PCP diz que promulgação foi “desfecho natural” e rejeita que lei divida o país
O PCP disse hoje que a promulgação do casamento entre pessoas do mesmo sexo foi “um desfecho natural” do processo legislativo, considerando que o veto seria “inglório e desnecessário” e rejeitando que este diploma introduza “divisões profundas” no país. (...)

PCP diz que promulgação foi “desfecho natural” e rejeita que lei divida o país
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.1
DATA: 2010-05-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O PCP disse hoje que a promulgação do casamento entre pessoas do mesmo sexo foi “um desfecho natural” do processo legislativo, considerando que o veto seria “inglório e desnecessário” e rejeitando que este diploma introduza “divisões profundas” no país.
TEXTO: Em conferência de imprensa na sede do partido, o deputado comunista António Filipe rejeitou que não tenha existido um consenso alargado no Parlamento na aprovação desta lei. “A prova de que existe esse consenso alargado é que, mesmo no caso de haver um veto político, haveria uma maioria parlamentar suficiente para confirmar o diploma”, afirmou. “Consideramos que esta promulgação é o desfecho natural deste processo legislativo sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, na medida em que foram eliminadas as dúvidas de constitucionalidade por parte do Tribunal Constitucional e, portanto, tendo em conta o que determina a Constituição, evidentemente que um eventual veto poderia conduzir à confirmação do diploma pela Assembleia da República”, referiu. Quando ao veto, o deputado do PCP disse que seria “inglório e desnecessário estar a introduzir um factor de conflitualidade acrescido”. “Aquilo que nos parece importante é que, independentemente da terminologia adoptada na lei, é um passo para a igualdade entre os cidadãos, que vem eliminar restrições e obstáculos que havia a que as pessoas pudessem viver as suas opções sexuais em liberdade e sem discriminações”, disse. “Não nos parece, sinceramente, que esta seja uma lei que venha introduzir divisões profundas entre os portugueses”, defendeu. Sobre as críticas de Cavaco Silva à terminologia escolhida pelo legislador, António Filipe referiu que “a opção de eliminar as discriminações, adoptando a terminologia do casamento entre pessoas do mesmo sexo, é uma opção perfeitamente legítima”.
REFERÊNCIAS:
Partidos PCP
Bagão Félix sondado para candidatura a Belém
Ex-ministro dos últimos Governos PSD/CDS fala de "ferida aberta" por Cavaco Silva com a promulgação do casamento gay. (...)

Bagão Félix sondado para candidatura a Belém
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-05-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Ex-ministro dos últimos Governos PSD/CDS fala de "ferida aberta" por Cavaco Silva com a promulgação do casamento gay.
TEXTO: Contactos "difusos", "indirectos", mas ainda assim contactos. António Bagão Félix, ex-ministro dos Governos de Durão Barroso e Santana Lopes, foi sondado para protagonizar uma candidatura à Presidência da República, após Cavaco Silva ter decidido promulgar a lei do casamento gaysem recorrer ao veto, levantando uma onda de "indignação" sobretudo nos sectores católicos. "Houve pessoas que me falaram dizendo que eu estaria bem para assumir uma candidatura presidencial. Nunca tal me passou pela cabeça e, à partida, direi que não paro para pensar nisso", revelou ao PÚBLICO Bagão Félix, para quem a decisão do actual Presidente da República "deixou uma ferida aberta" numa franja do eleitorado que o apoiou e cuja "cicatrização" é uma incógnita. O ex-ministro não quer revelar de onde partiram esses contactos e evita dar lastro a essa possibilidade. Mas não cala as críticas:"Não se esperava, é daquelas situações em que a ética da convicção deveria estar acima de tudo"; "não direi que há revolta, mas há