Facebook diz que errou ao apagar página com foto de beijo gay
Fotografia partilhada por uma mulher italiana levou a denúncias à rede social, que bloqueou a página onde esta foi publicada (...)

Facebook diz que errou ao apagar página com foto de beijo gay
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 13 | Sentimento -0.04
DATA: 2014-05-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Fotografia partilhada por uma mulher italiana levou a denúncias à rede social, que bloqueou a página onde esta foi publicada
TEXTO: “Aconteceu um erro”, afirmou o Facebook ao explicar o bloqueio da página na rede social de Carlotta Trevisan, uma italiana de 28 anos, que ficou sem conta depois de ter publicado uma fotografia com o beijo de duas mulheres para assinalar o Dia Internacional contra a Homofobia e Transfobia. Da mesma forma que a fotografia que Carlotta recebeu críticas pouco após a publicação e acabou denunciada ao Facebook, a rede social terá recebido reclamações de utilizadores contra a sua decisão. Num curto comunicado divulgado esta quarta-feira, a empresa de Mark Zuckerberg explica que “ocasionalmente” comete erros. “[…] Cometemos um erro e bloqueámos um conteúdo que não deveríamos. Compreendemos como as pessoas podem ficar frustradas com isso quando, como neste caso, acontece um erro”. Carlotta Trevisan contou ao La Stampa que a fotografia recebeu vários comentários positivos mas que surgiram outros a criticar a imagem do beijo gay que partilhou. Após a publicação terão sido feitas denúncias ao Facebook, que informou a italiana que a fotografia violava as regras da rede social sobre “nudez e pornografia”. Foi-lhe ainda pedido que retirasse a fotografia da página, o que Carlotta não fez. O perfil acabou por ser cancelado. Questionada sobre se estaria disposta a criar um outro perfil na rede social, Carlotta respondeu que sempre quis recuperar a página que criou. Há pelo menos dois dias que a página da italiana está de novo activa. A sua foto de perfil é agora a imagem inicialmente censurada.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social mulheres gay homofobia
Bispos anglicanos gays só se forem celibatários
Arcebispo de Cantuária diz em entrevista que há padrões que, por tradição, o clero deve respeitar. (...)

Bispos anglicanos gays só se forem celibatários
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 13 | Sentimento 0.208
DATA: 2010-09-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Arcebispo de Cantuária diz em entrevista que há padrões que, por tradição, o clero deve respeitar.
TEXTO: O arcebispo de Cantuária disse ontem que não se opõe a que homossexuais sejam nomeados bispos da Igreja de Inglaterra, desde que se mantenham celibatários - uma afirmação que ameaça dividir ainda mais a comunhão anglicana sobre a ordenação de gays. "Para ser muito claro, não tenho qualquer problema que um gay seja bispo. Tem apenas a ver com o facto de que, tradicional e historicamente, há padrões que se espera que o clero respeite", disse Rowan Williams ao jornal Times. Na entrevista, onde abordou mais explicitamente do que nunca o tema, o arcebispo admitiu que um dos períodos mais difíceis do seu mandato ocorreu em 2003 quando, após intensa polémica, bloqueou a nomeação de Jeffrey John, um reverendo que mantinha uma relação homossexual. Williams admitiu que as divergências sobre o tema têm sido "uma ferida" no seu mandato, mas explicou que se sentiu sempre obrigado a alinhar com o sector mais conservador porque a aceitação incondicional da ordenação de homossexuais "tem ainda um custo demasiado grande para o conjunto da Igreja anglicana". As declarações do arcebispo foram de imediato condenadas pelos defensores dos direitos dos homossexuais, que o acusam de discriminação, por exigir aos gays o celibato que não é obrigatório para os heterossexuais. "Para ele, a unidade da Igreja é mais importante do que o respeito pelos direitos humanos de gays e lésbicas. " Mas a entrevista promete também indignar os mais conservadores, que acusam Williams de ignorar a doutrina da Igreja ao aceitar a ordenação de homossexuais. Este é um dos temas que mais dividem os anglicanos em todo o mundo - uma comunhão que integra mais de 80 milhões de pessoas em 160 países. Desde 2003, várias congregações mais conservadoras anunciaram a sua cisão, depois de a Igreja Episcopal, o ramo da comunhão nos EUA, ter nomeado dois bispos homossexuais. No ano passado, o Vaticano contribuiu para a polémica ao pôr em prática medidas destinadas a acolher na Igreja Católica os anglicanos mais tradicionalistas, descontentes com a ordenação de mulheres ou de homossexuais.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Crianças e sexualidade: "Vamos esfregar a barriga um no outro?"
