Já não há paredes pintadas com ideias
Menos de quarenta anos depois do PREC já não há palavras de ordem em todas as paredes da rua e essa imagem é já muito distante. O documentário Estética, Propaganda e Utopia no Portugal do 25 de Abril , que se estreia este sábado na RTP 2, lembra-nos como era a vida num sítio em que todos pintavam murais (...)

Já não há paredes pintadas com ideias
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento -0.25
DATA: 2014-04-27 | Jornal Público
SUMÁRIO: Menos de quarenta anos depois do PREC já não há palavras de ordem em todas as paredes da rua e essa imagem é já muito distante. O documentário Estética, Propaganda e Utopia no Portugal do 25 de Abril , que se estreia este sábado na RTP 2, lembra-nos como era a vida num sítio em que todos pintavam murais
TEXTO: Ninguém bebe leite de uma caneca com a cara de Pedro Passos Coelho, mas no atelier de Paulo Seabra há uma prateleira com copos e canecas com as caras de Ramalho Eanes, Sá Carneiro, ou com o logotipo do Partido Comunista Português. São todos dos anos 70 e 80, da época eufórica que se seguiu ao 25 de Abril. É da propaganda política deste período que fala o documentário Estética, Propaganda e Utopia no Portugal do 25 de Abril , realizado por Paulo Seabra e que se estreia este sábado, às 21h54, na RTP2. Para além dos copos, canecas e pratinhos com frases como “a terra a quem a trabalha”, Paulo Seabra e Maria Antónia Linhares de Lima, responsável pela pesquisa para o documentário, têm uma caixa cheia de pins com logótipos de todos os partidos e caixinhas de música que tocam a Internacional Comunista. São pormenores naif da época em que se gostava dos brindes, diz Paulo Seabra, mas Maria Antónia Acrescenta acrescenta que era a altura em que a discussão política estava presente na vida das pessoas. “Discutia-se nos cafés com ideias e não apenas para dizer mal dos políticos”, diz. A relação próxima entre a vida das pessoas e a vida política é bem visível da paisagem de Lisboa nos anos 70 – as paredes estão forradas de cartazes políticos colados uns por cima dos outros: o cartaz seguinte ataca e esconde a mensagem política do anterior, seu adversário. Nas paredes em que não há cartazes, há murais, alguns deles colossais, que são escritos, reescritos e vandalizados. “Suportes gráficos como cartazes e autocolantes há imensos, muita gente tem. Penso que não erro se disser que não se perdeu quase nada. Os murais perderam-se, não foram devidamente fotografados porque não havia um levantamento técnico aprofundado dos murais”, diz Paulo Seabra lembrando que os murais não eram vistos em primeiro lugar com um objecto artístico ou documental, mas como uma forma de acção política. As imagens de murais em Estética, Propaganda e Utopia no Portugal do 25 de Abril pertencem ao arquivo da RTP e não mostram os andaimes e os três ou quatro artistas de máscara na cara, em frente a uma parede a fazer graffitis que estamos habituados a ver nos dias de hoje. As filmagens da RTP dos anos 1970 têm uma atmosfera de comunidade e de celebração: muitas pessoas, algumas delas crianças, pousam para serem pintadas na parede e pintam mensagens políticas partidárias, que não são coisas distantes. “Hoje política já não tem interesse. O Estado está mais interessado no nosso dinheiro do que naquilo que nós pensamos”, diz Paulo Seabra. Talvez por isso praticamente nada reste dos murais dos anos 1970 e 1980 – em zonas de maior tráfego foram completamente abolidos e restam apenas alguns em zonas mais interiores da cidade de Lisboa, como no Bairro de Sapadores, diz o realizador. “Na avenida Marechal Gomes da Costa havia um mural de qualidade estética muito desenvolvida e que foi destruído, foi pintado por uma questão de limpeza sem critério”, conta sobre um dos murais que aparece no final do documentário. Apesar de muitas das pessoas com quem falou para este trabalho – historiadores, críticos de arte, designers, cartoonistas – justificarem a limpeza generalizada dos murais com “a ordem natural das coisas”, Paulo Seabra está convencido de que o fim daquelas obras de arte e propaganda política está ligado à “obsessão do século XXI com a higienização. Foi uma preocupação que a cidade de Lisboa começou a ter com as obras de Expo 98”, diz o realizador. Esta limpeza das paredes acontece a par de um estreitamento do espectro partidário: PSD e PS começam a alternar entre si a governação do país e vai-se diluindo a variedade de partidos nascidos com o 25 de Abril. “As paredes da 24 de Julho têm uma comunicação muito forte e tinham uns murais que funcionavam muito bem por isso. É claro que agora têm publicidade de grandes marcas”, diz o realizador sobre a conversão dos melhores pontos de divulgação de mensagens políticas em pontos de publicidade. Foi relativamente fácil destruir estas pinturas porque as obras não estavam assinadas. “Se tivessem a assinatura de um nome consagrado da arte – como hoje acontece com a street art - isto não teria acontecido facilmente”. Havia uma noção de algo comunitário e a arte, ao contrário do que se passa hoje com o graffito, não era o primeiro objectivo. O mural era feito para uma mensagem política e a estética era muitas vezes inspirada em modelos soviéticos, chineses ou albaneses: “a iconografia era bastante infantil, académica, para não dizer reaccionária, e isso acontecia em todos os partidos da esquerda e extrema esquerda”, diz o designer Jorge Silva no documentário, apontando como exemplo oposto, a iconografia do Maio de 1968, completamente inovadora e percussora da street art.
