As novas pokestops de Davos alertam para os problemas globais
Uma das novas pokestops alerta para a erradicação da pobreza, outra para a preservação da vida marinha. Ao todo são 17 e enumeram os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. (...)

As novas pokestops de Davos alertam para os problemas globais
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.068
DATA: 2017-07-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma das novas pokestops alerta para a erradicação da pobreza, outra para a preservação da vida marinha. Ao todo são 17 e enumeram os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
TEXTO: O que é que o Fórum Economico Mundial e o jogo Pokémon Go têm em comum? À primeira vista, muito pouco. Mas a Niantic Inc. , a empresa que criou o jogo, adicionou um novo ginásio e várias pokestops em Davos, na Suíça, como parte de uma campanha de sensibilização para os grandes problemas mundiais. Até 20 de Janeiro, os grandes líderes internacionais estão reunidos em Davos, no Fórum Económico Mundial. Na agenda, estão questões como a inclusão e a sustentabilidade. A ideia de criar pokestops em Davos nasceu de uma parceira entre a Niantic, a Pokémon Company International (empresa que gere o franchise) e a Project Everyone, organização que procura comunicar, de forma eficiente, os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e, desta forma, conseguir acelerar a criação de “um mundo mais justo”, como se lê no site da organização. Por isso nasceram 17 novas pokestops, com referências aos 17 ODS. Por exemplo, perto da estação de comboios de Davos Dorf, os treinadores podem encontrar uma pokestop chamada “Erradicação da Pobreza”. No hotel Panorama encontra-se a pokestop referente à igualdade de género. No hotel Hilton Garden Inn há uma pokestop que pretende dar a conhecer a rotina de um refugiado e corresponde ao objectivo que visa reduzir as desigualdades. O ginásio fica no Centro de Congressos de Davos. O fundador da Niantic, John Hanke, contou ao The Verge que a iniciativa nasceu do desejo de “tornar o Pokémon Go uma força positiva no mundo”. Mas já recebeu algumas críticas por ter escolhido hotéis e outros negócios para instalar as pokestops.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave igualdade género pobreza refugiado
A turbulência é mais serena com Neneh Cherry
As palavras reflectem o mundo agitado dos nossos dias, enquanto a música é serena e elegante, como se estivéssemos a escutar os Massive Attack do início como nunca os ouvíramos. É assim o excelente novo álbum de Neneh Cherry com produção de Four Tet. (...)

A turbulência é mais serena com Neneh Cherry
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.5
DATA: 2018-10-26 | Jornal Público
SUMÁRIO: As palavras reflectem o mundo agitado dos nossos dias, enquanto a música é serena e elegante, como se estivéssemos a escutar os Massive Attack do início como nunca os ouvíramos. É assim o excelente novo álbum de Neneh Cherry com produção de Four Tet.
TEXTO: Há quatro anos dizíamos que o álbum que acabara de lançar (Blank Project) era o seu melhor de sempre. Agora acaba de editar Broken Politics e não temos dúvidas: este é melhor. Estão lá as influências de sempre (dub, jazz, hip-hop, electrónicas) mas organizadas de forma a fazer sobressair ainda mais a voz, a intimidade, as palavras e a elegância. Autoria: Neneh Cherry Awal Recordings, distri. PopStock 4Como no álbum anterior parte do segredo reside no produtor, o inglês Kieran Hebden, ou seja Four Tet, que parece mais uma vez ter entendido na perfeição o que a sua voz necessita para se expressar na perfeição, e também em Cameron McVey, seu marido há cerca de trinta anos, que divide com ela a escrita de algumas das canções. Hoje, Neneh Cherry, 54 anos, parece estar a passar por um verdadeiro renascimento criativo. E não é apenas um disco. Vimo-la ao vivo, há três semanas, no contexto do festival Waves Vienna, na capital austríaca, e foi patente que está mais desperta do que nunca. Durante cerca de uma hora desfiou quase todas as canções do novo álbum, cedendo apenas à curiosidade de alguns admiradores no encore, interpretando dois dos sucessos que a tornaram conhecida em todo o mundo (I’ve got you under my skin, original de Cole Porter que Frank Sinatra popularizou, e Manchild) enunciando no entanto que a nostalgia não lhe interessa nada. A memória e a história, isso sim. Apesar de não ter editado muitos álbuns (cinco), história é coisa que não lhe falta. Foi na alvorada dos anos 1980 que Neneh Mariann Karlsson, nascida na suécia, filha da pintora Monica Karlsson e do percussionista da Serra Leoa Amadu Jah (o padrasto foi Don Cherry, falecido em 1995, o conhecido trompetista de jazz que esteve presente na sua vida desde praticamente o início) se lançou nas aventuras da música. Com uma vida nómada, seguindo os pais pelo mundo, vivendo entre a Suécia, Nova Iorque e Londres, foi aí que acabou por dar nas vistas no caldo cultural do pós-punk. Cantou com o grupo The