Gamcheon, o gueto que a arte ressuscitou
Foi há pouco menos de uma década que a ideia de reconverter o espaço num local de interesse público surgiu. E foi, através da arte, que a ideia se materializou. (...)

Gamcheon, o gueto que a arte ressuscitou
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2018-10-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Foi há pouco menos de uma década que a ideia de reconverter o espaço num local de interesse público surgiu. E foi, através da arte, que a ideia se materializou.
TEXTO: A origem de Gamcheon está envolta em incertezas e improbabilidades. Se por um lado há quem atribua os seus primórdios a cultos religiosos, por outro lado a já por vezes definida como “Santorini da Coreia” é reconhecida como um refúgio dos sobreviventes da guerra que abalou a península em meados do século passado. Qualquer que seja a versão mais fidedigna, é inegável que foi partindo de fundações humildes que a colina que se ergue sob Busan foi conquistando o seu espaço no panorama da segunda maior cidade sul-coreana. Os dias de Verão já se aproximavam do fim, o que acarretava a responsabilidade de levarem consigo os tufões e tempestades próprias da estação. Mas Busan reservava-nos uma surpresa. Gamcheon constava no plano do meu dia de visita ao mercado de Jagalchi, o mais famoso de Busan, que, simultaneamente, se descreve como o “maior mercado de peixe e marisco da Coreia do Sul”. Das caóticas ruelas que desenham os caminhos do mercado, vê-se, por vezes, a colina que acolhe a, outrora, “aldeia de refugiados”, hoje convertida em “aldeia cultural”. À medida que ia começando a virar costas a Jagalchi, o céu pintava-se de tonalidades carregadas e muito pouco animadoras. Entre a agitação das compras dos tradicionais polvos vivos e marisco de proporções jamais imaginadas, a chuva, nada tímida, prometia vir para ficar. As jagalchi ajumma — nome pelo qual se designam a maioria das vendedoras do mercado — esboçavam inibidos sorrisos, protegidas pelos toldos velhos e esburacados, perante “turistas em fuga”. Assim, Gamcheon ficaria, inevitavelmente, reprogramada para o dia seguinte e a agitação, os cheiros e as texturas do mercado encarregar-se-iam de fazer as delícias do dia, sempre com a encoberta colina no limiar do horizonte. De manhã, o sol coloria o céu de azul, a colina pintava-se de verde e a multiplicidade de cores dos edifícios do antigo gueto espelhavam-se nos diferentes patamares da encosta que guarda, a seus pés, Busan. O percurso é sinuoso e penoso, já que é imperativo subir a colina, a pé para os mais aventureiros, ou de autocarro para os mais relaxados. As combinações artísticas vão-se sucedendo ao longo da estrada. Casas de cores berrantes aliadas a pinturas de rua excepcionais — perdoem-me, mas chamá-las graffiti não se adequa – precedem o clímax da entrada convencional da Gamcheon Culture Village. O espaço é, ainda nos dias que correm, maioritariamente habitado por inúmeras famílias cujas vidas assistem à contínua reabilitação de um dos pontos mais especiais da cidade. Por esta razão, são frequentes os avisos para que se respeitem os direitos dos moradores, apelando ao silêncio dos que apenas estão de passagem. Subsequentemente, o frenesim turístico próprio dos locais, tradicionalmente, sobrelotados e que já nos vai acostumando em diversas cidades europeias, disfarça-se pelos becos, subidas e descidas da aldeia. Foi há pouco menos de uma década que a ideia de reconverter o espaço num local de interesse público surgiu. E foi, através da arte, que a ideia se materializou. Dar vida e incorporar alegria em Gamcheon, cujas raízes assentam num passado, ainda recente, negro e marcante, com as feridas da guerra ainda por sarar, era tarefa árdua e estimulante. Assim, foi pela cor que se deram os primeiros passos. Cada casa exibe uma nova faceta, rejuvenescida e na vanguarda do panorama artístico de Busan. A arte atraiu visitantes. Os visitantes suportaram negócios locais. Os negócios locais geraram novos rendimentos. Criou-se uma simbiose em que todas as partes saíram conscientes de que prestaram, não só um serviço à comunidade de Gamcheon, mas também a toda a cidade. Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos do Público. Aliás, essa ideia surge como hino ao local, exibindo-se em diversos pontos um resumo: "A aldeia foi transformada num espaço cultural e de ideias criativas focado no ser humano. Desempenha um papel altamente educativo na comunidade ao solucionar problemas através da interacção e colaboração activa entre o governo local e os residentes. "Contudo, não é de frases pré-concebidas e ideias feitas que se fazem os locais. Há que dar tempo às mesmas e será ele que ditará o sucesso, ou não, de Gamcheon. Para já, e com apenas uma década de histórias, a aldeia que lutou para ser um marco numa cosmopolita cidade é um ponto de passagem obrigatória para quem se desloca a Busan, quer fique umas horas ou uma semana. E quem sabe, se não lançará, no futuro, o mote para a já confirmada candidatura de Busan a cidade anfitriã da Expo2030?Afinal, a arte é um motor que alimenta a mudança. Dos tempos. Dos locais. Das pessoas.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos guerra negro comunidade
Estado holandês responsável pela morte de muçulmanos em Srebrenica
A Holanda foi considerada responsável pela morte de três muçulmanos no massacre de Srebrenica, decidiu nesta terça-feira, em recurso, um tribunal em Haia. (...)

Estado holandês responsável pela morte de muçulmanos em Srebrenica
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.2
DATA: 2011-07-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Holanda foi considerada responsável pela morte de três muçulmanos no massacre de Srebrenica, decidiu nesta terça-feira, em recurso, um tribunal em Haia.
TEXTO: “O Estado holandês é responsável pela morte de três muçulmanos depois da queda de Srebrenica”, lê-se num comunicado do tribunal de apelação, citado pela AFP. A decisão vem contrariar uma sentença proferida em 2008 pelo tribunal de Haia que recusou responsabilizar o Estado holandês pela morte de civis em Srebrenica, em 1995. Na altura, Hans Hofhuis, o juiz do tribunal do distrito de Haia, entendeu que o Estado holandês não podia ser responsável pelas acções levadas a cabo pelo “Dutchbat” – o batalhão de “capacetes azuis” holandês integrado na missão da ONU – acusado pelos sobreviventes do massacre que intentaram a acção, denunciando não terem sido protegidos depois da entrada de forças sérvias bósnias no território. A acusação tinha sido apresentada por Hasan Nuhanovic, que perdeu os pais e o irmão em Srebrenica, bem como Mehida, Damir e Alma Mustafic, a viúva e os filhos de outro desaparecido no Verão de 1995, Rizo Mustafic. A Holanda está agora obrigada a pagar uma indemnização aos familiares das três vítimas, tendo o tribunal sublinhado que o “Dutchbat testemunhou vários incidentes nos quais os sérvios bósnios maltrataram ou mataram refugiados”. Na decisão do tribunal, citada pela Reuters, pode ler-se que o “Dutchbat sabia que os homens estavam em grande risco se saíssem do complexo [a área de segurança]” e que o Estado holandês tem de ser responsabilizado pela morte daqueles civis porque os capacetes azuis não deveriam ter permitido que abandonassem a área de segurança ou caíssem nas mãos das forças sérvias bósnias. Esta decisão abre caminho a que outros sobreviventes e familiares de vítimas do massacre, que acusam o “Dutchbat” de não os ter protegido durante o trágico mês de Julho de 1995, reclamem indemnizações. No verão de 1995, os sérvios bósnios apoderaram-se de Srebrenica, que estava sob protecção da ONU, e mataram cerca de oito mil homens e rapazes muçulmanos, naquele que foi o pior massacre cometido na Europa desde a II Guerra Mundial.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU
As vidas de altíssimo risco dos Nogueira Pinto
São "os Nogueira Pinto". Um projecto ideológico, uma história de amor, uma forma de existir. São "uma sociedade em comandita" que nunca anulou nenhum dos seus elementos. Casaram-se em 1972, têm três filhos. São orgulhosamente de direita. Viveram uma vida cuja probabilidade de lhes acontecer era de 0,1%. Um 0,1% riquíssimo. Artigo publicado originalmente a 10 de Novembro de 2010. (...)