REFERÊNCIAS:
Sofia Coppola, Gael García Bernal e Willem Dafoe no júri de Cannes
O júri presidido por Jane Campion entrega a Palma d'Ouro a 24 de Maio. (...)

Sofia Coppola, Gael García Bernal e Willem Dafoe no júri de Cannes
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-04-28 | Jornal Público
SUMÁRIO: O júri presidido por Jane Campion entrega a Palma d'Ouro a 24 de Maio.
TEXTO: A realizadora americana Sofia Coppola, o actor e cineasta mexicano Gael García Bernal e o actor Willem Dafoe fazem parte do júri do 67. º Festival de Cannes, presidido pela realizadora neozelandesa Jane Campion, anunciou nesta segunda-feira a organização do festival. Do júri fazem ainda parte a actriz francesa Carole Bouquet, o cineasta chinês Jia Zhangke, a actriz iraniana Leila Hatami, a actriz sul-coreana Jeon Do-yeon e o realizador dinamarquês Nicolas Winding Refn. O júri do festival que começa a 14 de Maio decide entre os 18 filmes em competição para a atribuição da Palma d’Ouro, que será entregue a 24 de Maio. Jane Campion, que preside ao júri, escreveu e realizou O Piano (1993), que lhe valeu a Palma d’Ouro em Cannes e o Óscar de melhor argumento original. Em Cannes venceu ainda em 1986 a Palma d’Ouro com a curta-metragem Na Exercise in Discipline – Peel. Sofia Coppola, que completa 43 anos durante o festival, já está habituada à cidade do sul de França: a sua primeira longa-metragem, As Virgens Suicidas (1999), esteve na Quinzena dos Realizadores, enquanto Marie Antoinette (2006) esteve em competição e o seu último filme, Bling Ring: O Gang de Hollywood, abriu a secção Un Certain Regard na edição do ano passado do festival. O actor, realizador e produtor mexicano Gael García Bernal esteve também em Cannes em 2010, com Déficit, a sua primeira longa-metragem, seleccionada para a Semana da Crítica. Como actor participou em filmes como E a Tua Mãe Também, de Alfonso Cuarón, Má Educação, de Pedro Almodóvar, ou A Ciência dos Sonhos, de Michel Gondry. Willem Defoe já foi Jesus em A Última Tentação de Cristo (1988), de Martin Scorsese, um dos vilões de Homem-Aranha e participou em diversos filmes de Lars Von Trier. Npo alinhamento do 67º Festival de Cannes estão este ano nomes consagrados como Godard, Cronenberg e os irmãos Dardenne e Tommy Lee Jones, a realizadora portuguesa Teresa Villaverde no projecto Pontes de Sarajevo e Carlos Conceição com a curta-metragem Boa Noite Cinderela.
REFERÊNCIAS:
443 anos depois, o atlas de Fernão Vaz Dourado tem um clone
"Magnífica reprodução" de um dos mais belos mapas da cartografia renascentista europeia, feito por um português, exposta com outras 30 obras do Renascimento na Torre do Tombo. Já é possível folhear o atlas em que pela primeira vez vemos Macau. (...)

443 anos depois, o atlas de Fernão Vaz Dourado tem um clone
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-04-29 | Jornal Público
SUMÁRIO: "Magnífica reprodução" de um dos mais belos mapas da cartografia renascentista europeia, feito por um português, exposta com outras 30 obras do Renascimento na Torre do Tombo. Já é possível folhear o atlas em que pela primeira vez vemos Macau.