Cherries, teve curtas experiências em formações como as The Slits e The Pop Group, e acabou por se juntar aos Rip Rig + Panic, banda que fugia aos padrões da época, apostando numa linguagem onde o jazz mais livre acabava por ganhar contornos pop. Mas acabou por ser depois do fim do grupo que se deu o encontro decisivo da sua vida. Falamos do seu marido, o músico e compositor Cameron McVey, que a incentivou a prosseguir uma carreira a solo, sendo ele a compor a maior parte do material a incluir no seu primeiro álbum a solo, Raw Like Sushi (1989), depois da estreia um ano antes com o single Buffalo stance, uma mistura de sensibilidade pop com a energia do hip-hop, que ainda é recordado como um dos seus maiores êxitos globais. Nessa fase estava totalmente mergulhada em formas alternativas de olhar para a soul, hip-hop e dub, mas ao mesmo tempo sofria as pressões da indústria para repetir os êxitos iniciais. Enquanto isso, grupos ingleses como os Soul II Soul do álbum Club Classics Vol. 1 (1989) e Vol. II: 1990 – A New Decade (1990), preparavam o que se seguiria. E o que surgiu depois foi Blue Lines (1991), o álbum inaugural dos Massive Attack, onde mais uma vez Cameron McVey foi decisivo, encarregando-se da produção executiva e sendo um dos grandes alentos para que o projecto enveredasse pela linha estética que iria desembocar no chamado trip-hop. No meio desses acontecimentos, Neneh Cherry, pareceu ter-se perdido um pouco. O álbum seguinte, Homebrew (1992), não conseguia fortalecer a sonoridade hip-hop-electro do primeiro álbum e também não correu muito bem do ponto de vista comercial. Isto apesar de ter regressado às tabelas de vendas dois anos depois com Seven seconds, um dueto com Youssou N’ Dour. Em 1996 saiu o álbum Man e algumas colaborações desenvolveram-se depois (de Tricky a Cher, passando mais tarde pelos Gorillaz ou Peter Gabriel), mas como nos dizia há quatro anos, a partir de determinada altura a família tornou-se na sua grande prioridade. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Tem três filhos. Um deles é a jovem cantora Mabel, que tem dado nas vistas nos universos do R&B. Em 2012, o regresso. Primeiro com os escandinavos The Thing, um trio de jazz experimental, e depois com os londrinos RocketNumberNine. Só faltava surgir o outro elemento chave, Four Tet, que conhecia há muito. Há quatro anos enfiou-se em estúdio com músicos e produtor e saiu de lá com um magnífico álbum. Desta feita o processo foi mais circunscrito, com Four Tet a optar por criar a sonoridade de forma solitária, ao computador, sem recurso a músicos. Em palco é tudo recriado de forma soberba, com Neneh Cherry, na voz e na interacção com a assistência, fazendo questão de explicitar a inspiração politica de alguma canções – Kong foca o problema dos refugiados, Faster than the truth a desinformação, Soldier os direitos das mulheres e Shot gun shack a violência da venda de armas autorizada – sendo acompanhada por mais cinco protagonistas, duas mulheres e três homens, entre eles Cameron McVey, que vão tocando percussões, baixo, harpa, teclados ou programações. Em comparação com o disco, o som em concerto é mais encorpado, mas a subtileza presente nas canções não se perde, com a voz dela preenchendo silêncios, numa toada intimista e reflexiva, onde existe lugar também para zonas de dinamismo rítmico. O que é interessante em Broken Politics é o facto de pegar numa série de pontas soltas que ela poderia ter desenvolvido no início dos anos 1990, mas que acabaram por ser resgatadas pelos Soul II Soul, Massive Attack ou Portishead. Não é por acaso que 3-D dos Massive Attack também por aqui surge. É que realmente a maior parte dos temas baseia-se nas linhas de baixo sólidas e nas atmosferas expansivas do pós-hip-hop, com elementos de jazz a vogar pelo espaço, num balanço rítmico que embala. Por vezes parece que regressamos a Blue Lines, o álbum que em parte foi gravado na casa do casal Cherry, misto de desolação e projecção de esperança. É como se o casal olhasse para trás e para a frente ao mesmo tempo, reflectindo o mundo tumultuoso e ruidoso à sua volta, mas fazendo-o com música que impõe serenidade e palavras que conduzem à reflexão.
REFERÊNCIAS:
Os possíveis laureados com o Nobel da Paz
A lista de candidatos é secreta e o vencedor será anunciado na sexta-feira pelo comité norueguês. Entre os nomes sugeridos a Oslo como possíveis laureados com o Nobel da Paz estão vários protagonistas da Primavera Árabe e defensores dos direitos humanos no Afeganistão e na Rússia, adiantou a AFP. (...)

Os possíveis laureados com o Nobel da Paz
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-10-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: A lista de candidatos é secreta e o vencedor será anunciado na sexta-feira pelo comité norueguês. Entre os nomes sugeridos a Oslo como possíveis laureados com o Nobel da Paz estão vários protagonistas da Primavera Árabe e defensores dos direitos humanos no Afeganistão e na Rússia, adiantou a AFP.
TEXTO: Lina Ben Mhenni, a Tunisian GirlEsta blogger de 27 anos activista pelos directos humanos manteve na Internet crónicas sobre a Revolução de Jasmim na Tunísia, que assinava com o pseudónimo Tunisian Girl. Denunciou em Janeiro a repressão levada a cabo pelo regime de Zine El Abidine Ben Ali, o presidente que acabou por partir para o exílio. Filha de um militante de esquerda detido durante seis anos, ela assumiu, desde 2008, a defesa dos mineiros da região de Gafsa, no Sudoeste da Tunísia, onde um movimento de protesto foi reprimido pelo Exército. É professora de inglês na Universidade de Tunes. Esraa Abdel Fatah, de 33 anos, e Ahmed Maher, de 30 anos, EgiptoSão dois ciberactivistas que fundaram o movimento 6 de Abril, o qual mobilizou grande parte da juventude egípcia contra o regime de Hosni Mubarak. Impulsionaram as gigantescas manifestações na Praça Tahrir no Cairo, em Janeiro e Fevereiro, que levaram à queda do regime e à demissão de Mubarak. Wael Ghonim, EgiptoÍcone da “Revolução Facebook” mobilizador da juventude egípcia contra o regime de Hosni Mubarak, tornou-se um símbolo da revolução a 7 de Fevereiro, pouco antes da queda de Mubarak, através de uma emissão num canal privado egípcio. Milhares de telespectadores ouviram este engenheiro informático, que trabalha para a Google, contar como foram os doze dias de cativeiro em que esteve de olhos vendados nas mãos da polícia política de Mubarak. Foi acolhido como herói na Praça Tahrir do Cairo, o centro da revolta contra o regime. Svetlana Gannouchkina, 69 anos, RússiaFoi co-fundadora da organização russa Memorial, juntamente com Andrei Sakharov, que deu nome ao prémio Sakharov atribuído pelo Parlamento Europeu para a liberdade de expressão. A organização foi criada em 1989 para denunciar os crimes cometidos pelo regime soviético e salvaguardar a memória das vítimas da repressão, mas depressa ficou ligada à defesa dos direitos humanos, nomeadamente na Tchetchénia. Em 1990 Svetlana Gannouchkina foi também co-fundadora do comité Assistência Cívica, que ainda existe como organização de apoio aos refugiados e migrantes de antigas repúblicas soviéticas. Sima Samar, 54 anos, AfeganistãoPioneira da luta pelos direitos das mulheres no Afeganistão, sofreu inúmeras ameaças de morte no seu país, devastado pela guerra. Preside à comissão afegã independente pelos direitos do homem, a primeira organização a investigar as violações de direitos humanos no país. Tornou-se conhecida sobretudo depois de ter criado em 1989 a ONG Shuhada, que dirige hospitais, clínicas e escolas para as mulheres no Afeganistão e no Paquistão, e depois como ministra do governo afegão.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte guerra filha humanos homem mulheres cativeiro
Criança detida por blasfémia no Paquistão
Uma criança paquistanesa está detida depois de ter sido acusada de desrespeitar o Corão. O caso da menor, filha de pais cristãos, está a suscitar a ira entre a população maioritariamente muçulmana, que exige que a criança seja punida. A lei paquistanesa prevê a pena de morte para alguns destes casos. (...)

Criança detida por blasfémia no Paquistão
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-08-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: Uma criança paquistanesa está detida depois de ter sido acusada de desrespeitar o Corão. O caso da menor, filha de pais cristãos, está a suscitar a ira entre a população maioritariamente muçulmana, que exige que a criança seja punida. A lei paquistanesa prevê a pena de morte para alguns destes casos.
TEXTO: Rimsha, que terá entre 11 e 12 anos e trissomia 21 ou síndrome de Down, foi detida na última quinta-feira em Mehrabad, um bairro em Islamabad habitado por perto de 800 paquistaneses cristãos, depois de uma multidão em fúria ter exigido que fosse punida. O que terá estado na origem da detenção da criança não foi ainda confirmado oficialmente. Um responsável da polícia local disse à agência noticiosa AFP, sob condição de anonimato, que a criança terá sido vista em público com páginas queimadas entre as quais se encontravam versos do Corão e outros textos islâmicos. Rimsha foi ouvida na sexta-feira em tribunal mas não terá conseguido explicar o que aconteceu e entendido as questões que lhe foram colocadas. Ficou em prisão preventiva durante 14 dias, ao fim dos quais deverá comparecer de novo em tribunal. O ministro paquistanês para a harmonia nacional, Paul Bhatti, citado pela BBC, sublinhou que a criança sofre de perturbações mentais e tudo indica que não terá “desrespeitado propositadamente o Corão”. Com base nos relatórios a que tive acesso, foi encontrada com um saco de lixo que também teria páginas do Corão”, acrescentou o responsável à estação de televisão britância. “O caso enfureceu a população local e uma multidão começou a exigir que fosse punida. A polícia esteve incialmente relutante em deter a menina mas cedeu perante a enorme pressão da multidão, que chegou a ameaçar que iria incendiar habitações de cristãos”, contou ainda o ministro. O Presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, já ordenou que fosse aberto um inquérito à detenção da menor e entregou o caso ao ministro do Interior. A acusação de blasfémia feita a Rimsha pela maioria muçulmana levou a que muitos cristãos abandonassem temporariamente o bairro de Mehrabad, receando represálias, adianta a AFP. “Estes cristão estão refugiados em casa de familiares noutros bairros da cidade mas já começaram a regressar progressivamente a Mehrabad”, disse à AFP Tahir Naveed Chaudhry, de uma organização que representa as minorias no Paquistão. Tahir Naveed Chaudhry confirmou à agência noticiosa que Rimsha tem trissomia 21, associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico. As limitações mentais da criança são, no entanto, contestadas pela comunidade muçulmana, que asseguram que esta é "completamente normal" e que apenas tem um comportamento estranho. Fala sozinha e anda de uma forma peculiar, adiantou uma menina que afirma conhecer Rimsha citada pelo Guardian. A polícia é acusada de impedir que advogados ou outros representantes da sociedade civil visitem Rimsha. “O Fórum de Acção das Mulheres está escandalizado com a total falta de humanismo” neste caso, afirmou Tahira Abdullah, membro da organização de defesa dos direitos das mulheres, exigindo a libertação imediata da menina e que esta seja tratada com base na legislação para menores. O caso surge numa altura em que se debate a intolerância entre muçulmanos no Paquistão ou as leis contra a blasfémia do islão, que pode ser punida com a pena de morte. Activistas dos direitos humanos no país têm exigido uma reforma da legislação, nomeadamente a lei que prevê a prisão perpétua para quem seja acusado de desrespeitar o Corão. Em muitos casos, aqueles que são acusados de blasfémia são mortos em ataques de multidões. Um desses casos foi registado no mês passado, quando um homem acusado de blasfémia, mentalmente instável, foi capturado de uma esquadra da polícia para ser queimado vivo na zona de Bahawalpur, na província de Punjab. A BBC lembra que no ano passado, Shahbaz Bhatti, ministro dos Assuntos Internos, foi morto depois de ter defendido a revisão da lei sobre a blasfémia. Dois meses antes, o governador de Punjab, Salman Taseer, foi também assassinado após ter assumido a mesma posição.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos morte lei humanos tribunal prisão homem comunidade criança mulheres morto
Guerra em Gaza provoca demissão no Governo britânico
Sayeeda Warsi, a primeira muçulmana a chegar ao executivo, considera "indefensável" o discurso de Londres sobre a morte de civis. (...)

Guerra em Gaza provoca demissão no Governo britânico
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-08-05 | Jornal Público
URL: https://arquivo.pt/wayback/20140805170208/http://www.publico.pt/1665460
SUMÁRIO: Sayeeda Warsi, a primeira muçulmana a chegar ao executivo, considera "indefensável" o discurso de Londres sobre a morte de civis.
TEXTO: Sayeeda Warsi, secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e primeira mulher muçulmana num governo britânico, demitiu-se nesta terça-feira por considerar “moralmente indefensável” a posição assumida por Londres face à guerra em Gaza. “Com profundo pesar escrevi esta manhã ao primeiro-ministro para lhe apresentar a minha demissão. Não posso continuar a apoiar a política do Governo sobre Gaza”, escreveu Warsi na sua conta no Twitter. A advogada de origem paquistanesa era um dos rostos da modernização que David Cameron prometia quando em 2010 foi eleito primeiro-ministro. Nomeada para a Câmara dos Lordes, chegou a ser presidente do Partido Conservador, mas em 2012 foi despromovida, de ministra sem pasta a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, e o seu afastamento da linha seguida pelo primeiro-ministro foi-se tornando cada vez mais claro. Descontente com o facto de Cameron não ter condenado abertamente os bombardeamentos de Israel contra a Faixa de Gaza, Warsi escreve na sua carta de demissão que “a abordagem e a linguagem” do Governo é “moralmente indefensável” e “não serve os interesses nacionais britânicos”, ameaçando “a sua reputação internacional e interna”. “Espanta-me que o Governo britânico continue a permitir a venda de armas a um país, Israel, que matou quase duas mil pessoas, incluindo centenas de crianças, apenas nas últimas quatro semanas”, escreve, pedindo um embargo imediato à venda de material bélico. O gabinete do primeiro-ministro lamentou a decisão de Warsi e agradeceu o seu “excelente trabalho”, mas Cameron, de férias em Portugal, ainda não se pronunciou. Desde o início da ofensiva, Londres tem pedido contenção aos dois lados, sempre sublinhando o direito de autodefesa de Israel, e o mais longe que foi na condenação à morte de civis ficou-se por uma breve declaração na segunda-feira em que disse reconhecer que a ONU tinha razões para repudiar o ataque a uma escola onde estavam abrigados refugiados palestinianos.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
Na intimidade de Tordre o pessoal é político
O espectáculo do coreógrafo francês Rachid Ouramdane apresentado este sábado no Teatro Constantino Nery, Matosinhos, em mais um capítulo do Festival DDD – Dias da Dança, é uma dança de partilha centrada nas particularidades de duas mulheres. (...)

Na intimidade de Tordre o pessoal é político
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2017-06-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O espectáculo do coreógrafo francês Rachid Ouramdane apresentado este sábado no Teatro Constantino Nery, Matosinhos, em mais um capítulo do Festival DDD – Dias da Dança, é uma dança de partilha centrada nas particularidades de duas mulheres.
TEXTO: Tordre arranca com uma espécie de desfile de duas bailarinas ao som de Funny Girl, o musical de William Wyler. Uma rasteira irónica, já que o que se segue pouco tem que ver com as fantasias e os arquétipos da Broadway, apesar da pele clara e dos olhos azuis das intérpretes. Annie Hanauer é uma bailarina com um braço protético, particularidade que molda a relação com o seu próprio corpo e a sua lógica interna de dança. Lora Juodkaite gira à volta dela própria sem parar, um estranho vocabulário de movimento que começou a desenvolver em criança como forma de se acalmar e procurar segurança. “O início da peça com o Funny Girl, também utilizado no final, é uma referência aos padrões de beleza dominantes e aos modelos com que estamos habituados a representar mulheres num palco”, diz ao PÚBLICO Rachid Ouramdane, coreógrafo francês que criou Tordre em 2014, espectáculo agora apresentado em estreia nacional no Festival DDD – Dias da Dança, este sábado no Teatro Constantino Nery, em Matosinhos. Não é uma “simples crítica ao cânone”, assinala, mas uma tentativa de propor outro ponto de vista. “Mentalmente, fisicamente, esse cânone e essa gramática não combinam com estas mulheres. Este espectáculo lida com preconceitos que temos em relação a pessoas mas também em relação à arte, ou seja, em que medida é que nos permitimos a ver de modo diferente. ”Em Tordre, Rachid Ouramdane também se permitiu criar de forma diferente. Deixa de lado a abordagem documental que tem vindo a edificar boa parte do seu reportório – uma mudança de direcção de certa forma iniciada em Tenir les Temps, que trouxe ao Centro Cultural de Belém em 2015 – para se centrar no corpo, no movimento. Tordre não é sobre os refugiados climáticos e o abismo ecológico retratados em Sfumato, nem sobre a tortura falada na primeira pessoa em Des Témoins Ordinaires, nem sobre a Justiça e os métodos de repressão abordados em Polices!. Mas não deixa de ser político, considera o autor. “O meu interesse principal é como lidamos com pessoas que são diferentes da maioria. E tanto a Lora como a Annie têm algo nelas que foge à norma”, observa. Depois de vários anos a trabalhar com as duas bailarinas, que o foram acompanhando nas suas investigações, Rachid Ouramdane percebeu que “elas próprias podiam ser o assunto”. Para isso foi preciso esperar até conseguir “um certo grau de cumplicidade” – afinal, Tordre é um espectáculo profundamente íntimo, sem ser invasivo e sem encarar as particularidades de cada mulher de um modo patológico ou voyeurista. É uma dança de partilha, compreensão e superação entre a tensão, a obsessão e uma beleza apaziguadora, em que se drena impurezas e a fragilidade é usada como instrumento de empoderamento. O lado pessoal é político e um veículo para “tocar em algo que possa dizer respeito a uma comunidade”. “Acho que é isso que eu tento sempre fazer no meu trabalho: tocar em assuntos maiores a partir de casos particulares”, explica o coreógrafo, que assume a direcção do CCN2 – Centro Coréographique National de Grenoble juntamente com Yoann Bourgeois, também ele presente no DDD com Celui Qui Tombe, espectáculo de encerramento do festival. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Tordre funciona como um ponto de encontro entre Lora e Annie, que vão ocupando o palco à vez, com solos. A ligação (e a confiança) entre elas vai crescendo, e a peça acaba por se transformar progressivamente num dueto pouco convencional. A coreografia, marcada por música trepidante e quase hipnótica, semeia um tempo só dela. Ou, melhor dizendo, só delas. “A Lora e a Annie são mais do que intérpretes, são co-autoras. Elas trazem uma força transformativa ao espectáculo”, assinala Ouramdane. Há ainda uma terceira mulher, Nina Simone, que ouvimos a meio de Tordre, num solo desarmante de Annie Hanauer, com a canção Feelings, mais exactamente a interpretação ao vivo no Montreux Jazz Festival de 1976. “A Nina Simone canta de forma brilhante, como sempre, mas ao mesmo tempo expressa como já não concorda com a letra da música. Ela mostra uma certa complexidade da vida e acho que é isso que a Annie também faz. ”
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulher comunidade criança espécie mulheres corpo
Bin Laden teve 4 filhos e viveu em 5 casas após o 11 de Setembro
O líder da Al-Qaeda era um dos homens mais procurados do mundo, mas enquanto vivia clandestinamente teve mais quatro filhos e viveu em cinco casas nos anos que se seguiram aos atentados de 11 de Setembro de 2001, contou à polícia a mais jovem das suas mulheres. (...)

