Duas mulheres detidas e um menor identificado por crimes de fogo posto
Desde Janeiro, foram detidas 54 pessoas pela PJ. Trinta estavam, no sábado, a aguardar julgamento em prisão preventiva. (...)

Duas mulheres detidas e um menor identificado por crimes de fogo posto
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento -0.05
DATA: 2013-09-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: Desde Janeiro, foram detidas 54 pessoas pela PJ. Trinta estavam, no sábado, a aguardar julgamento em prisão preventiva.
TEXTO: A Polícia Judiciária (PJ) anunciou nesta segunda-feira que deteve duas mulheres suspeitas de terem ateado fogos florestais nos distritos de Portalegre e Vila Real. Foi também identificado um menor suspeito de ter originado o incêndio que deflagrou no domingo junto à Nave Desportiva de Espinho, no distrito de Aveiro. Em comunicado, a PJ explica que deteve, em colaboração com a GNR de Portalegre, uma mulher de 40 anos que terá ateado um fogo florestal na sexta-feira passada, em Ribeira de Nisa. O incêndio destruiu apenas 50 metros quadrados, graças à “rápida intervenção dos bombeiros, que foram chamados pelos vizinhos que testemunharam o crime”. A mulher tem problemas resultantes do consumo excessivo de álcool e, segundo a PJ, não tem antecedentes criminais. Vai agora ser presente a tribunal para primeiro interrogatório e para aplicação das medidas de coacção. A mesma polícia deteve em Vila Real outra mulher, de 48 anos e sem profissão, suspeita do crime de incêndio florestal, ocorrido no lugar da Lameira, a 16 de Agosto. As chamas puseram em risco uma mancha florestal e várias habitações, tendo consumido cerca de um hectare de pinheiros e mato. Estes dois casos elevam para 54 o número de suspeitos detidos pela PJ pelo crime de incêndio florestal, segundo o comunicado daquela polícia. No sábado, 30 destes detidos estavam em prisão preventiva. Aos números da PJ, juntam-se os da GNR: desde Janeiro, esta força policial deteve 27 pessoas e identificou 392, suspeitas do mesmo crime. Ainda nesta segunda-feira, a PJ anunciou que identificou um rapaz de 12 anos, presumível autor de um incêndio florestal ocorrido no domingo em Espinho. As chamas deflagraram cerca das 15h numa zona de mato junto às instalações da Nave Desportiva de Espinho. Segundo a polícia, o fogo teve origem numa fogueira ateada pelo rapaz com um isqueiro, que lhe foi entregue por um dos adultos que o acompanhavam. “O menor, a quem anteriormente foi aplicada medida tutelar, vai agora por estes factos responder em processo autónomo, tendo em vista a eventual aplicação de medida tutelar educativa”, escreve a PJ na nota. Já na sexta-feira tinham sido identificados três menores de 16 anos, um com défice cognitivo, pela presumível autoria de dois incêndios florestais ocorridos nesse dia, ao final da tarde, no concelho de S. João da Madeira, distrito de Aveiro.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR PJ
A rapariga violada em 1977 por Polanski conta a sua história e critica os media, advogados e juízes
Samantha Geimer lançou esta terça-feira nos EUA as suas memórias e queixa-se da exploração do caso. (...)

A rapariga violada em 1977 por Polanski conta a sua história e critica os media, advogados e juízes
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-09-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Samantha Geimer lançou esta terça-feira nos EUA as suas memórias e queixa-se da exploração do caso.