TEXTO: “Quase-original”, desvenda a legenda na vitrina que guarda pergaminhos, iluminuras e os sonhos revistos da expansão portuguesa. É que neste Gabinete das Maravilhas as honras são feitas às reproduções “magníficas” de códices, livros de horas, de medicina ou tratados que nos indicam qual o caminho para a felicidade, mas também o atlas de “um mundo partido em dois”. O clone do Atlas Universal de Fernão Vaz Dourado, de 1571, é a estrela da exposição na Torre do Tombo, em Lisboa, para poder ver a muito elogiada cópia do pergaminho onde pela primeira vez aparece Macau e que é também o primeiro manuscrito em pergaminho submetido agora a estudos de pigmento. Clones, cópias de alta qualidade de documentação histórica ou “obras-primas” conservadas nas bibliotecas e museus mundiais é o que faz o espanhol Manuel Moleiro, fundador da editora M. Moleiro. É responsável pela reprodução das 18 folhas do Atlas de Fernão Vaz Dourado, a obra maior do autor e descrita como uma das mais belas da cartografia renascentista europeia, numa edição única de 987 exemplares certificados. Nela são respeitadas desde as técnicas de pintura miniaturista renascentista que eram apanágio de Vaz Dourado até às marcas do tempo deixadas no pergaminho. São novos manuscritos a partir de manuscritos centenários. Esta é a primeira reprodução do atlas, que integra o acervo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e que agora passará não só a estar ao dispor (por um preço de cerca de 2000 euros) de quem o queira estudar, mas sobretudo manusear e folhear como até aqui era quase impossível. Os clientes da M. Moleiro são sobretudo e precisamente as universidades, bibliotecas, museus, mas também particulares entre os quais papas, reis, presidentes e, lê-se no portefólio da editora, prémios Nobel como Saramago. Foi Manuel Moleiro que, em 2006, abordou a Torre do Tombo para esta empreitada, que ao longo de anos e com um conjunto de peritos de várias faculdades e museus portugueses esmiuçou desde a biografia do próprio atlas até às suas cores, tintas e iconografia. Tal resultou numa outra publicação, um livro de 200 páginas que junta vários estudos com tradução em quatro línguas com “uma perspectiva inovadora, mas sem perder a própria memória da peça e do que ela representa”, como descreveu Silvestre Lacerda, subdirector-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, em conferência de imprensa. Não estando em risco nem em mau estado, explica, “era fundamental estabilizar o Atlas” original cuja “encadernação estava a criar algumas tensões no pergaminho e corria o risco de provocar desintegração de parte dos pigmentos” com o tempo. Sobre a exposição O Gabinete das Maravilhas: atlas e códices dos melhores arquivos e bibliotecas do mundo, o que diz Moleiro? Na Torre do Tombo expõem-se agora cópias de “manuscritos que são talvez os mais importantes feitos na Europa". O manuscrito mais antigo é um tratado de medicina (Tratactus de Herbis, de 1440), e encerra com um manuscrito árabe de 1582, o Livro da Felicidade. Inaugurada esta terça-feira ao final do dia com uma conferência na presença do Presidente da República e do secretário de Estado da Cultura, a exposição integra cerca de 30 obras. Com entrada livre, prolonga-se até 21 de Junho na Torre do Tombo, mostrando o resultado de dois anos de trabalho, das fotografias do atlas original por Luís Pavão à sua desencadernação, passando pela comparação com outros mapas da época. Este é um dos seis atlas conhecidos de Vaz Dourado, que trabalhava a partir de Goa, sendo que apenas dois estão em Portugal, este na Torre do Tombo e outro na Biblioteca Nacional. Esteve na Cartuxa de Évora desde o princípio do séc. XVII, até chegar ao Tombo nos anos 1930. O professor da Universidade do Porto João Carlos Garcia foi o coordenador científico do livro e se inicialmente estava renitente em debruçar-se sobre o atlas por se tratar de mais um exemplar da “época áurea da cartografia portuguesa”, amplamente estudada, o “romance policial” que foi este novo estudo crítico levou-o e à equipa a outras abordagens que não a “leitura nacionalista da cartografia portuguesa”. “Um mapa é antes de mais uma construção cultural e, como um texto, tem leituras e abordagens diversas”, lembrou, porque “quem tem o melhor mapa ganha a guerra”. Descobriu-se que a encadernação do atlas foi feita em