Tribunal aceita providência cautelar contra candidatura de Menezes ao Porto
A acção foi interposta pelo Movimento Revolução Branca. (...)

Tribunal aceita providência cautelar contra candidatura de Menezes ao Porto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-02-22 | Jornal Público
SUMÁRIO: A acção foi interposta pelo Movimento Revolução Branca.
TEXTO: Depois de o Tribunal Cível de Lisboa, também o Tribunal da Comarca do Porto aceitou a providência cautelar contra a candidatura de Luís Filipe Menezes à Câmara do Porto, nas eleições autárquicas deste ano. A acção popular foi interposta pelo Movimento Revolução Branca, que entende que a Lei de Limitação de Mandatos não permite candidaturas de autarcas com mais de três mandatos consecutivos a outras autarquias. “O Movimento cívico Revolução Branca informa que o 3. º Juízo Cível da Comarca do Porto recebeu liminarmente o procedimento cautelar instaurado, ordenando a notificação dos requeridos interessados, PSD e dr. Luís Filipe Menezes, para em dez dias deduzirem oposição ao peticionado, nos termos da lei. Prosseguirá, pois, a providência cautelar instaurada até competente decisão final”, lê-se num comunicado emitido hoje. Já a Comarca de Loures não aceitou a providência cautelar que movimento interpôs contra a candidatura de Fernando Costa, actual presidente da Câmara das Caldas da Rainha. “O tribunal não aceitou, mas não se pronunciou sobre a interpretação da lei em si, alegando que o escrutínio das incapacidades dos candidatos se fará nos termos e nos prazos da lei eleitoral autárquica”, afirmou ao PÚBLICO Pedro Pereira Pinto, da direcção do Movimento Revolução Branca. Pedro Pereira Pinto, advogado, revelou ainda que o tribunal terá argumentado que “nada garante que o PSD vá apresentar aquele candidato”. E, embora considere a decisão legítima, o advogado discorda da argumentação, tanto mais que, diz, “há uma deliberação formal do PSD sobre o nome de Fernando Costa”. “Nós continuamos a manter os nossos argumentos, porque houve um compromisso formal de um órgão estatutário, a comissão nacional, que ratificou o nome de Fernando Costa”, sublinha Pedro Pereira Pinto. Ao todo, o movimento apresentou sete acções populares, correspondentes a outros tantos concelhos, onde o PSD apresenta candidatos com vários mandatos autárquicos. Para além do Porto, Lisboa e Loures, o Movimento Revolução Branca aguarda uma resposta por parte dos tribunais de Tavira, Estremoz e Vila Real de Santo António (relativa à candidatura a Castro Marim)Em Tavira, o candidato é José Esteves, em Estremoz a escolha do partido recaiu em Pedro Lancha, e em Castro Marim o candidato é Fernando Amaral. No caso de Beja, o movimento já recebeu resposta do tribunal, que informou que “achava para já inoportuno a devida acção”. “Depois recebemos um pedido de mais dois tribunais para enviarmos os estatutos da nossa associação, para dar continuidade ao processo”, disse o dirigente. Sobre a candidatura de Castro Marim o Tribunal de Vila Real de Santo António nada disse. As eleições autárquicas devem realizar-se entre finais de Setembro e início de Outubro e o PSD é um dos partidos que mais candidaturas apresentam com autarcas que já ultrapassaram o limite de mandatos na mesma autarquia.
REFERÊNCIAS:
Partidos PSD
Italianos a votos com Bruxelas à espera dos resultados
Sair da crise, dizer “adeus” a Berlusconi e iniciar uma nova época é o que esperam muitos italianos. (...)

Italianos a votos com Bruxelas à espera dos resultados
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-02-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Sair da crise, dizer “adeus” a Berlusconi e iniciar uma nova época é o que esperam muitos italianos.
TEXTO: Mario Adinolfi ainda é deputado do Partido Democrático (PD), a formação de centro-esquerda que deverá sair vencedora das eleições de hoje e amanhã em Itália. Mas Adinolfi não vai contribuir para essa vitória. Nas listas para a Câmara dos Deputados votará Escolha Cívica, o grupo de Mario Monti, o homem que nos últimos 14 meses liderou um governo de “emergência nacional” sem ter ido a votos; para o Senado vota no Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo. Mais de 10% dos eleitores deverão votar em partidos diferentes para as duas câmaras do Parlamento – e esse é um dos dados que alimenta a incerteza sobre os resultados. Um terço dos perto de 50 milhões de eleitores ainda não tinha decidido o seu voto a cinco dias da abertura das urnas. As últimas sondagens, publicadas há duas semanas, antes do arranque oficial da campanha, davam vantagem ao PD (que concorre aliado ao Esquerda, Ecologia e Liberdade, do presidente da região da Apúlia, Nichi Vendola). Atrás, com cinco a seis por cento menos intenções de votos, surgia o bloco de direita formado pelo Povo da Liberdade (PdL) e pela Liga Norte, liderado uma vez mais pelo sobrevivente Silvio Berlusconi, que em Novembro de 2011 se viu obrigado a afastar-se do poder, entre os receios europeus de que a crise do euro arrastasse a Itália, a realidade da perda da maioria no Parlamento e as acusações de prostituição de menores e abuso de poder – cujo julgamento ainda decorre. Uma vez mais, o três vezes primeiro-ministro foi dado como morto antes de tempo. Desde que anunciou a intenção de se recandidatar, Berlusconi não parou de subir nas sondagens. Durante a campanha – particular entre outras razões por ter começado com o anúncio da renúncia do Papa Bento XVI, que ocupou o espaço mediático – fez, como habitualmente, promessas impossíveis (como devolver o IMI que Monti cobrou aos italianos em 2012) e alimentou polémicas. Sábado, por