Aumento de auto-imolações chama a atenção para o Tibete
O que leva alguém a escolher regar-se com gasolina e pegar fogo a si próprio? Ninguém sabe responder, mas este tem sido um meio de protesto crescente no Tibete, onde no último ano houve 25 auto-imolações pelo fogo. Hoje assinala-se o dia da revolta tibetana com manifestações de apoio ao Tibete em vários locais do mundo. (...)

Aumento de auto-imolações chama a atenção para o Tibete
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2012-03-10 | Jornal Público
SUMÁRIO: O que leva alguém a escolher regar-se com gasolina e pegar fogo a si próprio? Ninguém sabe responder, mas este tem sido um meio de protesto crescente no Tibete, onde no último ano houve 25 auto-imolações pelo fogo. Hoje assinala-se o dia da revolta tibetana com manifestações de apoio ao Tibete em vários locais do mundo.
TEXTO: O surgimento de auto-imolações – que é uma acção claramente estranha à cultura tibetana e que é vista, aliás, como algo ligado à cultura árabe ou muçulmana – e a sua repetição é apresentada pelos exilados como um movimento de protesto contra a política cada vez mais restritiva da China no Tibete, especialmente em relação à religião. A maior parte das pessoas que se auto-imolaram eram monges ou freiras ligados ao mosteiro Kirti, na província chinesa de Sichuan. Thierry Dodin, director da TibetInfoNet, dá alguns exemplos destas restrições: as autoridades tentam, por exemplo, proibir monges que não são de um local a irem para um mosteiro noutro, ou impor limites à idade com que é possível entrar num mosteiro (18 ou 20 anos, por exemplo). “No fundo, não querem ter demasiados monges num só local”, explica, numa entrevista telefónica. Este tipo de restrições “causa a maior parte dos problemas”, nota. Barry Sautman, professor da Universidade de Hong Kong especialista em China e nas suas políticas étnicas, sublinhou ao PÚBLICO que os protestos estão relativamente localizados num mosteiro que tem sido especialmente alvo das chamadas “campanhas de reeducação patriótica” e que tem uma história de resistência às políticas restritivas da China. “Não é, para já, um protesto generalizado da população tibetana; é um protesto mais particular. ”Mortes que ficam na cabeça de quem as vêAs auto-imolações criam um enorme efeito em quem vê. Não há praticamente imagens dos recentes actos dos tibetanos: a China fechou o território temendo protestos durante o mês de Março, mês sensível com datas importantes: há o aniversário de hoje da revolta de 1959, quando os tibetanos se insurgiram contra a ocupação chinesa e um aparente plano de rapto do Dalai Lama (que na sequência desta acção se exilou na Índia), há a data de 30 de Março, quando se assinala o aniversário dos motins em Lhasa de 2008. Mas toda a gente tem uma imagem de uma morte pelo fogo na cabeça. Chamas a rodearem um corpo quieto e silencioso. A pele, os olhos, os lábios a desaparecerem numa nuvem cinzenta. “Não sou particularmente sensível, já trabalhei num centro de autópsias”, comenta a especialista em China June Teufel Dryer, da Universidade de Miami, numa entrevista por telefone. “Mas uma pessoa a morrer queimada é de facto algo que eu não consigo suportar ver. ”Para esta especialista, a razão dos sacrifícios é evidente: o aumento das políticas repressivas da China. E a opção por este tipo de protesto é também explicada pelo que poderiam sofrer caso recorressem a modos de protesto mais tradicionais: “há histórias de castigos horríveis de pessoas que foram mutiladas e deixadas a morrer por terem participado em protestos contra China”, diz Teufel Dreyer. Um “genocídio cultural”Pequim acusa o Dalai Lama de orquestrar estes protestos – ou em alternativa diz que se trata de actos de pessoas com perturbações mentaisOs tibetanos no exílio, quer a liderança política quer o Dalai Lama, têm feito declarações um pouco contraditórias em relação às auto-imolações: não as apoiam, mas não as condenam, e apontam o dedo à China: “Há um genocídio cultural”, disse o Dalai Lama, citado pela BBC. “Por isso é que se vê acontecer estes tristes incidentes, dado o desespero da situação”. O primeiro-ministro no exílio, Lobsang Sangay, disse que “a liderança não encoraja a auto-imolação” mas apontou o dedo às políticas chinesas “de repressão cultural, assimilação cultural, marginalização económica e destruição ambiental”, enumerou, também citado pela emissora britânica.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave morte cultura corpo rapto
UE, EUA e Japão fazem queixa da China à OMC por causa de terras raras
Os Estados Unidos, Japão e União Europeia vão apresentar queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) depois de novas restrições impostas pela China às suas exportações de terras raras, minerais críticos para a indústria de alta-tecnologia. (...)