quatro momentos entre o século XVI e o século XX, que há cores e pigmentos típicos do românico português (como o verde-garrafa) que indicam que a obra usou de facto tecnologia portuguesa. Também se destaca que a paleta do Atlas inclui dos mais ricos e duradouros pigmentos da época. Defende-se a tese, corroborada pela análise aos pigmentos, de que Vaz Dourado, sobre cuja misteriosa biografia pouco se descobriu, seria antes de mais um iluminador-cartógrafo e não o contrário. E ali está então um mapa que “é Tordesilhas”, diz João Carlos Garcia ao PÚBLICO, dominado por Portugal e Castela, com aparições tímidas dos vizinhos europeus e de chineses e árabes, com “uns autocolantes”, brinca sobre as cartelas e brasões que decoram o atlas, “para tapar a ignorância”. O mapa mostra também os vazios – “o que ainda não se sabe, o miolo" de muitos continentes e grandes extensões das suas costas. Trata-se também de um atlas especial por ser “uma obra de aparato”, como descreve Silvestre Lacerda, e por isso resistiu até hoje - ainda que com duas páginas em falta, uma das quais o frontispício, mas de que sobreviveram reproduções e descrições. “São presentes de Natal, obras de luxo, não era com eles debaixo do braço que iam à Índia ou ao Brasil”, sorri João Carlos Garcia na apresentação aos jornalistas, lembrando que a insistência na manufactura e nas técnicas plásticas renascentistas e a resistência à impressão e consequente reprodução tornaram os atlas de Vaz Dourado em obras preciosas. Os custos de todo o trabalho e da exposição foram suportados pelo editor espanhol. A exposição inclui outros três atlas portugueses “quase-originais” - o Atlas Miller, de 1519, o Atlas Vallard, de 1547, e o Atlas Universal de Diogo Homem, de 1565, todos em colecções no estrangeiro, da Rússia à Califórnia.
REFERÊNCIAS:
Microsoft lança Xbox One na China em Setembro
Decisão surge depois de a China ter suspendido a proibição de venda de consolas que vigorava desde 2000. (...)

Microsoft lança Xbox One na China em Setembro
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-04-30 | Jornal Público
SUMÁRIO: Decisão surge depois de a China ter suspendido a proibição de venda de consolas que vigorava desde 2000.
TEXTO: A Microsoft vai lançar a sua consola de videojogos Xbox One na China em Setembro, um passo que o grupo norte-americano dá menos de quatro meses depois de o país ter suspendido temporariamente a proibição de venda de consolas, estabelecida em 2000. Em Janeiro, a China abriu caminho ao mercado das consolas de jogos de marcas estrangeiras mas estabeleceu regras. As empresas com investimento estrangeiro podem criar consolas na zona de comércio livre de Xangai e vendê-las no resto do país, depois de aprovação por parte das autoridades culturais. A Xbox — que, de acordo com dados da Microsoft do início do ano, vendeu mais de três milhões de unidades —, “será o primeiro sistema do género a ser lançado na China”, “um momento histórico”, sublinhou o vice-presidente da Microsoft responsável pelo marketing, estratégia e negócios, Yusuf Mehdi, numa mensagem divulgada no site da consola. “Lançar a Xbox One na China é um marco significativo para nós e para a indústria e é um passo em frente na nossa visão de fazer os melhores jogos e experiências de entretenimento”, escreveu Yusuf Mehdi, adiantando que tem como parceiro neste lançamento a BesTV, um fabricante local, com o qual já tem uma sociedade na zona franca de Xangai. É o próprio responsável da Microsoft a falar do enorme mercado que espera a Xbox na China, “onde perto de meio bilião de pessoas jogam videojogos”, cerca de um terço da população chinesa e mais que toda a população da América do Norte. “A indústria do jogo assistiu a um crescimento massivo no último ano, gerando mais de 13 mil milhões de dólares [mais de nove mil milhões de euros] em 2013, um aumento de 38% apenas num ano”, argumentou.
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Partidos LIVRE
China e Japão anunciam exercícios militares no Mar da China Oriental
O clima de tensão vai subir na zona onde os dois países disputam território. (...)

China e Japão anunciam exercícios militares no Mar da China Oriental
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento -0.1
DATA: 2014-05-02 | Jornal Público
SUMÁRIO: O clima de tensão vai subir na zona onde os dois países disputam território.
TEXTO: Três navios chineses penetraram nesta sexta-feira em águas territoriais que o Japão considera suas na zona oriental do Mar da China. Ali está situado o pequeno arquipélago Senkaku, que Pequim reivindica e a que chama Diaoyu. De acordo com um comunicado do ministério japonês da Defesa, os navios chineses aproximaram-se de uma das ilhas e ali permaneceram durante três horas. Foi a terceira vez que os chineses entraram nas águas territoriais japonesas desde a visita, no final de Abril, do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao Japão. Nela, Obama considerou que o arquipélago pertence ao Japão e está ao abrigo do acordo militar entre os EUA e Tóquio, que compromete os americanos com a defesa do território japonês, se este estiver em perigo. O Governo de Pequim contestou esta afirmação e argumentou que as ilhas pertencem à China por estarem no seu território — situam-se a 200 km de Taiwan. O conflito entre os governos de Tóquio e Pequim eclodiu depois de, em 2012, o Japão ter comprado as ilhas a um particular, oficializando que fazem parte do país. O Governo chinês, que no passado não contestou a posse das ilhas pelo Japão, anunciou que a venda não podia acontecer porque o arquipélago pertence à China. E, desde então, navios chineses fazem patrulhas regulares junto às ilhas que também já forma sobrevoadas por aviões militares. O pequeno arquipélago é desabitado mas passou a ser considerado estratégico pela sua posição e porque ali foram descobertos importantes recursos naturais, sobretudo gás. A tensão na região deverá subir no final do mês de Maio, uma vez que depois da China também o Japão anunciou a realização de manobras militares no Mar da China Oriental (que separa os dois países). O Governo de Pequim anunciara que iria realizar exercícios ao largo de Xangai. Esta sexta-feira, o Ministério da Defesa japonês anunciou que até ao fim do mês também realizará exercícios militares destinados a testar a capacidade para "defender as ilhas" japonesas. Quatro navios, dois aviões e 1300 homens vão concentrar-se junto a Amami, uma ilha próxima de Okinawa (que fica a 400 km das ilhas disputadas). Segundo a imprensa japonesa, as manobras deverão realizar-se entre os dias 10 e 23 de Maio.
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Entidades EUA
Portugal com brilhante terceiro lugar nos 20km femininos
A selecção feminina subiu ao pódio na Taça do Mundo de marcha, na China. (...)

Portugal com brilhante terceiro lugar nos 20km femininos
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.45
DATA: 2014-05-04 | Jornal Público
SUMÁRIO: A selecção feminina subiu ao pódio na Taça do Mundo de marcha, na China.
TEXTO: A equipa feminina de Portugal obteve neste sábado em Taicang, na China, durante a primeira jornada da Taça do Mundo de marcha atlética, mais uma proeza, como tem sido habitual nos últimos anos, alcançando o terceiro lugar colectivo na distância olímpica dos 20km, apenas atrás da Rússia e da China. Este resultado confirma Portugal como uma das grandes potências da marcha feminina, dado que a equipa lusa já havia obtido pódios colectivos neste certame por oito vezes, anteriormente, e com particular evidência para a vitória na edição de 2010. Ana Cabecinha foi a grande figura da equipa e após problemas físicos sentidos recentemente, que se reflectiram na desistência no recente Grande Prémio de Rio Maior, a alentejana alcançou o sétimo lugar individual, ficando a escassos três segundos do seu próprio recorde nacional, estabelecido durante os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, ao terminar em 1h27m49s. Vera Santos foi a segunda portuguesa, no 11. º lugar, e com 1h28m02s obteve um novo máximo pessoal, batendo o anterior, que datava também de 2008, por doze segundos. Mas, sobretudo, o que dizer de Susana Feitor? Aos quase 40 anos de idade, que cumprirá a 28 de Janeiro do próximo ano, a mítica marchadora de Rio Maior voltou a baixar de 1h29m, algo que já não fazia desde 2005, e assim arrancar um resultado que lhe deverá dar o terceiro posto na selecção nacional para os Campeonatos da Europa de Zurique, em Agosto. Com 1h28m51s, Susana conseguiu o 17. º lugar e um resultado nunca antes alcançado por uma atleta da sua idade, ultrapassando todos os prognósticos, na maioria negativos, que se iam fazendo acerca das suas possibilidades para esta prova. Neste contexto, Inês Henriques ficou como quarta portuguesa do dia, mas ainda assim em 22. º lugar com o muito bom tempo de 1h29m33s, apenas a três segundos do seu melhor de sempre. Contando as três primeiras para a classificação, Portugal somou portanto 36 pontos, atrás da Rússia (8p) e China (22p), mas vencendo potências como a Espanha (49p) e a Itália (70p). Individualmente, triunfou a russa Anisya Kirdyapkina, já por duas vezes medalhada em Mundiais, ao fugir aos 15km para se impor com a melhor marca do ano, 1h26m31s, adiante da chinesa Liu Hong (1h26m58s) e da sua compatriota Elena Alembekova (1h27m02s). Nos 50km masculinos, ganhos pelo russo Mikhail Ryzhov com outra melhor marca do ano (3h39m05s), Pedro Isidro, único português, foi 22. º com 3h56m15s, marca que é recorde pessoal.