desconforto"; "nunca a Igreja reagiu assim, a intervenção do cardeal-patriarca foi muito forte". Anteontem, numa entrevista à Rádio Renascença, D. José Policarpo censurou abertamente Cavaco Silva, desconstruindo os argumentos utilizados pelo Presidente para justificar a promulgação da lei. "O discurso levava a uma conclusão que depois não aconteceu. Temos muita dificuldade em ver como é que um veto político vinha prejudicar a crise económica. Aquela relação causa-efeito a mim não me convenceu", declarou. Além disso, acentuou ainda, "o argumento principal não era o da eficácia política, era um gesto dele como pessoa, como Presidente que foi eleito pelos portugueses e pela maioria dos votos dos católicos, que se distanciasse pessoalmente: quando assinasse, era mesmo porque tinha de ser e naquela altura não tinha de ser". Isto depois de afirmar que se Cavaco tivesse utilizado o veto "ganhava as eleições". Cavaco recusa comentarO Presidente da República recusou ontem comentar as críticas do cardeal patriarca de Lisboa à promulgação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, frisando que as suas decisões visam os "superiores interesses de Portugal". "Eu sou Presidente de Portugal e em todas a minhas decisões eu pondero os superiores interesses de Portugal, em particular naqueles atos que não têm efeitos práticos", declarou aos jornalistas, no final de uma visita a Coimbra. O chefe de Estado disse ainda "não ser comentador". "Quem estiver interessado em conhecer o que eu penso basta ir à página da Internet da Presidência da República. Está lá a minha posição que é muito clara para quem quiser entender", afirmou Cavaco Silva. "Procurem conhecer a situação dramática em que Portugal se encontra", acrescentou. A emergência de uma eventual candidatura à direita, fracturando o eleitorado, é olhada com muita cautela por Bagão Félix. Convicto de que Cavaco é um candidato "com muita força", não antecipa como vitoriosa uma alternativa "fundada nos valores que agora foram postos em causa". Assim sendo, "só poderia fazer perigar a reeleição do actual presidente". Porque seria quase inevitável uma segunda volta, tradicionalmente mais favorável ao sucesso eleitoral da esquerda. Consequências? "Qualquer candidato teria amanhã sobre si o ónus de ter deixado eleger uma pessoa de outra área política". Confessando-se "desapontado como cidadão", o ex-líder do CDS-PP Ribeiro e Castro considera "um disparate montar uma candidatura presidencial à volta do casamento gay". Dito isto, vaticina que a decisão de Cavaco terá custos eleitorais na sua reeleição, "mesmo que não se apresente ninguém" como alternativa. E é duro nas criticas. "O Presidente da República não é um simples notário, é o último actor do processo legislativo. Aqui, ele foi notário. Limitou-se a carimbar uma lei relativamente à qual sinalizou a sua discordância". Ribeiro e Castro diz ter "ouvido muitas pessoas que fizeram uma ruptura interior profunda". Não tanto pelo "desapontamento" em relação a uma decisão inesperada, mas com o próprio sistema político. "O veto honra a República e isto foi uma sapatada à República, que se junta à outra da rejeição do referendo. Desenobrece o sistema democrático", sustenta. O clamor contra Cavaco parece crescer. Vindo mesmo de figuras muito próximas, como João César das Neves e Vasco Graça Moura. Ontem, também Santana Lopes, em entrevista ao i, criticou Cavaco, considerando existir "espaço" para uma candidatura alternativa. com Lusa
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei sexo casamento gay
Paulo Portas daria total apoio a uma candidatura presidencial de Bagão Félix
O líder do CDS/PP deu ontem conta das fortes criticas a Cavaco Silva que ouviu na última reunião do Conselho Nacional do seu partido, a propósito da promulgação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo. (...)