exemplo, dia de reflexão, como em Portugal, lançou mais um dos seus ataques contra a magistratura. “Os juízes são piores do que a máfia”, disse. É muito pouco provável que Berlusconi volte a liderar um governo. Pouco provável mas não impossível. Pier Luigi Bersani deverá vencer as eleições na Câmara dos Deputados mas poderá precisar de uma aliança para controlar o Senado e formar governo. No Senado, o prémio de maioria previsto pela lei eleitoral para o partido ou bloco mais votado é atribuído região a região. Regiões como a Lombardia, a mais populosa das 20 em que se divide a Itália e, por isso, a que elege mais senadores, podem significar o controlo da câmara alta – e as sondagens davam um empate na Lombardia entre o centro-esquerda de Bersani e o centro-direita de Berlusconi e da Liga. Monti com o PDNo limite, se Berlusconi controlar o Senado, nada o impede de dizer ao Presidente da República, Giorgio Napolitano, que deseja formar governo. Para isso teria de negociar uma coligação – com a Escolha Cívica de Monti, por exemplo. Monti nunca aceitaria um executivo em que Berlusconi fosse presidente do Conselho, mas o mesmo não é certo caso este se afastasse para dar lugar a Angelino Alfano, secretário-geral do PdL. Muito mais provável é que seja Bersani a aliar-se aos partidos de centro que apoiam a candidatura de Monti para formar governo. Será a reedição da grande coligação de centro-esquerda à imagem da União com que Romano Prodi venceu as eleições de 2006, desta vez com a esquerda de Vendola (em vez da Refundação Comunista), os católicos de Monti (no lugar da Margarida de Prodi) e o centro-esquerda moderado que é o PD de Bersani. “Será pouco diferente daquilo que já conhecemos e prevejo que dure pouco”, antecipa Mario Adinolfi. O blogger e jornalista, ex-candidato à liderança do PD e à câmara de Roma (à frente de um grupo de jovens que já em 2001 propunha uma democracia directa via Internet), teme que Bersani se alie apenas a parte do bloco que apoia Monti, aos democratas-cristãos da UCD de Pierferdinando Casini, o veterano político que já foi presidente da Câmara dos Deputados e já garantiu a Berlusconi a maioria para governar. Romano Prodi só esteve dois anos no governo – dois anos repletos de sobressaltos, com inúmeros votos de confiança e moções de censura, numa tentativa impossível de equilibrar as diferentes tendências que o tinham conduzido ao poder. De megafone a cicloneTudo isto é possível mas há mais. Há o Movimento 5 Estrelas, criado há menos de nada por Beppe Grillo e ao qual as sondagens antecipam 16%. As listas de cidadãos escolhidas através de votações online do comediante (que não é candidato) já surpreenderam no último ano. Venceram quatro câmaras municipais em Maio, incluindo a da grande Parma, e tornaram-se no partido mais votado entre os sicilianos, nas eleições regionais de Outubro. Os políticos e os comentadores costumam chamar “megafone” a Grillo; agora chamam-lhe “ciclone”. O 5 Estrelas também pode ter uma palavra a dizer no Senado, mas esta é uma das grandes incertezas do pós-sufrágio em Itália. Os parlamentares de Grillo não têm experiência política, são independentes e heterógenos, jovens no país com os mais velhos políticos da Europa. Propõem-se liderar uma “revolução dos cidadãos” quando os partidos tradicionais de centro estão em crise e os movimentos de cidadania proliferam em parte da Europa. É pouco provável que estejam disponíveis para oferecer governabilidade à velha classe política. Novidades e mau-tempoIndependentemente dos resultados, estas eleições assinalam o início do pós-berlusconismo, 20 anos depois do seu advento. A não ser que se assista a um bloqueio total, num cenário em que ninguém consiga formar governo e novas eleições sejam marcadas para daqui a poucos meses, esta foi provavelmente a última campanha de Berlusconi e poderá ter sido última de toda uma geração – de políticos, de alianças e de maiorias, de equilíbrios. O momento é especial por isso. E por causa da crise do euro e da Europa. “A estabilidade italiana é uma questão de importância europeia e mundial, como o convite de Barack Obama ao Presidente Giorgio Napolitano [para um encontro no dia 15 na Casa Branca] demonstrou”, diz Giacomo Marramao, professor de Filosofia Política na Universidade Roma 3. Na Lombardia, o domingo acordou com neve . Neva noutras regiões do país e cai chuva forte noutras tantas. O mau tempo, pouco habitual em eleições legislativas (que se realizam habitualmente em Março ou Abril), ameaça principalmente o PD e o PdL, os partidos com um eleitorado mais envelhecido. A chuva e a neve podem ajudar os dois novos blocos que se apresentam a votos, o de Monti e o de Grillo, ambos capazes de roubar votos à esquerda e à direita. Será preciso esperar pela contagem de todos os votos para perceber que futuro aguarda os italianos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave lei homem prostituição morto abuso
Ao minuto: a noite de Óscares 2013
Acompanhe nesta página a noite mais longa do cinema norte-americano. A 85.ª edição dos Óscares começa às 17h em Los Angeles (1h em Portugal continental). Os vencedores, os derrotados, as opiniões dos críticos e o chat com os leitores vão passar por aqui. (...)

Ao minuto: a noite de Óscares 2013
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-02-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: Acompanhe nesta página a noite mais longa do cinema norte-americano. A 85.ª edição dos Óscares começa às 17h em Los Angeles (1h em Portugal continental). Os vencedores, os derrotados, as opiniões dos críticos e o chat com os leitores vão passar por aqui.