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Palavras-chave feminina
Finalmente, o debate sobre a Europa e o Atlântico
As eleições vão proporcionar uma oportunidade rara para repensar o rumo supranacional da União Europeia. (...)

Finalmente, o debate sobre a Europa e o Atlântico
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-05 | Jornal Público
SUMÁRIO: As eleições vão proporcionar uma oportunidade rara para repensar o rumo supranacional da União Europeia.
TEXTO: Desta vez, não poderemos dizer que na campanha eleitoral para o Parlamento Europeu nada de significativo está a ser discutido. Dois livros recentes, um de José Manuel Félix Ribeiro, outro de João Ferreira do Amaral, lançam pistas inovadoras para um debate realmente interessante sobre os assuntos europeus. Na próxima sexta-feira, Teresa de Sousa acrescentará seguramente um contributo significativo sob o título Europa Trágica e Magnífica, prefaciado por António Vitorino (edições PÚBLICO). O livro de Félix Ribeiro reúne trabalhos de diferentes épocas que convergem numa direcção desafiante. "Não temos de ser um protectorado germânico nem uma feitoria chinesa" é uma espécie de subtítulo ao título principal da obra Portugal: A Economia de Uma Nação Rebelde (Lisboa, Guerra & Paz, 2014). O autor argumenta que Portugal tem de mudar o modelo económico e social e de alterar o seu compromisso europeu: "Portugal – e o espaço lusófono – só sobreviverão com relevância mundial num quadro da globalização, naturalmente organizado em torno dos oceanos (. . . ) tendo como aliados naturais o espaço anglo-saxónico (e os Estados que com ele se articulam)". A perspectiva apresentada por João Freitas do Amaral no livro Em Defesa da Independência Nacional: Porque devemos lutar pela soberania de Portugal contra a ditadura europeia (com prefácio de José Pacheco Pereira, Lisboa, Pedra da Lua, 2014) não é incompatível com a de Félix Ribeiro. Embora Ferreira do Amaral seja bastante menos favorável ao comércio livre e mais inclinado para uma espécie de proteccionismo selectivo, ambos convergem na visão heterodoxa de que Portugal não deve apostar numa União Europeia supranacional e centralizada. Seria muito estimulante que os dois principais candidatos nacionais ao Parlamento Europeu – Paulo Rangel e Francisco Assis – aceitassem debater as propostas de Félix Ribeiro e de Ferreira do Amaral. Até certo ponto, Rangel e Assis convergem numa posição comum contrária à dos dois autores. Os dois candidatos rivais subscrevem o rumo de "Mais Europa", entendida como maior integração supranacional. O que os separa parece ser sobretudo a possibilidade de evitar (ou ter evitado) políticas de austeridade no caminho da maior integração – uma possibilidade que era também defendida pelos socialistas franceses e sociais-democratas alemães, antes de chegarem ao poder. Podemos prever que o livro de Teresa de Sousa irá recordar um elemento importante que será favorável ao posicionamento comum pró-integração supranacional de Assis e Rangel. Esse elemento não pode ser ignorado num debate sério e aberto sobre Portugal e a Europa: com mais ou menos austeridade, com maior ou menor soberania nacional, a opção europeia de Portugal tem constituído um seguro de vida da nossa democracia e um factor vincadamente modernizador. Este não é um argumento conclusivo a favor de mais integração europeia supranacional, mas é certamente um argumento de prudência relativamente a visões idílicas de um futuro com o Atlântico, fora da União Europeia. Num livro que conto publicar após as eleições europeias (Portugal, a Europa e o Atlântico, Lisboa, Alêtheia, 2014), com prefácio de Manuel Braga da Cruz, tentarei propor um quadro de reflexão pluralista em que as posições acima referidas possam ser, até certo ponto, reconciliadas. Esse quadro pluralista assenta na premissa de que a civilização europeia e ocidental se distinguiu sobretudo por uma cultura comum que não foi produto de um plano comum. Neste sentido, o projecto da União Europeia, que deve ser defendido, não pode nem deve ser confundido com um bloco continental supranacional e centralizado. Acredito que os resultados das próximas eleições vão proporcionar, à escala europeia, uma oportunidade rara para repensar o rumo supranacional da União Europeia. Até lá, devemos todos aproveitar a qualidade invulgar dos dois candidatos rivais nacionais, Rangel e Assis, bem como dos livros de Félix Ribeiro, Ferreira do Amaral e Teresa de Sousa, para uma boa reflexão entre nós. Faço ainda votos de que todos eles aceitem o convite para o confronto de ideias na 22. ª edição do Estoril Political Forum, de 23 a 25 de Junho, este ano dedicada aos 40 anos do 25 de Abril e aos 25 da queda do Muro de Berlim – bem como ao futuro da UE e da NATO, inevitavelmente. Professor universitário, IEP-UCP
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Partidos LIVRE
Preço das casas de luxo em Lisboa aumenta 54% influenciado pelos vistos gold
Aumentos mais elevados verificam-se na zona do Parque das Nações e da Baixa de Lisboa. (...)