TEXTO: Trinta e seis anos depois de ter sido violada pelo realizador Roman Polanski em Hollywood, Samantha Geimer, hoje com 50 anos e mãe de três filhos, queixa-se sobretudo da exploração do caso por parte dos media, mas também por parte de advogados e juízes que alimentaram o que chama a “indústria da vítima”. Geimer lançou esta terça-feira nos EUA as suas memórias: The Girl: A Life in the Shadow of Roman Polanski. A foto da capa é da autoria do próprio Polanski, que lhe pediu desculpas pelo impacto que os seus actos tiveram na vida de uma então menina de 13 anos que posava para a revista Vogue. The Girl: A Life in the Shadow of Roman Polanski nasce da decisão de Samantha Geimer, então Samantha Gailey, de contar a sua versão da história com descrições que o Los Angeles Times categoriza como “contidas” e revisitando algumas das polémicas que envolveram o caso. À BBC, Samantha Geimer confirma o que descreve na obra (escrita em colaboração com um escritor que não é identificado): que preferia passar pela violação novamente do que pelas sessões no tribunal californiano onde teve de reviver o acto e de provar, com a família toda envolvida, o que tinha acontecido naquela tarde na mansão de Jack Nicholson em Mulholland Drive. Porquê, pergunta a jornalista do programa Hard Talk? “A violação foi dez minutos e o testemunho perante um Grande Júri foi um dia e envolveu a minha mãe, a minha irmã, o meu namorado e foi apenas um só dia em semanas pelas quais tive de passar. ”A história que Samantha Geimer teve de contar e voltar a contar tornou-se numa triste parte de um certo folclore da Hollywood da década de 1970. Samantha já tinha sido fotografada por Polanski, o jovem e venerado realizador filho de judeus polacos que escapou ao Holocausto e cuja mulher, a bela actriz Sharon Tate, fora morta anos antes pelo grupo de Charles Manson. Cerca de três semanas antes da violação, o realizador foi até casa da jovem que era modelo, em Woodland Hills, nos arredores de Los Angeles, e fotografou-a pela primeira vez. Segundo a Hollywood Reporter, tê-la-á convencido a posar sem camisola. Depois, mais precisamente a 10 de Março de 1977, Samantha chegava, autorizada pela mãe, a casa de Jack Nicholson no Mercedes alugado de Polanski para a sessão que deveria ser publicada na edição francesa da revista Vogue. A mãe de Samantha era actriz e tinha conhecido Roman Polanski numa festa. “Pensei: ‘Meu, agora vou ser famosa’”, recorda Samantha, citada pelo Los Angeles Times. “Metemos-me na Vogue Paris e depois talvez consiga um bom papel [no cinema ou televisão]”, continua. “Foi isso que pensámos que era – uma hipótese, a minha grande oportunidade. ”Contudo, em vez de a fotografar, ele deu-lhe champanhe e um conhecido analgésico usado no mercado paralelo como estupefaciente, o Quaalude, e, segundo os registos judiciais, violou-a analmente depois de saber que ela não tomava qualquer contraceptivo. Logo em Abril, durante o rocambolesco processo legal inicial (houve outros), Polanski declarava-se inocente, defendendo que o sexo entre os dois fora consensual. Samantha negou. Na época, descreveu aos jornais o que dissera: "Eu disse: ‘Não, não! Não quero ir para ali! Não, não quero fazer isto! Não!', e depois não sabia o que fazer. Estávamos sozinhos e eu não sabia o que aconteceria se eu fizesse uma cena. Estava com medo e, depois de resistir um pouco, pensei: 'Bom, a seguir posso ir para casa'". No livro agora publicado, Samantha Geimer descreve como lidou com o momento da violação. “Eu digo: ‘Não, vá lá!’, mas entre o comprimido e o champanhe é como se a minha própria voz estivesse muito longe. ” Nessa noite, a mãe de Samantha denunciou o sucedido à polícia. Aí, começou o que ela recorda de forma mais traumática – ou não. Samantha diz ter esquecido grande parte do que se passou no ano após a violação. O processo foi conturbado e durou meses, terminando com uma curta pena para Polanski pelo crime de relações sexuais com uma menor e com a fuga do realizador dos EUA em 1978 por temer voltar à prisão. Em 1988, Samantha processa-o no tribunal cível por agressão sexual e passados dez anos paga à sua vítima uma indemnização de 225 mil dólares, que, revela agora, usou na educação dos seus três filhos. Polanski voltaria a ser detido, por ter um mandado de captura ainda pendente, em 2009, na Suíça. Ficou em prisão domiciliária durante meses até ser rejeitada a sua extradição para os EUA. Durante todos estes capítulos legais, Samantha Geimer diz ter-se sentido como uma personagem explorada. Não só por algumas pessoas terem questionado publicamente a sua versão dos factos, mas também por terem criticado a sua postura enquanto vítima e, sobretudo, pela forma como a fizeram sentir uma personagem secundária numa história protagonizada pelo mediático e oscarizado (por O Pianista) Roman Polanski. Usar uma foto da sua autoria na capa do livro editado pela Atria é uma forma de recuperar algum controlo sobre a sua história, diz a editora. “Não deviam poder tornar o que me aconteceu ainda pior só porque é mais interessante”, diz dos jornalistas, dos advogados, dos juízes. “Fazem com que nos sintamos mal e sejamos uma vítima para que outros possam usar-nos como lhes aprouver”, queixa-se ao LA Times. Confrontada pela BBC com a sua hesitação assumida sobre se iria à polícia se tivesse uma filha que fosse violada aos 13 anos, Samantha Geimer volta a hesitar sobre o que faria. “Provavelmente [iria à polícia], mas poderia pensar nisso cuidadosamente depois da minha própria experiência – porque não quereria torná-lo pior do que ser violada. ”A edição de Outubro da Vanity Fair entrevista Roman Polanski a propósito do seu novo filme, D, e o tema Samantha Geimer é incontornável, com Samantha a responder por email à revista que o que aconteceu naquele dia de Março de 1977 “foi violação". "Não só porque eu era menor, mas também porque não consenti. A minha hesitação em andar a usar a palavra violação é porque na minha cabeça essa palavra implica um nível de violência que não ocorreu no meu caso”, reitera. Ao anunciar o livro, em 2012, avisava: “Sou mais do que ‘a rapariga vítima sexual’ [e] ofereço a minha história agora sem raiva, mas com um propósito – partilhar uma história que recupere a minha identidade”. Nos últimos anos, Samantha Geimer, hoje uma secretária casada com Dave Geimer, que trabalha no ramo imobiliário, voltou a estar na berlinda – aquando da detenção de Roman Polanski na Suíça, aquando da feitura do documentário Roman Polanski: Wanted and Desired, de Marina Zenovich (2008). Publicou artigos de opinião e prestou declarações defendendo o direito de Roman Polanski continuar a viver normalmente. Quando viu Roman Polanski: Wanted and Desired, Polanski escreveu uma carta a Samantha Geimer. Faz agora parte do livro The Girl e nela o realizador de Chinatown e A Semente do Mal diz lamentar a forma como afectou a vida de Samantha.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
O mundo das mulheres
Republicação da crítica ao livro O Amor de Uma Boa Mulher, de Alice Munro, premiada com o Nobel da Literatura. (...)

