Stalking: Perigo para mulheres jovens e sozinhas
O primeiro estudo sobre o fenómeno de assédio persistente em Portugal foi apresentado nesta sexta-feira. Reclama-se legislação capaz de abarcar todas as formas de stalking e, sobretudo, de punir este crime. (...)

Stalking: Perigo para mulheres jovens e sozinhas
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 1.387
DATA: 2011-11-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: O primeiro estudo sobre o fenómeno de assédio persistente em Portugal foi apresentado nesta sexta-feira. Reclama-se legislação capaz de abarcar todas as formas de stalking e, sobretudo, de punir este crime.
TEXTO: Ser mulher, solteira ou separada/divorciada e jovem são os factores de risco para a vitimação por stalking, segundo o primeiro estudo realizado em Portugal sobre este fenómeno que se define por uma perseguição ou um “assédio persistente”. O trabalho, coordenado pela investigadora da Universidade do Minho, Marlene Matos, foi apresentado hoje e conclui que 19, 5 por cento das 1210 pessoas (homens e mulheres) inquiridas já foram vítimas de perseguição. O stalking é definido como um “padrão de comportamentos de assédio persistente que integra formas diversas de comunicação, contacto, vigilância e monitorização de uma pessoa-alvo por parte de outra – o/a stalker”. Tentativas insistentes de entrar em contacto por cartas, telefonemas ou emails, perseguir, agredir, ameaçar, filmar ou tirar fotografias sem autorização, invadir ou forçar a entrada em casa, são algumas das muitas formas de stalking. Marlene Matos defende a criação de legislação em Portugal para punir criminalmente o stalking, um “assédio persistente” cujas principais vítimas são as mulheres. “Em Portugal, o stalking não é crime, mas há necessidade de criar legislação específica para este fenómeno, à semelhança do que já acontece em vários outros países”, sustenta a investigadora, que gostaria de ver criada “legislação que inclua todas estas formas intrusivas”. De acordo com as conclusões do estudo realizado na Universidade de Minho, as mulheres (67. 8 %) são as principais vítimas destas várias formas de perseguição e os homens são os principais stalkers (68 %). Na maior parte das vezes o stalker é alguém conhecido (40, 2 %) ou ex-parceiro da vítima (31, 6%). Apenas 24, 8 % dos inquiridos declarou que o stalker era um desconhecidoO risco de ser vítima de stalking é maior entre os 16 e 29 anos (26, 7 % numa amostra de 80 pessoas) do que nos anos seguintes, entre os 30 e 64 anos, onde a prevalência baixa para os 20, 3% numa amostra de 138 pessoas. Acima dos 65 anos a prevalência encontrada nas 18 pessoas inquiridas foi de 7, 8 %. As três formas mais declaradas de stalking neste estudo foram as tentativas de entrar em contacto (79, 2 %), o “aparecer em locais habitualmente frequentados pela vítima” (58, 5%) e ser perseguido (44, 5 %). Em média, as vítimas são alvo de mais de três comportamentos que podem ser definidos com stalking. “Genericamente, homens e mulheres relatam os mesmos comportamentos de vitimação. Duas excepções para “ser filmado ou tirar fotografias de forma não autorizada” que foi uma experiência mais comum entre os homens e “ser perseguido” que foi um comportamento de vitimação mais frequente nas mulheres”, refere o estudo. Independentemente do sexo da vítima, a perseguição tende a prolongar-se entre as duas semanas (21, 7 por cento) e os seis meses (31, 9 por cento). “À medida que a intimidade da relação aumenta, aumenta a duração do stalking”, verificou o estudo notando ainda que “as agressões à vítima ou a terceiros ocorreram principalmente quando a duração do stalking foi superior a dois anos”. As vítimas declararam ter sido afectadas na sua saúde psicológica (36, 6 %) e no estilo de vida (25, 4 %) e apenas 40 % procurou algum tipo de apoio, sendo que os pedidos de ajuda partiram sobretudo das mulheres (48, 1 % vs 25 %). E a quem pediram ajuda? Em primeiro lugar a amigos (66, 7 %), seguidos dos familiares (64, 6%) e dos colegas de trabalho/estudo (30, 2 %). Apenas 26 % optaram por recorrer às forças de segurança e 21, 9 % a profissionais de saúde.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime homens mulher ajuda sexo estudo mulheres perseguição assédio
PJ detém alegado “estripador de Lisboa” após dados de novos crimes
A Polícia Judiciária deteve um homem de 46 anos que se suspeita ser o assassino em série que entre 1992 e 1993 matou três mulheres na capital, ficando conhecido como “estripador de Lisboa”. (...)

PJ detém alegado “estripador de Lisboa” após dados de novos crimes
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.018
DATA: 2011-12-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Polícia Judiciária deteve um homem de 46 anos que se suspeita ser o assassino em série que entre 1992 e 1993 matou três mulheres na capital, ficando conhecido como “estripador de Lisboa”.
TEXTO: Estes crimes que vitimaram três prostitutas e que têm em comum o facto de o assassino as ter esventrado, levando parte dos intestinos, fígado e coração, já prescreveram em 2008 mas há pistas sobre outros mais recentes que conduziram à detenção, avança o semanário Sol na sua edição online. O homem em causa chama-se José Guedes e tem 46 anos. O suspeito, que na altura dos primeiros crimes era operário na construção civil, estava agora desempregado e vivia em Matosinhos. José Guedes foi detido há uma semana pela PJ e ficou preso preventivamente por ordem do juiz de instrução, escreve o mesmo jornal, concretizando que em causa estão novas ameaças feitas pelo suspeito e não os crimes do início da década de 1990. O Sol falou com o suspeito, que se confessou responsável pela prática de outros crimes, na Alemanha, para onde emigrou uns anos, e em Aveiro, em 2000. Já o Correio da Manhã, na sua edição de hoje, diz que a informação chegou à PJ através de dois filhos do suspeito, após conflitos familiares. Os crimes cometidos entre 1992 e 1993 já prescreveram e o caso foi arquivado, mas estes novos que o suspeito agora refere ainda podem ir a tribunal. No final de Julho de 1992, num barracão de armazenamento de produtos químicos, em Odivelas, surgiu o cadáver da primeira mulher. Tinha 22 anos, estava praticamente nua e havia sido rasgada e esventrada com uma lâmina. Não fora roubada. Exames periciais indiciaram estar-se em presença de um homicida com grande força física. Algum tempo depois o corpo de outra prostituta era encontrado num barracão sob a linha férrea em Entrecampos, Lisboa. Em comum com a primeira vítima tinha o facto de ser toxicodependente, de estar infectada com o vírus da sida e de não ter sido roubada. No palco deste crime a PJ recolheu os indícios que lhe permitiram suspeitar que o culpado fosse um homem corpulento. O assassino calcou sangue, deixando um rasto, e algum cabelo. A existência de um banco de ADN teria ajudado então a resolver o caso. Meses mais tarde, novamente em Odivelas, outra mulher, com as características das anteriores, foi assassinada pelo mesmo método.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Milhares de crianças vítimas de abuso sexual em instituições católicas na Holanda
Uma investigação revelou hoje que dezenas de milhares de crianças foram vítimas de abusos sexuais em instituições católicas na Holanda ao longo dos últimos 60 anos. (...)

Milhares de crianças vítimas de abuso sexual em instituições católicas na Holanda
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-12-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma investigação revelou hoje que dezenas de milhares de crianças foram vítimas de abusos sexuais em instituições católicas na Holanda ao longo dos últimos 60 anos.
TEXTO: Segundo este relatório, feito por uma comissão independente a pedido da Conferência de Bispos e da Conferência Religiosa Holandesa, as autoridades no país não actuaram de forma a pôr fim a este abuso “generalizado” em escolas, orfanatos e seminários, particularmente entre 1945 e 1981, ano a partir do qual as instituições daquela natureza, acolhendo menores sob tutela da Igreja, passaram a ser muito poucas. A comissão estima que numa população de cerca de 34 mil pessoas, pelo menos uma em cada cinco crianças em instituições católicas foram vítimas de ofensas sexuais, desde abusos menos graves, como serem tocadas de forma sexual, até mesmo à violação em “vários milhares” de casos. Este inquérito foi lançado, em Agosto de 2010, devido a denúncias de abusos perpetrados em escolas no este da Holanda e alargou-se a nível nacional, também à luz de denúncias que surgiram na Irlanda, Alemanha, Bélgica, Estados Unidos, Canadá e Austrália. A comissão investigou mais de 1. 800 casos reportados na Holanda, identificando 800 alegados abusadores – dos quais mais de 100 estão ainda vivos. A comissão salientou que os abusos sexuais não eram mais prevalecentes nas instituições católicas do que em outras similares sob a gestão de outros grupos: “O abuso sexual de menores é generalizado na sociedade holandesa”, notou, mas advertiu também que os abusos praticados por padres católicos e laicos responsáveis pelas instituições foram “sistematicamente escondidos pela Igreja para proteger a sua reputação”. As revelações da investigação parecem mostrar um cenário de abuso muito mais generalizado – e grave – na Holanda do que aquele que foi descoberto na Irlanda, num escândalo que abalou a Igreja católica da Europa aos Estados Unidos, levando mesmo o Papa Bento XVI a pedir desculpas às vítimas de abusos sexuais cometidos por padres. Notícia actualizada às 11h55
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave violação sexual abuso
Paco Bandeira diz-se alvo de vingança por denunciar mau jornalismo em Portugal
Francisco Veredas Bandeiras comparece hoje no Tribunal de Oeiras para responder pelas acusações de violência doméstica, contra a sua ex-companheira; maus tratos, sobre uma filha menor; devassa da vida privada e posse de arma proibida. (...)

Paco Bandeira diz-se alvo de vingança por denunciar mau jornalismo em Portugal
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento -0.69
DATA: 2012-01-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Francisco Veredas Bandeiras comparece hoje no Tribunal de Oeiras para responder pelas acusações de violência doméstica, contra a sua ex-companheira; maus tratos, sobre uma filha menor; devassa da vida privada e posse de arma proibida.
TEXTO: Seria uma notícia rotineira, não fosse o facto de o arguido, Francisco, de 66 anos, ser o conhecido cantor e compositor Paco Bandeira, que clama inocência e garante estar a ser vítima de uma campanha orquestrada por dois jornais. Motivo: as denúncias de mau jornalismo feitas numa das músicas do seu último álbum. "Continua a vil azáfama encabeçada pelos meus "prezados" inimigos Correio da Manhã e Sol, visando a minha erradicação pessoal e profissional", escreveu o cantor na página do Facebook criada para se defender e onde Paco Bandeira assegura que "esta cabotina campanha" em nada o perturba. Mas o Tribunal de Oeiras, onde o processo começou a ser julgado a 13 de Dezembro, não vai avaliar as notícias. Vai julgar as alegações feitas pela sua companheira durante 12 anos. M. R. , técnica superior dos Serviços Prisionais, e Paco Bandeira iniciaram a sua relação em 1997, apenas meses depois de a primeira mulher do cantor, Maria Fernanda, ter sido encontrada sem vida na casa do casal, em Sintra. O tiro fatal partiu de um revólver do cantor, mas a Polícia Judiciária concluiu ter-se tratado de um suicídio e encerrou as investigações, pondo fim a um período de muita especulação sobre o caso. Só que agora, com base no relato das ameaças feitas à companheira de Paco Bandeira, a quem o cantor teria apontado uma arma à cabeça, o irmão de Maria Fernanda quer reabrir o processo: "É a mesma arma, usada numa situação de violência doméstica, pelo mesmo protagonista", descreveu Francisco Castelo ao Sol. Frontal ou conflituoso?Como uma sombra, este desfecho não pode deixar de pairar sobre o caso que agora chega a julgamento. Isso e o historial de polémicas públicas do cantor - na Sociedade Portuguesa de Autores ou na RTP, por exemplo. Paco Bandeira é um homem de convicções firmes ou um ser conflituoso? As opiniões divergem. Quem diria que a voz suave que, entre tantas baladas, celebrizou a Ternura dos 40 pertence, afinal, a um homem tão pouco consensual?O Ministério Público coligiu na acusação vários episódios de insultos e ameaças - num deles, o cantor teria mesmo apontado o revólver (cuja licença estará caducada) à cabeça da companheira, enquanto esta segurava no colo a filha de ambos, então com três anos. Segundo uma testemunha, isto aconteceu em 2002 e por algo tão banal como o desaparecimento de um pedaço de carne do frigorífico. Seriam comuns as cenas de ciúme e hostilidade, o que acabou por levar à separação do casal, em 2009. O processo, a que o Sol teve acesso, diz que Paco Bandeira terá mesmo escrito ameaças à integridade física da companheira nas paredes da casa e que terá instalado um sistema interno de videovigilância para controlar os passos das duas alegadas vítimas. O caso chegou às autoridades por denúncia de uma assessora do Gabinete de Apoio à Vítima de Lisboa. A PSP fez buscas na casa do cantor - altura em que apreendeu as armas - e Bandeira foi constituído arguido. Foi-lhe aplicada a medida de coacção de termo de identidade e residência, ainda em 2009, e o Ministério Público deduziu acusação em Setembro de 2010. "Golpe do baú"?Segundo as informações recolhidas pelo Sol, o cantor repudia como "falsos" os relatos de insultos e ameaças, mas reconhece ter escrito "mensagens nas paredes". De caminho, classifica o processo como um "golpe do baú". A sua ex-companheira pede uma indemnização de 8000€.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
José Castelo Branco "não se recorda" de ter participado em orgias
José Castelo Branco testemunhou hoje, no Tribunal de Famalicão, num processo por violência doméstica, e disse não se recordar se eventualmente participou em orgias sexuais com um casal daquele concelho. (...)

José Castelo Branco "não se recorda" de ter participado em orgias
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: José Castelo Branco testemunhou hoje, no Tribunal de Famalicão, num processo por violência doméstica, e disse não se recordar se eventualmente participou em orgias sexuais com um casal daquele concelho.
TEXTO: “Disse que não se recorda”, revelou o advogado do arguido, no final de mais uma audiência de um julgamento que decorre à porta fechada. Aos jornalistas, Castelo Branco garantiu que pediu à juíza presidente do colectivo para a deixar ver o vídeo que no processo e em que alegadamente aparece numa orgia com o casal de Famalicão. “Por amor de Deus, deixe-me ver as imagens, para a minha sanidade, porque eu preciso de ter a certeza se sou eu, se não sou eu, eu preciso de saber", terá dito à juíza. Castelo Branco disse ainda que foi a tribunal “para saber o que se estava a passar”, o que estavam ele a mulher ali a fazer e qual era “o papel” deles neste caso, de que “apenas tinham sido informados pelos jornais”. Manifestou-se “cansada e exausta de tanta história, de tanta fantochada” e admitiu que poderá processar quem deu conta da sua participação nas orgias. No banco dos réus está um homem que é acusado de violência doméstica, por alegadamente ter coagido, sob ameaça de arma, a mulher a participar em orgias sexuais violentas. Junto ao processo está um vídeo que alegadamente comprovará que José Castelo Branco participou numa dessas orgias. O “rei do jet set” admitiu que conhece o casal e sublinhou mesmo que, do que se apercebeu da relação entre marido e mulher, haveria “cumplicidade e alegria. A defesa do arguido arrolou Castelo Branco como testemunha, para tentar provar que a alegada vítima participava nas orgias de livre e espontânea vontade. Miguel Brochado Teixeira, advogado do arguido, requereu o visionamento do vídeo na sessão de hoje, mas o colectivo de juízes recusou. Segundo fonte judicial, o vídeo poderá não ser aceite como meio de prova, por eventualmente ter sido gravado sem o consentimento das pessoas que nele aparecem. Brochado Teixeira já tinha dito que as imagens comprovam "inequivocamente" que não houve qualquer coação. "São imagens explícitas, claras, convincentes e inequívocas, que comprovam que houve uma comparticipação de pessoas adultas que voluntariamente praticam factos da vida privada", referiu, no final de uma audiência anterior. Já para Francisco Peixoto, advogado da alegada vítima, as imagens provam precisamente o contrário. “Veja o vídeo e veja se minha cliente tem alguma participação espontânea naquela situação”, referiu. O arguido, que está em prisão domiciliária, com vigilância electrónica, responde por um crime de violência doméstica, que incluiu a coação sexual, e ainda por dois crimes de detenção ilegal de arma. Este caso foi desencadeado na sequência de uma investigação por posse ilegal de armas, durante a qual a mulher do arguido se queixou de violência doméstica. No processo, há também fotos em que a mulher ostenta nódoas negras no corpo, que a acusação diz serem resultado das agressões do marido, mas que a defesa associa às orgias, em que haveria sessões de sadomasoquismo.
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE
Transplante hepático: morreu menina portuguesa internada em Madrid
A bebé portuguesa que foi submetida a um transplante de fígado em Espanha morreu nesta sexta-feira no hospital de La Paz, em Madrid, por causas ainda não divulgadas, disse à Lusa fonte oficial da unidade hospitalar madrilena. (...)

Transplante hepático: morreu menina portuguesa internada em Madrid
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: A bebé portuguesa que foi submetida a um transplante de fígado em Espanha morreu nesta sexta-feira no hospital de La Paz, em Madrid, por causas ainda não divulgadas, disse à Lusa fonte oficial da unidade hospitalar madrilena.
TEXTO: “A menina morreu há algumas horas. Não podemos, para já, dar mais informações”, disse a mesma fonte. A bebé portuguesa, de um ano de idade, tinha recebido um transplante de fígado no dia 31 de Dezembro, mas dias depois sofreu complicações pulmonares que a obrigaram a ficar ligada a uma máquina que realizava a função pulmonar, oxigenando o sangue. Esta é a segunda criança portuguesa a falecer no hospital de La Paz, na capital espanhola. A primeira, em Novembro de 2011, foi Tiago, um bebé de dois anos de Braga que esperava por um fígado novo. Apesar de o protocolo ter sido accionado, não foi possível salvar-lhe a vida por causa de uma infecção.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave criança
Mutilação Genital Feminina: realidade em Portugal é ainda pouco conhecida
Lisa Vicente é médica ginecologista e conta que já lhe passaram pelas mãos várias mulheres vítimas de mutilação genital feminina (MGF). A nível nacional, a prática mais comum é a clitoridectomia, ou seja, a remoção total ou parcial do clítoris ou da pele que o cobre. Assinala-se hoje o dia internacional de tolerância zero à mutilação genital feminina. Em Portugal ainda não há números, mas a responsável pelo departamento de saúde reprodutiva da Direcção-Geral da Saúde (DGS) garante que o facto de não existirem dados estatísticos “não significa que [a MGF] não seja uma realidade”. A médica afirma que ainda há uma “face oculta” na sociedade, que faz com que mulheres vítimas de mutilação não queiram dar a cara. (...)

Mutilação Genital Feminina: realidade em Portugal é ainda pouco conhecida
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento -0.09
DATA: 2012-02-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Lisa Vicente é médica ginecologista e conta que já lhe passaram pelas mãos várias mulheres vítimas de mutilação genital feminina (MGF). A nível nacional, a prática mais comum é a clitoridectomia, ou seja, a remoção total ou parcial do clítoris ou da pele que o cobre. Assinala-se hoje o dia internacional de tolerância zero à mutilação genital feminina. Em Portugal ainda não há números, mas a responsável pelo departamento de saúde reprodutiva da Direcção-Geral da Saúde (DGS) garante que o facto de não existirem dados estatísticos “não significa que [a MGF] não seja uma realidade”. A médica afirma que ainda há uma “face oculta” na sociedade, que faz com que mulheres vítimas de mutilação não queiram dar a cara.
TEXTO: Na conferência promovida pela comissão para a cidadania e igualdade de género (CIG), que decorre hoje em Lisboa, Lisa Vicente vai apresentar as linhas orientadoras para o combate nacional à MGF. O primeiro programa nacional para a eliminação desta prática foi lançado em 2009. Entretanto já vamos no segundo programa, que está em vigor até 2013 inserido no plano nacional para a igualdade de género, cidadania e não discriminação. A mesma responsável da DGS declara que “a educação é crucial”, porque “os próprios profissionais de saúde às vezes não sabem muito sobre a MGF, como orientar as mulheres ou como falar com elas”. “É preciso dizer que isto existe”, diz a médica da DGS, acrescentando que “se uma pessoa não estiver atenta [a MGF] pode passar despercebida”. No sentido de ajudar os profissionais de saúde a “procurar” estes casos e a saber orientá-los, foram já traduzidos diversos documentos e promovidas acções de formação. A Associação para o Planeamento da Família (APF) e a Amnistia Internacional Portugal (AI) têm tido neste campo um papel importante, tentando sensibilizar a população através da elaboração de estudos e promoção de workshops e acções de formação (através de uma campanha a nível europeu). AAPF faz o trabalho de campo e lida com as vítimas, pelo que Yasmine Gonçalves, da associação, antecipa que as directrizes da DGS poderão ser “um empurrão” para que se perceba o real impacto da MGF em território nacional. A responsável explica que ainda não é possível ter dados estatísticos sobre a prevalência nacional porque os trabalhos na área têm sido feitos junto dos profissionais de saúde, e não das populações. “Tem de haver uma sinalização dos casos”, refere. Yasmine Gonçalves considera que neste momento importa saber qual o panorama da prevalência, para que se possa actuar junto das comunidades que defendem esta prática e que, em Portugal, serão sobretudo as de origem guineense. O papel da AI prende-se com a promoção de acções de sensibilização e actividades de lobbying. Ana Ferreira estabelece como prioridade a ratificação portuguesa da convenção do conselho da Europa para a prevenção e combate à violência doméstica que, defende, traz “alterações sérias” da política de igualdade de género, especificamente das práticas de MGF. A responsável também refere a comunidade guineense como a “mais praticante” em Portugal, pelo que a AI trabalha junto de associações guineenses para “tentar envolver a comunidade e promover a alteração cultural”. Ana Ferreira afirma que “existe uma dinâmica de grupo que é muito difícil de combater e medo do que possa acontecer” a quem fizer queixa do vizinho. Um dos pilares da campanha da AI é a exigência da recolha de dados estatísticos focados na realidade de cada país. “O progresso é muito lento, tão lento que ainda não temos consciência da realidade do país”, lamenta. A mutilação genital feminina inclui procedimentos que alteram intencionalmente os órgãos genitais femininos por motivos não médicos, não tendo qualquer benefício para as mulheres. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 140 milhões de raparigas e mulheres em todo o mundo tenham sido submetidas a esta prática. A MGF é mais comum nas regiões oeste, este e nordeste de África, em alguns países da Ásia e do Médio Oriente, e entre migrantes destas áreas. Os motivos para este tipo de mutilação são vários, incluindo causas culturais, religiosas e sociais enraizadas nas comunidades. É considerada uma forma de iniciação da rapariga à idade adulta, bem como uma preparação para o casamento através daquilo que se considera ser um “desencorajamento” da infidelidade. Os órgãos sexuais são, nestas comunidades, considerados “sujos” e próprios dos homens, daí que a sua remoção contribua para a “limpeza” da mulher.
REFERÊNCIAS:
Entidades OMS
Grammys: Adele foi rainha na noite que lembrou Whitney Houston
A cerimónia da 54.ª edição dos Grammy Awards, os prémios mais desejados da música nos Estados Unidos, que aconteceu neste domingo em Los Angeles, arrancou com uma oração em homenagem a Whitney Houston, que foi encontrada morta num quarto de hotel, na véspera, aos 48 anos. Adele conquistou todos os galardões para os quais estava nomeada. (...)

Grammys: Adele foi rainha na noite que lembrou Whitney Houston
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-02-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: A cerimónia da 54.ª edição dos Grammy Awards, os prémios mais desejados da música nos Estados Unidos, que aconteceu neste domingo em Los Angeles, arrancou com uma oração em homenagem a Whitney Houston, que foi encontrada morta num quarto de hotel, na véspera, aos 48 anos. Adele conquistou todos os galardões para os quais estava nomeada.
TEXTO: A morte de Whitney Houston foi um dos assuntos mais falados na passadeira vermelha, multiplicando-se os tributos e as mensagens elogiosas à cantora. Bruce Springsteen abriu a cerimónia e, logo a seguir, o rapper LL Cool J pediu aos presentes uma oração em memória de Whitney Houston, enquanto ao mesmo tempo foram mostrados os melhores momentos da cantora, ao som de "I Will Always Love You". "Como diz a música, todos nós vamos amar-te para sempre, Whitney", disse o músico. Apontada como a grande favorita aos prémios, a britânica Adele confirmou todas as apostas ao ganhar tudo o que tinha para ganhar. Adele estava nomeada em seis categorias e conquistou as seis estatuetas. Foi a primeira a subir ao palco para receber o Grammy de Melhor Pop Solo Performance, pela música "Someone Like You". Ao receber o primeiro prémio, a cantora fez um agradecimento especial ao médico, "que [lhe] deu a voz de volta". A cantora está de volta à música, depois de uma cirurgia às cordas vocais. Adele repetiria as subidas ao palco e as mensagens de agradecimento, que culminaram com o prémio máximo, o Álbum do Ano, com o recordeista de vendas "21". Em lágrimas e com poucas palavras, Adele conseguiu apenas agradecer o galardão. "Rolling In The Deep” foi considerada a Música do Ano e venceu ainda o prémio de Melhor Vídeo. O galardão de Melhor Álbum Pop Vocal foi novamente para “21”. A actuação da britânica, que cantou "Rolling In the Deep", era um dos momentos mais esperados e conquistou um dos maiores aplausos da noite. Kanye West, nomeado em sete categorias, venceu o Grammy de Melhor Álbum Rap com “My Beautiful Dark Twisted Fantasy”, e Melhor Colaboração Rap com “All of the Lights”, música que conta com a participação de Rihanna, Kid Cudi e Fergie, e que estava também nomeada na categoria de música do ano. O single "Otis", do álbum "Watch The Throne", a colaboração de West com Jay-Z, foi considerado a Melhor Rap Performance. Os dois músicos estiveram ausentes da cerimónia. Um dos momentos da noite foi o desejado regresso aos palcos dos Beach Boys, recebidos em êxtase e com uma grande ovação de pé. Brian Wilson, Mike Love, Al Jardine, Bruce Johnston e David Marks, que em 2012 comemoram 50 anos de carreira, actuaram na cerimónia, depois dos Maroon 5 e dos Foster The People terem tocado um tema cada da histórica banda. O dueto entre Amy Winehouse e Tony Bennett, "Body and Soul", que chegou às lojas em Setembro, já depois da morte da cantora, conquistou o Grammy de Melhor Dueto/Grupo Performance. A canção, gravada em Londres, em Março do ano passado, terá sido uma das últimas interpretadas em estúdio por Amy Winehouse. O dueto integrou o novo álbum de Bennett, “Duets II”, que conta ainda com a participação de nomes como Lady Gaga e Aretha Franklin, e que valeu ao cantor o Grammy de Melhor Álbum Pop Tradicional Vocal. Nomeado pela primeira vez aos Grammys, Bon Iver, projecto musical do norte-americano Justin Vernon, conquistou o Grammy de Artista Revelação e ainda o troféu de Melhor Álbum Alternativo, com o seu segundo trabalho “Bon Iver, Bon Iver”, considerado um dos melhores álbuns de 2011. Ao receber a estatueta de Artista Revelação, Bon Iver disse sentir-se numa situação muito desconfortável. "Há tanto talento aqui no palco e tanto talento que não está aqui. É uma honra", disse, deixando um agradecimento não só aos pais, familiares e amigos, como também a "todos os nomeados e não nomeados". Os Foo Fighters, que ao lado de Adele e Bruno Mars se incluíam na lista dos mais nomeados com seis indicações cada, conquistaram quatro galardões, incluindo os prémios de Melhor Álbum Rock com “Wasting Light” e Melhor Performance Hard Rock/Metal. A banda liderada por Dave Grohl venceu ainda nas categorias de Melhor Música Rock, com “Walk”, e Melhor Vídeo, com “Back And Forth”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte cantora
Mulheres portuguesas são mais pobres, mais sós e vivem mais tempo
Instituto Nacional de Estatística (INE) fez as contas no feminino e concluiu que as portuguesas são a maioria, vivem mais tempo, são mais pobres e as que são vítimas de crime têm vindo a aumentar. (...)

Mulheres portuguesas são mais pobres, mais sós e vivem mais tempo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.318
DATA: 2012-03-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Instituto Nacional de Estatística (INE) fez as contas no feminino e concluiu que as portuguesas são a maioria, vivem mais tempo, são mais pobres e as que são vítimas de crime têm vindo a aumentar.
TEXTO: As mulheres portuguesas são mais pobres, porque têm taxas de desemprego mais elevadas. Vivem mais, em média até aos 82 anos, e têm filhos cada vez mais tarde. As que estão presas têm vindo a diminuir, mas aumentam as que são vítimas de crimes. Em profissões como a Medicina estão em maioria, como, de resto, entre a população: são 5, 5 milhões, ou seja, 52, 2% portuguesa. Eis um retrato estatístico no feminino. Na véspera do Dia Internacional da Mulher, o Instituto Nacional de Estatística (INE) pôs-se a fazer as contas no feminino e concluiu, por exemplo, que a relação de feminilidade se alterou na última década: passou de 107, 1 para 109, 2 mulheres por cada cem homens. O maior aumento foi no grupo etário dos 75 e mais anos: em dez anos passamos a ter mais 27, 3% de mulheres nessa faixa etária. Em 2010, a idade média das mulheres ao primeiro casamento era de 29, 2 anos. Antes disso, têm o primeiro filho - aos 28, 9 anos - o que traduz um adiamento da maternidade em 2, 4 anos face ao que se passava em 2000. Eventualmente porque têm menos filhos (1, 37 crianças em 2011), as mulheres representam 63, 8% da população que vive só. Há uma frente em que estão em igualdade com os homens: nas prestações de desemprego. Em 2010, representavam 51, 2% dos beneficiários do subsídio de desemprego. O que recebiam era menos, porque também tinham auferido salários inferiores ao dos homens. Entre elas a taxa de pobreza é também, por isso, mais elevada: 18, 4%. Se estivermos a falar apenas das que tem 65 ou mais anos, a taxa sobe para os 23, 5%. No tocante ao crime e à violência, fazem-se representar mais como vítimas e menos como reclusas. Em números, as mulheres constituíam 58, 6% dos lesados ou ofendidos em crimes contra pessoas, em 2010. No mesmo ano, representavam apenas 5, 4% da população prisional (9, 4% em 2000). Em média, elas vivem mais do que os homens e têm nas doenças do aparelho circulatório a principal causa de morte. Só 2010 perderam, na sua totalidade, 12. 653 anos potenciais de vida por doenças daquele espectro. Os tumores também as matam: 182, 6 mulheres em cada cem mil.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave crime morte homens violência filho mulher igualdade mulheres pobreza desemprego casamento
Rede de tráfico de mulheres começa a ser julgada segunda-feira no Algarve
O Tribunal de Albufeira começa nesta segunda-feira a julgar 14 pessoas que faziam parte de uma rede internacional de tráfico de seres humanos para exploração sexual, desmantelada há mais de um ano. (...)

Rede de tráfico de mulheres começa a ser julgada segunda-feira no Algarve
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Tribunal de Albufeira começa nesta segunda-feira a julgar 14 pessoas que faziam parte de uma rede internacional de tráfico de seres humanos para exploração sexual, desmantelada há mais de um ano.
TEXTO: A rede actuava em Portugal, com epicentro no Algarve, e em vários países europeus. Depois de um ano de investigações, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desmantelou essa rede em Fevereiro de 2011 e deteve 14 pessoas no Algarve e em Aveiro. Cinco "mantêm-se em prisão preventiva e os restantes aguardam o julgamento em liberdade, mediante pagamento de caução e sujeitos a apresentações periódicas e a termo de identidade e residência, informou hoje o SEF, em comunicado. “No total, os arguidos foram acusados por mais de 50 crimes”, como tráfico de seres humanos, tráfico de menores, lenocínio, lenocínio de menores, tráfico de estupefacientes, falsas declarações e detenção de arma proibida. Esta rede “traficava e explorava mulheres para fins sexuais, as quais eram colocadas nas bermas de estrada do Algarve e Aveiro e obrigadas a prostituir-se. Estas mulheres, cerca de 30 foram identificadas, eram diariamente sujeitas a agressões físicas de enorme violência, coação psicológica e forçadas a consumir estupefacientes, o que lhes aumentava a dependência dos traficantes”, segundo um comunicado do SEF. As mulheres “eram negociadas e autenticamente vendidas/compradas e trocadas entre os traficantes da mesma e de outras redes por preços que podiam ficar pelos 500 euros”. Uma das mulheres acabou por ser vítima de homicídio praticado por um cliente, cidadão português.
REFERÊNCIAS:
Entidades SEF