Bin Laden teve 4 filhos e viveu em 5 casas após o 11 de Setembro
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 5 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-31 | Jornal Público
SUMÁRIO: O líder da Al-Qaeda era um dos homens mais procurados do mundo, mas enquanto vivia clandestinamente teve mais quatro filhos e viveu em cinco casas nos anos que se seguiram aos atentados de 11 de Setembro de 2001, contou à polícia a mais jovem das suas mulheres.
TEXTO: Osama Bin Laden foi morto numa operação das forças especiais norte-americanas em Maio do ano passado, no Paquistão. Com ele estavam várias crianças e mulheres, entre elas a iemenita Amal Abdul Fateh, que contou às autoridades paquistanesas alguns pormenores sobre a vida do líder da Al-Qaeda nos anos que se seguiram aos atentados que derrubaram as Torres Gémeas de Nova Iorque. Amal tem 30 anos, é a mais jovem das mulheres de Bin Laden e ficou retida pelas autoridades paquistanesas logo após a operação norte-americana em que foi tomada de assalto a casa onde o líder da Al-Qaeda vivia com a família na localidade de Abbottabad. O seu depoimento, ou parte dele, relata a fuga de Bin Laden do Afeganistão após a intervenção militar norte-americana em 2001, e conta também o nascimento de quatro filhos, dois deles em hospitais públicos. No relatório da polícia a que a AFP teve acesso, com a data de 19 de Janeiro, Amal conta que entrou legalmente no Paquistão em Julho de 2000 e depois deslocou-se a Kandahar, no Sul do Afeganistão. Terá sido aí que casou com Bin Laden, a cidade era então um bastião dos taliban. A família acabou por separar-se após os atentados de 11 de Setembro, quando Bin Laden se tornou no homem mais procurado do mundo. Amal diz ter-se refugiado em Carachi, no Paquistão, com Safia, a primeira filha do casal. Contou na altura com a ajuda do filho mais velho de Bin Laden, Saad, voltou a encontrar-se mais tarde com o líder da Al-Qaeda em Peshawar, também no Paquistão. Segundo o relatório da polícia citado pela AFP, não voltariam a separar-se até ao dia em que foram capturados. Mantiveram-se naquela região entre 2002 e 2005, primeiro em Swat, depois em Haripur, a hora e meia de Islamabad, até que se instalaram em Abbottabad. Nesse tempo, já após o 11 de Setembro, Amal de Bin Laden tiveram quatro filhos. Dois nasceram em Haripur, uma rapariga em 2003 e um rapaz em 2004, ambos no hospital local onde Amal ficou apenas “duas ou três horas”. Já em Abbottabad nasceram outra rapariga, Zainab, em 2006, e um rapaz, Hussein, em 2008. As autoridades paquistanesas já anunciaram que vão acusar Amal e outras duas mulheres de Bin Laden encontradas na casa de Abbottabad – bem como as filhas adultas de Bin Laden, Maryam, de 21 anos, e Sumaya, de 20 – de entrada ilegal no país. Nenhuma delas apareceu em público após a captura de Bin Laden, e só Amal aceitou colaborar com a polícia e prestar declarações. A operação norte-americana aumentou a tensão entre os EUA e o Paquistão. As autoridades de Islamabad não foram informadas da operação e nos EUA questionou-se como foi possível o líder da Al-Qaeda viver tanto tempo em território paquistanês sem ter sido detectado pelos serviços de informação e sem qualquer espécie de conivência por parte das autoridades. O depoimento de Amal foi também divulgado pelo jornal paquistanês Dawn e pelo The New York Times. Em Washington não houve comentários sobre o teor das declarações, mas responsáveis norte-americanos consideraram que condizem com as movimentações que se conhecem do líder da Al-Qaeda.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA
Portugal foi o país da Europa do Sul onde os imigrantes mais recuperaram o emprego
Taxas voltam aos níveis pré-crise, diz relatório da OCDE. Portugal foi um dos países onde as taxas de imigração de cidadãos que têm livre circulação mais aumentaram desde 2014, com 14% de subida em 2017. (...)

Portugal foi o país da Europa do Sul onde os imigrantes mais recuperaram o emprego
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 Migrantes Pontuação: 21 | Sentimento 0.25
DATA: 2018-06-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: Taxas voltam aos níveis pré-crise, diz relatório da OCDE. Portugal foi um dos países onde as taxas de imigração de cidadãos que têm livre circulação mais aumentaram desde 2014, com 14% de subida em 2017.