O mundo das mulheres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-10 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20131010160254/http://www.publico.pt/1608694
SUMÁRIO: Republicação da crítica ao livro O Amor de Uma Boa Mulher, de Alice Munro, premiada com o Nobel da Literatura.
TEXTO: Existem sempre inúmeras mulheres, de todas as idades e feitios, nos contos da escritora canadiana Alice Munro, nascida na província de Ontário, em 1931. Os estudos de género debruçam-se com aplicação sobre as suas personagens de mães, filhas, irmãs, amigas, companheiras, primas, vizinhas e amantes que enchem páginas e páginas com as suas acções, os seus sobressaltos e ansiedades, num mundo acolhedor e caseiro mas por vezes sombrio, onde os gestos habituais podem bem esconder pensamentos pouco recomendáveis. É em torno destas figuras femininas que tudo gravita, incluindo os homens que se limitam a segui-las ou a abandoná--las, a amá-las e a desejá-las, a ignorá-las ou a imporem a sua presença. No universo das mulheres tudo fervilha e crepita e elas, como abelhas diligentes, como formigas cumpridoras ou como alegres cigarras, ocupam-se dos filhos e das casas, são provedoras do conforto mas também causadoras de incómodos, gerem conflitos e defendem interesses, entre porcelanas, molhos de menta, livros, bolos, móveis descarnados, águas de colónia, roupa interior, flores, abraços, lágrimas e hospitalidade transbordante. Ao ocuparem um lugar tão central, elas são sempre as personagens verdadeiramente interessantes, cheias de complexidade e segredos, adúlteras e por vezes psicóticas, plenas de malícia e de mau humor, apaixonadas, violentas e ternas. Ao longo de mais de meio século, Alice Munro tem persistido nas suas narrativas perfeitamente buriladas sobre as relações entre os membros de famílias aparentemente banais, no ambiente semi-rural que a viu nascer. A tensão e as clivagens, que se espalham como uma epidemia entre as personagens, remetem-nos para Raymond Carver e Anton Tchekov, principalmente naquilo que sugerem em termos de "brevidade e ansiedade", numa escrita minimalista e cortante, mas extremamente rica na construção de ambientes e descrição de detalhes. Alice Munro começou a escrever ainda na adolescência e, ao longo dos anos, os seus contos adquiriram um estatuto de singularidade, tendo sido considerados como os mais interessantes e bem conseguidos da literatura contemporânea, ao lado dos da norte-americana Jayne Anne Phillips e seguindo a tradição da grande Flannery O'Connor, a quem Munro presta um óbvio tributo, muito evidenciado no conto Salvo o Segador, que recupera o famoso Um Homem Bom É Difícil de Encontrar, essa "jóia da coroa" da autora sulista, que desenvolveu com perícia o género gótico grotesco muito utilizado também por Faulkner e Carson McCullers. No entanto, e apesar de, em Munro, se encontrar uma forte componente de "espírito do lugar" e uma vaga tensão ameaçadora, as histórias de O Amor de Uma Boa Mulher reflectem uma realidade diferente, talvez menos acerba ou carregada da angústia violentamente católica de O'Connor mas igualmente complexa e surpreendente. Na história que dá o título ao livro, três rapazes correm e brincam juntos. Em casa têm vidas, famílias e atmosferas diferentes mas, na rua, são livres e sentem-se poderosos. Um dia, encontram um cadáver dentro de um carro abandonado e não sabem como agir. Nada comunicam à polícia e vão para casa almoçar. Esta hesitação torna-se o pretexto para a autora nos enredar numa teia de afectos e cumplicidades, segredos e "coisas que ficam por dizer ", pesadelos e mentiras. Este, tal como a maior parte dos outros contos, passa-se nos anos 50, num tempo de grandes mudanças, quando pelo menos em relação às mulheres se vivia numa época que "estava no fim, embora (as pessoas) ainda o não soubessem", como diz a "pequena noiva" em A Ilha de Cortés, a jovem que acaba por ficar fascinada com o mistério que envolve a vida dos vizinhos do andar de cima e os segredos de um fogo de