jogar. Havia 300 prisioneiros forçados a jogar jogos. Trabalhávamos em turnos de 12 horas. Ouvi-os dizer que poderiam ganhar entre 542 e 657 euros por dia. Nunca vimos este dinheiro”. Durante o dia Liu Dali era obrigado a tarefas manuais e durante a noite tinha de se sentar diante de um computador e jogar até que mal conseguisse ver o ecrã, narrou o ex-prisioneiro ao jornal britânico. Se não conseguisse passar os níveis e arrecadar créditos, os guardas batiam-lhe com canos de plástico. Milhões de pessoas em todo o mundo estão dispostas a pagar por créditos conseguidos por outros para poderem avançar nos seus próprios jogos sem terem o trabalho de estarem constantemente a jogar. Esta actividade tem-se revelado de difícil regulação na China, o que origina situações de exploração como esta que agora veio a público. De acordo com números avançados pelo Centro de Internet da China, cerca de 1, 2 mil milhões de libras de moedas virtuais foram trocadas na China em 2008 e o número de jogadores que ganham créditos e os trocam por dinheiro real tem vindo a aumentar. Estima-se que 80 por cento de todos os gold farmers vivam na China. Em 2009, o governo central emitiu uma directiva definindo como é que as moedas ficcionais poderiam ser negociadas, tornando a prática ilegal a todos os que não têm licença, mas Liu Dali indicou ao “The Guardian” que nos campos de trabalho e correcção esta prática continua a ser generalizada. Um especialista norte-americano que tem estudado o fenómeno, Jin Ge, da Universidade da Califórnia, disse ao jornal britânico que a China é uma “fábrica de bens virtuais”, onde há empregados a trabalhar 12 horas por dia e, apesar de tudo, mais bem pagos que os trabalhadores das fábricas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo prisão ilegal