TEXTO: Para aceder ao chat, clique aqui05:14 Resumindo: a noite terminou com os prémios muito repartidos. Terá sido uma das edições mais divididas dos últimos anos. O filme que mais troféus arrecada é A Vida de Pi, com quatro (realizador, fotografia, banda sonora e efeitos visuais). Com três Óscares há dois filmes: Argo (melhor filme, argumento adaptado e montagem) e Os Miseráveis (actriz secundária, caracterização e mistura de som). Com dois prémios há uma série de filmes, incluindo Django Libertado (actor secundário e argumento). Não se poderá dizer que haja um vencedor destacado, mas há certamente um derrotado claríssimo: Lincoln. O filme de Steven Spielberg estava nomeado para 12 das 24 categorias, e levou para casa duas estatuetas (actor e cenografia). Os leitores do PÚBLICO, na votação online que decorreu nas últimas três semanas, também acertaram numa coisa: no equilíbrio que marcou a 85. ª edição dos Óscares. Se fossem eles a decidir os troféus, na categoria principal teria havido um empate entre Argo e Django Libertado. Dito isto, até para o ano. 05:02 Tal como se esperava, Argo conquistou o prémio mais cobiçado da noite: melhor filme do ano. A vitória foi anunciada, de forma surpreendente, pela primeira dama dos EUA, Michelle Obama, que se juntou em directo à cerimónia de Los Angeles a partir da Casa Branca, em Washington. 04:54 Nas categorias principais de interpretação, ganham Daniel Day-Lewis, pelo papel em Lincoln, e Jennifer Lawrence, pela participação em Guia para um Final Feliz. 04:37 Ang Lee repete a vitótia de 2006 (O Segredo de Brokeback Mountain) e arrecada o Óscar para melhor realizador por A Vida de Pi. Uma vitória surpreendente, que poucos previram (o crítico do PÚBLICO Jorge Mourinha foi um deles). 04:30 E Dustin Hoffman disse: "E o Óscar vai para. . . Mr. Quentin Tarantino. " Dezoito anos depois de ganhar com Pulp Fiction, o realizador voltou a ganhar uma estatueta dourada, desta vez por Django Libertado, para melhor argumento original. 04:26 Chris Terrio adaptou The Master of Disguise, escreveu Argo e hoje ganhou o Óscar para melhor argumento adaptado. 04:24 Mia Farrow, incendiária no Twitter. 04:23 Conan O'Brien antecipa a vencedora na categoria de melhor actriz. 04:18 Adele leva para o Reino Unido o Óscar para melhor canção original, por Skyfall. 04:16 Performance de Barbara Streisand merece os aplausos de Oprah Winfrey. 04:12 A melhor banda sonora é a de A Vida de Pi, de Mychael Danna. A contar: terceiro Óscar para o filme. 04:09 Um dos momentos mais divertidos da noite já chegou ao YouTube. É o diálogo de Mark Walhberg com. . . Ted, o próprio. 03:52 Lincoln, Óscar para melhor cenografia. É o primeiro da noite para o filme de Steven Spielberg sobre o 16. º Presidente norte-americano, numa conturbada fase da história dos EUA, apesar de ser o mais nomeado (12 citações). 03:4203:36 Primeiro Óscar da noite para Argo: melhor montagem. "Ben, partilho isto contigo", disse William Goldenberg, dirigindo-se ao "irmão" Affleck. 03:25 O 14. º Óscar da gala foi para as mãos da actriz Anne Hathaway, pelo papel secundário em Os Miseráveis, que assim arrecada o seu terceiro troféu da noite. 03:21 O actor Channing Tatum partilha fotografia nos bastidores dos Óscares. 03:19 Dois acontecimentos inesperados numa única categoria. Primeiro, há um empate: são dois os filmes vencedores para melhor montagem de som. Segundo, 00h30: A Hora Negra é um deles. O filme de Kathryn Bigelow partilha o Óscar com Skyfall. Primeira vitória da noite para ambos. 03:16 Andy Nelson, Mark Paterson e Simon Haye subiram ao palco para receberem mais um Óscar para Os Miseráveis, na categoria de melhor mistura de som. É o segundo para o filme de Tom Hooper. 03:0502:5702:5702:53 Amor é, como esperado, o melhor filme estrangeiro. "Obrigado a Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva [protagonistas de Amor]. Sem eles, não estaria aqui", agradeceu o austríaco Michael Haneke. 02:49 Searching for Sugar Man, que conta a incrível história de Sixto Rodriguez, distinguido com o Óscar para melhor documentário. O filme está comprado para distribuição em Portugal. Quanto ao músico, que apenas editou dois álbuns no início dos anos 1970 e que se transformou, sem saber, numa super-estrela na África do Sul, não esteve na cerimónia. "Rodriguez não está aqui esta noite porque não quis qualquer crédito pelo filme. Isso diz tudo o que há para dizer sobre ele", sublinhou o produtor Simon Chinn. 02:4402:40 O prémio para a melhor curta-metragem documentário foi para Inocente. 02:35 Óscar para melhor curta-metragem foi para Curfew02:27 O cinquentenário de 007 chega ao Dolby Theatre. Enquanto dura a homenagem e Shirley Bassey canta, recuperamos a rábula que o apresentador Seth MacFarlane gravou com James Bond para antecipar a cerimónia. 02:2302:22 Os Miseráveis estreiam-se com o Óscar para melhor caracterização. Lisa Westcott e Julie Dartnell levam a estatuetas. Isto significa que Hitchcock vai para casa de mãos vazias: o filme de Sacha Gervasi só estava nomeado nesta categoria. 02:19 Era a favorita e ganhou: Jacqueline Durran, que já tinha arrecadado o Bafta para melhor guarda-roupa, venceu esta noite na mesma categoria. Primeiro Óscar para Anna Karenina. 02:11 Segundo Óscar seguido para A Vida de Pi. Vence agora a estatueta para melhores efeitos especiais. Sobem ao palco Bill Westenhofer, Guillaume Rocheron, Erik-Jan de Boer e Donald R. Elliott. Os agradecimentos eram tantos que o discurso não chegou ao fim: foram cortados pela música. 02:09 A Vida de Pi, com 11 nomeações, recebe o primeiro Óscar da noite: melhor fotografia, para Claudio Miranda. 02:04 Brave - Indomável é o melhor filme de animação. A Pixar volta a vencer nos Óscares. 02:03 Paperman pode ser visto online na íntegra. A curta não foi, contudo, disponilizada na Internet de forma oficial pela Disney mas por utilizadores do YouTube. 01:58 Segue-se o prémio para melhor curta-metragem de animação. O vencedor é: Paperman, de John Kars. 01:48 Vai ser anunciado o primeiro prémio da noite, o Óscar para melhor actor secundário. Anuncia e entrega a actriz Octavia Spencer, galardoada nesta categoria, entre mulheres, em 2012. E o Óscar vai para Christoph Waltz, no filme Django Libertado. É o segundo triunfo deste austríaco, nesta categoria. 01:42 Mia Farrow não gostou do número musical de Seth MacFarlane no monólogo de abertura, We saw your boobs. 01:32 Começou a cerminónia. E ao contrário do que era habitual, o anfitrião não protagonizou um mini-musical no arranque01:18 Aparentemente há problemas no chat aqui ao lado, por razões a que somos alheios. A alguns pode estar a aparecer uma mensagem de alerta a dizer que o servidor do Coveritlive, que presta este serviço de chat, está com muito trabalho nesta noite e, por isso, instável. 01:04 E o Óscar de melhor filme vai para. . . Se fossem os leitores do PÚBLICO online a decidir, este prémio seria dividido ao meio: metade iria para Argo, outra metade para Django Libertado. O resto dos resultados nas 24 categorias está aqui. 00:36 Boa noite, sejam bem-vindos à noite dos Óscares no PÚBLICO online
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Entidades EUA
Os londrinos querem o seu Banksy de volta
O mural do mais conhecido "street artist" do mundo foi roubado há uma semana para reaparecer nos EUA, onde este sábado foi retirado de um leilão em Miami. (...)