Paulo Portas daria total apoio a uma candidatura presidencial de Bagão Félix
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.35
DATA: 2010-06-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O líder do CDS/PP deu ontem conta das fortes criticas a Cavaco Silva que ouviu na última reunião do Conselho Nacional do seu partido, a propósito da promulgação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
TEXTO: Numa entrevista difundida ontem à noite pela Rádio Renascença, Paulo Portas deixou claro que daria um apoio total e incondicional a uma candidatura presidencial de Bagão Félix, nome que, como foi noticiado no últimos dias, foi sondado para protagonizar uma alternativa ao actual Presidente da República. Questionado sobe o apoio a essa eventual candidatura, Paulo Portas não deixou margem para dúvidas. “O que posso dizer é o que disse ao próprio, mas que é também uma evidência. Se o doutor Bagão Félix entendesse meditar e tivesse vontade de afirmar uma candidatura presidencial, seguramente que eu faria tanto por ele e por essa ideia como o doutor Bagão Félix me tem ajudado na vida como líder político e ao CDS como partido”, assegurou o líder centrista. Já quanto à viabilidade de tal candidatura são bem diferentes as expectativas. “Acho que ele foi de uma enorme franqueza quando disse que lhe falaram nisso mas que nem parou para pensar”. Declarando nutrir “uma enorme admiração pessoal por Bagão Félix”, que “é porventura a pessoa a quem eu mais devo na minha vida política”, Paulo Portas acabou por fazer um contraponto indirecto com as críticas que a direita tem dirigido à postura ética de cavaco Silva. “Acho sintomático que quando se procura um referência ética no espaço não socialista, o nome de Bagão Félix é imediatamente é posto em cima da mesa”, notou. Quanto à decisão do Presidente da República de promulgar a lei que veio permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o líder do CDS/PP disse não querer tomar uma posição pessoal. “Digo apenas aquilo que ouvi no Conselho Nacional do CDS/PP no domingo passado” onde Cavaco Silva terá sido severamente criticado. “A matéria não estava sequer em discussão, mas evidentemente aquele discurso deixou muita gente na área não socialista ou desconsolada ou triste”, considerou. Sobre aquilo que ali foi dito, disse ter ficado claro que a matéria impunha outro tipo de atitude por parte do Presidente da República. “É um caso manifesto em que a ética da convicção deveria prevalecer. Vi gente impressionada pelo facto de numa matéria que para muitos portugueses uma questão de princípio, se terem utilizado argumentos de natureza táctica ou de conveniência”, reportou.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei sexo casamento
Manuel Alegre: "Cavaco Silva tem exercido os seus poderes de forma conflitual"
O candidato presidencial apoiado pelo PS e pelo BE critica o facto de Cavaco ter promulgado a lei do casamento gay, quando estava contra ela. (...)

Manuel Alegre: "Cavaco Silva tem exercido os seus poderes de forma conflitual"
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento -0.25
DATA: 2010-07-23 | Jornal Público
SUMÁRIO: O candidato presidencial apoiado pelo PS e pelo BE critica o facto de Cavaco ter promulgado a lei do casamento gay, quando estava contra ela.
TEXTO: Sem dúvidas quanto à recandidatura de Cavaco Silva, Manuel Alegre parte para o ataque, e visa sobretudo a concepção que o seu potencial adversário tem quanto aos poderes presidenciais. Portugal tem um economista na Presidência da República em tempo de crise económica. O que é que um homem de cultura, um político e um poeta podem trazer de novo e de vantagem?Mesmo sobre economia. Não sou economista, mas tenho uma posição política sobre questões económicas, diferente da do Presidente, que tem uma visão conservadora, muito ultraliberal sobre a economia. Eu não. Tenho outra visão política, cultural e civilizacional: sou adepto de uma economia de mercado, mas acho que o mercado não é Deus. Não se pode sobrepor ao Estado, ao interesse geral ou às nações. É um problema civilizacional e também de cultura. Quando se fala de cultura, é num sentido lato, ligada à política. Os problemas económicos são muito importantes, mas o Presidente criou a ilusão, por ser um economista, que podia ajudar a resolver os problemas do país. Não pode, primeiro porque não governa, segundo porque a sua visão política das questão económicas não é a que melhor corresponde às necessidades do país. Segue a visão conservadora que esteve na origem da crise e que propõe soluções que vão levar às mesmas consequências. Qual é o papel fundamental do Presidente da República?