UE, EUA e Japão fazem queixa da China à OMC por causa de terras raras
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DATA: 2012-03-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: Os Estados Unidos, Japão e União Europeia vão apresentar queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) depois de novas restrições impostas pela China às suas exportações de terras raras, minerais críticos para a indústria de alta-tecnologia.
TEXTO: No centro desta "batalha" estão as restrições impostas pela China ao acesso aos 17 minerais com propriedades químicas e electromagnéticas indispensáveis ao fabrico de produtos de alta-tecnologia, desde o fabrico das baterias dos carros eléctricos, a turbinas eólicas e painéis solares ou ainda a telemóveis. Hoje, a China está numa situação de quase monopólio, com um terço (35%) das reservas acessíveis e 97% do mercado destes minerais. O Presidente americano Barack Obama vai anunciar hoje a apresentação de uma queixa comercial contra a China, anunciou ontem à noite uma fonte da Casa Branca, a coberto do anonimato. Os Estados Unidos não estão sozinhos. A queixa à OMC terá também a assinatura da União Europeia e do Japão, numa altura em que se agravam as tensões comerciais com a China. “As restrições da China em relação às terras raras e outros produtos viola as regras do comércio internacional e devem ser removidas “, disse o comissário europeu para o Comércio, Karel De Gucht, citado hoje pela agência Reuters. “Estas medidas prejudicam os produtores e consumidores na União Europeia e por todo o mundo. ” O Japão continua prudente. Um porta-voz do Governo, Osamu Fujimura, disse que os ministros estão a estudar bem a questão mas “nada ainda foi decidido. Avançamos com prudência neste caso”. Mas mesmo antes da apresentação oficial da queixa, a reacção da China foi imediata. As quotas impostas pela China às suas exportações de terras raras “estão conformes às regras da OMC”, garantiu hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Essas quotas foram definidas “para proteger o Ambiente e permitir um desenvolvimento sustentável”, acrescentou o porta-voz do Ministério, Liu Weimin, garantindo que “a China vai continuar a abastecer o mercado internacional”. “Lamentamos que tenha sido decidido apresentar uma queixa à OMC”, disse o ministro da Indústria e da Informação Tecnológica, Miao Wei, à agência Xinhua. “Estamos a preparar a nossa defesa” na OMC, adiantou. Limites às exportaçõesAs quotas de exportação chinesas para 2012 foram fixadas em 30. 000 toneladas, o mesmo valor do que em 2011. Mas, no ano passado, as exportações ficaram-se pela metade do que tinha sido anunciado. Já em 2010, a situação se tinha extremado quando a China suspendeu o fornecimento de terras raras ao Japão durante uma disputa diplomática. Desde então, o condicionamento à exportação não parou. Em Fevereiro, o Governo chinês anunciou um reforço da utilização das terras raras na sua própria indústria e disse que fará o máximo que puder “para que a posição dominante da China em termos de recursos de terras raras sirva de expansão à indústria de novos produtos”, segundo um plano de desenvolvimento apresentado pelo Ministério chinês do Comércio. Este novo episódio promete abrir uma batalha comercial na OMC que os EUA e a UE há algum tempo esperavam. As autoridades europeias alegam que o custo das restrições nas exportações está avaliado em centenas de milhões de euros. Nos últimos anos, o comércio entre a União Europeia e a China esteve em expansão, atingindo cerca de 400 mil milhões de euros em 2010. Mas De Gucht tem-se queixado que a China subsidia “quase tudo”, tornando muito difícil competir. As relações comerciais já tensas terão sido agravadas nos últimos meses. Uma decisão da UE de obrigar todas as companhias aéreas que usem aeroportos da UE a pagar pelas suas emissões de carbono trouxe a ameaça de retaliações da China, bem como dos Estados Unidos e Rússia.