Preço das casas de luxo em Lisboa aumenta 54% influenciado pelos vistos gold
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-07 | Jornal Público
SUMÁRIO: Aumentos mais elevados verificam-se na zona do Parque das Nações e da Baixa de Lisboa.
TEXTO: Os preços médios de venda das casas da gama mais alta do mercado de Lisboa subiram 54% em 2013 face ao ano anterior, atingindo os 4266 euros por metro quadrado, revelou esta quarta-feira a Confidencial Imobiliária. O valor de 2013 supera os preços que se verificavam antes da crise, que se situavam em 3700 euros por metro quadrado, no terceiro trimestre de 2008. De acordo com a Confidencial Imobiliário, “este resultado terá sido influenciado pelas compras para efeitos de vistos gold, mecanismo que dá direitos de residência em Portugal a quem fizer investimentos imobiliários a partir de 500 mil euros, já que foi notório em apenas algumas zonas da cidade, nomeadamente as mais caras e que têm registado maior procura por parte de compradores estrangeiros”. De acordo com os dados do SIR – Sistema de Informação Residencial para a Área Metropolitana de Lisboa (AM Lisboa), o Parque das Nações e a Baixa de Lisboa são as duas zonas que mais se destacaram na venda de imóveis habitacionais de luxo, com os preços médios de alienação no segmento mais alto do mercado a atingirem perto de 6000 euros por metro quadrado e 6800 euros por metro quadrado, respectivamente. No Parque das Nações, uma das localizações de investimento em imobiliário de luxo preferida pelos estrangeiros, especialmente chineses, este preço cresceu 78% face aos 3300 euros por metro quadrado a que, em média, se vendiam as casas de gama alta nesta zona em 2012, adianta o SIR. No caso da Baixa lisboeta, que tem sido objecto de procura para edifícios reabilitados, a subida de preços na gama alta já se vem fazendo sentir desde 2012, sendo 2013 um ano de consolidação e não de crescimento exponencial. De acordo com as empresas que participam no SIR para a AM Lisboa, o preço médio de venda das casas foi de 1805 euros por metro quadrado em 2013, o que evidencia uma descida de 21% face aos valores de 2008. De notar ainda que o ritmo de queda dos preços de venda da habitação no mercado de Lisboa tem vindo a abrandar, especialmente desde 2011. A queda anual registada em 2013 foi de 3, 2%, quando em 2011 havia sido de 6, 2% e de 5, 4% em 2012. Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário, explica que, no momento actual, o mercado está “partido”. “Temos, por um lado, o mercado doméstico, que está a estabilizar, com descidas cada vez menores de preços, e, por outro, o mercado objecto da procura para efeitos de obtenção de vistos, que está numa rota de escalada de preços”. O SIR – Sistema de Informação Residencial é uma base de dados desenvolvida e gerida pela Confidencial Imobiliário, através do qual esta entidade trata informação das vendas de habitação das principais imobiliárias a nível nacional, produzindo estatísticas sobre preços efectivos de transacção.
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Palavras-chave direitos
Presidente da República inicia périplo pela China na segunda-feira
Agenda do Presidente da República tem uma forte componente económica e universitária. (...)

Presidente da República inicia périplo pela China na segunda-feira
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-08 | Jornal Público
SUMÁRIO: Agenda do Presidente da República tem uma forte componente económica e universitária.
TEXTO: O Presidente da República inicia na próxima segunda-feira, dia 12, a sua primeira visita oficial à República Popular da China, onde se reunirá com várias entidades. Desde logo, o presidente Xi Jinping [o líder do Partido Comunista Chinês], mas também com o primeiro-ministro, Li Keqiang, o presidente da Assembleia Nacional Popular, Zhang Dejiang, e das autoridades da Região Administrativa Especial de Macau. O périplo de Aníbal Cavaco Silva começa por Xangai, a capital económica do país e a mais povoada, seguindo-se depois Pequim e termina em Macau, a 19 de Maio. A agenda política de Aníbal Cavaco Silva tem uma forte componente económica e universitária, o que justifica que a comitiva inclua mais de 100 empresários, gestores, responsáveis de entidades universitárias e estatais. Para além dos presidentes das empresas onde o capital é dominado por entidades chinesas, como a EDP, a REN e a Fidelidade, a comitiva presidencial integra responsáveis dos quatro bancos portugueses (CGD, BCP, BES e BPI), dos do grupo Mello, dos CTT, assim como da Inapa, da Consulgal, da Corticeira Amorim, da Galp, gestores dos sectores dos vinhos, dos têxteis, turismo, farmacêutico, logístico e do ambiente, entre outros. Acompanham ainda o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e o ministro dos Negócios-Estrangeiros, Rui Machete, bem como os ministros Pires de Lima (Economia) e Nuno Crato (Educação), o que demonstra a importância que Cavaco Silva pretende dar na sua visita à China ao tema empresarial, da investigação científica e da cooperação universitária, o que inclui a divulgação da língua portuguesa. Estão, aliás, previstos seminários económicos entre empresários portugueses e chineses, mas também vários encontros com universitários. No quadro do périplo presidencial está prevista a celebração de acordos luso-chineses. Um deles será na área cientifica e de investigação, envolvendo a instituição portuguesa Technophage e a chinesa SIMM (Instituto de Matéria Médica de Xangai). Mas também os anunciados entre a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de Estudos Internacionais de Xangai (SIU) e a de Estudos Estrangeiros de Pequim. Estes para a promoção da língua portuguesa.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave educação chinês
Cavaco está na China para ajudar no “combate ao flagelo do desemprego"
Chefe de Estado visita Xangai, Pequim e Macau acompanhado de uma delegação de 130 empresários e académicos portugueses. (...)

Cavaco está na China para ajudar no “combate ao flagelo do desemprego"
MINORIA(S): Asiáticos Pontuação: 2 | Sentimento 0.0
DATA: 2014-05-12 | Jornal Público
SUMÁRIO: Chefe de Estado visita Xangai, Pequim e Macau acompanhado de uma delegação de 130 empresários e académicos portugueses.
TEXTO: A visita oficial do Presidente da República à China, onde está a convite do seu homólogo Xi Jinping, é dedicada à promoção de Portugal como destino de investimento estrangeiro, país exportador e ainda à cooperação nas áreas da ciência e do ensino da língua portuguesa. Cavaco Silva diz que pretende, com a visita que termina no próximo domingo em Macau, “contribuir para a recuperação económica portuguesa e o combate ao flagelo do desemprego". Estes tópicos constam de uma mensagem lida — e entretanto colocada no site oficial da Presidência da República — onde, no primeiro dia de viagem, Cavaco informa o país sobre a missão que orienta a sua visita de Estado. Esta é a terceira vez que Cavaco Silva está na China, como representante do país, mas é a primeira como chefe de Estado. Em 1987 e em 1994 esteve na China, na qualidade de primeiro-ministro, “para resolver a questão de Macau [passagem da soberania portuguesa para a chinesa]". Para além de “participar em dois seminários com empresários chineses e portugueses”, o Presidente salienta: “Eu próprio vou encontrar-me com empresários chineses que querem investir na Europa para que fiquem a saber que Portugal tem uma localização competitiva para o investimento estrangeiro”. “Quero com esta minha visita que a China fique a conhecer melhor Portugal”, as suas “potencialidades” económicas e científicas, diz Cavaco Silva, adiantando ter ainda como objectivo que “mais chineses visitem Portugal. ”O chefe de Estado, que dará por concluída a sua passagem pela China no próximo domingo, salienta que na visita a Xangai, a Pequim e a Macau se faz acompanhar de uma delegação de empresários portugueses e de académicos que representam oito universidades, bem como de quadros ligados à investigação científica e à promoção da língua portuguesa. Estão previstas visitas do Presidente da República a universidades de Xangai, Pequim e Macau. E conclui, declarando: “As exportações, o turismo e o investimento são os pilares do crescimento económico português e da criação de emprego”.
REFERÊNCIAS:
Palavras-chave desemprego