É ser um regulador, um moderador e mobilizador, um intérprete da vontade nacional. Sou contra a cooperação estratégica, porque tem subentendida uma ideia de partilha do Governo. Isso gera conflitualidade. Concordo com o que está na Constituição: uma cooperação institucional, que implica lealdade, mas não significa que o Presidente tem de estar sempre de acordo ou abdique da sua opinião. Se tiver uma opinião divergente, deve manifestá-la. O que não deve ser é uma fonte de conflito. Mesmo no exercício dos poderes mais simples, como promulgar ou vetar. Poder que tem sido exercido de forma conflitual pelo Presidente. Um exemplo?No Estatuto Político-Administrativo dos Açores podia ter enviado para o Tribunal Constitucional o artigo mais polémico. Não mandou. Optou por um veto, optou pela conflitualidade política. A Lei do Divórcio: primeiro promulga e depois faz declarações a desvalorizar a lei. Na Lei do Casamento entre Pessoas do Mesmo Sexo. . . Mandou para o Tribunal Constitucional os artigos que não eram polémicos e não mandou o que era polémico, o da adopção. Promulga uma lei e depois desvaloriza-a. Isso não é normal. A promulgação dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo teve fins eleitoralistas?Não faço juízos pessoais. Se tivesse os mesmos valores do Presidente - e nessa matéria tenho uma posição mais aberta - teria vetado a lei e não me teria desculpado com a crise. O Presidente deve contribuir para as soluções do país. Se está em desacordo, diz e diz porquê, mas uma coisa ou outra. Se promulga uma lei, depois não a desvaloriza. Tem sido um Presidente conflitual?Pode não ser a intenção do Presidente, não ponho em causa que queira resolver os problemas do país. A concepção do exercício dos poderes presidenciais é que leva a essa conflitualidade. Primeiro, é um homem de vocação executiva. Tem um perfil de primeiro-ministro e não há dois primeiros-ministros. Depois tem uma visão muito restritiva. . . Já sabemos dos problemas da economia, mas uma Nação não é só isso. Tenho citado muito o Presidente Lula e isso tem irritado muitas pessoas. O Presidente Lula, dizia-se, não sabia nada de economia, mas a verdade é que tirou 23 milhões de brasileiros da pobreza. O Fernando Henrique Cardoso, que era um grande economista e de quem sou amigo, tirou três milhões. Bem sei que o Brasil é um país emergente, que não se compara connosco, nem tem os constrangimentos de Bruxelas. . .
REFERÊNCIAS:
PS: Miguel Vale de Almeida renuncia ao mandato de deputado
O deputado independente eleito pelo PS Miguel Vale de Almeida anunciou hoje a renúncia ao mandato, considerando que a “tarefa” para a qual foi eleito está “cumprida”, com a consagração legal do casamento entre pessoas do mesmo sexo. (...)

PS: Miguel Vale de Almeida renuncia ao mandato de deputado
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-12-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O deputado independente eleito pelo PS Miguel Vale de Almeida anunciou hoje a renúncia ao mandato, considerando que a “tarefa” para a qual foi eleito está “cumprida”, com a consagração legal do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
TEXTO: “É uma decisão política, mas não no sentido típico de que houve uma ruptura ou desentendimento, mas sim porque cumpri uma tarefa. Eu e o PS cumprimos uma tarefa de forma, aliás, bastante leal e honrosa e sinto que posso regressar à minha vida profissional”, afirmou à Lusa Miguel Vale de Almeida. O deputado, que foi convidado pelo secretário-geral do PS, José Sócrates, para integrar as listas do PS nas eleições legislativas anunciou a renúncia ao mandato de deputado, com efeitos em Janeiro de 2011, no seu blogue pessoal e na rede social Facebook. O primeiro deputado português assumidamente homossexual sublinhou nessa declaração a aprovação da lei que consagrou o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a lei de identidade de género, em que se empenhou pessoalmente desde que foi eleito no ano passado. Relativamente às matérias relacionadas com a parentalidade dos homossexuais, como a adopção ou a procriação medicamente assistida, Vale de Almeida referiu à Lusa saber-se que não haverá nesta legislatura iniciativas do PS nesse sentido, já que não constavam do programa de Governo. “Estou convencido que na próxima legislatura as questões relativas com a parentalidade já terão sido interiorizadas pelo PS e eu terei tido algum contributo nisso”, afirmou. Entretanto, relativamente a estas matérias, referiu, “pode sempre haver a pressão da sociedade civil, das associações, e mesmo do grupo parlamentar”. “Aquilo que era central, aquilo que se disse que se faria [casamento entre pessoas do mesmo sexo] foi feito”, frisou. Apesar de alegar o cumprimento de uma “missão cívica” e a vontade de regressar à sua actividade profissional, Miguel Vale de Almeida assume igualmente, no seu blogue, “alguma desadequação ao quotidiano e à cultura da política profissional”. “Graças ao empenhamento do movimento LGBT (em que se destacou a ILGA), de partidos políticos, de muitas pessoas neste país, de mim próprio, e de José Sócrates e do PS, o nosso país assistiu a um avanço sem precedentes na área da igualdade dos direitos”, escreveu o deputado. Apesar da igualdade no acesso ao casamento civil e da lei da identidade de género, Miguel Vale de Almeida considerou que, da sua passagem pelo Parlamento, “provavelmente o que ficará como mais importante para a nossa democracia, quando se olhar para trás daqui a uns bons anos, será o facto de termos tido pela primeira vez um/a deputado/a assumidamente LGBT”. O deputado disse ter hesitado na renúncia “por questões de lealdade e oportunidade”, razão pela qual esperou “pelo fim do período difícil da aprovação do Orçamento nas actuais circunstâncias” para apresentar a sua renúncia. Miguel Vale de Almeida é antropólogo e professor universitário e tem um percurso de activismo pelos direitos dos homossexuais, participou da Política XXI e da Fundação do Bloco de Esquerda.
REFERÊNCIAS:
Partidos PS
Bispo de Guarda diz que o Governo está a "a tapar o sol com a peneira"
O bispo da Guarda considerou hoje que, com a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o Governo está “a tapar o sol com a peneira”, desviando as atenções dos problemas do país. (...)

Bispo de Guarda diz que o Governo está a "a tapar o sol com a peneira"
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2009-12-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: O bispo da Guarda considerou hoje que, com a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o Governo está “a tapar o sol com a peneira”, desviando as atenções dos problemas do país.
TEXTO: “Nós precisávamos de um Governo que não tapasse o 'sol com a peneira', mas que enfrentasse os problemas e que os resolvesse”, disse hoje D. Manuel da Rocha Felício à Lusa, à margem conferência de imprensa onde fez a leitura da mensagem de Natal “…E Deus entrou na cidade”. O prelado, que é também presidente da Doutrina da Fé e Ecumenismo, deu o exemplo da situação económica em que o país se encontra, referindo que “ainda na semana passada, vozes autorizadas vieram dizer que o nosso défice externo vai em 110 por cento”. “O que significa que nós, se andássemos um ano inteiro a trabalhar, sem comer ponta de alimento e apertando o cinto, não pagávamos a dívida externa”, acrescentou. “Assim como os senhores da ecologia que estão reunidos em Copenhaga tinham obrigação de encarar os problemas e de não os encobrir, também o nosso Governo devia olhar para os problemas, considerá-los devidamente e debruçar-se sobre eles, reunindo o maior consenso possível e não fugir às questões, porque isto parece ser fugir às questões”, referiu. O bispo da Guarda também disse esperar “que o debate público nacional que ainda se vai fazer” em torno do assunto “seja a oportunidade para as pessoas tomarem consciência dos valores que estão em jogo”. O Governo aprovou hoje alterações ao Código Civil que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas que excluem “clara e explicitamente” a possibilidade das mesmas se reflectirem em matéria de adopção. Para D. Manuel da Rocha Felício este “é o primeiro passo, ainda há muitos outros passos a dar antes que esta realidade se torne lei”. “Eu espero que nos passos que a seguir se vão dar impere o bom senso e demos às coisas o estatuto que elas têm, não queiramos extrapolar as situações que envolvem situações diferentes do casamento”. Em sua opinião, “o casamento é o casamento e outras coisas são outras coisas”, salientando que “a instituição familiar não é uma instituição qualquer”. Disse que a família “garante a estabilidade e o futuro da própria humanidade". "Não podemos andar a agredir, de forma acintosa, como uma atitude destas parece fazer, instituições tão condicionantes da nossa vida em sociedade”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei sexo casamento
Adopção deve ser alvo de "discussão aprofundada na sociedade portuguesa e nos partidos", diz PCP
O PCP afirmou hoje que a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo “acaba com uma situação de desigualdade e descriminação”, mas considerou que o alargamento da adopção a estes casais “exige uma discussão aprofundada na sociedade portuguesa”. (...)