Chegou a hora de ir dormir após um dia de campo passado entre amigos, com pais e filhos. Os irmãos Duarte, oito anos, e José, cinco anos, convidaram o amigo Filipe, colega de escola de Duarte para ficar a dormir lá em casa. A mãe, Teresa, volta de novo ao quarto dos rapazes levada pela algazarra, excitação e risos que se ouviam no andar de baixo. Entra no quarto e vê o filho mais novo todo nu, aos saltos em cima da cama, perante o riso incontrolável dos mais velhos:José: “Olhem para a minha pila! Parece um boomerang!”Duarte: “Isso era o que tu querias!! Parece é uma minhoca bébé!”Teresa: “Meninos! José, veste-te ... (etc.)

Crianças e sexualidade: "Vamos esfregar a barriga um no outro?"
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 13 | Sentimento -0.25
DATA: 2015-04-30 | Jornal Público
TEXTO: Chegou a hora de ir dormir após um dia de campo passado entre amigos, com pais e filhos. Os irmãos Duarte, oito anos, e José, cinco anos, convidaram o amigo Filipe, colega de escola de Duarte para ficar a dormir lá em casa. A mãe, Teresa, volta de novo ao quarto dos rapazes levada pela algazarra, excitação e risos que se ouviam no andar de baixo. Entra no quarto e vê o filho mais novo todo nu, aos saltos em cima da cama, perante o riso incontrolável dos mais velhos:José: “Olhem para a minha pila! Parece um boomerang!”Duarte: “Isso era o que tu querias!! Parece é uma minhoca bébé!”Teresa: “Meninos! José, veste-te imediatamente! Não quero aqui meninos nus! Que disparate é este?! É a segunda vez que subo as escadas! Não vos volto a avisar! Da próxima vez se não estiverem deitados e sossegados vai cada um para o seu quarto!”Passados 20 minutos perante o silêncio, Teresa volta a subir as escadas e ouve:Duarte: “Vamos esfregar a barriga um no outro?”Filipe: “Eu não sou gay!”José: “Sim, isso é de gay! Eu prefiro brincar aos médicos!”Filipe: “Deixem-me dormir! A vossa mãe ainda aparece!”José: “E qual é o mal?!”Teresa permanece imóvel, com as costas coladas à parede, sem saber o que pensar ou como reagir. Muitos, enquanto pais, vivemos situações como a que Teresa experienciou naquele momento. As questões ligadas à manifestação da sexualidade dos filhos deixam frequentemente os pais sem capacidade de reacção imediata, e com perguntas que permanecem dentro da cabeça: Isto é normal? Devo preocupar-me? Terei de estar mais alerta para evitar certos comportamentos? Devo repreender? Castigar? Ignorar? Como é que se fala sobre isto?!Nas questões mais tradicionais de testar o limite ou a autoridade por parte dos filhos, os pais têm quase sempre esclarecido dentro de si uma forma de atuar mais ou menos clara e mais ou menos imediata. As questões sobre a sexualidade dos filhos invadem os pais de dúvidas e sentimentos de impotência face à melhor atitude a adotar, fazendo-os também reavivar a sua própria sexualidade. É importante ter presente que as manifestações de caráter sexual nestas idades têm que ser olhadas e enquadradas na etapa de desenvolvimento de cada criança, e nunca serem interpretadas à luz da forma como os adultos vivem e sentem a sexualidade. Até aos três anos a criança está mais centrada na exploração do seu próprio corpo. A partir desta idade e até por volta dos seis anos, além de manter comportamentos dirigidos a si própria que lhe despertam sensações corporais prazerosas (por exemplo, a masturbação), passam também a ter uma curiosidade inofensiva pela exploração das diferenças do corpo do outro. É uma fase em que dirigem muitas perguntas aos pais: “Porque é que os rapazes têm pilinha e as meninas têm pipi?”; “Porque é que os rapazes fazem chichi de pé e as meninas sentadas?”, “Porque é que a minha pilinha fica dura e mais comprida?”, “Como é que os adultos fazem os bébés?” É um tempo em que procuram respostas às suas dúvidas sobre a genitalidade, papéis de género, diferenças anatómicas, origem dos bebés, etc. Brincar aos médicos é frequentemente uma das brincadeiras de eleição, mais uma vez como forma de viver experiências gratificantes e que permitam aumentar o conhecimento sobre o seu corpo e o do outro. A partir dos seis/sete anos até aos 11, com a entrada na escolaridade e num mundo onde a realidade passa a ter cada vez mais lugar, há uma maior reserva na partilha destas experiências, sobretudo com os pais. Aumenta a distância relativamente ao sexo oposto e as brincadeiras, mesmo as mais dirigidas para a exploração da sexualidade, acontecem frequentemente com amigos do mesmo sexo. Há, regra geral, uma acalmia destas experiências pelo dirigir da energia para as actividades escolares, sociais, desportivas e com novos interesses. No entanto, importa ter presente que o desenvolvimento varia muito de criança para criança, nomeadamente em termos de maturidade, pelo que alguns dos comportamentos mais característicos de fases anteriores podem manter-se ou apenas ocorrer mais tardiamente. Os pais devem ter presente que nestas idades não estamos a falar de comportamentos ou trocas que envolvam atração sexual, malícia ou tenham qualquer conotação erótica. Por outro lado, é importante que estejam atentos à frequência e intensidade que a criança revela nos seus comportamentos: uma criança que intensifique, por exemplo, os comportamentos masturbatórios poderá estar a fazê-lo como forma de se acalmar ou por exposição a estímulos de caráter sexual para os quais não estava preparada (por exemplo, imagens telivisivas).
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave escola campo filho criança sexo género sexual corpo sexualidade gay
Panda Biggs cortou beijo homossexual na série infanto-juvenil Sailor Moon
Os cortes, que se alargaram às cenas em que se fala da identidade de género, motivaram queixa da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Entidade Reguladora da Comunicação Social decidiu arquivar o processo. (...)

Panda Biggs cortou beijo homossexual na série infanto-juvenil Sailor Moon
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 14 Homossexuais Pontuação: 13 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-06-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os cortes, que se alargaram às cenas em que se fala da identidade de género, motivaram queixa da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. Entidade Reguladora da Comunicação Social decidiu arquivar o processo.
TEXTO: Há muito que a natureza da relação entre duas personagens numa série de animação infanto-juvenil alimentava discussões acesas nos fóruns da Internet: Haruka e Michiru, da série Sailor Moon Crystal, não são primas, como foram apresentadas nalgumas das versões internacionais da série japonesa, mas namoradas. E, apesar de se vestir como um rapaz, Haruka é, afinal, uma rapariga apaixonada por desporto e corridas de automóveis. Mas a sua aparência andrógina e a relação homossexual que mantém com Haruka são aparentemente de “apreensão complexa” para as crianças dos oito aos 14 anos a que a série se destina, pelo que o canal Panda Biggs decidiu cortar as cenas que abordavam as temáticas da homossexualidade e transgénero. A decisão motivou várias queixas à Entidade Reguladora Para a Comunicação Social (ERC), uma das quais apresentada pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), o organismo responsável pela promoção e defesa desses princípios. A ERC entendeu, porém, que não resulta do corte dessas cenas qualquer apelo à discriminação em razão da orientação sexual, pelo que determinou o arquivamento do processo. Na decisão publicada esta sexta-feira, a ERC refere-se a quatro participações contra o Panda Biggs relacionadas com a transmissão da série de animação japonesa Sailor Moon Crystal 3, além da queixa apresentada pela própria CIG. Todas aludiam aos cortes da cena em que as duas personagens femininas se beijavam, bem como de todas as demais cenas em que se aflorava a questão da identidade de género de uma das personagens, Haruka, uma rapariga com gostos, comportamento e aparência geralmente associados ao género masculino. No entender dos queixosos, tais cortes reforçam a “invisibilidade de expressões afectivas não-normativas”. E a alegação de que se tratou de um acto discriminatório com base na orientação sexual assentou na constatação de que as cenas de assédio sexual, em que uma personagem masculina força o beijo de uma rapariga, foram transmitidas “sem qualquer pudor sobre o público-alvo”. Decisões destas traduzem-se na “desvalorização social destas pessoas [não normativas], colocando-as numa situação de fragilidade e marginalidade social”, alegam os queixosos, um dos quais sustenta que o corte da cena em que uma personagem revela que é andrógina configura uma “discriminação de género” que vai contra o artigo 13. º da Constituição. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. À ERC, o Panda Biggs alegou que tais cenas eram desadequadas ao público-alvo e ao perfil do canal e que a sua retransmissão poderia “não ter o melhor acolhimento”. "Tratou-se tão-somente de uma apreciação de natureza editorial que nada tem a ver com censura”, alegou o canal, reivindicando o direito à liberdade editorial. A ERC reconhece que os artigos 37. º e 38. º da Constituição consagram tal liberdade e sustenta que não resulta de tais cortes qualquer incitamento ao ódio gerado pelo sexo e pela orientação sexual mas um silenciamento das temáticas homossexuais e transgénero de um programa infantil tidas como desadequadas ao público jovem. “Tal preocupação até é legítima, dado que se está perante um assunto fracturante na sociedade portuguesa”, concede a ERC. “É forçoso reconhecer que as temáticas da homossexualidade e do transgénero ainda não são, no contexto social actual, inteiramente aceites por toda a sociedade portuguesa, originando controvérsia. Pode admitir-se até que sejam de uma apreensão mais complexa para as crianças", reforçou a ERC, para concluir: "Não se põe, por isso, em causa a liberdade editorial do serviço de programas Panda Biggs, que tem a liberdade de escolher os programas que transmite. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave social sexo igualdade género sexual homossexual rapariga assédio discriminação infantil
Vitória do casamento gay na Irlanda é “derrota da humanidade”, diz Vaticano
Declaração foi proferida pelo número dois da hierarquia da Igreja Católica e contrasta com posição de certa abertura manifestada há algum tempo pelo Papa. (...)