REFERÊNCIAS:
Entidades EUA UE OMC
Santos Pereira compromete-se a “prosseguir reformas" no sector da energia
O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, comprometeu-se hoje a “prosseguir as reformas estruturais” para o sector da energia com que o país se comprometeu perante a troika, num comunicado em que agradece o trabalho do secretário de Estado da Energia, cuja demissão foi conhecida ontem. (...)

Santos Pereira compromete-se a “prosseguir reformas" no sector da energia
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DATA: 2012-03-13 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, comprometeu-se hoje a “prosseguir as reformas estruturais” para o sector da energia com que o país se comprometeu perante a troika, num comunicado em que agradece o trabalho do secretário de Estado da Energia, cuja demissão foi conhecida ontem.
TEXTO: Henrique Gomes, cuja saída foi justificada oficialmente com razões pessoais, deixa o seu cargo no Governo em aparente conflito com os interesses de grandes empresas do sector eléctrico, sobretudo a EDP, pois tinha em preparação um plano que apontava para a renegociação de um terço dos subsídios e tarifas fixas a pagar este ano, o equivalente a cerca de 600 milhões de euros. A grande força contrária era da EDP, que se opunha sobretudo a alterações nos chamados Contratos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC). A saída de Henrique Gomes (PSD) é a primeira baixa no Governo de coligação entre Pedro Passos Coelho e Paulo Portas e ocorre poucos dias depois de intensos rumores sobre uma eventual saída de Santos Pereira do Governo, devido a um conflito em torno das competências sobre o QREN (o quadro de fundos comunitários para Portugal). No seu comunicado de hoje, Santos Pereira “apresenta o seu agradecimento público” ao Secretário de Estado da Energia, enaltecendo “o elevado sentido de missão e de serviço público que pautou a sua actuação governativa”. De seguida, afirma que o seu ministério “vai prosseguir as reformas estruturais para o sector energético com que se comprometeu e cumprir as medidas constantes do memorando de entendimento” assinado entre Portugal e a troika Comissão Europeia-BCE-FMI. Aparentemente, esta frente do conflito com o Ministério das Finanças vai manter-se aberta – Vítor Gaspar ter-se-á comprometido com a China Threes Gorges, a não alterar os contractos em vigor com a EDP, segundo disse já esta empresa do Estado chinês. O compromisso do ministro terá visado conseguir um maior encaixe financeiro na privatização. O novo secretário de Estado da Energia toma posse hoje à tarde, numa cerimónia marcada para as 15h30, no Palácio de Belém. Num curto comunicado, o Presidente da República informou que “aceitou a proposta que lhe foi apresentada pelo primeiro-ministro de exoneração, a seu pedido, do engenheiro Henrique Joaquim Gomes do cargo de Secretário de Estado da Energia”, e também a “de nomeação do dr. Artur Álvaro Laureano Homem da Trindade para o mesmo cargo”. O novo secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, é mestre em Economia pela Universidade de Kent, e ocupava o cargo de director do serviço de custos e proveitos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
REFERÊNCIAS:
O "príncipe vermelho" de Chongqing perdeu a hipótese de governar a China
Bo Xilai destacou-se pelo carisma à frente de um município de 30 milhões de pessoas, em que trazia de volta canções e ideias do tempo de Mao. Mas as suas ideias anti-reformistas não vingaram em Pequim (...)