Adopção deve ser alvo de "discussão aprofundada na sociedade portuguesa e nos partidos", diz PCP
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento -0.16
DATA: 2009-12-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: O PCP afirmou hoje que a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo “acaba com uma situação de desigualdade e descriminação”, mas considerou que o alargamento da adopção a estes casais “exige uma discussão aprofundada na sociedade portuguesa”.
TEXTO: Em declarações aos jornalistas no Parlamento a propósito da aprovação do casamento homossexual hoje em Conselho de Ministros, o deputado João Oliveira referiu que os comunistas vão “esperar pela proposta do Governo para perceber em que sentido” votarão, salientando contudo que “o que está em causa é uma situação de desigualdade e discriminação em função da orientação sexual e que deve ser resolvida legislativamente”. Para os comunistas, a adopção “é uma questão que exige mais discussão” e que “é preciso aprofundar a discussão na sociedade portuguesa e no seio dos partidos políticos” para “eventualmente alterar mais tarde”, “A adopção é uma questão completamente diferente (…) trata-se de um direito das crianças a terem uma família e a serem adoptadas e portanto nós consideramos que essa é uma questão completamente distinta, que deve ser discutida no quadro de uma revisão do regime jurídico da adopção”, declarou. Questionado sobre o projecto de lei do PEV apresentado nesta legislatura, que prevê a possibilidade de adopção por casais de pessoas do mesmo sexo, João Oliveira considerou que “o casamento e a adopção são duas questões distintas que devem discutidas em momentos separados”. “A alteração legislativa que se impõe neste momento é em relação ao casamento, misturar as duas questões não é positivo”, afirmou. “Consideramos que não é bom juntar as duas questões na mesma alteração legislativa”, vincou.
REFERÊNCIAS:
Partidos PEV
Associação de Planeamento Familiar lança "kit contraceptivo" para ajudar a falar sobre sexualidade
A Associação Portuguesa para o Planeamento da Família (APF) apresentou hoje um kit contraceptivo destinado aos centros de saúde com o qual pretende auxiliar os profissionais da saúde a abordar questões relativas à sexualidade e à contracepção. Dinis Martins, o responsável por esta campanha da APF, disse à agência Lusa que este kit surge "da identificação das necessidades sentidas pelos profissionais da saúde, que muitas vezes já tinham uma mala própria com materiais por eles recolhidos e que alertavam a APF para esta carência". O kit é constituído por uma mala onde se podem encontrar os diferentes métodos contrac... (etc.)

Associação de Planeamento Familiar lança "kit contraceptivo" para ajudar a falar sobre sexualidade
MINORIA(S): Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2008-02-15 | Jornal Público
TEXTO: A Associação Portuguesa para o Planeamento da Família (APF) apresentou hoje um kit contraceptivo destinado aos centros de saúde com o qual pretende auxiliar os profissionais da saúde a abordar questões relativas à sexualidade e à contracepção. Dinis Martins, o responsável por esta campanha da APF, disse à agência Lusa que este kit surge "da identificação das necessidades sentidas pelos profissionais da saúde, que muitas vezes já tinham uma mala própria com materiais por eles recolhidos e que alertavam a APF para esta carência". O kit é constituído por uma mala onde se podem encontrar os diferentes métodos contraceptivos - preservativo masculino e feminino, pílula, diafragma, dispositivo intra-uterino (DIU) -, um manual de utilização com actividades pedagógicas e um "passaporte" destinado às comunidades migrantes, que contém informação sobre contracepção e centros de saúde. Este kit vai permitir "um diálogo informado, mostrando quais os métodos de contracepção disponíveis no mercado, como o preservativo feminino, que muitas pessoas nem sabem com o que se parece", disse à Lusa David Martins. Uma das causas da gravidez indesejada é a utilização desadequada do método contraceptivo, que tem que ser adequado ao indivíduo e à fase em que este se encontra, porque "não tem sentido dar a mesma pílula a