Seguro acusa Passos de ser “cúmplice por omissão” na Madeira
O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou Pedro Passos Coelho de ser “cúmplice por omissão” relativamente à situação na Madeira e de estar a “proteger Alberto João Jardim e a pouca vergonha que se passa” no arquipélago. (...)

Seguro acusa Passos de ser “cúmplice por omissão” na Madeira
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-10-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou Pedro Passos Coelho de ser “cúmplice por omissão” relativamente à situação na Madeira e de estar a “proteger Alberto João Jardim e a pouca vergonha que se passa” no arquipélago.
TEXTO: “Nós percebemos porque é que eles não querem divulgar a verdadeira situação na Madeira, sabemos porque é que o primeiro-ministro e líder do PSD não mandou fazer uma auditoria, percebemos porque é que não se vai perceber quais vão ser as consequências decorrentes da má gestão e do descalabro financeiro na Madeira. Por uma única razão: porque o líder do PSD e primeiro-ministro é cúmplice por omissão daquilo que o PSD e Alberto João Jardim estão a fazer na Madeira”, disse, num comício no Funchal. Numa intervenção de cerca de meia hora em que considerou estarem em causa “princípios e valores” no escrutínio do próximo dia 9, o líder socialista voltou a defender a necessidade de serem apuradas responsabilidades relativamente à ocultação de dívida na Madeira - “eventualmente até no plano criminal”, disse - e de não se passar simplesmente “uma esponja no passado”. “Ao contrário do que prometeu o primeiro-ministro, não houve auditoria nenhuma. A única coisa que houve foi um relatório que tem por base quase exclusivamente aquilo que lhe foi dito pelo Governo regional da Madeira. Como é possível que o primeiro-ministro tenha prometido uma auditoria e o ministro das Finanças tenha dito dois dias depois que não houve auditoria nenhuma?”, questionou. Para Seguro, o primeiro-ministro e líder do PSD “está a proteger com o seu silêncio o seu companheiro de partido Alberto João Jardim e a pouca vergonha do que se passa na Madeira”. O socialista lamentou ainda que os madeirenses “vão para eleições sem saber toda a verdade” e deixou uma referência velada à atitude de Passos Coelho relativamente às eleições regionais na Madeira. “Se eu não estivesse de acordo com o Maximiano Martins [cabeça de lista do PS às legislativas regionais] podem ter a certeza que não ficava refugiado em Lisboa [. . . ] e não me refugiava numa entrevista a uma televisão [. . . ]. A coragem tem de ser concretizada, não pode ser apenas dita e proclamada”, comentou. Rejeitando “a ameaça do independentismo”, Seguro considerou que as responsabilidades pela situação financeira da Madeira “não se podem apagar com o resultado do próximo dia 9 de Outubro”. “Há responsabilidades políticas [. . . ] partidárias [. . . ], mas há também responsabilidades orçamentais e responsabilidades eventuais no plano criminal. No momento em que os portugueses são chamados a fazer tantos sacrifícios não seria compreensível que aqueles que criaram uma situação dramática e difícil na Madeira não fossem responsabilizados aos mais diversos níveis”, disse. Antes, Maximiano Martins deplorou que esteja a ser passada da Madeira “uma imagem degradante de mentira” e responsabilizou pela situação Alberto João Jardim, que “enriqueceu alguns e empobreceu a Madeira, colocando a Madeira à beira do abismo”. Na sua opinião, o presidente do Governo Regional “já estaria preso” se tivesse feito “na sua vida pessoal” o que fez com a gestão financeira da região. O candidato deixou ainda uma convicção: “Trinta e cinco anos de poder absoluto estão a chegar ao fim. Tenho informações que estamos à beira de um resultado histórico para a Madeira”, declarou.
REFERÊNCIAS:
Assaltante de ourivesaria libertou mulher e dois filhos menores mas ainda não se rendeu
Um homem, suspeito de pretender assaltar esta manhã uma ourivesaria no Carregado, continua sitiado num apartamento de Frielas, Loures. A PSP, que cerca a área, já terá prendido um outro indivíduo que conseguiu fugir até aquela localidade. (...)

Assaltante de ourivesaria libertou mulher e dois filhos menores mas ainda não se rendeu
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento -0.05
DATA: 2011-11-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um homem, suspeito de pretender assaltar esta manhã uma ourivesaria no Carregado, continua sitiado num apartamento de Frielas, Loures. A PSP, que cerca a área, já terá prendido um outro indivíduo que conseguiu fugir até aquela localidade.
TEXTO: O homem que se encontra cercado será um dos quatro que de manhã participaram numa tentativa de assalto a uma ourivesaria do Carregado. Após a intervenção da GNR, que terá prendido no local um dos suspeitos, dois dos assaltantes conseguiram fugir até Frielas. Acossados pela polícia, os dois homens ter-se-ão refugiado num apartamento da Rua do Olival. Após algum tempo, um dos assaltantes, supostamente ferido, acabou por ser detido. Uma mulher com dois filhos menores, que serão os habitantes da casa onde se escondeu o suspeito ainda cercado, já estão fora da habitação.
REFERÊNCIAS:
Entidades GNR
Parlamento Europeu aprova adesão da Croácia à UE
O Parlamento Europeu deu hoje luz verde à adesão da Croácia à União Europeia, mas pediu a Zagreb para fazer esforços suplementares para lutar contra a corrupção e o crime organizado. (...)

Parlamento Europeu aprova adesão da Croácia à UE
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2011-12-01 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Parlamento Europeu deu hoje luz verde à adesão da Croácia à União Europeia, mas pediu a Zagreb para fazer esforços suplementares para lutar contra a corrupção e o crime organizado.
TEXTO: A adesão da Croácia à UE foi aprovada com 564 votos a favor, 38 contra e 32 abstenções. O acordo do Parlamento era o último obstáculo jurídico que faltava transpor antes da assinatura do tratado de adesão previsto para a cimeira de líderes europeus nos dias 8 e 9 de Dezembro em Bruxelas. O tratado deverá ser depois ratificado pelos 27 Estados-membros e no final desse processo, no dia 1 de Julho de 2013, a Croácia passará a ser o 28. º Estado da União Europeia. Sinal de que a Croácia ainda tem um caminho a percorrer, os deputados europeus convidaram Zagreb a atacar “os desafios que subsistem, em particular nos domínios das reformas judiciárias e da luta contra a corrupção e o crime organizado”. O Parlamento Europeu também pediu às autoridades croatas para multiplicarem os esforços para “levarem à justiça os crimes de guerra, para respeitarem o conjunto de recomendações do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia e para encorajar o regresso dos refugiados de guerra”, prestando especial atenção à situação dos retornados de etnia sérvia.
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Entidades UE
Pyongyang proibiu luvas, cachecóis e chapéus no funeral de Kim Jong-il
Apesar das temperaturas negativas, Pyongyang deu instruções aos norte-coreanos para não usarem luvas, cachecóis ou chapéus durante as cerimónias fúnebres de líder Kim Jong-Il, a 28 de Dezembro. Desse modo, o povo estaria alinhado com o herdeiro do poder, Kim Jon-un, que caminhou ao lado do cortejo sem chapéu. (...)

Pyongyang proibiu luvas, cachecóis e chapéus no funeral de Kim Jong-il
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-01-03 | Jornal Público
SUMÁRIO: Apesar das temperaturas negativas, Pyongyang deu instruções aos norte-coreanos para não usarem luvas, cachecóis ou chapéus durante as cerimónias fúnebres de líder Kim Jong-Il, a 28 de Dezembro. Desse modo, o povo estaria alinhado com o herdeiro do poder, Kim Jon-un, que caminhou ao lado do cortejo sem chapéu.
TEXTO: Na véspera das cerimónias, as autoridades da capital preveniram a população que Kim Jong-Un, filho e sucessor do defunto, acompanharia o cortejo "de mãos nuas e cabeça descoberta”, noticia o jornal sul-coreano Daily NK. Por isso foi proibido aos civis usarem luvas, cachecóis ou chapéus, mesmo que nevasse, acrescentou o jornal, que é escrito por refugiados norte-coreanos. As autoridades preveniram que, no meio da multidão, por detrás de cada linha, estaria alguém a vigiar. A 28 de Dezembro, as temperaturas desceram até aos 2ºC negativos, segundo o instituto de meteorologia sul-coreano. Durante mais de três horas, milhares de civis e militares alinharam-se na praça de Pyongyang para saudar o cortejo fúnebre. Kim Jong-Il, que governava a Coreia do Norte desde 1994, morreu a 17 de Dezembro.
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Palavras-chave filho
"Volta para o navio, monte de merda", ordenou o capitão da capitania ao comandante do Concordia
A Guarda Costeira italiana ordenou, em vão, ao comandante do Costa Concordia que regressasse a bordo e dirigisse as operações de salvamento, mas Francesco Schettino não obedeceu, de acordo com registos áudio divulgados esta terça-feira pelo jornal italiano Corriere della Sera. (...)

"Volta para o navio, monte de merda", ordenou o capitão da capitania ao comandante do Concordia
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento -0.1
DATA: 2012-01-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: A Guarda Costeira italiana ordenou, em vão, ao comandante do Costa Concordia que regressasse a bordo e dirigisse as operações de salvamento, mas Francesco Schettino não obedeceu, de acordo com registos áudio divulgados esta terça-feira pelo jornal italiano Corriere della Sera.
TEXTO: O comandante Francesco Schettino está detido preventivamente, podendo ser acusado de homicídio involuntário múltiplo, naufrágio e abandono de navio. Vai ser ouvido ainda hoje em tribunal. As gravações reflectem o caos e a confusão vividos logo a seguir ao acidente do Concordia, que embateu contra rochas quando navegava demasiado perto da ilha italiana de Giglio, tendo adornado. Até ao momento estão confirmadas 11 mortes e 18 desaparecidos. Entre passageiros e tripulantes, o navio levava 4300 pessoas a bordo. Segundo a capitania, a conversa gravada entre o comandante em Livorno e Schettino está registada à 1H46 da manhã de sábado, estando o responsável pelo navio refugiado num rochedo desde a meia noite e meia, de acordo com as testemunhas. Não regressou a bordo e as operações de salvamento duraram até às seis da manhã, segundo as equipas de socorro. Eis a transcrição da conversa conforme a publicou o Corriere della Sera:
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homicídio tribunal refugiado
Guterres alerta que Europa arrisca “explosão” social
"Um modelo matemático" que descure a solidariedade, como aquele que a Europa tem adoptado, pode conduzir a uma "explosão" social, alertou nesta quarta-feira António Guterres, em entrevista à Rádio Renascença. (...)

Guterres alerta que Europa arrisca “explosão” social
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.033
DATA: 2012-03-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: "Um modelo matemático" que descure a solidariedade, como aquele que a Europa tem adoptado, pode conduzir a uma "explosão" social, alertou nesta quarta-feira António Guterres, em entrevista à Rádio Renascença.
TEXTO: O antigo primeiro-ministro socialista referiu-se à “situação de desemprego particularmente inquietante” que a Europa vive e mostrou-se céptico em “relação a um modelo matemático que tente resolver os problemas de uma economia sem compreender ou sem incluir os dados sociais”, porque é um modelo que se arrisca a uma "explosão”, justificou. Questionado sobre se acredita no modelo actual de ajuda externa, Guterres criticou “uma lacuna base de solidariedade” entre os Estados-membros da União Europeia. “O mundo põe as finanças em primeiro lugar, a economia em segundo e o social em terceiro”, disse Guterres, que deu como exemplo o caso do empréstimo grego, criticando decisões que têm sido tomadas “sempre à beira do abismo”. “Há aqui uma componente de solidariedade que tem faltado e tem faltado precisamente porque não existe uma união política suficientemente forte”, alertou o actual Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave ajuda social desemprego
Turquia pede aos seus cidadãos que abandonem a Síria
O Governo turco lançou nesta sexta-feira um apelo urgente a todos os seus cidadãos que se encontram na Síria para que abandonem prontamente o país, frisando que o desenvolvimento da revolta contra Bashar al-Assad criou “sérios riscos de segurança”. (...)

Turquia pede aos seus cidadãos que abandonem a Síria
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-16 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo turco lançou nesta sexta-feira um apelo urgente a todos os seus cidadãos que se encontram na Síria para que abandonem prontamente o país, frisando que o desenvolvimento da revolta contra Bashar al-Assad criou “sérios riscos de segurança”.
TEXTO: A Turquia está a analisar a hipótese de chamar de volta também o seu embaixador em Damasco, mas só o fará depois de todos os turcos terem saído da Síria, precisou o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros avançou ainda que alguns dos serviços consulares em Damasco vão ser interrompidos já na próxima quinta-feira. Erdogan afirmou ainda que a Turquia está a preparar a criação de uma “zona de segurança” ao longo da sua fronteira com a Síria, onde o número de refugiados aumentou muito significativamente ao longo dos últimos dias.
REFERÊNCIAS:
Tempo quinta-feira
Observadores da ONU tentam entrar na aldeia de Tremseh, palco de um massacre
Um grupo de observadores da missão das Nações Unidas na Síria está hoje a tentar entrar da aldeia de Tremseh para investigar as denúncias do massacre de há dois dias em que terão morrido entre 200 e 300 pessoas nos bombardeamentos do exército e execuções das milícias leais ao regime do Presidente Bashar al-Assad. (...)

Observadores da ONU tentam entrar na aldeia de Tremseh, palco de um massacre
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-14 | Jornal Público
SUMÁRIO: Um grupo de observadores da missão das Nações Unidas na Síria está hoje a tentar entrar da aldeia de Tremseh para investigar as denúncias do massacre de há dois dias em que terão morrido entre 200 e 300 pessoas nos bombardeamentos do exército e execuções das milícias leais ao regime do Presidente Bashar al-Assad.
TEXTO: A aldeia, que fica a cerca de 25 quilómetros para noroeste da cidade de Hama, é habitada por sunitas e está rodeada de localidades alauitas (a comunidade religiosa de Assad e do regime). Sendo confirmada a vaga de mortes, denunciadas por activistas no terreno e residentes, este terá sido o mais grave massacre desde o início da revolta em Março de 2011 e já o quarto no país atribuído às tropas de Assad nos últimos quatro meses. Relatos de oposicionistas dão conta que a aldeia esteve horas sob cargas da artilharia pesada – tanques e helicópteros de combate – após o que a milícia Shabiha entrou no local, começando a executar pessoas, com tiros na cabeça. Segundo os activistas a maior parte dos mortos são civis. O Governo sírio insiste, porém, que o que se passou na noite de quinta-feira para sexta-feira em Tremseh foi uma operação militar contra combatentes rebeldes que se tinham refugiado na zona e nega a ocorrência de mortes de civis. A televisão estatal síria mostrou entretanto imagens de dezenas de homens capturados, descrevendo-os como “terroristas”, a terminologia usada pelas autoridades para se referirem aos combatentes da revolta. Segundo o Governo de Damasco, foram também apreendidas grandes quantidades de armas e munições em Tremseh. Ao contrário do massacre de Houla de há dois meses, em que morreram 108 pessoas, incluindo dezenas de crianças, desta feita a oposição não divulgou ainda muitas imagens das vítimas de Tremseh, nem uma lista detalhada com os nomes dos mortos, sublinha o correspondente da BBC em Beirute. Os poucos vídeos difundidos pelos activistas anti-Governo mostram os corpos de homens jovens – o que poderá dar algum aval à teoria das autoridades de que muitos rebeldes foram mortos no ataque àquela aldeia. Os observadores das Nações Unidas já confirmaram porém que as tropas de Assad usdaram tanques, helicópteros e artilharia pesada contra Tremseh, o que constitui uma violação clara do plano de seis pontos mediado pelo enviado especial das Nações Unidas e Liga Árabe Kofi Annan, e que o regime sírio aceitou já em Março passado. Em reacção ao ataque à aldeia, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, considerou que o mesmo “lança grandes dúvidas” sobre a seriedade de Assad na assumpção do compromisso para com o plano de Annan. “Vai haver consequências sérias se o não cumprimento [no plano] continuar”, avisou, salientando a existência de uma “escalada escandalosa” da violência no país – cuja revolta de mais de 16 meses se salda já com um balanço que ultrapassa os 15 mil mortos. Ban Ki-moon frisou ainda que a incapacidade do Conselho de Segurança em exercer eficaz pressão sobre o regime de Assad está a dar a Damasco uma “licença para massacrar” os civis no país. Relatos avançados entretanto pela organização Observatório Sírio dos Direitos Humanos (com sede em Londres e uma vasta rede de activistas na Síria) dão conta de que pelo menos 28 pessoas foram mortas já hoje, num assalto do exército contra Deraa, no sul, em combates entre as tropas de Assad e os rebeldes perto da fronteira com a Turquia, e ainda uma séria de disparos de artilharia pesada registados em Qousseir, na província de Homs, em Tall Slor, pronnvíncia de Alepo e também nos subúrbios de Damasco.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave direitos homens humanos violência ataque comunidade violação refugiado assalto
“Onde está Assad?”, perguntam os sírios. Em Latakia, responde a oposição
Oficialmente, Bashar al-Assad levantou-se de manhã e dirigiu-se ao seu gabinete para desempenhar as suas tarefas de Presidente. A oposição síria garante que continua aos comandos do país, mas que o faz a partir de Latakia, a cidade costeira no Noroeste, onde os alauitas são a maioria. (...)

“Onde está Assad?”, perguntam os sírios. Em Latakia, responde a oposição
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Oficialmente, Bashar al-Assad levantou-se de manhã e dirigiu-se ao seu gabinete para desempenhar as suas tarefas de Presidente. A oposição síria garante que continua aos comandos do país, mas que o faz a partir de Latakia, a cidade costeira no Noroeste, onde os alauitas são a maioria.
TEXTO: A única certeza é que Assad não surgiu em público nos últimos dias – aliás, não o faz desde 2 de Junho, quando discursou para assegurar que iria pôr fim ao “terrorismo”. A lógica diz que, por estes dias, Latakia será um local mais simpático para Assad do que Damasco. Ali, o palácio presidencial está situado nos arredores da cidade, e tal como o da capital, no cimo de numa colina. “A nossa informação é que ele está no seu palácio de Latakia e pode estar lá há dias”, disse à agência Reuters um opositor que pediu o anonimato. Nas televisões árabes abundam os adversários do regime que dão a cara para afirmar o mesmo: Rami Abdel Rahman, do Observatório de Direitos Humanos, ou Muhyi al-Din al-Ladkani, da Declaração de Damasco, de um grupo da oposição, por exemplo. Diferentes opositores e analistas falam há muito de um plano da minoria religiosa alauita – no poder – para se refugiar na região costeira entre o Líbano e a Turquia. É ali que muitos dos principais responsáveis do regime têm as suas raízes familiares (e tribais) e casas de Verão. A ideia seria defender a região militarmente até ao fim, na perspectiva de ali conseguirem fundar um estado alauita. “No caso pouco provável de colapso do regime sírio, os alauitas poderiam sentir-se tentados a agarrar-se militarmente às províncias costeiras de Latakia e Tartus, sem ceder a administração das suas zonas à autoridade de Damasco”, escreveu já no princípio da revolta Talal el-Attrache, autor de “Quand la Syrie s’éveillera”, recorda agora o "El País". Tartus, 90 quilómetros a sul de Latakia, é a cidade onde os russos têm uma base naval (a única de que dispõem em todo o Médio Oriente). Para lá dos factos, poucos, e da lógica, sobram os muitos rumores. Um coloca Asma, a mulher de Bashar, refugiada já na Rússia com os filhos do casal. Oficialmente, Moscovo diz apenas que nem sequer está a negociar, para já, a possibilidade de acolher o líder sírio. Segundo outros rumores, também Assad estava no interior da sala da sede da Segurança Nacional onde uma explosão matou na terça-feira os principais responsáveis da sua célula de crise militar. Poderia ter ficado ferido – e ter sido então levado para Latakia. Os sírios gostam de especular e a confusão que se seguiu ao ataque de terça-feira de manhã estimulou a imaginação: pouco depois “Onde está Assad?” já era a pergunta que agregava as mensagens sobre o tema no Twitter.
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes
Em Damasco os combates já se travam junto à sede do Governo
Depois do ataque em que os rebeldes mataram quatro altos responsáveis do regime, esta quinta-feira volta a ser um dia de intensos confrontos entre as forças do regime e o Exército Livre. Os combates já se travam junto à sede do Governo. (...)