As vidas de altíssimo risco dos Nogueira Pinto
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.16
DATA: 2011-07-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: São "os Nogueira Pinto". Um projecto ideológico, uma história de amor, uma forma de existir. São "uma sociedade em comandita" que nunca anulou nenhum dos seus elementos. Casaram-se em 1972, têm três filhos. São orgulhosamente de direita. Viveram uma vida cuja probabilidade de lhes acontecer era de 0,1%. Um 0,1% riquíssimo. Artigo publicado originalmente a 10 de Novembro de 2010.
TEXTO: O ponto de partida para a entrevista poderia ser a edição recente do livro de Jaime Nogueira Pinto Nobre Povo - Os Anos da República. Mas esta não era uma entrevista ao revolucionário nacionalista e as primeiras conversas para que ela acontecesse antecedem as comemorações do centenário da República, bem como a edição do livro. O ponto de partida foi a vida que os Nogueira Pinto, Jaime e Maria José, escolheram ter e o modo como a viveram. Conheceram-se porque ela furou a greve na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Estiveram juntos em África a lutar por um império que desmoronava. Partilharam uma fila para a sopa num campo de refugiados. Viveram um exílio de quatro anos entre Joanesburgo, Madrid, Brasil. No regresso a Portugal, ela fez política e dirigiu instituições como a Santa Casa da Misericórdia. Ele esteve em jogos de bastidores e deu aulas na universidade. Jaime nasceu em 1946, Maria José em 1952. Sentaram-se num canapé na casa apalaçada, um ao lado do outro. Falaram duas horas sobre uma aventura que não foi vivida por Corto Maltese - herói dele - mas por eles.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave campo
Governo sírio arranca reunião “de diálogo” boicotada pela oposição a Assad
O regime sírio deu hoje arranque em Damasco a uma reunião de dois dias para lançar o “diálogo nacional” e discutir possíveis reformas, mas os líderes da oposição que têm vindo a levar às ruas, nos últimos meses, protestos contra o Governo já disseram que não participam em quaisquer negociações enquanto persistir a repressão violenta contra os manifestantes. (...)

Governo sírio arranca reunião “de diálogo” boicotada pela oposição a Assad
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O regime sírio deu hoje arranque em Damasco a uma reunião de dois dias para lançar o “diálogo nacional” e discutir possíveis reformas, mas os líderes da oposição que têm vindo a levar às ruas, nos últimos meses, protestos contra o Governo já disseram que não participam em quaisquer negociações enquanto persistir a repressão violenta contra os manifestantes.
TEXTO: Ao fim de quase três meses de violenta convulsão no país, e uns estimados mais de 1700 mortos (incluindo 350 membros das forças de segurança), o regime quer, com esta iniciativa, preparar “um grande diálogo nacional global” no qual será “anunciada a transição da Síria para um Estado multipartidário, democrático e onde todos serão iguais e participarão na construção do futuro do país”, afirmou o vice-presidente, Farouk al-Chareh, que chefia este encontro de hoje e amanhã. A reunião, que abriu com um minuto de silêncio “em memória dos mártires”, conta com a presença de uma centena de membros do partido Baas (no poder desde 1963), intelectuais e também alguns deputados independentes. Mas não estará presente nenhum dos líderes da oposição ligados ao movimento de contestação popular ao Presidente, Bashar al-Assad – que começou com apelos a maiores liberdades e o fim da corrupção e pobreza e, agora, após a resposta em crescendo de violência das autoridades, se expressa nas vozes mais radicais com a exigência mesmo de derrube do regime de Assad. Antes de qualquer negociação com as autoridades, tem que verificar-se “a retirada das forças militares sírias das cidades, a libertação dos presos políticos e dos manifestantes pacíficos, assim como um inquérito aos crimes que foram cometidos contra os manifestantes”, explicou um dos membros da oposição, sob anonimato, à agência noticiosa francesa AFP. “Este diálogo começa num ambiente desconfortável, de suspeita (. . . ) e há muitos obstáculos naturais ou artificiais que impedem a transição”, observou Chareh, sublinhando que o mesmo “não é uma concessão do Governo ao povo mas uma obrigação de todos os cidadãos”. Segundo Charech esta reunião serve para começar a debater as reformas políticas no país, incluindo reformas constitucionais ou mesmo a possibilidade de adopção de uma nova Constituição – como fora sugerido a 20 de Junho por Assad, num discurso na Universidade de Damasco. Entre estas mudanças poderá estar uma emenda ao clausulado que define o partido Baas como “dirigente do Estado e da sociedade”, apontou o vice-presidente sírio. Soldados obrigados a dispararSoldados e outros membros das forças de segurança sírias que entretanto desertaram do país, com o agudizar da violência, testemunharam terem sido forçados a disparar as suas espingardas Kalatchnikov sobre as multidões de manifestantes anti-Governo sob a ameaça de serem eles mesmos executados, denunciou a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch. No curso de uma investigação, aquela organização internacional contactou oito militares e quatro agentes dos serviços secretos – agora refugiados no Líbano, Turquia e Jordânia – tendo todos prestado relatos consistentes de que recebiam “ordens para matar” dos seus superiores. “Diziam-lhes que estavam a combater infiltrados, salafistas e terroristas. Foi para eles uma surpresa quando descobriram que quem tinham pela frente eram manifestantes desarmados, sobre os quais lhes foi dada ordem de disparar em várias ocasiões”, relata a agência em comunicado emitido ainda no sábado. “Estes testemunhos são a prova de que os manifestantes mortos na Síria não o foram por acidente mas sim devido a uma repressão política mortífera posta em curso por altos responsáveis sírios com o objectivo de estancar as manifestações”, avaliou à AFP a responsável da HRW para o Médio Oriente, Leah Whitson.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos humanos violência pobreza
42 pessoas mortas na Síria em menos de 48 horas
Em menos de 40 horas, as tropas sírias mataram 42 pessoas que participavam em manifestações pró-democracia. O banho de sangue prossegue, pois, neste país do Médio Oriente já alvo de sanções internacionais e da condenação das instituições internacionais. (...)

42 pessoas mortas na Síria em menos de 48 horas
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento -0.18
DATA: 2011-07-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: Em menos de 40 horas, as tropas sírias mataram 42 pessoas que participavam em manifestações pró-democracia. O banho de sangue prossegue, pois, neste país do Médio Oriente já alvo de sanções internacionais e da condenação das instituições internacionais.