O "príncipe vermelho" de Chongqing perdeu a hipótese de governar a China
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DATA: 2012-03-17 | Jornal Público
SUMÁRIO: Bo Xilai destacou-se pelo carisma à frente de um município de 30 milhões de pessoas, em que trazia de volta canções e ideias do tempo de Mao. Mas as suas ideias anti-reformistas não vingaram em Pequim
TEXTO: Os idos de Março nunca foram uma boa época para os políticos, Júlio César que o diga. Ou Bo Xilai, o populista secretário do Partido Comunista Chinês (PCC) da megacidade de Chongqing, também considerado "neomaoísta", afastado do cargo na quinta-feira, depois de o primeiro-ministro Wen Jiabao ter apontado a sua acção de forma negativa na véspera. Este afastamento de um dos "príncipes vermelhos", os descendentes dos companheiros de Mao na revolução de 1949, que têm grande importância - e peso económico - na hierarquia chinesa é a maior exteriorização pública da intensa luta pelo poder a nível nacional das últimas décadas, dizem os analistas. E reflecte bem a importância do momento que está se está a viver na China. Este ano, o vice-presidente Xi Jinping vai herdar a liderança do PCC das mãos do actual Presidente, Hu Jintao. Mas não é só. O Outono será escaldante em Pequim: em Outubro, no 18. º Congresso do PCC, serão escolhidos os nove homens que realmente governam a China - e Bo Xilai, de 62 anos, o carismático líder do município de 30 milhões de habitantes do Sudoeste do país, tinha muito boas hipóteses de ser um deles. Mas o estilo e as acções de Bo Xilai, embora populares, inquietavam. Apesar do seu ar mais moderno, parecido com o dos políticos ocidentais, parecia não se ter deixado dos seus tempos da Revolução Cultural, quando com outros jovens privilegiados formava a brigada Liandong, que atacava funcionários públicos e até outros grupos da juventude maoista, relata o Financial Times. Bo era uma figura grada da "esquerda" do PCC, os neomaoístas: desde que chegou a Chongqing, em 2007, promovia grandes encenações para cantar músicas da Revolução Cultural (que fez milhões de vítimas) e eram enviadas para os telemóveis dos habitantes via sms com citações do Mao, relata a revista The Economist. Lançou também uma feroz campanha contra os gangs mafiosos da cidade, prendendo mais de 2000 pessoas, entre as quais alguns políticos, diz o Guardian. Mas o advogado de defesa de um dos criminosos foi preso, o que gerou preocupações de que o direito a pôr em causa a acusação não estivesse garantido. Mas Bo tornou-se popular por investir na construção de habitações para os mais pobres. Apesar do ar ocidentalizado, as suas ideias remetiam para os tempos de antes das reformas, com um forte toque de populismo, como vários dos "príncipes vermelhos", que criticam o caminho que a China tem tomado, com a tensão permanente entre as reformas económicas e uma abertura política moderada: "Se só algumas pessoas são ricas, então somos capitalistas e falhámos". Uma nuvem negra começou a pairar sobre a sua cabeça, no entanto, quando o seu braço direito, o chefe da polícia e vice-presidente da câmara Wang Lijun se refugiou no consulado norte-americano em Chongqing, a 6 de Fevereiro. Poderia estar a pedir asilo político - ou a pedir protecção contra a própria polícia, nunca se percebeu. Paira a suspeita que pode ter transmitido informações aos americanos sobre casos de corrupção. Foi aqui que começou a queda de Bo. O aviso de Wen JiabaoNa reunião anual do Congresso Nacional do Povo - o Parlamento chinês, que tem pouco de representativo -, Bo Xilai reconheceu ter tido uma "surpervisão negligente" sobre o seu colaborador. E na quarta-feira, na conferência de imprensa após o encerramento do Congresso, o primeiro-ministro Wen Jiabao referiu-se-lhe de forma que não deixava dúvidas quanto à queda em desgraça do populista que era um expoente da "nova esquerda" chinesa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave homens chinês negra
Só haverá uma intervenção na Síria se o mundo vir "atrocidades como no Kosovo"
Eric Posner é professor na Universidade de Chicago e um dos grandes especialistas em direito dos Estados Unidos, direito internacional e tribunais internacionais. É "um céptico em relação ao uso da lei para justificar acções militares externas". (...)

Só haverá uma intervenção na Síria se o mundo vir "atrocidades como no Kosovo"
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DATA: 2012-03-18 | Jornal Público
SUMÁRIO: Eric Posner é professor na Universidade de Chicago e um dos grandes especialistas em direito dos Estados Unidos, direito internacional e tribunais internacionais. É "um céptico em relação ao uso da lei para justificar acções militares externas".
TEXTO: Para Eric Posner, o Tribunal Penal Internacional veio criar problemas à resolução de conflitos, tornando mais difícil que um líder aceite deixar o poder em troca de exílio. A intervenção na Líbia, aprovada há um ano pelo Conselho de Segurança da ONU em nome da "protecção dos civis", só aconteceu porque ninguém gostava de Muammar Khadafi e o coronel estava enfraquecido. Ao contrário do sírio Bashar al-Assad, mais forte. Falou ao PÚBLICO em Lisboa, onde esteve para dar o seminário Duas visões da Lei Internacional num mestrado de Direito da Universidade Católica. A ideia da Responsabilidade para Proteger (segundo a qual um Estado tem de proteger os seus cidadãos contra atrocidades e o mundo tem obrigação de intervir quando isso não acontece), discutido na última década pela ONU, foi finalmente invocado como argumento para intervir na Líbia. Fez sentido?Havia bons argumentos para defender que se justificava uma intervenção por razões humanitárias, que se aplicava o princípio da Responsabilidade para Proteger. Mas eu penso que os estados não aplicam este princípio de forma consistente. Penso que o fizeram no caso da Líbia porque o governo era fraco, os rebeldes eram fortes e, em geral, os países e os líderes não gostavam de Khadafi e ficaram contentes de o ver derrubado. Quando diz que os estados não usam este princípio de forma consistente está a pensar em conflitos onde poderia ter sido invocado e não foi?Sim. Certamente poderia ser invocado no caso da Síria, mas também estou a pensar na Coreia do Norte, no Sudão. Há muitos países em que as minorias ou grupos étnicos são tratados terrivelmente pelos governos em África e no Médio Oriente. Estamos a falar das situações em que os estados decidem recorrer ou não ao princípio. Mas e na Líbia, foi bem usado? Alguns defendem que a NATO destruiu as hipóteses de que volte a ser usado porque agiu para lá do mandato, não se limitou a proteger civis. Bem, o princípio é ambíguo, e isso é parte do problema. A NATO diria que só podia proteger os civis derrubando o governo. Mas julgo que a China e a Rússia ficaram irritadas porque uma resolução aprovada para proteger civis foi usada para derrubar um regime e isso enfraquece o Conselho de Segurança. Penso que o verdadeiro problema com a Líbia é que toda a gente se esqueceu do país e há uma guerra civil a decorrer. Uma razão para ser cauteloso com intervenções humanitárias é que muitas vezes elas são motivadas por um pensamento político de curto prazo. E as consequências podem ser terríveis. Quando pensam em intervir, os países deviam pensar no Kosovo como exemplo. Depois da intervenção foi preciso lá deixar tropas estrangeiras durante anos. Por que é que não se discute a Responsabilidade para Proteger em relação à Síria?Não penso que o princípio tenha qualquer influência na forma como os estados agem. Os países são movidos por interesses próprios e isso é que determina se agem ou não. O princípio da Responsabilidade para Proteger foi usado como retórica. Nenhum país pensou que seria levado a agir contra os seus próprios interesses, movido por essa responsabilidade de proteger as populações. Vamos voltar a ouvir falar deste princípio? Uma ideia destas pode funcionar noutros moldes?Não vejo que isso possa acontecer porque não penso que seja no interesse dos estados reconhecer a responsabilidade para proteger como um princípio geral que determine quando se envolvem em acções militares. As pessoas vão continuar a discutir a ideia mas os países nunca a vão aceitar. Imagina os países mais críticos do regime de Assad a decidirem avançar para algum tipo de intervenção na Síria? A questão do bloqueio no Conselho de Segurança, com o veto russo e chinês, não foi impeditiva em diferentes conflitos no passado.
REFERÊNCIAS:
Entidades ONU NATO
Governo vai reprivatizar a totalidade dos Estaleiros de Viana
O Governo vai lançar, dentro de 45 dias, um concurso público internacional para a reprivatização total dos Estaleiros Navais Viana do Castelo (ENVC), disse hoje à agência Lusa fonte do Ministério da Defesa. (...)

Governo vai reprivatizar a totalidade dos Estaleiros de Viana
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DATA: 2012-03-19 | Jornal Público
SUMÁRIO: O Governo vai lançar, dentro de 45 dias, um concurso público internacional para a reprivatização total dos Estaleiros Navais Viana do Castelo (ENVC), disse hoje à agência Lusa fonte do Ministério da Defesa.
TEXTO: Esse processo, acrescentou a fonte, resulta de “vários contactos e reuniões” que se revelaram “suficientemente sólidos”, com seis potenciais grupos interessados na compra dos ENVC. “No âmbito deste concurso público estes grupos podem confirmar as propostas ou não. Como podem ainda aparecer outras”, acrescentou a fonte, assumindo a existência de “garantias” dos interessados até ao momento. Trata-se de grupos económicos ligados à indústria naval chinesa e russa, mas também investidores nacionais. “Haverá agora um período de cerca de mês e meio para o Ministério das Finanças preparar o caderno de encargos desta reprivatização. Estimamos depois mais cerca de dois meses para a decisão sobre o vencedor do concurso”, explicou a mesma fonte. O objectivo da Tutela passa por reprivatizar a empresa – nacionalizada há 37 anos a pedido dos trabalhadores e da própria administração – nos próximos quatro meses. A fonte do Ministério explicou que é utilizado o termo reprivatização porque os ENVC já foram privados e, por isso, é obrigatório o concurso público internacional, senão a solução passaria por uma negociação directa. De parte ficam outras soluções que chegaram a ser propostas por alguns grupos interessados, como a concessão da exploração ou uma privatização parcial. “Nesses cenários não havia qualquer garantia da salvaguarda dos postos de trabalho”, explicou a fonte do Ministério da Defesa. A opção pela privatização dos estaleiros vai ser apresentada hoje, às 17h00, pelo ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, como solução para assegurar a continuidade da empresa à Comissão de Trabalhadores.
REFERÊNCIAS:
Marcas COM NOS ESTES
Direcção dos Correios da Alemanha transfere-se para Xangai em Julho
O patrão do gigante alemão da logística Deutsche Post, Frank Appel, vai dirigir a o grupo a partir de Xangai (na China) durante o mês de Julho, para testemunhar a importância deste mercado para a empresa, segundo declarações surgidas nesta terça-feira na imprensa. (...)

Direcção dos Correios da Alemanha transfere-se para Xangai em Julho
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DATA: 2012-03-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: O patrão do gigante alemão da logística Deutsche Post, Frank Appel, vai dirigir a o grupo a partir de Xangai (na China) durante o mês de Julho, para testemunhar a importância deste mercado para a empresa, segundo declarações surgidas nesta terça-feira na imprensa.
TEXTO: No início de Julho, Appel e uma equipa de dirigentes do grupo vão transferir os gabinetes de Bona, onde se situa a sede alemã do grupo, para aquela metrópole chinesa, durante quatro semanas, disse o patrão ao Frankfurter Allgemeine Zeitung. “É um sinal claro de que acreditamos neste mercado”, sublinhou Appel. A Deutsche Post é um antigo monopólio alemão dos correios, actualmente proprietário da DHL, e que no ano passado teve um volume de negócios de 4500 milhões de euros na China, onde emprega cerca de 20 mil pessoas. Em Julho, vai abrir em Xangai um centro para a sua divisão DHL. Na Alemanha, os meses de Julho e Agosto são geralmente mais calmos para as empresas do que no resto do ano.
REFERÊNCIAS:
Tempo Julho Agosto
IATA revê em baixa lucros da aviação
As previsões apontavam para ganhos de 3,5 mil milhões de dólares em 2012, mas a escalada do preço do petróleo levou a organização, que representa 280 transportadoras, a baixar as expectativas. (...)

IATA revê em baixa lucros da aviação
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DATA: 2012-03-20 | Jornal Público
SUMÁRIO: As previsões apontavam para ganhos de 3,5 mil milhões de dólares em 2012, mas a escalada do preço do petróleo levou a organização, que representa 280 transportadoras, a baixar as expectativas.
TEXTO: Para este ano, a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) prevê agora lucros globais de três mil milhões de dólares (cerca de 2, 3 mil milhões de euros), o que significa um recuou de 500 milhões de dólares (379 milhões de euros) face ao balanço inicial, feito em Dezembro. “Esta revisão em baixa (…) deve-se ao esperado aumento do preço do petróleo para 115 dólares por barril, acima dos 99 dólares inicialmente previstos”, refere a organização, no comunicado. A queda poderia ter sido pior se a crise da dívida soberana na Europa se te intensificado, alerta a IATA, que sublinha ainda a evolução positiva da economia norte-americana e a estabilização do negócio de carga como factores positivos. “O risco de agravamento da crise na zona euro foi substituído por outro risco igualmente tóxico – o aumento dos preços do petróleo”, referiu o director-geral da IATA, Tony Tyler numa apresentação que decorreu hoje. Em relação a 2011, a indústria teve um comportamento inverso. Graças ao desempenho das companhias de aviação chinesas, a aviação encerrou o ano com lucros de 7, 9 mil milhões de dólares (perto de seis mil milhões de euros), quando estava previsto que se ficasse por 6, 9 mil milhões de dólares. Para este ano, o sector deverá assistir a uma redução dos ganhos em todas as regiões. E, na Europa e em África, o cenário será mesmo de perdas, prevendo-se que as transportadoras europeias percam 600 milhões de dólares (cerca de 455 milhões de euros) em 2012. Será na região da Ásia-Pacífico que se assistirá aos maiores lucros, estimados em 2, 3 mil milhões de dólares (o equivalente a 1, 7 mil milhões de euros), embora este valor signifique uma revisão em baixa de 200 milhões de dólares face às expectativas iniciais.