Os londrinos querem o seu Banksy de volta
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DATA: 2013-02-25 | Jornal Público
SUMÁRIO: O mural do mais conhecido "street artist" do mundo foi roubado há uma semana para reaparecer nos EUA, onde este sábado foi retirado de um leilão em Miami.
TEXTO: Crianças, adolescentes, jovens adultos e alguns adultos não tão jovens. Muitos deles a empunhar cartazes onde se lê: "Tragam o nosso Banksy de volta". É isso que a comunidade de Wood Green tem exigido ao longo da última semana e é isso que poderá estar mais perto de conseguir desde que, este sábado, a leiloeira norte-americana Fine Art Auctions Miami (FAAM) decidiu recuar e retirar do mercado o mural "Slave Labour". Os conteúdos políticos da imagem são fortes: um rapaz de pele escura está ajoelhado a trabalhar numa antiga máquina de costura de onde vai saindo uma grinalda de bandeiras britânicas. Banksy, o mais conhecido street artist do mundo, pintou este mural em Maio de 2012 na parede de uma loja da zona Norte de Londres. Foi pouco antes do início das celebrações do Jubileu de Diamante da rainha Isabel II. E a imagem esteve na sua parede até ao fim-de-semana passado, quando desapareceu misteriosamente, deixando atrás de si um buraco de cimento. Para depois reaparecer em Miami, nos Estados Unidos, com a Fine Art Auctions a preparar-se para o levar à praça com uma expectativa de venda de mais de meio milhão de euros. Mais concretamente, 517 mil euros. "Apesar de não haver qualquer tipo de questão legal respeitante à venda dos lotes seis e sete de Banksy, a FAAM convenceu os seus expedidores a retirar esses lotes do leilão e a recuperar a sua autoridade sobre os trabalhos", fez saber um porta-voz da leiloeira citado pela BBC. Não foi apresentada qualquer justificação para a retirada das peças do leilão. Mas, segundo a BBC, o leilão foi parado quando já estava em curso e quando haveria até já uma primeira licitação. De 400 mil dólares (303 mil euros). Claire Kober, principal responsável política do municipio a que pertence Wood Green, explicou à BBC que "o verdadeiro crédito é da comunidade". Terá sido a campanha promovida pelos moradores locais que "ajudou a parar a venda desta obra de arte". Kober anunciou também que o poder local "continuará a explorar todas as opções para trazer Banksy de volta à comunidade a que pertence". Poderá acontecer ou não. E, a acontecer a obra poderá não voltar exactamente ao seu sítio original. O buraco deixado na parede de onde foi retirada foi entretanto enchido a cimento. E depois começaram a aparecer as novas imagens. Uma das primeiras alerta: "Perigo, ladrões". A mais recente é de uma mulher com hábito de freira e uma estrela rosa sobre o olho direito. Segundo a BBC, não se sabe se foi feita por Banksy. A agência Reuters fotografou de costas o homem que fez essa intervenção. Também o entrevistou. Ele identificou-se como um protestante contra o roubo do mural de Banksy. A imagem que deixou no mesmo lugar não é um graffito, antes uma colagem a papel. Com ou sem outras imagens no mesmo lugar, há mais do que motivos para a comunidade de Wood Green não ter grandes certezas sobre o regresso de Slave Labour: em 2011, uma outra intervenção de Banksy, conhecida como Sperm Alarm, foi tirada da parede de um hotel do centro de Londres para aparecer depois à venda na Internet por 17 mil libras (19, 5 mil euros). Nunca foi recuperada.
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Palavras-chave mulher rainha homem comunidade
Cientistas brasileiros querem estudar coração de D. Pedro IV, que está no Porto
Estudo de doenças cardíacas e obtenção de ADN estão entre objectivos da equipa. (...)

Cientistas brasileiros querem estudar coração de D. Pedro IV, que está no Porto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-02-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estudo de doenças cardíacas e obtenção de ADN estão entre objectivos da equipa.
TEXTO: Cientistas brasileiros que exumaram corpos da família imperial preparam um pedido oficial ao Governo português para estudar o coração de D. Pedro I do Brasil, D. Pedro IV de Portugal, conservado e mantido no Porto. Um dos médicos patologistas responsáveis pela investigação, Carlos Augusto Pasqualucci, da Universidade de São Paulo, explicou à Lusa que seria necessária a retirada de um fragmento quase impercetível – cerca de três milímetros – para a realização de uma biopsia. “É uma agulha tão fina que passa impercetível, não altera em nada o aspecto do coração. E seja qual for o planeamento [da investigação], obviamente que o coração irá regressar à cidade do Porto, como era desejo pessoal de D. Pedro", explicou Carlos Augusto Pasqualucci. De acordo com o patologista, a partir da biopsia seria possível detectar eventuais doenças no miocárdio, inclusivamente as provocadas por processos infecciosos noutros órgãos, como a tuberculose, apontada como causa oficial de sua morte. “É possível identificar doenças causadas por processo infeccioso, além das doenças no próprio coração”, afirmou o investigador, dizendo que a equipa precisa de ter um pouco de “sorte”, dada a pequena área do tecido utilizada num exame desse tipo. Pasqualucci disse que “o fragmento utilizado é muito pequeno”, pelo que é preciso que seja colhido um tecido que apresente “alteração cardíaca”. O médico avançou ainda que na análise dos restos mortais de D. Pedro IV, no ano passado, foi retirado um “micro-pedaço” de um osso da mão, a partir do qual tentarão obter ADN. “Vamos tentar fazer a extracção do ADN a partir desse ossículo, mas não é garantido que se consiga. Se tivermos a possibilidade de ter acesso a um pequeno fragmento do coração, ajudaria também nesse processo. ”A investigação integra uma bateria de análises realizadas no ano passado aos restos mortais de D. Pedro IV e das suas duas mulheres, Leopoldina e Amélia. O estudo fez parte da tese de mestrado da historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo e a avaliação do coração fará parte de seu doutoramento, que deverá iniciar-se este ano.
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Palavras-chave morte estudo mulheres
Agência de notícias iraniana censura vestido de Michelle Obama
Primeira-dama dos Estados Unidos apareceu na agência de notícias iraniana com os ombros e o pescoço tapados. (...)

Agência de notícias iraniana censura vestido de Michelle Obama
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-02-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Primeira-dama dos Estados Unidos apareceu na agência de notícias iraniana com os ombros e o pescoço tapados.
TEXTO: Michelle Obama não esteve em Los Angeles na cerimónia de entrega dos Óscares, mas, para surpresa geral, apareceu em directo da Casa Branca para anunciar o vencedor da estatueta de melhor filme, entregue a Argo, sobre a crise dos reféns norte-americanos no Irão. O Irão, que já não tinha achado muita piada ao filme, agora também não gostou do vestido da primeira-dama e alterou-o para que Michelle aparecesse mais tapada. No domingo, quem assistiu em directo à cerimónia dos Óscares viu Michelle Obama apresentar o último prémio elegantemente vestida. Uma imagem que não passou depois para o Irão, através da agência iraniana Fars News, que recorreu ao Photoshop para alterar o vestido da primeira-dama de forma a cobrir o decote e os ombros da primeira-dama. No Irão, são muitas as regras que impedem que o corpo feminino seja visto na televisão e, ao que parece, Michelle Obama não cumpria os requisitos. As regras ditam que para aparecerem na televisão as mulheres têm de usar um hijab, o véu islâmico, que cobre o cabelo. Os braços e as pernas também devem estar cobertas. Quando se trata de uma mulher estrangeira, ditam as regas que, se viver na república islâmica, tem de se submeter às mesmas restrições. Caso se trate de imagens de fora, como foi este o caso, não é necessário o uso do véu, mas, mesmo assim, existem limites. O recurso a Photoshop não é novidade no Irão, sendo mesmo uma prática recorrente quando não existem outras imagens de um certo acontecimento. Já muitos actores e dignitários foram vítimas deste tipo de censura. . . ou cobertura. O mesmo acontece com os filmes estrangeiros que são transmitidos na televisão iraniana e que são editados fotograma a fotograma, para que todos os actores estejam cobertos. Muitas vezes acabam mesmo por ser retirados de certos planos. Na mesma notícia em que Michelle Obama aparecia com o vestido alterado, a agência de notícias, com ligações aos Guardas Revolucionários iranianos, criticou a escolha de Argo, considerando o filme de Ben Affleck como “anti-iraniano” e produzido por “uma empresa sionista”. Estas críticas foram multiplicadas pelos vários meios de comunicação iranianos, que consideraram que Argo passa uma imagem negativa dos iranianos, não se fazendo a distinção entre os cidadãos comuns e aqueles que estiveram por trás da crise dos reféns no Irão. Já em Janeiro, o Irão tinha garantido que iria responder a Affleck com um filme que transmitisse a sua própria versão dos acontecimentos. Antes disso, em Setembro, Mohammad Hosseini, ministro da Cultura do Irão, anunciou um boicote aos Óscares, retirando a candidatura ao Óscar de melhor filme estrangeiro, e apelando à comunidade islâmica para que seguisse os mesmos passos. Desta vez a causa não foi Argo, mas o filme, considerado anti-islão, Innocence of Muslims, produzido nos Estados Unidos. Depois de, em 2012, o Óscar de melhor filme estrangeiro ter sido entregue a A Separação, do iraniano Asghar Farhadi, A Cube of Sugar, comédia dramática de Reza Mirkarimi, era o candidato escolhido deste ano, mas não chegou a concorrer, por opção do Irão.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave cultura mulher comunidade mulheres corpo
Três mortos em tiroteio na Suíça
O ataque ocorreu numa fábrica perto da cidade de Lucerna. Polícia diz que há três mortos, incluindo o atirador, e sete feridos, cinco dos quais com gravidade. (...)

Três mortos em tiroteio na Suíça
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento -0.2
DATA: 2013-02-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ataque ocorreu numa fábrica perto da cidade de Lucerna. Polícia diz que há três mortos, incluindo o atirador, e sete feridos, cinco dos quais com gravidade.
TEXTO: A polícia suíça confirmou que há três mortos e sete feridos na sequência de um tiroteio ocorrido na manhã desta quarta-feira numa fábrica em Menznau, perto da cidade de Lucerna. Um dos mortos é o atirador, acrescentou a polícia. Este era um homem de 42 anos, suíço, que trabalhava na empresa há mais de dez anos, disse em conferência de imprensa o chefe da polícia criminal de Lucerna, Daniel Bussmann. "Ele disparou a sua arma, uma pistola, contra alvos específicos", acrescentou, dizendo que o motivo do crime está ainda a ser investigado. O incidente ocorreu numa fábrica da empresa Kronospan, na parte alemã da Suíça. Uma testemunha citada pelo jornal Neue Luzerner Zeitung tinha falado em pelo menos cinco mortos no ataque, que terá ocorrido numa fábrica de aglomerado de madeira, perto da cantina, por volta das 9h (hora local). A empresa, lembra ainda o jornal de Lucerna, tinha sido notícia há dias por anunciar que iria diminuir a produção devido à falta de madeira. Na fábrica de Lucerna trabalham perto de 400 pessoas. O suspeito era descrito como um homem normal, que não se destacava. Mas um dos trabalhadores contou ao jornal que o suspeito atirador tinha mostrado sinais de problemas psicológicos. Falava sozinho e às vezes entrava em conversas de forma inapropriada, relatou. O director de um jornal lusófono na região, Adelino Sá, disse à agência Lusa que o autor dos disparos teria problemas com as chefias e que teria sido despedido. Um outro jornalista descreveu o ambiente no local como "meio fantasmagórico" apesar da azáfama dos cerca de 20 carros de polícia e emergência médica e três helicópteros que levavam os feridos graves para o hospital. No mês passado, um homem armado matou três mulheres e deixou dois homens feridos na localidade de Daillon, o que provocou um debate sobre a posse de armas na Suíça. No país, é permitido que os homens mantenham as armas depois do serviço militar obrigatório. Não há nenhum registo nacional de armas, mas algumas estimativas indicam que pelo menos um em cada três habitantes da Suíça tem uma arma, segundo a agência Reuters. Cidadãos que não estejam no exército podem pedir uma licença para até três armas, a partir dos 18 anos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homens ataque homem mulheres
“Hoje, a Igreja está viva” e Bento XVI promete continuar nela
“Nunca estarás sozinho”, disseram ao Papa os fiéis emocionados que dele se despediram na Praça de São Pedro. (...)

“Hoje, a Igreja está viva” e Bento XVI promete continuar nela
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.1
DATA: 2013-02-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: “Nunca estarás sozinho”, disseram ao Papa os fiéis emocionados que dele se despediram na Praça de São Pedro.
TEXTO: Os fiéis viram que se emocionava e emocionaram-se com ele. O último acto público de Bento XVI enquanto Papa foi a audiência geral aos bispos desta manhã. Os bispos vieram, mas quem encheu a praça de sorrisos e suspiros, de olhares e de silêncios cúmplices, foram dezenas e dezenas de milhares de fiéis comuns, homens e mulheres de hábito religioso ou civis de fé. “Obrigado, obrigado!”, “Obrigado, Santidade!”, assim o receberam, entre tantos aplausos e agitar de bandeiras, de Itália, do Vaticano, de Portugal, dos Estados Unidos, da Índia, da África do Sul, da Alemanha, de Espanha, do Brasil. . . “Viva o Papa, viva o Papa!”, “Bento, Bento, Bento!”, assim dele se despediram, uma hora e meia depois da chegada à Praça de São Pedro, que pela última vez percorreu no interior do Papamóvel. O Papa usou o seu último discurso para agradecer “sobretudo a Deus” e aos presentes: “Estou realmente comovido”. Agradeceu a todos os que o acompanharam ao longo dos últimos oito anos e quis pedir-lhes que rezem com ele pela Igreja. Agradeceu ainda “aos cardeais”: “A vossa sabedoria, os vossos conselhos, a vossa amizade”. E ao corpo diplomático, “que permite a existência da grande família das nações junto da Santa Sé”. Partilhou ter pedido “com insistência a Deus” que o iluminasse para o “fazer tomar a decisão mais justa”, a da renúncia. “Não para o meu bem, mas para o bem da Igreja. É o Senhor que me pede isto…”. Tal como duvidara e rezara quando foi eleito. “Senhor, por que me pedes isto? É um grande peso que coloco sobre os ombros. Mas, se me pedes, confio em ti. ”A praça, que o escutava no silêncio quase absoluto, interrompia para o aplaudir. E de novo, mais à frente, quando disse: “Amar a Igreja significa ter a coragem de fazer escolhas difíceis, sofridas”. “Todos nós sabemos que a palavra da verdade é a força da Igreja e a sua vida”, disse, para depois evocar “os momentos de alegria e de luz” “e os “momentos não-fáceis” que marcaram o seu pontificado. “Eu sempre soube que a barca da Igreja não é nossa, mas é Sua. E o Senhor não a deixa afundar. É ele que a conduz certamente, mesmo que através dos homens que escolhe”, afirmou, tantas vezes interrompido por aplausos. Essa é “uma certeza que nada pode ofuscar”. Lembrando as viagens e os peregrinos que encontrou enquanto Papa e as cartas que tantos “irmãos e irmãs, e filhos e filhas” lhe escreveram, repetiu que, “hoje, a Igreja está viva” e que “a Igreja é um corpo vivo”. Um corpo que ele pôde experimentar de uma forma especial. “Experimentar a Igreja deste modo é quase como poder tocar-lhe com as mãos. ” “O Papa pertence a todos e todos lhe pertencem”, garantiu. “A minha decisão de renunciar não muda isto. Não abandono a cruz, permaneço nela. Continuarei a dedicar-me à Igreja. ”Antes de se despedir, o homem que será Papa até às 20h de quinta-feira (19h em Portugal continental), momento em que deixará o Vaticano, disse que rezará “pelos cardeais chamados a uma escolha difícil” e pelo “novo sucessor”. Depois, pediu a todos para nunca perderem a fé. “Cada um de nós vive alegre, na certeza de que o Senhor está por perto, nunca nos abandona, está junto de nós com o seu amor. Obrigado. ”Bento XVI sorriu e a praça aplaudiu. Dois minutos durou o sorriso, um pouco mais os aplausos, os cardeais de pé, o resto da praça emocionada. “Obrigado!”, gritou-se. “Viva o Papa!”, também. Seguiram-se os agradecimentos nas várias línguas em que antes o Papa fizera a leitura da catequese. E as mãos dos fiéis, muitas antes quietas e pousadas sobre o peito, puderam então aplaudir sem interrupções. Até a voz do Papa se voltar a ouvir, na oração do Pai Nosso em latim, e a praça a rezar com ele, baixinho. Coragem e obrigado“Nunca estarás sozinho”, lia-se num dos muitos cartazes com mensagens que o Papa pôde ler nesta manhã de céu limpo e azul, com o sol a temperar o frio de fim de Fevereiro em Roma. “Que viva o Papa, que viva o Papa!”, gritou-se por fim. “Bento, Bento, Bento!”Eram 12h em Roma (uma hora a menos em Lisboa) quando Bento XVI desceu do altar diante da Basílica de São Pedro e entrou de novo no Papamóvel para o último adeus, prolongado e sereno. “Foi um momento muito difícil para ele, cheio de amor e de dor”, diz com um sorriso aberto Pascal Fomonyuy, franciscano dos Camarões a estudar em Roma. “Foi um bom exemplo. O que posso fazer faço, o que não posso não faço, não me obrigo a fazer sem poder. ” Foi esta, para o frade de 36 anos, a lição de Ratzinger. Pascal vê-o “como um profeta vivo”, mas despede-se dele com “tranquilidade”, cheio de “encorajamento”. Agora, resta esperar e aceitar a escolha do sucessor: “A Igreja é de Cristo, não é de Bento”. Se tivesse podido falar-lhe nesta manhã, na sua última audiência, Pascal teria poucas palavras para Bento XVI. “Coragem. Obrigado. Amo-te. ”
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Crianças da Zona Centro são as que têm mais cáries
Estudo apresentado no Dia Mundial da Saúde Oral mostra que há cada vez menos crianças em Portugal com cáries, mas que, mesmo assim, ainda são 40%. (...)

Crianças da Zona Centro são as que têm mais cáries
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.5
DATA: 2013-03-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Estudo apresentado no Dia Mundial da Saúde Oral mostra que há cada vez menos crianças em Portugal com cáries, mas que, mesmo assim, ainda são 40%.
TEXTO: Cada vez menos crianças com seis e com 12 anos têm cáries, mas ainda persistem algumas desigualdades a nível nacional, indicam os dados preliminares do terceiro Estudo Nacional de Prevalência das Doenças Orais, que foi apresentado nesta quarta-feira, em Lisboa, no âmbito do Dia Mundial da Saúde Oral. De acordo com o estudo, 60% das crianças com seis anos não têm cáries, um número que subiu nove pontos percentuais em relação a 2006 e 27 pontos em relação a 2000, quando o número se ficou nos 33%. Ainda assim, persistem algumas desigualdades, com a Zona Centro do país a ser aquela que apresenta mais crianças desta idade com cáries: 53%. Segue-se o Norte, com 46% das crianças ainda com cáries, Lisboa e Vale do Tejo, com 40%, Algarve, com 34%, e Alentejo, com 29%. Na apresentação no encontro organizado pela Ordem dos Médicos Dentistas, Cristina Cádima, do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, da Direcção-Geral da Saúde (DGS), em relação às crianças com 12 anos, explicou que 56% não tinham cáries, sendo que mais uma vez o Centro é a região com piores resultados, com 51% das crianças desta idade sem cáries, seguido pelo Norte, com 53%, Algarve e Lisboa e Vale do Tejo, ambos com 58%, e Alentejo, com 53%. A recolha dos dados foi feita de forma aleatória e a amostra foi constituída por cerca de 2600 crianças dos grupos etários dos seis e dos 12 anos. Menos dentes estragados e mais dentes tratadosO estudo avaliou ainda a média do número de dentes com cáries, perdidos ou obturados (tratados) que as crianças tinham (o chamado índice CPOD) e também aqui se registaram algumas melhorias. Como o programa começa aos seis anos, o índice focou-se nas crianças com 12 anos e percebeu-se que cada uma tinha, em média, 0, 77 dentes cariados, perdidos ou obturados, quando em 2006 este número ficava nos 1, 48. Relativamente a este índice, a meta definida pela Organização Mundial de Saúde, a atingir até 2020, corresponde a 1, 50, pelo que Portugal já ultrapassou confortavelmente a meta. Além disso, verifica-se que a percentagem de dentes tratados (61%) cresceu, o que também significa que se está a conseguir garantir o acesso aos tratamentos médicos. Em 2006, além do índice ter um valor superior, só 44% representavam dentes obturados. Em 2000 eram 18%. O estudo surge numa altura em que os chamados cheques-dentista, criados em 2008 pela então ministra da Saúde, Ana Jorge, já contam com cinco anos de existência e quando estão em curso vários programas de sensibilização e prevenção junto das escolas. Segundo o balanço feito na conferência pelo coordenador do Programa de Promoção da Saúde Oral da DGS, Rui Calado, os cheques-dentista já permitiram fazer quase cinco milhões de intervenções dentárias junto das populações definidas como prioritárias: mulheres grávidas, idosos, crianças e jovens e doentes com VIH/sida. Aposta nos jardins-de-infânciaQuanto ao futuro, o responsável acredita que o caminho passa por apostar ainda mais na prevenção e intervir mais cedo, nomeadamente junto dos jardins-de-infância, para continuar a convergir com as metas da Organização Mundial de Saúde para a saúde oral. No encerramento da conferência, o ministro da Saúde destacou as escolas como “autênticas instituições promotoras da saúde oral” e anunciou que o projecto SOBE, que intervém nas bibliotecas escolares, juntando a DGS, o Plano Nacional de Leitura e a Rede Nacional de Bibliotecas Escolares, acaba de vencer os World Dental Hygienist Awards. Depois, em declarações aos jornalistas, Paulo Macedo adiantou que pretende manter o projecto dos cheques-dentista. “Queremos manter os tratamentos à população”, garantiu o ministro da Saúde, dizendo que está a conversar com a Ordem dos Médicos Dentistas no sentido de com a actual verba conseguir chegar a mais pessoas. Questionado sobre se está em estudo a criação de um programa de rastreio para o cancro oral, pedido por muitos dos profissionais do sector, Macedo explicou que se estão a delinear planos com a DGS, mas que ainda é preciso ver, em termos financeiros, quais as possibilidades. A este propósito, o director-geral da Saúde, Francisco George, sem adiantar verbas necessárias, disse que o objectivo passa por conseguir fazer 5000 biopsias num ano.