uma jovem e a uma mulher de 40 anos", explicou o representante da APF. A má utilização de alguns métodos contraceptivos como a pílula, que quando tomada em conjunto com outros medicamentos pode perder o seu efeito, é outra das causas da gravidez indesejada num país que tem "uma taxa de utilização de métodos contraceptivos superior à da maioria dos países da Europa", segundo David Martins. O kit, que começa a ser comercializado hoje a 75 euros, foi pensado para os centros de saúde, mas Dinis Martins garante que acabará "por chegar às escolas", sobretudo pelas mãos de profissionais de saúde, uma vez que "os professores ainda estão pouco à vontade para abordar estas questões". Nas escolas, este "é um tema facilmente absorvido pelos jovens". A APF defende que é "necessário continuar as campanhas de informação e sensibilização à população". No âmbito do Dia dos Namorados, que se assinala hoje, a associação lançou ainda uma nova campanha com o tema "o preservativo não sai de moda".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher sexualidade
Quatro homens escravizados em Espanha
Dormiam numa pocilga, comiam o que calhava e eram espancados. Polícia Judiciária já concluiu inquérito e alerta para fenómeno criminal enraizado na Beira Interior. (...)

Quatro homens escravizados em Espanha
MINORIA(S): Ciganos Pontuação: 6 Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-07-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Dormiam numa pocilga, comiam o que calhava e eram espancados. Polícia Judiciária já concluiu inquérito e alerta para fenómeno criminal enraizado na Beira Interior.
TEXTO: A Polícia Judiciária (PJ) remeteu esta semana para tribunal, com proposta de acusação, um inquérito onde o único arguido surge indiciado pelos crimes de tráfico de pessoas, sequestro e escravidão. Há pelo menos quatro vítimas identificadas. Os quatro homens que a PJ apontou como vítimas destes crimes terão sido levados para Espanha, para a região de Logroñes, entre os anos de 2006 e 2009. Tinham alguns pontos em comum, quando o angariador os abordou: viviam numa instituição de acolhimento na zona de Pinhel, não mantinham grandes laços com familiares e todos precisavam de dinheiro. Salário, alimentação, dormida. Era isto, em supostas doses maciças de qualidade, que o angariador - um cigano português que agora conta 27 anos - lhes oferecia para que o acompanhassem até Espanha, onde os aguardavam tarefas agrícolas. "As vítimas são sempre pessoas fragilizadas", diz fonte da PJ, salientando que, num dos casos, o sequestro durou três anos (entre 2006 e 2008), enquanto os três restantes passaram meses em instalações que os próprios descreveram à polícia como "uma pocilga". Na "pocilga" de Logroñes os quatro rapazes, que hoje já tem entre os 21 e os 27 anos, não recebiam o dinheiro prometido (a uns acenaram-lhes com 7, 5 euros por dia e a outros com oito euros por hora), nem tão-pouco encontraram a cama e roupa lavada e o prato cheio. Deram-lhes, em contrapartida, pancada, enxergas sujas, algum tabaco e, para comer, "o que calhava". No piso por cima da "pocilga" dormiam, em condições bem diferentes das descritas à polícia, o homem que os levou para Espanha, a sua mulher, os seus filhos e um irmão. Havia uma espécie de garantia de que todos estariam sempre vigiados. O angariador, conforme já está apurado, recebia dos agricultores espanhóis montantes previamente acordados mas que nunca chegavam às mãos dos trabalhadores. Apesar do esquema de vigilância montado, acabaram por fugir. Chegaram a Portugal a pé e à boleia, e o relato das suas desventuras chegou à PJ. "Os trabalhadores recrutados eram transportados para Espanha pelo próprio arguido, que lhes retirava os documentos de identificação e os obrigava, mediante coacção e com recurso a ofensas à integridade física, a trabalhar de sol a sol sem que depois lhe entregasse qualquer retribuição pelo seu trabalho, impedindo-os, ainda, de regressar a Portugal", refere a polícia.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Morreu o Comandante Lassard dos filmes Academia de Polícia
George Gaynes tinha 98 anos e uma carreira feita sobretudo na comédia para cinema e televisão. (...)

Morreu o Comandante Lassard dos filmes Academia de Polícia
MINORIA(S): Animais Pontuação: 2 Mulheres Pontuação: 2 Homossexuais Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2016-12-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: George Gaynes tinha 98 anos e uma carreira feita sobretudo na comédia para cinema e televisão.
TEXTO: Arriscamos dizer que George Gaynes é um nome que a maioria de nós não conseguiria identificar de imediato como sendo de um actor, nem associar-lhe um rosto. Mas, se formos buscar a personagem que interpretou na saga Academia de Polícia, presença regular nas matinés de fim-de-semana na televisão portuguesa, é natural que muitos consigam lembrar-se de imediato de uma ou outra cena em que o distraído Comandante Eric Lassard, de atitudes inesperadas, toma conta da acção. Gaynes morreu na segunda-feira, em North Bend, Washington, aos 98 anos. A notícia foi confirmada ao diário The New York Times pela sua filha, Iya Gaynes Falcone Brown. Com uma carreira longa – retirou-se apenas em 2003, sendo Casados de Fresco o seu último filme -, George Gaynes é também conhecido pelo seu papel em Punky Brewster, uma popular sitcom americana dos anos 80 que lhe trouxe grande notoriedade quando o actor tinha já 67 anos. Nesta série para a NBC, Gaynes é Henry Warnimont, o administrador de um condomínio que, ao encontrar uma menina abandonada num dos apartamentos vazios, se torna seu pai adoptivo. A relação entre os dois, com um cachorrinho à mistura, é o fio condutor desta sitcom sobre a qual, lembra o diário americano, disse o actor: “As duas coisas que um actor mais teme são crianças e cães. Nesta série tenho os dois. ”A década de 80 foi, aliás, muito produtiva para Gaynes, que nasceu na Finlândia como George Jongejans, em 1917. O actor, que começou por ser cantor de ópera antes de se dedicar ao cinema e à televisão, teve no filme Tootsie (1982), em que contracena com um Dustin Hoffman em versão feminina e transformado numa estrela de telenovela, um dos seus melhores papéis. Dois anos mais tarde estreava-se como Eric Lassard no primeiro de sete filmes de Academia de Polícia (o último foi em 1994). O seu começo de carreira como cantor lírico (era barítono) deu-lhe, escreveram vários críticos, uma versatilidade invejável. Com uma infância e juventude passadas em França, Inglaterra e Suíça, Gaynes aterrou nos Estados Unidos depois da Segunda Guerra e juntou-se à Ópera de Nova Iorque, integrando diversas produções antes de começar a trabalhar na Broadway nos anos 1950, em espectáculos como Out of this World, de Cole Porter, e My Sister Eileen, com música de Leonard Bernstein. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Nas duas décadas seguintes, Gaynes fez carreira na televisão, participando em séries como The Defenders, Bonanza, Missão Impossível, Chicago Hope, Hogan's Heroes e The Six Million Dollar Man. A sua passagem pelo pequeno ecrã foi, aliás, duradoura e incluiu mais de 100 papéis em séries dramáticas e de comédia. A esse percurso recheado, devem juntar-se ainda os filmes, os musicais, óperas e operetas no EUA e na Europa. Apesar de ser um rosto imediatamente reconhecível, Geroge Gaynes nunca atingiu o estrelato, escreve a revista especializada Variety, e considerou-se sempre mais um actor do que um cantor lírico. O estrelato, ao que parece, não era coisa que o deslumbrasse, nem nos anos 80, em que ganhou grande notoriedade. Foi precisamente nessa altura em que, falando sobre o seu sucesso quando já tinha quase 70 anos, disse ao jornal The Times: “Já sou demasiado velho, já estou aqui há demasiado tempo para me entusiasmar com isso. É claro que fico feliz. A minha mulher está feliz porque podemos viajar mais e ela pode comprar uma nova capa para o sofá, mas conhecendo os caprichos do mundo do espectáculo, não posso levar [o sucesso] muito a sério. ”
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA