Kate, a próxima princesa de Inglaterra
Na escola, já era conhecida por Kate. Moderna, popular e talentosa, Catherine Middleton passou também agora a ser tratada apenas pelo primeiro nome em todo o mundo, ao confirmarem-se os rumores de noivado com o príncipe William. (...)

Kate, a próxima princesa de Inglaterra
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2010-11-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Na escola, já era conhecida por Kate. Moderna, popular e talentosa, Catherine Middleton passou também agora a ser tratada apenas pelo primeiro nome em todo o mundo, ao confirmarem-se os rumores de noivado com o príncipe William.
TEXTO: A mais velha de três irmãs, Kate – como já é tratada pelos media internacionais – é filha de um antigo piloto e de uma antiga assistente de bordo da British Airways. Cresceu numa pequena aldeia em Bucklebury, a cerca de 45 quilómetros de Londres, onde a criação da empresa de venda por correspondência Pary Pieces, pela sua mãe, Carole Middleton, fundou a riqueza da família e permitiu a Kate entrar em meios sociais respeitados. Com os irmãos Pippa e James, Kate chegou a ser modelo para alguns catálogos da empresa da mãe. O desporto e o palco são duas das suas paixões. Passava férias a praticar ski. E, aos dez anos, interpretou, na escola, o papel de Elisa Doolittle numa representação do famoso musical “My Fair Lady”. Kate tem hoje 28 anos – a mesma idade do príncipe William. Conheceu o segundo nome na linha da sucessão ao trono de Inglaterra há nove anos, na Universidade de St. Andrew, na Escócia, para onde os dois foram estudar História de Arte e onde dividiram uma casa para estudantes. Em 2006, começaram a namorar e, desde então, Catherine Middleton já viveu momentos de maior e menor pressão mediática, algo que não tinha experimentado até ingressar na faculdade. O seu percurso escolar no reputado Colégio de Marlborough, em Wiltshire, é elogiado por professores e colegas. Sempre foi vista como uma aluna de alto desempenho, aplicada e talentosa, mas também popular e com os pés assentes na terra. “A Kate é uma rapariga absolutamente fenomenal – muito popular, talentosa, criativa e desportiva”, comentou à BBC Charlie Leslie, uma antiga colega de turma. Era aluna de “A” e de “B” (os dois níveis mais altos no sistema educacional inglês) na maior parte das disciplinas e também no desporto dava cartas, tendo chegado a liderar a equipa de hóquei do colégio. O namoro com William terá florescido nos fins-de-semana passados na residência de campo da rainha Isabel II. E os primeiros rumores do noivado com William surgiram em 2007, quando Kate Middleton tinha ainda 25 anos e trabalhava para a cadeia de lojas Jigsaw. Nesse ano, à parte dos rumores de separação e de reconciliação, Catherine esteve ao lado de William no concerto de homenagem à princesa Diana, em Wembley, e passou a participar em cerimónias oficiais de forma discreta. Em 2008, foi selecionada para a lista das mulheres mais bem vestidas no mundo, ao lado das primeiras damas norte-americana Michelle Obama e francesa Carla Bruni. Desde essa altura, o seu nome é falado com interesse pelos media ingleses, sobretudo pelos tabloids, como potencial futura rainha de Inglaterra. Para já, receberá a “coroação” de princesa, quando se casar com William na Primavera de 2011.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha escola campo rainha mulheres princesa rapariga
Um terço das portuguesas são ou já foram assediadas sexualmente
Uma em cada três mulheres portuguesas é vítima de assédio sexual, denuncia a associação União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) com base num estudo da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego. (...)

Um terço das portuguesas são ou já foram assediadas sexualmente
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2010-12-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma em cada três mulheres portuguesas é vítima de assédio sexual, denuncia a associação União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) com base num estudo da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego.
TEXTO: A maioria dos casos ocorre no local de trabalho e aí sobe para 40 por cento a percentagem de mulheres que são ou já foram assediadas sexualmente. A falta de estruturas de apoio às vítimas e a inexistência de leis orientadas para o problema são questões cuja alteração é urgente, defende Maria José Magalhães, presidente da UMAR. A associação lança hoje em Lisboa uma campanha que visa informar e sensibilizar a população para esta temática, que até aqui tem sido "pouco trabalhada" em Portugal. O assédio sexual consiste em "perseguições" e "comportamentos de carácter sexual não consentidos pela pessoa alvo das investidas" e "pode ocorrer no trabalho, no espaço público e na rua", explica Maria José Magalhães. Em 2009, ainda segundo a UMAR, foram instaurados 300 processos disciplinares por assédio sexual no conjunto das empresas portuguesas. Mas os números não serão um reflexo da realidade - a maioria dos casos não chega sequer a ser reportada pelas vítimas. "Se apresentarem denúncia ou queixa, ficam com o seu lugar de trabalho em risco", justifica a presidente desta ONG vocacionada para a defesa dos direitos das mulheres. Um ano de norte a sulCom a campanha que a UMAR vai desenvolver ao longo de um ano, pretende-se levar as vítimas ou possíveis futuras vítimas de assédio a compreender a importância de denunciar as situações. "Vamos informar sobre a legislação e levantar o véu sobre este problema", diz Maria José Magalhães. Acções de sensibilização serão desenvolvidas em cidades de norte a sul do país e também nas ilhas. "Em parceria com as associações locais, como escolas, associações culturais e desportivas, vamos desenvolver debates, tertúlias e passar filmes", explica a presidente da UMAR. Serão também organizados espectáculos para "questionar mentalidades" e lançar-se-ão dois inquéritos com o objectivo de verificar a verdadeira dimensão do problema no país. "Não existe nada", sublinha Maria José Magalhães, referindo-se a estruturas de apoio a vítimas. "Os sindicatos são uma plataforma que pode ajudar algumas trabalhadoras. Mas isso significa que têm de estar sindicalizadas", explica. "O nosso interesse é pressionar para que a sociedade portuguesa tenha serviços de apoio a vítimas de assédio sexual. "Da lei existente, Maria José Magalhães apenas diz que não está orientada para o problema do assédio sexual. "É preciso fazer pressão política para mudar a legislação", defende. A presidente da UMAR acredita haver abertura por parte do Governo para discutir o problema, mas admite que não será fácil. "Com este discurso da crise, tudo parece secundário face ao pessimismo", afirma, acrescentando existir "pouco ânimo para propostas positivas".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos lei sexual mulheres assédio
Caldas da Rainha: incêndio em prédio sem licença matou família
Edifício na zona histórica estaria a funcionar como pensão à margem da lei. Vítimas são um casal e um filho que viviam em condições precárias. Havia extintores, mas ninguém os usou. (...)

Caldas da Rainha: incêndio em prédio sem licença matou família
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-02-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Edifício na zona histórica estaria a funcionar como pensão à margem da lei. Vítimas são um casal e um filho que viviam em condições precárias. Havia extintores, mas ninguém os usou.
TEXTO: Um incêndio num prédio na zona histórica das Caldas da Rainha vitimou, na madrugada de ontem, três pessoas da mesma família. O edifício, na Travessa da Piedade, não tinha licença de habitabilidade e, segundo o presidente da câmara, deveria ser de escritórios e não de habitações. Do incêndio resultaram ainda sete feridos, cinco dos quais foram encaminhados para o hospital. As vítimas, um casal na casa dos 40 anos e o filho, com 19, viviam num espaço exíguo e com pouca ventilação, o que terá provocado a acumulação de dióxido de carbono. O pai trabalhava numa estufa de roseiras, na zona industrial da cidade, e o filho era diabético. Segundo moradores, a família tinha poucos recursos económicos e beneficiava de apoios de uma associação local que ajuda pessoas em dificuldades. A sobrelotação do espaço também poderá ter contribuído para o trágico desfecho. Pelo menos 12 pessoas habitavam naquele prédio, que funcionaria como uma pensão clandestina. No rés-do-chão funciona o Recreio Clube, um espaço dedicado ao convívio sénior e para os forcados amadores das Caldas da Rainha. "O edifício foi acrescentado e reconstruído um piso para ser utilizado como escritórios, mas a utilização para habitação e aluguer de quartos não estava prevista", disse à Lusa o presidente da câmara, Fernando Costa. "Foi pedida autorização para escritórios", mas mesmo essa licença não foi ainda emitida. "Nunca solicitaram sequer vistoria. A câmara desconhecia completamente a utilização daquele espaço para residência", concluiu o líder da autarquia, cujos serviços abriram um inquérito. Segundo a Lusa, a PJ pediu para consultar o processo de obras. Saltou do telhadoEram 4h52 quando os Bombeiros Voluntários receberam o alerta de um fogo no prédio n. º 4 da Travessa da Piedade. Três minutos depois, segundo o relatório da ocorrência, chegaram ao local e, nas águas-furtadas do edifício, depararam com três pessoas já sem vida. "Quando chegámos, as vítimas estavam em paragem cardíaca. Ainda tentámos fazer reanimação, mas não conseguimos reanimá-los", disse o comandante dos bombeiros e responsável pela Protecção Civil, José António Silva. A causa provável da morte terá sido a inalação de fumos, não havendo certezas quanto à origem do incêndio. A Polícia Judiciária está a investigar o caso, mas o comando dos bombeiros das Caldas da Rainha já adiantou que a causa provável das chamas terá sido uma vela. O comandante dos bombeiros garantiu que todos os quartos tinham extintor, mas nenhum foi usado. O incêndio começou num quarto com de 12 metros quadrados, um dos quatro do primeiro andar. Segundo os bombeiros, a chama de uma vela propagou-se a um sofá-cama e depois alstrou a toda a mobília. O fumo chegou às águas-furtadas, onde dormia a família que acabou por morrer. "As águas-furtadas estão completamente pretas, o que evidencia a saída do fumo", disse o comandante dos bombeiros, confirmando que, no quarto onde o incêndio começou, estava apenas uma mulher, de origem ucraniana. Três mulheres e dois homens foram transportados para o Hospital Oeste Norte. Uma destas mulheres sofreu fracturas nos pés, depois de ter saltado do telhado para outro edifício, escapando assim às chamas. E um homem - filho do proprietário do imóvel - foi levado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, devido a queimaduras numa mão.
REFERÊNCIAS:
Entidades PJ
Pai de meninas gémeas desaparecidas navegava em sites sobre suicídio
O pai das duas gémeas suíças, de seis anos, desaparecidas desde 28 de Janeiro após terem sido levadas de perto de casa pelo pai, navegava em sites sobre suicídio, armas e envenenamentos, apurou a polícia no computador de trabalho de Matthias Schepp. (...)

Pai de meninas gémeas desaparecidas navegava em sites sobre suicídio
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-02-11 | Jornal Público
SUMÁRIO: O pai das duas gémeas suíças, de seis anos, desaparecidas desde 28 de Janeiro após terem sido levadas de perto de casa pelo pai, navegava em sites sobre suicídio, armas e envenenamentos, apurou a polícia no computador de trabalho de Matthias Schepp.
TEXTO: O homem levou as duas filhas e nunca mais foi visto. Até a polícia encontrar o seu corpo, no dia 3 de Fevereiro, debaixo de um comboio no sul de Itália. A polícia continua a procurar pistas que revelem o paradeiro das meninas que continuam desaparecidas. Sabe-se agora que a última vez que Matthias Schepp foi avistado com as filhas foi numa viagem de ferry para a Córsega. Sabia-se que o homem tinha comprado três bilhetes e pensou-se que não os teria usado. Mas há agora testemunhos de que os três fizeram a viagem. Schepp regressou depois da Córsega para França, para Toulon, sozinho, a 1 de Fevereiro. E são os últimos dados que a polícia tem na reconstituição deste puzzle. Jean-Christophe Sauterel, porta-voz da polícia suíça, que coordena as operações, diz, citado pela BBC News, que o computador do homem também tinha registos de consulta dos horários dos ferrys para a Córsega: “Esta viagem foi toda muito planeada”. Entretanto há uma carta, segundo conta o diário italiano La Repubblica, alegadamente enviada por Matthias Schepp de Toulon, dirigida à mãe das crianças: “As nossas filhas descansam em paz. Não as verás mais”. Algo que não coincide com um testamento encontrado em casa do homem que dava as filhas como herdeiras universais dos seus bens.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homem corpo
Óscares: as melhores actrizes secundárias, da rainha-mãe à orfã indomável
O Kodak Theatre, em Los Angeles, vai encher-se no próximo domingo para a entrega dos prémios mais ambicionados do cinema – os Óscares. O PÚBLICO entra na corrida para rever os nomeados nas principais categorias, para antecipar também a cobertura que está a preparar da cerimónia que acompanhará em directo. Começamos pelas nomeadas para melhor actriz secundária. (...)

Óscares: as melhores actrizes secundárias, da rainha-mãe à orfã indomável
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.233
DATA: 2011-02-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Kodak Theatre, em Los Angeles, vai encher-se no próximo domingo para a entrega dos prémios mais ambicionados do cinema – os Óscares. O PÚBLICO entra na corrida para rever os nomeados nas principais categorias, para antecipar também a cobertura que está a preparar da cerimónia que acompanhará em directo. Começamos pelas nomeadas para melhor actriz secundária.
TEXTO: Amy Adams, The FighterEstar entre as nomeadas ao Óscar para melhor actriz secundária começa a ser um hábito para Amy Adams (n. Aviano, Itália, 1974). Esta é a terceira vez. Já perdeu a estatueta em 2006 para Rachel Weisz (O Fiel Jardineiro), quando estava nomeada por Junebug, e em 2009 para Penélope Cruz (Vicky Cristina Barcelona). Nesse ano, Amy Adams concorria ainda com uma companheira do elenco de Dúvida, Viola Davis – e o mesmo acontece agora com Melissa Leo. Em The Fighter, é a namorada de Micky Ward, o protagonista interpretado por Mark Wahlberg. Site Oficial :: Cinecartaz :: Críticas no ÍpsilonHelena Bonham Carter, O Discurso do ReiA evidência que fica por dizer em O Discurso do Rei é que Helena Bonham Carter (n. Londres, 1966) está a interpretar a Rainha-Mãe, como ficou conhecida Elizabeth Bowes-Lyon após a morte do marido, o rei George VI (Colin Firth), e a ascensão ao trono da actual monarca do Reino Unido, Elizabeth II, filha de ambos. Bonham Carter, já distinguida com um Bafta pelo papel, está nomeada aos Óscares pela segunda vez. A estreia aconteceu na categoria de melhor actriz principal, em 1998, por As Asas do Amor – perdeu para Helen Hunt (Melhor é Impossível). A produção de O Discurso do Rei foi sobretudo construída tendo em conta a agenda da actriz, a braços com os dois filmes finais de Harry Potter. Site Oficial :: Cinecartaz :: Críticas no ÍpsilonMelissa Leo, The FighterA mãe controladora de Micky Ward (Mark Wahlberg ) em The Fighter granjeou a Melissa Leo (n. Nova Iorque, 1960) a segunda nomeação para um Óscar, dois anos após a primeira. Meryl Streep e Angelina Jolie concorreram então com Leo na categoria de melhor actriz principal, arrecadada por Kate Winslet (O Leitor). Frozen River foi o filme da estreia entre as finalistas de peso. Desta vez, os nomes sonantes da indústria não perseguem a actriz, cuja performance em The Fighter foi já distinguida com um Globo de Ouro. Site Oficial :: Cinecartaz :: Críticas no Ípsilon
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Palavras-chave morte filha rainha
Mzuri Issa luta pelo poder das mulheres de Zanzibar
Mzuri Issa. É como se chama a mulher, de lenço colorido, olhos amendoados, sorriso inteiro. Veio da Tanzânia, na África Oriental, onde nasceu e onde vive há 35 anos, que é a sua idade. Quase 20 horas foi o tempo que demorou a viagem que fez até Bruxelas. À sua frente, numa sala do Centro de Imprensa Internacional, estão 15 jornalistas de vários países da Europa e alguns funcionários da Comissão Europeia que participam num seminário sobre igualdade entre sexos que decorreu de 27 de Fevereiro a 2 de Março, promovido pelo Centro de Jornalismo Europeu. (...)

Mzuri Issa luta pelo poder das mulheres de Zanzibar
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-03-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Mzuri Issa. É como se chama a mulher, de lenço colorido, olhos amendoados, sorriso inteiro. Veio da Tanzânia, na África Oriental, onde nasceu e onde vive há 35 anos, que é a sua idade. Quase 20 horas foi o tempo que demorou a viagem que fez até Bruxelas. À sua frente, numa sala do Centro de Imprensa Internacional, estão 15 jornalistas de vários países da Europa e alguns funcionários da Comissão Europeia que participam num seminário sobre igualdade entre sexos que decorreu de 27 de Fevereiro a 2 de Março, promovido pelo Centro de Jornalismo Europeu.
TEXTO: Mzuri vem falar da Associação de Mulheres para os Media da Tanzânia (TAMWA) que há 20 anos se dedica à defesa dos direitos humanos, particularmente das mulheres. E vem pedir ajuda para a continuação de um dos projectos da associação que, há três anos, é financiado pela União Europeia. Chama-se The Women Empowerment in Zanzibar Project (Weza), um projecto para fortalecer o poder das mulheres de Zanzibar, arquipélago formados pelas ilhas de Unguja e Pemba, ao largo da costa da Tanzânia. Longa distância e muito dinheiro separam a realidade em que vivem as mulheres de Zanzibar da que faz parte do dia-a-dia das mulheres dos países europeus. E, contudo, são realidades contemporâneas. Mzuri Issa conserva o seu sorriso largo, apesar das desigualdades de que fala. A questão, afirma, está no desenvolvimento. O que ela quer dizer aos jornalistas, primeiro, e ao mundo, depois, é que o aumento do poder para as mulheres das ilhas de Zanzibar e da igualdade de direitos em relação aos homens, "passa pela diminuição da pobreza, por mais justiça social, condições essenciais para o desenvolvimento". É esta ideia que tem estado na base do projecto, no qual a União Europeia já investiu 750. 000. 00 euros. Este projecto é dirigido a cerca de seis mil mulheres rurais, pobres e analfabetas, tendo em vista o desenvolvimento das comunidades existentes nas duas ilhas. Elas foram envolvidas em diferentes actividades económicas e sociais, tais como a agricultura, a indústria e o artesanato, o aproveitamento dos recursos naturais e os programas de saúde primária. Os objectivos específicos, explica Mzuri Issa, são o aumento dos salários e ultrapassar as barreiras sociais, culturais e políticas que impedem que a mulher tenha mais influência na sociedade tanzaniana. "O que se pretende é melhorar as suas vidas e dar-lhes possibilidade de alcançar o seu potencial humano", afirma a activista. A maioria das participantes no projecto tem entre 25 e 50 anos, religião muçulmana e mais de três crianças em casa. Muitas vezes, porém, a intervenção junto das comunidades "não tem sido fácil", confessa Mzuri ao P2. Porque "há muitas mulheres que só aderem depois da autorização dos maridos". Além da pobreza extrema, a activista refere também a iliteracia como outro obstáculo para o progresso das mulheres e conta como a TAMWA tem contribuído para divulgar esta realidade no seu país e a nível internacional. Mostra números e slides, fala de conquistas e de obstáculos. Mzuri Issa acredita no papel do jornalismo "para mudar a sociedade", informando e "agitando os poderes". E conta que são cada vez mais as mulheres que aderem às campanhas para a defesa dos seus direitos. Esta é uma causa que tem perseguido na TAMWA, de que é uma das fundadoras, para "lutar contra a violência e a humilhação de que as tanzanianas são vítimas há tantos anos", diz. Espancada "de gatas" "O meu nome é Purcherie Mbonimpa, casei-me com 18 anos, quando o meu marido tinha 26. Temos sete filhos, quatro rapazes e três raparigas. Vivemos sobretudo da agricultura, cultivando feijões e batata-doce e temos uma pequena plantação de bananas". É assim que começa um dos depoimentos recolhidos durante o trabalho de campo das activistas tanzanianas e que consta de um relatório entregue em Bruxelas. Este é bem esclarecedor da desigualdade entre sexos e dos mecanismos de poder em Zanzibar. Purcherie continua o seu relato, contando que, nos primeiros meses de casamento, o marido lhe disse: "Eu casei contigo, mas nunca saberás quem eu sou".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homens humanos violência campo mulher ajuda social igualdade mulheres pobreza casamento
Tribunal condena a prisão casal acusado de abuso sexual dos filhos
O Tribunal de Vila do Conde condenou hoje a penas de oito anos e meio e seis anos e meio de prisão um homem e uma mulher acusados de abusar sexualmente dos três filhos menores (...)

Tribunal condena a prisão casal acusado de abuso sexual dos filhos
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.5
DATA: 2011-03-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Tribunal de Vila do Conde condenou hoje a penas de oito anos e meio e seis anos e meio de prisão um homem e uma mulher acusados de abusar sexualmente dos três filhos menores
TEXTO: O tribunal, que considerou provados três crimes de abuso sexual agravado, inibiu o casal do exercício do poder paternal durante seis anos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave tribunal sexual abuso
Kate não é Diana, mas será a primeira rainha do povo
A poucos dias do casamento real acontecer, a 29 de Abril, decretado feriado no Reino Unido, o PÚBLICO online acompanha os preparativos para a grande cerimónia e conta um pouco dos bastidores do romance real. O primeiro texto é de Raquel Ribeiro, que irá acompanhar a cerimónia na próxima sexta-feira em Londres. (...)

Kate não é Diana, mas será a primeira rainha do povo
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.25
DATA: 2011-04-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: A poucos dias do casamento real acontecer, a 29 de Abril, decretado feriado no Reino Unido, o PÚBLICO online acompanha os preparativos para a grande cerimónia e conta um pouco dos bastidores do romance real. O primeiro texto é de Raquel Ribeiro, que irá acompanhar a cerimónia na próxima sexta-feira em Londres.
TEXTO: O Reino Unido rejubila com o conto de fadas da plebeia que conquistou o príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono. Numa sociedade estratificada, Kate representa a anulação da classe social. No seu nome, está ainda uma geração de Kates britânicas de sucesso - Moss, Winslet ou Beckinsale. A 29 de Abril de 2011, quando Kate Middleton subir ao altar da Abadia de Westminster para se casar com o príncipe William, segundo na sucessão ao trono britânico, muitas regras na monarquia no Reino Unido começam a quebrar-se. Kate será a primeira rainha plebeia quando William for rei. Isto não é surpresa em monarquias modernas como as escandinavas, onde os sucessores ao trono se casaram nos últimos anos com parceiros plebeus, licenciados, trabalhadores e independentes, ou até mesmo em Espanha, uma monarquia mais tradicional e de ascendência católica. Mas o Reino Unido ainda não estava pronto para questionar a tradição. Kate será também a primeira rainha a ter frequentado um curso universitário e a primeira a ter vivido com o príncipe herdeiro fora do protocolo real - viveram juntos com amigos num apartamento alugado quando eram estudantes na Universidade de St. Andrews, na Escócia. O país rejubila e a popularidade da monarquia está em alta. Duas semanas após o anúncio do casamento, uma sondagem da YouGov revelava que 70 por cento dos britânicos querem ver a lei de sucessão alterada para que o primogénito possa ser considerado rei (ou rainha) independentemente do seu género. Muitos parlamentares têm feito pressão sobre o Governo para que a lei, com séculos de existência, mude em breve, numa tentativa de modernização da monarquia. Kate e William, ambos com 28 anos, são, portanto, o casal moderno de que a monarquia britânica precisava para reconquistar os corações dos mais descrentes: conheceram-se na universidade há oito anos, seis dos quais foram namorados, com algumas intermitências e um rompimento muito badalado na imprensa, fizeram as pazes e casam-se dentro de meses. Um conto de fadas é isto?Uma jovem como nós O que é que Kate tem? Kate não será uma princesa de ascendência aristocrática (como Diana) nem filha de uma qualquer família real europeia que se casa com William por acordo ou correspondência. Mais: "Kate não é uma WAG [acrónimo de wives and girlfriends, mulheres e namoradas de jogadores de futebol], não é uma celebridade das revistas. É uma jovem com um curso superior, de uma família de classe média e que tinha um emprego. Isto representa uma mudança na monarquia e ela é uma excelente embaixadora dessa mudança", diz Katie O'Leary, 21 anos, de Birmingham, estudante universitária. Kate Middleton estudou História de Arte na Universidade de St. Andrews e, depois de vários meses no "desemprego", trabalhou para a marca de roupa Jigsaw até se demitir para investir numa carreira como fotógrafa. Como Middleton, O'Leary tem o nome certo. Quando o noivado entre Kate e William foi anunciado, a BBC lembrava que numa sociedade estratificada e classista como a britânica, Kate (neste caso, de Catherine) representa precisamente a anulação da classe social. No seu nome, Kate, está toda uma geração de Kates britânicas de sucesso (Kate Moss, Kate Winslet, ou Kate Beckinsale, por exemplo). Kate como nós, portanto: "A minha mãe brincou com o nome e disse: 'Podias ter sido tu!'", conta O'Leary.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha lei rainha social género mulheres desemprego princesa casamento
Mulheres da limpeza arrumaram as vassouras na escola da PSP por falta de pagamento
As dívidas, acumuladas nos últimos oito meses, já rondam os 100 mil euros. Instrutores também estão a receber menos. (...)

Mulheres da limpeza arrumaram as vassouras na escola da PSP por falta de pagamento
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-05-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: As dívidas, acumuladas nos últimos oito meses, já rondam os 100 mil euros. Instrutores também estão a receber menos.
TEXTO: As empregadas da empresa de serviços de limpeza que trabalham na Escola Prática de Polícia (EPP) da PSP, em Torres Novas, recusaram na segunda-feira desempenhar qualquer tarefa naquelas instalações. Tratou-se de uma acção de protesto pelo atraso nos pagamentos (já serão oito meses) que a polícia acumula em relação à empresa. Para se proceder ao fornecimento de refeições, a PSP recorreu a funcionários civis e a alguns polícias. O fornecimento de refeições aos cerca de 1300 instruendos e docentes da EPP acabou por ser assegurado por algumas funcionárias civis da PSP e por polícias que, por norma, desempenham tarefas mais viradas para a manutenção das instalações e segurança. As cerca de 30 mulheres da empresa Number One, Limpezas Técnicas Profissionais, que pertence ao grupo Conforlimpa, e que há mais de dois anos trabalham na EPP "ficaram debaixo de uma árvore, à sombra, à espera que lhes paguem", conforme disse ontem ao PÚBLICO um formador da PSP que, "por causa das retaliações", pediu anonimato. Em dívida estarão cerca de 100 mil euros, relativos à prestação de serviços ao longo de oito meses. "O problema nem sequer é da direcção da escola, mas sim da direcção nacional da polícia, que, quando contratou a empresa tinha, certamente, o dinheiro necessário para proceder aos pagamentos", explicou ainda a mesma fonte. O PÚBLICO tentou saber junto da administração do grupo Conforlimpa para quando o final da acção de protesto e qual o montante exacto da dívida. Num contacto telefónico efectuado para a sede da empresa, em Castanheira do Ribatejo, foi adiantado que o director da empresa, Armando Almeida Cardoso, só prestaria declarações pessoalmente. Também não foi possível fazer qualquer contacto com nenhuma das mulheres que têm trabalhado na limpeza das instalações policiais e que, de acordo com alguns polícias, auferem em média um salário a rondar entre os 300 e os 400 euros mensais. Ontem, mais do que os problemas que podem resultar de não existir gente em quantidade suficiente para ajudar a servir as refeições, muitos polícias temiam, sobretudo, que as condições de higiene na EPP se viessem a deteriorar ao ponto de inviabilizar a continuidade das acções escolares. "Sem as senhoras da limpeza não há detergentes e sem estes não se limpa nada. Neste momento não há casas-de-banho limpas. Nem sequer há novos rolos de papel higiénico", disse um dos polícias contactados, lembrando que a situação era mais grave nas instalações onde se encontram instalados os candidatos a agentes. Apesar dos contactos com a direcção nacional da PSP, em Lisboa, não foi possível obter em tempo útil qualquer explicação relativa a este caso, assim como em relação ao não pagamento dos subsídios aos instrutores (ver caixa). Desse modo, não é possível adiantar o que vai acontecer, por exemplo, com os cerca de 1000 instruendos que frequentam o curso para admissão à PSP, sendo certo que muitos formadores defendem que os alunos "devem ser mandados para casa até que estejam de novo reunidas as indispensáveis condições de higiene". A insatisfação na EPP resultante da falta de condições financeiras e da consequente degradação das condições já terá sido comunicada à própria direcção do estabelecimento, com alguns dos mais de 50 formadores a exigirem voltar para as esquadras de origem. Fontes policiais dizem ainda que os atrasos no pagamento a fornecedores são frequentes e que em breve poderão surgir novos problemas, nomeadamente com o gás, apesar de este estar contratualizado com a Galp.
REFERÊNCIAS:
Entidades PSP
Ex-ministra do Ruanda condenada por genocídio e incitamento a violação
Uma antiga ministra ruandesa foi condenada hoje a prisão perpétua pelos crimes de genocídio e incitamento à violação, na perseguição brutal e massacre de mulheres e raparigas durante a convulsão de 1994 no país que causou a morte de mais de 800 mil pessoas da etnia tutsi e hutus moderados. (...)

Ex-ministra do Ruanda condenada por genocídio e incitamento a violação
MINORIA(S): Mulheres Pontuação: 9 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-06-24 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma antiga ministra ruandesa foi condenada hoje a prisão perpétua pelos crimes de genocídio e incitamento à violação, na perseguição brutal e massacre de mulheres e raparigas durante a convulsão de 1994 no país que causou a morte de mais de 800 mil pessoas da etnia tutsi e hutus moderados.
TEXTO: Ao fim de um processo que se prolongou por dez anos no Tribunal Penal Internacional para o Ruanda, Pauline Nyiramasuhuko, com 65 anos, foi dada como culpada das acusações de que deu ordens e presenciou aos massacres que ocorreram na sua cidade natal, Butare, no Sul do país. Segundo a sentença, a antiga ministra – que se tornou aqui na primeira mulher a ser condenada pelo genocídio no Ruanda – participou activamente na decisão das autoridades para criar milícias por todo o território com a missão explícita de dizimar a população tutsi. A antiga ministra, tal como o seu filho, Arsene Shalom Ntahobali, foi igualmente dada como culpada de ter organizado o rapto e violação de mulheres e raparigas tutsi. Outros quatro responsáveis do Governo à data dos massacres foram igualmente condenados. Segundo os procuradores Pauline Nyiramasuhuko requesitou assistência dos militares para levar a cabo os massacres na sua região natal e ela própria supervisionou junto com o filho, então com 20 anos, os raptos dos membros da etnia tutsi, que eram obrigados a despirem-se completamente antes de serem forçado a entrar em camiões para depois serem mortos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho tribunal mulher violação mulheres rapto