TEXTO: Dez anos depois da crise económica mundial que afectou sobretudo países que tiveram a intervenção da troika, Portugal foi o único da Europa do Sul onde os imigrantes recuperaram o emprego, revela um relatório da da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgado nesta quarta-feira. Os níveis de emprego dos imigrantes estão, assim, acima ou em linha com os de 2008, ao passo que nos casos de Espanha e Grécia essas taxas estão oito e 11 pontos percentuais abaixo, respectivamente. Em Portugal, a OCDE registou em 2017 uma taxa de emprego entre imigrantes de 74, 3%: 71, 3% para as mulheres e 77, 9% para os homens. Já em termos de taxa de desemprego entre imigrantes, em 2017 ficou nos 10% quando em 2012 passava os 20%. Por outro lado, Portugal foi um dos países onde as taxas de imigração de cidadãos que usufruem de livre circulação, ou seja, do espaço Schengen, mais aumentaram desde 2014: foram mais 14% em 2017. Em geral, lembra o documento, em 2017 houve uma recuperação económica na zona euro e isso levou também a melhorias nas taxas de emprego. Os fluxos migratórios dentro das áreas de livre circulação mantiveram-se altos com 1, 5 milhões de pessoas a imigrarem para um país da OCDE através deste canal em 2016, um número equivalente a 2006. Os países que mais foram afectados pela crise são aqueles que estão a recuperar melhor – as taxas de desemprego entre imigrantes em Portugal desceram, assim, cerca de nove pontos percentuais. As diferenças entre as taxas de desemprego de imigrantes e nacionais também foram encurtando, revela ainda o relatório. De salientar que os dados mostram que os grupos de imigrantes intracomunitários em geral estão com uma média de taxa de emprego superior aos nacionais em 5%. Por outro lado, os imigrantes originários do Médio Oriente e do Norte de África continuam a enfrentar dificuldades na Europa e Austrália. Em 2016 chegaram a Portugal quase 47 mil estrangeiros, o valor mais elevado desde 2010, o que representa um aumento de 24% em relação a 2015, ou seja, a primeira subida "da população estrangeira desde 2009". Em 2016, viviam em Portugal 397. 700 estrangeiros, mais 2, 3% do que em 2015, refere a OCDE. "Mais de metade do aumento da entrada anual pode ser relacionado com a livre circulação na União Europeia. O número de migrantes da União Europeia aumentou mais de 40% em dois anos", lê-se no relatório. "Estes aumentos foram em parte justificados com o regime fiscal favorável para os residentes não habituais aplicável a novos residentes fiscais", diz a OCDE. Por outro lado, o número de autorizações de residência para a actividade de investimento (os chamados vistos gold) também aumentaram em 2016 e 2017 "quando recuperaram dos atrasos depois da suspensão do programa em 2015 por causa de investigações judiciais a casos de corrupção". Sobre a emigração, depois de um aumento entre 2010 e 2013, a saída de pessoas para viverem noutro país estabilizou em 2013, com um número estimado de 38. 300 emigrantes permanentes e 58. 900 temporários, em 2016. "Foram apresentadas várias iniciativas para aumentar a atractividade de Portugal tanto para os estrangeiros como para os portugueses emigrados", refere. A organização sublinha que 2016 foi o ano em que se assinalaram dez anos desde a entrada em vigor da Lei da Nacionalidade, "que facilitou a aquisição de nacionalidade portuguesa a crianças filhas de imigrantes nascidas em Portugal ou que chegaram ainda bebés", acrescentando que entre 2008 e 2016, 225. 000 pessoas a adquiriram. Entre 2015 e 2016 houve uma subida de mais 30% destes casos. Já em relação às entradas permanentes por razões humanitárias a percentagem aumentou 52%, passando de 195, em 2015, para 320, em 2016. O número de pedidos de estatuto de refugiado feitos em Portugal aumentou de pouco mais de 700 para 1010 de 2016 e 2017 - e neste caso foram feitos maioritariamente por cidadãos de República Democrática do Congo, de Angola e da Ucrânia. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que a defesa dos refugiados em todo o mundo, mais do que um imperativo de consciência, é uma obrigação das sociedades democráticas. O chefe de Estado deixou esta mensagem no portal da Presidência da República para assinalar o Dia Mundial do Refugiado, numa altura de divisões na Europa sobre o acolhimento de migrantes e refugiados. "Associando-se à iniciativa das Nações Unidas, e recordando o empenhado papel de António Guterres como Alto Comissário para os Refugiados, o Presidente da República assinala neste 20 de junho o Dia Mundial do Refugiado", lê-se na mensagem.
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Partidos LIVRE
Barco desaparecido entre Indonésia e Austrália com 150 imigrantes ilegais
As autoridades marítimas indonésias e australianas estão em busca de um barco, que se crê ter a bordo mais de 150 imigrantes ilegais, dado como desaparecido desde que lançou ontem um sinal de socorro nas águas entre os dois países. (...)

Barco desaparecido entre Indonésia e Austrália com 150 imigrantes ilegais
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento -0.35
DATA: 2012-08-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: As autoridades marítimas indonésias e australianas estão em busca de um barco, que se crê ter a bordo mais de 150 imigrantes ilegais, dado como desaparecido desde que lançou ontem um sinal de socorro nas águas entre os dois países.
TEXTO: Seis pessoas foram retiradas do mar já esta manhã por um navio comercial a umas 42 milhas marítimas da costa ocidental de Java, tendo relatado que a bordo do barco desaparecido estão também muitas mulheres e crianças e que os motores se avariaram. Todos os resgatados são afegãos e estavam nas águas há pelo menos 24 horas, indicou o capitão do navio aos media australianos. “As buscas e a operação de salvamento continuarão ao longo de todo o dia de hoje, com o objectivo de encontrar sobreviventes”, é avançado em comunicado da Autoridade Marítima australiana. Muitos imigrantes ilegais e refugiados partem regularmente da Indonésia em barcos habitualmente demasiado cheios e em débeis condições de segurança, em direcção à ilha do Natal, a noroeste da costa australiana, visando alcançar aquele país e obter asilo. Em Junho passado, uma embarcação com 200 pessoas naufragou perto daquela ilha, tendo sido encontrados 17 mortos nas águas e outras 70 pessoas foram dadas como presumivelmente mortas ao fim de três dias de intensivas buscas. Fora então já o segundo barco a afundar naquelas águas em apenas uma semana – relançando o debate sobre o asilo no Parlamento australiano. Em resultado desse debate, as autoridades de Camberra anunciaram na semana passada que vão aumentar o número de refugiados que acolhem por ano para 20 mil (dos actuais 13. 750), conforme foi recomendado por uma comissão de peritos mandatados pelos Parlamento. Foi também aprovada a reabertura de campos sob supervisão australiana para receber pessoas em busca de asilo na Papua Nova Guiné e na ilha de Nauru.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave mulheres
Lampedusa: 130 desaparecidos em naufrágio de embarcação com imigrantes
Quinze cadáveres foram recuperados do mar, cinquenta pessoas resgatadas e cerca de 130 estão ainda desaparecidas depois de uma embarcação carregada de imigrantes ter naufragado ao largo da ilha italiana de Lampedusa. (...)

Lampedusa: 130 desaparecidos em naufrágio de embarcação com imigrantes
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 Mulheres Pontuação: 2 Migrantes Pontuação: 16 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-04-06 | Jornal Público
SUMÁRIO: Quinze cadáveres foram recuperados do mar, cinquenta pessoas resgatadas e cerca de 130 estão ainda desaparecidas depois de uma embarcação carregada de imigrantes ter naufragado ao largo da ilha italiana de Lampedusa.
TEXTO: O barco, que vinha da Líbia, foi encontrado a cerca de 70 quilómetros de Lampedusa e levava pelo menos 200 refugiados. As buscas estão a ser levadas a cabo pela guarda costeira italiana que disponibilizou barcos de salvamento e um helicóptero. “Nós socorremos e tirámos vivas do mar 48 pessoas, enquanto 15 corpos foram recuperados pela equipa do helicópetero”, declarou à AFP Vittorio Alessandro, capitão da embarcação e porta-voz da guarda-costeira. Vinte corpos foram já avistados a partir de um helicóptero. "Tememos que os mortos sejam muitos", afirmou um responsável local citado pela edição online do jornal "Corriere della Sera". Entre estes, acrescentou, há muitas mulheres e crianças. A embarcação naufragada lançou um alerta durante a madrugada que foi rapidamente respondido pela capitanearia do porto de Lampedusa. O barco foi encontrado “à deriva e em situação de grave perigo”, segundo o comunicado da guarda costeira. O naufrágio do barco terá acontecido por causa da “tempestade, da ondulação e da excitação a bordo da embarcação”, explicou o capitão Alessandro. “O barco virou-se e as pessoas a bordo caíram na água”. As buscas foram dificultadas pelas condições metereológicas e pela escuridão mas continuam em curso. A população de Lampedusa – de cinco mil pessoas – tem vivido numa co-habitação forçada com seis mil imigrantes. À ilha chegaram cerca de 22 mil imigrantes, desde a queda do Presidente tunisino, Zine al-Abedine Ben Ali, a 14 de Janeiro. Em Fevereiro o país declarou estado de emergência humanitária e, na passada quarta-feira, o primeiro-minsitro italiano Sílvio Berlusconi prometeu “esvaziar Lampedusa de imigrantes”. Ontem, o ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, assinou um acordo com o Governo interino tunisno para tentar deter a vaga de imigração, aumentar a cooperação policial e, possivelmente, promover a repatriação de imigrantes ilegais. O acordo, classificado por Berlusconi como “satisfatório” foi confirmado hoje numa reunião do Governo italiano em Roma. Notícia actualizada às 11h35
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave imigração mulheres humanitária