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A Santa Sé vai ser um país na Bienal de Veneza
O Vaticano terá pela primeira vez um pavilhão na mais antiga e importante bienal de arte do mundo (...)

A Santa Sé vai ser um país na Bienal de Veneza
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-03-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Vaticano terá pela primeira vez um pavilhão na mais antiga e importante bienal de arte do mundo
TEXTO: Há vários anos que o cardeal Gianfraco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, conhecido como o ministério da Cultura do Vaticano, vinha dando passos na direcção de Veneza. Este ano, o seu desejo concretiza-se: o Vaticano, reconhecido como Estado soberano, terá um pavilhão nacional no Arsenal, entre os 88 países que de Junho a Novembro terão representações oficiais na mais importante e antiga bienal de artes plásticas do mundo. Tal como aconteceu com países como Angola, até esta quinta-feira a Bienal não tinha divulgado qualquer pormenor sobre a participação do Vaticano, que nos materiais de divulgação surge identificado como Santa Sé. Mas, em 2008, numa passagem por Lisboa, Ravasi, que esteve 18 anos à frente da prestigiada Biblioteca Ambrosiana, em Milão, responsável por um acervo de cerca de 30 mil manuscritos, entre os quais o Codex Atlanticus, de Leonardo da Vinci, deu pistas sobre o tipo de artista com que se imagina a estabelecer parcerias. Em entrevista ao PÚBLICO, quando faltavam três anos para a abdicação de Ratzinger e não era ainda apontado como um potencial sucessor de Bento XVI, Ravasi explicou: “Quero que a grande arte e os grandes artistas, nomes fundamentais da arte contemporânea que não se interessam por temas religiosos, voltem de novo a olhar para lá da fronteira. Será um benefício para nós [Igreja], mas também para eles [artistas], porque perderam grandes temas, grandes símbolos, grandes narrativas. ”Nessa entrevista, o cardeal falou da intenção de criar um comité de selecção e começar a fazer encomendas a artistas já com “alguma sensibilidade”, nomes como Bill Viola, Anish Kapoor e Jannis Kounellis. “Artistas de grande nível que têm já dentro de si o desejo de interrogar-se, mas que não afrontaram ainda temas estritamente religiosos”, explicou. Ravasi não revelou na altura que o Vaticano queria ter um pavilhão já na edição seguinte de Veneza, em 2009, de preferência ao lado dos 30 pavilhões permanentes que outros tantos países têm nos Giardini, o coração do evento que nasceu em 1895 e que, entretanto, tem vindo a estender-se por toda a cidade. Ravasi começou pouco depois a fazer constar que Paolo Baratta, o presidente da bienal, estaria “muito interessado” na participação do Vaticano. Este ano concretiza-se. Resta saber como se posicionará a Igreja entre linguagens artísticas potencialmente em choque com os seus princípios e às quais tem feito guerra declarada. Foi o que aconteceu em 2005, precisamente em Veneza. Nesse ano, Pipilloti Rist foi a representante oficial do seu país, a Suíça, que negociou com as autoridades religiosas de Veneza o empréstimo de um antigo espaço de culto dessacralizado, a Igreja de San Stae, edifício setecentista virado para o Grande Canal, uma das artérias principais da cidade, e com decoração, entre outros, de Pietro della Vecchia e de Giambattista Tiepolo. O governo suíço pagou as obras de recuperação, como contrapartida teria usufruto do espaço entre Junho e Novembro, período de exposição para o qual Rist desenvolveu uma grande instalação intitulada Homo Sapiens Sapiens, que filmou em grande parte no Brasil, nos terrenos de mata atlântica brasileira do Centro de Arte Contemporânea Inhotim, onde a dupla portuguesa João Maria Gusmão e Pedro Paiva também já realizou uma série de filmes. Homo Sapiens Sapiens, espécie de visão feérica do Éden dividida por múltiplos ecrãs suspensos do tecto, numa referência aos frescos dos tectos de catedrais e igrejas católicas, mergulha nos paradigmas habituais da obra desta artista: um imaginário a pingar cor que nos arrasta para experiências semi-oníricas, frequentemente sensuais. A instalação foi bem recebida pela crítica, mas não pela Igreja, ofendida pela nudez e o erotismo das mulheres com que Rist povoou a obra, uma espécie de Evas entretidas em repastos de frutos exóticos, sumo e polpa a escorrer pelo corpo. O público teve metade do tempo previsto para ver este trabalho – só até a Igreja voltar atrás no seu acordo com a Suíça e fechar San Stae. Mais recentemente, Gerhard Richter, tido como um dos maiores pintores do mundo, fez para a Catedral de Colónia um vitral-mosaico com mais de 11 mil quadrados coloridos e conjugados em padrão abstracto e aleatório, gerado por computador, que aludia a uma espécie de caos divino. A obra acabou por ser denunciada pelo cardeal Joachim Meisner, que disse que a obra deveria estar “numa mesquita ou qualquer outra casa de oração”.
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