TEXTO: Só na sexta-feira, o dia em que aconteceram as maiores manifestações desde o início da sublevação civil contra o regime, há cinco meses, as tropas mataram 32 pessoas. Hoje, até meio do dia, mais 14. Neste momento, os protestos ocorrem em todo o país e a capital, Damasco, não é excepção. Depois de uma reunião autorizada de algumas figuras da oposição no mês passado, os críticos do presidente Assad marcaram um segundo encontro, a que chamaram Conferência de Salvação Nacional, para um hotel em Qaboun, um subúrbio de Damasco. A reunião estaria em viodeoconferência com outra, em Istambul (Turquia) onde perto de 700 sírios da oposição no exílio em vário países se encontravam. Mas, após o iníco dos trabalhos, a reunião em Damasco foi cancelada pois as forças de segurança mataram 14 pessoas junto ao hotel e atacaram os convidados da festa de um casamento que também se realizava no estabelecimento, como explicou à Reuters um elemento da oposição, Walid al-Bunni. Cerca de uma dezena de pessoas foi presa. Da parte do regime, não há declarações desde que Bashar al-Assad falou ao país para dizer que haveria conversações com vista a reformas políticas, mas nunca antes de os protestos terminarem. Pelo que o braço de ferro sangrento prossegue, uma vez que a oposição e os cidadãos se recusam a abandonar as ruas, onde numa primeira fase pediram mudanças e, após o início da repressão, exigem a saída do Presidente e o fim da era do partido único, o Baas. Bashar al-Assad tem ignorado todos os pedidos para travar as tropas e as mortes, feitos de todos os lados do planeta: da Turquia, país vizinho que recebeu mais de dez mil refugiados sírios, das Nações Unidas e da União Europeia. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que na semana passada disse que Assad já não tem legitimidade para ser Presidente da Síria, voltou a dizer que "a brutalidade tem que parar". "Não sei se vai acontecer. E na verdade nenhum de nós tem qualquer influência, só podemos dizer que acreditamos na mudança e que encorajamos os que a preconizam", disse Clinton a um canal de televisão da Turquia, onde está em visita oficial. "O regime não nos pode negar a liberdade", disse na reunião de opositores em Istambul Haitham al-Maleh, um antigo juiz que esteve preso por motivos políticos e foi libertado em Março. "Este estado pertence aos sírios e não é propriedade da família Assad", afirmou. "O meu sentimento é que se chegou a um ponto de não retorno, com o regime a não poder recuar depois de ter atingido este nível de derramamento de sangue", disse em Istambul outro sírio, este exilado na Alemanha, Hassan Najar, concluindo que a pressão sobre o regime tem que prosseguir e tem que ganhar orientação política. "Depois de 41 anos [o tempo do domínio dos Assad, primeiro Hafez, depois o filho Bashar], a questão é sabermos unir uma oposição fragmentada; o que já se conseguiu fazer, em apenas quatro meses, é um milagre".
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filho casamento
Ex-Presidente da Tunísia condenado pela terceira vez
Um tribunal condenou o antigo Presidente tunisino Zine al-Abidine Ben Ali, esta quinta-feira, a 16 anos de prisão por corrupção imobiliária, num processo em que também foram julgados a filha e o genro, informaram fontes judiciais. (...)

Ex-Presidente da Tunísia condenado pela terceira vez
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-07-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um tribunal condenou o antigo Presidente tunisino Zine al-Abidine Ben Ali, esta quinta-feira, a 16 anos de prisão por corrupção imobiliária, num processo em que também foram julgados a filha e o genro, informaram fontes judiciais.
TEXTO: Ben Ali foi acusado por usar o seu poder para adquirir propriedades na capital do país para a família a preços muito mais baixos do que o valor de mercado. A filha, Shirin Ben Ali, foi condenada a oito anos de prisão por comprar um terreno numa urbanização de luxo e depois vendê-lo a um preço exorbitante, com a ajuda do pai. O marido de Shirin, Sakher el Materi, empresário, foi condenado a 16 anos pela sua implicação no caso. Os três vão ter de pagar conjuntamente cerca de 70 milhões de euros por danos causados. Esta é a terceira condenação de Ben Ali. No passado 4 de Julho, o antigo mandatário foi sentenciado a 15 anos e seis meses de prisão por posse ilegal de armas e estupefacientes, e a 20 de Junho, no que foi o seu primeiro processo, a 35 anos por desvio de fundos públicos. A mulher de Ben Ali, Leila Trabelsi, foi também condenada a 35 anos de prisão e a pagar 45 milhões de euros. O antigo Presidente, que governou a Tunísia durante 23 anos, encontra-se refugiado na Arábia Saudita depois de fugir do país a 14 de Janeiro, no seguimento de semanas de protestos, os primeiros da Primavera Árabe, e agora acumula uma pena total de 66 anos e seis meses. Ben Ali enfrenta outros 138 processos por homicídio, abuso de poder e conspiração contra a segurança do Estado, crimes que serão julgados pelo tribunal militar. Até agora a Arábia Saudita tem falhado nas tentativas para extraditar Ben Ali, apesar dos pedidos do novo governo interino tunisino.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave filha homicídio tribunal mulher prisão ajuda refugiado abuso ilegal
Cristiano Ronaldo, Lady Gaga e Madonna apoiam campanha contra a fome em África
Cristiano Ronaldo abraçou mais uma causa, desta vez contra a fome em África. “I’m Gonna Be Your Friend” (“Vou ser teu amigo”) é o nome da campanha que conseguiu o apoio de várias celebridades, como Lady Gaga, Madonna, Elton John, e outros, para ajudar a divulgar a iniciativa nas redes sociais. (...)

Cristiano Ronaldo, Lady Gaga e Madonna apoiam campanha contra a fome em África
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-08-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: Cristiano Ronaldo abraçou mais uma causa, desta vez contra a fome em África. “I’m Gonna Be Your Friend” (“Vou ser teu amigo”) é o nome da campanha que conseguiu o apoio de várias celebridades, como Lady Gaga, Madonna, Elton John, e outros, para ajudar a divulgar a iniciativa nas redes sociais.
TEXTO: A iniciativa da organização Save the Children pretende angariar fundos para combater a falta de alimentos que está a afectar milhões de pessoas no Corno de África com a ajuda de nomes mundialmente conhecidos. “Vou ser teu amigo” foi a campanha lançada no Facebook e no Twitter, em parceria com algumas celebridades, como Justin Bieber, Britney Spears, Bruno Mars, Rihanna, Coldplay, Jennifer Lopez, David Beckhman. Para acompanhar a campanha foi lançado um vídeo que mostra o dia-a-dia dos milhares de pessoas que se encontram em campos de refugiados, as suas condições de vida e o risco de vida que muitas crianças correm devido à falta de alimentos. O vídeo é dirigido por Kevin MacDonald e tem hino "High Tide or Low Tide", uma música de Bob Marley, que inclui a frase “I’m gonna be your friend”, dando origem ao título da campanha. Na sua página oficial no Facebook Cristiano Ronaldo deixou uma mensagem de apoio à campanha. “Fui informado desta campanha para pôr fim à fome de milhões de crianças: a organização Save the Children lançou um pedido de ajuda urgente a África. Por favor vejam o vídeo, partilhem com os vossos amigos e façam download da música “High Tide or Low Tide”, de Bob Marley & The Wailers, que reverterá a favor da resposta à actual crise em África”. A acção de solidariedade é acompanha por um vídeo disponível no Youtube.
REFERÊNCIAS:
Partidos BE
Tempestade Nanmadol fez 22 mortos nas Filipinas e está a caminho da China
O tufão Nanmadol fez 22 mortos e 12 desaparecidos nas Filipinas, desde quinta-feira, e dirige-se hoje para a China. Ainda assim, já baixou de intensidade para tempestade tropical. (...)

Tempestade Nanmadol fez 22 mortos nas Filipinas e está a caminho da China
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento -0.2
DATA: 2011-08-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: O tufão Nanmadol fez 22 mortos e 12 desaparecidos nas Filipinas, desde quinta-feira, e dirige-se hoje para a China. Ainda assim, já baixou de intensidade para tempestade tropical.
TEXTO: Por causa da passagem do Nanmadol, mais de 43 mil pessoas estão desalojadas nas Filipinas, refugiadas em centros de abrigo temporários, especialmente no Norte do país, revela o Conselho de Gestão e Redução de Riscos de Catástrofes Naturais. Hoje, as autoridades deram conta do desabamento das barreiras que continham uma enorme lixeira a céu aberto, perto da cidade de Baguio (Norte), por causa do mau tempo. Pelo menos três pessoas morreram, uma está ferida e outra desaparecida, segundo Olívia Luces, responsável pela Protecção Civil naquela região montanhosa. “O governo local decidiu procurar outro local adequado para receber a lixeira”, disse ainda, garantindo que os habitantes que moravam na encosta abaixo da lixeira vão ser realojados. De acordo com os bombeiros, cerca de 1500 toneladas de lixo resvalaram encosta abaixo, depois de um muro ter cedido por causa das fortes chuvas trazidas pelo tufão Nanmadol. Todos os anos, as Filipinas são atingidas por cerca de 20 tufões. Os últimos, Nock-ten e Muifa, fizeram 70 mortos em Julho. Depois das Filipinas, o tufão Nanmadol atravessou Taiwan – onde fez um morto - e dirige-se hoje para a costa sudeste da China, já enquanto tempestade tropical. Segundo a agência Xinhua, vários voos já foram cancelados e cerca de duas mil embarcações regressaram aos portos.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morto
“O Cônsul de Bordéus” esgotou Cinemateca de Televive
A VII Semana de Cinema Português em Israel abriu na segunda-feira, na Cinemateca de Telavive, com a exibição do filme “O Cônsul de Bordéus”, de Francisco Manso e João Corrêa, numa sala com lotação esgotada. (...)

“O Cônsul de Bordéus” esgotou Cinemateca de Televive
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: A VII Semana de Cinema Português em Israel abriu na segunda-feira, na Cinemateca de Telavive, com a exibição do filme “O Cônsul de Bordéus”, de Francisco Manso e João Corrêa, numa sala com lotação esgotada.
TEXTO: A sessão inaugural contou com as presenças do actor Vítor Norte, que desempenha o papel de Aristides de Sousa Mendes, e do produtor do filme, José Mazeda. Na cerimónia de abertura, o director da Cinemateca de Telavive, Alon Garbuz, destacou o facto de a Semana do Cinema Português, organizada pela Embaixada de Portugal em Israel e pelo Instituto Camões, já fazer parte do calendário cultural da cidade israelita. O programa da iniciativa inclui ainda os filmes “Assalto ao Santa Maria”, de Francisco Manso, “Salazar - A Vida Privada”, de Jorge Queiroga, além de “Cinco Dias, Cinco Noites” e “Fascínio”, ambos de José Fonseca e Costa. A organização destaca o facto de esta selecção “lidar directa e indirectamente com os mais negros dias da ditadura do Estado Novo de Oliveira Salazar”. “Assalto ao Santa Maria”, de Francisco Manso, retoma a acção do capitão Henrique Galvão, que desafiou o regime ditatorial com o sequestro do paquete Santa Maria, no início da década de 1960. “Cinco Dias, Cinco Noites” é uma adaptação do romance de Manuel Tiago, pseudónimo de Álvaro Cunhal, o dirigente histórico do PCP, e “Fascínio”, inspirado no livro do escritor brasileiro Tabajara Ruas, embora não lide directamente com os anos de ditadura, evoca o passado e o impacto desses anos na actualidade. Dos cinco filmes programados, “Salazar - A Vida Privada”, espécie de biografia amorosa do ditador fascista, é o único que não apresenta o actor Vitor Norte, no elenco. O filme nasceu da série televisiva apresentada pela SIC. “O Cônsul de Bordéus”, de Francisco Manso e João Corrêa (ainda sem data de estreia comercial em Portugal), evoca o diplomata português Aristides de Sousa Mendes que, à revelia de Oliveira Salazar, atribuiu cerca de 30. 000 vistos a refugiados perseguidos pelo regime nazi, em 1940. O filme conjuga a história real de Aristides de Sousa Mendes com a história ficcionada de um refugiado que veio a transformar-se num maestro famoso. A Semana de Cinema Português vai decorrer nas cidades de Telavive, Jerusalém e Haifa, até ao dia 20.
REFERÊNCIAS:
Partidos PCP
Obama diz que "não há atalho" para a paz no Médio Oriente
O Presidente norte-americano admitiu hoje estar “desiludido” com o impasse no processo de paz no Médio Oriente, mas disse não acreditar em “atalhos” para pôr fim às décadas de conflito entre israelitas e palestinianos. Uma posição assumida na altura em que se intensificam os esforços diplomáticos para evitar que Mahmoud Abbas peça a adesão à ONU de um Estado palestiniano independente. (...)