consequências fatais. Em As Crianças Ficam, uma família passa férias na ilha de Vancouver. Tudo parece correr bem, é Verão, as filhas brincam felizes na praia, mas Pauline, a mãe que se sente aprisionada no casamento, só pensa no amante, o director de um teatro local, e acaba por partir como Anna Karenina e Madame Bovary, deixando tudo para trás, preocupada apenas em "seguir em frente e habituar-se, até que seja só o passado a doer e não o presente, seja ele qual for". Em O Sonho da Minha Mãe, um feroz nevão transforma a percepção das coisas e uma mulher tenta lembrar-se onde deixou um bebé "lá fora, durante a noite", enquanto este pesadelo se confunde com a morte do marido. Em Jacarta duas amigas travam um guerra fria, feita de mal-entendidos e sugestões ácidas e, em Podre de Rica, mãe e filha confrontam-se violentamente num abismo de solidão. As histórias de Munro, embora estreitamente relacionadas com a sua geração, possuem uma espécie de atmosfera intemporal e sonhadora. São meditações de onde não está ausente um certo espanto ligado a um sentido de humor bastante subtil e quase desesperado em torno das mutações constantes e eternas, tanto na sociedade como no lugar mais íntimo do pensamento e das emoções de cada ser humano, com os seus anseios e lutas e, principalmente, com as suas incomensuráveis faltas. Texto originalmente publicado no Ípsilon, de 30 de Maio de 2008
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte homens guerra filha mulher homem género espécie mulheres casamento ansiedade
Amazon retira livros relacionados com abuso sexual
A decisão da empresa surgiu depois de terem sido encontrados títulos polémicos de autores que submetiam as suas obras. (...)

Amazon retira livros relacionados com abuso sexual
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2013-10-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: A decisão da empresa surgiu depois de terem sido encontrados títulos polémicos de autores que submetiam as suas obras.
TEXTO: A Amazon decidiu retirar da sua lista de venda todos os livros cujo título incitava a violações, incesto ou outro tipo de abuso sexual. A decisão da empresa surgiu depois de terem sido encontrados na Kindle Store livros à venda com títulos como Taking My Drunk Daughter, avança a BBC. Contudo, de acordo com a edição online desta estação televisiva, apesar do trabalho iniciado pela gigante livreira, ainda estão disponíveis livros com títulos duvidosos. Aliás, na loja online, sem ser feito qualquer controlo sobre a idade do utilizador, é possível fazer pesquisas específicas sobre estas temáticas e outras de conteúdo sexual e é o próprio site a sugerir temas semelhantes ou relacionados. A BBC tentou ouvir a Amazon sobre este tema, sem sucesso, confirmando que a empresa apenas removeu os livros que foram identificados pelo site de tecnologia The Kernel. O mesmo trabalho está a ser feito pela livraria Barnes & Noble, que diz que este tipo de livros “violam” as políticas de conteúdos oferecidos. Em causa estão os livros disponibilizados directamente por autores, com uma área própria destinada aos interessados em divulgar os seus trabalhos, ficando a Amazon com uma percentagem das vendas. Alguns deles defendem-se dizendo na obra que é para maiores de 18, mas muitos nada referem. De todas as formas, as regras da Amazon para este tipo de livros dizem explicitamente que não se aceita “pornografia ou descrições ofensivas ou explícitas de actos sexuais”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave sexual abuso
General angolano acusado por tráfico internacional de mulheres
Bento dos Santos Kangamba é parente do Presidente angolano e patrocinador do clube português Vitória de Guimarães. (...)

General angolano acusado por tráfico internacional de mulheres
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.025
DATA: 2013-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: Bento dos Santos Kangamba é parente do Presidente angolano e patrocinador do clube português Vitória de Guimarães.