REFERÊNCIAS:
Tempo Dezembro
Logoplaste contra blindagem de estatutos na REN
Filipe Botton, um dos accionistas de referência da REN, vai defender em assembleia geral que não haja limites aos direitos de voto na empresa. (...)

Logoplaste contra blindagem de estatutos na REN
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DATA: 2012-03-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Filipe Botton, um dos accionistas de referência da REN, vai defender em assembleia geral que não haja limites aos direitos de voto na empresa.
TEXTO: À entrada para a assembleia geral da REN, que se realiza hoje, o presidente da Logoplaste (que controla 8, 4% da REN através da EGF) afirmou que discorda da subida dos limites de voto na empresa para 25%. “Somos contra qualquer limitação de votos que não permita acordos entre accionistas”, afirmou aos jornalistas. “A REN é uma empresa regulada e cotada. ” Botton acrescentou ainda que se vai abster na votação deste ponto. Na assembleia geral de hoje estão representados 84, 8% do capital social da empresa. Uma das alterações aos estatutos a votar é a alteração dos limites de voto de 5% e 10% (para accionistas de empresas dos sectores de energia e outras, respectivamente) para 25%. Em causa está a entrada dos novos accionistas na empresa que gere as redes portuguesas de transporte de electricidade e gás natural. A chinesa State Grid vai adquirir 25% e os árabes da Oman Oil Company vão comprar 15%. Notícia actualizada às 12h15, com a percentagem de capital representada na assembleia geral.
REFERÊNCIAS:
Étnia Árabes
Paulo Portas quer "uma relação especial com China"
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, defendeu nesta segunda-feira uma “relação de cooperação e não confrontacional” entre o Ocidente e a China. (...)

Paulo Portas quer "uma relação especial com China"
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.278
DATA: 2012-07-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, defendeu nesta segunda-feira uma “relação de cooperação e não confrontacional” entre o Ocidente e a China.
TEXTO: “Ninguém compreenderá o século XXI sem compreender a China. (. . . ) Nós olhamos para a China sem preconceitos e respeitamos as diferenças”, disse Paulo Portas em Xangai, na abertura do seminário “Caminho das Exportações”, organizado pelo semanário Expresso, com a presença de cerca de uma centena de empresários dos dois países. Num discurso de cerca de 15 minutos perante uma centena de empresários dos dois países, Paulo Portas realçou que Portugal e China “tiveram sempre uma relação pacífica” ao longo de cinco séculos. Paulo Portas reafirmou que os dois países “têm excelentes relações políticas”. “Admiramos o lugar que a China está a construir na arena internacional”, disse. Passos Coelho na China em 2013Paulo Portas anunciou também que o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, está a planear visitar a China em 2013. “Queremos estabelecer uma relação especial com China”, disse Paulo Portas na mesma ocasião. O ministro português saudou a participação de duas grandes empresas chinesas no programa de privatizações de Portugal: a China Three Gorges, que adquiriu 21, 35% do capital da EDP, e a State Grid, que comprou 25% da REN (Redes Energéticas Nacionais). O ministro português salientou também que Portugal é um país da zona euro que “se preocupa com a disciplina e cumpre os seus acordos” e que “está aberto ao investimento chinês e quer aumentar as exportações portuguesas para a China”. O discurso assinalou o início do programa da visita oficial do ministro português à China, que decorre até domingo. Após a abertura do seminário económico em Xangai, Paulo Portas vai encontrar-se com o vice-presidente da Câmara de Xangai com o pelouro dos Assuntos Financeiros, Tu Guangshao, e depois visitará duas empresas, uma das quais portuguesa. O ministro segue à tarde para Pequim, onde permanecerá até sexta-feira de manhã.
REFERÊNCIAS: