Sentir aqueles que nada têm a esconder
Em retrospectiva integral, o cinema documental do alemão Jan Soldat propõe um olhar singular sobre a intimidade da sexualidade (...)

Sentir aqueles que nada têm a esconder
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2015-05-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em retrospectiva integral, o cinema documental do alemão Jan Soldat propõe um olhar singular sobre a intimidade da sexualidade
TEXTO: “É o modo mais puro de contar histórias que já vi no cinema” - quem o diz é a programadora Pamela Cohn a propósito dos documentários do jovem cineasta alemão Jan Soldat. Que, na prática, seguem um esquema muito simples: mergulham o espectador, sem apelo nem agravo, em universos muito específicos, e deixam-no ali, a tentar fazer sentido do que se passa. É isso que Soldat quer: que os seus filmes levem os espectadores a “travar conhecimento” com os seus protagonistas. “Sem os julgar, de modo nem positivo nem negativo. Mantendo uma neutralidade, nem demasiado próxima nem demasiado longínqua. ” Como se fosse uma janela para o mundo deles, perguntamos-lhe? De Berlim, por chat escrito (“penso melhor a escrever do que a falar”, explica Soldat, 31 anos), a resposta não é imediata. “Janela parece-me um pouco distante de mais. . . Os filmes são muito mais uma espécie de relação, uma aprendizagem do outro, um contacto que vai além do puramente observacional”. Essa abertura ao outro é tanto mais importante quanto os temas escolhidos por Soldat parecem escolhidos a dedo para deixar alguns espectadores francamente desconfortáveis. A sexualidade BDSM (bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo), encenada em jogos eróticos mais ou menos intensos, é o centro da maioria dos filmes, mostrada com um olhar curioso e genuinamente interessado. Hotel Straussberg e Prison System 4614 exploram-nas no âmbito de um hotel-prisão que propõe viver fantasias sexuais durante curtos períodos de tempo; The Incomplete é o retrato de um contabilista cuja própria identidade se confunde com a sua necessidade de se afirmar como “escravo”; A Weekend in Germany e Law and Order filmam o quotidiano de um casal idoso, entre conversas banais e jogos eróticos. É por isso que Soldat coloca ênfase na necessidade de compreender sem julgar. “Parece-me mais importante sentir as pessoas, deixá-las mostrar o que elas querem dizer, do que procurar explicar um porquê. E é muito mais importante formar a sua própria opinião enquanto espectador do que seguir a minha. ”A recorrência no seu trabalho da sexualidade BDSM (maioritariamente homossexual) tem a ver com o que Soldat define como a “maior abertura” e honestidade que encontrou nessa “cena”. “Tudo isto pode parecer muito privado e íntimo, mas existem muitos tipos diferentes de intimidade e, para as pessoas que filmo, é muito fácil mostrar esta dimensão. Não têm nada a esconder. Têm vontade de ser filmadas, e têm as suas próprias motivações para se mostrarem assim. Sentem-se fortes nestes momentos, e gosto muito disso, porque tira da equação o desconforto ou a estranheza. Preciso de ser honesto com os meus protagonistas. Quero mostrá-los com todas as suas emoções, e tenho uma responsabilidade de os mostrar sem os julgar nem formar uma opinião. ”É também por isso que este trabalho documental é pensado primordialmente para as salas de cinema, não para ser visto online ou no pequeno écrã. “O cinema é de certo modo um local 'fechado'”, explica Soldat. “A internet ou a televisão são demasiado 'abertos', seria muito fácil qualquer um pegar numa imagem e tirá-la do seu contexto. Ora estes temas são de algum modo demasiado íntimos para esse tipo de tratamento, e não forçosamente devido à sensibilidade adulta; tem mais a ver com a responsabilidade que sinto para com eles enquanto cineasta. Mas o grande écrã pede também um outro estilo de filmagem, e se estivesse a trabalhar para a televisão não faria assim estes filmes”. Soldat é um excelente exemplo daquilo a que os directores do IndieLisboa, Nuno Sena e Miguel Valverde, chamam de “pensamento estratégico” do festival - “não marcar passo; não nos limitarmos a acompanhar o que se faz, mas