TEXTO: A Polícia brasileira acusou um parente do Presidente angolano por gerir uma rede de tráfico de mulheres do Brasil não só para Angola, que seria o principal destino, mas também para Portugal, África do Sul, e Áustria, segundo o diário brasileiro Estado de São Paulo. Um porta-voz de Kangamba desmentiu as acusações e diz que estas visam “atingir e caluniar outras personalidades”, cita a agência Angola Press. O general na reserva Bento dos Santos Kangamba, casado com uma sobrinha de José Eduardo Santos, tem ordem de prisão no Brasil e o nome na lista de procurados na Interpol, diz ainda o Estadão. Kangamba, 48 anos, é presidente do Kabuscorp (de Kangamba Business Corporation) Futebol Clube do Palanca (1ª divisão do campeonato angolano) e patrocinador, em Portugal, do Vitória de Guimarães. Segundo o Estado de São Paulo, estas actividades teriam sido usadas na lavagem de dinheiro do crime organizado. Em Julho deste ano, a publicação especializada Africa Monitor (editada por Xavier de Figueiredo), referia-se a um esforço do Governo angolano para lidar com outro caso envolvendo Bento Kangamba: a apreensão pelas autoridades alfandegárias francesas de cerca de três milhões de dólares, em dinheiro, encontrados “na posse de Bento Kangamba e outros indivíduos”. A Polícia brasileira diz que a organização movimentou, desde 2007, 45 milhões de dólares com o tráfico de mulheres. Após um ano de investigação, diz o Estado de São Paulo, “foram cumpridos 16 mandados judiciais: cinco de prisão e onze de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, São Bernardo, Cotia e Guarulhos”. A Polícia apreendeu 11 carros de luxo, 23 passaportes, nove cópias de passaportes, 14 pedidos de visto para Angola, e drogas. As vítimas terão sido aliciadas em casas nocturnas de São Paulo, com promessas de 10 mil dólares para se prostituírem durante uma semana. Há fortes indícios de que terão sido privadas da sua liberdade no estrangeiro, diz a polícia brasileira.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime prisão mulheres
Arábia Saudita multa mulheres que quebraram a proibição de conduzir
No sábado participaram numa campanha pelo direito a conduzirem, coisa que não podem fazer desde os anos 1990. (...)

Arábia Saudita multa mulheres que quebraram a proibição de conduzir
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-10-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: No sábado participaram numa campanha pelo direito a conduzirem, coisa que não podem fazer desde os anos 1990.
TEXTO: Quinze mulheres da Arábia Saudita que no sábado desafiaram a proibição de conduzir em vigor no reino islâmico foram chamadas pela polícia e punidas com contravenções. Segundo o porta-voz da polícia de Riad, coronel Fawaz Al-Miman, “seis mulheres que estavam ao volante na capital foram detidas e transportadas para a esquadra, onde lhes foi aplicada uma sanção”, no caso, uma multa de cerca de 58 euros. Nesses e noutros casos, que não foram quantificados, as mulheres e os seus tutores – pai, irmão, marido ou outro membro masculino da família – foram ainda obrigados a assinar uma declaração comprometendo-se a “respeitar as regras que se aplicam no reino”, acrescentou o mesmo responsável. A polícia da cidade de Jeddah, confirmou que duas condutoras foram detidas e multadas, e outras oito mulheres foram interpeladas pelas autoridades em distintas regiões do reino, de acordo com a imprensa local. As condutoras participavam numa campanha destinada a reclamar o direito das mulheres a tirar a carta de condução e dirigir automóveis, que lhes está vedado desde a década de 90 do século XX, na sequência de uma fatwa lançada pela mais alta autoridade religiosa da Arábia Saudita. A campanha, que foi lançada juntamente com uma petição online que já reuniu milhares de assinaturas, motivou uma reacção de força do ministério do Interior, que na véspera da acção planeada alertou para as sérias consequências das mulheres que desafiassem as regras estabelecidas. “É sabido que as mulheres na Arábia Saudita estão proibidas de conduzir e as leis serão aplicadas contra todos aqueles que violarem ou demonstrarem apoio pela violação dessa proibição”, informou o porta-voz do ministério, general Mansur al-Turki. Várias activistas receberam telefonemas de agentes governamentais, que lhes pediram que desistissem da campanha. A página na internet onde o abaixo-assinado estava alojado, oct26driving. com, foi alvo de um ataque informático.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ataque violação mulheres
Longe da instabilidade de Sofala, Maputo mergulha num outro medo: o dos raptos
Cinco raptos em cinco dias. Três mulheres, um homem de negócios, um estudante da Escola Portuguesa. O escritor Mia Couto denuncia "força sem rosto e sem nome" que faz ruir a credibilidade de Moçambique junto dos outros. (...)

Longe da instabilidade de Sofala, Maputo mergulha num outro medo: o dos raptos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.1
DATA: 2013-10-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cinco raptos em cinco dias. Três mulheres, um homem de negócios, um estudante da Escola Portuguesa. O escritor Mia Couto denuncia "força sem rosto e sem nome" que faz ruir a credibilidade de Moçambique junto dos outros.
TEXTO: A par da instabilidade armada que voltou nos últimos meses e, sobretudo na última semana, à província de Sofala, no centro de Moçambique, uma série de raptos está a atingir famílias mais favorecidas, de várias origens, e a provocar uma onda de medo na capital, Maputo. São crimes por conta de gangs de homens armados de espingardas AK-47. Alguns acontecem à luz do dia. Oficialmente, não são conhecidas as motivações ou qualquer ligação ao conflito latente que opõe os homens da Renamo, principal partido da oposição e antigo movimento guerrilheiro, ao Governo da Frelimo. A semana passada, com um rapto em média por cada dia útil, fechou, sexta-feira, com o alerta lançado, numa cerimónia pública, por Mia Couto. O escritor falou do “ritmo crescente” dos raptos como de “uma outra guerra civil” a reforçar “um sentimento de desprotecção e desamparo” entre os moçambicanos. O escritor, Prémio Camões em 2013, evocou uma força invisível que faz ruir a confiança do moçambicano em si mesmo e a credibilidade de Moçambique junto dos outros. As vítimas dos raptos ou tentativas de extorsão são pessoas de diferentes origens raciais e religiosas, mulheres ou homens com negócios, ou os seus filhos, como mostra o registo feito na newsletter do jornalista britânico Joseph Hanlon em Maputo, a partir do que foi sendo noticiado ao longo da semana passada pela AIM (agência de notícias moçambicana) e o jornal O País. O PÚBLICO não conseguiu confirmar o desfecho de nenhum destes casos. Na segunda-feira, um homem de negócios foi raptado na Avenida Olof Palme, no centro da cidade. No dia seguinte, uma mulher foi sequestrada à entrada da Escola Portuguesa de Maputo, onde tinha acabado de deixar o seu filho de quatro anos. Quarta-feira, oito da noite: um rapaz, aluno do 12. º ano na Escola Portuguesa, foi levado à frente da sua casa num bairro central da capital. Estava com o seu pai, também um homem de negócios. E na quinta-feira as vítimas foram duas mulheres, ambas casadas com homens com negócios. Nos dois casos, os raptores estavam armados de espingardas AK-47. A primeira mulher foi cercada por um grupo de cinco homens armados, à saída da fábrica de gelo do marido, às 15h. Segundo uma testemunha, relata a newsletter, “a vítima estava sentada no banco de trás do carro, quando os homens chegaram e dispararam para o ar para a intimidar". Ela recusou sair do carro. O gang disparou mais um tiro de aviso, partiu o vidro do carro e arrastou a mulher para fora do carro à força. Uma hora depois, no centro da cidade, ao pé da clínica privada Cruz Azul, a segunda mulher era sequestrada. Mia Couto também recebeu ameaçasNo dia seguinte, numa cerimónia pública, Mia Couto quebrava o silêncio: “Este é um fenómeno que atinge uma camada socialmente diferenciada do país, mas o mesmo sentimento de medo percorre hoje, sem excepção, todos os habitantes de Maputo: pobres e ricos, homens e mulheres, velhos e crianças, que são vítimas quotidianas de crimes e assaltos", descreveu o escritor na gala de prémios para os Melhores Moçambicanos organizada pela estação privada STV, onde revelou que ele próprio tinha sido alvo de um tipo de ameaça, num caso também descrito na newsletter sobre actualidade moçambicana. “As pessoas recebem chamadas telefónicas e é-lhes dito que estão numa lista de visados de raptos, da qual poderão ser tiradas se pagarem. E alguns pagam”, lê-se. Durante três dias, Mia Couto recebeu ameaças por telefone com o objectivo de lhe extorquirem dinheiro. “Muitos outros também o estão a ser”, escreve Hanlon. São vítimas em silêncio. Mia Couto falou por eles: “Estes que são raptados não são os outros, são moçambicanos como qualquer outro cidadão. De cada vez que um moçambicano é raptado, é Moçambique inteiro que é raptado também". E acrescentou: “De todas as vezes, há uma parte da nossa casa que deixa de ser nossa e vai ficando nas mãos do crime. Neste confronto com força sem rosto e sem nome todos nós perdemos confiança em nós próprios e Moçambique perde credibilidade junto dos outros. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homens guerra escola filho mulher homem medo mulheres rapto
Mulher usava pensão para explorar negócio de prostituição em Lisboa
Detida já tinha sido condenada a dois anos de prisão pelo mesmo crime mas a pena foi suspensa. (...)

Mulher usava pensão para explorar negócio de prostituição em Lisboa
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2013-11-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: Detida já tinha sido condenada a dois anos de prisão pelo mesmo crime mas a pena foi suspensa.
TEXTO: Uma mulher de 67 anos foi detida pela PSP na quarta-feira por ser suspeita de gerir um negócio de prostituição num espaço que fazia passar por pensão, em Lisboa. A suspeita já tinha sido condenada pelo mesmo crime a dois anos de prisão com pena suspensa. Segundo a PSP, o negócio funcionava num imóvel em "avançado estado de insalubridade", situada na freguesia de São Sebastião da Pedreira. A pensão era apenas uma "fachada" para explorar e agredir outras mulheres. Em comunicado, a polícia diz que "seis a dez mulheres vendiam favores sexuais a troco de dinheiro" naquele local. Estavam "sob o domínio" da mulher de 67 anos, que "várias vezes agredia física e psicologicamente as vítimas" para que estas produzissem "o maior lucro possível". A detida exigia às mulheres – portuguesas, entre os 20 e 25 anos, segundo disse à Lusa fonte da PSP – metade do dinheiro que elas ganhavam com esta actividade. Os clientes "eram angariados em anúncios de jornais", revelou a mesma fonte. A mulher foi detida "fora de flagrante" na quarta-feira no cumprimento de um mandado de busca domiciliário, que resultou de uma investigação iniciada há um ano e meio. É suspeita do crime de lenocínio agravado e, após uma primeira apresentação para interrogatório judicial, ficou sujeita a apresentações semanais às autoridades.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Sweetie, a menina virtual que ajudou a encontrar predadores sexuais na Internet
Organização holandesa identificou mil homens – dos quais três portugueses – dispostos a pagar para verem uma criança filipina de dez anos em actos sexuais em frente à webcam. (...)

Sweetie, a menina virtual que ajudou a encontrar predadores sexuais na Internet
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.5
DATA: 2013-11-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: Organização holandesa identificou mil homens – dos quais três portugueses – dispostos a pagar para verem uma criança filipina de dez anos em actos sexuais em frente à webcam.
TEXTO: Sweetie é uma menina filipina de dez anos. Todos os dias, durante dez semanas, sentou-se em frente ao computador com a câmara ligada e entrou em fóruns online. Durante esse período, foi abordada por mais de 20 mil homens, dos quais mil estavam dispostos a pagar para a verem em actos sexuais diante da câmara. Só não sabiam uma coisa: que do outro lado estava alguém a espiá-los. A Sweetie, que parece uma criança real, afinal, não existe. É um modelo animado criado em computador pela organização não governamental (ONG) holandesa Terre des Hommes, para atrair e identificar predadores sexuais infantis na Internet. A organização queria avaliar a dimensão de um fenómeno que designa como “turismo sexual infantil através da webcam” e mostrar às autoridades que é fácil identificar os predadores. A partir de um armazém em Amesterdão, uma equipa da organização usou a Sweetie como disfarce para entrar em fóruns online. Mais de 20 mil homens de 71 países abordaram a “menina” e cerca de mil – dos quais três portugueses – estavam mesmo dispostos a pagar para a verem em actos sexuais em frente à câmara. “Não pedimos nada [como pagamento] a menos que nos oferecessem”, explica o director de campanhas da organização, Hans Guyt, em declarações à cadeia australiana ABC. Enquanto isso, a equipa da Terre des Hommes tentava gravar tudo e procurar dados nas redes sociais que permitissem identificar os predadores – desde moradas a números de telefone e fotografias. Segundo a organização, a maior parte dos homens (254) é dos Estados Unidos. Os restantes eram sobretudo do Reino Unido, Canadá, Austrália, Alemanha, Turquia, Itália, Holanda. Mas também de Portugal, embora em menor número. Guyt conclui que o turismo sexual infantil pela Internet envolve sobretudo homens de países desenvolvidos do Ocidente, que pagam para ver crianças de países pobres, como as Filipinas, em poses sexuais. A Terre des Hommes adianta que entregou os dados recolhidos à Interpol. No entanto, questionada pela AFP nesta terça-feira, a organização internacional de polícia criminal disse que não recebeu qualquer informação, embora tenha conhecimento da investigação. “As autoridades holandesas irão transmitir esses dados depois de os avaliarem”, informou a Interpol num comunicado, recusando-se a comentar o assunto nesta fase. Apesar de reconhecer o “papel importante” das organizações não governamentais na protecção das crianças, a Interpol sublinha que “qualquer investigação criminal deve ser conduzida exclusivamente por investigadores especializados”. A organização publicou um vídeo online no qual explica toda a investigação e criou também uma petição pública para pressionar as autoridades e os governos a agirem para resolver este flagelo. Embora o turismo sexual infantil online seja proibido por leis nacionais e internacionais, em todo o mundo apenas seis homens foram condenados por este crime, segundo a organização. “Não é um problema das leis existentes”, afirma Hans Guyt. “A Organização das Nações Unidas estabeleceu leis que tornam este abuso infantil ilegal quase universalmente. O maior problema é que a polícia não actua até que as crianças vítimas de abuso apresentem queixa, mas elas quase nunca o fazem. Estas crianças são normalmente forçadas a fazer isto por adultos ou pela extrema pobreza. Por vezes têm de testemunhar contra a sua própria família, o que é quase sempre impossível para uma criança”, explica Guyt. A organização quer que os governos adoptem políticas de investigação pró-activa, que capacitem as autoridades para investigarem os pontos públicos de acesso à Internet, onde este tipo de abuso acontece todos os dias. “Os predadores infantis que fazem isto sentem que a lei não se aplica a eles”, lamenta. 750 mil predadores sexuais onlineA Terre des Hommes acredita que o turismo sexual infantil através da Internet é tão devastador para as vítimas como o abuso físico. As crianças envolvidas neste tipo de prática sofrem normalmente de baixa auto-estima e apresentam sintomas de stress pós-traumático. Muitas vezes têm vergonha do que fazem em frente ao computador e sentem-se culpadas por isso, acabando por usar o álcool e as drogas para fugirem ao problema. O pior é que o número de crianças vítimas de abuso sexual online continua a crescer, em parte devido ao facto de ser cada vez mais fácil aceder à Internet nos países em desenvolvimento. Com base em dados nas Nações Unidas e do FBI, a Terre das Hommes estima que existam 750 mil predadores sexuais infantis ligados à Internet em cada minuto. "Ainda não é tarde de mais", defende Guyt. "O nosso pior cenário é que aconteça com isto o mesmo que aconteceu com a pornografia infantil, que hoje é uma indústria multibilionária nas mãos de grupos criminosos", rematou. Notícia actualizada às 12h03 e às 13h07: acrescenta reacção da Interpol e inclui número de portugueses envolvidos
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homens lei criança sexual pobreza abuso vergonha ilegal infantil
Pyongyang chama "prostituta" à Presidente da Coreia do Sul e "chulo" a Obama
Mesmo para os padrões norte-coreanos, o comunicado tem um tom invulgarmente agressivo e ofensivo. (...)

Pyongyang chama "prostituta" à Presidente da Coreia do Sul e "chulo" a Obama
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-04-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mesmo para os padrões norte-coreanos, o comunicado tem um tom invulgarmente agressivo e ofensivo.
TEXTO: O Governo da Coreia do Norte lançou este domingo um ataque contra a Presidente sul-coreana, a quem comparou a uma "prostituta esperta" que anda sempre atrás do "chulo" Barack Obama. Pyongyang diz também estar pronta para uma "guerra nuclear total". Num tom invulgarmente agressivo e ofensivo - mesmo para os padrões norte-coreanos, escreveram os jornalistas que seguem a península coreana -, o comunicado do Comité norte-coreano para a Reunificação Pacífica da Coreia diz que a Coreia do Sul desenvolveu com os Estados Unidos uma relação de "cão e dono". "O comportamento de Park Geun-hye perante Obama é semelhante ao de uma rapariga má e imatura que pede aos bandidos que batam em quem ela não gosta", diz o comunicado, publicado pela agência noticiosa norte-coreana KCNA e traduzido pelo jornal britânico The Guardian. "Ou é como uma prostituta esperta que tenta enganar alguém oferecendo o seu corpo a um chulo poderoso". Obama, que se encontra em visita oficial por países da Ásia, esteve na sexta-feira e no sábado na Coreia do Sul. Ali, disse que o Norte é um "Estado pária" cujo isolamento aumentará se continuar a realizar testes nucleares - Pyongyang já fez três ensaios e há notícias em como estará a preparar um quarto. O Comité para a Reunificação Pacífica da Coreia, que é, no Norte, a entidade responsável pelas relações com o Sul, citou as palavars de Obama, que classificou de "insultos intoleráveis" à sua liderança. "Se Obama e Park acreditam que estas ameaças e chantagens podem mudar a forma como pensamos, estão bem enganados", diz o comunicado. "Park Geun-Hye continua a meter-se com a nossa dignidade, com o nosso sistema e com o nosso programa nuclear. Mostra bem as suas verdadeiras e deploráveis cores, as cores de uma servil traidora, uma suja mulher de conforto para os Estados Unidos e uma deplorável prostituta que está a vender a sua nação". Mulheres de conforto era como eram conhecidas as mulheres obrigadas a prostituirem-se nos bordéis de campanha do exército japonês durante a II Guerra Mundial; o tema é o motivo de uma guerra diplomática entre Seul e Tóquio. O Comité também dedica frases a Obama: "Se tivesse moral e ética, teria adiado ou cancelado esta viagem". "Mas a visita de Obama só reafirma a nossa convicção antiga de que a força, e não as palavras, são a única opção para lidar com o inimigo americano e reforça a nossa determinação em manter a nossa política de lutar numa guerra nuclear total". Até ao momento, nem a Coreia do Sul nem os Estados Unidos reagiram nem à retórica belicista nem às frases usadas desta vez por Pyongyang.
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