Obama diz que "não há atalho" para a paz no Médio Oriente
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-09-21 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Presidente norte-americano admitiu hoje estar “desiludido” com o impasse no processo de paz no Médio Oriente, mas disse não acreditar em “atalhos” para pôr fim às décadas de conflito entre israelitas e palestinianos. Uma posição assumida na altura em que se intensificam os esforços diplomáticos para evitar que Mahmoud Abbas peça a adesão à ONU de um Estado palestiniano independente.
TEXTO: O discurso de Barack Obama na Assembleia Geral da ONU surge como um contraponto à intervenção naquele mesmo lugar, em 2010, quando disse acreditar que seria possível chegar “no prazo de um ano” a um acordo para a criação de um Estado palestiniano – esperanças depois frustradas pela recusa de Abbas em continuar as negociações perante a falta de garantias israelitas de que a colonização na Cisjordânia seria suspensa. “Estou convencido que não existe um atalho para o fim de um conflito que dura há décadas. A paz dá trabalho. A paz não nascerá de declarações ou de resoluções da ONU. Se fosse assim tão fácil, isso já teria sido feito”, declarou Obama, sublinhando que só através de negociações será possível “chegar a acordo sobre assuntos que dividem as duas partes”, da fixação das fronteiras, ao direito de regresso dos refugiados ao estatuto de Jerusalém. O Presidente norte-americano admitiu razões para a frustração dos palestinianos – “há muito que um Estado palestiniano tem sido adiado” –, mas reafirmou que os Estados Unidos continuam empenhados na solução de dois Estados. Afirmou, contudo, que “o compromisso da América com a segurança de Israel é inabalável” e qualquer acordo que venha a ser proposto “tem de incluir as preocupações de segurança” de um país que “está rodeado de nações que lhe moveram guerras ou atacaram o seu território com rockets”. “Cada lado tem aspirações legítimas”, afirmou Obama, sublinhando, porém, que o actual impasse exigirá compromissos dolorosos de parte a parte e só será possível “quando cada um aprender a viver o mundo pelos olhos do outro”. Num discurso em que sublinhou a “extraordinária transformação” operada no mundo desde a última sessão da Assembleia Geral – “há um ano as esperanças do povo tunisino eram suprimidas” e “o Egipto não conhecia outro Presidente há 30 anos” –, Obama elogiou a reacção das Nações Unidas ao conflito na Líbia e disse ter chegado “a altura de a ONU sancionar o regime sírio” que continua a reprimir, matar e a torturar. Dilma e SarkozyAntes de Obama, subiu à tribuna da ONU a Presidente do Brasil (o primeiro país, por tradição, a discursar na Assembleia Geral). Dilma Roussef afirmou que Brasília apoia a “plena representação” da Palestina nas Nações Unidas, argumentado que só quando o país for “livre e soberano poderá responder aos legítimos desejos de Israel em matéria de paz e segurança”. Numa posição intermédia, o chefe de Estado francês defendeu que a Palestina deverá obter o estatuto intermédio "de Estado observador nas Nações Unidas", sugerindo que os países europeus e árabes se unam para apresentar uma "resolução consensual" nesse sentido à Assembleia Geral da ONU. "Todos sabem bem que um reconhecimento pleno e total como Estado membro da ONU não pode ser obtido de imediato" por causa "da falta de confiança entre os principais actores", argumentou Nicolas Sarkozy, que aproveitou o discurso para avisar Washington que o prometido veto norte-americano ao pedido que Abbas se prepara para fazer ao Conselho de Segurança "irá desencadear um ciclo de violência no Médio Oriente". Mas o Presidente francês entende que o actual impasse não pode ser prolongado, pelo que propôs um calendário apertado de negociações: "um mês para o reinício das negociações, seis meses para chegar a um acordo sobre as fronteiras e a segurança e um ano para chegar a um acordo defitinitivo". Notícia actualizada às 17h50
REFERÊNCIAS:
Partidos LIVRE