tentar também antecipar”. O realizador alemão esteve ao longo dos últimos anos “na liça” para a competição principal de curtas-metragens, e “chegou quase sempre à fase final” antes de ser eliminado pela implacabilidade dos “numerus clausus”. Mas os filmes que Soldat enviou este ano revelavam a afinação do seu olhar singularíssimo e mereciam uma atenção particular – manifestada numa retrospectiva à sombra da nova secção Silvestre. Rodados entre 2010 e 2014, os doze filmes exibidos, com durações que vão, literalmente, do 0 (In/Out tem apenas um minuto) aos 60 (Prison System 4614, o mais longo, dura uma hora), compõem a primeira retrospectiva de sempre do trabalho documental de Soldat. O cineasta confessa-se “curioso, nervoso, orgulhoso e feliz”. À imagem dos seus protagonistas, que se sentem finalmente “vistos”, “orgulhosos de se verem num écrã de cinema a fazer aquilo de que gostam, sem serem apontados a dedo nem julgados. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave prisão espécie sexualidade homossexual
Os cineastas de Amy contarão a história dos Oasis em novo documentário
Supersonic, produzido por Asif Kapadia e James Gay Rees e realizado por Mat Whitecross, será estreado em Outubro e promete revelar muito material de arquivo inédito (...)

Os cineastas de Amy contarão a história dos Oasis em novo documentário
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.068
DATA: 2016-05-31 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20160531194747/http://publico.pt/1732215
SUMÁRIO: Supersonic, produzido por Asif Kapadia e James Gay Rees e realizado por Mat Whitecross, será estreado em Outubro e promete revelar muito material de arquivo inédito
TEXTO: Terá por título Supersonic, o mesmo de um dos singles emblemáticos do primeiro álbum da banda, Definitely Maybe (1994), e tem estreia marcada para Outubro, em Inglaterra. Os Oasis, os idolatrados e odiados Oasis, reis da bazófia muito pop e do rock muito brit, verão a sua vida contada em grande ecrã pela mesma equipa que criou Amy, o oscarizado documentário sobre essa outra instituição britânica, desaparecida aos 27 anos em 2011. Asif Kapadia, realizador de Amy, assume funções de produtor executivo, e James Gay Rees manterá a posição de produtor. Mat Whitecross (The Road To Guantanamo, Sex, Drugs & Rock’n’roll, documentário sobre Ian Dury) será o realizador. A equipa teve acesso a material de arquivo nunca antes revelado. Em Novembro, quando o projecto foi anunciado, os cineastas explicaram que Supersonic contará a história da banda, iniciada por “dois miúdos [Noel e Liam Gallagher] que partilhavam um quarto enquanto cresciam”, até à subida aos palcos e a ascensão meteórica dos Oasis no cenário rock britânico – sem esquecer, claro, as muito públicas desavenças entre os dois irmãos. O título do documentário foi revelado em Cannes, onde Supersonic foi exibido discretamente. À saída da sessão, Liam Gallagher comparou a vida nos Oasis à condução de um bólide de alta cilindrada. “Os Oasis foram definitivamente como conduzir um Ferrarri. Muito atractivo à vista e uma maravilha de conduzir, mas a derrapar fora do nosso controlo, de vez em quando, se o acelerássemos demasiado. Adorei cada minuto. "Os Oasis, a par dos Blur a banda definidora do chamado brit pop, morreram como viveram, em tumulto. Em Agosto de 2009, os dois irmãos engalfinharam-se uma vez mais nos camarins antes de um concerto, mas daquela vez, cancelada uma actuação em Paris minutos antes do horário previsto para o seu início, o comunicado emitido posteriormente pela banda não deixou dúvidas: os Oasis já não existem, lia-se nele. Em Outubro, será tempo de olhar para trás, para quando a banda reinava sobre a Velha Albion.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave gay
Regra que obrigava militares nos EUA a permanecerem “no armário” foi revogada
A regra “don’t ask, don’t tell”, que significa que os homossexuais podiam ingressar no Exército americano desde que não revelassem abertamente a sua orientação sexual e desde que os comandantes não fizessem perguntas sobre isso, foi oficialmente revogada, após ter estado em vigor durante quase duas décadas. (...)

Regra que obrigava militares nos EUA a permanecerem “no armário” foi revogada
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento -0.1
DATA: 2011-09-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: A regra “don’t ask, don’t tell”, que significa que os homossexuais podiam ingressar no Exército americano desde que não revelassem abertamente a sua orientação sexual e desde que os comandantes não fizessem perguntas sobre isso, foi oficialmente revogada, após ter estado em vigor durante quase duas décadas.
TEXTO: Esta política teve início ainda durante a era Clinton, em 1993, e constituía uma forma de discriminação contra os homossexuais, que tinham forçosamente de permanecer “no armário” se queriam fazer parte das forças armadas americanas. Ainda assim foi um grande avanço de um anterior regime em que os homossexuais não eram, pura e simplesmente, admitidos no Exército. O fim do “don’t ask, don’t tell” significa que os militares podem agora revelar a sua homossexualidade sem terem medo de ser investigados ou expulsos. Um pouco por todo o país já se celebraram festas em comemoração desta revogação, um marco na história dos direitos dos homossexuais. O Congresso americano tinha já votado no ano passado a revogação da lei, mas só agora ela entra em vigor. O assessor do Pentágono, George Little, disse ontem aos jornalistas que o Departamento de Defesa está pronto para a revogação e que 97% do pessoal do Exército recebeu já formação sobre a nova lei. As forças armadas começaram a aceitar candidaturas de recrutas abertamente homossexuais há já algumas semanas e irão agora começar a analisá-las uma vez que a lei entra em vigor. Algumas investigações em curso e procedimentos administrativos contra militares homossexuais foram entretanto abandonados. E todos aqueles que tinham sido expulsos das forças armadas ao abrigo da anterior lei poderão agora ser reincorporados. Estima-se que cerca de 13 mil homossexuais foram expulsos das forças armadas americanas desde 1993 por revelarem a sua orientação sexual. Porém, normas como a proibição de demonstrações públicas de afecto continuarão a ser aplicadas. “A nossa nação irá finalmente fechar a porta a esta injustiça fundamental para os gays e lésbicas e afirmar a igualdade para todos os americanos”, indicou Nancy Pelosi, democrata californiana e uma defensora desta revogação. Pelo contrário, algumas facções do Congresso permanecem contra esta revogação, afirmando que ela poderá comprometer a eficiência e a disciplina nas forças armadas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos lei igualdade medo sexual discriminação
Parlamento chumba adopção por casais do mesmo sexo
O projecto de lei do BE sobre a adopção homossexual foi rejeitado com os votos contra do PSD, do CDS e do PCP e de apenas nove deputados do PS. (...)

Parlamento chumba adopção por casais do mesmo sexo
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento -0.5
DATA: 2012-02-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: O projecto de lei do BE sobre a adopção homossexual foi rejeitado com os votos contra do PSD, do CDS e do PCP e de apenas nove deputados do PS.
TEXTO: Dos 63 socialistas presentes, a maioria (38) votou a favor da iniciativa bloquista, assim como nove do PSD e um do CDS-PP. A abstenção foi o sentido de voto escolhido por 12 deputados do PS (entre os quais o líder parlamentar Carlos Zorrinho), um do CDS (João Rebelo) e dois do PSD. Também o projecto do Partido Ecologista “Os Verdes”, que propunha eliminar a impossibilidade da adopção de casais do mesmo sexo, foi chumbado com idêntica votação. Apenas na bancada socialista se registou mais um voto a favor (39) face ao projecto bloquista e menos uma abstenção – 11 parlamentares. A iniciativa de “Os Verdes” registou os votos contra do PSD e do CDS, do PCP, e de oito deputados socialistas. Na bancada laranja registou-se ainda nove votos favoráveis, e duas abstenções. Entre os democratas cristãos, Adolfo Mesquina Nunes também voltou a votar a favor, enquanto João Rebelo repetiu a abstenção anterior. O debate sobre a adopção por casais do mesmo sexo durou cerca de 15 minutos e não suscitou intervenções inflamadas. Na verdade, foi uma discussão morna, antecipando o chumbo dos projectos de lei do BE e do PEV. PSD e PS deram liberdade de voto aos seus deputados, mas os socialistas ponderam já, perante o chumbo das iniciativas do BE e de “Os Verdes”, avançar com um projecto de lei que propõe a co-adopção, um regime que estende a adopção ao cônjuge, ou unido de facto, de um casal homossexual em que o outro elemento já tenha adoptado. No momento das intervenções, apenas as bancadas do PCP e do CDS anunciaram que votariam contra os diplomas. Cecília Honório, do BE, lembrou que Portugal "é o único país do mundo em que os homossexuais podem casar, mas não adoptar". E Heloísa Apolónia, do PEV, insistiu que a adopção de crianças não deve ter como critério a orientação sexual dos candidatos. O PCP argumentou que esta questão ainda não foi “suficientemente debatida e sedimentada na sociedade”, pelo que a bancada comunista optou por uma posição de “prudência construtiva”, explicou o líder parlamentar Bernardino Soares. “O nosso voto nesta matéria (…) não significa uma posição de rejeição”, sublinhou o deputado comunista, “mas expressa apenas a necessidade de prosseguir o debate, o esclarecimento sobre a questão”. Telmo Correia, deputado do CDS, explicou que o sentido de voto da sua bancada revela que os centristas não enveredam por “experimentalismos sociais”, notando que a adopção por casais do mesmo sexo “contraria o criador” e criticando as bancadas, especificamente o BE, que tem patrocinado projectos “de fractura em fractura”. Notícia actualizada às 13h38
REFERÊNCIAS:
Partidos PS PSD PCP BE PEV
Isabel Moreira diz que teve “violenta quebra de tensão” quando anunciou a sua declaração de voto
A deputada socialista Isabel Moreira disse nesta sexta-feira à agência Lusa que teve uma quebra de tensão em plenário, no Parlamento, no momento em que anunciou a apresentação de uma declaração de voto sobre adopção por casais homossexuais. (...)

Isabel Moreira diz que teve “violenta quebra de tensão” quando anunciou a sua declaração de voto
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento -0.8
DATA: 2012-02-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: A deputada socialista Isabel Moreira disse nesta sexta-feira à agência Lusa que teve uma quebra de tensão em plenário, no Parlamento, no momento em que anunciou a apresentação de uma declaração de voto sobre adopção por casais homossexuais.
TEXTO: Isabel Moreira, deputada independente que integra a bancada do PS - e que está a preparar um projecto para permitir a co-adopção por casais homossexuais -, causou surpresa no hemiciclo da Assembleia da República ao mostrar dificuldade em levantar-se da cadeira para comunicar a sua declaração de voto. A deputada independente do PS e constitucionalista referiu à agência Lusa que quinta-feira foi sujeita “a uma intervenção cirúrgica dolorosa”. “Porém, como o tema da adopção por casais homossexuais faz parte das minhas militâncias, mesmo assim decidi estar hoje presente na Assembleia da República. Quando estava a pedir a palavra para anunciar a minha declaração de voto tive uma quebra de tensão violenta”, explicou a deputada. Nessa altura, segundo Isabel Moreira, disse ter tido “medo de cair”. “Por isso, usei então uma expressão humorística”, justificou ainda a constitucionalistas. Ao dirigir-se ao presidente em exercício da sessão plenária, o deputado comunista António Filipe, Isabel Moreira causou alguma surpresa nas diferentes bancadas ao dizer: “Senhor presidente, desculpe, estou um bocado drogada. Drogas lícitas”. Isabel Moreira abandonou depois o hemiciclo apoiada pela deputada socialista Ana Catarina Mendes. “Depois de anunciar a minha declaração de voto sentei-me na cadeira e tive um desmaio”, referiu ainda à agência Lusa, numa alusão à forma como abandonou a sessão plenária.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
Tammy Smit, a primeira general assumidamente lésbica do Exército norte-americano
Quase um ano depois de ter sido abolida a polémica lei “don’t ask, dont’t tell”, que impedia os militares norte-americanos de assumir a sua homossexualidade, Tammy Smith viu ser-lhe colocada uma estrela sobre o ombro. É a primeira general norte-americana assumidamente lésbica. (...)

Tammy Smit, a primeira general assumidamente lésbica do Exército norte-americano
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.100
DATA: 2012-08-15 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quase um ano depois de ter sido abolida a polémica lei “don’t ask, dont’t tell”, que impedia os militares norte-americanos de assumir a sua homossexualidade, Tammy Smith viu ser-lhe colocada uma estrela sobre o ombro. É a primeira general norte-americana assumidamente lésbica.
TEXTO: Fardada, Tammy Smith sorri e festeja a promoção ao lado da mulher com quem casou em Março do ano passado, Tracey Hepner. Chegou a general menos de um ano depois de a Administração de Barack Obama ter posto fim à polémica lei que impedia os militares de assumir a sua homossexualidade, e meses após o próprio Presidente ter afirmado que é a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Foi Tracey quem lhe colocou a estrela na farda, durante uma cerimónia no cemitério de Arlington. Hoje com 49 anos, Tammy Smith tem uma já longa carreira no Exército norte-americano (26 anos), e ainda que seja “muito improvável” que tenha sido a primeira homossexual a chegar a general nos EUA, é “muito significativo” que o tenha assumido publicamente, considerou Sue Fulton, porta-voz da organização OutServe que defende os direitos dos militares gay. “Acho que é importante reconhecer o primeiro, porque assim a próxima pessoa não terá de ser ‘o primeiro’”, disse Fulton ao The New York Times. Ela própria chegou a integrar o Exército, que admite ter deixado por causa do secretismo a que era obrigado quem mantinha uma relação homossexual. Hoje Tammy Smith está em Washington, onde é vice-chefe do departamento de militares na reserva. Mas entre Dezembro de 2010 e Outubro de 2011 cumpriu serviço militar no Afeganistão. Após a sua promoção, não deu entrevistas e sublinhou apenas a importância de “defender os valores do Exército e a responsabilidade que isso implica”. Numa mensagem divulgada através do YouTube, o secretário de Estado da Defesa, Leon Panetta, agradeceu-lhe o serviço prestado durante o seu percurso militar. A sua promoção é um novo ponto final na “don’t ask don’t tell”, depois de no mês passado, e pela primeira vez, ter sido permitido o uso de fardas militares no desfile pelo orgulho gay em San Diego, na Califórnia.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
BE saúda acesso ao casamento mas critica Governo por criar "novas discriminações"
A deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago assinalou hoje que o BE “vê com dificuldade e estranheza” que o Governo crie “novas discriminações” ao impedir o acesso dos casais homossexuais à adopção. (...)

BE saúda acesso ao casamento mas critica Governo por criar "novas discriminações"
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.136
DATA: 2009-12-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: A deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago assinalou hoje que o BE “vê com dificuldade e estranheza” que o Governo crie “novas discriminações” ao impedir o acesso dos casais homossexuais à adopção.
TEXTO: Apesar de se congratular com a proposta do Governo para legalizar o casamento civil entre homossexuais, hoje aprovada em conselho de ministros, Ana Drago criticou que “ao mesmo tempo se criem novas discriminações”. O Governo aprovou hoje alterações ao Código Civil que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas que excluem “clara e explicitamente” a possibilidade das mesmas se reflectirem em matéria de adopção. “Vemos com alguma estranheza ou dificuldade que, no mesmo acto em que se acaba com uma discriminação que existia no acesso ao direito ao casamento, se criem novas discriminações no que toca aos direitos das pessoas do mesmo sexo que entendem constituir família”, afirmou a deputada. Por isso, “não é líquido” o voto favorável do BE à proposta do Governo, disse à deputada, em declarações à Lusa. O projecto de lei do BE altera a definição de casamento no Código Civil, propondo que o casamento é celebrado entre “duas pessoas” e retirando a expressão “de sexo diferente”. “O projecto de lei do bloco não cria discriminações. Quer permitir que pessoas do mesmo sexo possam casar e tenham os mesmos direitos que as pessoas de sexos diferentes”, sublinhou Ana Drago, em declarações aos jornalistas, defendendo o direito “das pessoas a constituir família como entendem e a serem felizes com as suas escolhas”.
REFERÊNCIAS:
Partidos BE
Pedofilia não é segredo de Fátima mas grave pecado na Igreja
Papa tratará ainda nesta visita de assuntos como os direitos humanos e o "direito à vida" - e pode falar hoje de homossexualidade e aborto. (...)

Pedofilia não é segredo de Fátima mas grave pecado na Igreja
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento -0.06
DATA: 2010-05-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Papa tratará ainda nesta visita de assuntos como os direitos humanos e o "direito à vida" - e pode falar hoje de homossexualidade e aborto.
TEXTO: O porta-voz do Papa, padre Federico Lombardi, considerou que as declarações de Bento XVI a bordo do avião que o trouxe de Roma para Lisboa são as mais "esclarecedoras" sobre a questão dos abusos sexuais do clero. E garantiu que não há qualquer "mudança de rumo" do Vaticano sobre Fátima ou a questão da pedofilia. No voo para Lisboa, o Papa afirmara que o grande sofrimento da Igreja é o seu "pecado", referindo-se aos casos de pedofilia de membros do clero. E acrescentou que a "maior perseguição à Igreja" não vem de "inimigos de fora, mas nasce do pecado na Igreja". Esta posição é uma ruptura séria com afirmações de cardeais e responsáveis da Cúria Romana que assumiram, nas últimas semanas, uma atitude de vitimização da Igreja, denunciando o que consideraram campanhas contra a Igreja. Uma das vozes que assumiu essa atitude foi a do cardeal português José Saraiva Martins, ex-responsável da Congregação para a Causa dos Santos, que acusou meios de comunicação social de promover essa alegada campanha. Saraiva Martins, que acompanha o Papa na sua viagem de quatro dias a Portugal, disse mesmo que a Igreja deveria fazer como as famílias, não lavando a "roupa suja" em público. Citado pela Ecclesia, Federico Lombardi disse que uma tal interpretação de campanhas contra a Igreja "nunca" foi feita por Bento XVI. "É prioritária esta leitura do problema, espiritual, profunda", propondo uma visão de "pecado, conversão e penitência", disse o porta-voz, que lembrou também a preocupação na "participação na dor das vítimas" e a necessidade de "justiça". "Profunda necessidade de reaprender a penitência""Os ataques contra a Igreja e o Papa não vêm apenas do exterior, os sofrimentos vêm do interior da Igreja, do pecado que existe na Igreja", disse Bento XVI. De modo ainda mais claro, acrescentou: "Isso sempre foi sabido, mas hoje vemos de modo realmente aterrador: que a maior perseguição da Igreja não vem de inimigos externos, mas nasce do pecado na Igreja, e que a Igreja, portanto, tem uma profunda necessidade de reaprender a penitência, de aceitar a purificação, de aprender por um lado o perdão, mas também a necessidade de justiça. O perdão não substitui a justiça. "Estas afirmações ficam claramente a marcar a viagem do Papa a Portugal, mesmo se feitas a bordo do avião. A relação que em vários jornais internacionais - com destaque para o El Mundo e o New York Times - foi estabelecida entre segredo de Fátima e pedofilia não foram confirmadas pelo porta-voz do Vaticano. No entanto, ontem à noite, numa conferência de imprensa em Fátima, Lombardi admitiu que as referências do texto do chamado "segredo de Fátima" aos sofrimentos da Igreja podem ser lidas também na perspectiva da actual crise da pedofilia. Mas acrescentou que essa interpretação pode ser válida para qualquer "prova ou dificuldade" que a Igreja sofra, venha ela do interior ou do exterior. Respondendo a uma pergunta do PÚBLICO, Lombardi explicou: "No passado, as referências ao segredo foram aplicadas a situações de perseguição que a Igreja viveu e que vinham do exterior; o Papa afirmou que elas podem ser aplicadas também ao interior da Igreja. Se dentro de dez anos houver outra prova, valerá também para isso. "O texto da terceira parte do segredo foi revelado há dez anos por João Paulo II, que via nele uma antevisão do atentado que sofreu em 13 de Maio de 1981 - faz hoje 29 anos. Em 1944, 26 anos depois das aparições, Lúcia escreveu o texto onde fala de um bispo vestido de branco que é atingido a tiro por soldados. Para a história, no entanto, não ficará a discussão inútil sobre a relação do "segredo de Fátima" com a pedofilia. Foi o próprio Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, que no "comentário teológico" com que acompanhou a divulgação do texto de Lúcia, disse que este devia ser entendido na sua linguagem e contexto histórico. A marcar esta viagem fica mesmo a frase do Papa de que a maior perseguição à Igreja nasce do pecado no seu interior. Ontem, no final do encontro de Bento XVI com o mundo da cultura no CCB, o antigo ministro Freitas do Amaral alinhou por esta tese: esta viagem "ficará na história". "É uma confissão que nenhum papa tinha feito e é difícil ver um líder de uma organização, mesmo que laica, a reconhecer que a crise está no seio da sua organização", comentou. Hoje ou amanhã, pode haver outros temas a marcar a visita do Papa: o porta-voz do Papa, Federico Lombardi, admitiu que Bento XVI pode ainda falar dos temas do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo durante estes dois dias. O Papa pode utilizar já esta manhã a homilia da missa de Fátima. Mas o mais provável é que fale do tema à tarde, quando se encontrar com dirigentes de instituições sociais. Os direitos humanos - e o "direito à vida" - serão um dos assuntos a tratar por Bento XVI.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave aborto direitos humanos cultura social sexo casamento perseguição
CDS manifesta “discordância” com a decisão do Presidente
O deputado do CDS-PP Filipe Lobo D’Ávila manifestou hoje a “discordância” dos democratas cristãos em relação à decisão do Presidente da República de promulgar o diploma que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. (...)

CDS manifesta “discordância” com a decisão do Presidente
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O deputado do CDS-PP Filipe Lobo D’Ávila manifestou hoje a “discordância” dos democratas cristãos em relação à decisão do Presidente da República de promulgar o diploma que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
TEXTO: “Não podemos deixar de dizer que discordamos desta decisão do senhor Presidente da República”, afirmou o deputado à Lusa, na Assembleia da República. O Presidente da República, Cavaco Silva, anunciou hoje, numa declaração ao país, que promulgou o diploma que estende aos homossexuais o acesso ao casamento civil. “A intervenção do senhor Presidente da República é esclarecedora, na medida em que aponta diversas razões pelas quais, em condições normais, não promulgaria o diploma”, argumentou Filipe Lobo D’Ávila. Para o CDS, “uma coisa é defender direitos entre pessoas do mesmo sexo e outra coisa é institucionalizar esses mesmos direitos através do casamento”. Este diploma teve origem numa proposta do Governo e foi aprovado pelo Parlamento em votação final global no dia 11 de Fevereiro, com os votos favoráveis do PS, BE, PCP e PEV e contra do CDS-PP. No PSD houve liberdade de voto e seis deputados abstiveram-se, enquanto os restantes votaram contra a alteração da noção de casamento estabelecida no Código Civil.
REFERÊNCIAS:
Governo: promulgação da lei representa “um marco histórico”
O Governo considerou hoje que a decisão do Presidente da República de promulgar o casamento homossexual representa “um marco histórico na sociedade portuguesa” e que o executivo cumpriu agora as éticas da responsabilidade e da convicção. (...)

Governo: promulgação da lei representa “um marco histórico”
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo considerou hoje que a decisão do Presidente da República de promulgar o casamento homossexual representa “um marco histórico na sociedade portuguesa” e que o executivo cumpriu agora as éticas da responsabilidade e da convicção.
TEXTO: As posições foram assumidas pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, logo após o Presidente da República ter promulgado a lei que permitirá o casamento civil pessoas do mesmo sexo. O ministro dos Assuntos Parlamentares considerou que a promulgação da lei do Governo representa “um marco histórico na sociedade portuguesa”. “Com esta decisão chega ao fim um processo de convicção. Convicção de um programa eleitoral e de um compromisso assumido perante os portugueses por parte do PS e uma convicção traduzida no programa de Governo, que se traduziu na proposta de lei que Assembleia da República aprovou com uma maioria muito significativa”, frisou Jorge Lacão. Segundo o ministro dos Assuntos Parlamentares, chegando ao fim este processo de promulgação, o Governo considera que se está a dar “um passo de civilização democrática”. “Em tempos históricos, o nosso país já foi pioneiro em matérias tão decisivas de direitos humanos como a abolição da pena de morte. Não faz mal, pelo contrário, faz bem, que Portugal possa também ser pioneiro na defesa dos direitos humanos em matéria de defesa da dignidade humana, do desenvolvimento da personalidade de cada um e no combate às discriminações, nomeadamente as que tinham fundamento na orientação sexual”, frisou o ministro dos Assuntos Parlamentares, numa referência indirecta ao facto de o chefe de Estado ter salientado na sua comunicação o escasso número de países da União Europeia que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Jorge Lacão fez depois uma alusão à decisão do Tribunal Constitucional de ter considerado constitucional o diploma do Governo. “Esta lei vai criar condições para que uma discriminação seja abolida na sociedade portuguesa e que Portugal se inscreva no conjunto de países que, de forma exemplar, respeitam a dignidade das pessoas e o livre desenvolvimento da sua personalidade”, disse. Interrogado sobre as críticas de Cavaco Silva ao diploma, o ministro dos Assuntos Parlamentares afirmou respeitar os seus pontos de vista. “O senhor Presidente da República invocou a ética da responsabilidade para fundamentar a sua decisão. Da parte do senhor Presidente da República, ele assumiu a sua ética da responsabilidade. Pela parte do Governo, posso dizer que assumimos a nossa ética da responsabilidade, aliada à nossa ética da convicção”, respondeu. Já sobre a ideia de Cavaco Silva, que não considerou prioritário o tema dos casamentos homossexuais, quando o país vive uma situação dramática, Jorge Lacão afirmou estar de acordo com a preocupação do Presidente da República “relativamente à situação difícil” que Portugal atravessa e “à necessidade de haver mobilização de esforços na sociedade portuguesa”. “Mas é evidente que este procedimento em nada perturbou a possibilidade de dar o melhor de nós próprios para combater as dificuldades do país e recuperar a nossa economia, que felizmente está a dar sinais de recuperação”, respondeu.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS LIVRE