Vitória do casamento gay na Irlanda é “derrota da humanidade”, diz Vaticano
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 13 | Sentimento 0.416
DATA: 2015-05-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Declaração foi proferida pelo número dois da hierarquia da Igreja Católica e contrasta com posição de certa abertura manifestada há algum tempo pelo Papa.
TEXTO: A vitória do “sim” no referendo sobre a legalização do casamento homossexual na Irlanda é vista pelo Vaticano como “uma derrota para a humanidade”. A reacção veio na terça-feira à noite, através da segunda figura na hierarquia da Igreja Católica. O secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, falava numa conferência de imprensa do resultado do referendo irlandês, que o deixou “profundamente triste”. “A Igreja deve ter em conta esta realidade, mas no sentido de que deve reforçar o seu compromisso com a evangelização. Acho que não se pode falar apenas de uma derrota dos princípios cristãos, mas de uma derrota para a humanidade”, disse o responsável em declarações à Rádio Vaticano, citadas pela Reuters. As palavras de Parolin surgem poucos dias depois da vitória do “sim” por larga maioria no referendo que questionava os irlandeses sobre a legalização do casamento homossexual. A Irlanda tornou-se, desta forma, o primeiro país no mundo a levar a questão às urnas em consulta popular. O consenso em torno do “sim” reuniu praticamente toda a classe política, económica e cultural da Irlanda, apenas com a oposição da Igreja Católica – uma instituição que outrora exercia grande influência num dos países mais conservadores da Europa, mas que nas últimas décadas tem perdido apoio. O “sim” ao casamento homossexual venceu em quase todos os círculos eleitorais e alcançou 62, 3% dos votos, contra 37% do “não”. A posição de Parolin contrasta com a primeira reacção da Igreja irlandesa. Logo após serem conhecidos os resultados, o arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, admitiu que a “Igreja precisa de encarar a realidade”. O comentário da segunda figura do Vaticano parece também ir em sentido contrário às declarações do Papa Francisco sobre a homossexualidade, que alimentou esperanças de uma viragem na doutrina católica sobre o assunto quando apenas disse “quem sou eu para julgar?”. Porém, desde então não houve qualquer sinal efectivo de que a Igreja esteja a ponderar desviar-se da sua forte condenação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Recentemente, o Vaticano não se pronunciou sobre a nomeação de Laurent Stefanini, um diplomata homossexual e católico praticante, como embaixador francês na Santa Sé, um silêncio visto como uma forma subtil de rejeitar a escolha. Parolin foi nomeado em 2013 para substituir o polémico cardeal Tarcisio Bertone, que se viu envolvido no escândalo dos Vatican leaks, que expôs esquemas de corrupção na Igreja Católica. Desde então, Parolin, que chegou a chefiar a diplomacia da Santa Sé, tem assumido um papel de relevo em dossiers como o processo de reaproximação entre os EUA e Cuba e tem-se pronunciado sobre questões como o aquecimento global ou as desigualdades sociais.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Bloco lança campanha para assinalar “conquista enorme” da adopção por casais gay
O BE sabe que um dos cartazes, com a imagem de Jesus Cristo, poderá motivar polémica. Mas considera-a “bem-vinda”, porque leva as pessoas a discutirem o tema. (...)

Bloco lança campanha para assinalar “conquista enorme” da adopção por casais gay
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 13 | Sentimento 0.408
DATA: 2016-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: O BE sabe que um dos cartazes, com a imagem de Jesus Cristo, poderá motivar polémica. Mas considera-a “bem-vinda”, porque leva as pessoas a discutirem o tema.
TEXTO: Neste sábado, o Bloco de Esquerda já deverá ter espalhado pelas ruas do país um cartaz com a imagem de Jesus Cristo no qual se lê “Jesus também tinha dois pais”. Com um fundo cor-de-rosa e verde, pretende assinalar uma data: 10 de Fevereiro de 2016, o dia em que, recorda também o cartaz, o “Parlamento termina discriminação na lei da adopção”. O cartaz é apenas uma das peças de uma campanha do Bloco que inclui ainda um outdoor, no qual se lê a palavra Igualdade, acompanhada de desenhos que representam diferentes tipos de famílias. Para além disso, haverá ainda autocolantes e está prevista uma sessão pública para discutir o tema. Os bloquistas pretendem convidar pessoas de organizações e de associações, entre outros participantes, que, de alguma forma, estejam ligados à causa. Em breve anunciarão a data e os oradores desta sessão. A ideia do cartaz com a imagem de Jesus Cristo não pretende ofender nem a Igreja nem a religião, garante a deputada do BE Sandra Cunha. É apenas, diz, uma forma de “mostrar às pessoas” que “sempre existiram famílias diferentes” e que essa não é uma realidade “nova nem recente”. Os dois pais a que se refere o cartaz são, especifica a deputada, “o pai espiritual e o pai terreno” de Jesus Cristo. Sandra Cunha sabe que “provavelmente” o cartaz vai gerar polémica, mas considera-a “bem-vinda”, porque faz com que as pessoas discutam o tema, defende. O objectivo geral da campanha é assinalar o dia em que o Parlamento voltou a confirmar o diploma que legaliza a adopção por casais do mesmo sexo. A adopção por casais gay já tinha sido aprovada antes na Assembleia da República, mas depois foi vetada pelo Presidente da República. Regressou, então, ao Parlamento, onde a 10 de Fevereiro, a maioria dos deputados reconfirma o sentido da sua votação. Cavaco foi, assim, obrigado a promulgar o diploma. “A campanha marca esta conquista enorme do fim da discriminação na lei contra famílias e crianças por causa da orientação sexual das pessoas. É uma conquista histórica da sociedade portuguesa. Mas consideramos que, apesar de esta conquista na lei ter sido o culminar de uma série de reivindicações, importa ainda continuar esta batalha na sociedade: mudar mentalidades, destruir preconceitos, chamar a atenção para estas questões”, explica Sandra Cunha, para quem ainda é preciso fazer “corresponder o fim da discriminação na lei” às mentalidades e à sociedade. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Para a deputada, ainda há também “bastante a fazer” a nível legislativo no que respeita à identidade de género. Por isso, nota, o Bloco está a trabalhar em projectos precisamente com o objectivo de “pôr fim à discriminação com base na identidade de género”. Na votação que confirmou os diplomas, a adopção por casais do mesmo sexo contou com uma maioria de 137 deputados a favor, sobretudo da esquerda parlamentar, 19 deputados do PSD (entre eles Paula Teixeira da Cruz e Teresa Leal Coelho) e o deputado do PAN, André Silva.
REFERÊNCIAS:
Rodrigues dos Santos: “Não sabia que Quintanilha era homossexual nem me interessa”
Numa peça no Telejornal sobre os novos deputados na AR, o jornalista da RTP disse "por engano" que Alexandre Quintanilha "foi eleito, ou eleita, pelo PS" e as reacções não se fizeram esperar. O deputado não aceita as explicações, António Costa dirigiu um protesto à RTP e a ERC abriu um processo. (...)

Rodrigues dos Santos: “Não sabia que Quintanilha era homossexual nem me interessa”
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 13 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-10-09 | Jornal Público
SUMÁRIO: Numa peça no Telejornal sobre os novos deputados na AR, o jornalista da RTP disse "por engano" que Alexandre Quintanilha "foi eleito, ou eleita, pelo PS" e as reacções não se fizeram esperar. O deputado não aceita as explicações, António Costa dirigiu um protesto à RTP e a ERC abriu um processo.
TEXTO: O jornalista da RTP José Rodrigues dos Santos negou nesta quinta-feira ao PÚBLICO ter-se referido ao novo deputado socialista Alexandre Quintanilha em termos que a ILGA considerou serem humilhantes “em função da sua orientação sexual”. Em causa está um trecho — que a Direcção de Informação da RTP classificou como um “lamentável equívoco” — durante o lançamento de uma peça no Telejornal de quarta-feira. Rodrigues dos Santos mencionava a eleição do deputado mais velho da nova legislatura, dizendo que este “foi eleito, ou eleita, pelo PS”. Tratava-se de Alexandre Quintanilha, de 70 anos. O cientista é assumidamente homossexual, sendo casado com o escritor norte-americano Richard Zimler. Esta quinta-feira de manhã, as redes sociais incendiaram-se com a história, tendo o jornalista da RTP sido acusado de ter feito uma piada homofóbica. Entre os críticos, várias figuras públicas e jornalistas. A ILGA-Portugal emitiu um comunicado a considerar “evidente a intenção do apresentador de humilhar Alexandre Quintanilha em função da sua orientação sexual, recorrendo de resto ao género como forma de humilhação” — uma “indignidade […] chocante e absolutamente inadmissível”. PS protesta e ERC abre processoJá esta tarde, o secretário-geral do PS, António Costa, dirigiu um protesto formal à RTP pelo que qualifica como o “comportamento inaceitável do pivô”, exigindo um pedido de desculpas do jornalista ao deputado eleito. Também o conselho regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) anunciou que “decidiu abrir um processo contra a RTP”. Em comunicado, a ERC refere que o processo contra a estação pública resulta da “notícia do Telejornal de ontem [quarta-feira] sobre os novos deputados”, explicado que a abertura do mesmo “deve-se a indícios de violação de direitos fundamentais dos cidadãos”. A explicação de Rodrigues dos SantosO PÚBLICO falou com José Rodrigues dos Santos, que negou ter proferido qualquer tipo de insulto, justificando as palavras em causa com um erro cometido a tentar corrigir o que julgou ser outro erro. A explicação do jornalista é complexa, mas a sua reprodução é fundamental para o esclarecimento dos factos. Rodrigues dos Santos afirma que não sabia que Alexandre Quintanilha era a figura retratada na peça enquanto deputado mais velho do Parlamento. “É muito raro ver as reportagens antes de irem para o ar”, justifica. O jornalista diz ter sido induzido em erro por uma referência textual relativa a uma “pensionista” e pensou que se tratava de uma única pessoa. Esta referência textual surgia no pivô (neste caso, o termo refere-se ao texto de apresentação de uma peça televisiva, e não à figura que conduz o telejornal), que foi escrito por outro jornalista. ”O Parlamento tem novas caras: o deputado mais velho que tem 70 anos, a pensionista…”, recorda Rodrigues dos Santos. A dita pensionista era Domicília Costa, eleita pelo Bloco de Esquerda. O Telejornal de 07. 10. 15 na íntegra: a polémica frase é dita ao minuto 44:55“Pensei que se tratava de um erro de concordância e presumi que o erro estava na segunda frase”, disse ao PÚBLICO. “Pensei numa fracção de segundo ‘epá, vou ofender a deputada!’, recorda, justificando assim o “eleito, ou eleita”. Esta versão é confirmada pela Direcção de Informação da RTP, que, em comunicado, defende o jornalista: “Os erros são sempre de evitar mas, como qualquer pessoa que trabalha no jornalismo ou em qualquer outra profissão sabe, por vezes acontecem. ”O jornalista critica o julgamento nas redes sociais, dizendo que se “montou um número” e criticando colegas de profissão que acusam o pivô de homofobia. “A inveja é um fenómeno universal”, disse ao PÚBLICO, acusando outros jornalistas de esquecerem “uma regra básica da profissão: ouvir os dois lados”. “Não sabia que Quintanilha era homossexual nem me interessa”, disse. “Eu não quero saber da orientação sexual nem do partido político de ninguém. Para mim não é relevante”, acrescentou. Quintanilha tem 'imensa dificuldade' em acreditarO jornalista disse que já tentou falar pessoalmente com Quintanilha para explicar o sucedido e apresentar desculpas, mas que tal ainda não foi possível pelo facto de o cientista ser uma pessoa “difícil de apanhar” ao telefone. Ao PÚBLICO, no entanto, o deputado disse ter "imensa dificuldade em acreditar que tenha sido um equívoco". "Se foi um equívoco acho que foi muito infeliz e grave. O telejornal foi visto por milhares de pessoas que ficaram muito surpreendidas, para não dizer chocadas, com o que viram e ouviram e que me transmitiram a sua perplexidade", disse. "Considero que é um insulto a um deputado que foi eleito para a Assembleia da República e por isso espero que todos os partidos políticos se pronunciem sobre este episódio. Sei que o Secretário Geral do Partido Socialista já se pronunciou. O pedido de desculpas deverá ser à AR, ao Partido Socialista, aos eleitores que votaram no PS porque confiam em mim e a todos os viram o Telejornal", afirmou.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
Polícia tchetchena deteve mais de 100 homossexuais
Jornal russo diz ter provas de que pelo menos três homens foram mortos em "limpeza profilática" naquela república russa. Autoridades locais desmentem: "Na Tchetchénia não há esse tipo de pessoas, e se houvesse as famílias iriam enviá-los para um lugar de onde não pudessem regressar". (...)

Polícia tchetchena deteve mais de 100 homossexuais
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 13 | Sentimento 0.5
DATA: 2017-04-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: Jornal russo diz ter provas de que pelo menos três homens foram mortos em "limpeza profilática" naquela república russa. Autoridades locais desmentem: "Na Tchetchénia não há esse tipo de pessoas, e se houvesse as famílias iriam enviá-los para um lugar de onde não pudessem regressar".
TEXTO: As autoridades da república da Tchetchénia lançaram uma campanha anti-gay que já levou à detenção de dúzias de homens suspeitos de homossexualidade, de acordo com o jornal russo Novaya Gazeta e activistas dos direitos humanos citados pelo The Guardian. A notícia da publicação russa, assinada por um autor considerado uma autoridade tchetchena, dá conta de que mais de uma centena de pessoas foram detidas nesta “limpeza profiláctica”, entre os quais conhecidas personalidades da televisão local e figuras religiosas. O artigo acrescenta ainda que três pessoas foram mortas e sugere que outras estão retidas pelas suas próprias famílias, com a expectativa de que estas cometam um crime de honra. Alvi Karimov, porta-voz do líder tchetcheno Ramzan Kadirov, descreve a notícia como “absoluta mentira e desinformação”, baseando o seu desmentido com a afirmação de que não há homossexuais na Tchetchénia. “Não se pode deter e perseguir pessoas que simplesmente não existem na república”, afirmou à agência Interfax. “Se houvesse esse tipo de pessoas na Tchetchénia, os órgãos judiciais não tinham que fazer nada porque as suas próprias famílias os enviaria para algum lugar de onde não pudessem regressar”, acrescentou. Por outro lado, um porta-voz do ministro do interior da região afirmou ao jornal russo RBC que a notícia era “uma piada do dia das mentiras”. Em qualquer caso, Ekaterina Sokirianskaia, directora do projecto russo para o Grupo de Crise Internacional afirmou ao Guardian que tem recebido informações preocupantes sobre esta matéria de diferentes fontes nos últimos dez dias. “Ouvi falar de acontecimentos destes em Grozni [a capital tchetchena], fora de Grozni, e entre pessoas de diferentes idades e profissões”, afirmou. A extrema sensibilidade em torno do assunto-tabu faz com que muita da informação chegue em segunda ou terceira mão, e ainda não há casos comprováveis em absoluto, acrescenta. “É quase impossível ter informação das vítimas ou das suas famílias, mas o número de sinais que tenho recebido de diferentes pessoas faz com que se torne difícil não acreditar que as detenções e a violência têm de facto acontecido”, diz. Uma organização LGBT de S. Petersburgo criou uma linha anónima para gays tchetchenos para tentar ajudar com a sua saída da república. Após anos de ameças e repressão, praticamente não há jornalistas independentes ou activistas de direitos humanos a trabalhar na região, e aqueles que o fazem negam a notícia da Novaya Gazeta. “Eu não tive um único pedido sobre este assunto, mas se tivesse nem o consideraria”, disse Kheda Saratova, uma activista tchetchena que faz parte do conselho de direitos humanos de Kadyrov. “Na nossa sociedade, qualquer pessoa que respeite as nossas tradições e cultura tentará caçar esse tipo de pessoa sem qualquer ajuda das autoridades, e fazer tudo para ter a certeza que esse tipo de pessoa não exista na nossa sociedade”, acrescentou. A Tchetchénia é formalmente parte da Rússia, mas funciona como um estado semi-independente no qual a palavra do presidente Ramzan Kadirov muitas vezes vale mais do que a lei russa. Ele tem tentado reconstruir a república com o dinheiro de Moscovo, depois de duas guerras devastadoras. Kadirov tem sancionado diversas vezes a poligamia, o uso obrigatório do véu islâmico em locais públicos e o castigo colectivo para familiares dos envolvidos em islamismo clandestino. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. A sociedade tchetchena é estritamente conservadora, o que significa que, ao contrário de outros casos em que familiares ou activistas de direitos podem pressionar as autoridades quando um parente homossexual desaparece, considera-se que estes suspeitos são rejeitados pelas próprias famílias. Os locais dizem que, se uma família fica conhecida por ter um membro gay, os parentes vão ter dificuldade em casar devido à “vergonha”. Na Rússia, há sentimentos mistos perante a homossexualidade. Apesar de haver uma lei que bane a propaganda da homossexualidade entre menores nos livros, em Moscovo e nas grandes cidades há uma crescente questão gay, ainda que permaneça subterrânea. Na Tchetchénia e noutras repúblicas islâmicas do Cáucaso Norte, não há discussão sobre o assunto, e muitos homens não falam da sua orientação nem aos amigos mais chegados.
REFERÊNCIAS:
Religiões Islamismo
BE garante que homossexuais continuam a ser impedidos de doar sangue
Instituto do Sangue rejeita discriminação mas diz que estudos mostram que o sexo entre homens constitui um factor de risco acrescido. (...)

BE garante que homossexuais continuam a ser impedidos de doar sangue
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 13 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: Instituto do Sangue rejeita discriminação mas diz que estudos mostram que o sexo entre homens constitui um factor de risco acrescido.
TEXTO: O Bloco de Esquerda (BE) garante que os homossexuais continuam a ser impedidos de doar sangue, com base num caso concreto que comunicou ao Ministério da Saúde e na resposta que recebeu deste. O presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Hélder Trindade, garante que não há discriminação, mas reconhece que a selecção dos dadores releva os estudos científicos que indicam que o sexo entre homens constitui um factor de risco acrescido na transmissão de infecções, o que fundamenta a recusa de uma doação. Aproveita para alertar para o baixo número das reservas de sangue nesta altura de férias e apela à população para fazer dádivas. O caso de um estudante de Medicina de 23 anos que costumava dar sangue duas vezes por ano, mas foi impedido de o fazer em Junho por ser homossexual, motivou um pedido de explicações do Bloco ao Ministério da Saúde na Assembleia da República. A resposta veio esta semana, mas não agradou ao Bloco de Esquerda. "O Governo em vez de dizer que vai averiguar e fiscalizar se está a haver discriminação, o que faz é argumentar em favor do que o Parlamento considerou que era discriminatório", defende o bloquista José Soeiro. E recorda que, em 2010, por iniciativa do BE, foi aprovada na Assembleia da República uma resolução que recomendava ao Governo "a adopção de medidas que visem combater a actual discriminação dos homossexuais e bissexuais nos serviços de recolha de sangue". Sexo desprotegidoO Ministério da Saúde escreve que após a recomendação foi retirada do questionário entregue aos candidatos a dador a pergunta: "Sendo homem, teve contacto sexual com outro homem?" Mesmo assim, sublinha que há entidades, uma europeia e outra norte-americana, que sugerem questões semelhantes e lembra que um grande número de países não permitem que os homossexuais dêem sangue. Evitando comentar o caso do estudante, o ministério garante: "Não foram, portanto, recusadas quaisquer dádivas devido à orientação sexual, mas sim ao risco acrescido de transmissão de infecções. " José Soeiro reconhece a existência dos estudos, mas sublinha que tal está associado à prática de sexo anal desprotegido, que aumenta o risco de contágio de infecções (por haver frequentemente pequenos ferimentos durante o acto), tanto quando é praticado por homossexuais como por heterossexuais. "Porque não se pergunta: "Fez sexo anal? Usou preservativo?"", sugere. "A ideia de que a homossexualidade em si mesmo é um comportamento de risco tem de ser combatida", sustenta o bloquista. Fernando Araújo, director do serviço de sangue no Hospital de São João, no Porto, diz que é "mais favorável a uma avaliação dos comportamentos de risco do que da orientação sexual". Recorda ainda que há estudos que mostram que a proibição de os homossexuais doarem sangue pode ter o efeito perverso de estes mentirem sobre as suas práticas sexuais. O presidente do IPST reconhece que a questão é controversa, mas insiste que "a missão do instituto é proteger a saúde de quem vai receber o sangue". Como quer que não restem dúvidas quanto a este assunto, Hélder Trindade pretende criar uma comissão, com peritos de várias áreas e associações de doentes, que acompanhem as novidades científicas sobre este tema e emitam directivas. "Estamos a debater os nomes que devem integrar a comissão e devemos enviar a proposta à tutela até Outubro", adianta. E aproveita para apelar às dádivas.
REFERÊNCIAS:
Partidos BE
Maryland e Maine aceitam casamento gay, Colorado aprova marijuana
Nesta terça-feira eleitoral, o Presidente Barack Obama ganhou um segundo mandato na Casa Branca para os democratas mas essa não foi a única decisão do dia. Em 38 estados, os eleitores foram chamados a pronunciar-se sobre outras matérias – e algumas delas foram decididas na linha do pensamento democrata, deixando no ar a pergunta: estará em curso uma viragem mais liberal nas questões sociais? (...)

Maryland e Maine aceitam casamento gay, Colorado aprova marijuana
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 13 | Sentimento 0.416
DATA: 2012-11-08 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20121108161726/http://www.publico.pt/1570378
SUMÁRIO: Nesta terça-feira eleitoral, o Presidente Barack Obama ganhou um segundo mandato na Casa Branca para os democratas mas essa não foi a única decisão do dia. Em 38 estados, os eleitores foram chamados a pronunciar-se sobre outras matérias – e algumas delas foram decididas na linha do pensamento democrata, deixando no ar a pergunta: estará em curso uma viragem mais liberal nas questões sociais?
TEXTO: No estado do Maryland, os eleitores aprovaram o casamento gay, aceite noutros estados. Porém, esta é a primeira decisão tomada pelo eleitorado, visto que os outros seis estados e o distrito federal de Columbia aceitaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas não por voto popular. O Maryland não deu este passo sozinho: os eleitores do Maine decidiram no mesmo sentido. No Colorado, passou uma proposta que autoriza o consumo de marijuana, que é aceite noutros estados para fins terapêuticos. Porém, no Colorado, a questão colocada aos votantes era se aceitavam o consumo deste psicotrópico para fins recreativos. E a resposta foi sim. No Massassuchets, o uso desta droga também foi aprovado, mas para fins medicinais, o que já é aceite em 17 estados norte-americanos. Na Califórnia foi rejeitado um referendo ao fim da ajuda do erário público ao aborto. Portanto, irá manter-se a situação actual, em que o Estado ajuda a pagar o aborto. As chamadas "ballot measures" abordaram assuntos muito diversos. A Califórnia e a Florida eram os dois estados com mais assuntos para decidir além da eleição do Presidente para os próximos quatro anos. No total, foram postas à votação 176 perguntas, que vão desde questões ligadas a seguros de saúde até à abolição da pena de morte.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aborto morte ajuda consumo sexo casamento gay