Em Damasco os combates já se travam junto à sede do Governo
MINORIA(S): Refugiados Pontuação: 6 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-07-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: Depois do ataque em que os rebeldes mataram quatro altos responsáveis do regime, esta quinta-feira volta a ser um dia de intensos confrontos entre as forças do regime e o Exército Livre. Os combates já se travam junto à sede do Governo.
TEXTO: Nas últimas 24 horas, 20 mil sírios atravessaram a fronteira para o Líbano, segundo um oficial da polícia de fronteira libanesa. Fogem à violência na capital síria. Moradores e activistas contaram à Reuters que pelo menos uma pessoa morreu esta quinta-feira no bairro de Ikhlas, junto ao complexo do Conselho de Ministros e à Universidade de Damasco. “Esta é a batalha final, não só em Damasco como em toda a Síria”, disse à Al-Jazira o ministro da Informação, Omran Zoabi. Em resposta ao ataque de quarta-feira à sede da Segurança Nacional, a principal agência de serviços secretos da Síria, o Exército está a bombardear os bairros de Qaboon e Barzeh e há confrontos em Midan e Zahira. Em Mashrou-Dumar, ouviram-se explosões durante a manhã, descreve a Al-Jazira, citando comissões de coordenação locais. Centenas de famílias estão a abandonar essa zona da cidade. “Os refugiados não têm para onde ir, há combates por toda a Damasco”, disse uma dona de casa que assistia aos combates de uma torre em Mezze, bairro residencial da burguesia. As ruas de Mezze estão desertas, descreveu um morador. “Os snippers estão a disparar sobre toda a gente nas ruas. ” No bairro de Sinaa, junto ao centro histórico de Damasco, já se vêem veículos blindados. Assad pode já não estar em DamascoA agência britânica dá conta de indicações de fontes da oposição e de um diplomata ocidental de que o Presidente Bashar al-Assad estará a comandar a resposta à morte de quatro altos responsáveis do regime no atentado de quarta-feira a partir de Latakia, no Noroeste, província de várias cidades de alauitas. É em Latakia que está enterrado o seu pai, Hafez al-Assad. Quando se deu o ataque na quarta-feira, Assad poderia já não estar em Damasco. “A informação que temos é que ele está no seu palácio em Latakia e que pode já lá estar há vários dias”, disse uma personalidade da oposição ouvida pela Reuters. “Toda a gente está agora a tentar perceber até que ponto consegue Assad manter o comando da estrutura. As mortes de ontem foram um grande golpe, mas que não foi fatal”, explicou o diplomata com que a agência falou. Na quarta-feira morreram pelo menos mais 214 pessoas, na contagem do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), 38 das quais em Damasco, palco de combates sem precedentes entre o Exército e os rebeldes nos últimos cinco dias. Entre os mortos estão 124 civis, 62 soldados e 28 rebeldes. O balanço não inclui os quatro altos responsáveis do regime que morreram na quarta-feira – incluindo o ministro do Interior, o da Defesa e o seu cunhado – vítimas de um ataque à sede da Segurança Nacional, com uma bomba que terá sido colocada na sala em que vários ministros e responsáveis da Segurança estavam reunidos. Regime "a perder o controlo"A Casa Branca já veio dizer que estas mortes demonstram que o regime de Damasco está "a perder o controlo" da situação. Os ataques de ontem originaram o adiamento, para hoje, de uma votação no seio das Nações Unidas que prevê a instituição de sanções mais duras contra o regime de Damasco. O secretário-geral das ONU, Ban Ki-moon, disse que o Conselho de Segurança tem de “aguentar as suas responsabilidades e levar a cabo uma acção colectiva e efectiva”. “O tempo urge. O povo sírio já sofreu demasiado. O banho de sangue precisa de acabar agora”, acrescentou Ban. Ao mesmo tempo, Ban Ki-moon condenou “firmemente” o atentado na quarta-feira levado a cabo na capital do país. A missão da ONU, que levou ao país cerca de 300 observadores, expira esta sexta-feira. Uma resolução do Conselho de Segurança da ONU poderia estendê-la e, em última análise, até autorizar o uso da força contra o regime de Assad.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU